O documento discute as sete trombetas do Apocalipse e como elas representam juízos de Deus sobre a humanidade. A primeira trombeta simboliza a queda do Império Romano, cumprida por Alarico e os Godos ao saquearem Roma em 410 d.C., mostrando que nenhum poder é absoluto contra Deus.
1. ENCONTRO COM AS PROFECIAS 230
A partir deste programa vamos estudar as sete trombetas do Apocalipse. Convém,
porém, lembrar que no último programa vimos sobre o cumprimento do sétimo selo, a
volta de Jesus. Quando isso acontecer, existirão dois grupos bem definidos. Os que
acreditaram e se envolveram com a palavra dEle e os que acharam que isso era pura
bobagem e não deram nenhuma importância.
Sempre é bom lembrar também que um pouco antes de Cristo retornar, as chances de
salvação terão fim. Hoje, no santuário celestial, Cristo intercede por todos os seres
humanos. Este é o momento de graça, oportunidade e salvação para todos,
indistintamente. Quando esse prazo acabar, a porta da salvação terá sido fechada
definitivamente.
Antes da volta de Cristo os juízos mais terríveis cairão sobre esta terra. As chamadas
“sete pragas” serão juízos de Deus, sem nenhuma misericórdia. Os castigos cairão sobre
os que rejeitaram a oportunidade de salvação e desprezaram os convites de Deus.
As sete pragas são os juízos mais fortes, porém, antes desse dia acontecer, o apóstolo
João faz uma pequena parada na linha do tempo para mostrar que Deus sempre esteve
intervindo na história mundial para mostrar que não há nenhum poder absoluto, e que
esses poderes não podem se colocar contra Deus, a palavra e o povo dEle.
As trombetas são os juízos de Deus em miniatura, com o propósito de chamar a atenção
sobre juízos maiores que aconteceriam no sexto e no sétimo selo. Portanto, a descrição
das trombetas tem o objetivo de alertar o mundo sobre juízos universais que serão
derramados sobre todo o planeta.
As trombetas também são os juízos de Deus sobre as nações que sempre estiveram
contra Ele, a a Palavra dEle e o povo dEle. “As trombetas cobrem o período da
dispensação cristã; mas as pragas cobrem apenas o desfecho final após o fechamento da
porta da graça. Portanto, as trombetas são juízos de Deus no sentido de advertir os
homens para não se rebelarem contra Ele e o povo que O serve. Estes juízos, ou castigos
devem servir como avisos de castigos maiores e mais abarcantes, caso persistam no
erro. Assim sendo, as trombetas tem sua aplicação durante a dispensação cristã como
prenúncio de juízos muito mais severos após o fechamento da porta da graça, num curto
período de tempo que precede a volta de Jesus, às vésperas do soar a sétima trombeta”
(Daniel e Apocalipse, Vilmar Gonzalez, 3ª. Edição pg.187).
Trombeta sempre esteve ligada a convocações religiosas, guerras, anúncios e avisos
(Números 10:2-12; Josué 6:16; Jeremias 4:19-20). A ordem de tocar as trombetas parte
do santuário celestial, do trono de Deus. Ou seja, são ordens do Criador para chamar a
atenção do mundo.
A primeira trombeta diz o seguinte: “E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve
saraiva, e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na
sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada”
(Apocalipse 8:7).
2. É preciso lembrar que este período cobre toda a história de igreja cristã. Neste tempo a
igreja sofreu duros golpes, porém, Deus nunca deixou responder aos filhos dEle bem
como aos que estavam no poder, sejam eles políticos ou religiosos.
A profecia diz que, ao ser tocada a primeira trombeta, “houve saraiva e fogo misturado
com sangue”. O que o profeta queria dizer com esta declaração?
Nos dias em que a igreja cristã iniciou as suas atividades, o poder que dominava o
mundo era o romano. Este poder dominava a todos com mão de ferro, porém, Deus, em
muitos momentos, mostrou aos imperadores que eles não eram tão absolutos como
pensavam.
Fogo e saraiva são símbolos de destruição (Isaías 28:2;30:30; Ezequiel13:13). A história
registra que o primeiro grande juízo que veio sobre o poderoso império romano, ou
sobre Roma ocidental, foi uma guerra movida por Alarico, chefe dos Godos, uma das
tribos bárbaras.
Todos os historiadores confirmam que Alarico com seu exército, foi o primeiro inimigo
de Roma a feri-la seriamente. A estrutura de Roma foi abalada como uma terrível
tempestade que demonstrou ser um castigo pesado sobre aqueles que, com mão de ferro,
dominavam o mundo.
Toda aquela região, até “ às portas de Roma, foi Alarico com suas tropas o terrível
açoite do céu. Junto aos muros da velha capital da terra um eremita foi aplacar o seu
furor, mas Alarico respondeu: Não posso parar, é Deus que me impele” (A verdade
sobre as Profecias do Apocalipse, Araceli de Melo, pg.133).
Alarico tomou e saqueou Roma. Ele invadiu a Itália em agosto do ano 410,
aproveitando-se da desorganização do já decadente império romano (Daniel a
Apocalipse, Vilmar Gonzalez, 3ª. Edição, pg.188). Alarico esteve diante dos muros de
Roma por três vezes. Ele foi o elemento humano usado por Deus, para levar uma nação
arrogante e ditadora a sentir que há alguém mais forte e poderoso do que ela.
Além da Itália, Alarico, líder dos godos ou visigodos, invadiu a Trácia, Macedônia,
Grécia e França e se estabeleceu onde hoje é a Espanha (C.B.A.S.D. vol.7 pg.804).
A profecia da primeira trombeta se cumpriu.
Amigo ouvinte, creia no Senhor Deus para ficar seguro. Creia nos profetas dEle para
prosperar.