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A África Ocidental tinha uma história e cultura muito rica e variada antes da chegada dos europeus. Sua estrutura política era muito ampla e variada, que incluía desde reinos até cidades-estados, entre outras organizações, cada qual com suas próprias características culturais e lingüísticas. Na áfrica havia desde grandes impérios como Songhai, com estrutura política complexa e centenas de milhares de camponeses, até sistemas políticos fracos que delegavam as decisões aos acordos entre as pessoas da aldeia. Como no século 16 a Europa estava devastada pela guerra e preocupada consigo, os grupos que mantinham o poder na áfrica estavam em constante mudança.<br />A Arte, a Educação e a Tecnologia floresceram na África, e os africanos eram habilidosos especialmente em medicina, matemática e astronomia. Tanto quanto mercadorias simples, eles também tinham mercadorias de luxo como bronze, marfim, ouro e terracota para uso tanto local quanto comercial. <br />Os africanos da África Ocidental já comercializavam com os europeus á anos através de mercadores da África do Norte. Já os primeiros europeus com contato direto com eles foram os Portugueses no século 15. Os holandeses, ingleses, franceses e escandinavos vieram depois. Eles estavam principalmente interessados em produtos de alto custo como o ouro, marfim e especiarias, particularmente a pimenta. Desde os primeiros contatos, os comerciantes europeus seqüestravam e vendiam os africanos na Europa. Entretanto, só a partir do século 17, quando os donos das plantações começaram a necessitar de mais e mais escravos para satisfazer a crescente demanda por açúcar na Europa é que o comércio de escravos tornou-se o principal tipo de comércio.<br />O EFEITO DA ESCRAVIZAÇÃO NA ÁFRICA<br />Provendo armas entre as mercadorias, os europeus aumentaram as guerras e a instabilidade política da áfrica ocidental. Alguns reinos, como Dahomey e Asante, cresceram poderosos e ricos; outros estados, entretanto não tiveram a mesma sorte e foram completamente destruídos e suas populações dizimadas enquanto eram absorvidas pelos rivais. Milhões de africanos foram forçados a abandonar suas casas e cidades inteiras foram esvaziadas; milhões morreram em guerras de escravização (pois o povo escravizado era vendido aos europeus para que eles não levassem o povo que vendia os escravos a eles) e os que restavam continuaram escravizados na África.<br />Ouve forte resistência de algumas nações, como Angola e o Congo, contra a escravização, porém, os interesses envolvidos no comércio de escravos se provaram muito grandes para serem vencidos. 2/3 da população vendida eram de homens, porque as habilidades das mulheres eram cruciais às sociedades africanas.<br />Até hoje a África Ocidental sofre profundamente e continua em desvantagem comparada aos que promoveram o comércio contra eles. Movimentos reparatistas continuam buscando o reconhecimento dos horrores cometidos durante a escravatura, querendo inclusive compensações financeiras da Europa e dos EUA para os africanos e descendentes dos africanos da diáspora. <br />

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