Da escola ao museu das comunicações Cristina Weber
História, arte e criatividade relatório net
1. História, Arte e Criatividade: Das Tecnologias Á Aprendizagem Em Contexto
2011/2012
Registo Atividade em Aula – História, Arte e Criatividade
Título/Tema do Trabalho: Da Manufatura á Maquinofatura: A História da
Papélia.
Unidade/ Subunidade: Designação da Unidade/ Subunidade Didática (se aplicável):
G1. A Revolução Agrícola e o Arranque da Revolução Industrial.
- As Alterações no Regime de Produção.
Destinatário: Duração da atividade: Museu do Papel | 07 e 14 de Janeiro de
2012
Alunos – 8º ano de 45m
escolaridade
Introdução:
Face ao desafio que nos foi proposto e após uma visita guiada ao Museu do Papel
decidimos preparar uma aula sobre a Revolução Industrial.Partindo de uma folha de
papel foi criada uma narrativa visual que servirá de motivação ao tema/conteúdo
abordado.
Objetivos pedagógicos:
- Distinguir manufatura de maquinofatura.
- Identificar diferenças entre estes dois tipos de produção.
- Enumerar as vantagens/desvantagens da produção.
Ferramentas e Recursos:
- Computador/internet
- Projetor
- Tesoura e papel
Operacionalização:
2. Partindo da leitura da narrativa visual e da exploração de um pequeno vídeo sobre o
Museu do Papel Virtual e com base na metodologia VTS conduziríamos os alunos a
contacto com a produção artesanal e industrial. Os alunos preencheriam uma ficha de
trabalho comparativa entre manufatura e maquinofatura, preenchendo a conclusão
com as vantagens e desvantagens da mecanização.
Avaliação:
- Observação direta: participação dos alunos
- Realização de uma ficha de trabalho.
Reflexão Individual:
Partindo da História/ testemunho local quando preservado pela comunidade, os
professores de História e de outras disciplinas têm a possibilidade/obrigação de usar
este património nas suas aulas para se estudar a história nacional/mundial. E graças
às novas tecnologias que se podem usar nas aulas, os alunos poderão explorar e
serem transportados para o passado, a partir do presente, com uma boa dose de
criatividade à mistura. E esta ação de formação provou isso mesmo.
Esta ação foi um desafio à minha criatividade e capacidade de responder a novas
situações, quer individualmente, quer em grupo. Considero necessário e útil este tipo
de ações que nos colocam a pensar, imaginar e criar estratégias novas que ajudam a
desenvolver a prática pedagógica.
Temos que ser sempre criativos para enfrentar os desafios que nos surgem em cada
aula. Temos que construir mais “pontes” para ligar o Museu à Escola.
Esta ação veio ao encontro das minhas expetativas, pois estimulou ainda mais o meu
lado criativo.
Assim como a criatividade tem sido o motor da História, criatividade deve nortear
também as nossas práticas letivas. Num tempo em que diversos paradigmas,
educacionais se confrontam, é essencial o professor (re)descobrir a sua capacidade
imaginativa e criativa de modo a desenvolver nos seus alunos capacidades de reflexão
e de questionamento, e não a formatá-los de acordo com o paradigma x ou y.
O tema da ação de imediato me conquistou! A procura de algo diferente que responda
aos desafios que diariamente sentimos ao ensinar a História. A resposta é uma
inquietude, um inconformismo que nos leva a associar História, Arte e Criatividade, no
fundo um convite a reinventar a forma de ensinar História.
Observações:
3. Como forma de consolidação dos conteúdos poderá ser realizada uma visita de estudo
ao Museu do Papel. E posteriormente será pedido aos alunos para também eles
imaginarem e criarem um texto criativo, “ Um Dia na Vida de um Operário…”.
Narrativa Visual:
Desta vez a história não começa por era uma vez ..., mas sim por mim. Chamo-me
Papélia. Sou uma folha de papel branca com uma pequena marca de água que
identifica onde nasci. Sinto-me sempre só, colocada de lado, num sítio mais seco,
onde o sol entrava pela janela virada a sul e para o rio.
Ouvi muitos lamentos, dúvidas, preocupações, angústias das poucas pessoas que na
casa do cilindro e da máquina trabalhavam em condições desumanas, devido ao frio, á
humidade, ao cansaço, à fome, á doença, entre outras.
Nunca soube para onde foram levadas as minhas irmãs depois do corte. Esta dúvida
ainda permanece na minha mente.
Lembro-me do senhor Joaquim e da mulher Custódia, quando a máquina contínua de
forma redonda chegou, isto é, a minha mãe. Eles ficaram assustados com o seu
tamanho e angustiados por não saberem trabalhar com aquela geringonça e
preocupados com um provável despedimento.
Que tempos conturbados aqueles!