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i
ORGANIZAÇÃO
Prof. Dr. José Carlos Barreto de Santana
Reitor
Prof. Dr. Washington Almeida Moura
Vice-Reitor
Profa. Dra. Marluce Maria Araújo Assis
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-graduação
Prof. Dra. Norma Lucia Fernandes de Almeida
Coordenadora de Iniciação Cientifica
Profa. Dra. Acácia Batista Dias
Coordenadora de Pesquisa
Prof. Dr. Cláudio Cledson Novais
Coordenador de Pós-Graduação
Clécia Santana de Oliveira
Wesley Pereira Mota
Débora Queite Leal Siqueira
Flavius Almeida Lira
Secretaria de Pesquisa e Iniciação Cientifica
Alzilene de Andrade Lima
Diego Emanoel Sousa Gonçalves
Janecleide Nascimento Santos Silva
Secretaria de Pós-Graduação
Dilma Pacheco de Oliveira
Edlene Rizério Falcão
Vilânia Maria Santana da Silva
Secretaria da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
ii
Comitê Organizador do XIII SEMIC
Profa. Dra. Norma Lucia F. de Almeida
(Departamento de Letras e Artes)
Profa. Dra. Acácia Batista Dias
(Departamento de Ciências Humanas e Filosofia)
Prof. Dr. Alexandre Manoel de M. Carvalho
(Departamento de Física)
Prof. Dr. Antonio Azeredo
(Departamento de Saúde)
Prof. Dr. Antonio Roberto Seixas da Cruz
(Departamento de Educação)
Prof. Dr. Ardemiro Barros
(Departamento de Exatas)
Prof. Dr. Edna Maria de Araújo
(Departamento de Saúde)
Profa. Dra. Eliana Sandra Pitombo Teixeira
(Departamento de Letras)
Profa. Dra. Cristina Maria Rodrigues
(Departamento de Tecnologia)
Prof. Dr. Francisco de Assis Ribeiro Santos
(Departamento de Biologia)
Profa. Dra. Gracinete Bastos de Souza
(Departamento de Ciências Exatas)
Prof. Dr. Germano Pinto Guedes
(Departamento de Física)
Profa. Dra. Hely Cabral
(Departamento de Letras)
Prof. Dr. Lenaldo Muniz de Oliveira
(Departamento de Ciências Biológicas)
Profa. Dra. Lílian Miranda Bastos Pacheco
(Departamento de Educação)
Profa. Dra. Lucilene Reginaldo
(Departamento de Ciências Humanas e Filosofia)
Profa. Dra. Michele Fulvia
(Departamento de Tecnologia)
Prof. Dr. Nilo Rosa
(Departamento de Ciências Sociais Aplicadas)
Prof.Dr. Edinusia M. Carneiro Santos
(Departamento de Ciências Humanas e Filosofia)
Profa. Dra Ana Rita Duarte Guimarães
(Departamento de Saúde)
Profa. Dra Maria Lúcia Silva Servo
(Departamento de Saúde)
iii
PARECERISTAS SEMIC 2009
BIOLOGIA
Alexa Paes Coelho
Alexandre Clistenes A. Santos
Ana Paula Trovatti Uetanabaro
Angélica Maria Lucchese
Aristóteles Góes Neto
Bruno Andrade C. de Carvalho
Caio Graco Machado
Cássio Van den Berg
Claudineia Regina Pelacani
Edson Luiz Camandaroba
Eneida de Moraes M. Cerqueira
Fábio Pedro S. de F. Bandeira
Flora Acuña Junca
Francisco de Assis Ribeiro dos Santos
Freddy Ruben Bravo Quijano
Gilberto Marcos de M. Santos
Ilka Biondi
José Geraldo Wanderley Marques
José Lázaro Lins Ribas
José Marcos de Castro Nunes
José Marcos de Castro Nunes
José Raniere Ferreira de Santana
Jucelho Dantas da Cruz
Kelly Regina B. Leite
Lenaldo Muniz de Oliveira
Ligia Silveira Funch
Luciene Cristina Lima e Lima
Luís Fernando P. Gusmão
Márcia Maria de Souza
Maria da Glória Sampaio Gomes
Maria Gabriela Bello Koblitz
Miriam Gimenes
Priscila Paixão Lopes
Roberto Lisboa Romão
Solange Maria Costa de Amorim
Suzi de Almeida V. Barboni
Valdeci dos Santos
CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA
Acácia Batista Dias
Cloves Luiz Pereira Oliveira
Edinusia Moreira Carneiro
Elizete da Silva
Eurelino Teixeira Coelho Neto
Jemison Mattos Santos
Jocimara Souza Britto Lobão
Lucilene Reginaldo
Márcia Maria da S. Barreiros Leite
Neide de Assis Santana
Raquel de Matos Cardoso Vale
Rinaldo Cesar Nascimento Leite
Zeneide Rios de Jesus
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Antonio Ricardo Dantas Caffé
Dermeval Passos da Hora
Eugênio Lima Mendes
Nilo Rosa dos Santos
EDUCAÇÃO
André Luiz Brito Nascimento
Antonio Roberto Seixas da Cruz
Denise Helena P. Laranjeira
Lílian Miranda Bastos Pacheco
Marinalva Lopes Ribeiro
Mirela Figueiredo Santos
Solange Mary Moreira Santos
Wilson Pereira de Jesus
iv
EXATAS
Alexandre Freitas Espeleta
Ana Carla Percontini da Paixão
Carlos Cesar Uchoa de Lima
Claúdio Eduardo Góes
Davi Felix Martins Júnior
Gracinete Bastos de Souza
Jonei Cerqueira Barbosa
José Garcia Vivas Miranda
Liana Maria Barbosa
Marcelo Ossamu Honda
Marilda Santos Pinto Miedema
Marjorie Cseko Nolasco
Paulo César Machado A. Farias
Suzana Modesto Oliveira Brito
Washington de Jesus S. da F.Rocha
FÍSICA
Alexandre Leite Gadelha
Amanda Amantes Neiva Ribeiro
Caio Castilho
Esdras Santana dos Santos
Germano Pinto Guedes
Jailton Souza de Almeida
José David Mangueira Viana
José Garcia Vivas Miranda
Katemari Rosa
Milton Souza Ribeiro
Suani Tavares Rubim de Pinho
LETRAS E ARTES
Carla Luzia Carneiro Borges
Cláudio Cledson Novaes
Eliana Sandra Pitombo Teixeira
Hely Dutra Cabral C. da Fonseca
Lysie dos Reis Oliveira
Norma Lúcia Fernandes de Almeida
Rosana Maria Ribeiro Patrício
Silvana de Farias Silva Araújo
SAÚDE
Alessandra Castro Alves
Alexandro Branco
Ana Áurea Alécio O. Rodrigues
Ana Mayra Andrade de Oliveira
Ana Rita D. Guimarães
Antonio Azeredo
Carlito Lopes N. Sobrinho
Dalva de Andrade Monteiro
Edna Maria de Araújo
Isaac Suzart Gomes Filho
Isadora Cristina de Siqueira
Manoelito Coelho dos Santos Junior
Marcelo Torres Peixoto
Márcio Campos Oliveira
Maria Ângela A. do Nascimento
Maria Conceição Oliveira Costa
Maria Geralda Gomes Aguiar
Maria Lucia Silva Servo
Maricelia Maria de Lima
Rosely Cabral de Carvalho
Sandra Aparecida de Assis
Tânia Maria de Araújo
Waldelene de Araújo Gomes
TECNOLOGIA
Antonio Lopes Apolinário Júnior
Cristina Maria Rodrigues Silva
Elisa Teshima
José Mario Feitosa Lima
Maria do Socorro C. S. Mateus
Maria Gabriela Bello Koblitz
Maurício Cunha Escarpinati
Michele Fulvia Ângelo
Pablo Rodrigo Fica Piras
Paulo Roberto Lopes Lima
Rosangela Leal Santos
v
CONTATO
Coordenação de Iniciação Científica
Email: semic2009@gmail.com
Telefone: (75) 3224 8259 / Fax: (75) 3224 8027
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Ricardo Vilas-Bôas Gomes – UEFS
ricardovb@uefs.br
vi
APRESENTAÇÃO
A Universidade Estadual de Feira de Santana vem, há mais de uma década, realizando o
Seminário de Iniciação Científica (SEMIC) com o objetivo de expor e discutir trabalhos
realizados por estudantes que participam de programas de Iniciação Científica.
A Iniciação Científica é um instrumento que permite a formação não somente de jovens
pesquisadores, mas também de jovens cidadãos e futuros profissionais conscientes de seu papel
na sociedade. O diálogo entre orientandos e orientadores acrescenta novas contribuições
científicas e tecnológicas, nas mais diferentes áreas, para o desenvolvimento da pesquisa no país.
Assim, o XIII SEMIC propõe a discussão sobre A Ciência na UEFS, em consonância
com o tema A Ciência no Brasil, da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Pretende-se discutir as produções aqui realizadas, como também àquelas de outras instituições
que poderão ser apresentadas na UEFS.
Estudantes da instituição poderão se inscrever para apresentação oral ou em forma de
pôster. A primeira é obrigatória para bolsistas PIBIC/CNPq/FAPESB, da cota UEFS. Estudantes
de outras instituições devem fazer a inscrição na modalidade pôster.
O XIII SEMIC inova na sua estrutura abrindo espaço para exposição de pôsteres
apresentados por nossos estudantes em eventos nacionais ou internacionais ocorridos ao longo
do ano.
Assim, convidamos você a participar deste importante evento em nossa Instituição que
tem o objetivo de integrar a produção científica, tecnológica, artística e cultural da comunidade
de iniciação científica da UEFS e de outras instituições!
Sessão I
2
A AVIFAUNA DE DUAS ÁREAS DE CAATINGA DA BACIA DO RIO SALITRE, BAHIA.
Alan Daniel Cerqueira Moura1
e Caio Graco Machado 2
1. Bolsista Fapesb/UEFS, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
daniellcerq@yahoo.com.br
2. Professor Titular, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: graco@pq.cnpq.br
PALAVRAS-CHAVE: avifauna, Caatinga, inventário.
INTRODUÇÃO
A Caatinga é o único bioma endêmico do Brasil e ocupa uma área de aproximadamente 735.000
km². Devido às suas variações altitudinais, climáticas e geomorfológicas, este bioma apresenta uma
paisagem extremamente diversificada que pode variar desde formações ralas até verdadeiras florestas.
(Andrade - Lima, 1981; Silva et al., 2004; Olmos et al., 2005).
Embora nos últimos anos tenha sido ampliado o número de estudos em áreas de Caatinga, esta
continua apresentando o menor grau de conhecimento biológico do país, o que não condiz com seu
intenso processo de degradação (Santos, 2002).
Apesar de ser considerado o grupo animal mais bem conhecido em relação à taxonomia,
distribuição e história natural, os dados referentes às aves da caatinga ainda apresentam grandes lacunas
(Pacheco, 2004). Pacheco e Bauer (2000) organizaram as informações sobre as aves que ocorrem na
vegetação de caatinga (caatinga strictu senso), e obtiveram uma lista com 347 espécies. Silva et al. (2003)
ao incluir nesta lista informações sobre a avifauna que ocorre nas áreas de exceção como os brejos de
altitude e os campos rupestres (caatinga lato senso), obtiveram uma lista com 510 espécies de aves (30 %
da avifauna brasileira).
Diante da crescente degradação ambiental e da carência de dados ornitológicos na Caatinga, se
torna relevante o desenvolvimento de estudos sobre a composição, estrutura e dinâmica das espécies de
aves deste bioma.
O presente estudo teve como principal objetivo inventariar as comunidades de aves de duas
áreas de caatinga da bacia do rio Salitre e analisá-las quanto à composição, estrutura trófica, uso do
hábitat e sensitividade aos distúrbios humanos.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
A bacia hidrográfica do rio Salitre é uma sub-bacia do rio São Francisco, situada no centro-norte
do estado da Bahia, totalmente inserida no território baiano e no polígono das secas.
Para o desenvolvimento deste estudo foram selecionadas duas área da bacia do Salitre , sendo
uma localizada no baixo (Área 1) e outra no alto curso do rio (Área 2).
Área 1: O povoado do Junco (09º41‘30‘‘S/40º35‘28‘‘W) está localizado no município de
Juazeiro, a uma altitude de 388m. Situa-se às margens do rio Salitre, apresentando no seu entorno uma
vegetação de caatinga arbustivo-arbórea bastante devastada. A vegetação nativa desta localidade está
reduzida às suas espécies mais resistentes à antropização e às espécies ruderais. (França et al., 2009).
Área 2: A fazenda Olho D‘água (11°25‘13‘‘S/ 41°10‘37‘‘W) está localizada no município de
Morro do Chapéu, a uma altitude de 1059 m. Apresenta uma vegetação marcada predominantemente por
uma caatinga arbórea, com dossel em torno de 4m de altura. Nesta localidade também foram observadas e
amostradas áreas de tabuleiro arenoso, onde se encontram nascentes de cursos d‘água que irão formar o
rio Salitre, além de alguns afloramentos rochosos, localmente denominados de lajedos.
De acordo com Velloso et al. (2002), que propõem uma divisão do Bioma Caatinga em
ecorregiões, a Área 1 está inserida na Depressão Sertaneja Meridional, enquanto que a Área 2 faz parte do
Complexo da Chapada Diamantina. Ambas constam na lista das áreas consideradas de extrema
importância biológica e prioritárias para a conservação (Velloso et al., 2002; Silva e Tabarelli, 2003),
3
além de pertencerem a duas IBA‘s (Important Birds Áreas) do estado da Bahia: 1- Curaçá; 2 - Morro do
Chapéu (Bencke et al. 2006).
Coleta de dados
Foram realizadas duas expedições com duração de seis dias para cada área, sendo uma durante a
estação seca e a outra durante a chuvosa. Na Área 1, a amostragem ocorreu em novembro de 2008 e
janeiro de 2009 e na Área 2, em setembro de 2008 e março de 2009.
Em todas as coletas foram percorridas trilhas e estradas, onde foi registrada a ocorrência de
espécies de aves através de contatos visuais e auditivos. Os registros visuais foram realizados a olho nu
ou com o auxílio de binóculos 10x50 e 8x30. A identificação das espécies foi feita com o auxílio de guias
de campo (Souza, 2004; Sigrist, 2007). Estas atividades foram realizadas do alvorecer ao meio-dia e das
14:00h ao crepúsculo, totalizando 160 horas de esforço de campo (80 h/área); incursões noturnas
aleatórias foram realizadas para o registro de espécies noctívagas.
Em todas as expedições, exceto a de setembro de 2008, foram montadas dez redes de neblina
(9m X 2,5m, malha 1,5mm), da aurora ao meio dia e das 14:00h até o crepúsculo, durante três dias
consecutivos, totalizando um esforço amostral de 20.250 h.m², calculado de acordo com Straube e
Bianconi (2002). Os espécimes capturados foram identificados, sacrificados, taxidermizados e
depositados na coleção da Divisão de Aves do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Feira de
Santana (MZUEFS). As coletas se deram sob a licença permanente número SISBIO 13192-1.
A lista de espécies registradas nas duas áreas seguiu a classificação adotada pelo CBRO (2008),
sendo as comunidades de aves analisadas quanto à sua composição, estrutura trófica, uso do hábitat,
sensitividade e status de conservação das espécies.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram registradas 146 espécies (96 na Área 1 e 120 na Área 2), distribuídas em 40 famílias.
Quarenta e nove espécies foram exclusivas da Área 2, 26 da Área 1 e 71 ocorreram em ambas.
A riqueza de espécies registrada neste estudo foi semelhante à encontrada em outras áreas de
caatinga (Santos, 2002; Lima et al.,2003; Olmos et al. 2005), que variaram de 72 a 191 espécies. As
variações que ocorreram entre as riquezas observadas podem ser reflexo de diversos fatores, sobretudo
das diferenças nos esforços e tipos de amostragem, além das peculiaridades ambientais e do grau de
conservação das áreas. Para uma análise mais criteriosa, é preciso se considerar todas as variáveis
existentes. Contudo, pode-se observar de modo geral, que as maiores riquezas foram encontradas
naqueles estudos desenvolvidos em áreas de reserva ecológica, o que pode indicar a eficácia desta
estratégia na conservação da avifauna da Caatinga.
Foi observada uma tendência de estabilização nas curvas de acumulação de espécies, o que
demonstra uma suficiência amostral e, portanto, uma eficácia da metodologia.
A similaridade entre as áreas foi 48%( Js= 0,48), o que indica que essas comunidades são
parcialmente semelhantes, possuindo, cada qual, espécies exclusivas. As similaridades entre a estação
seca e chuvosa não foram altas nas comunidades amostradas, sugerindo a existência de um número
considerável de espécies (cerca de 50%) exclusivas de cada estação, sendo sempre observada uma maior
riqueza no período chuvoso. A ausência de algumas espécies em certo período do ano pode estar
relacionada com deslocamentos populacionais, que parecem ser uma resposta à disponibilidade sazonal
de alimento (Olmos et al., 2005; Machado et al., 2007; Machado, 2009).
A família Tyrannidae foi a mais representativa em número de espécies nas duas áreas, seguida
por Columbidae e Emberizidae na Área 1 e por Thamnophillidae e Trochilidae na Área 2, o que
caracteriza uma composição diferenciada das comunidades, indicando um reflexo das diferenças na
estrutura dos habitats.
Os insetívoros constituíram a categoria trófica mais representativa, o que é comum em
ambientes tropicais (Motta-Júnior, 1990; Donatelli et al., 2004). Na Área 1, a terceira categoria trófica
mais representativa foi a dos granívoros enquanto na Área 2 foi a dos frugívoros. Este resultado
corresponde aos obtidos por Farias et al. (2005), que inventariaram a avifauna de 11 fitofisionomias de
caatinga, e constataram que a categoria dos frugívoros é predominante em áreas florestais enquanto a dos
granívoros ocorre com maior representatividade em áreas de vegetação aberta.
A maior escassez de ambientes florestais na Área 1 se refletiu sobre a composição da avifauna,
que se mostrou predominantemente (51%), constituída por espécies independentes de estratos florestais e
4
por um baixo percentual de espécies dependentes (12%). Na Área 2, onde o estrato arbóreo é
predominante, a comunidades de aves se encontra distribuída de maneira mais uniforme quanto ao uso do
hábitat, com maiores porcentagens relativas de espécies semi-dependentes (40%) e dependentes (25%).
Com relação à sensitividade das espécies a distúrbios ambientais, observou-se o padrão
esperado para o bioma, caracterizado pelo predomínio das espécies de sensitividade baixa e média e por
uma pequena parcela das de alta sensitividade.
Neste estudo foram registradas sete espécies endêmicas do Bioma Caatinga (Paroaria
dominicana, Sakesphorus cristatus, Penelope jacucaca, Aratinga cactorum, Anopetia gounellei,
Herpsilochmus sellowi e H. pectoralis), das quais duas encontram-se nacionalmente e mundialmente
ameaçadas de extinção (Penelope jacucaca e H. pectoralis).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando a falta de uniformidade nos padrões de distribuição das espécies de aves da
Caatinga e a carência de estudos em níveis locais, os inventários assumem grande importância, por
disponibilizarem dados inéditos sobre a composição, estrutura e dinâmica da avifauna local, fundamentais
para referenciar estudos posteriores.
Contudo, a análise da riqueza, estrutura trófica, uso do hábitat e sensitividade das espécies
indicaram composições avifaunística distinta entre as áreas inventariadas neste estudo. Os registros de
espécies bioindicadoras de qualidade ambiental como os insetívoros especialistas, frugívoros de grande
porte e predadores de topo foram mais pronunciados na Área 2, o que indica que esta encontra-se sob um
melhor estado de conservação, devendo portanto ser considerada em estratégias conservacionistas do
bioma Caatinga.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE-LIMA,D. 1981. The Caatingas dominium. Revista Brasileira de Botânica. 4: 149-153.
BENCKE, G.A., G.N. MAURÍCIO, P.F. DEVELEY E J.M. GOERCK. 2006. Áreas importantes para a
conservação das aves no Brasil: Parte 1 Estados do domínio da Mata Atlântica. São Paulo: Save Brasil.
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CBRO, 2008. Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Listas das aves do Brasil. Versão 2008.
Disponível na Word Wide Web em: <http://www.cbro.org.br>
DONATELLI,R.J., COSTA, T.V.V. E FERREIRA, C.D. 2004. Dinâmica da avifauna em fragmentos de
mata na Fazenda Rio Claro, Lençóis Paulista, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia. 21 (1):
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FARIAS, G.B., SILVA, W.A.G. E ALBANO, C.G. 2005. Diversidade de aves em áreas prioritárias para
conservação da Caatinga. In: Araújo,F.S., Rodal, M.J.N. e Barbosa, M.R.V. Análise das variações da
biodversidade do bioma Caatinga: suporte a estratégias regionais de conservação. Brasília. MMA.
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rio Salitre, Bahia, Brasil. Relatório apresentado para Workshop de Desertificação como parte dos
resultados do projeto “Mandacaru quando fulora na seca...” Estudo multidisciplinar sobre processos de
desertificação, estratégias adaptativas e empoderamento das comunidades que habitam nos sertões do
estado da Bahia‖.Feira de Santana. Universidade Estadual de Feira de Santana.
LEAL, I.R., SILVA, J.M.C., TABARELLI,M. E LACHER JR. T.E. 2005. Mudando o curso da
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Gonzaga e D.M. Teixeira,1987. Atualidades Ornitológicas.112:11-22
MACHADO, C.G., COELHO, A.G., SANTANA, C.S. & RODRIGUES, M. 2007. Beija-flores e seus
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MACHADO, C.G. 2009. Beija-flores (Aves:Troquilidae) e seus recursos florais em uma área de caatinga
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Tabarelli, M.; Fonseca,M.T. e Lins, L.V. Biodversidade da Caatinga: áreas e ações prioritárias para a
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PACHECO, J.F E BAUER, C. 2000. As aves da Caatinga - Aprecieação histórica do processo de
conhecimento. In: Workshop Avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação,
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estado do Piauí, Brasil. Ararajuba 12 (2): 113-123.
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do hábitat e sensitividade. In: In: Leal, I.R., Tabarelli, M. e Silva, J.M.C. Ecologia e conservação da
Caatinga. Editora Universitária, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil. p 237-274.
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áreas e ações prioritárias para a conservação. Ministério do Meio Ambiente, Brasília. 382 p.
SIGRIST, T. 2007. Guia de Campo: Aves do Brasil oriental – Birds of eastern Brazil. São Paulo: Avis
Brasilis.426 p.
SOUZA, D. G. S. 2004. Todas as Aves do Brasil: guia de campo para identificação. Feira de Santana:
Ed. Dall. 355p.
STRAUBE, F. C. E BIANCONI, G. V. 2002. Sobre a grandeza e a unidade utilizada para estimar esforço
de captura com utilização de redes-de-neblina. Chiroptera Neotropical 8 (1): 150-152.
VELLOSO, A.,SAMPAIO, E., PAREYN, F. 2002. Ecorregiões propostas para o bioma Caatinga.
Recife: Associação Plantas Do Nordeste/Instituto De Conservação Ambiental The Nature Conservancy
Do Brasil. 75p.
6
ESTUDO COMPARATIVO DA VARIAÇÃO INTRAESPECÍFICA NA PEÇONHA DE Crotalus
durissus cascavella NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL.
Alexandre Amadeu Miranda¹; Ilka Biondi²; Sidney Pereira dos Santos³; Alexandre Martins Costa
Santos4
,
1. Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: alexandrelaph@gmail.com
2. Orientador, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: ibiondi@uefs.br
3. Participante do Projeto, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana. e-mail:
sidneypereira100@gmail.com
4. Participante do Projeto, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais.
PALAVRAS-CHAVE: Crotalus durissus cascavella, Fracionamento, Variabilidade
INTRODUÇÃO
As serpentes da espécie Crotalus duriss us cascavella (Fig. 1) são largamente distribuídas no
território baiano,s ão encontradas geralmente em regiões secas e rochosas, com vegetação baixa no bioma
caatinga (Freitas 2003). Os acidentes causados pela picada de serpente, nas regiões em que ocorrem, são
considerados um problema de saúde pública (FMO Pinho, 2001). As peçonhas produzidas pelas
diferentes espécies de serpentes apresentam uma grande variedade em sua composição bioquímica e
efeitos biológicos. Essas são misturas complexas de componentes com uma grande diversidade de ação e
efeitos em suas presas e vítimas humanas, tais como neurotoxicidade, distúrbios na coagulação,
miotoxicidade sistêmica, falha renal aguda, dentre outros (FRANCISCHETTI I. M.B, 2000). Alguns
estudos apontam para variações intraespecíficas no perfil cromatográfico das proteínas dessas peçonhas
(CHIPPAUX J.-P,1991). Consequentemente, isso poderá ocasionar efeitos patológicos diferentes nas
vítimas de picadas de serpentes, dificultando desde o diagnóstico das lesões à administração do soro
antiveneno, além da dificuldade de padronização das peçonhas para as pesquisas científicas. Portanto,
este trabalho teve por objetivo demonstrar diferenças qualitativas e quantitativas dos principais
componentes protéicos da peçonha de Crotalus durissus cascavella proveniente de ecossistemas
diferentes.
