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Módulo 8
 Revoluções, reacções e
vanguardas
A CULTURA DA GARE
1
 Do Impressionismo às rupturas da Arte
Nova ou à ousadia da Arquitectura do
Ferro (revoluções e reacções)
 O sentido provocatório da criação
artística: Fauvismo, Expressionismo,
Cubismo, Dada... (vanguardas)
2
 Arte e Industrialização
Arquitectura do Ferro e Arts and Crafts
 Impressionismo
 Neo-Impressionismo
 Pós-Impressionismo
 Modernismo na arquitectura
 Modernismo nas artes plásticas
3
ARQUITECTURA
DO
FERR
O E
VIDRO
03-06-2013 4
Introdução:
Pretende-se demonstrar:
 A importância do movimento do Ferro e
Vidro
 Características
 Vantagens e desvantagens
 Repercussões
5
Antecedentes:
 Revolução Industrial (descoberta da máquina a
vapor)
 Expansão dos transportes públicos em massa
 Desenvolvimento da indústria metalúrgica
 Exposições internacionais (Londres, Paris…)
 Surge como uma resposta às novas necessidades
Palácio de Cristal. Estação de São Bento. Ponte D. Luís.
6
Características:
 Simplicidade estética
 Funcionalidade estruturalista
 Vigas em “I” e em “H”
 Lâminas de Vidro de grandes dimensões
 Apesar da simplicidade estrutural existiram
elementos decorativos:
7
Elementos
Decorativos:
 Serviram de base para a Arte Nova
8
Vantagens:
 Rápida construção (técnica de construção em
consola)
 Facilidade de construção (leveza do material e
módulos pré-fabricados)
 Economia dos materiais
 Resistência mecânica e funcionalidade
 Possibilidade de construção em altura e com
maior luminosidade
 Criação de espaços amplos
Desvantagens:
 Falta de resistência a altas temperaturas
(incêndio de Chicago em 1871)
 Falta de maleabilidade do ferro
 Pouca resistência do ferro fundido a
esforços de tracção (colapso da ponte do
Dee, Inglaterra)
10
Tipologias:
 Pavilhões de exposições
 Pontes de Ferro
 Estações de caminho de ferro
 Arranha-céus
 Elevadores
 Mercados
 Coberturas
 Coretos
11
Obras em Portugal:
 Palácio Cristal, Porto – 1865
 Estação de Santa Apolónia, Lisboa – 1865
 Ponte D. Maria Pia, Porto – 1877
 Mercado das Flores, Porto – 1885
 Ponte D. Luís, Porto – 1886
 Palácio da Bolsa, Porto – 1891
 Elevador de Santa Justa, Lisboa – 1901
 Estação de São Bento, Porto - 1903
Conclusão:
• Uma arquitectura com carácter
estruturalista
• Grande pendor funcionalista
• Diversificação de elementos decorativos
• Consolidou-se o trabalho específico dos
Engenheiros que eram portadores de uma
maior preparação científico-técnica
relativamente aos Arquitectos
13
ARTS AND CRAFTS
Diversas organizações e oficinas
dedicadas a produzir artefactos de
vários tipos, em escala artesanal ou
semi-artesanal, dentro do que se
entende por movimento Arts and
Crafts
(Artes e Ofícios)
14
foi um movimento estético
surgido na Inglaterra, na
segunda metade do século
XIX.
Defendia o artesanato
criativo como alternativa à
mecanização e à produção
em massa e pregava o fim
da distinção entre o artesão
e o artista.
15
Fez frente aos avanços da indústria e pretendia imprimir em móveis
e objectos o traço do artesão-artista, que mais tarde seria
conhecido como designer.
Foi influenciado pelas ideias do romântico John Ruskin e liderado
pelo socialista e medievalista William Morris.
16
John Ruskin foi um
escritor mais lembrado por
seu trabalho como crítico
de arte e crítico social
britânico. Foi também
poeta e desenhista. Os
ensaios de Ruskin sobre
arte e arquitectura foram
extremamente influentes
na era Vitoriana
17
William Morris foi um dos
principais fundadores do
Movimento das Artes e
Ofícios britânico. Ele era
pintor - de papéis de
parede, tecidos
padronizados e livros - além
de escritor de poesia e
ficção e um dos fundadores
do movimento socialista na
Inglaterra.
