3. Na semana passada abordamos os
juízos das quatro primeiras trombetas,
pois aprendemos que tais juízos estão
divididos em duas partes.
1.A primeira parte compõe os juízos
das quatro primeiras trombetas.
2.A segunda parte é composta dos
juízos das três últimas.
4. Enquanto as quatro primeiras
trombetas foram dirigidas contra a
natureza, essas três últimas são
dirigidas às pessoas.
Quais pessoas?
5. Aquelas que rejeitaram a Deus e
perseguiram seu povo. O que faz
desses juízos piores que os primeiros
porque são dirigidos diretamente
contra os ímpios. E mais, tais juízos
provam aos habitantes da terra, de
uma vez por todas, que os falsos
deuses e os “poderes” que eles
seguiram são forças demoníacas,
portanto, do mal...
6. E que chegam e chegarão ao ponto de
torturar seus próprios adoradores.
Como veremos, durante cinco meses
os gafanhotos (os demônios) torturarão
seus seguidores de tal modo que ele
perseguirão a morte.
7. Entretanto, como veremos também, a
tragédia do pecado continuará, pois a
despeito da prova absoluta da
onipotência de Deus e do ódio dos
falsos deuses por seus seguidores, as
pessoas más não se arrependerão,
rejeitarão a oferta de Deus e voltarão a
adorar os poderes malignos, mesmo
tendo sido torturados e visto que
muitos morreram em suas mãos.
8. Diz o texto:
A esta altura de minha visão, eu
ouvi e vi uma águia que voava pelo
meio dos céus, clamando em alta
voz: Ai, ai, ai dos habitantes da
terra, por causa dos restantes sons
das trombetas dos três Anjos que
ainda vão tocar.
Apocalipse 8:13
9. Sobre a ‘águia’ precisamos considerar
alguns fatores:
1. Os romanos tinham uma águia
desenhada em sua bandeira
de guerra.
2. As águias eram vistas como
mensageiras dos deuses.
3. No AT as águias eram vistas como
presságio de morte e destruição
10. Assim João fala de algo que não
precisa de muita explicação, pois havia
historicamente uma similaridade com
este animal e suas possíveis
implicações que, dentro do contexto
muito provavelmente simboliza o juízo
iminente da parte de Deus.
11. O juízo anunciado é iminente. Assim,
cabe aos habitantes da terra
escolherem entre os dois destinos, e os
três “ais” são parte tanto da última
oportunidade para responder o
chamado ao arrependimento, quanto
do anúncio da condenação para os que
rejeitam esse chamado.
12. E quem são estes que rejeitarão
esse último chamado?
São os que seguem a besta / São os
que se opõem aos santos
e os matam.
(13.8 / 17.8) (6.10 / 11.10)
Deste modo, é natural que eles sejam
objetos da ira de Deus.
14. Como lemos, fala de uma invasão
particularmente terrível de
gafanhotos sobrenaturais saindo do
“poço do inferno” (abismo) que
acumularão torturas contra os
habitantes da terra durante
cinco meses.
15. A principal ênfase está no fato de que
os demônios se voltam contra seus
próprios seguidores e demonstram total
desprezo e sua crueldade
incomparável ao torturarem
seus adoradores. Diz o texto:
E O QUINTO anjo tocou a sua
trombeta, e vi uma estrela que do céu
caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do
poço do abismo.
16. ‘e vi uma estrela que do céu
caiu na terra”
Que ou quem é essa
‘estrela’?
17. Há quem afirme tratar-se de um
demônio; há quem diga tratar-se do
próprio satanás. Mas o fato é que tais
possibilidades faria deste episódio o
único lugar de Apocalipse que Deus
usou um anjo mau para executar sua
vontade. E mais, como se poderia
confiar a um anjo caído as chaves de
sua própria prisão?
18. Deste modo, a probabilidade mais
viável é que se trate do mesmo ser
de 20.1 que diz:
1 E VI descer do céu um anjo,
que tinha a chave do abismo, e
uma grande cadeia na sua mão.
19. Assim, o anjo de 9.1 é mais um dos
mensageiros angélicos enviados do
céu para executar a vontade de Deus.
Note-se que esse anjo não tem poder e
autoridade em si mesmo, Deus é quem
dá a chave mostrado mais uma vez
seu poder e soberania.
20. Deste modo, abriu o poço do
abismo, e subiu fumaça do poço,
como a fumaça de uma grande
fornalha, e com a fumaça do poço
escureceu-se o sol e o ar.
Como se não bastasse, da nuvem
saltam “gafanhotos sobre a terra”.