Figura 1: Crotalus durissus cascavella
MATERIAIS E MÉTODOS
Extração da Peçonha
As serpentes foram doadas pela população e coletadas nas duas diferentes regiões do estado da
Bahia – região A e B – e pertencem ao plantel do Laboratório de Animais Peçonhentos e Herpetologia da
Universidade de Feira de Santana. As peçonhas foram selecionadas de espécimes pertencentes a espécie
Crotalus durissus cascavella e foram extraídas e secas de acordo com os procedimentos padrões para este
experimento (CHIPPAUX J.-P,1991). A peçonha seca foi mantida em temperatura ambiente ate o início
dos experimentos.
7
Cromatografia de Exclusão Molecular
Aproximadamente 10 mg da peçonha bruta foi solubilizada em 500uL da fase móvel,
bicarbonato de amônia 50 mmol.L-1 mais cloreto de sódio 150 mmol.L-1 pH 7,5 a 25ºC. A amostra foi
centrifugada a 14000 rpm durante um minuto e armazenada em banho de gelo até o momento do uso.
O fracionamento da peçonha bruta de Crotalus durissus cascavella foi realizado em um sistema
de FPLC usando duas colunas de exclusão molecular, Superose 12 HR10/30 (Pharmacia) em série. A
coluna foi submetida a um fluxo de 0,5 mL.min-1 e equilibrada com 5 volumes de coluna da fase móvel.
Após o equilíbrio 500uL da peçonha bruta solubilizada foi aplicada e foram coletados 500uL por fração.
O perfil de eluição foi monitorado por detector ultravioleta em 280 nm. As frações coletadas foram
estocadas a -20 °C até o momento do uso (Fig. 2).
Determinação da Massa Molecular
As proteínas usadas para calibração da coluna foram: Aprotinina (6.5 kDa), Citocromo C (17.4
kDa), Tripsinogênio (24 kDa), Ovalbumina (45 kDa), Albumina do soro bovino (66 kDa), Álcool
Desidrogenase (150 kDa) e Beta Amilase (200 kDa) da Sigma foram usados para calibrar as duas colunas
Superose 12 em serie em um sistema de FPLC. Foi aplicado 200 µg para cada proteína utilizada na
calibração. Os pontos de calibração foram determinados em duplicata, e submetidos à regressão linear
utilizando-se o programa Origin 5.0 (Tab. 1 e 2)
Cromatografia em Fase Reversa
Os tubos originados da cromatografia de exclusão molecular foram agrupados em quatro frações
e aplicados em uma coluna C18 do tipo monolítica com dimensões de 4.6 x 100 mm (Chromolith da
Merck) com macroporos de aproximadamente 2000 nm e mesoporos de 132 nm, utilizando como método,
cromatografia de fase reversa em um sistema de HPLC. Foram utilizadas as seguintes fases movéis: fase
móvel A (solução aquosa de TFA 0,1%) e fase móvel B (solução aquosa de 100 % de acetonitrila mais
0,1% de Acido trifluoroacético-TFA). As frações foram eluídas a um fluxo de 4.0 mL/min em gradiente
linear de 0 a 100% de fase móvel B em 4 minutos. O perfil de eluição foi monitorado por detector
ultravioleta em 340, 280 e 214 nm. As frações coletadas foram liofilizadas e estocadas à - 20º C (Fig 3).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Resultados de ambas as metodologias de cromatografia em fase mostram que o veneno de
Crotalus durissus cascavella das regiões A e B contêm diferentes proporções do conteúdo de proteínas. O
procedimento cromatográfico desenvolvido por exclusão se mostrou eficiente e permitiu acompanhar
diferenças nos perfis de proteínas de serpentes da mesma espécie, vivendo em ambientes diferentes. A
Figura 2 mostra os cromatogramas comparativos sobrepostos, obtida no curso de semi-purificação
preparatória no SEC dos venenos de dois testes de serpentes região A e B. Dados para o tempo retenções
comparativa (t M) e área relativa de cada pico da SEC de venenos das serpentes duas regiões, A e B,
estão na tabela 1. Resultados de testes biológicos para a detecção de atividade de L-aminoácido oxidase,
paro os dois de venenos estão na tabela 2. A Figura 3, mostra a amplitude dos picos par ambas as
serpentes, observando-se que algumas proteínas se mostram comuns a elas (TM, 3,52 e 3,66), diferindo
apenas na sua concentração, enquanto outras como TM 3,85 e 4,10 , se fizeram apenas presentes
exclusivamente no veneno de uma região, e 4,0 presente na região do veneno B. Os elementos obtidos
dos testes realizados elucidam a existência, de fato, de uma variação qualitativa e quantitativa nas
peçonhas das serpentes das diferentes regiões, de modo que os gráficos apontam essa diferença, a medida
que apresentam valores distintos quando submetidos a cromatografia. Essa distinção, se supõe, ser
condicionada pelo ambiente ao qual essas serpentes estão relacionadas.
8
20 40 60 80
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
Pico4
Pico3
Pico2
Pico1
Absorbance280nm(mAU)
T im e (m im )
Figura 2: Cromatografia de exclusão da peçonha de duas serpentes de regiões diferentes. Regiões A (--) e B(-).
Tabela 1: Variação de massa dos principais picos da cromatografia de exclusão das duas peçonhas de regiões diferentes.
Picos Biomas (Da)
1 Region A 273 – 146
Region B 279 – 158
2 Region A 107 – 72
Region B 113 – 80
3 Region A 55 – 36
Region B 70 – 40
4 Region A 29 – 15
Region B 35 - 17
Tabela 2: Tempo de retenção e área relativa dos picos da cromatografia de exclusão das duas peçonhas de regiões diferentes
Picos Biomas Tempo (mim) Area Relativa (%)
1
P. Caatinga 42,5 7.41%
P.Mata 41,75 13,06%
2
P. Caatinga 48,25 7.64%
P.Mata 48,20 3,61%
3
P. Caatinga 54,00 9.52%
P.Mata 52,75 10,68%
4
P. Caatinga 57,75 74.77%
P.Mata 57,25 72,60%
9
3 4 5
0
50
100
150
200
4,03
3,69
Absorbance280nm(mAU)
Time (mim)
a
3 4 5
0
50
100
150
200
4,03
3,69
Absorbance280nm(mAU)
Time (mim)
a
3 4 5 6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
4,03
4,22
3,68
3,54
4,11
2,98
Asorbance280nm(mAU)
Time (mim)
b
3 4 5 6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
4,03
4,22
3,68
3,54
4,11
2,98
Asorbance280nm(mAU)
Time (mim)
b
2 3 4 5 6
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
4,65
4,82
4,41
4,25
3,91
3,62
3,49
Absorbance280nm(mAU)
Time (mim)
d
2 3 4 5 6
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
4,65
4,82
4,41
4,25
3,91
3,62
3,49
Absorbance280nm(mAU)
Time (mim)
d
3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
0
100
200
300
400
500
600
700
800
4,00
3,52
3,66
4,1
3,85
Absorbance280nm(mAU)
Time (mim)
c
3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
0
100
200
300
400
500
600
700
800
4,00
3,52
3,66
4,1
3,85
Absorbance280nm(mAU)
Time (mim)
c
Figura 3: Cromatografia em fase reversa obtida das frações da cromatografia de exclusão molecular das duas peçonhas de região diferentes.
Região A ( -- ) e B (). (a) Pico 1, (b) pico 2, (c|) pico 3, (d) pico 4.
CONCLUSÕES
Os resultados obtidos mostraram que o conteúdo das peçonhas das serpentes da mesma espécie,
Crotalus durissus cascavella, mas de populações que vivem em regiões distintas, diferem em seus perfis
de proteínas. Ainda que não se possa afirmar se as proteínas estão presentes em baixas concentrações ou
são exclusivas de algumas frações, algumas dessas proteínas podem ter uma função importante na
patologia das peçonhas e poderiam ser resposta para as diferenças de sintomas causados por acidentes
com essas serpentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIPPAUX J.-P., Willians V., White J. 1991. Snake Venom Variability: methods of study, results and
interpretation. Toxicon Vol. 29, No. I I , pp. 1279-1303.
FMO Pinho, ID Pereira - Revista da Associação Médica Brasileira, 2001.
FREITAS, M.A. Serpentes Brasileiras, Malha-de-sapo publicações, Lauro de Freitas/BA.2003.
FRANCISCHETTI I. M.B., GOMBAROVITS M.E.C., VALENZUELA J. G. 2000. Intraspecific
variation in the venoms of the South American rattlesnake (Crotalus durissus terrificus). Comparative
Biochemistry and Physiology Part C 127 23–36.
SANTOS M. C., ASSISB E. B.,´MOREIRA T. D., PINHEIRO J., FORTES-DIAS C. L. 2000. Individual
venom variability in Crotalus durissus ruruima snakes, a subspecies of Crotalus durissus from the
Amazonian region. Toxicon 46 958–961
10
RIQUEZA E ABUNDÂNCIA DA ENTOMOFAUNA NO VESPÁRIO DA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA
Allan Rhalff Gomes Cerqueira¹; Geane Almeida de Oliveira²; Jane Moreira Costa³; Jaqueline
Ribeiro de Carvalho4
e Maria José Santos Magalhães5
1. Bolsista auxílio técnico – UNDEC/UEFS, graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas, Universidade Estadual
de Feira de Santana, e-mail: anomallya@yahoo.com.br
2. Bolsista PROBIC/UEFS, graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de
Santana, e-mail: geanealmeida.bio@gmail.com
3. Graduanda em Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
janecosta2005@yahoo.com.br
4. Graduanda em Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
jaquelineribeirofsa@gmail.com
5. Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: mjose.fsa@gmail.com
PALAVRAS-CHAVE: riqueza, abundância e entomofauna.
INTRODUÇÃO
Devido ao fato dos artrópodes serem bons indicadores da qualidade dos ambientes, por
responderem rapidamente às alterações ambientais, e formarem um táxon altamente diverso, vêm sendo
feita uma série de levantamentos com os representantes deste grupo. (LANDAU et al., 1999).
Dentre os artrópodes, a classe mais abundante para este tipo de trabalho é a Insecta. Algumas
das vantagens em se trabalhar com esta classe, é que seus representantes vivem em ambientes muito
diversos, além de possuírem a capacidade vôo e um ciclo vital curto. Seu levantamento é relativamente
fácil e de baixo custo, e os exemplares podem ser mantidos por um tempo indefinido, com um baixo custo
econômico para a manutenção da coleção.
Para a coleta de insetos existem diversas metodologias, que seguem basicamente duas
classificações: ativa e passiva. Dentre as metodologias de coleta passiva se encontra a da armadilha
conhecida como Malaise (TOWNES, 1972), que consiste num mecanismo de interceptação e condução
dos espécimes até um recipiente contendo uma solução de álcool a 70% (GULLAN, 2005).
Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento da abundância e
riqueza da entomofauna no Vespário da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), no município
de Feira de Santana, Bahia.
MATERIAIS E MÉTODOS
As coletas foram realizadas no Vespário da UEFS durante os meses de maio, junho e agosto,
num total de 4 coletas. Para a coleta dos insetos, foram utilizadas armadilhas Malaise (TOWNES, 1972)
de cor preta, que capturam os insetos através de uma interceptação e condução a um recipiente com uma
solução de álcool a 70%. Para o presente trabalho foram utilizadas duas armadilhas, sendo que uma foi
instalada ao nível do solo, embaixo de uma mangueira (família anacardiaceae), e a outra no topo de outra
árvore da mesma família (Figura 1), distando uma da outra em cerca de três metros.
Os frascos contendo o material coletado foram devidamente etiquetados e, posteriormente,
triados em laboratório. Utilizando lupas para a identificação das amostras, a nível de ordem, a
identificação foi feita utilizando as chaves de identificação presentes em Borror (1992), atentando para a
inclusão da antiga ordem homóptera dentro da ordem hemiptera.
11
Figura 1. Malaise suspensa (A), e Malaise no solo (B).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante o período de coleta, foram amostradas um total de 451 espécimes pertencentes às
ordens de insetos Hymenoptera, Lepidoptera, Thysanoptera, Diptera, Orthoptera, Hemiptera, Coleoptera e
Psocoptera. Do total de amostras, 34 delas corresponderam aos grupos Collembola e Aranea que apesar
de não serem insetos, pertencem também ao grupo dos artrópodos e tiveram uma representatividade
relativamente grande das amostras coletadas (Gráfico 1). Com a ordem Diptera, obteve-se a maior
abundância (35,48%), seguida das ordens Hymenoptera (27%) e Lepidoptera (20,85%), enquanto as
demais ordens (Thysanoptera, Orthoptera, Hemiptera, Coleoptera e Psocoptera) e os outros dois grupos
de artrópodos (Collembola e Aranea) somaram 18,9% (Tabela 1).
Segundo Campos et al. (2000), a armadilha Malaise vem sendo amplamente indicada para a
captura das ordens Hymenoptera, Diptera e Thysanoptera. As duas primeiras ordens foram as que
justamente tiveram uma maior abundância de espécimes amostradas, apesar da última apresentar um
número menor (apenas sete espécimes). Este resultado para a ordem Thysanoptera pode ser decorrente
das características ambientais do local de coleta, onde esta ordem pode não ter tanta representatividade,
ou outra eventual explicação que não cabe ao objetivo deste trabalho.
Gráfico 1. Representação da abundância e riqueza de ordens de insetos e dos dois grupos encontrados (collembola e aranea)
Hymenoptera
Lepidoptera
Thysanoptera
Diptera
Orthoptera
Hemiptera
Coleoptera
Psocoptera
Collembola
Araneae
12
Tabela 1. Número total e porcentagem de indivíduos capturados com armadilha Malaise durante o período de coleta, por ordem.
Ordens Nº total de espécimes coletadas % (aproximado)
Diptera 160 35,48
Hymenoptera 122 27
Lepidoptera 94 20,85
Thysanoptera 7 1,55
Orthoptera 3 0,66
Hemiptera 23 5
Coleoptera 17 3,79
Psocoptera 1 0,22
Collembola 16 3,55
Aranea 18 4
Total 451 100
Os resultados obtidos nesta pesquisa foram semelhantes aos encontrados por Dutra & Marinoni
(1994) cuja ordem de maior abundância também foi Diptera (53 574 indivíduos), seguida das ordens
Lepidoptera (3605 indivíduos) e Hymenoptera (1990 indivíduos). Além destas, foram coletados
indivíduos das ordens Thysanoptera, Ephemeroptera, Odonata, Orthoptera, Isoptera, Plecoptera,
Dermaptera, Psocoptera, Hemiptera-homoptera, Neuroptera, Coleoptera, Strepsiptera e Trichoptera.
Bonatto e Filho (2007) realizaram um levantamento entomofaunístico, utilizando a armadilha
Malaise para coleta das amostras, com o objetivo de identificar as ordens mais freqüentes. Os resultados
não foram muito diferentes, uma vez que as ordens mais abundantes foram Diptera, Hymenoptera,
Coleoptera, Lepidoptera e Hemiptera-Homoptera, respectivamente. Resultados muito semelhantes foram
obtidos também por Santos et al. (2007), cujas ordens mais abundantes foram Diptera (46.279 amostras),
Hymenoptera (4.886 amostras) e Hemiptera-Homoptera (1.665 amostras).
Por fim, foram coletados um total de 451 amostras, distribuídas em 8 ordens de insetos e 2
grupos de artrópodos (Collembola e aranea). A ordem com maior abundância foi a Diptera, semelhante ao
que foi encontrado em outras pesquisas voltadas para o estudo da entomofauna utilizando a armadilha
Malaise.
REFERÊNCIAS
BONATTO, S. R. & FILHO, M. N. 2007. Levantamento entomofaunístico e acompanhamento da
diversidade de insetos em área agrícola inserida em uma área de proteção ambiental. Rev. Bras.
Agroecologia, v.2, n.1, fev.
BORROR, Donald J; TRIPLEHORN, Charles A; JOHNSON, Norman F. 1992. An introduction to the
study of insects. 6. ed Fort Worth: Harcourt Brace College Publishers, cl.
CAMPOS, W.G.;PEREIRA,D.B.S.;SHOEREDER, J.H. 2000. Comparison of the efficiency of flight-
interception trap models for sampling Hymenoptera and others insects. An Soc. Entom.Bras., Londrina,
vol. 9 (2), p. 381-389.jun.
DUTRA, R.R.C. & MARINONI, R.C. 1994. Insetos capturados com armadilha Malaise na Ilha do mel,
Baía de Paranaguá, Paraná Brasil, composição de ordens. Revista brás. de Zoologia.11 (2):227-245.
GULLAN, P. J.; CRANSTON, P. S. c2005. The insets: an outline of entomology. 3. ed. Oxford:
Blackwell Publishing.
LANDAU, D.; COLWELL, D.; CARLTON, C.E.1999. Intensive versus long-term sampling to assess
lepdopteran diversity un a Southernmixed mesophytic forest. Annals of the Entomological Society of
America, v.92, n.3,p. 435-441.
SANTOS, C.P. dos; RESTELLO, R.M.; MARTINELLO, J.P. 2007. Abundância e riqueza da
entomofauna de uma área natural no norte do Rio Grande do Sul. Anais do VIII Congresso de Ecologia
do Brasil, 23 a 28 de Setembro de 2007, Caxambu - MG
TOWNES, H. 1972. A light-weight Malaise trap. Entomological News, Philadelphia, v. 83, p. 239-247.
13
CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE LINHAGENS DE SACCHAROMYCES
CEREVISIAE ISOLADAS DE CACHAÇARIA DA BAHIA
Ana Carolina B. Gonçalves1
; Aristóteles Góes Neto2
; Alice Ferreira da Silva3
; Ana Paula Trovatti
Uetanabaro4
1. Bolsista PIBIC/FAPESB, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
ana.carolinabio@hotmail.com
2. Aristóteles Góes-Neto, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
arigoesneto@yahoo.com.br
3. Programa de Pós Graduação em Biotecnologia, UEFS/FIOCRUZ, e-mail: alice_fsilva@yahoo.com.br
4. Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), e-mail: anapaula.uetanabaro@pq.cnpq.br
PALAVRAS-CHAVE: Cachaça artesanal, diferenciação infra-específica, microsatélite.
INTRODUÇÃO
No Brasil, o caldo-de-cana é utilizado para produzir uma bebida destilada muito popular,
denominada cachaça. Obtida a partir do mosto fermentado de cana-de-açúcar, a sua composição é
complexa, composta principalmente de água e álcool etílico em proporções variáveis. O seu sabor e
aroma característicos são formados durante a fermentação alcoólica e durante o envelhecimento
(LEHTONEN; JOUNELA-ERIKSSON, 1983).
A produção de cachaça no Brasil data do início da colonização. Contudo, até 1945, as empresas
eram rurais e rudimentares, não havendo características regionais e/ou padrões. Porém, a produção
aumentou bastante e, desde então o processo de produção vem sendo aperfeiçoado e melhorado, o que
tem acarretado melhorias no rendimento, produtividade e qualidade do produto final (PATARO et al.,
2002). Estudos indicam que a padronização na qualidade da cachaça resultaria em melhor aceitação do
produto tanto por consumidores, como por novos apreciadores, criando condições para aumentar o
volume de exportações (BOZA; HORII, 1998).
A melhoria da qualidade da cachaça e o aumento na eficiência do processo produtivo passam,
necessariamente, pela seleção de uma ou mais leveduras apropriadas ao processo. A identificação e o
estudo da diversidade das leveduras associadas à produção de cachaça são informações importantes para a
determinação do papel destes microrganismos nos vários estádios da fermentação, buscando a tipificação
tecnológica para o desenvolvimento de linhagens iniciadoras (PATARO et al, 2002).
As características fenotípicas, usadas na sistemática de leveduras, têm sido combinadas com o
emprego de técnicas moleculares, que possibilitam o acompanhamento da dinâmica de populações dos
microrganismos durante o ciclo fermentativo. Desta forma, é possível verificar a influência de parâmetros
como nutrientes, temperatura e aeração das dornas no surgimento ou desaparecimento de espécies e/ou
linhagens e correlacionar estes fatores com a qualidade da cachaça produzida (VERSAVAUD et al.,
1995; PATARO et al., 2000; GUERRA et al., 2001). Assim, este trabalho teve como objetivo caracterizar
infra-especificamente as linhagens de Saccharomyces cerevisiae isoladas de uma cachaçaria do semi-
árido baiano.
METODOLOGIA
1) Isolados de leveduras estudados
A coleta, isolamento e identificação bioquímica das leveduras utilizadas no presente estudo
foram realizados durante o projeto de Mestrado de Alice Ferreira da Silva – PPGBIOTEC –
UEFS/FIOCRUZ-BA.
2) ISSR (Inter Sample Sequence Repeat)
Para amplificação pela reação de PCR, os DNAs totais das linhagens foram extraídos a partir de
modificação do protocolo de DOYLE E DOYLE (1987). Os isolados cresceram em placas de Petri
contendo meio ágar Sabouraud (glicose 2%, peptona 1%, extrato de levedura 0,5%, ágar 2%,
cloranfenicol 0,01%) e após 48h, as células foram transferidas para criotubos (capacidade de 2 mL)
contendo 1,5mL de YPD (extrato de levedura 1%, peptona 2%, glicose 2%) e incubadas por 18h, a 27°C
e 180 rpm. Centrifugou-se as células a 13.000 rpm por 10min., descartou-se o sobrenadante, adicionou-se
água ultra-pura estéril,procedeu-se a homogeneização da suspensão e uma nova centrifugação. Em
seguida, adicionou-se 650 µL de CTAB e os criotubos foram colocados em banho-maria a 65°C por 1h.
14
Adicionou-se 650 µL da solução clorofórmio-álcool isoamílico (24:1 v/v), em seguida, os tubos foram
colocados na placa agitadora por 10 min, e centrifugados a 13.000 rpm por 10 min. Aspirou-se o
sobrenadante, transferindo-o para tubos estéreis de 1,5 mL. Adicionou-se isopropanol gelado em igual
volume e os tubos foram estocados a -80°C por 10 minutos. As amostras foram então centrifugadas a
13.000 rpm por 10 min, e após descartado o sobrenadante, adicionou-se 1 mL de etanol 70% e procedeu-
se a homogeneização. Em seguida, os tubos foram novamente centifugados a 13.000 rpm por 10 min,
sendo esta etapa repetinda por mais duas vezes, seguida pela lavagem com etanol 70%.
Por fim, após a secagem do material, adicionou-se 55 µL de H2O ultrapura estéril. O DNA foi
ressuspendido e, em seguida, armazenados a -20ºC.
A reação de PCR, modificado a partir de SILVA-FLHO (2003), foi realizada em uma mistura
de 14,62 µL de H2O destilada, 2,5 µL de tampão PCR e BSA (soro albumina bovina), 1 µL de mistura de
dNTP, 2 µL do iniciador GTG5 - (5‘- GTG GTG GTG GTG GTG -3‘), 1,25 µL de MgCl2, 0,13 µL de
Taq Polimerase e 1 µL de DNA. Com o iniciador GTG5 (5‘- GTG GTG GTG GTG GTG -3‘), o
termociclador foi programado para um ciclo de desnaturação de cinco minutos a 94°C seguido de 40
ciclos de desnaturação a 94°C por 15 segundos, anelamento a 55°C por 45 segundos, extensão a 72°C por
90 segundos e extensão final a 72°C por seis minutos. Os produtos de amplificação foram separados por
eletroforese em gel de agarose 2%; submetidos a 7,5 volts/cm por 150 minutos em tampão TBE 0,5X,
corados em brometo de etídeo, visualizados em transluminador ultravioleta e fotografados.
3) RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism)
O DNA mitocondrial foi purificado conforme modificação do protocolo de Querol e
colaboradores (1992). As células foram cultivadas em 5 mL de meio YPD (1% extrato de levedura, 2%
peptona, 1% glicose) por 18 horas e 150 rpm a 25°C. Após esta etapa o material foi centrifugado a 3000
rpm por 15 minutos. Descartou-se o meio de cultivo e lavou-se o material com 5 mL de H2O ultrapura
estéril, colocando-os no agitador de tubos, seguido de centrifugação a 3000 rpm por 15 min. e
descartando-se o sobrenadante. O sedimento foi ressuspendido em 500 µL de uma solução de enzima
lítica de Rhizoctonia solani (25 mg/mL em 1M sorbitol, 0,1 M EDTA, pH 7,5). As amostras foram
colocadas em banho-maria a 45°C por 2 horas. O material foi centrifugado a 8000 rpm por 10 minutos,
descartando o sobrenadante na sequência. Resuspendeu-se o sedimento em 500 µL de Tris-HCl 1M e
EDTA 0,5mM, pH 7,4; e foram adicionados 13 µL de SDS 10%, incubados a 65°C por 5 minutos e em
seguida os criotubos foram mantidos em gelo. Adicionou-se 200 µL de acetato de potássio 5M
homogeneizando as amostras e mantendo-as no gelo por 10 minutos. Centrifugou-se por 15 minutos a
14000 rpm e o sobrenadante foi transferido para um tubo previamente identificado já contendo 700 µL de
isopropanol, e mantendo-se por 10 minutos em temperatura ambiente. Uma nova centrifugação foi
realizada a 12000 rpm por 10 minutos, descartou-se o sobrenadante, o DNA foi novamente lavado com
500 µL de etanol 70%, e centrifugado por 5 minutos a 12000 rpm,seguido de descarte do sobrenadante. O
DNA foi seco a 37 °C e o pellet ressuspendido em 20 µL de H2O ultrapura estéril.
