O capítulo introduz Lucas, um metamorpho lobo que narra a história. Ele visita o túmulo de seu pai, o ex-governador da cidade de Zhareth, antes de ir para a escola no feriado de Kawazu. Lá, ele encontra seus amigos Diphrá e Adara e assiste às apresentações no pátio da escola antes de voltar para sua grande casa, onde treina luta com espadas no quintal, sonhando em ajudar as pessoas.
1. Capítulo 2
“Às almas e aos corpos sofridos...
Às dores e dos sonhos perdidos;
Aos heróis que jaz aqui viveram...
Às vidas que jaz aqui morreram;
Deixo-lhes minha pacífica cidade,
Na esperança de um novo mundo de verdade.”
Pollux Zhareth
Giro 5, Manhã.
Bom, são essas palavras que estão grafadas no túmulo de meu
pai, Pollux Zhareth, o ex-governador e fundador dessa cidade.
Desculpem-me se o começo dessa historia está meio confuso, vou
esclarecer tudo agora mesmo.
O meu nome é Lucas Mortifer Zhareth, sou eu quem vai narrar
essa historia e fazer parte dela, e o lugar onde eu moro é Zhareth, uma
das maiorescidades no reino de Fréhca, localizada em nosso planeta de
nome Singdall.
Singdall é um tipo de planeta diferente, ele é bem grande e
povoado, nele vivem animais e dois tipos de seres dominantes: os
Metamorphos e os Humanos.
Humanos são as figuras com quem vocês devem estar bem
familiarizados, mas um Metamorpho é diferente. Metamorpho é uma
raça misturada, normalmente, de animais e humanos, na qual eles
obtêm o corpo de um humano, mas a aparência de um animal, em
alguns aspectos únicos. No mundo dos humanos, a junta de um lobo
com humano é chamado de lobisomem, aqui seria chamado de
metamorpho.
Os metamorphos são separados dos humanos, por causa de uma
guerra que aconteceu a bastante tempo, que dividiu o mundo em dois
reinos únicos. Os metamorphos são do reino de Fréhca e os humanos
do reino de Tâmidar.
Eu sou um metamorpho, mistura de humano com lobo, o que
tradicionalmente seria um lobisomem, mas eu não sou tão robusto
quanto à imagem que criaram de um lobisomem. Para mostrar como é
a mistura feita de um metamorpho, vou falar a minha aparência: eu sou
todo peludo, até os pés, tenho braços e pernas normais, humanos, mas
todos com pêlos; tenho uma cauda e tenho a cabeça de um lobo, com
orelhas grandes e o focinho grande.
2. Creio que será difícil imaginar isso, então deixarei isso por sua
conta.
Neste exato momento, eu estou no memorial de meu pai, vendo o
seu túmulo, bem seguro e repleto de flores dos lados, todo o dia de
manhã eu acordo para deixar flores para ele. Dizem que se deixar
certas flores aqui, a Deusa Azula vai abençoar a alma dele... Não sou
muito fã de superstições, mas qualquer coisa vale, não é?
Bom, já deu a minha hora, agora mesmo eu tenho que ir à escola.
Inclusive, eu já fui ao memorial com meu uniforme para não ter
que voltar para casa.
Eu estava chegando à escola.
Como era feriado de Kawazu, a escola não estava funcionando
normalmente, apenas nós fomos convocados para comparecer aos
eventos arrumados pelos alunos antes que chegasse a noite e o evento
principal, o Kawazu.
A minha escola se chama Big Knowledge, ela foi fundada faz 27
Círculos, por um metamorpho chamado Jaldaah, ele era diretor da
escola, mas ele faleceu no faz 12 círculos.
Eu cheguei a escola e andei pelos corredores de pedra, a escola
estava aberta ainda, mas a maioria dos metamorphos estavam no
corredor ao lado da escola, onde haviam sido montadas as barracas
variadas. Fui caminhando por entreos metamorphos e em uma barraca
de guloseimas, eu achei meu amigo: Diphrá:
Diphrá: _Olá Lucas!
Eu: _Ora, o que faz aí?
Diphrá: _O que acha? A melhor barraca que eu poderia vender
coisas!
Eu: _Ei, espere, você não pode comer as vendas.
Diphrá me olhou com uma cara de decepcionado:
Diphrá: _Aaah, mas então como irei aproveitar?
Eu: _Não sei, só não coma nada, são para vender não para comer!
Diphrá: _Ok, ok, chato...
