2. 1. (Unesp 2013) Leia.
“Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele poderia esperar a
constante aprovação de suas políticas, expressa no voto popular na Assembleia, mas
suas propostas eram submetidas à Assembleia semanalmente, visões alternativas
eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia abandoná-lo, bem como
suas políticas, e ocasionalmente assim procedeu. A decisão era dos membros da
Assembleia, não dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da necessidade
de liderança não era acompanhado por uma renúncia ao poder decisório. E ele
sabia disso”. (Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.)
Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no século V a.C., o
texto afirma que
a) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora ouvissem às vezes as
opiniões da Assembleia.
b) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos na Assembleia
demonstrava o caráter indireto da democracia.
c) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o que revelava a
participação direta dos cidadãos na condução política da cidade.
d) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos, submetendo-se a
partir de então ao seu poder e às suas decisões.
e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na Assembleia, pois
poderiam assim provocar impasses políticos.
3. 2. (Fuvest 2013) A escravidão na Roma antiga
a) permaneceu praticamente inalterada ao longo dos
séculos, mas foi abolida com a introdução do cristianismo.
b) previa a possibilidade de alforria do escravo apenas
no caso da morte de seu proprietário.
c) era restrita ao meio rural e associada ao trabalho
braçal, não ocorrendo em áreas urbanas, nem atingindo
funções intelectuais ou administrativas.
d) pressupunha que os escravos eram humanos e, por
isso, era proibida toda forma de castigo físico.
e) variou ao longo do tempo, mas era determinada por
três critérios: nascimento, guerra e direito civil.
4. 3. (Unesp 2012) “A escravatura [na Roma antiga] foi praticada
desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu desenvolvimento
em grande escala foi consequência das guerras de conquista […].”
(Patrick Le Roux. Império Romano, 2010.)
Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que
a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois
era determinada pela procedência e pela raça.
b) aumentou significativamente durante a expansão romana
pelo Mar Mediterrâneo.
c) atingiu o auge com a ocupação romana da Germânia e de
territórios na Europa Central.
d) diminuiu bastante após a implantação do Império e foi abolida
pelos imperadores cristãos.
e) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois
os escravos romanos nunca podiam se tornar livres.
5. 4. (Uftm 2012) Imperador de Roma entre 253 e 260, Valeriano escreveu:
“Não consideramos que os coloni [colonos] tenham a liberdade de abandonar a
terra à qual estão presos por sua situação e nascimento. Se o fizerem, que sejam
trazidos de volta, acorrentados e castigados”. (Apud Gordon V. Childe. O que
aconteceu na história, 1973.)
A determinação imperial ocorreu
a) por ocasião da abolição da escravatura e consequente desorganização gerada
pela mudança do regime de trabalho.
b) em um momento de crise do Império, quando a situação de arrendatários e
camponeses deteriorou-se.
c) em função das invasões dos povos que viviam fora do Império, o que
propiciou a fuga dos colonos.
d) em represália às atitudes dos cristãos, que condenavam os trabalhos
forçados e promoviam revoltas.
e) por conta do início da expansão do Império, que exigiu um grande exército e
causou o despovoamento dos campos.
6. 5. (Enem 2012)
A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na
cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma
característica política dos romanos no período, indicada em:
a) Cruzadismo — conquista da terra santa.
b) Patriotismo — exaltação da cultura local.
c) Helenismo — apropriação da estética grega.
d) Imperialismo — selvageria dos povos dominados.
e) Expansionismo — diversidade dos territórios conquistados.
Questão cancelada porque a professora a deixou com gabarito.
7. 6. (Uftm 2012) Leia os excertos da obra 100 textos de História Antiga, organizada por
Jaime Pinsky, de 1980.
“Eu sou o rei que transcende entre os reis,
Minhas palavras são escolhidas,
Minha inteligência não tem rival.” (Hamurábi, 1792-1750 a.C. Autopanegírico.)
“O fundamento do regime democrático é a liberdade [...]. Uma característica da
liberdade é ser governado e governar por turno [...]. Outra é viver como se quer; pois dizem
que isto é resultado da liberdade, já que o próprio do escravo é viver como não quer.”
(Aristóteles, 384-322 a.C. Política.)
A partir dos textos, pode-se afirmar que
a) os fundamentos do poder político eram os mesmos para Hamurábi e Aristóteles.
b) a democracia, segundo Aristóteles, impôs o abandono do regime escravista.
c) Hamurábi considerava que o governante deveria ser escolhido entre os mais sábios.
d) expressam diferentes concepções sobre as relações entre governantes e governados.
e) a dinastia esclarecida, com doses de despotismo e liberdade, era defendida por
ambos.
8. 7. (Fuvest 2011) “As cidades [do Mediterrâneo antigo] se formaram, opondo-
se ao internacionalismo praticado pelas antigas aristocracias. Elas se fecharam e
criaram uma identidade própria, que lhes dava força e significado”. (Norberto Luiz
Guarinello, A cidade na Antiguidade Clássica. São Paulo: Atual, p.20, 2006.