Fez-se a digestão do DNA mitocondrial com um mix para cada amostra contendo 1 µL de
enzima de restrição Hinf I, 2 µL de tampão da mesma enzima, 1 µL de RNAse e 6 µL de água ultrapura
estéril. Adicionou-se 10 µL do mix em cada tubo de microcentrífuga e, em seguida, foi acrescentado 10
µL do DNA à mistura. A incubabação foi realizada por 6 horas a 37 °C.
A eletroforese foi realizada em gel de agarose (1%), TBE (Tris-borato 45 Mmol /L, 1 mmol/L
EDTA, pH 8); Brometo de etídeo e visualização no transluminador UV.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As 36 leveduras utilizadas neste estudo tiveram suas regiões internas de seqüência simples
repetidas (ISSR) amplificadas por reação de polimerase em cadeia (PCR) utilizando o GTG5 (5‘- GTG
GTG GTG GTG GTG -3‘) como iniciador, de acordo com SILVA-FILHO (2003). Observou-se 25
diferentes perfis moleculares (―A‖ – ―Z‖), sendo o perfil ―A‖ o predominante, tendo aparecido nos
tempos T0, T3 e T4, somando o total de 8 amostras com perfil tipo ―A‖ (22% da população). A prevalência
do perfil ―A‖ pode ser devido à melhor adaptação desta cepa às condições encontradas no processo
fermentativo.
A técnica para detecção de polimorfismo por comprimento de fragmento de restrição (RFLP) do
DNA mitocondrial (RFLP-mtDNA) foi empregada segundo uma modificação de Querol et al. (1992) e
foram obtidos, das 36 leveduras, 7 grupos de perfis moleculares (―a – g‖). Dentre os perfis observados, o
15
perfil molecular ―a‖ (19,44% da população) foi o predominante aparecendo pelo menos uma vez em cada
um dos tempos de coleta.
Os autores Silva-Filho (2003) e Bernardi (2007) explicam que a variabilidade dos perfis
moleculares obtidos pela técnica de ISSR é influenciada pela temperatura de anelamento do
oligonucleotídeo com a região de microsatélite desejada no DNA durante a reação de polimerase em
cadeia (PCR). Além disso, os padrões de banda no ISSR podem ser afetados por parâmetros como o tipo
e concentração do iniciador escolhido, concentração e pureza do DNA molde e magnésio (MEYER e
MITCHELL, 1995). Provavelmente por estes motivos, foi observado maior número de perfis distintos na
técnica baseada em reação por cadeia de polimerase (PCR).
A análise de restrição do DNA mitocondrial (mtDNA-RFLP) é uma das técnicas mais usadas no
momento devido à sua alta reprodutibilidade, além de ser uma técnica simples, confiável, rápida e com
melhor custo-eficácia. Também tem sido empregada em trabalhos que visam a diferenciação entre
linhagens de leveduras isoladas do mesmo mosto e para monitorar a persistência e prevalecência de uma
linhagem específica durante o desenvolvimento do processo fermentativo (ARAÚJO, et al.2007).
Observou-se, através das técnicas utilizadas no presente trabalho, um alto grau de variação
alélica nos microssatélites das linhagens de S. cerevisiae analisadas. Estas técnicas, bem como outras
também baseadas em polimorfismo de DNA, têm sido combinadas por pesquisadores para o melhor
acompanhamento da diversidade intraespecífica de linhagens durante o ciclo fermentativo (BALEIRAS
COUTO et. al. 1996; PATARO, C. 2000; GUERRA, J. B., 2001; ARAÚJO, A. C. et al. 2007;
OLIVEIRA et. al, 2008). Segundo Guerra et al. (2001) é possível que a diversidade molecular
encontrada em linhagens de S. cerevisiae se deva às características seletivas únicas do processo
fermentativo da cachaça como: ciclo fermentativo curto (em torno de 24-36 h), elevadas temperaturas
ambientais, elevada concentração alcoólica ao final do processo e ciclos fermentativos diários que duram
de quatro a seis meses. A autora afirma ainda que as variações nos lócus hipervariáveis de cada linhagem
devem acontecer pelo acúmulo de pequenas mutações nestas leveduras durante o sistema em
fermentação, ou devido ao cruzamento mitótico entre os isolados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As duas técnicas utilizadas para a diferenciação infra-específica das linhagens de
Saccharomyces cerevisiae isoladas de uma destilaria do semi-árido baiano foram capazes de detectar o
alto grau de polimorfismo encontrado no mosto durante o ciclo fermentativo. Através das metodologias
aplicadas observou-se a presença de pelo menos um perfil dominante durante todo o ciclo fermentativo
sugerindo que estas linhagens foram mais aptas às condições encontradas no sistema.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, R.A.C., F.C.O. GOMES., E.S.A. MOREIRA., P.S. CISALPINO & A.C. ROSA. 2007.
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combustível para otimização do processo de fermentação. Universidade Federal de Pernambuco. Recife.
Tese de Doutorado.
17
ESTUDOS ANATÔMICOS DESENVOLVIDOS NO LABORATÓRIO DE
MICROMORFOLOGIA VEGETAL (LAMIV), UEFS
Ana Paula Conceição Silva1
; Flaviane Leite Araujo2
; Marina Santos de Assis3
; Cláudia Elena
Carneiro4
(1) Bolsista Plantações Michelin da Bahia Ltda., Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana,
BA, e-mail: anapaula.csilva1@gmail.com
(2) Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, e-mail:
flaviane.araujo@gmail.com
(3) Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, e-mail:
marinaassis2005@hotmail.com
(4) Orientadora, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Micromorfologia Vegetal, Universidade Estadual de Feira
de Santana, BA, e-mail: cecarneiro@gmail.com
PALAVRAS-CHAVE: anatomia vegetal, Sapotaceae, Bahia.
INTRODUÇÃO
O Laboratório de Micromorfologia Vegetal (LAMIV) da Universidade Estadual de Feira de
Santana (UEFS) foi fundado em 1995 pela Professora Néa Andrade de Macêdo, a qual foi a sua primeira
coordenadora. Atualmente, o LAMIV está sob a coordenação da Profa. Dra. Cláudia Elena Carneiro,
sendo o local de desenvolvimento de pesquisas tanto de iniciação científica como também de pós-
graduação. O referido laboratório tem como linhas de pesquisa a palinologia e a anatomia vegetal, sendo
esse último o foco da realização deste trabalho. Além disso, o laboratório também subsidia trabalhos em
florística e fenologia desenvolvidos em uma Reserva de Mata Atlântica na Bahia.
Os estudos em anatomia vegetal, segundo Appezzato-da-Glória (2006), podem auxiliar a
compreensão de vários fenômenos relacionados ao corpo vegetal, bem como os estudos de identificação
taxonômica. Assim, o desenvolvimento de pesquisas relacionadas à estrutura interna da planta apresenta
não apenas um caráter descritivo, mais também de cunho taxonômico.
As pesquisas desenvolvidas no LAMIV na área de anatomia vegetal têm como ênfase os
representantes da família Sapotaceae. Essa família é atualmente posicionada na ordem Ericales (Souza &
Lorenzi, 2005) e compreende 53 gêneros com aproximadamente 1.250 espécies, concentradas
principalmente nas Américas, Ásia, região do Pacífico e África (Monteiro et al. , 2007). No Brasil
ocorrem 14 gêneros e cerca de 200 espécies, principalmente na Floresta Amazônica (Souza & Lorenzi,
2005). A família inclui diversas plantas frutíferas, como o abiu (Pouteria spp.), o sapoti (Malnilkara
spp.), o abricó-de-praia (Manilkara subsericea (Mart) Dubard) e diversas árvores que produzem madeiras
de boa qualidade como a maçaranduba (Manilkara spp.). Nas florestas estacionárias é comum o aguaí
(Chrysophyllum gonocarpum (Mart & Eichler) Engl) (Souza & Lorenzi, 2005).
O presente trabalho teve como objetivo principal a divulgação das pesquisas com espécies de
Sapotaceae em nível de iniciação científica desenvolvidas no LAMIV, no que tange a anatomia vegetal,
no intuído de subsidiar outras investigações nessa área, uma vez que esses conhecimentos são utilizados
para entender o funcionamento do corpo da planta bem como nos estudos de identificação de espécies
aplicados na taxonomia vegetal.
MATERIAL E MÉTODOS
A realização de estudos em anatomia vegetal no LAMIV é desenvolvida através da aplicação de
técnicas usuais utilizadas nessa área. Atualmente, o órgão da planta usado para a investigação das
características anatômicas é a folha, coletada principalmente de espécies herborizadas depositadas no
Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS), pertencentes ao Projeto Flora da Bahia,
desenvolvido por pesquisadores da instituição, e também materiais frescos coletados em diversas
localidades da Bahia.
Primeiramente, as amostras do material herborizado são submetidas ao processo de reidratação
com água destilada e algumas gotas de glicerina sendo submetidas à fervura em manta aquecedora. Em
seguida, são conservadas em álcool etílico a 70%. Quando utilizadas amostras frescas, essas são
diretamente conservadas em álcool etílico a 70%. Após esse processo, as amostras são submetidas a
18
outros procedimentos para a obtenção dos dados anatômicos como: (i) obtenção da epiderme, (ii) secções
transversais e longitudinais para a identificação das estruturas internas e (iii) diafanização.
Obtenção da epiderme
Para a análise da epiderme utilizou-se o método de Jeffrey (Macêdo, 1997), sendo as folhas
segmentadas transversalmente, com o intuito de retirar o mesofilo, o que promove o descolamento das
epidermes abaxial e adaxial da folha. Posteriormente, as amostras de epiderme obtidas foram coradas com
Safranina a 1%.
Secções transversais e longitudinais (Identificação das estruturas internas)
Para a análise da estrutura interna da lâmina foliar e do pecíolo foram realizadas secções à mão
livre ou com o auxílio de micrótomo rotativo.
As secções à mão livre foram realizadas nas regiões basal, mediana e apical da lâmina foliar e
no pecíolo; os cortes obtidos foram clarificados com Hipoclorito de Sódio PA. a 4-6% , permanecendo de
15 a 35 minutos (variando a depender da espécie e da espessura da folha), sendo em seguida corados com
Safranina e Azul de Astra (Kraus & Arduin, 1997).
O processo de emblocamento para secção em micrótomo rotativo seguiu o protocolo descrito
por Meira & Martins (2003), com adequações quando necessário. As folhas, após serem retiradas do
álcool 70%, foram submetidas à desidratação em uma série etílica crescente – álcool etílico a 80%, 90% e
100% - e, em seguida, álcool etílico a 100% mais resina pura (1:1), com permanência de duas horas em
cada etapa. Após esse procedimento, o material foi inserido em resina ativada por 24 horas e conservado
sob refrigeração. Depois de desidratado, o material foi emblocado em resina (resina ativada +
endurecedor) nos moldes de polietileno e levados a estufa histológica a uma temperatua de
aproximadamente 36° C, por 72 horas. Em seguida, os blocos foram montados em suportes de madeira
sendo levados ao microtomo, onde foram realizados os cort
espessuara sendo, posteriormente, corados com azul de toluidina 1%.
Diafanização
Para estudos mais detalhados sobre a vascularização das folhas foi necessário uma maior
transparência do material, neste caso, empregou-se a técnica de diafanização com adequações para as
especias estudadas. Entre os dianifazores mais utilizados, temos o hidrato de cloral e hidróxido de sódio
que se utilizam em solução aquosa. Neste procedimento as folhas foram colocadas inteiras imersas em um
recipiente contendo as substâncias citadas, com um tempo especifico para da espécie, até alcançar
descoloração total.
Todas as amostras obtidas, após serem coradas, foram montadas em preparações semi-
permanentes e/ou permanentes as quais são analisadas em microscopia óptica e fotomicrografadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultados dos trabalhos desenvolvidos no LAMIV na área da anatomia vegetal, temos o
levantamento de características anatômicas da estrutura foliar e pecíolo de diversos gêneros da família
Sapotaceae, dentre eles Chrysophyllum Mast, Diploon Cronquist, Ecclinusa Mart., Manilkara Adans,
Micropholis (Grisebach) Pierre, Pouteria Aublet, Sarcaulus (A.DC.) Eyma e Sideroxylon L.
desenvolvidos por alunos da graduação, que participam de projetos de iniciação científica com o apoio de
instituições fomentadoras à pesquisa, como CNPq, FAPESB, UEFS e Plantações Michelin da Bahia
LTDA.
As características anatômicas identificadas nos estudos são, geralmente, os tipos de feixe
vascular (Figura 1A); presença de estruturas secretoras (Figura 1B) caracterização da epiderme foliar no
que se refere aos tipos de estômatos e aspectos das células epidérmicas (Figura 1C-D); tipo de mesofilo
(Figura 1E): ausência/presença e tipos de tricomas (Figura 1F). Essas características quando combinadas
são importantes para a singularização das espécies.
As estruturas anatômicas citadas para a família Sapotaceae são importantes para diferenciação
das espécies e são de grande valia para estudos taxonômicos, uma vez que dentro da família Sapotaceae
alguns grupos são de difícil circunscrição com base em características morfológicas externas (Pennington,
1990). Os estudos presentes com os gêneros de Sapotaceae, desenvolvidos no LAMIV, são em sua
maioria de caráter pioneiro, uma vez que não há literatura específica com descrições anatômicas da
19
estrutura foliar dos gêneros citados, com exceção de Pouteria, que recentemente foi fonte de estudos
anatômicos da Flora do Rio de Janeiro.
Os dados obtidos a partir das análises e identificação das características anatômicas para os
gêneros da família Sapotaceae, são aplicados nos estudos taxonômicos do grupo, sendo estes dados
utilizados para confecção de chaves de identificação, principalmente para aqueles grupos cuja
identificação com base em características morfológicas externas, não são suficientes para sua elucidação.
Assim ressalta-se a importância da utilização das características micromorfológicas como uma ferramenta
a ser utilizada em estudos de caráter taxonômico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Viçosa, Editora UFV, 438p.
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Editora Edur, 198p.
MACÊDO, N.A. 1997. Manual de Técnicas em Histologia Vegetal. Feira de Santana, Universidade
Estadual de Feira de Santana, 98p.
20
MEIRA, R.M.S.A & MARTINS. F.M. 2003. Inclusão de Material Herborizado em Metacrilato para
Estudos de Anatomia Vegetal. Revista Árvore 27(1): 109-112.
MONTEIRO, M.H.D.A; NEVES, L.J. & ANDREATA, R.H.P. 2007. Taxonomia e anatomia das espécies
de Pouteria Aubl. (Sapotaceae) do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Pesquisas Botânicas n° 58: 7-118.
PENNINGTON, T.D. 1990. Flora Neotropica - Sapotaceae. New York, New York Botanical Garden,
708p.
SOUZA, V.C. & LORENZI, H. (eds.) 2005. Botânica Sistemática. Guia Ilustrado para identificação das
Angiospermas da Flora Brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa, Instituto Plantarum, 704p.
21
EFEITO DE AGENTES OSMÓTICOS NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE SYNGONANTHUS
MUCUGENSIS GIUL. SUBSP. MUCUGENSIS1
Bruno Freitas Matos Alvim1
; José Raniere Ferreira de Santana2
; Mara Márcia Sampaio
Albuquerque3
e Alone Lima-Brito4
1. Bolsista PROBIC/CNPq, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
brunoalvim18@hotmail.com
2. Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: raniere@uefs.br
3. Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
mara_fsa@hotmail.com
4. Programa de Pós Graduação em Botânica, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de
Santana, e-mail: lima_brito@yahoo.com.br
PALAVRAS-CHAVE: sempre-viva; cultivo in vitro; crescimento mínimo; conservação ex situ.
INTRODUÇÃO
Syngonanthus mucugensis Giul. subsp. mucugensis é uma eriocaulácea com potencial de
utilização no comércio de flores secas pois suas inflorescências mantém o aspecto in natura mesmo
depois de coletadas, constituindo uma importante fonte de renda para a população da Chapada
Diamantina, Bahia (Parra, 2000; Ramos, 2005).
Apesar de ocorrer em uma área de preservação ambiental, encontra-se em risco de extinção em
conseqüência da exploração extrativista que sofreu nas últimas décadas (Ramos, 2005). O crescimento
mínimo in vitro é uma estratégia de conservação ex situ que garante a manutenção da integridade genética
e biológica da espécie, apresentando diversas vantagens sobre o processo de conservação de germoplasma
no campo, entre elas destacam-se: necessidade de menor espaço para manter a coleção; manutenção de
material vegetal livre de patógenos; disponibilidade de material para ser imediatamente propagado; além
da redução dos custos financeiros, entre outros (Dorion et al., 1991).
A conservação in vitro pode ser obtida pela adição de agentes osmóticos no meio de cultura,
como os carboidratos, que reduzem a disponibilidade de água e nutrientes para a planta, induzindo o
crescimento mínimo das plantas.
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da sacarose, manitol e sorbitol na conservação in
vitro de S. mucugensis subsp. mucugensis.
MATERIAL E MÉTODOS
Os brotos micropropagados de S. mucugensis subsp. mucugensis, obtidos conforme metodologia
proposta por Lima-Brito et al., (2007) foram inoculados em meio de cultura MS (Murashige & Skoog,
1962) com metade da concentração salina (MS½) suplementado com 60g.L-1
de sacarose e 15, 30, 45 g.L-
1
de sacarose combinados com 0 e 15g.L-1
de sorbitol ou manitol, em um delineamento experimental
inteiramente casualizado. Cada tratamento foi composto de 10 parcelas com 4 amostras cada. As culturas
foram mantidas em câmara do tipo B.O.D. à 18ºC e fotoperíodo 16 horas.
Aos seis meses de armazenamento foram analisadas as variáveis: porcentagem de sobrevivência
das plantas (%S), porcentagem de folhas verdes (%FV), comprimentos da parte aérea (CPA) e da maior
raiz (CR), porcentagem de plantas com broto (%B), número de brotos por planta (NB) e comprimento dos
brotos (CB).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não foram obtidas diferenças significativas entre os tratamentos com 15 e 30g.L-1
de sacarose
para CPA e CR, sendo observada uma redução dessas variáveis com o aumento da concentração de
sacarose para 45 e 60g.L-1
ou com a utilização de sacarose combinada com manitol ou sorbitol (Tabela 1).
Estes resultados indicam que os carboidratos, quando utilizadas em altas concentrações diminuem o
potencial hídrico do meio de cultura, o que inibe a absorção de água e nutrientes pelo explante reduzindo
o crescimento in vitro (Caldas et al., 1988; Engelmann, 1991).
1
Apoio Financeiro: FAPESB, CNPq
22
Embora tenha sido observado um decréscimo do CPA e do CR em resposta a redução do
potencial hídrico do meio de cultura esta metodologia não é indicada para a conservação in vitro de S.
mucugensis subsp. mucugensis visto que o aumento da concentração de carboidratos no meio reduziu a
viabilidade das plantas.
As médias para %S obtidas em meio suplementado com 15 e 30g.L-1
de sacarose e 15g.L-1
de
sacarose combinada com 15g.L-1
de sorbitol ou manitol não diferiram entre si, sendo significativamente
superiores aos demais tratamentos. Para %FV o melhor resultado foi encontrado no tratamento que
continha 15g.L-1
de sacarose, seguido dos meios suplementados com 30g.L-1
de sacarose e 15g.L-1
de
sacarose combinado com sorbitol (Tabela 1).
Os piores resultados para %FV e %S foram obtidas em meio contendo manitol, quando
comparados com os meios suplementados com sacarose ou sacarose e sorbitol (Tabela 1), o que
demonstra a ação deste carboidrato como agente osmótico, reduzindo o potencial hídrico do meio de
cultura e consequentemente a viabilidade das plantas cultivada in vitro.
Tabela 1. Efeito de diferentes concentrações dos agentes osmóticos sacarose, sorbitol e manitol na
conservação in vitro de Syngonanthus mucugensis Giul. subsp. mucugensis
CPA- Comprimento da parte aérea; CR- Comprimento da maior raiz; S- folhas senescentes; FV- folhas
verdes; B- n° de plantas com brotos; NB- n° de brotos por explante; CB- comprimento dos brotos. Médias
seguidas pela mesma letra não diferem entre si ao nível Tukey (5%)
A redução na sobrevivência das plantas foi observada com o aumento na concentração de
carboidrato a partir de 45 g. L-1
e 30 g. L-1
de sacarose quando combinadas com sorbitol ou manitol. Esses
resultados corroboram Ledo (2007), em um estudo sobre o efeito da sacarose e manitol na conservação in
vitro de coqueiro anão (Cocos nucifera L.).
Os melhores resultados para sobrevivência dos brotos e número de brotos por explante foram
obtidos nos tratamentos 30 g.L-1
de sacarose combinados com 15g.L-1
de manitol ou sorbitol, sendo que
para número de brotos, não houve diferença entre este tratamento e o meio suplementado com 15 g.L-1
de
sacarose combinados com manitol.
É provável que a produção de brotos in vitro em S. mucugensis subsp. mucugensis a partir de
planta intacta esteja relacionada ao estresse osmótico causado pela adição de carboidratos ao meio de
cultura. Entretanto não foram encontradas altas taxas de %B, NB e CB nos meios com menor potencial
hídrico, o que deve estar relacionado a redução da viabilidade das plantas nestes tratamentos
As médias mais significativas para comprimento dos brotos foram obtidas com 15 e 30 g. L-1
de
sacarose combinadas com 15 g.L-1
de sorbitol e 30 g. L-1
de sacarose combinadas com 15 g. L-1
de
manitol (Tabela 1). Resultados similares foram encontrados por Faria et al. (2006) na conservação de
Passiflora giberti,que obteve nessas mesmas concentrações de sacarose combinados com sorbitol os
maiores comprimentos das brotações.
Os resultados indicam que os reguladores manitol e sorbitol, não são eficientes na conservação
in vitro de S. mucugensis subsp. mucugensis.
CONCLUSÃO
A conservação in vitro de S. mucugensis subsp. mucugensis pode ser feita em meio de cultura
MS½ contendo 15g.L-1
de sacarose, por até seis meses, sem subcultivo.
Agente osmóticos (g.L-1
)
Sacarose Sorbitol Manitol CPA(mm) CR (mm) S(%) FV(%) B (%) NB CB (mm)
15 - - 27,30 a 28,70 a 97,50 a 89,15 a 7,50 c 0,40 b 1,40 b
30 - - 23,40 a 23,40 a 97,50 a 71,75 a 10,00 c 0,70 b 1,00 b
45 - - 12,50 b 12,50 b 68,00 b 34,22 b 12,50 c 0,88 b 0,90 b
60 - - 6,90 d 7,00 c 42,50 c 15,00 c 2,50 c 0,03 b 0,30 b
15 15 - 21,70 a 24,70 a 92,50 a 73,88 a 22,50 b 0,75 b 2,50 a
30 15 - 17,50 b 18,80 b 65,00 b 38,13 b 37,50 a 1,38 a 3,50 a
45 15 - 6,20 d 4,30 c 25,00 c 9,33 c 7,50 c 0,33 b 0,90 b
15 - 15 15,90 b 26,00 a 90,00 a 51,38 b 20,00 b 1,78 a 1,30 b
30 - 15 12,60 c 18,20 b 60,00 b 27,25 b 35,00 a 1,65 a 2,90 a
45 - 15 4,50 d 5,00 c 22,50 c 8,75 c 15,00 b 0,45 b 1,30 b
23
REFERÊNCIAS
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24
ALTERAÇÕES NA MICROCIRCULAÇÃO CAUSADAS PELA PEÇONHA DE Bothrops
leucurus.
Carine Almeida Miranda1
; Ilka Biondi2
; Dulcineia Ferreira de Andrade3
; Rafaela Carvalhais Brito4
1. Bolsa estágio acadêmico/UEFS, Graduanda em Ciências Biológicas/LAPH, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-
mail: krialmeida@hotmail.com
2. Orientadora, Departamento de Ciências Biológicas/LAPH, Universidade Estadual de Feira de Santana, email:
ilkabiondi@gmail.com
3. Participante do projeto, Bióloga, Departamento de Ciências Biológicas/LAPH, Universidade Estadual de Feira de Santana,
email: dulciiandrade@yahoo.com.br
4. Participante do projeto, Graduanda em Ciências Biológicas/LAPH, Universidade Estadual de Feira de Santana, email:
rafaela.carvalhais@gmail.com
Palavras-chave: Bothrops leucurus, peçonhas, microcirculação.
