4. Elementos de Fixação
Na mecânica é muito comum a necessidade de unir peças como chapas, perfis e
barras. Qualquer construção, por mais simples que seja, exige união de peças entre si.
Entretanto, em mecânica as peças a serem unidas, exigem elementos próprios de
união que são denominados elementos de fixação.
Numa classificação geral, os elementos de fixação mais usados em mecânica são:
rebites, pinos, cavilhas, parafusos, porcas, arruelas, chavetas etc.
5. No tipo de união móvel, os elementos de
fixação podem ser colocados ou retirados do
conjunto sem causar qualquer dano às peças
que foram unidas. É o caso, por exemplo, de
uniões feitas com parafusos, porcas e arruelas.
No tipo de união permanente, os elementos de
fixação, uma vez instalados, não podem ser
retirados sem que fiquem inutilizados. É o caso,
por exemplo, de uniões feitas com rebites e
soldas.
A união de peças feita pelos elementos de fixação pode ser de dois tipos:
móvel ou permanente.
6. Rebites.
Um rebite compõe-se de um corpo em forma de eixo
cilíndrico e de uma cabeça. A cabeça pode ter vários
formatos.
Os rebites são peças fabricadas em aço, alumínio, cobre ou
latão. Unem rigidamente peças ou chapas, principalmente,
em estruturas metálicas, de reservatórios, caldeiras,
máquinas, navios, aviões, veículos de transporte e treliças.
Rebites (trabalham ao corte).
7. A fixação das
pontas da lona de
fricção do disco de
embreagem de
automóvel é feita
por rebites.
Outro exemplo de
aplicação, visto na
mesma figura, é a
fixação da lona de
fricção da sapata de
freio de automóvel.
O rebite também é
usado para fixação
de terminais de
cintas e lona.
Exemplos de aplicação de Rebites na área
automotiva.
9. A fabricação de rebites é
padronizada, ou seja,
segue normas técnicas que
indicam
medidas da cabeça, do
corpo e do
comprimento útil dos
rebites.
10. Diâmetros padronizados: entre 10 e 36 mm
Comprimentos úteis padronizados: entre 10 e 150 mm
Em estruturas metálicas, são
utilizados
rebites de aço de cabeça redonda:
11. Existem também rebites com
nomes especiais: de tubo, de
alojamento explosivo, entre
outros.
O rebite explosivo contém uma
pequena cavidade cheia de
carga explosiva que é ativada
ao aplicar um dispositivo
elétrico na cavidade.
12. Além desses rebites, destaca-se pela sua importância, o rebite de repuxo,
conhecido por rebite ”pop”. É um elemento especial de união, empregado para
fixar peças com rapidez, economia e simplicidade.
Abaixo mostramos a nomenclatura de um rebite de repuxo
Os rebites de repuxo podem ser fabricados com os seguintes materiais metálicos:
Aço-Carbono; Aço Inoxidável; Alumínio; Cobre; Monel (liga de cobre- níquel resistente
a água do mar e a altas temperaturas).
13. Especificação de Rebites
Para adquirir os rebites adequados ao seu trabalho, é necessário que conhecer suas
especificações, ou seja:
• Material
• Tipo de cabeça
• Diâmetro do corpo
• Comprimento útil (L) e sobra necessária (Z)
É extremamente importante saber também o modo como vai ser fixado o rebite: a frio
ou a quente
14. Cálculos para rebitagem
• Cálculo do diâmetro do rebite
• Cálculo do diâmetro do furo
• Cálculo do comprimento útil do rebite
15. Cálculo do diâmetro do rebite
onde:
d = diâmetro;
< S = menor espessura;
1,5 = constante ou valor
predeterminado.
16. Cálculo do diâmetro do furo
onde:
dF = diâmetro do furo;
dR = diâmetro do rebite;
1,06 = constante ou valor
predeterminado.
