2. O efeito da Revolução Industrial foi
inicialmente tímido na arquitetura.
Era quase como se os arquitetos
tivessem vergonha de utilizar os
novos recursos como o ferro e o
vidro. Na verdade, “usavam, mas
cobriam as novas armações com
fachadas de desenho antigo”.
JACOB: 135.
3. Até ao último quartel do século XIX
a arquitetura séria era obrigada a
apresentar pelo menos uma coluna
coríntia ou um arco gótico em
ogiva.
Idem
4. Igreja da Madeleine – Paris – 1806.
Os princípios essencialmente conservadores do início do século XIX refletiram-se na sua
arquitetura. Apesar de terem aparecido muitos materiais de construção e técnicas novas, a
Igreja de Madeleine, em Paris, foi começada em 1806 e é uma estrutura neoclássica.
JABOB: 138.
5. Em meados do século XIX, a
Revolução Industrial estava em
pleno desenvolvimento e para a
manter eram necessários novos
meios de transporte, novos meios
de comunicação mecanizados,
novos tipos de arquitetura...
6. Assim, o caminho de ferro, o
telégrafo, o telefone e finalmente,
a arquitetura moderna apareceram
necessariamente como produtos
da nova tecnologia...
7. ... Era inevitável que a arquitetura
fornecesse resposta às exigências
da nova era.
11. Na Europa a mudança refletiu-se em
primeiro lugar na obra de adeptos da
arte nova. Este estilo contorcido fazia
salientar com as suas formas orgânicas
as propriedades dos materiais; o ferro
conservava o aspecto de ferro, mesmo
que fosse forjado num desenho de
parra ou de folha.
12. A arte nova ajudou a libertar a arte
da construção das convenções
clássicas e medievais. Os
arquitetos que a empregaram, ou
que admiravam quem o fazia,
sentiam maior disposição do que
antes para se libertarem das velhas
convenções, buscando a afirmação
pessoal.
17. Nem todos os arquitetos foram tão
longe como o espanhol Antoni Gaudí,
cuja obra transcendeu a arte nova e o
ecletismo, colhendo elementos de
ambos os estilos, e que se tornou o
equivalente arquitetônico do
expressionismo que despontava na
pintura e na escultura europeias.
18. Gaudí foi um dos arquitetos mais
individualistas e inspirados de todos os
tempos. A sua arquitetura é de
afirmação pessoal. Não pertence a
nenhum movimento arquitetônico. A
influência de Gaudí na arquitetura
deve, no entanto, ser considerada
ímpar, apesar de ninguém ter imitado
o seu estilo.
19. A obra de Gaudí libertou
verdadeiramente a arquitetura das
ligações do passado, embora
reconhecendo ao mesmo tempo a
dívida para com esse passado;
parece dizer, “olhem para trás e
andem para frente”. JACOB: 141.
20. É o permanente revolucionar da produção,
o abalar ininterrupto de todas as condições
sociais, a incerteza e o movimento
eternos... Todas as relações fixas e
congeladas, com seu cortejo de vetustas
representações e concepções, são
dissolvidas, todas as relações recém-
formadas envelhecem antes de poderem
ossificar-se...
21. ... Tudo que é sólido desmancha no ar
(Marx e Engels, 1973, in Hall, 1993:14)
23. Há demasiada arquitetura e muito
pouco espaço na cidade moderna. É
muito raro que um edifício – mesmo um
grande edifício – contribua tanto para
uma cidade como um grande bloco
vazio de ar. O conjunto da cidade foi
esquecido, e as suas mais pequenas
partes desenvolveram-se demasiado.
JACOBS : 151
24. Referências Bibliográficas:
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar:
a aventura da modernidade. São Paulo, Cia das Letras,
1986.
JACOBS, David. Arquitetura: Editorial verbo – Lisboa –
São Paulo, 1978.