INTRODUÇÃO:
A serpente Bothrops leucurus popularmente conhecida como jararaca-do-rabo-branco, é o mais
frequente agente causador de acidentes no estado da Bahia. A peçonha botrópica é caracterizada por
ocasionar principalmente lesões locais que incluem edema, equimose, dor, hemorragia e mionecrose,
estando associados a distúrbios cardiovasculares, hemodinâmicos e lesões renais. O presente trabalho teve
como objetivo visualizar os efeitos causados pela peçonha de Bothrops leucurus na microcirculação do
músculo cremaster de camundongos.
METODOLOGIA
Camundongos foram anestesiados com 50mg/kg de pentobarbital sódico, o músculo cremaster
do sacro escrotal de camundongo foi exposto cirurgicamente. Em seguida, foi aplicada por via tópica no
músculo cremaster, 1,5µg de proteína/peçonha de Bothrops leucurus em um volume final de 30µl.
Imediatamente a aplicação observações por microscopia intravital foi realizada e fibras musculares do
músculo cremaster dos camundongos. Como controle foi aplicado PBS na mesma quantidade do volume
final (Figura 1). Os parâmetros analisados foram: hipercontração da fibra muscular, contração, dilatação e
estase das arteríolas de 20-30um, rolamento de leucócitos em vênula pós-capilar com comprimento de
100um e 25-40 um de diâmetro. Foi considerado como um leucócito firmemente aderido ao endotélio da
vênula àquele que permaneceu parado por, no mínimo, 30 segundos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O aparecimento de trombos nas vênulas do músculo cremaster ocorreu após os três minutos da
aplicação da peçonha (Figura 2 a/b). As contrações das arteríolas iniciaram aos cinco minutos após a
aplicação da peçonha (Figura 3). Grandes áreas hemorrágicas foram observadas, iniciando-se com três
minutos após a aplicação da peçonha (Figura 4 a/b).
Foi possível observar aumento do número de leucócitos em vênulas póscapilares, com aderência
eucocitária na parede do vaso, aos 10 minutos após a aplicação da peçonha. Após uma hora foi possível a
contagem dos leucócitos, podendo observar uma grande interação entre leucócito-endotélio.
25
Figura 1. Músculo cremaster do grupo controle inoculado com 30ul de PBS
Figura 2 a/b. Trombos nas vênulas do músculo cremaster três minutos após aplicação da peçonha.
Figura 3. Contrações das arteríolas do músculo cremaster
cinco minutos após a aplicação da peçonha.
Figura 4 a/b. Áreas hemorrágicas do músculo cremaster observadas três minutos após a aplicação da peçonha.
26
CONCLUSÃO
A visualização da microcirculação do músculo cremaster do camundongo, possibilitou a
verificação de formação de trombos, contração arteriolar, com grandes focos hemorrágicos
desencadeados pela peçonhas de Bothrops leucurus.
REFERÊNCIAS
FRANÇA, F.O.S., MÁLAQUE, C.M.S. 2003. Acidente Botrópico. In: Cardoso, J.L., França, F.O.S.,
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ZYCHARA B.C., CASTRO JR. N. C., MARCELINO J. R., GONÇALVES, L. R. C. 2008. Phenol used
as a preservative in Bothrops antivenom induces impairment in leukocyte–endothelial interactions.
Toxicon, v. 51, p. 1151–1157.
Figura 1. Microcirculação normal do músculo cremaster. Dose de 30µl PBS, foi aplicada via tópica no
músculo cremaster de camundongos.
Figura 2. Trombo nas vênulas do músculo cremaster, iniciando após três minutos a aplicação tópica da
peçonha. Dose de 1,5µg de peçonha foi aplicada via tópica no músculo cremaster de camundongos.
Figura 3. Contração na arteríola iniciada após cinco minutos do inicio da aplicação tópica da peçonha.
Dose de 1,5µg de peçonha foi aplicada via tópica no músculo cremaster de camundongos.
Figura 4. Áreas hemorrágicas observadas a partir dos três minutos após aplicação da peçonha. Dose de
1,5µg de peçonha foi aplicada via tópica no músculo cremaster de camundongos.
27
LEVANTAMENTO E SISTEMATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO TRADICIONAL DOS
PESCADORES SOBRE AS AGREGAÇÕES REPRODUTIVAS DE PEIXES RECIFAIS NO
BAIXO SUL DA BAHIA
Cláudio Dantas Baqueiro1
e George Olavo Mattos e Silva2
1. Bolsista PIBIC/Fapesb, Graduando em Ciências Biologicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
baqueiro.claudio@gmail.com
2. Orientador, Departamento de Ciências Biologicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
georgeolavo@uol.com.br
PALAVRAS-CHAVE: Peixes Recifais, Agregações Reprodutivas, Pesca de Linha
INTRODUÇÃO
A crescente utilização da zona costeira e marinha para atividades relacionadas à exploração e
produção de hidrocarbonetos tem suscitado preocupação acerca da poluição sonora gerada por essas
atividades e seus efeitos sobre a biota. São observadas alterações significativas nos padrões
comportamentais importantes no ciclo de vida de diversos organismos. Esse tipo de impacto é bem
conhecido em peixes, e é referido na literatura especializada como ―efeito de afugentamento‖ (scaring
effect; Dalen & Raknes, 1985).
O projeto Agregações Reprodutivas de Peixes Recifais no Brasil - PRÓ-ARRIBADA, inserido
no Programa Termo de Compromisso de Sísmica Marítima (Processo IBAMA nº 02001.003030/2001-
82), sob supervisão do ICMBio e executado através da Carteira Fauna Brasil/FUNBIO, visa produzir
subsídio técnico-científico ao processo de licenciamento ambiental da atividade de prospecção sísmica
marítima, mediante a determinação da localização, época de ocorrência, características físicas e
biológicas de agregações reprodutivas de peixes recifais de importância ecológica e pesqueira. Inclui as
regiões da Costa Norte e do Baixo Sul da Bahia, integrando a denominada Região Alvo 2 do projeto
nacional. A pesca de linha sobre os peixes associados aos ambientes recifais é a atividade econômica
tradicional nessa região, sustentando numerosas frotas linheiras locais de características essencialmente
artesanais (Olavo et al. 2005).
A proposta deste trabalho é realizar o levantamento e sistematização do conhecimento
tradicional dos pescadores com relação a época e local das agregações reprodutivas, comportamento
conhecido entre os pescadores como arribada ou arribação. Tem como meta resgatar informações
oralmente transmitidas ao longo de gerações que se apresentam fundamentais a compreensão da historia e
dinâmica das pescarias recifais e de seus recursos pesqueiros. Dentro deste contexto, diversos autores
demonstram que a investigação do conhecimento tradicional é uma ferramenta valiosa para o
entendimento da dinâmica de sistemas marinhos complexos, assim como para o desenvolvimento de
planos de manejo e estratégias de gestão de recursos pesqueiros (Johannes, 1998; Berkes, 1999; Neis et
al., 1999; Huntington, 2000; Seixas e Berkes, 2003; Gerhardinger et al., 2004).
Resultados preliminares das etapas inciais do projeto são aqui apresentados, incluindo o
reconhecimento da área de estudo com a identificação dos principais portos das frotas linheiras do Baixo
Sul da Bahia, o mapeamento dos principais mestres de pescarias (informantes chaves, especialistas
tradicionais), e um primeiro embarque de observadores de bordo para documentação da pescaria da
caranha (Lutjanus cyanopterus, Perciformes: Lutjanidae).
MATERIAL E MÉTODOS OU METODOLOGIA (ou equivalente)
A área de estudo corresponde à região costeira do Baixo Sul da Bahia. O desenvolvimento da
pesquisa inclui os seguintes passos: (1) mobilização inicial; (2) identificação de informantes-chave; (3)
entrevistas semi-estruturadas com informantes-chave e reuniões com grupos focais; (4) apresentação e
discussão dos resultados do projeto nas comunidades. O contato com os pescadores especialistas
tradicionais ocorreram principalmente nos portos de desembarque, em visitas periódicas, onde também
vem sendo realizado o monitoramento das pescarias dirigidas às espécies alvo do projeto e a amostragem
das capturas.
28
As etapas iniciais de mobilização e identificação de informantes-chave foi realizada através do
contato direto com os mestres e pescadores tradicionais, comerciantes e lideranças do segmento pesqueiro
da região, a partir de visitas de reconhecimento às principais comunidades de pescadores dos municípios
de Valença (sede municipal), Cairu (Gamboa, Garapuá, Boipeba, Moreré e São Sebastião/Cova de Onça),
Nilo Peçanha (Barra dos Carvalhos e São Francisco), Camamu (sede municipal) e Marau (Barra Grande).
Estas visitas foram realizadas entre dezembro/2008 e abril/2009.)
Em um momento posterior, serão realizadas entrevistas semi-estruturadas, questionários curtos
(estruturados), pesquisa de campo participativa, construção de mapas cognitivos com grupos focais das
comunidades pesqueiras e informantes-chave, entre outras técnicas descritas em detalhe por Seixas (2005)
e Bunce et al. (2000).
Durante a amostragem dos desembarques são coletadas informações sobre as áreas de pesca e
pesqueiros visitados, esforço de pesca realizado, composição específica da captura, freqüência de
comprimentos, capturas totais em peso e número de indivíduos por espécies (Sparre e Venema, 1997). Os
contatos inciais e as entrevistas podem ocorrer nos portos de desembarque, peixarias, residências, ou até
mesmo em alto mar, no acompanhamento das pescarias.
RESULTADOS E/OU DISCUSSÃO
Uma grande quantidade de informações neste início de trabalho foram coletadas e começam
também a ser sistematizadas e analisadas. O número de desembarques e embarcações monitorados, assim
como os portos onde vem sendo feita a amostragem biológica das capturas são apresentadas na tabela a
seguir:
Portos Barcos Numero de Desembarques
Camamu Compadre 5
Camamu Flor da Limeira 1
Camamu Cheguei Agora 2
Valença Dauntless 4
Valença Fenômeno 2
Valença Bel Mar IV 1
Valença Salmo 23 1
Valença Bugurrilho 1
Valença Douglas 1
Barra Grande Serra Grande II 3
Durante a etapa de identificação dos informantes chaves foi levada em consideração a questão
qualitativa da informação em relação ao conhecimento e a frequência das pescarias, sendo que, alguns
mestres que estão apoiando o trabalho são acompanhados com maior proximidade. Além destes
informantes é de grande relevância a participação daqueles pescadores mais idosos afastados por
aposentadoria, já que, uma das contribuições mais importantes que este trabalho se propõe a fazer é o
resgate da memória da pescaria sobre as arribações.
Contribuiu ao andamento do trabalho o acompanhamento da equipe de embarque na pescaria da
caranha, que foi documentada através do registro de imagens fotográficas e caderno de bordo. Todo o
procedimento de amostragem da captura e amostragem biológica foram feitos no local, excerto a pesagem
dos peixes com mais de 15 Kg. Esta pescaria foi descrita em todo o seu processo desde a confecção dos
aviamentos de pesca, localização, período, os tipos de isca, a pesca das iscas até a captura do peixe.
29
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos considerar como um momento importante nesta primeira etapa do projeto o embarque
dos pesquisadores como observadores de bordo para acompanhamento, amostragem biológica e
documentação da pescaria da caranha, que além de permitir a confirmação do período e local da
agregação desta espécie na região, possibilitou a coleta de gônadas e dados biométricos para verificação
do caráter reprodutivo desta agrageção. Também o convívio a bordo e contato no mar com mestres e
pescadores de diferentes portos de origem, forneceram as primeiras informações de base para a
construção do roteiro das entrevistas semi-estruturadas que serão aplicadas num segundo momento.
Pretende-se para o bom encaminhamento do trabalho, no que se refere ao resgate da memória da
pescaria sobre as arribações, a construção de um roteiro de entrevista consistente capaz de fazer com que
as comparações entre passado e presente sejam sempre acompanhadas por relações causais claramente
fundamentadas em observações cotidianas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Berkes, F. 1999. Sacred ecology: traditional ecological knowledge and resource management.
Philadelphia and London: Taylor and Francis.
Bunce, L.; Townsley, P.; Pomeroy, R.; Pollnac, R. 2000. Socioeconomic manual for coral reef
management. Global Coral Reef Monitoring Network (GCRMN). Australian Institute of Marine Science.
Costa, P. A. S, Martins, A. S., Olavo, G., 2005. Pesca e potenciais de exploração de recursos vivos na
região central da Zona Econômica Exclusiva brasileira. Rio de Janeiro: Museu Nacional (Série Livros,
13), 247p.
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Gerhardinger, L.C.; Freitas, M.O.; Medeiros, R.P.; Godoy, E.A.; Marenzi, R.C.; Hostim-Silva, M. 2004.
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critical analysis. In: Proceedings of the IV Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, Curitiba.
Pp.500-510.
Johannes, R.E. 1998. The case for data-less resource management: examples from tropical nearshore
finfish. Trends in Ecology and Evolution, 13:243-246.
Neis, B.; Schneider, D.C.; Felt, L. 1999. Fisheries assessment: what can be learned from interviewing
resource users? Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, 56(10): 1949-1963.
Huntington, H.P. 2000. Using traditional ecological knowledge in science: methods and applications.
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Seixas e Berkes, 2003. Learning from fishers: local knowledge for management design and assessment.
In: Vieira, P.F. (org.). Conservação da diversidade biológica e cultural das zonas costeiras: enfoques e
experiências na América Latina e Caribe. Florianópolis: APED. Pp. 333-371.
Seixas, C.S. 2005. Abordagens e técnicas de pesquisa participativa em gestão de recursos naturais. In:
Vieira, P.F.; Berkes, F.; Seixas, C.S. Gestão integrada e participativa de recursos naturais: conceitos,
métodos e experiências. Florianopolis: Secco/APED. Pp 73-105.
30
FUNGOS CONIDIAIS NO MUNICÍPIO DE MORRO DO CHAPÉU, BAHIA
Dalila de Souza Santos1
e Luís Fernando Pascholati Gusmão2
1. Bolsista PIBIC/CNPq, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail:
dalilassouza@gmail.com
2. Programa de Pós-Graduação em Botânica, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana,
e-mail: lgusmao@uefs.br
PALAVRAS-CHAVE: semi-árido, Chapada Diamantina, Hyphomycetes
INTRODUÇÃO
Os fungos são um grupo de organismos eucarióticos extremamente diversos, unidos
primariamente pelo modo de nutrição absortiva (Rossman, 1997). Apresentam estruturas filamentosas
(hifas) e se reproduzem sexuada e/ou assexuadamente, originando esporos e/ou conídios (Maia, 2003).
Dentre os organismos pertencentes ao Reino Fungi, encontram-se os fungos conidiais, formas anamorfas
(fase assexuada) dos filos Ascomycota e Basidiomycota. Este grupo compreende cerca de 2.900 gêneros e
15.950 espécies (Kirk et al., 2001). Sapróbios por excelência, esses fungos desempenham relevante papel
de decompositores, vital para a ciclagem de nutrientes na natureza (Grandi, 1998) e de suma importância
para a manutenção do equilíbrio nos ecossistemas (Mason, 1980). O levantamento de fungos associados à
decomposição de substratos na natureza tem se revelado um método bastante eficaz para subsidiar o
acesso à biodiversidade, que em relação aos fungos conidiais é incipiente no Brasil.
Este trabalho teve como objetivo o estudo taxonômico e o conhecimento dos fungos conidiais
associados à serapilheira no município de Morro do Chapéu, ampliando assim o conhecimento e a
distribuição geográfica dos fungos encontrados.
MATERIAS E MÉTODOS
O município de Morro do Chapéu ocupa uma área de 5.531,854 km² e guarda uma diversidade
de ambientes, sendo uma das 147 áreas prioritárias indicadas para a conservação (MMA, 2002), o que
torna imprescindível a realização de trabalhos de inventários sobre a sua biodiversidade. O Morro do
Chapéu está incluído na região centro-norte da Bahia e sua vegetação é em parte complexa e
caracterizada por diversas formações vegetais. Situado na região setentrional da Chapada Diamantina, seu
relevo é caracterizado por formas tabulares, dispostas em patamares, que se elevam de 480m a mais de
1.000m de altitude. O município apresenta características climáticas do tipo tropical que, no entanto, são
fortemente alteradas pela altitude, apresentando, dessa forma, um clima tropical de altitude, com verão
quente e temperaturas amenas, por volta de 18 a 24°C.
Foram realizadas duas expedições, entre outubro/2008 e fevereiro/2009, para o município de
Morro do Chapéu – BA. Para a coleta do folhedo em decomposição, foram delimitados três pontos dentro
dos domínios de caatinga, campo rupestre e floresta estacional da região, sempre em busca de uma maior
diversidade de folhedo. Após a coleta do material vegetal, as amostras foram levadas ao laboratório e
submetidas à técnica de lavagem em água corrente (Castañeda-Ruiz, 2005). Em seguida, o material foi
acondicionado em câmaras-úmidas e após 72h foi iniciado a coleta das estruturas de reprodução dos
fungos, sob estereomicroscópio, utilizando agulhas (tipo insulina) e estiletes. Os fungos foram colocados
em lâminas com meio de montagem (resina PVL - álcool polivinílico + lactofenol) para confecção de
lâminas semi-permanentes. Os fungos foram isolados em placas de Petri contendo meio de cultura (Ágar-
Milho-Cenoura e Ágar-Aveia). Após identificação, os mesmos foram acondicionados em laminários e
depositados no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram verificadas 35 espécies de fungos conidiais na serapilheira do município de Morro do
Chapéu. Destas, sete constituem novos registros (Figura 1), sendo dois para o Continente Americano
(Dendryphiopsis biseptata e Sporidesmiella parva var. palauensis), um para o Neotrópico
(Endophragmiella boothii), três para a América do Sul (Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria
dingleyae, Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria pulchriseta e Eversia parvula) e um para o Brasil
(Helicoubisia coronata). Para estes novos registros são apresentadas distribuição geográfica e ilustrações.
31
Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker. Mycotaxon 17: 304. 1983.
Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre cascas em decomposição, 28/XII/2007,
D.S. Santos s.n. (HUEFS 134726).
Distribuição geográfica: África do Sul.
Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker, N.Z. Jl
Bot. 6: 343. 1968.
Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folhas em decomposição, 06/XII/2007,
D.S. Santos s.n. (HUEFS 134727).
Distribuição geográfica: Austrália, Estados Unidos , México e Nova Zelândia.
Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker, N.Z. Jl
Bot. 6: 356. 1968.
Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folhedo em decomposição, 07/II/2008,
D.S. Santos s.n. (HUEFS 134724).
Distribuição geográfica: Brunei, Cuba, República Tcheca, Estados Unidos da América, China, Malásia e
Nova Zelândia.
Endophragmiella boothii (M.B. Ellis) S. Hughes, N.Z. Jl Bot. 17(2): 147 (1979).
Bas. : Endophragmia boothii M.B. Ellis (1959)
Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição, 28/VII/2008,
D.S. Santos s.n. (HUEFS 148831).
Distribuição geográfica: China, Estados Unidos da América (como Endophragmia boothii, Nova
Zelândia e Reino Unido.
Eversia parvula Hol.-Jech., Česká Mykol. 41(1): 31 (1987).
Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre cascas em decomposição, 13/X/2008,
D.S. Santos s.n. (HUEFS 148832).
Distribuição geográfica: antiga União Soviética, Cuba e México.
Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli, Micol. Ital. 8(1): 21 (1979).
Sin. Moorella monocephala Matsush., Matsush. Mycol. Mem. 7: 58 (1993).
Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folhedo em decomposição,
25/VII/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 137808).
Distribuição geográfica: Costa do Marfim, Equador (como Moorella monocephala), China, Índia, Peru
(como Moorella monocephala) e Tailândia.
Sporidesmiella parva var. palauensis Matsush., Matsush. Mycol. Mem. 4: 16 1985.
Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição, 13/X/2008,
D.S. Santos s.n. (HUEFS 148833).
Distribuição geográfica: China, Japão, Malásia e Estados Federativos da Micronésia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho contribuiu com a ampliação do conhecimento da diversidade dos fungos conidiais
de Morro do Chapéu e, conseqüentemente, da micota brasileira.
O estudo taxonômico dos fungos registrados poderá servir de subsídio para investigações
posteriores neste e em outros ecossistemas, além de fornecerem elementos para projetos de preservação
de áreas do bioma caatinga que abrigam uma ampla diversidade de organismos ainda pouco explorada. A
continuidade de coletas e trabalhos de taxonomia de fungos conidiais propiciará o registro de novas
espécies, tanto espécimes novos para o Brasil, como possivelmente novos registros para a ciência.
32
Figura 1: 1-3. Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair &
Eicker. 1-2. Visão geral. 3. Detalhe da célula conidiogênica (seta). 4-6.
Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B.
Kendr. & Shoemaker. 4. Visão geral da seta com conidióforos. 5-6.
Conídios. 7-9. Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria pulchriseta S.
Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker. 7. Setas. 8. Conidióforo. 9. Conídios.
10-13. Endophragmiella boothii S. Hughes. 10-11. Visão geral. 12-13.
Conídios. 14-16. Eversia parvula Hol.-Jech. 14-16. Conídios. 17-19.
Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli. 17. Visão geral. 18. Detalhe
da célula conidiogênica (seta). 19. Conídio. 20-23. Sporidesmiella parva
var. palauensis Matsush. 20. Conidióforo, célula conidiogênica e conídio.
21. Célula conidiogênica com proliferação simpodial. 22-23. Conídios.
33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Livro de resumos do XIII SEMIC/UEFS 2009.

  • 1.