...
21. Sobre os ‘gafanhotos’, algumas
considerações:
1.Eram um dos poucos insetos
considerados puros como alimento.
2.Suas nuvens e pragas
eram comuns.
3. No texto em questão, tais
gafanhotos, na verdade, são demônios
com aparência de gafanhotos
sobrenaturais, pois sei rei é Abadom...
22. ... Que, como foi lido no texto não tem
poder ou autoridade em si mesmo, mas
recebe de Deus. Deus concede aos
gafanhotos autoridade sobre os
habitantes da terra e também lhes dá
poder para infligir sofrimento a eles.
Quer dizer, nem as forças demoníacas
podem fazer coisa alguma, a menos
que Deus permita.
23. Muitas pessoas têm a ideia equivocada
de que satanás recebeu autonomia de
Deus para fazer o que bem quiser.
Mentira! Ele é impotente e já foi
derrotado na cruz; tudo o que ele e
seus seguidores fazem nesse livro só
pode ser realizado com
a permissão divina.
24.
25. Não considero importante ater-me à
descrição pormenorizada destes
‘gafanhotos’ até mesmo por se
tratar de algo sobrenatural,
incomum e realmente difícil de
explicar, fazendo com que se tenha
apenas conjecturas sobre sua
aparência e significado.
26. E sim, refletir sobre o propósito de sua
vinda que não é outro, se não,
intimidar, desmoralizar, aterrorizar,
dolorizar a vida dos habitantes da
terra e isso, durante cinco meses.
28. São duas as possibilidades:
1.Pode referir-se ao tempo
aproximado de vida do gafanhoto.
2.Pode referir-se à estação de seca
na palestina (abril – agosto) quando
os gafanhotos geralmente
apareciam.
29. Por fim,
tinham sobre si rei, o anjo do
abismo; em hebreu era o seu
nome Abadom, e em grego
Apoliom.
31. Há quem acredite se tratar do próprio
satanás. Entretanto há um maior
consenso para se acreditar que trata-
se de um dos principais comandantes
de satanás, cujo nome numa tradução
literal tanto do hebraico quanto
do grego significa:
Destruidor.
32. Assim, a quinta trombeta soará e o
destruidor e seu exército assolarão a
terra por cinco meses. A grande
síntese deste capítulo é que as forças
demoníacas são organizadas,
poderosas, amedrontadoras e cheias
de ódio e desprezo contra seus
próprios seguidores.
33. Essa verdade é para nos servir de
advertência para este tempo presente,
pois se esses seres são capazes de
fazer todas essas coisas contra
àqueles que são seus; que dirá sobre
os que se negam a servi-los
e adorá-los.
34. Ainda sim, tudo isso faz parte do plano
divino e tal plano é redentor. Pois
mediante as terríveis ações dos
demônios, Deus ainda está chamando
as nações ao arrependimento.
37. Eis o que devemos, já neste primeiro
momento entender:
“O que começou com o primeiro ‘ai’ ou
na quinta trombeta, quero dizer, (a
guerra dos demônios contra os
habitantes da terra levando-os a
tormentos e torturas insuportáveis)
chegará ao seu fim no segundo ‘ai’,
quero dizer, na sexta trombeta.
38. Entretanto, a sexta trombeta não
está relacionada somente com a
quinta trombeta, ela também tem
uma corelação com os selos que,
por meio da espada, fome e praga,
levam à morte um quarto dos
habitantes da terra.
39. Aqui, mais uma vez, vemos essa
questão progressiva dos juízos. Pois
ao ser tocada um terço dos habitantes
da terra morrerão. Quer dizer, até esse
momento, quase metade dos
habitantes da terra sofrerão a morte
por conta dos juízos de Deus.
42. Apesar de todas essas coisas – dos
desastres naturais das quatro primeiras
trombetas, do tormento sobrenatural da
quinta trombeta e da cavalaria
demoníaca desta trombeta que produz
o maior número de mortes na história
mundial, as pessoas continuarão
rejeitando o DEUS do universo e se
recusando ao arrependimento.
43. Sabe o que se deve
concluir deste fato?
Em nenhum outro momento ou lugar se
pode encontrar um quadro mais
preciso de pecaminosidade humana
levada ao extremo...
44. Como disse em aulas anteriores: a
tendência natural e humana é que
diante de todos esses acontecimentos
sobrenaturais os homens e mulheres –
inimigos da cruz de Cristo e daqueles
que por Ele foram salvos – certamente
se curvariam diante
Da onipotência Divina.