Adaptado.)
As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas
pela
a) autossuficiência econômica e igualdade de direitos políticos entre seus
habitantes.
b) disciplina militar imposta a todas as crianças durante sua formação escolar.
c) ocupação de territórios herdados de ancestrais e definição de leis e moeda
próprias.
d) concentração populacional em núcleos urbanos e isolamento em relação
aos grupos que habitavam o meio rural.
e) submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos
democráticos de organização política.
9. 8. (G1 - cps 2011) “Os combates de gladiadores surgiram no sul da Itália, chegaram a Roma no
meio século III a.C. e foram oficializados pelo Senado, em 105 a.C. Inicialmente realizados durante
as cerimônias fúnebres, pouco a pouco eles foram perdendo seu caráter sagrado e se
transformaram em manifestações laicas, no início da era cristã. Apesar de escravos, os gladiadores
eram esportistas de alto nível, pois cabia aos promotores das lutas oferecerem um espetáculo de
qualidade. Esses combates representavam, para os gladiadores, cair nas graças da multidão, fato
que os levava à fama.
Para conquistar o reconhecimento do povo, cidadãos importantes, desde líderes locais até o
próprio imperador, ofereciam esses espetáculos ao público.
O governo de Otávio Augusto (30 a.C.- 14 d.C.), visando aumentar a popularidade e diminuir as
revoltas dos pobres da cidade de Roma, ampliou a “política do pão e circo”. (Revista História Viva,
ano V, nº 56. Adaptado)
Sobre esse momento da história romana, é válido afirmar que
a) esses espetáculos públicos tinham um caráter puramente religioso e evitavam as revoltas sociais,
pois os romanos temiam a ira de seus deuses.
b) a “política do pão e circo”, no fim da era cristã, manteve o caráter sagrado dos combates de
gladiadores, pois muitos desses participantes ofereciam sua vida ao deus cristão.
c) a política do “pão e circo”, ampliada por Otávio Augusto, pôs fim às desigualdades sociais entre
patrícios e plebeus.
d) os combates entre gladiadores, promovidos nos estádios, serviam para diminuir a insatisfação
popular contra os governantes.
e) as lutas de gladiadores surgiram no sul da Itália para pôr fim a revoltas sociais ocorridas no
governo de Otávio Augusto, no século III a.C.
10. 9. (Ufjf 2010) A partir do século III assiste-se ao longo
processo de crise do Império Romano do Ocidente e ao desenvolvimento das
instituições feudais, que daria início ao período medieval. Assinale o item que NÃO
se enquadra nesse contexto.
a) A expansão do Império Romano do Ocidente cessou, levando ao decréscimo da
obtenção de escravos e riquezas.
b) As fronteiras pouco controladas devido à fragilidade romana possibilitaram a
invasão dos povos bárbaros e a fragmentação territorial do Império.
c) O poder político exercido pelas grandes cidades se manteve, levando a um
crescimento da urbanização e desenvolvimento das instituições comerciais.
d) Desenvolveu-se o sistema de colonato através do qual escravos e plebeus
empobrecidos passaram a trabalhar como colonos nas terras dos grandes
proprietários.
e) Iniciaram-se as relações de suserania e vassalagem baseadas em fidelidade e
prestação de serviços dos vassalos para com os senhores.
•
11. 10. (Fuvest 2009) "Alexandre desembarca lá onde foi
fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito
para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra
fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos
santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo." (Flávio
Arriano. "Anabasis Alexandri" (séc. I d.C.).)
Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é
possível depreender:
a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a
egípcia e as do Oriente Médio.
b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de
Alexandre na região.
c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do
helenismo no Egito.
d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no
Império helênico.
e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as
conquistas de Alexandre.
12. 11. (Enem 2009) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor
conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os
cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses
tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —,
tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é
indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades
políticas”. (VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo:
Atual, 1994.)
O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que
a cidadania
a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os
políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos
cidadãos tem de trabalhar.
b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores,
fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que
levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos
cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política
e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.
13. 12. (Fatec 2009) As civilizações da antiguidade clássica - Grécia e
Roma - desenvolveram uma estrutura socioeconômica alicerçada no escravismo.
Sobre essa temática, pode-se afirmar que:
I. a escravidão foi indispensável para a manutenção do ideal democrático em
Atenas, uma vez que os cidadãos ficavam desincumbidos dos trabalhos manuais e
das tarefas ligadas à sobrevivência.
II. a escravidão foi abolida em Atenas quando Péricles estabeleceu o direito
político a todos os cidadãos, reconhecendo, dessa forma, a igualdade jurídica e
social da população da Grécia.
III. os escravos romanos, por terem pequenas propriedades e direitos
políticos, conviveram pacificamente com os cidadãos romanos, como forma de
evitar conflitos e a perda de direitos.
IV. os escravos romanos, que se multiplicavam com o expansionismo de
Roma, estavam submetidos à autoridade de seu senhor, e sua condição obedecia
mais ao direito privado do que ao direito público.
É correto apenas o que se apresenta em:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.