  • 2. i ORGANIZAÇÃO Prof. Dr. José Carlos Barreto de Santana Reitor Prof. Dr. Washington Almeida Moura Vice-Reitor Profa. Dra. Marluce Maria Araújo Assis Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-graduação Prof. Dra. Norma Lucia Fernandes de Almeida Coordenadora de Iniciação Cientifica Profa. Dra. Acácia Batista Dias Coordenadora de Pesquisa Prof. Dr. Cláudio Cledson Novais Coordenador de Pós-Graduação Clécia Santana de Oliveira Wesley Pereira Mota Débora Queite Leal Siqueira Flavius Almeida Lira Secretaria de Pesquisa e Iniciação Cientifica Alzilene de Andrade Lima Diego Emanoel Sousa Gonçalves Janecleide Nascimento Santos Silva Secretaria de Pós-Graduação Dilma Pacheco de Oliveira Edlene Rizério Falcão Vilânia Maria Santana da Silva Secretaria da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
  • 3. ii Comitê Organizador do XIII SEMIC Profa. Dra. Norma Lucia F. de Almeida (Departamento de Letras e Artes) Profa. Dra. Acácia Batista Dias (Departamento de Ciências Humanas e Filosofia) Prof. Dr. Alexandre Manoel de M. Carvalho (Departamento de Física) Prof. Dr. Antonio Azeredo (Departamento de Saúde) Prof. Dr. Antonio Roberto Seixas da Cruz (Departamento de Educação) Prof. Dr. Ardemiro Barros (Departamento de Exatas) Prof. Dr. Edna Maria de Araújo (Departamento de Saúde) Profa. Dra. Eliana Sandra Pitombo Teixeira (Departamento de Letras) Profa. Dra. Cristina Maria Rodrigues (Departamento de Tecnologia) Prof. Dr. Francisco de Assis Ribeiro Santos (Departamento de Biologia) Profa. Dra. Gracinete Bastos de Souza (Departamento de Ciências Exatas) Prof. Dr. Germano Pinto Guedes (Departamento de Física) Profa. Dra. Hely Cabral (Departamento de Letras) Prof. Dr. Lenaldo Muniz de Oliveira (Departamento de Ciências Biológicas) Profa. Dra. Lílian Miranda Bastos Pacheco (Departamento de Educação) Profa. Dra. Lucilene Reginaldo (Departamento de Ciências Humanas e Filosofia) Profa. Dra. Michele Fulvia (Departamento de Tecnologia) Prof. Dr. Nilo Rosa (Departamento de Ciências Sociais Aplicadas) Prof.Dr. Edinusia M. Carneiro Santos (Departamento de Ciências Humanas e Filosofia) Profa. Dra Ana Rita Duarte Guimarães (Departamento de Saúde) Profa. Dra Maria Lúcia Silva Servo (Departamento de Saúde)
  • 4. iii PARECERISTAS SEMIC 2009 BIOLOGIA Alexa Paes Coelho Alexandre Clistenes A. Santos Ana Paula Trovatti Uetanabaro Angélica Maria Lucchese Aristóteles Góes Neto Bruno Andrade C. de Carvalho Caio Graco Machado Cássio Van den Berg Claudineia Regina Pelacani Edson Luiz Camandaroba Eneida de Moraes M. Cerqueira Fábio Pedro S. de F. Bandeira Flora Acuña Junca Francisco de Assis Ribeiro dos Santos Freddy Ruben Bravo Quijano Gilberto Marcos de M. Santos Ilka Biondi José Geraldo Wanderley Marques José Lázaro Lins Ribas José Marcos de Castro Nunes José Marcos de Castro Nunes José Raniere Ferreira de Santana Jucelho Dantas da Cruz Kelly Regina B. Leite Lenaldo Muniz de Oliveira Ligia Silveira Funch Luciene Cristina Lima e Lima Luís Fernando P. Gusmão Márcia Maria de Souza Maria da Glória Sampaio Gomes Maria Gabriela Bello Koblitz Miriam Gimenes Priscila Paixão Lopes Roberto Lisboa Romão Solange Maria Costa de Amorim Suzi de Almeida V. Barboni Valdeci dos Santos CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA Acácia Batista Dias Cloves Luiz Pereira Oliveira Edinusia Moreira Carneiro Elizete da Silva Eurelino Teixeira Coelho Neto Jemison Mattos Santos Jocimara Souza Britto Lobão Lucilene Reginaldo Márcia Maria da S. Barreiros Leite Neide de Assis Santana Raquel de Matos Cardoso Vale Rinaldo Cesar Nascimento Leite Zeneide Rios de Jesus CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS Antonio Ricardo Dantas Caffé Dermeval Passos da Hora Eugênio Lima Mendes Nilo Rosa dos Santos EDUCAÇÃO André Luiz Brito Nascimento Antonio Roberto Seixas da Cruz Denise Helena P. Laranjeira Lílian Miranda Bastos Pacheco Marinalva Lopes Ribeiro Mirela Figueiredo Santos Solange Mary Moreira Santos Wilson Pereira de Jesus
  • 5. iv EXATAS Alexandre Freitas Espeleta Ana Carla Percontini da Paixão Carlos Cesar Uchoa de Lima Claúdio Eduardo Góes Davi Felix Martins Júnior Gracinete Bastos de Souza Jonei Cerqueira Barbosa José Garcia Vivas Miranda Liana Maria Barbosa Marcelo Ossamu Honda Marilda Santos Pinto Miedema Marjorie Cseko Nolasco Paulo César Machado A. Farias Suzana Modesto Oliveira Brito Washington de Jesus S. da F.Rocha FÍSICA Alexandre Leite Gadelha Amanda Amantes Neiva Ribeiro Caio Castilho Esdras Santana dos Santos Germano Pinto Guedes Jailton Souza de Almeida José David Mangueira Viana José Garcia Vivas Miranda Katemari Rosa Milton Souza Ribeiro Suani Tavares Rubim de Pinho LETRAS E ARTES Carla Luzia Carneiro Borges Cláudio Cledson Novaes Eliana Sandra Pitombo Teixeira Hely Dutra Cabral C. da Fonseca Lysie dos Reis Oliveira Norma Lúcia Fernandes de Almeida Rosana Maria Ribeiro Patrício Silvana de Farias Silva Araújo SAÚDE Alessandra Castro Alves Alexandro Branco Ana Áurea Alécio O. Rodrigues Ana Mayra Andrade de Oliveira Ana Rita D. Guimarães Antonio Azeredo Carlito Lopes N. Sobrinho Dalva de Andrade Monteiro Edna Maria de Araújo Isaac Suzart Gomes Filho Isadora Cristina de Siqueira Manoelito Coelho dos Santos Junior Marcelo Torres Peixoto Márcio Campos Oliveira Maria Ângela A. do Nascimento Maria Conceição Oliveira Costa Maria Geralda Gomes Aguiar Maria Lucia Silva Servo Maricelia Maria de Lima Rosely Cabral de Carvalho Sandra Aparecida de Assis Tânia Maria de Araújo Waldelene de Araújo Gomes TECNOLOGIA Antonio Lopes Apolinário Júnior Cristina Maria Rodrigues Silva Elisa Teshima José Mario Feitosa Lima Maria do Socorro C. S. Mateus Maria Gabriela Bello Koblitz Maurício Cunha Escarpinati Michele Fulvia Ângelo Pablo Rodrigo Fica Piras Paulo Roberto Lopes Lima Rosangela Leal Santos
  • 6. v CONTATO Coordenação de Iniciação Científica Email: semic2009@gmail.com Telefone: (75) 3224 8259 / Fax: (75) 3224 8027 EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Ricardo Vilas-Bôas Gomes – UEFS ricardovb@uefs.br
  • 7. vi APRESENTAÇÃO A Universidade Estadual de Feira de Santana vem, há mais de uma década, realizando o Seminário de Iniciação Científica (SEMIC) com o objetivo de expor e discutir trabalhos realizados por estudantes que participam de programas de Iniciação Científica. A Iniciação Científica é um instrumento que permite a formação não somente de jovens pesquisadores, mas também de jovens cidadãos e futuros profissionais conscientes de seu papel na sociedade. O diálogo entre orientandos e orientadores acrescenta novas contribuições científicas e tecnológicas, nas mais diferentes áreas, para o desenvolvimento da pesquisa no país. Assim, o XIII SEMIC propõe a discussão sobre A Ciência na UEFS, em consonância com o tema A Ciência no Brasil, da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Pretende-se discutir as produções aqui realizadas, como também àquelas de outras instituições que poderão ser apresentadas na UEFS. Estudantes da instituição poderão se inscrever para apresentação oral ou em forma de pôster. A primeira é obrigatória para bolsistas PIBIC/CNPq/FAPESB, da cota UEFS. Estudantes de outras instituições devem fazer a inscrição na modalidade pôster. O XIII SEMIC inova na sua estrutura abrindo espaço para exposição de pôsteres apresentados por nossos estudantes em eventos nacionais ou internacionais ocorridos ao longo do ano. Assim, convidamos você a participar deste importante evento em nossa Instituição que tem o objetivo de integrar a produção científica, tecnológica, artística e cultural da comunidade de iniciação científica da UEFS e de outras instituições!
  • 9. 2 A AVIFAUNA DE DUAS ÁREAS DE CAATINGA DA BACIA DO RIO SALITRE, BAHIA. Alan Daniel Cerqueira Moura1 e Caio Graco Machado 2 1. Bolsista Fapesb/UEFS, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: daniellcerq@yahoo.com.br 2. Professor Titular, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: graco@pq.cnpq.br PALAVRAS-CHAVE: avifauna, Caatinga, inventário. INTRODUÇÃO A Caatinga é o único bioma endêmico do Brasil e ocupa uma área de aproximadamente 735.000 km². Devido às suas variações altitudinais, climáticas e geomorfológicas, este bioma apresenta uma paisagem extremamente diversificada que pode variar desde formações ralas até verdadeiras florestas. (Andrade - Lima, 1981; Silva et al., 2004; Olmos et al., 2005). Embora nos últimos anos tenha sido ampliado o número de estudos em áreas de Caatinga, esta continua apresentando o menor grau de conhecimento biológico do país, o que não condiz com seu intenso processo de degradação (Santos, 2002). Apesar de ser considerado o grupo animal mais bem conhecido em relação à taxonomia, distribuição e história natural, os dados referentes às aves da caatinga ainda apresentam grandes lacunas (Pacheco, 2004). Pacheco e Bauer (2000) organizaram as informações sobre as aves que ocorrem na vegetação de caatinga (caatinga strictu senso), e obtiveram uma lista com 347 espécies. Silva et al. (2003) ao incluir nesta lista informações sobre a avifauna que ocorre nas áreas de exceção como os brejos de altitude e os campos rupestres (caatinga lato senso), obtiveram uma lista com 510 espécies de aves (30 % da avifauna brasileira). Diante da crescente degradação ambiental e da carência de dados ornitológicos na Caatinga, se torna relevante o desenvolvimento de estudos sobre a composição, estrutura e dinâmica das espécies de aves deste bioma. O presente estudo teve como principal objetivo inventariar as comunidades de aves de duas áreas de caatinga da bacia do rio Salitre e analisá-las quanto à composição, estrutura trófica, uso do hábitat e sensitividade aos distúrbios humanos. MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo A bacia hidrográfica do rio Salitre é uma sub-bacia do rio São Francisco, situada no centro-norte do estado da Bahia, totalmente inserida no território baiano e no polígono das secas. Para o desenvolvimento deste estudo foram selecionadas duas área da bacia do Salitre , sendo uma localizada no baixo (Área 1) e outra no alto curso do rio (Área 2). Área 1: O povoado do Junco (09º41‘30‘‘S/40º35‘28‘‘W) está localizado no município de Juazeiro, a uma altitude de 388m. Situa-se às margens do rio Salitre, apresentando no seu entorno uma vegetação de caatinga arbustivo-arbórea bastante devastada. A vegetação nativa desta localidade está reduzida às suas espécies mais resistentes à antropização e às espécies ruderais. (França et al., 2009). Área 2: A fazenda Olho D‘água (11°25‘13‘‘S/ 41°10‘37‘‘W) está localizada no município de Morro do Chapéu, a uma altitude de 1059 m. Apresenta uma vegetação marcada predominantemente por uma caatinga arbórea, com dossel em torno de 4m de altura. Nesta localidade também foram observadas e amostradas áreas de tabuleiro arenoso, onde se encontram nascentes de cursos d‘água que irão formar o rio Salitre, além de alguns afloramentos rochosos, localmente denominados de lajedos. De acordo com Velloso et al. (2002), que propõem uma divisão do Bioma Caatinga em ecorregiões, a Área 1 está inserida na Depressão Sertaneja Meridional, enquanto que a Área 2 faz parte do Complexo da Chapada Diamantina. Ambas constam na lista das áreas consideradas de extrema importância biológica e prioritárias para a conservação (Velloso et al., 2002; Silva e Tabarelli, 2003),
  • 10. 3 além de pertencerem a duas IBA‘s (Important Birds Áreas) do estado da Bahia: 1- Curaçá; 2 - Morro do Chapéu (Bencke et al. 2006). Coleta de dados Foram realizadas duas expedições com duração de seis dias para cada área, sendo uma durante a estação seca e a outra durante a chuvosa. Na Área 1, a amostragem ocorreu em novembro de 2008 e janeiro de 2009 e na Área 2, em setembro de 2008 e março de 2009. Em todas as coletas foram percorridas trilhas e estradas, onde foi registrada a ocorrência de espécies de aves através de contatos visuais e auditivos. Os registros visuais foram realizados a olho nu ou com o auxílio de binóculos 10x50 e 8x30. A identificação das espécies foi feita com o auxílio de guias de campo (Souza, 2004; Sigrist, 2007). Estas atividades foram realizadas do alvorecer ao meio-dia e das 14:00h ao crepúsculo, totalizando 160 horas de esforço de campo (80 h/área); incursões noturnas aleatórias foram realizadas para o registro de espécies noctívagas. Em todas as expedições, exceto a de setembro de 2008, foram montadas dez redes de neblina (9m X 2,5m, malha 1,5mm), da aurora ao meio dia e das 14:00h até o crepúsculo, durante três dias consecutivos, totalizando um esforço amostral de 20.250 h.m², calculado de acordo com Straube e Bianconi (2002). Os espécimes capturados foram identificados, sacrificados, taxidermizados e depositados na coleção da Divisão de Aves do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (MZUEFS). As coletas se deram sob a licença permanente número SISBIO 13192-1. A lista de espécies registradas nas duas áreas seguiu a classificação adotada pelo CBRO (2008), sendo as comunidades de aves analisadas quanto à sua composição, estrutura trófica, uso do hábitat, sensitividade e status de conservação das espécies. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram registradas 146 espécies (96 na Área 1 e 120 na Área 2), distribuídas em 40 famílias. Quarenta e nove espécies foram exclusivas da Área 2, 26 da Área 1 e 71 ocorreram em ambas. A riqueza de espécies registrada neste estudo foi semelhante à encontrada em outras áreas de caatinga (Santos, 2002; Lima et al.,2003; Olmos et al. 2005), que variaram de 72 a 191 espécies. As variações que ocorreram entre as riquezas observadas podem ser reflexo de diversos fatores, sobretudo das diferenças nos esforços e tipos de amostragem, além das peculiaridades ambientais e do grau de conservação das áreas. Para uma análise mais criteriosa, é preciso se considerar todas as variáveis existentes. Contudo, pode-se observar de modo geral, que as maiores riquezas foram encontradas naqueles estudos desenvolvidos em áreas de reserva ecológica, o que pode indicar a eficácia desta estratégia na conservação da avifauna da Caatinga. Foi observada uma tendência de estabilização nas curvas de acumulação de espécies, o que demonstra uma suficiência amostral e, portanto, uma eficácia da metodologia. A similaridade entre as áreas foi 48%( Js= 0,48), o que indica que essas comunidades são parcialmente semelhantes, possuindo, cada qual, espécies exclusivas. As similaridades entre a estação seca e chuvosa não foram altas nas comunidades amostradas, sugerindo a existência de um número considerável de espécies (cerca de 50%) exclusivas de cada estação, sendo sempre observada uma maior riqueza no período chuvoso. A ausência de algumas espécies em certo período do ano pode estar relacionada com deslocamentos populacionais, que parecem ser uma resposta à disponibilidade sazonal de alimento (Olmos et al., 2005; Machado et al., 2007; Machado, 2009). A família Tyrannidae foi a mais representativa em número de espécies nas duas áreas, seguida por Columbidae e Emberizidae na Área 1 e por Thamnophillidae e Trochilidae na Área 2, o que caracteriza uma composição diferenciada das comunidades, indicando um reflexo das diferenças na estrutura dos habitats. Os insetívoros constituíram a categoria trófica mais representativa, o que é comum em ambientes tropicais (Motta-Júnior, 1990; Donatelli et al., 2004). Na Área 1, a terceira categoria trófica mais representativa foi a dos granívoros enquanto na Área 2 foi a dos frugívoros. Este resultado corresponde aos obtidos por Farias et al. (2005), que inventariaram a avifauna de 11 fitofisionomias de caatinga, e constataram que a categoria dos frugívoros é predominante em áreas florestais enquanto a dos granívoros ocorre com maior representatividade em áreas de vegetação aberta. A maior escassez de ambientes florestais na Área 1 se refletiu sobre a composição da avifauna, que se mostrou predominantemente (51%), constituída por espécies independentes de estratos florestais e
  • 11. 4 por um baixo percentual de espécies dependentes (12%). Na Área 2, onde o estrato arbóreo é predominante, a comunidades de aves se encontra distribuída de maneira mais uniforme quanto ao uso do hábitat, com maiores porcentagens relativas de espécies semi-dependentes (40%) e dependentes (25%). Com relação à sensitividade das espécies a distúrbios ambientais, observou-se o padrão esperado para o bioma, caracterizado pelo predomínio das espécies de sensitividade baixa e média e por uma pequena parcela das de alta sensitividade. Neste estudo foram registradas sete espécies endêmicas do Bioma Caatinga (Paroaria dominicana, Sakesphorus cristatus, Penelope jacucaca, Aratinga cactorum, Anopetia gounellei, Herpsilochmus sellowi e H. pectoralis), das quais duas encontram-se nacionalmente e mundialmente ameaçadas de extinção (Penelope jacucaca e H. pectoralis). CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando a falta de uniformidade nos padrões de distribuição das espécies de aves da Caatinga e a carência de estudos em níveis locais, os inventários assumem grande importância, por disponibilizarem dados inéditos sobre a composição, estrutura e dinâmica da avifauna local, fundamentais para referenciar estudos posteriores. Contudo, a análise da riqueza, estrutura trófica, uso do hábitat e sensitividade das espécies indicaram composições avifaunística distinta entre as áreas inventariadas neste estudo. Os registros de espécies bioindicadoras de qualidade ambiental como os insetívoros especialistas, frugívoros de grande porte e predadores de topo foram mais pronunciados na Área 2, o que indica que esta encontra-se sob um melhor estado de conservação, devendo portanto ser considerada em estratégias conservacionistas do bioma Caatinga. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE-LIMA,D. 1981. The Caatingas dominium. Revista Brasileira de Botânica. 4: 149-153. BENCKE, G.A., G.N. MAURÍCIO, P.F. DEVELEY E J.M. GOERCK. 2006. Áreas importantes para a conservação das aves no Brasil: Parte 1 Estados do domínio da Mata Atlântica. São Paulo: Save Brasil. 494p. CBRO, 2008. Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Listas das aves do Brasil. Versão 2008. Disponível na Word Wide Web em: <http://www.cbro.org.br> DONATELLI,R.J., COSTA, T.V.V. E FERREIRA, C.D. 2004. Dinâmica da avifauna em fragmentos de mata na Fazenda Rio Claro, Lençóis Paulista, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia. 21 (1): 97-114. FARIAS, G.B., SILVA, W.A.G. E ALBANO, C.G. 2005. Diversidade de aves em áreas prioritárias para conservação da Caatinga. In: Araújo,F.S., Rodal, M.J.N. e Barbosa, M.R.V. Análise das variações da biodversidade do bioma Caatinga: suporte a estratégias regionais de conservação. Brasília. MMA. FRANÇA, F., MELO, E. E ROCHA, D.S.B. 2009. Avaliação da diversidade de fanerógamas na bacia do rio Salitre, Bahia, Brasil. Relatório apresentado para Workshop de Desertificação como parte dos resultados do projeto “Mandacaru quando fulora na seca...” Estudo multidisciplinar sobre processos de desertificação, estratégias adaptativas e empoderamento das comunidades que habitam nos sertões do estado da Bahia‖.Feira de Santana. Universidade Estadual de Feira de Santana. LEAL, I.R., SILVA, J.M.C., TABARELLI,M. E LACHER JR. T.E. 2005. Mudando o curso da conservação da biodiversidade na Caatinga do Nordeste do Brasil. Megadiversidade. 1(1): 139-146. LIMA,C.P., SANTOS, S.S. E LIMA, R.C. 2003. Levantamento e anilhamento da ornitofauna da Arara- Azul-de-Lear (Anodorhyncus leari, Bonaparte,1856): um complemento ao realizado por H. Sick, L.P. Gonzaga e D.M. Teixeira,1987. Atualidades Ornitológicas.112:11-22 MACHADO, C.G., COELHO, A.G., SANTANA, C.S. & RODRIGUES, M. 2007. Beija-flores e seus recursos florais em uma área de campo rupestre da Chapada Diamantina, Bahia. Revista Brasileira de Ornitologia. 15 (2): 215-227. MACHADO, C.G. 2009. Beija-flores (Aves:Troquilidae) e seus recursos florais em uma área de caatinga da Chapada Diamantina, Bahia,Brasil. Revista Brasileira de Zoologia. 26 (2): 255-265. MOTTA-JÚNIOR, J.C. 1990. Estrutura trófica e composição das avifaunas de três habitats terrestresna região central do Estado de São Paulo. Ararajuba. 1 : 65-71
  • 12. 5 PACHECO,J.F. 2004. As aves da Caatinga: uma análise histórica do conhecimento. In: Silva,J.M.C.; Tabarelli, M.; Fonseca,M.T. e Lins, L.V. Biodversidade da Caatinga: áreas e ações prioritárias para a conservação. Brasília: MMA/UFPE. PACHECO, J.F E BAUER, C. 2000. As aves da Caatinga - Aprecieação histórica do processo de conhecimento. In: Workshop Avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade do bioma Caatinga. Documento temático, Seminário Biodiversidade da Caatinga. Petrolina. SANTOS, M.P.D. 2002. As comunidades de aves em duas fisionomias da vegetação de Caatinga no estado do Piauí, Brasil. Ararajuba 12 (2): 113-123. SILVA,J.M.C., SOUZA, M.A., BIEBER, A.G.D. E CARLOS, C.J. 2003. Aves da Caatinga: status, uso do hábitat e sensitividade. In: In: Leal, I.R., Tabarelli, M. e Silva, J.M.C. Ecologia e conservação da Caatinga. Editora Universitária, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil. p 237-274. SILVA, J.M.C., TABARELLI, M., FONSECA, M.T. E LINS, L.V. 2004. Biodversidade da Caatinga: áreas e ações prioritárias para a conservação. Ministério do Meio Ambiente, Brasília. 382 p. SIGRIST, T. 2007. Guia de Campo: Aves do Brasil oriental – Birds of eastern Brazil. São Paulo: Avis Brasilis.426 p. SOUZA, D. G. S. 2004. Todas as Aves do Brasil: guia de campo para identificação. Feira de Santana: Ed. Dall. 355p. STRAUBE, F. C. E BIANCONI, G. V. 2002. Sobre a grandeza e a unidade utilizada para estimar esforço de captura com utilização de redes-de-neblina. Chiroptera Neotropical 8 (1): 150-152. VELLOSO, A.,SAMPAIO, E., PAREYN, F. 2002. Ecorregiões propostas para o bioma Caatinga. Recife: Associação Plantas Do Nordeste/Instituto De Conservação Ambiental The Nature Conservancy Do Brasil. 75p.
  • 13. 6 ESTUDO COMPARATIVO DA VARIAÇÃO INTRAESPECÍFICA NA PEÇONHA DE Crotalus durissus cascavella NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL. Alexandre Amadeu Miranda¹; Ilka Biondi²; Sidney Pereira dos Santos³; Alexandre Martins Costa Santos4 , 1. Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: alexandrelaph@gmail.com 2. Orientador, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: ibiondi@uefs.br 3. Participante do Projeto, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana. e-mail: sidneypereira100@gmail.com 4. Participante do Projeto, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais. PALAVRAS-CHAVE: Crotalus durissus cascavella, Fracionamento, Variabilidade INTRODUÇÃO As serpentes da espécie Crotalus duriss us cascavella (Fig. 1) são largamente distribuídas no território baiano,s ão encontradas geralmente em regiões secas e rochosas, com vegetação baixa no bioma caatinga (Freitas 2003). Os acidentes causados pela picada de serpente, nas regiões em que ocorrem, são considerados um problema de saúde pública (FMO Pinho, 2001). As peçonhas produzidas pelas diferentes espécies de serpentes apresentam uma grande variedade em sua composição bioquímica e efeitos biológicos. Essas são misturas complexas de componentes com uma grande diversidade de ação e efeitos em suas presas e vítimas humanas, tais como neurotoxicidade, distúrbios na coagulação, miotoxicidade sistêmica, falha renal aguda, dentre outros (FRANCISCHETTI I. M.B, 2000). Alguns estudos apontam para variações intraespecíficas no perfil cromatográfico das proteínas dessas peçonhas (CHIPPAUX J.-P,1991). Consequentemente, isso poderá ocasionar efeitos patológicos diferentes nas vítimas de picadas de serpentes, dificultando desde o diagnóstico das lesões à administração do soro antiveneno, além da dificuldade de padronização das peçonhas para as pesquisas científicas. Portanto, este trabalho teve por objetivo demonstrar diferenças qualitativas e quantitativas dos principais componentes protéicos da peçonha de Crotalus durissus cascavella proveniente de ecossistemas diferentes. Figura 1: Crotalus durissus cascavella MATERIAIS E MÉTODOS Extração da Peçonha As serpentes foram doadas pela população e coletadas nas duas diferentes regiões do estado da Bahia – região A e B – e pertencem ao plantel do Laboratório de Animais Peçonhentos e Herpetologia da Universidade de Feira de Santana. As peçonhas foram selecionadas de espécimes pertencentes a espécie Crotalus durissus cascavella e foram extraídas e secas de acordo com os procedimentos padrões para este experimento (CHIPPAUX J.-P,1991). A peçonha seca foi mantida em temperatura ambiente ate o início dos experimentos.