O nome completo dele é Diphrá Ruveins, ele é meu amigo desde
as primeiras graduações. Ele tem a mesma idade que eu e é da mesma
raça que eu, mas tem seus pêlos mais claros. Ele é um metamorpho
engraçado e divertido, bastante extrovertido e também tem suas horas
de idiotice, como todo mundo, mas as vezes, as dele chegam a durar...
Muito tempo...
Diphrá: _Então, vai comprar algo?
Eu: _Eu nãocomi nada demanhã, entãome dê um pedaço de bolo...
Diphrá: _Aqui está. São 200 β (baltos)
Eu: _200? Não poderiam vender isso mais barato?
3. Diphrá: _Diz para eu não comer e depois quer moleza?
Olhei-o com cara de desgosto:
Eu: _Tá bom, eu pago.
Ele me deu o pedaço e eu paguei a ele os Baltos
Uma explicação rápida: Baltos (β) é o tudo em fundos que a gente
paga para obter alguma coisa aqui em Singdall. Por seu valor único ser
pequeno, normalmente, algumas coisas chegam a custar centenas de
Baltos, milhares, vai depender do valor do objeto.
Depois de pago, eu andei pelo campo da escola, e no meio do
caminho eu me encontro com Adara:
Adara: _Aaah, Lucas, que bom que te encontrei!
Eu: _Olá Adara, como vai?
Adara: _Eu vou ótima e você?
Eu: _Eu estou ótimo.
Adara: _Que bom.
O nome dela é Adara, ela é minha amiga faz quase dois círculos.
Ela é um círculo mais velha que eu e é da mesma raça que eu também,
mas ela tem o mesmo tom de pêlo do Diphrá. Ela é bem atenciosa e
simpática. Ela é daquelas que só às vezes têm seus dias bons... Tomara
que hoje seja um bom...
Adara: _Lucas, adivinha o que eu tenho aqui atrás...
Ela estava com as mãos para trás do corpo e olhando para o lado.
Eu: _Ahn? Não sei, o que?
Então ela tirou as mãos e revelou um chapéu de festas todo
enfeitado, e imediatamente, colocou na minha cabeça.
Eu com uma cara, meio que entediado, perguntei:
Eu: _Ahn... O que... O que é isso?
Adara: _É um chapéu, não vê?
Eu: _Eu sei que é um chapéu, mas... Por quê?
Adara: _Você fica melhor assim, hahaha!
Deixei minhas sobrancelhas caírem e pensei comigo mesmo: “Eu
retiro o que eu disse, ela deveria estar em seus maus dias...”
Adara: _Acho melhor você se apressar, senão não vai ver as
apresentações no campo da escola.
Eu vi que ela via na direção contrária, então perguntei:
Eu: _Ora essa, você não vai?
Adara: _Ah não, vou ali falar com o Diphrá...
Eu: _Ah, ok, até mais.
Então ela foi andando, então mechamou novamentee perguntou:
Adara: _Por acaso... Onde mesmo ele está?
Eu: _Ele está na barraca de doces.
Adara: _Argh, deveria ter adivinhado, bom, até.
4. Então eu esperei ela sair da minha vista, então eu tirei aquele
chapéu ridículo da minha cabeça e fui para o campo.
Entrei nos bancos do lado e assisti ao evento até mais tarde.
Depois de algum tempo, eu fui embora.
Eu não me encontrei com Adara nem com Diphrá. Fui direto para
casa naquele dia, estava cansado e com fome, além de que estava calor
demais naquele dia.
A minha casa, bom, não posso chamar aquilo de casa e sim um
palácio, ou mansão, fica em uma rua bem vazia. Na verdade, eu não
tenho amizade com nenhum vizinho, por que nenhum deles passa
perto do meu palácio. Eu até fico solitário nessa grande casa, tenho
mais de cinco quartos só para mim!
Na verdade, esse palácio era do meu pai, o falecido governador
da cidade, mas desde que ele morreu ninguém mais visita a casa e ela
fica solitária.
Naquela tarde, eu fiquei no meu quintal treinando luta.
Eu pratico espada desde criança, mesmo que em vão que eu não
saiba lutar, mas eu sei o básico, pois eu já vi o meu irmão, Pablo
Mortifer, praticando. Então eu fico treinando com tocos de madeira
para depois comprar a minha própria espada. Nunca me interessei
muito com isso. Mas mesmo assim, eu tenho o sonho de poder lutar
bem e ajudar as pessoas em minha volta... Espero que algum dia
consiga...