18
O movimento artístico que Morris e os
outros tornaram famoso foi a Irmandade
Pré-Rafaelita. Eles evitavam a
manufactura industrial barata de artes
decorativas e da arquitectura e favoreciam
um retorno ao artesanato, elevando os
artesãos à condição de artistas.
19
Morris e Webb construíram a Casa
Vermelha em Bexleyheath em Kent, o
presente de casamento de Morris à Jane,
sua esposa.
20
21
Foi aqui que suas ideias de design
começaram a tomar forma física.
Em 1861, ele fundou a firma Morris,
Marshall, Faulkner & Co. com Gabriel
Rossetti, Burne-Jones, Madox Brown e
Philip Webb.
No decorrer de sua vida, ele continuou a
trabalhar em sua própria firma, embora
esta mudasse de nome. Sua encarnação
mais famosa foi como Morris and
Company.
22
Durou relativamente pouco tempo, mas
influenciou o movimento francês da art
nouveau e é considerado por diversos
historiadores como uma das raízes do
modernismo no design gráfico, desenho
industrial e arquitectura.
De acordo com Tomás Maldonado, o Arts
& Crafts foi uma importante influência para
o surgimento posterior da Bauhaus
23
IMPRESSIONISMO
NEO E PÓS-
IMPRESSIONISMO
24
Impressionismo
Ruptura e inovação num mundo
em constante mutação
Segunda metade do séc. XIX
Construção de uma sociedade moderna na Europa
Progresso e desenvolvimento resultante da Revolução
Industrial
Grandes exposições universais – Londres, Paris e
outras
A nova sociedade industrial promove as últimas
conquistas tecnológicas
Crescente poder económico.
26
Cidade cosmopolita por excelência, foi em
Paris que os pintores realistas
apresentaram o seu programa de
compromisso social e ético
Foi Paris a sugerir o ambiente e atmosfera
ideais para os impressionistas exprimirem
o seu novo entendimento de pintura.
27
Os antecedentes do
Impressionismo
A invenção da fotografia determinou
significativas alterações nos métodos de
representação pictórica.
28
Alguns pintores utilizaram chapas
fotográficas como auxiliar para as suas
composições, para o estudo de
perspectivas ou até análise de atmosferas
lumínicas
29
A pintura inspirou a fotografia nas
referencias temáticas. Retrato e paisagem
Abordagem analítica da imagem,
composição e enquadramentos
30
31
Outra influencia importante foi o contacto
destes pintores com a arte gráfica oriental,
numa grande mostra de estampas
japonesas na Exposição Internacional de
Londres em 1862
Os impressionistas não só introduziram
profundas inovações técnicas, como
também tiraram partido do fabrico de
tintas de óleo em tubos (desde 1842)
Estava assim facilitado o transporte de
tintas e materiais para junto dos motivos
de trabalho, assim como a aplicação de
cores puras directamente sobre a tela em
pinceladas soltas, rápidas e impulsivas.
32
O Impressionismo como arte
puramente visual
O termo Impressionismo surgiu apenas
em 1874 numa referencia, com carácter
pejorativo, do jornalista Luois Leroy a um
quadro de Monet intitulado
Impressão: Sol Nascente
33
Apresentavam dois aspectos em comum
1º - A total reprovação da arte académica e de uma pintura de elaboração
lenta em atelier, favorecendo o desenho sobre a cor
2º - A ideia de que a renovação da arte não se devia produzir apenas
através da renovação dos temas, mas pelo modo de conceber as formas
num sentido plástico e pictórico, como resultado da cor e da luz.
34
As Exposições Impressionistas, decorreram entre 1874 e 1882, nas quais
se poderiam, encontrar Degas, Renoir, Monet, Pissaro, Cézanne e Sisley
A obra de Monet, Impressão: Sol Nascente, oferecerá a chave do projecto:
uma impressão, ou um efeito visual, era o que a obra devia provocar no
observador
Uma das tarefas fundamentais dos pintores era abandonar os cânones de
representação pictórica, adequando a sua forma de pintar ao
funcionamento do olho.
Agora é o modo como o pintor capta o movimento de luz, o instante de
tempo, o espaço volátil ou uma sugestão visual imediata
Enquadrava-se no espírito cientifico e na mentalidade positivista,
privilegiando a percepção através dos sentidos em detrimento do
sentimento ou da emoção.