  • 14. 7 Cromatografia de Exclusão Molecular Aproximadamente 10 mg da peçonha bruta foi solubilizada em 500uL da fase móvel, bicarbonato de amônia 50 mmol.L-1 mais cloreto de sódio 150 mmol.L-1 pH 7,5 a 25ºC. A amostra foi centrifugada a 14000 rpm durante um minuto e armazenada em banho de gelo até o momento do uso. O fracionamento da peçonha bruta de Crotalus durissus cascavella foi realizado em um sistema de FPLC usando duas colunas de exclusão molecular, Superose 12 HR10/30 (Pharmacia) em série. A coluna foi submetida a um fluxo de 0,5 mL.min-1 e equilibrada com 5 volumes de coluna da fase móvel. Após o equilíbrio 500uL da peçonha bruta solubilizada foi aplicada e foram coletados 500uL por fração. O perfil de eluição foi monitorado por detector ultravioleta em 280 nm. As frações coletadas foram estocadas a -20 °C até o momento do uso (Fig. 2). Determinação da Massa Molecular As proteínas usadas para calibração da coluna foram: Aprotinina (6.5 kDa), Citocromo C (17.4 kDa), Tripsinogênio (24 kDa), Ovalbumina (45 kDa), Albumina do soro bovino (66 kDa), Álcool Desidrogenase (150 kDa) e Beta Amilase (200 kDa) da Sigma foram usados para calibrar as duas colunas Superose 12 em serie em um sistema de FPLC. Foi aplicado 200 µg para cada proteína utilizada na calibração. Os pontos de calibração foram determinados em duplicata, e submetidos à regressão linear utilizando-se o programa Origin 5.0 (Tab. 1 e 2) Cromatografia em Fase Reversa Os tubos originados da cromatografia de exclusão molecular foram agrupados em quatro frações e aplicados em uma coluna C18 do tipo monolítica com dimensões de 4.6 x 100 mm (Chromolith da Merck) com macroporos de aproximadamente 2000 nm e mesoporos de 132 nm, utilizando como método, cromatografia de fase reversa em um sistema de HPLC. Foram utilizadas as seguintes fases movéis: fase móvel A (solução aquosa de TFA 0,1%) e fase móvel B (solução aquosa de 100 % de acetonitrila mais 0,1% de Acido trifluoroacético-TFA). As frações foram eluídas a um fluxo de 4.0 mL/min em gradiente linear de 0 a 100% de fase móvel B em 4 minutos. O perfil de eluição foi monitorado por detector ultravioleta em 340, 280 e 214 nm. As frações coletadas foram liofilizadas e estocadas à - 20º C (Fig 3). RESULTADOS E DISCUSSÃO Resultados de ambas as metodologias de cromatografia em fase mostram que o veneno de Crotalus durissus cascavella das regiões A e B contêm diferentes proporções do conteúdo de proteínas. O procedimento cromatográfico desenvolvido por exclusão se mostrou eficiente e permitiu acompanhar diferenças nos perfis de proteínas de serpentes da mesma espécie, vivendo em ambientes diferentes. A Figura 2 mostra os cromatogramas comparativos sobrepostos, obtida no curso de semi-purificação preparatória no SEC dos venenos de dois testes de serpentes região A e B. Dados para o tempo retenções comparativa (t M) e área relativa de cada pico da SEC de venenos das serpentes duas regiões, A e B, estão na tabela 1. Resultados de testes biológicos para a detecção de atividade de L-aminoácido oxidase, paro os dois de venenos estão na tabela 2. A Figura 3, mostra a amplitude dos picos par ambas as serpentes, observando-se que algumas proteínas se mostram comuns a elas (TM, 3,52 e 3,66), diferindo apenas na sua concentração, enquanto outras como TM 3,85 e 4,10 , se fizeram apenas presentes exclusivamente no veneno de uma região, e 4,0 presente na região do veneno B. Os elementos obtidos dos testes realizados elucidam a existência, de fato, de uma variação qualitativa e quantitativa nas peçonhas das serpentes das diferentes regiões, de modo que os gráficos apontam essa diferença, a medida que apresentam valores distintos quando submetidos a cromatografia. Essa distinção, se supõe, ser condicionada pelo ambiente ao qual essas serpentes estão relacionadas.
  • 15. 8 20 40 60 80 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Pico4 Pico3 Pico2 Pico1 Absorbance280nm(mAU) T im e (m im ) Figura 2: Cromatografia de exclusão da peçonha de duas serpentes de regiões diferentes. Regiões A (--) e B(-). Tabela 1: Variação de massa dos principais picos da cromatografia de exclusão das duas peçonhas de regiões diferentes. Picos Biomas (Da) 1 Region A 273 – 146 Region B 279 – 158 2 Region A 107 – 72 Region B 113 – 80 3 Region A 55 – 36 Region B 70 – 40 4 Region A 29 – 15 Region B 35 - 17 Tabela 2: Tempo de retenção e área relativa dos picos da cromatografia de exclusão das duas peçonhas de regiões diferentes Picos Biomas Tempo (mim) Area Relativa (%) 1 P. Caatinga 42,5 7.41% P.Mata 41,75 13,06% 2 P. Caatinga 48,25 7.64% P.Mata 48,20 3,61% 3 P. Caatinga 54,00 9.52% P.Mata 52,75 10,68% 4 P. Caatinga 57,75 74.77% P.Mata 57,25 72,60%
  • 16. 9 3 4 5 0 50 100 150 200 4,03 3,69 Absorbance280nm(mAU) Time (mim) a 3 4 5 0 50 100 150 200 4,03 3,69 Absorbance280nm(mAU) Time (mim) a 3 4 5 6 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 4,03 4,22 3,68 3,54 4,11 2,98 Asorbance280nm(mAU) Time (mim) b 3 4 5 6 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 4,03 4,22 3,68 3,54 4,11 2,98 Asorbance280nm(mAU) Time (mim) b 2 3 4 5 6 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 4,65 4,82 4,41 4,25 3,91 3,62 3,49 Absorbance280nm(mAU) Time (mim) d 2 3 4 5 6 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 4,65 4,82 4,41 4,25 3,91 3,62 3,49 Absorbance280nm(mAU) Time (mim) d 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 4,00 3,52 3,66 4,1 3,85 Absorbance280nm(mAU) Time (mim) c 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 4,00 3,52 3,66 4,1 3,85 Absorbance280nm(mAU) Time (mim) c Figura 3: Cromatografia em fase reversa obtida das frações da cromatografia de exclusão molecular das duas peçonhas de região diferentes. Região A ( -- ) e B (). (a) Pico 1, (b) pico 2, (c|) pico 3, (d) pico 4. CONCLUSÕES Os resultados obtidos mostraram que o conteúdo das peçonhas das serpentes da mesma espécie, Crotalus durissus cascavella, mas de populações que vivem em regiões distintas, diferem em seus perfis de proteínas. Ainda que não se possa afirmar se as proteínas estão presentes em baixas concentrações ou são exclusivas de algumas frações, algumas dessas proteínas podem ter uma função importante na patologia das peçonhas e poderiam ser resposta para as diferenças de sintomas causados por acidentes com essas serpentes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIPPAUX J.-P., Willians V., White J. 1991. Snake Venom Variability: methods of study, results and interpretation. Toxicon Vol. 29, No. I I , pp. 1279-1303. FMO Pinho, ID Pereira - Revista da Associação Médica Brasileira, 2001. FREITAS, M.A. Serpentes Brasileiras, Malha-de-sapo publicações, Lauro de Freitas/BA.2003. FRANCISCHETTI I. M.B., GOMBAROVITS M.E.C., VALENZUELA J. G. 2000. Intraspecific variation in the venoms of the South American rattlesnake (Crotalus durissus terrificus). Comparative Biochemistry and Physiology Part C 127 23–36. SANTOS M. C., ASSISB E. B.,´MOREIRA T. D., PINHEIRO J., FORTES-DIAS C. L. 2000. Individual venom variability in Crotalus durissus ruruima snakes, a subspecies of Crotalus durissus from the Amazonian region. Toxicon 46 958–961
  • 17. 10 RIQUEZA E ABUNDÂNCIA DA ENTOMOFAUNA NO VESPÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA Allan Rhalff Gomes Cerqueira¹; Geane Almeida de Oliveira²; Jane Moreira Costa³; Jaqueline Ribeiro de Carvalho4 e Maria José Santos Magalhães5 1. Bolsista auxílio técnico – UNDEC/UEFS, graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: anomallya@yahoo.com.br 2. Bolsista PROBIC/UEFS, graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: geanealmeida.bio@gmail.com 3. Graduanda em Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: janecosta2005@yahoo.com.br 4. Graduanda em Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: jaquelineribeirofsa@gmail.com 5. Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: mjose.fsa@gmail.com PALAVRAS-CHAVE: riqueza, abundância e entomofauna. INTRODUÇÃO Devido ao fato dos artrópodes serem bons indicadores da qualidade dos ambientes, por responderem rapidamente às alterações ambientais, e formarem um táxon altamente diverso, vêm sendo feita uma série de levantamentos com os representantes deste grupo. (LANDAU et al., 1999). Dentre os artrópodes, a classe mais abundante para este tipo de trabalho é a Insecta. Algumas das vantagens em se trabalhar com esta classe, é que seus representantes vivem em ambientes muito diversos, além de possuírem a capacidade vôo e um ciclo vital curto. Seu levantamento é relativamente fácil e de baixo custo, e os exemplares podem ser mantidos por um tempo indefinido, com um baixo custo econômico para a manutenção da coleção. Para a coleta de insetos existem diversas metodologias, que seguem basicamente duas classificações: ativa e passiva. Dentre as metodologias de coleta passiva se encontra a da armadilha conhecida como Malaise (TOWNES, 1972), que consiste num mecanismo de interceptação e condução dos espécimes até um recipiente contendo uma solução de álcool a 70% (GULLAN, 2005). Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento da abundância e riqueza da entomofauna no Vespário da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), no município de Feira de Santana, Bahia. MATERIAIS E MÉTODOS As coletas foram realizadas no Vespário da UEFS durante os meses de maio, junho e agosto, num total de 4 coletas. Para a coleta dos insetos, foram utilizadas armadilhas Malaise (TOWNES, 1972) de cor preta, que capturam os insetos através de uma interceptação e condução a um recipiente com uma solução de álcool a 70%. Para o presente trabalho foram utilizadas duas armadilhas, sendo que uma foi instalada ao nível do solo, embaixo de uma mangueira (família anacardiaceae), e a outra no topo de outra árvore da mesma família (Figura 1), distando uma da outra em cerca de três metros. Os frascos contendo o material coletado foram devidamente etiquetados e, posteriormente, triados em laboratório. Utilizando lupas para a identificação das amostras, a nível de ordem, a identificação foi feita utilizando as chaves de identificação presentes em Borror (1992), atentando para a inclusão da antiga ordem homóptera dentro da ordem hemiptera.
  • 18. 11 Figura 1. Malaise suspensa (A), e Malaise no solo (B). RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante o período de coleta, foram amostradas um total de 451 espécimes pertencentes às ordens de insetos Hymenoptera, Lepidoptera, Thysanoptera, Diptera, Orthoptera, Hemiptera, Coleoptera e Psocoptera. Do total de amostras, 34 delas corresponderam aos grupos Collembola e Aranea que apesar de não serem insetos, pertencem também ao grupo dos artrópodos e tiveram uma representatividade relativamente grande das amostras coletadas (Gráfico 1). Com a ordem Diptera, obteve-se a maior abundância (35,48%), seguida das ordens Hymenoptera (27%) e Lepidoptera (20,85%), enquanto as demais ordens (Thysanoptera, Orthoptera, Hemiptera, Coleoptera e Psocoptera) e os outros dois grupos de artrópodos (Collembola e Aranea) somaram 18,9% (Tabela 1). Segundo Campos et al. (2000), a armadilha Malaise vem sendo amplamente indicada para a captura das ordens Hymenoptera, Diptera e Thysanoptera. As duas primeiras ordens foram as que justamente tiveram uma maior abundância de espécimes amostradas, apesar da última apresentar um número menor (apenas sete espécimes). Este resultado para a ordem Thysanoptera pode ser decorrente das características ambientais do local de coleta, onde esta ordem pode não ter tanta representatividade, ou outra eventual explicação que não cabe ao objetivo deste trabalho. Gráfico 1. Representação da abundância e riqueza de ordens de insetos e dos dois grupos encontrados (collembola e aranea) Hymenoptera Lepidoptera Thysanoptera Diptera Orthoptera Hemiptera Coleoptera Psocoptera Collembola Araneae
  • 19. 12 Tabela 1. Número total e porcentagem de indivíduos capturados com armadilha Malaise durante o período de coleta, por ordem. Ordens Nº total de espécimes coletadas % (aproximado) Diptera 160 35,48 Hymenoptera 122 27 Lepidoptera 94 20,85 Thysanoptera 7 1,55 Orthoptera 3 0,66 Hemiptera 23 5 Coleoptera 17 3,79 Psocoptera 1 0,22 Collembola 16 3,55 Aranea 18 4 Total 451 100 Os resultados obtidos nesta pesquisa foram semelhantes aos encontrados por Dutra & Marinoni (1994) cuja ordem de maior abundância também foi Diptera (53 574 indivíduos), seguida das ordens Lepidoptera (3605 indivíduos) e Hymenoptera (1990 indivíduos). Além destas, foram coletados indivíduos das ordens Thysanoptera, Ephemeroptera, Odonata, Orthoptera, Isoptera, Plecoptera, Dermaptera, Psocoptera, Hemiptera-homoptera, Neuroptera, Coleoptera, Strepsiptera e Trichoptera. Bonatto e Filho (2007) realizaram um levantamento entomofaunístico, utilizando a armadilha Malaise para coleta das amostras, com o objetivo de identificar as ordens mais freqüentes. Os resultados não foram muito diferentes, uma vez que as ordens mais abundantes foram Diptera, Hymenoptera, Coleoptera, Lepidoptera e Hemiptera-Homoptera, respectivamente. Resultados muito semelhantes foram obtidos também por Santos et al. (2007), cujas ordens mais abundantes foram Diptera (46.279 amostras), Hymenoptera (4.886 amostras) e Hemiptera-Homoptera (1.665 amostras). Por fim, foram coletados um total de 451 amostras, distribuídas em 8 ordens de insetos e 2 grupos de artrópodos (Collembola e aranea). A ordem com maior abundância foi a Diptera, semelhante ao que foi encontrado em outras pesquisas voltadas para o estudo da entomofauna utilizando a armadilha Malaise. REFERÊNCIAS BONATTO, S. R. & FILHO, M. N. 2007. Levantamento entomofaunístico e acompanhamento da diversidade de insetos em área agrícola inserida em uma área de proteção ambiental. Rev. Bras. Agroecologia, v.2, n.1, fev. BORROR, Donald J; TRIPLEHORN, Charles A; JOHNSON, Norman F. 1992. An introduction to the study of insects. 6. ed Fort Worth: Harcourt Brace College Publishers, cl. CAMPOS, W.G.;PEREIRA,D.B.S.;SHOEREDER, J.H. 2000. Comparison of the efficiency of flight- interception trap models for sampling Hymenoptera and others insects. An Soc. Entom.Bras., Londrina, vol. 9 (2), p. 381-389.jun. DUTRA, R.R.C. & MARINONI, R.C. 1994. Insetos capturados com armadilha Malaise na Ilha do mel, Baía de Paranaguá, Paraná Brasil, composição de ordens. Revista brás. de Zoologia.11 (2):227-245. GULLAN, P. J.; CRANSTON, P. S. c2005. The insets: an outline of entomology. 3. ed. Oxford: Blackwell Publishing. LANDAU, D.; COLWELL, D.; CARLTON, C.E.1999. Intensive versus long-term sampling to assess lepdopteran diversity un a Southernmixed mesophytic forest. Annals of the Entomological Society of America, v.92, n.3,p. 435-441. SANTOS, C.P. dos; RESTELLO, R.M.; MARTINELLO, J.P. 2007. Abundância e riqueza da entomofauna de uma área natural no norte do Rio Grande do Sul. Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil, 23 a 28 de Setembro de 2007, Caxambu - MG TOWNES, H. 1972. A light-weight Malaise trap. Entomological News, Philadelphia, v. 83, p. 239-247.
  • 20. 13 CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE LINHAGENS DE SACCHAROMYCES CEREVISIAE ISOLADAS DE CACHAÇARIA DA BAHIA Ana Carolina B. Gonçalves1 ; Aristóteles Góes Neto2 ; Alice Ferreira da Silva3 ; Ana Paula Trovatti Uetanabaro4 1. Bolsista PIBIC/FAPESB, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: ana.carolinabio@hotmail.com 2. Aristóteles Góes-Neto, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: arigoesneto@yahoo.com.br 3. Programa de Pós Graduação em Biotecnologia, UEFS/FIOCRUZ, e-mail: alice_fsilva@yahoo.com.br 4. Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), e-mail: anapaula.uetanabaro@pq.cnpq.br PALAVRAS-CHAVE: Cachaça artesanal, diferenciação infra-específica, microsatélite. INTRODUÇÃO No Brasil, o caldo-de-cana é utilizado para produzir uma bebida destilada muito popular, denominada cachaça. Obtida a partir do mosto fermentado de cana-de-açúcar, a sua composição é complexa, composta principalmente de água e álcool etílico em proporções variáveis. O seu sabor e aroma característicos são formados durante a fermentação alcoólica e durante o envelhecimento (LEHTONEN; JOUNELA-ERIKSSON, 1983). A produção de cachaça no Brasil data do início da colonização. Contudo, até 1945, as empresas eram rurais e rudimentares, não havendo características regionais e/ou padrões. Porém, a produção aumentou bastante e, desde então o processo de produção vem sendo aperfeiçoado e melhorado, o que tem acarretado melhorias no rendimento, produtividade e qualidade do produto final (PATARO et al., 2002). Estudos indicam que a padronização na qualidade da cachaça resultaria em melhor aceitação do produto tanto por consumidores, como por novos apreciadores, criando condições para aumentar o volume de exportações (BOZA; HORII, 1998). A melhoria da qualidade da cachaça e o aumento na eficiência do processo produtivo passam, necessariamente, pela seleção de uma ou mais leveduras apropriadas ao processo. A identificação e o estudo da diversidade das leveduras associadas à produção de cachaça são informações importantes para a determinação do papel destes microrganismos nos vários estádios da fermentação, buscando a tipificação tecnológica para o desenvolvimento de linhagens iniciadoras (PATARO et al, 2002). As características fenotípicas, usadas na sistemática de leveduras, têm sido combinadas com o emprego de técnicas moleculares, que possibilitam o acompanhamento da dinâmica de populações dos microrganismos durante o ciclo fermentativo. Desta forma, é possível verificar a influência de parâmetros como nutrientes, temperatura e aeração das dornas no surgimento ou desaparecimento de espécies e/ou linhagens e correlacionar estes fatores com a qualidade da cachaça produzida (VERSAVAUD et al., 1995; PATARO et al., 2000; GUERRA et al., 2001). Assim, este trabalho teve como objetivo caracterizar infra-especificamente as linhagens de Saccharomyces cerevisiae isoladas de uma cachaçaria do semi- árido baiano. METODOLOGIA 1) Isolados de leveduras estudados A coleta, isolamento e identificação bioquímica das leveduras utilizadas no presente estudo foram realizados durante o projeto de Mestrado de Alice Ferreira da Silva – PPGBIOTEC – UEFS/FIOCRUZ-BA. 2) ISSR (Inter Sample Sequence Repeat) Para amplificação pela reação de PCR, os DNAs totais das linhagens foram extraídos a partir de modificação do protocolo de DOYLE E DOYLE (1987). Os isolados cresceram em placas de Petri contendo meio ágar Sabouraud (glicose 2%, peptona 1%, extrato de levedura 0,5%, ágar 2%, cloranfenicol 0,01%) e após 48h, as células foram transferidas para criotubos (capacidade de 2 mL) contendo 1,5mL de YPD (extrato de levedura 1%, peptona 2%, glicose 2%) e incubadas por 18h, a 27°C e 180 rpm. Centrifugou-se as células a 13.000 rpm por 10min., descartou-se o sobrenadante, adicionou-se água ultra-pura estéril,procedeu-se a homogeneização da suspensão e uma nova centrifugação. Em seguida, adicionou-se 650 µL de CTAB e os criotubos foram colocados em banho-maria a 65°C por 1h.
  • 21. 14 Adicionou-se 650 µL da solução clorofórmio-álcool isoamílico (24:1 v/v), em seguida, os tubos foram colocados na placa agitadora por 10 min, e centrifugados a 13.000 rpm por 10 min. Aspirou-se o sobrenadante, transferindo-o para tubos estéreis de 1,5 mL. Adicionou-se isopropanol gelado em igual volume e os tubos foram estocados a -80°C por 10 minutos. As amostras foram então centrifugadas a 13.000 rpm por 10 min, e após descartado o sobrenadante, adicionou-se 1 mL de etanol 70% e procedeu- se a homogeneização. Em seguida, os tubos foram novamente centifugados a 13.000 rpm por 10 min, sendo esta etapa repetinda por mais duas vezes, seguida pela lavagem com etanol 70%. Por fim, após a secagem do material, adicionou-se 55 µL de H2O ultrapura estéril. O DNA foi ressuspendido e, em seguida, armazenados a -20ºC. A reação de PCR, modificado a partir de SILVA-FLHO (2003), foi realizada em uma mistura de 14,62 µL de H2O destilada, 2,5 µL de tampão PCR e BSA (soro albumina bovina), 1 µL de mistura de dNTP, 2 µL do iniciador GTG5 - (5‘- GTG GTG GTG GTG GTG -3‘), 1,25 µL de MgCl2, 0,13 µL de Taq Polimerase e 1 µL de DNA. Com o iniciador GTG5 (5‘- GTG GTG GTG GTG GTG -3‘), o termociclador foi programado para um ciclo de desnaturação de cinco minutos a 94°C seguido de 40 ciclos de desnaturação a 94°C por 15 segundos, anelamento a 55°C por 45 segundos, extensão a 72°C por 90 segundos e extensão final a 72°C por seis minutos. Os produtos de amplificação foram separados por eletroforese em gel de agarose 2%; submetidos a 7,5 volts/cm por 150 minutos em tampão TBE 0,5X, corados em brometo de etídeo, visualizados em transluminador ultravioleta e fotografados. 3) RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism) O DNA mitocondrial foi purificado conforme modificação do protocolo de Querol e colaboradores (1992). As células foram cultivadas em 5 mL de meio YPD (1% extrato de levedura, 2% peptona, 1% glicose) por 18 horas e 150 rpm a 25°C. Após esta etapa o material foi centrifugado a 3000 rpm por 15 minutos. Descartou-se o meio de cultivo e lavou-se o material com 5 mL de H2O ultrapura estéril, colocando-os no agitador de tubos, seguido de centrifugação a 3000 rpm por 15 min. e descartando-se o sobrenadante. O sedimento foi ressuspendido em 500 µL de uma solução de enzima lítica de Rhizoctonia solani (25 mg/mL em 1M sorbitol, 0,1 M EDTA, pH 7,5). As amostras foram colocadas em banho-maria a 45°C por 2 horas. O material foi centrifugado a 8000 rpm por 10 minutos, descartando o sobrenadante na sequência. Resuspendeu-se o sedimento em 500 µL de Tris-HCl 1M e EDTA 0,5mM, pH 7,4; e foram adicionados 13 µL de SDS 10%, incubados a 65°C por 5 minutos e em seguida os criotubos foram mantidos em gelo. Adicionou-se 200 µL de acetato de potássio 5M homogeneizando as amostras e mantendo-as no gelo por 10 minutos. Centrifugou-se por 15 minutos a 14000 rpm e o sobrenadante foi transferido para um tubo previamente identificado já contendo 700 µL de isopropanol, e mantendo-se por 10 minutos em temperatura ambiente. Uma nova centrifugação foi realizada a 12000 rpm por 10 minutos, descartou-se o sobrenadante, o DNA foi novamente lavado com 500 µL de etanol 70%, e centrifugado por 5 minutos a 12000 rpm,seguido de descarte do sobrenadante. O DNA foi seco a 37 °C e o pellet ressuspendido em 20 µL de H2O ultrapura estéril. Fez-se a digestão do DNA mitocondrial com um mix para cada amostra contendo 1 µL de enzima de restrição Hinf I, 2 µL de tampão da mesma enzima, 1 µL de RNAse e 6 µL de água ultrapura estéril. Adicionou-se 10 µL do mix em cada tubo de microcentrífuga e, em seguida, foi acrescentado 10 µL do DNA à mistura. A incubabação foi realizada por 6 horas a 37 °C. A eletroforese foi realizada em gel de agarose (1%), TBE (Tris-borato 45 Mmol /L, 1 mmol/L EDTA, pH 8); Brometo de etídeo e visualização no transluminador UV. RESULTADOS E DISCUSSÃO As 36 leveduras utilizadas neste estudo tiveram suas regiões internas de seqüência simples repetidas (ISSR) amplificadas por reação de polimerase em cadeia (PCR) utilizando o GTG5 (5‘- GTG GTG GTG GTG GTG -3‘) como iniciador, de acordo com SILVA-FILHO (2003). Observou-se 25 diferentes perfis moleculares (―A‖ – ―Z‖), sendo o perfil ―A‖ o predominante, tendo aparecido nos tempos T0, T3 e T4, somando o total de 8 amostras com perfil tipo ―A‖ (22% da população). A prevalência do perfil ―A‖ pode ser devido à melhor adaptação desta cepa às condições encontradas no processo fermentativo. A técnica para detecção de polimorfismo por comprimento de fragmento de restrição (RFLP) do DNA mitocondrial (RFLP-mtDNA) foi empregada segundo uma modificação de Querol et al. (1992) e foram obtidos, das 36 leveduras, 7 grupos de perfis moleculares (―a – g‖). Dentre os perfis observados, o
  • 22. 15 perfil molecular ―a‖ (19,44% da população) foi o predominante aparecendo pelo menos uma vez em cada um dos tempos de coleta. Os autores Silva-Filho (2003) e Bernardi (2007) explicam que a variabilidade dos perfis moleculares obtidos pela técnica de ISSR é influenciada pela temperatura de anelamento do oligonucleotídeo com a região de microsatélite desejada no DNA durante a reação de polimerase em cadeia (PCR). Além disso, os padrões de banda no ISSR podem ser afetados por parâmetros como o tipo e concentração do iniciador escolhido, concentração e pureza do DNA molde e magnésio (MEYER e MITCHELL, 1995). Provavelmente por estes motivos, foi observado maior número de perfis distintos na técnica baseada em reação por cadeia de polimerase (PCR). A análise de restrição do DNA mitocondrial (mtDNA-RFLP) é uma das técnicas mais usadas no momento devido à sua alta reprodutibilidade, além de ser uma técnica simples, confiável, rápida e com melhor custo-eficácia. Também tem sido empregada em trabalhos que visam a diferenciação entre linhagens de leveduras isoladas do mesmo mosto e para monitorar a persistência e prevalecência de uma linhagem específica durante o desenvolvimento do processo fermentativo (ARAÚJO, et al.2007). Observou-se, através das técnicas utilizadas no presente trabalho, um alto grau de variação alélica nos microssatélites das linhagens de S. cerevisiae analisadas. Estas técnicas, bem como outras também baseadas em polimorfismo de DNA, têm sido combinadas por pesquisadores para o melhor acompanhamento da diversidade intraespecífica de linhagens durante o ciclo fermentativo (BALEIRAS COUTO et. al. 1996; PATARO, C. 2000; GUERRA, J. B., 2001; ARAÚJO, A. C. et al. 2007; OLIVEIRA et. al, 2008). Segundo Guerra et al. (2001) é possível que a diversidade molecular encontrada em linhagens de S. cerevisiae se deva às características seletivas únicas do processo fermentativo da cachaça como: ciclo fermentativo curto (em torno de 24-36 h), elevadas temperaturas ambientais, elevada concentração alcoólica ao final do processo e ciclos fermentativos diários que duram de quatro a seis meses. A autora afirma ainda que as variações nos lócus hipervariáveis de cada linhagem devem acontecer pelo acúmulo de pequenas mutações nestas leveduras durante o sistema em fermentação, ou devido ao cruzamento mitótico entre os isolados. CONSIDERAÇÕES FINAIS As duas técnicas utilizadas para a diferenciação infra-específica das linhagens de Saccharomyces cerevisiae isoladas de uma destilaria do semi-árido baiano foram capazes de detectar o alto grau de polimorfismo encontrado no mosto durante o ciclo fermentativo. Através das metodologias aplicadas observou-se a presença de pelo menos um perfil dominante durante todo o ciclo fermentativo sugerindo que estas linhagens foram mais aptas às condições encontradas no sistema. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, R.A.C., F.C.O. GOMES., E.S.A. MOREIRA., P.S. CISALPINO & A.C. ROSA. 2007. Monitoring Saccharomyce cerevisiae populations by mtDNA restriction analysis and other molecular typing methods during spontaneous fermentation for production of the artisanal Cachaça. Brazilian Journal of Microbiology 38:217-223. BALEIRAS-COUTO, M. M., B. EIJSMA., H. HOFSTRA., J.H.J. HUIS IN‘T VELD.,J.M.B.M. VAN DER VOSSEN. 1996. Evaluation of molecular typing techniques to assign genetic diversity among Saccharomyces cerevisiae strains. Applied and Environmental Microbiology v. 62 p. 41-46. BERNARDI, T.L. 2007. Técnicas moleculares para a caracterização de Saccharomyces cerevisiae associadas à produção de cachaça. Universidade Federal de Lavras. Lavras. Dissertação de Mestrado. GUERRA, J.B., R.A.C ARAÚJO., C. PATARO., G.R. FRANCO, E.S.A MOREIRA. L.C. MENDONÇA-HAGLER & C.A. ROSA. 2001. Genetic diversity of Saccharomyces cerevisiae strains during the 24 h fermentative cycle for the production of the artisanal Brazilian cachaça. Letters in Applied Microbiology. 33, 106-111. MEYER, W.; T. G. MITCHELL. 1995. Polimerase chain reaction fingerprinting in fungi using single primers specifc to minisatellites and simple repetitive DNA sequences: Strain variation in Cryptococcus neoformans. Electrophoresis v. 16 p. 1648-1656. OLIVEIRA, V. A. et al. 2008. Biochemical and Molecular Characterization of Saccharomyces cerevisiae strains obtained from sugar-cane juice fermentations and their impact in cachaça production. Applied and Environmental Microbiology 693-701.