45. Mas, não é isso que acontece. Ao juízo
que busca conduzi-los ao
arrependimento, eles respondem com
maior rebeldia e descrença. Sua
rebeldia e seus pecados não permitem,
se quer, que se comovam com as
misericórdias de Deus.
Uma verdadeira tragédia
para a humanidade!
46. Isso porque ao soar a sexta trombeta,
os quatro anjos retidos no capítulo 7
serão aqui liberados e suas forças
destrutivas igualmente liberadas de
suas restrições também em resposta
às orações dos santos que são feitas
do altar e é do altar que esses
anjos são liberados.
47. Basta lembrar a progressão dos fatos:
Em 6.10 os santos oravam E
clamavam com grande voz, dizendo:
Até quando, ó verdadeiro e santo
Dominador, não julgas e vingas o
nosso sangue dos que habitam
sobre a terra?
48. Em 8. 3 e 4 essas orações são
oferecidas a Deus pelo anjo do altar:
E veio outro anjo, e pôs-se junto ao
altar, tendo um incensário de ouro; e
foi-lhe dado muito incenso, para o pôr
com as orações de todos os santos
sobre o altar de ouro, que está diante
do trono. E a fumaça do incenso subiu
com as orações dos santos desde a
mão do anjo até diante de Deus.
49. Em 8.5 o anjo dá a primeira resposta a
essas orações ao lançar o incensário
sobre a terra e iniciar os juízos das
trombetas:
E o anjo tomou o incensário, e o
encheu do fogo do altar, e o lançou
sobre a terra; e houve depois
vozes, e trovões, e
relâmpagos e terremotos.
50. Aqui, na sexta trombeta, o mesmo anjo
dá a segunda resposta a essas
orações ao ordenar que os anjos da
morte sejam soltos com sua cavalaria
de 200 milhões de soldados.
51. E isso acontece, diz o texto:
E foram soltos os quatro anjos, que
estavam preparados para
a hora, e dia, e mês, e ano,
a fim de matarem a terça
parte dos homens.
52. As quatro designações de tempo (hora,
dia, mês e ano) revelam a
determinação exata de Deus sobre
tempo do escaton. Quando, por
exemplo, Deus pediu que os santos
tivessem paciência, Ele sabia
exatamente a hora, o dia, o mês e o
ano em que seriam vingados.
53. Era preciso completar o número dos
que seriam mortos. Era preciso
completar o número dos que seriam
salvos (selados e protegidos). E, aí
sim, as forças de destruição seriam
soltas culminado no desenrolar das
trombetas. O que resultará, repito, com
a morte de um terço dos não selados.
54. Contudo, como também revelado
antes, o propósito dessa destruição em
massa é resgatador. É um advertência
para o restante da humanidade que
deve acertar sua vida com Deus ou
sofrerão as outras consequências.
Essa é a conclusão não somente da
sexta trombeta, mas da seção inteira.
55. Vimos que cada um dos juízos provou
a onipotência de Deus sobre os deuses
desse mundo e também mostrou às
nações que elas não podem confiar e
depender das coisas deste mundo as
quais de voltarão contra elas.
Aliás, o chamado ao arrependimento é
frequente no apocalipse.
56. O encontramos nas sete cartas e
também fora delas. Deus chamando os
crentes e não crentes ao
arrependimento. Este é um dos
propósitos de seus juízos (selos,
trombetas e taças):
Apresentar uma oferta final de
salvação para as nações.
Mas o que acontece é uma
rejeição generalizada!
57. E qual foi o motivo
apresentado por João
para essa rejeição?
59. A gravidade nesta prática está no fato
de haver uma profunda ligação
entre a idolatria e a adoração
aos demônios.
O bíblia nos ensina assim:
Deut. 32:17 Sacrifícios ofereceram aos
demônios, não a Deus; aos deuses
que não conheceram, novos deuses
que vieram há pouco, aos quais não
temeram vossos pais.
60. Mas, a verdade é, e o que foge à nossa
compreensão é que os habitantes da
terra se voltaram para esses seres que
se voltam contra seus próprios
seguidores. Preferirão ‘adorar’ ao
encardido que os maltrata do ao Deus
de amor e se arrependerem. Tamanha
é a sedução com que foram seduzidos.
61. Fato é que ainda há tempo para o
arrependimento, mas ninguém sabe
quanto tempo falta ou quando ele
se esgotará. Isso nos alcança, pois
também temos sobre o que nos
arrepender, mas ainda sim
teimamos em caminhar com as
nossas ‘idolatrias’.
Deus nos ajude!