18. Medidas para união de chapas
• A distância do centro do rebite até a borda da chapa é obtido por: 1,5*d
• O passo longitudinal é obtido por: P= 3*d
• O passo transversal de rebitagem em cadeia é obtido por: 0,8*P
• O passo transversal de rebitagem em zigue-zague é obtido por : 0,6*P
6/7/2015 Hareesha N Gowda,
19. União de duas chapas por rebitagem em cadeia
6/7/2015 Hareesha N Gowda,
20. União de duas chapas por rebitagem em zigue-zague
6/7/2015
21. Processos de rebitagem
• A segunda cabeça do rebite pode ser feita por meio de dois processos: manual e
mecânico.
Processo manual
• Esse tipo de processo é feito à mão, com pancadas de martelo. Antes de iniciar o
processo, é preciso comprimir as duas superfícies metálicas a serem unidas,
com o auxilio de duas ferramentas: o contra-estampo, que fica sob as chapas, e
o repuxador, que é uma peça de aço com furo interno, no qual é introduzida a
ponta saliente do rebite. Após é feito o boleamento.
22. Processo mecânico
O processo mecânico é feito por meio de martelo pneumático ou de rebitadeiras
pneumáticas e hidráulicas.
Rebitadeiras Pneumáticas
O martelo pneumático é ligado a um compressor de ar por tubos flexíveis e
trabalha sob uma pressão entre 5 Pa 7 Pa, controlada pela alavanca do cabo.
24. Contra-estampo
O contra-estampo é na verdade um estampo
colocado em posição oposta à do estampo
Repuxador
O repuxador comprime as chapas a serem
rebitadas. É feito de aço temperado e apresenta
três partes: cabeça, corpo e face. Na face existe
um furo que aloja a extremidade livre do rebite.
25. Rebitagem a quente e a frio: Tanto a rebitagem manual como a mecânica
podem ser feitas a quente ou a frio.
A rebitagem a quente: é indicada para rebites com diâmetro superior a 6,35
mm, sendo aplicada, especialmente, em rebites de aço.
A rebitagem a frio: é feita por martelamento simples, sem utilizar qualquer
fonte de calor. É indicada para rebites com diâmetro de até 6,3 mm, se o trabalho
for mão, e de 10 mm, se for à máquina.
26. Rebitadeira Hidráulica
A rebitadeira pneumática ou hidráulica funciona por meio de pressão contínua. Essa
máquina tem a forma de um C e é constituída de duas garras, uma fixa e outra móvel
com estampos nas extremidades.
FONTE:http://www.rebitex.com.br
/Rebitadeiras_Prensas.aspx
29. Defeitos de rebitagem
Os principais defeitos na rebitagem são devidos, geralmente, ao mau preparo das
chapas a serem unidas e má execução das operações nas fases de rebitagem.
Furos fora do eixo, formando degraus
Chapas mal encostadas
30. Diâmetro do furo muito
maior em relação ao
diâmetro do rebite
Os defeitos causados
pela má execução:
Aquecimento
excessivo do rebite
Rebitagem
descentralizada
31. ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
• Mal uso das ferramentas para
fazer a Cabeça
• O comprimento do corpo do
rebite é pequeno em relação
espessura da chapa
33. Vantagens das ligações Rebitadas.
• As junções rebitadas são mais simples e baratas que as soldadas;
• Maior facilidade de reparação;
• Possibilitam um controle de qualidade mais simples que as
soldadas;
• Aplicação a materiais de má soldabilidade.
• Execução simples Não exige operário qualificado Controle de
qualidade simples.
34. Desvantagens das ligações Rebitadas.
• Não desmontável
• As junções rebitadas são mais pesadas e seu campo de aplicação não
é tão vasto quanto o das junções por solda;
• Campo de aplicação reduzido.
• Não recomendável a carregamentos dinâmicos
• Acarretam uma redução da resistência do material da ordem de 13 a
42%, devido à redução de área pela furacão para os rebites, contra
uma redução de 10 a 40% para as junções soldadas.