  • 23. 16 PATARO, C., J.B. GUERRA., M.L. PETRILHO-PEIXOTO., L.C. MENDONÇA-HAGLER., V.R. LINARDI & C.A ROSA. 2000. Yeast communities and genetic polymorphism of Saccharomyces cerevisiae strains associated with artisanal fermentation in Brazil. Journal and Applied Microbiology 89: 24-31. PATARO, C. et al. 2002. Trehalose accumulation, invertase activity and physiological characteristics of yeasts isolated from 24 h fermentative cycles during the artisanal Brazilian cachaça. Brazilian Journal of Microbiology 33 202-208. QUEROL, A., E. BARRIO., D. RAMON. 1992. A comparative study of different methods of yeast strain characterization. Systematic and applied microbiology 15(3): 439-446. SILVA-FILHO, E. A. 2003. Caracterização genética de populações de leveduras de destilarias de Álcool combustível para otimização do processo de fermentação. Universidade Federal de Pernambuco. Recife. Tese de Doutorado.
  • 24. 17 ESTUDOS ANATÔMICOS DESENVOLVIDOS NO LABORATÓRIO DE MICROMORFOLOGIA VEGETAL (LAMIV), UEFS Ana Paula Conceição Silva1 ; Flaviane Leite Araujo2 ; Marina Santos de Assis3 ; Cláudia Elena Carneiro4 (1) Bolsista Plantações Michelin da Bahia Ltda., Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, e-mail: anapaula.csilva1@gmail.com (2) Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, e-mail: flaviane.araujo@gmail.com (3) Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, e-mail: marinaassis2005@hotmail.com (4) Orientadora, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Micromorfologia Vegetal, Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, e-mail: cecarneiro@gmail.com PALAVRAS-CHAVE: anatomia vegetal, Sapotaceae, Bahia. INTRODUÇÃO O Laboratório de Micromorfologia Vegetal (LAMIV) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) foi fundado em 1995 pela Professora Néa Andrade de Macêdo, a qual foi a sua primeira coordenadora. Atualmente, o LAMIV está sob a coordenação da Profa. Dra. Cláudia Elena Carneiro, sendo o local de desenvolvimento de pesquisas tanto de iniciação científica como também de pós- graduação. O referido laboratório tem como linhas de pesquisa a palinologia e a anatomia vegetal, sendo esse último o foco da realização deste trabalho. Além disso, o laboratório também subsidia trabalhos em florística e fenologia desenvolvidos em uma Reserva de Mata Atlântica na Bahia. Os estudos em anatomia vegetal, segundo Appezzato-da-Glória (2006), podem auxiliar a compreensão de vários fenômenos relacionados ao corpo vegetal, bem como os estudos de identificação taxonômica. Assim, o desenvolvimento de pesquisas relacionadas à estrutura interna da planta apresenta não apenas um caráter descritivo, mais também de cunho taxonômico. As pesquisas desenvolvidas no LAMIV na área de anatomia vegetal têm como ênfase os representantes da família Sapotaceae. Essa família é atualmente posicionada na ordem Ericales (Souza & Lorenzi, 2005) e compreende 53 gêneros com aproximadamente 1.250 espécies, concentradas principalmente nas Américas, Ásia, região do Pacífico e África (Monteiro et al. , 2007). No Brasil ocorrem 14 gêneros e cerca de 200 espécies, principalmente na Floresta Amazônica (Souza & Lorenzi, 2005). A família inclui diversas plantas frutíferas, como o abiu (Pouteria spp.), o sapoti (Malnilkara spp.), o abricó-de-praia (Manilkara subsericea (Mart) Dubard) e diversas árvores que produzem madeiras de boa qualidade como a maçaranduba (Manilkara spp.). Nas florestas estacionárias é comum o aguaí (Chrysophyllum gonocarpum (Mart & Eichler) Engl) (Souza & Lorenzi, 2005). O presente trabalho teve como objetivo principal a divulgação das pesquisas com espécies de Sapotaceae em nível de iniciação científica desenvolvidas no LAMIV, no que tange a anatomia vegetal, no intuído de subsidiar outras investigações nessa área, uma vez que esses conhecimentos são utilizados para entender o funcionamento do corpo da planta bem como nos estudos de identificação de espécies aplicados na taxonomia vegetal. MATERIAL E MÉTODOS A realização de estudos em anatomia vegetal no LAMIV é desenvolvida através da aplicação de técnicas usuais utilizadas nessa área. Atualmente, o órgão da planta usado para a investigação das características anatômicas é a folha, coletada principalmente de espécies herborizadas depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS), pertencentes ao Projeto Flora da Bahia, desenvolvido por pesquisadores da instituição, e também materiais frescos coletados em diversas localidades da Bahia. Primeiramente, as amostras do material herborizado são submetidas ao processo de reidratação com água destilada e algumas gotas de glicerina sendo submetidas à fervura em manta aquecedora. Em seguida, são conservadas em álcool etílico a 70%. Quando utilizadas amostras frescas, essas são diretamente conservadas em álcool etílico a 70%. Após esse processo, as amostras são submetidas a
  • 25. 18 outros procedimentos para a obtenção dos dados anatômicos como: (i) obtenção da epiderme, (ii) secções transversais e longitudinais para a identificação das estruturas internas e (iii) diafanização. Obtenção da epiderme Para a análise da epiderme utilizou-se o método de Jeffrey (Macêdo, 1997), sendo as folhas segmentadas transversalmente, com o intuito de retirar o mesofilo, o que promove o descolamento das epidermes abaxial e adaxial da folha. Posteriormente, as amostras de epiderme obtidas foram coradas com Safranina a 1%. Secções transversais e longitudinais (Identificação das estruturas internas) Para a análise da estrutura interna da lâmina foliar e do pecíolo foram realizadas secções à mão livre ou com o auxílio de micrótomo rotativo. As secções à mão livre foram realizadas nas regiões basal, mediana e apical da lâmina foliar e no pecíolo; os cortes obtidos foram clarificados com Hipoclorito de Sódio PA. a 4-6% , permanecendo de 15 a 35 minutos (variando a depender da espécie e da espessura da folha), sendo em seguida corados com Safranina e Azul de Astra (Kraus & Arduin, 1997). O processo de emblocamento para secção em micrótomo rotativo seguiu o protocolo descrito por Meira & Martins (2003), com adequações quando necessário. As folhas, após serem retiradas do álcool 70%, foram submetidas à desidratação em uma série etílica crescente – álcool etílico a 80%, 90% e 100% - e, em seguida, álcool etílico a 100% mais resina pura (1:1), com permanência de duas horas em cada etapa. Após esse procedimento, o material foi inserido em resina ativada por 24 horas e conservado sob refrigeração. Depois de desidratado, o material foi emblocado em resina (resina ativada + endurecedor) nos moldes de polietileno e levados a estufa histológica a uma temperatua de aproximadamente 36° C, por 72 horas. Em seguida, os blocos foram montados em suportes de madeira sendo levados ao microtomo, onde foram realizados os cort espessuara sendo, posteriormente, corados com azul de toluidina 1%. Diafanização Para estudos mais detalhados sobre a vascularização das folhas foi necessário uma maior transparência do material, neste caso, empregou-se a técnica de diafanização com adequações para as especias estudadas. Entre os dianifazores mais utilizados, temos o hidrato de cloral e hidróxido de sódio que se utilizam em solução aquosa. Neste procedimento as folhas foram colocadas inteiras imersas em um recipiente contendo as substâncias citadas, com um tempo especifico para da espécie, até alcançar descoloração total. Todas as amostras obtidas, após serem coradas, foram montadas em preparações semi- permanentes e/ou permanentes as quais são analisadas em microscopia óptica e fotomicrografadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO Como resultados dos trabalhos desenvolvidos no LAMIV na área da anatomia vegetal, temos o levantamento de características anatômicas da estrutura foliar e pecíolo de diversos gêneros da família Sapotaceae, dentre eles Chrysophyllum Mast, Diploon Cronquist, Ecclinusa Mart., Manilkara Adans, Micropholis (Grisebach) Pierre, Pouteria Aublet, Sarcaulus (A.DC.) Eyma e Sideroxylon L. desenvolvidos por alunos da graduação, que participam de projetos de iniciação científica com o apoio de instituições fomentadoras à pesquisa, como CNPq, FAPESB, UEFS e Plantações Michelin da Bahia LTDA. As características anatômicas identificadas nos estudos são, geralmente, os tipos de feixe vascular (Figura 1A); presença de estruturas secretoras (Figura 1B) caracterização da epiderme foliar no que se refere aos tipos de estômatos e aspectos das células epidérmicas (Figura 1C-D); tipo de mesofilo (Figura 1E): ausência/presença e tipos de tricomas (Figura 1F). Essas características quando combinadas são importantes para a singularização das espécies. As estruturas anatômicas citadas para a família Sapotaceae são importantes para diferenciação das espécies e são de grande valia para estudos taxonômicos, uma vez que dentro da família Sapotaceae alguns grupos são de difícil circunscrição com base em características morfológicas externas (Pennington, 1990). Os estudos presentes com os gêneros de Sapotaceae, desenvolvidos no LAMIV, são em sua maioria de caráter pioneiro, uma vez que não há literatura específica com descrições anatômicas da
  • 26. 19 estrutura foliar dos gêneros citados, com exceção de Pouteria, que recentemente foi fonte de estudos anatômicos da Flora do Rio de Janeiro. Os dados obtidos a partir das análises e identificação das características anatômicas para os gêneros da família Sapotaceae, são aplicados nos estudos taxonômicos do grupo, sendo estes dados utilizados para confecção de chaves de identificação, principalmente para aqueles grupos cuja identificação com base em características morfológicas externas, não são suficientes para sua elucidação. Assim ressalta-se a importância da utilização das características micromorfológicas como uma ferramenta a ser utilizada em estudos de caráter taxonômico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S.M. (eds.) 2006. Anatomia Vegetal. Viçosa, Editora UFV, 438p. KRAUS, J.E. & ARDUIN, M. 1997. Manual Básico de Métodos em Morfologia Vegetal. Seropédica, Editora Edur, 198p. MACÊDO, N.A. 1997. Manual de Técnicas em Histologia Vegetal. Feira de Santana, Universidade Estadual de Feira de Santana, 98p.
  • 27. 20 MEIRA, R.M.S.A & MARTINS. F.M. 2003. Inclusão de Material Herborizado em Metacrilato para Estudos de Anatomia Vegetal. Revista Árvore 27(1): 109-112. MONTEIRO, M.H.D.A; NEVES, L.J. & ANDREATA, R.H.P. 2007. Taxonomia e anatomia das espécies de Pouteria Aubl. (Sapotaceae) do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Pesquisas Botânicas n° 58: 7-118. PENNINGTON, T.D. 1990. Flora Neotropica - Sapotaceae. New York, New York Botanical Garden, 708p. SOUZA, V.C. & LORENZI, H. (eds.) 2005. Botânica Sistemática. Guia Ilustrado para identificação das Angiospermas da Flora Brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa, Instituto Plantarum, 704p.
  • 28. 21 EFEITO DE AGENTES OSMÓTICOS NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE SYNGONANTHUS MUCUGENSIS GIUL. SUBSP. MUCUGENSIS1 Bruno Freitas Matos Alvim1 ; José Raniere Ferreira de Santana2 ; Mara Márcia Sampaio Albuquerque3 e Alone Lima-Brito4 1. Bolsista PROBIC/CNPq, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: brunoalvim18@hotmail.com 2. Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: raniere@uefs.br 3. Bolsista PIBIC/CNPq, Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: mara_fsa@hotmail.com 4. Programa de Pós Graduação em Botânica, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: lima_brito@yahoo.com.br PALAVRAS-CHAVE: sempre-viva; cultivo in vitro; crescimento mínimo; conservação ex situ. INTRODUÇÃO Syngonanthus mucugensis Giul. subsp. mucugensis é uma eriocaulácea com potencial de utilização no comércio de flores secas pois suas inflorescências mantém o aspecto in natura mesmo depois de coletadas, constituindo uma importante fonte de renda para a população da Chapada Diamantina, Bahia (Parra, 2000; Ramos, 2005). Apesar de ocorrer em uma área de preservação ambiental, encontra-se em risco de extinção em conseqüência da exploração extrativista que sofreu nas últimas décadas (Ramos, 2005). O crescimento mínimo in vitro é uma estratégia de conservação ex situ que garante a manutenção da integridade genética e biológica da espécie, apresentando diversas vantagens sobre o processo de conservação de germoplasma no campo, entre elas destacam-se: necessidade de menor espaço para manter a coleção; manutenção de material vegetal livre de patógenos; disponibilidade de material para ser imediatamente propagado; além da redução dos custos financeiros, entre outros (Dorion et al., 1991). A conservação in vitro pode ser obtida pela adição de agentes osmóticos no meio de cultura, como os carboidratos, que reduzem a disponibilidade de água e nutrientes para a planta, induzindo o crescimento mínimo das plantas. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da sacarose, manitol e sorbitol na conservação in vitro de S. mucugensis subsp. mucugensis. MATERIAL E MÉTODOS Os brotos micropropagados de S. mucugensis subsp. mucugensis, obtidos conforme metodologia proposta por Lima-Brito et al., (2007) foram inoculados em meio de cultura MS (Murashige & Skoog, 1962) com metade da concentração salina (MS½) suplementado com 60g.L-1 de sacarose e 15, 30, 45 g.L- 1 de sacarose combinados com 0 e 15g.L-1 de sorbitol ou manitol, em um delineamento experimental inteiramente casualizado. Cada tratamento foi composto de 10 parcelas com 4 amostras cada. As culturas foram mantidas em câmara do tipo B.O.D. à 18ºC e fotoperíodo 16 horas. Aos seis meses de armazenamento foram analisadas as variáveis: porcentagem de sobrevivência das plantas (%S), porcentagem de folhas verdes (%FV), comprimentos da parte aérea (CPA) e da maior raiz (CR), porcentagem de plantas com broto (%B), número de brotos por planta (NB) e comprimento dos brotos (CB). RESULTADOS E DISCUSSÃO Não foram obtidas diferenças significativas entre os tratamentos com 15 e 30g.L-1 de sacarose para CPA e CR, sendo observada uma redução dessas variáveis com o aumento da concentração de sacarose para 45 e 60g.L-1 ou com a utilização de sacarose combinada com manitol ou sorbitol (Tabela 1). Estes resultados indicam que os carboidratos, quando utilizadas em altas concentrações diminuem o potencial hídrico do meio de cultura, o que inibe a absorção de água e nutrientes pelo explante reduzindo o crescimento in vitro (Caldas et al., 1988; Engelmann, 1991). 1 Apoio Financeiro: FAPESB, CNPq
  • 29. 22 Embora tenha sido observado um decréscimo do CPA e do CR em resposta a redução do potencial hídrico do meio de cultura esta metodologia não é indicada para a conservação in vitro de S. mucugensis subsp. mucugensis visto que o aumento da concentração de carboidratos no meio reduziu a viabilidade das plantas. As médias para %S obtidas em meio suplementado com 15 e 30g.L-1 de sacarose e 15g.L-1 de sacarose combinada com 15g.L-1 de sorbitol ou manitol não diferiram entre si, sendo significativamente superiores aos demais tratamentos. Para %FV o melhor resultado foi encontrado no tratamento que continha 15g.L-1 de sacarose, seguido dos meios suplementados com 30g.L-1 de sacarose e 15g.L-1 de sacarose combinado com sorbitol (Tabela 1). Os piores resultados para %FV e %S foram obtidas em meio contendo manitol, quando comparados com os meios suplementados com sacarose ou sacarose e sorbitol (Tabela 1), o que demonstra a ação deste carboidrato como agente osmótico, reduzindo o potencial hídrico do meio de cultura e consequentemente a viabilidade das plantas cultivada in vitro. Tabela 1. Efeito de diferentes concentrações dos agentes osmóticos sacarose, sorbitol e manitol na conservação in vitro de Syngonanthus mucugensis Giul. subsp. mucugensis CPA- Comprimento da parte aérea; CR- Comprimento da maior raiz; S- folhas senescentes; FV- folhas verdes; B- n° de plantas com brotos; NB- n° de brotos por explante; CB- comprimento dos brotos. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si ao nível Tukey (5%) A redução na sobrevivência das plantas foi observada com o aumento na concentração de carboidrato a partir de 45 g. L-1 e 30 g. L-1 de sacarose quando combinadas com sorbitol ou manitol. Esses resultados corroboram Ledo (2007), em um estudo sobre o efeito da sacarose e manitol na conservação in vitro de coqueiro anão (Cocos nucifera L.). Os melhores resultados para sobrevivência dos brotos e número de brotos por explante foram obtidos nos tratamentos 30 g.L-1 de sacarose combinados com 15g.L-1 de manitol ou sorbitol, sendo que para número de brotos, não houve diferença entre este tratamento e o meio suplementado com 15 g.L-1 de sacarose combinados com manitol. É provável que a produção de brotos in vitro em S. mucugensis subsp. mucugensis a partir de planta intacta esteja relacionada ao estresse osmótico causado pela adição de carboidratos ao meio de cultura. Entretanto não foram encontradas altas taxas de %B, NB e CB nos meios com menor potencial hídrico, o que deve estar relacionado a redução da viabilidade das plantas nestes tratamentos As médias mais significativas para comprimento dos brotos foram obtidas com 15 e 30 g. L-1 de sacarose combinadas com 15 g.L-1 de sorbitol e 30 g. L-1 de sacarose combinadas com 15 g. L-1 de manitol (Tabela 1). Resultados similares foram encontrados por Faria et al. (2006) na conservação de Passiflora giberti,que obteve nessas mesmas concentrações de sacarose combinados com sorbitol os maiores comprimentos das brotações. Os resultados indicam que os reguladores manitol e sorbitol, não são eficientes na conservação in vitro de S. mucugensis subsp. mucugensis. CONCLUSÃO A conservação in vitro de S. mucugensis subsp. mucugensis pode ser feita em meio de cultura MS½ contendo 15g.L-1 de sacarose, por até seis meses, sem subcultivo. Agente osmóticos (g.L-1 ) Sacarose Sorbitol Manitol CPA(mm) CR (mm) S(%) FV(%) B (%) NB CB (mm) 15 - - 27,30 a 28,70 a 97,50 a 89,15 a 7,50 c 0,40 b 1,40 b 30 - - 23,40 a 23,40 a 97,50 a 71,75 a 10,00 c 0,70 b 1,00 b 45 - - 12,50 b 12,50 b 68,00 b 34,22 b 12,50 c 0,88 b 0,90 b 60 - - 6,90 d 7,00 c 42,50 c 15,00 c 2,50 c 0,03 b 0,30 b 15 15 - 21,70 a 24,70 a 92,50 a 73,88 a 22,50 b 0,75 b 2,50 a 30 15 - 17,50 b 18,80 b 65,00 b 38,13 b 37,50 a 1,38 a 3,50 a 45 15 - 6,20 d 4,30 c 25,00 c 9,33 c 7,50 c 0,33 b 0,90 b 15 - 15 15,90 b 26,00 a 90,00 a 51,38 b 20,00 b 1,78 a 1,30 b 30 - 15 12,60 c 18,20 b 60,00 b 27,25 b 35,00 a 1,65 a 2,90 a 45 - 15 4,50 d 5,00 c 22,50 c 8,75 c 15,00 b 0,45 b 1,30 b
  • 30. 23 REFERÊNCIAS Caldas LS, Haridasan P, Ferreira ME. 1998. Meios nutritivos. In: TORRES, A.C.; Caldas, L.S.; Buso, J.A. (eds) Cultura de tecidos e transformação genética de plantas, v.1. EMBRAPA, Brasília, p.87-132. DORION, N.; KADRI, M.; BIGOT, C. 1991. In vitro preservation at low temperature of rose plantlets usable for direct acclimatization. Acta Horticulturae, Leuven, v. 298, p. 335-343. Engelmann F (1991) in vitro conservation of tropical plant germoplasm – a review. Euphytica 57:227- 243 FARIA, G. A; COSTA, M. A. P. C; JUNGHANS, T. G; LEDO, C. A. S; SOUZA, A. S. Efeito da sacarose e sorbitol na conservação in vitro de Passiflora giberti N. E. Brown. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 28, n. 2, p. 267-270, Agosto 2006. LEDO, A. S; CUNHA, A. O; ARAGÃO, W. M; TUPINAMBÁ, E. A. Efeito da sacarose e do manitol na conservação in vitro por crescimento lento de coqueiro anão. Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 19, n. 4, p. 346-351, out./dez., 2007. LIMA-BRITO, A.; VITÓRIA, A.P.; ALVIM, B.F.A.; NEPOMUCENO, C.F.; RESENDE, S.V.; SANTANA, J.R.F. Indução de organogênese em Syngonanthus mucugensis Giul. (Eriocaulaceae) – uma espécie ornamental ameaçada da Chapada Diamantina, Bahia. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental v.13, suplemento 20. MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue culture. Physiologia Plantarum, 15, 473–497. 1962. PARRA, L. R. Redelimitação e revisão de Syngonanthus sect. Eulepis (Bong. Ex Koern)- Eriocaulaceae. Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. Tese de doutorado. 2000. RAMOS, C. O. C. Fenologia e biologia reprodutiva de Syngonanthus mucugensis Giul. e S. curralensis Moldenke (Eriocaulaceae) nos municípios de Mucugê e Morro do Chapéu, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Dissertação de Mestrado. 2005.