Beneficiaram das teorias científicas de Isaac Newton que formulou o
tratado sobre a luz (a sua decomposição) e as leis da visão
Dos estudos de Thomas Young sobre a cor (como resultado da reflexão e
refracção das radiações luminosas)
35
Das investigações de Eugène Chevreul,
que estabeleceu a teoria dos contrastes
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Arte Moderna e Arquitetura do Ferro

  • 1. Módulo 8  Revoluções, reacções e vanguardas A CULTURA DA GARE 1
  • 2.  Do Impressionismo às rupturas da Arte Nova ou à ousadia da Arquitectura do Ferro (revoluções e reacções)  O sentido provocatório da criação artística: Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Dada... (vanguardas) 2
  • 3.  Arte e Industrialização Arquitectura do Ferro e Arts and Crafts  Impressionismo  Neo-Impressionismo  Pós-Impressionismo  Modernismo na arquitectura  Modernismo nas artes plásticas 3
  • 5. Introdução: Pretende-se demonstrar:  A importância do movimento do Ferro e Vidro  Características  Vantagens e desvantagens  Repercussões 5
  • 6. Antecedentes:  Revolução Industrial (descoberta da máquina a vapor)  Expansão dos transportes públicos em massa  Desenvolvimento da indústria metalúrgica  Exposições internacionais (Londres, Paris…)  Surge como uma resposta às novas necessidades Palácio de Cristal. Estação de São Bento. Ponte D. Luís. 6
  • 7. Características:  Simplicidade estética  Funcionalidade estruturalista  Vigas em “I” e em “H”  Lâminas de Vidro de grandes dimensões  Apesar da simplicidade estrutural existiram elementos decorativos: 7
  • 8. Elementos Decorativos:  Serviram de base para a Arte Nova 8
  • 9. Vantagens:  Rápida construção (técnica de construção em consola)  Facilidade de construção (leveza do material e módulos pré-fabricados)  Economia dos materiais  Resistência mecânica e funcionalidade  Possibilidade de construção em altura e com maior luminosidade  Criação de espaços amplos
  • 10. Desvantagens:  Falta de resistência a altas temperaturas (incêndio de Chicago em 1871)  Falta de maleabilidade do ferro  Pouca resistência do ferro fundido a esforços de tracção (colapso da ponte do Dee, Inglaterra) 10
  • 11. Tipologias:  Pavilhões de exposições  Pontes de Ferro  Estações de caminho de ferro  Arranha-céus  Elevadores  Mercados  Coberturas  Coretos 11
  • 12. Obras em Portugal:  Palácio Cristal, Porto – 1865  Estação de Santa Apolónia, Lisboa – 1865  Ponte D. Maria Pia, Porto – 1877  Mercado das Flores, Porto – 1885  Ponte D. Luís, Porto – 1886  Palácio da Bolsa, Porto – 1891  Elevador de Santa Justa, Lisboa – 1901  Estação de São Bento, Porto - 1903
  • 13. Conclusão: • Uma arquitectura com carácter estruturalista • Grande pendor funcionalista • Diversificação de elementos decorativos • Consolidou-se o trabalho específico dos Engenheiros que eram portadores de uma maior preparação científico-técnica relativamente aos Arquitectos 13
  • 14. ARTS AND CRAFTS Diversas organizações e oficinas dedicadas a produzir artefactos de vários tipos, em escala artesanal ou semi-artesanal, dentro do que se entende por movimento Arts and Crafts (Artes e Ofícios) 14
  • 15. foi um movimento estético surgido na Inglaterra, na segunda metade do século XIX. Defendia o artesanato criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa e pregava o fim da distinção entre o artesão e o artista. 15
  • 16. Fez frente aos avanços da indústria e pretendia imprimir em móveis e objectos o traço do artesão-artista, que mais tarde seria conhecido como designer. Foi influenciado pelas ideias do romântico John Ruskin e liderado pelo socialista e medievalista William Morris. 16
  • 17. John Ruskin foi um escritor mais lembrado por seu trabalho como crítico de arte e crítico social britânico. Foi também poeta e desenhista. Os ensaios de Ruskin sobre arte e arquitectura foram extremamente influentes na era Vitoriana 17
  • 18. William Morris foi um dos principais fundadores do Movimento das Artes e Ofícios britânico. Ele era pintor - de papéis de parede, tecidos padronizados e livros - além de escritor de poesia e ficção e um dos fundadores do movimento socialista na Inglaterra. 18