  • 31. 24 ALTERAÇÕES NA MICROCIRCULAÇÃO CAUSADAS PELA PEÇONHA DE Bothrops leucurus. Carine Almeida Miranda1 ; Ilka Biondi2 ; Dulcineia Ferreira de Andrade3 ; Rafaela Carvalhais Brito4 1. Bolsa estágio acadêmico/UEFS, Graduanda em Ciências Biológicas/LAPH, Universidade Estadual de Feira de Santana, e- mail: krialmeida@hotmail.com 2. Orientadora, Departamento de Ciências Biológicas/LAPH, Universidade Estadual de Feira de Santana, email: ilkabiondi@gmail.com 3. Participante do projeto, Bióloga, Departamento de Ciências Biológicas/LAPH, Universidade Estadual de Feira de Santana, email: dulciiandrade@yahoo.com.br 4. Participante do projeto, Graduanda em Ciências Biológicas/LAPH, Universidade Estadual de Feira de Santana, email: rafaela.carvalhais@gmail.com Palavras-chave: Bothrops leucurus, peçonhas, microcirculação. INTRODUÇÃO: A serpente Bothrops leucurus popularmente conhecida como jararaca-do-rabo-branco, é o mais frequente agente causador de acidentes no estado da Bahia. A peçonha botrópica é caracterizada por ocasionar principalmente lesões locais que incluem edema, equimose, dor, hemorragia e mionecrose, estando associados a distúrbios cardiovasculares, hemodinâmicos e lesões renais. O presente trabalho teve como objetivo visualizar os efeitos causados pela peçonha de Bothrops leucurus na microcirculação do músculo cremaster de camundongos. METODOLOGIA Camundongos foram anestesiados com 50mg/kg de pentobarbital sódico, o músculo cremaster do sacro escrotal de camundongo foi exposto cirurgicamente. Em seguida, foi aplicada por via tópica no músculo cremaster, 1,5µg de proteína/peçonha de Bothrops leucurus em um volume final de 30µl. Imediatamente a aplicação observações por microscopia intravital foi realizada e fibras musculares do músculo cremaster dos camundongos. Como controle foi aplicado PBS na mesma quantidade do volume final (Figura 1). Os parâmetros analisados foram: hipercontração da fibra muscular, contração, dilatação e estase das arteríolas de 20-30um, rolamento de leucócitos em vênula pós-capilar com comprimento de 100um e 25-40 um de diâmetro. Foi considerado como um leucócito firmemente aderido ao endotélio da vênula àquele que permaneceu parado por, no mínimo, 30 segundos. RESULTADOS E DISCUSSÃO O aparecimento de trombos nas vênulas do músculo cremaster ocorreu após os três minutos da aplicação da peçonha (Figura 2 a/b). As contrações das arteríolas iniciaram aos cinco minutos após a aplicação da peçonha (Figura 3). Grandes áreas hemorrágicas foram observadas, iniciando-se com três minutos após a aplicação da peçonha (Figura 4 a/b). Foi possível observar aumento do número de leucócitos em vênulas póscapilares, com aderência eucocitária na parede do vaso, aos 10 minutos após a aplicação da peçonha. Após uma hora foi possível a contagem dos leucócitos, podendo observar uma grande interação entre leucócito-endotélio.
  • 32. 25 Figura 1. Músculo cremaster do grupo controle inoculado com 30ul de PBS Figura 2 a/b. Trombos nas vênulas do músculo cremaster três minutos após aplicação da peçonha. Figura 3. Contrações das arteríolas do músculo cremaster cinco minutos após a aplicação da peçonha. Figura 4 a/b. Áreas hemorrágicas do músculo cremaster observadas três minutos após a aplicação da peçonha.
  • 33. 26 CONCLUSÃO A visualização da microcirculação do músculo cremaster do camundongo, possibilitou a verificação de formação de trombos, contração arteriolar, com grandes focos hemorrágicos desencadeados pela peçonhas de Bothrops leucurus. REFERÊNCIAS FRANÇA, F.O.S., MÁLAQUE, C.M.S. 2003. Acidente Botrópico. In: Cardoso, J.L., França, F.O.S., Wen, F.H., Málaque, C.M.S., Haddad, Jr., V. (Eds.), Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. Savier, São Paulo, pp. 72–86. FARSKY, S.H., GONÇALVES, L.R.C., CURY, Y. 1999. Characterization of local tissue damage evoked by Bothrops jararaca venom in the rat connective tissue microcirculation: an intravital microscopic study. Toxicon v. 37, p. 1079–1083. ZYCHARA B.C., CASTRO JR. N. C., MARCELINO J. R., GONÇALVES, L. R. C. 2008. Phenol used as a preservative in Bothrops antivenom induces impairment in leukocyte–endothelial interactions. Toxicon, v. 51, p. 1151–1157. Figura 1. Microcirculação normal do músculo cremaster. Dose de 30µl PBS, foi aplicada via tópica no músculo cremaster de camundongos. Figura 2. Trombo nas vênulas do músculo cremaster, iniciando após três minutos a aplicação tópica da peçonha. Dose de 1,5µg de peçonha foi aplicada via tópica no músculo cremaster de camundongos. Figura 3. Contração na arteríola iniciada após cinco minutos do inicio da aplicação tópica da peçonha. Dose de 1,5µg de peçonha foi aplicada via tópica no músculo cremaster de camundongos. Figura 4. Áreas hemorrágicas observadas a partir dos três minutos após aplicação da peçonha. Dose de 1,5µg de peçonha foi aplicada via tópica no músculo cremaster de camundongos.
  • 34. 27 LEVANTAMENTO E SISTEMATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO TRADICIONAL DOS PESCADORES SOBRE AS AGREGAÇÕES REPRODUTIVAS DE PEIXES RECIFAIS NO BAIXO SUL DA BAHIA Cláudio Dantas Baqueiro1 e George Olavo Mattos e Silva2 1. Bolsista PIBIC/Fapesb, Graduando em Ciências Biologicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: baqueiro.claudio@gmail.com 2. Orientador, Departamento de Ciências Biologicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: georgeolavo@uol.com.br PALAVRAS-CHAVE: Peixes Recifais, Agregações Reprodutivas, Pesca de Linha INTRODUÇÃO A crescente utilização da zona costeira e marinha para atividades relacionadas à exploração e produção de hidrocarbonetos tem suscitado preocupação acerca da poluição sonora gerada por essas atividades e seus efeitos sobre a biota. São observadas alterações significativas nos padrões comportamentais importantes no ciclo de vida de diversos organismos. Esse tipo de impacto é bem conhecido em peixes, e é referido na literatura especializada como ―efeito de afugentamento‖ (scaring effect; Dalen & Raknes, 1985). O projeto Agregações Reprodutivas de Peixes Recifais no Brasil - PRÓ-ARRIBADA, inserido no Programa Termo de Compromisso de Sísmica Marítima (Processo IBAMA nº 02001.003030/2001- 82), sob supervisão do ICMBio e executado através da Carteira Fauna Brasil/FUNBIO, visa produzir subsídio técnico-científico ao processo de licenciamento ambiental da atividade de prospecção sísmica marítima, mediante a determinação da localização, época de ocorrência, características físicas e biológicas de agregações reprodutivas de peixes recifais de importância ecológica e pesqueira. Inclui as regiões da Costa Norte e do Baixo Sul da Bahia, integrando a denominada Região Alvo 2 do projeto nacional. A pesca de linha sobre os peixes associados aos ambientes recifais é a atividade econômica tradicional nessa região, sustentando numerosas frotas linheiras locais de características essencialmente artesanais (Olavo et al. 2005). A proposta deste trabalho é realizar o levantamento e sistematização do conhecimento tradicional dos pescadores com relação a época e local das agregações reprodutivas, comportamento conhecido entre os pescadores como arribada ou arribação. Tem como meta resgatar informações oralmente transmitidas ao longo de gerações que se apresentam fundamentais a compreensão da historia e dinâmica das pescarias recifais e de seus recursos pesqueiros. Dentro deste contexto, diversos autores demonstram que a investigação do conhecimento tradicional é uma ferramenta valiosa para o entendimento da dinâmica de sistemas marinhos complexos, assim como para o desenvolvimento de planos de manejo e estratégias de gestão de recursos pesqueiros (Johannes, 1998; Berkes, 1999; Neis et al., 1999; Huntington, 2000; Seixas e Berkes, 2003; Gerhardinger et al., 2004). Resultados preliminares das etapas inciais do projeto são aqui apresentados, incluindo o reconhecimento da área de estudo com a identificação dos principais portos das frotas linheiras do Baixo Sul da Bahia, o mapeamento dos principais mestres de pescarias (informantes chaves, especialistas tradicionais), e um primeiro embarque de observadores de bordo para documentação da pescaria da caranha (Lutjanus cyanopterus, Perciformes: Lutjanidae). MATERIAL E MÉTODOS OU METODOLOGIA (ou equivalente) A área de estudo corresponde à região costeira do Baixo Sul da Bahia. O desenvolvimento da pesquisa inclui os seguintes passos: (1) mobilização inicial; (2) identificação de informantes-chave; (3) entrevistas semi-estruturadas com informantes-chave e reuniões com grupos focais; (4) apresentação e discussão dos resultados do projeto nas comunidades. O contato com os pescadores especialistas tradicionais ocorreram principalmente nos portos de desembarque, em visitas periódicas, onde também vem sendo realizado o monitoramento das pescarias dirigidas às espécies alvo do projeto e a amostragem das capturas.
  • 35. 28 As etapas iniciais de mobilização e identificação de informantes-chave foi realizada através do contato direto com os mestres e pescadores tradicionais, comerciantes e lideranças do segmento pesqueiro da região, a partir de visitas de reconhecimento às principais comunidades de pescadores dos municípios de Valença (sede municipal), Cairu (Gamboa, Garapuá, Boipeba, Moreré e São Sebastião/Cova de Onça), Nilo Peçanha (Barra dos Carvalhos e São Francisco), Camamu (sede municipal) e Marau (Barra Grande). Estas visitas foram realizadas entre dezembro/2008 e abril/2009.) Em um momento posterior, serão realizadas entrevistas semi-estruturadas, questionários curtos (estruturados), pesquisa de campo participativa, construção de mapas cognitivos com grupos focais das comunidades pesqueiras e informantes-chave, entre outras técnicas descritas em detalhe por Seixas (2005) e Bunce et al. (2000). Durante a amostragem dos desembarques são coletadas informações sobre as áreas de pesca e pesqueiros visitados, esforço de pesca realizado, composição específica da captura, freqüência de comprimentos, capturas totais em peso e número de indivíduos por espécies (Sparre e Venema, 1997). Os contatos inciais e as entrevistas podem ocorrer nos portos de desembarque, peixarias, residências, ou até mesmo em alto mar, no acompanhamento das pescarias. RESULTADOS E/OU DISCUSSÃO Uma grande quantidade de informações neste início de trabalho foram coletadas e começam também a ser sistematizadas e analisadas. O número de desembarques e embarcações monitorados, assim como os portos onde vem sendo feita a amostragem biológica das capturas são apresentadas na tabela a seguir: Portos Barcos Numero de Desembarques Camamu Compadre 5 Camamu Flor da Limeira 1 Camamu Cheguei Agora 2 Valença Dauntless 4 Valença Fenômeno 2 Valença Bel Mar IV 1 Valença Salmo 23 1 Valença Bugurrilho 1 Valença Douglas 1 Barra Grande Serra Grande II 3 Durante a etapa de identificação dos informantes chaves foi levada em consideração a questão qualitativa da informação em relação ao conhecimento e a frequência das pescarias, sendo que, alguns mestres que estão apoiando o trabalho são acompanhados com maior proximidade. Além destes informantes é de grande relevância a participação daqueles pescadores mais idosos afastados por aposentadoria, já que, uma das contribuições mais importantes que este trabalho se propõe a fazer é o resgate da memória da pescaria sobre as arribações. Contribuiu ao andamento do trabalho o acompanhamento da equipe de embarque na pescaria da caranha, que foi documentada através do registro de imagens fotográficas e caderno de bordo. Todo o procedimento de amostragem da captura e amostragem biológica foram feitos no local, excerto a pesagem dos peixes com mais de 15 Kg. Esta pescaria foi descrita em todo o seu processo desde a confecção dos aviamentos de pesca, localização, período, os tipos de isca, a pesca das iscas até a captura do peixe.
  • 36. 29 CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos considerar como um momento importante nesta primeira etapa do projeto o embarque dos pesquisadores como observadores de bordo para acompanhamento, amostragem biológica e documentação da pescaria da caranha, que além de permitir a confirmação do período e local da agregação desta espécie na região, possibilitou a coleta de gônadas e dados biométricos para verificação do caráter reprodutivo desta agrageção. Também o convívio a bordo e contato no mar com mestres e pescadores de diferentes portos de origem, forneceram as primeiras informações de base para a construção do roteiro das entrevistas semi-estruturadas que serão aplicadas num segundo momento. Pretende-se para o bom encaminhamento do trabalho, no que se refere ao resgate da memória da pescaria sobre as arribações, a construção de um roteiro de entrevista consistente capaz de fazer com que as comparações entre passado e presente sejam sempre acompanhadas por relações causais claramente fundamentadas em observações cotidianas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Berkes, F. 1999. Sacred ecology: traditional ecological knowledge and resource management. Philadelphia and London: Taylor and Francis. Bunce, L.; Townsley, P.; Pomeroy, R.; Pollnac, R. 2000. Socioeconomic manual for coral reef management. Global Coral Reef Monitoring Network (GCRMN). Australian Institute of Marine Science. Costa, P. A. S, Martins, A. S., Olavo, G., 2005. Pesca e potenciais de exploração de recursos vivos na região central da Zona Econômica Exclusiva brasileira. Rio de Janeiro: Museu Nacional (Série Livros, 13), 247p. Dalen, J., and Raknes, A. 1985. Scaring effects on fish from three-dimensional seismic surveys. Report No. FO 8504. Institute of Marine Research, P.O. Box 1870, N-5024 Bergen, Norway. Gerhardinger, L.C.; Freitas, M.O.; Medeiros, R.P.; Godoy, E.A.; Marenzi, R.C.; Hostim-Silva, M. 2004. Local ecological knowledge and marine biodiversity in the planning process of marine protected areas: a critical analysis. In: Proceedings of the IV Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, Curitiba. Pp.500-510. Johannes, R.E. 1998. The case for data-less resource management: examples from tropical nearshore finfish. Trends in Ecology and Evolution, 13:243-246. Neis, B.; Schneider, D.C.; Felt, L. 1999. Fisheries assessment: what can be learned from interviewing resource users? Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, 56(10): 1949-1963. Huntington, H.P. 2000. Using traditional ecological knowledge in science: methods and applications. Ecological Applications, 10(5): 1270-1274 Seixas e Berkes, 2003. Learning from fishers: local knowledge for management design and assessment. In: Vieira, P.F. (org.). Conservação da diversidade biológica e cultural das zonas costeiras: enfoques e experiências na América Latina e Caribe. Florianópolis: APED. Pp. 333-371. Seixas, C.S. 2005. Abordagens e técnicas de pesquisa participativa em gestão de recursos naturais. In: Vieira, P.F.; Berkes, F.; Seixas, C.S. Gestão integrada e participativa de recursos naturais: conceitos, métodos e experiências. Florianopolis: Secco/APED. Pp 73-105.
  • 37. 30 FUNGOS CONIDIAIS NO MUNICÍPIO DE MORRO DO CHAPÉU, BAHIA Dalila de Souza Santos1 e Luís Fernando Pascholati Gusmão2 1. Bolsista PIBIC/CNPq, Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: dalilassouza@gmail.com 2. Programa de Pós-Graduação em Botânica, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: lgusmao@uefs.br PALAVRAS-CHAVE: semi-árido, Chapada Diamantina, Hyphomycetes INTRODUÇÃO Os fungos são um grupo de organismos eucarióticos extremamente diversos, unidos primariamente pelo modo de nutrição absortiva (Rossman, 1997). Apresentam estruturas filamentosas (hifas) e se reproduzem sexuada e/ou assexuadamente, originando esporos e/ou conídios (Maia, 2003). Dentre os organismos pertencentes ao Reino Fungi, encontram-se os fungos conidiais, formas anamorfas (fase assexuada) dos filos Ascomycota e Basidiomycota. Este grupo compreende cerca de 2.900 gêneros e 15.950 espécies (Kirk et al., 2001). Sapróbios por excelência, esses fungos desempenham relevante papel de decompositores, vital para a ciclagem de nutrientes na natureza (Grandi, 1998) e de suma importância para a manutenção do equilíbrio nos ecossistemas (Mason, 1980). O levantamento de fungos associados à decomposição de substratos na natureza tem se revelado um método bastante eficaz para subsidiar o acesso à biodiversidade, que em relação aos fungos conidiais é incipiente no Brasil. Este trabalho teve como objetivo o estudo taxonômico e o conhecimento dos fungos conidiais associados à serapilheira no município de Morro do Chapéu, ampliando assim o conhecimento e a distribuição geográfica dos fungos encontrados. MATERIAS E MÉTODOS O município de Morro do Chapéu ocupa uma área de 5.531,854 km² e guarda uma diversidade de ambientes, sendo uma das 147 áreas prioritárias indicadas para a conservação (MMA, 2002), o que torna imprescindível a realização de trabalhos de inventários sobre a sua biodiversidade. O Morro do Chapéu está incluído na região centro-norte da Bahia e sua vegetação é em parte complexa e caracterizada por diversas formações vegetais. Situado na região setentrional da Chapada Diamantina, seu relevo é caracterizado por formas tabulares, dispostas em patamares, que se elevam de 480m a mais de 1.000m de altitude. O município apresenta características climáticas do tipo tropical que, no entanto, são fortemente alteradas pela altitude, apresentando, dessa forma, um clima tropical de altitude, com verão quente e temperaturas amenas, por volta de 18 a 24°C. Foram realizadas duas expedições, entre outubro/2008 e fevereiro/2009, para o município de Morro do Chapéu – BA. Para a coleta do folhedo em decomposição, foram delimitados três pontos dentro dos domínios de caatinga, campo rupestre e floresta estacional da região, sempre em busca de uma maior diversidade de folhedo. Após a coleta do material vegetal, as amostras foram levadas ao laboratório e submetidas à técnica de lavagem em água corrente (Castañeda-Ruiz, 2005). Em seguida, o material foi acondicionado em câmaras-úmidas e após 72h foi iniciado a coleta das estruturas de reprodução dos fungos, sob estereomicroscópio, utilizando agulhas (tipo insulina) e estiletes. Os fungos foram colocados em lâminas com meio de montagem (resina PVL - álcool polivinílico + lactofenol) para confecção de lâminas semi-permanentes. Os fungos foram isolados em placas de Petri contendo meio de cultura (Ágar- Milho-Cenoura e Ágar-Aveia). Após identificação, os mesmos foram acondicionados em laminários e depositados no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram verificadas 35 espécies de fungos conidiais na serapilheira do município de Morro do Chapéu. Destas, sete constituem novos registros (Figura 1), sendo dois para o Continente Americano (Dendryphiopsis biseptata e Sporidesmiella parva var. palauensis), um para o Neotrópico (Endophragmiella boothii), três para a América do Sul (Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria dingleyae, Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria pulchriseta e Eversia parvula) e um para o Brasil (Helicoubisia coronata). Para estes novos registros são apresentadas distribuição geográfica e ilustrações.
  • 38. 31 Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker. Mycotaxon 17: 304. 1983. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre cascas em decomposição, 28/XII/2007, D.S. Santos s.n. (HUEFS 134726). Distribuição geográfica: África do Sul. Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker, N.Z. Jl Bot. 6: 343. 1968. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folhas em decomposição, 06/XII/2007, D.S. Santos s.n. (HUEFS 134727). Distribuição geográfica: Austrália, Estados Unidos , México e Nova Zelândia. Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker, N.Z. Jl Bot. 6: 356. 1968. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folhedo em decomposição, 07/II/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 134724). Distribuição geográfica: Brunei, Cuba, República Tcheca, Estados Unidos da América, China, Malásia e Nova Zelândia. Endophragmiella boothii (M.B. Ellis) S. Hughes, N.Z. Jl Bot. 17(2): 147 (1979). Bas. : Endophragmia boothii M.B. Ellis (1959) Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição, 28/VII/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 148831). Distribuição geográfica: China, Estados Unidos da América (como Endophragmia boothii, Nova Zelândia e Reino Unido. Eversia parvula Hol.-Jech., Česká Mykol. 41(1): 31 (1987). Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre cascas em decomposição, 13/X/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 148832). Distribuição geográfica: antiga União Soviética, Cuba e México. Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli, Micol. Ital. 8(1): 21 (1979). Sin. Moorella monocephala Matsush., Matsush. Mycol. Mem. 7: 58 (1993). Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre folhedo em decomposição, 25/VII/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 137808). Distribuição geográfica: Costa do Marfim, Equador (como Moorella monocephala), China, Índia, Peru (como Moorella monocephala) e Tailândia. Sporidesmiella parva var. palauensis Matsush., Matsush. Mycol. Mem. 4: 16 1985. Material Examinado: BRASIL. Bahia: Morro do Chapéu, sobre casca em decomposição, 13/X/2008, D.S. Santos s.n. (HUEFS 148833). Distribuição geográfica: China, Japão, Malásia e Estados Federativos da Micronésia. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse trabalho contribuiu com a ampliação do conhecimento da diversidade dos fungos conidiais de Morro do Chapéu e, conseqüentemente, da micota brasileira. O estudo taxonômico dos fungos registrados poderá servir de subsídio para investigações posteriores neste e em outros ecossistemas, além de fornecerem elementos para projetos de preservação de áreas do bioma caatinga que abrigam uma ampla diversidade de organismos ainda pouco explorada. A continuidade de coletas e trabalhos de taxonomia de fungos conidiais propiciará o registro de novas espécies, tanto espécimes novos para o Brasil, como possivelmente novos registros para a ciência.
  • 39. 32 Figura 1: 1-3. Dendryphiopsis biseptata Morgan-Jones, R.C. Sinclair & Eicker. 1-2. Visão geral. 3. Detalhe da célula conidiogênica (seta). 4-6. Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria dingleyae S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker. 4. Visão geral da seta com conidióforos. 5-6. Conídios. 7-9. Dictyochaeta anamorfo de Chaetosphaeria pulchriseta S. Hughes, W.B. Kendr. & Shoemaker. 7. Setas. 8. Conidióforo. 9. Conídios. 10-13. Endophragmiella boothii S. Hughes. 10-11. Visão geral. 12-13. Conídios. 14-16. Eversia parvula Hol.-Jech. 14-16. Conídios. 17-19. Helicoubisia coronata Lunghini & Rambelli. 17. Visão geral. 18. Detalhe da célula conidiogênica (seta). 19. Conídio. 20-23. Sporidesmiella parva var. palauensis Matsush. 20. Conidióforo, célula conidiogênica e conídio. 21. Célula conidiogênica com proliferação simpodial. 22-23. Conídios.
  • 40. 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTAÑEDA-RUIZ, R.F. 2005. Metodología en el estudio de los hongos anamorfos. In: Anais do V Congresso Latino Americano de Micologia, Brasília, Brasil, p.182-183. GRANDI, R.A.P. 1998. Taxonomia de Deuteromicetos. In: V.L.R. BONONI (org.), Zigomicetos Basidiomicetos e Deuteromicetos: noções básicas de taxonomia e aplicações biotecnológicas, p.141-166. São Paulo, Instituto de Botânica, Secretaria do Estado de Meio Ambiente. KIRK, P.M. et al. 2001. Ainsworth and Bisby‟s Dictionary of the fungi. Wallingford, p.654. MAIA, L.C. 2003. Coleções de Fungos nos Herbários Brasileiros: estudos preliminares. In: A.L. PEIXOTO (org.), Coleções Biológicas de Apoio ao Inventário, Uso Sustentável e Conservação da Biodiversidade, pp. 238. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. MASON, C.F.1980. Decomposição. Temas de Biologia. EDUSP e Editora Pedagógica Universitária, Vol 18. São Paulo. MMA. 2002. Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para Conservação da biodiversidade da caatinga. Universidade Federal de Pernambuco. Conservation International do Brasil e Fundação Biodiversitas, Brasília. ROSSMAN, A.Y. 1997. Biodiversity of Tropical Microfungi: An overview. In: K.D. HYDE (ed.), Biodiversity of Tropical Microfungi, p.1-10. Hong Kong: Hong Kong University Press.