  • 19. O movimento artístico que Morris e os outros tornaram famoso foi a Irmandade Pré-Rafaelita. Eles evitavam a manufactura industrial barata de artes decorativas e da arquitectura e favoreciam um retorno ao artesanato, elevando os artesãos à condição de artistas. 19
  • 20. Morris e Webb construíram a Casa Vermelha em Bexleyheath em Kent, o presente de casamento de Morris à Jane, sua esposa. 20
  • 21. 21
  • 22. Foi aqui que suas ideias de design começaram a tomar forma física. Em 1861, ele fundou a firma Morris, Marshall, Faulkner & Co. com Gabriel Rossetti, Burne-Jones, Madox Brown e Philip Webb. No decorrer de sua vida, ele continuou a trabalhar em sua própria firma, embora esta mudasse de nome. Sua encarnação mais famosa foi como Morris and Company. 22
  • 23. Durou relativamente pouco tempo, mas influenciou o movimento francês da art nouveau e é considerado por diversos historiadores como uma das raízes do modernismo no design gráfico, desenho industrial e arquitectura. De acordo com Tomás Maldonado, o Arts & Crafts foi uma importante influência para o surgimento posterior da Bauhaus 23
  • 26. Ruptura e inovação num mundo em constante mutação Segunda metade do séc. XIX Construção de uma sociedade moderna na Europa Progresso e desenvolvimento resultante da Revolução Industrial Grandes exposições universais – Londres, Paris e outras A nova sociedade industrial promove as últimas conquistas tecnológicas Crescente poder económico. 26
  • 27. Cidade cosmopolita por excelência, foi em Paris que os pintores realistas apresentaram o seu programa de compromisso social e ético Foi Paris a sugerir o ambiente e atmosfera ideais para os impressionistas exprimirem o seu novo entendimento de pintura. 27
  • 28. Os antecedentes do Impressionismo A invenção da fotografia determinou significativas alterações nos métodos de representação pictórica. 28
  • 29. Alguns pintores utilizaram chapas fotográficas como auxiliar para as suas composições, para o estudo de perspectivas ou até análise de atmosferas lumínicas 29
  • 30. A pintura inspirou a fotografia nas referencias temáticas. Retrato e paisagem Abordagem analítica da imagem, composição e enquadramentos 30
  • 31. 31 Outra influencia importante foi o contacto destes pintores com a arte gráfica oriental, numa grande mostra de estampas japonesas na Exposição Internacional de Londres em 1862
  • 32. Os impressionistas não só introduziram profundas inovações técnicas, como também tiraram partido do fabrico de tintas de óleo em tubos (desde 1842) Estava assim facilitado o transporte de tintas e materiais para junto dos motivos de trabalho, assim como a aplicação de cores puras directamente sobre a tela em pinceladas soltas, rápidas e impulsivas. 32
  • 33. O Impressionismo como arte puramente visual O termo Impressionismo surgiu apenas em 1874 numa referencia, com carácter pejorativo, do jornalista Luois Leroy a um quadro de Monet intitulado Impressão: Sol Nascente 33
  • 34. Apresentavam dois aspectos em comum 1º - A total reprovação da arte académica e de uma pintura de elaboração lenta em atelier, favorecendo o desenho sobre a cor 2º - A ideia de que a renovação da arte não se devia produzir apenas através da renovação dos temas, mas pelo modo de conceber as formas num sentido plástico e pictórico, como resultado da cor e da luz. 34 As Exposições Impressionistas, decorreram entre 1874 e 1882, nas quais se poderiam, encontrar Degas, Renoir, Monet, Pissaro, Cézanne e Sisley
  • 35. A obra de Monet, Impressão: Sol Nascente, oferecerá a chave do projecto: uma impressão, ou um efeito visual, era o que a obra devia provocar no observador Uma das tarefas fundamentais dos pintores era abandonar os cânones de representação pictórica, adequando a sua forma de pintar ao funcionamento do olho. Agora é o modo como o pintor capta o movimento de luz, o instante de tempo, o espaço volátil ou uma sugestão visual imediata Enquadrava-se no espírito cientifico e na mentalidade positivista, privilegiando a percepção através dos sentidos em detrimento do sentimento ou da emoção. Beneficiaram das teorias científicas de Isaac Newton que formulou o tratado sobre a luz (a sua decomposição) e as leis da visão Dos estudos de Thomas Young sobre a cor (como resultado da reflexão e refracção das radiações luminosas) 35
  • 36. Das investigações de Eugène Chevreul, que estabeleceu a teoria dos contrastes da cor 36