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SETEMBRO 2015
PANORAMA DE
DEFESA COMERCIAL E
FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR
SUMÁRIO
Defesa comercial
ProrrogaçãodavigênciadaListadeExceçõesàTarifaExternaComum
Camexpublicanovoroteiroparapedidosdeavaliaçãodeinteressepúblico
SistemaDecomDigital
BrasilrespondeapaineldedisputanaOMCcontraoJapãoeaUniãoEuropeiaacercadapolítica
industrialbrasileira
3a
reuniãoordináriade2015doComitêBrasileirodeBarreirasTécnicasaoComércio
1o
cursodesuperaçãodebarreirastécnicasaocomércioexterior
Brasilcomousuáriodedefesacomercial
Facilitação do comércio exterior
PlanoNacionaldeExportações2015-2018
	 ParticipaçãodaFiespnaelaboraçãodoPlanoNacionaldeExportações
Grupotécnicopermanenteparaaperfeiçoamentodoregimeespecialdedrawback
Mercosul:decisãodoConselhodoMercadoComumsobreadmissãotemporáriaedrawback
OperadorEconômicoAutorizado:BrasileEstadosUnidosassinamplanodetrabalhoconjunto
ConsultapúblicasobreRegimeAduaneiroEspecialdeEntrepostoIndustrialsobControle
InformatizadodoSistemaPúblicodeEscrituraçãoDigital
Equipe técnica
03
04
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06
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09
09
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11
11
12
13
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 2
DEFESA COMERCIAL
PRORROGAÇÃO DA VIGÊNCIA DA LISTA DE EXCEÇÕES À TARIFA EXTERNA COMUM
Com base na Decisão no
26/2015 do Conselho do Mercado Comum do Mercosul (CMC), de 16 de julho de 2015, foi
prorrogada a autorização para que os Estados Partes mantenham suas respectivas Listas Nacionais de Exceção à
Tarifa Externa Comum (TEC). A tabela 1 elenca as determinações da referida decisão.
Tabela 1. Prazos de vigência e quantidade de códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) autorizados a
compor a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec) por país.
Estados Partes Quantidade de códigos NCM autorizados Prazo de vigência
Argentina 100 31/12/2021
Brasil 100 31/12/2021
Paraguai 649 31/12/2023
Uruguai 225 31/12/2022
Venezuela 225 31/12/2022
Neste contexto, a Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou, no dia 07 de agosto de
2015, uma consulta para a revisão da Letec para o envio de novos pleitos de inclusão, manutenção e exclusão de
produtos da referida lista. A Letec pode contemplar níveis de alíquotas inferiores ou superiores às da TEC, desde que
não ultrapassem os níveis tarifários consolidados na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Consultas nestes moldes serão realizadas semestralmente pela Camex, de modo que até 20% da lista poderá sofrer
alterações a cada revisão. No formulário de solicitação devem ser elencadas informações técnicas sobre o produto e
dados econômicos referentes ao setor. Além disso, é possível solicitar a criação de um destaque tarifário, alterando,
assim, a alíquota do imposto de importação apenas para um produto específico.
O Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Pau-
lo (Derex-Fiesp) reitera seu compromisso e disposição para com seus associados no auxílio na elaboração de pleitos
de tal natureza.
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 3
DEFESA COMERCIAL
CAMEX PUBLICA NOVO ROTEIRO PARA PEDIDOS DE AVALIAÇÃO DE INTERESSE
PÚBLICO
Instituído há três anos, o Grupo Técnico de Avaliação de Interesse Público (GTIP) é a instância pela qual é possível
pleitear a suspensão, alteração ou não aplicação de medidas antidumping e compensatórias, definitivas ou provisó-
rias, por razões de interesse público.
Nesse sentido, foi publicada recentemente a Resolução CAMEX nº 93/2015, que estabeleceu um novo roteiro para o
envio de pleitos de tal natureza1
. O objetivo deste roteiro é instruir o pleiteante sobre como apresentar as informa-
ções necessárias à análise dos pedidos por parte do GTIP.
Dentre as informações requeridas, destacam-se: (i) detalhes sobre a medida de defesa comercial e a justificativa de
interesse público; (ii) a relação do pleiteante com o produto objeto da medida de defesa comercial que se pretende
modificar; e (iii) os bens ou serviços afetados pela medida de defesa comercial. O roteiro exige o levantamento de da-
dos técnicos e objetivos relativos à cadeia de produtos envolvida na medida de defesa comercial, prática comercial
do pleiteante, preços e custos de internação, composição material, entre outras informações.
Ademais, são apresentadas instruções e critérios utilizados para o tratamento confidencial das informações. A solici-
tação deve ser justificada com base no “enquadramento legal para a confidencialidade”, presente no referido roteiro,
além de incluir um resumo não confidencial das informações resguardadas.
Informações adicionais sobre os procedimentos administrativos referentes ao GTIP podem ser conferidas no site da
Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE / MF):
http://www.seae.fazenda.gov.br/comercio-internacional/interesse-publico
1 Fica revogado o roteiro constante na Resolução CAMEX no
50/2012.
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 4
DEFESA COMERCIAL
SISTEMA DECOM DIGITAL
Implementado em março de 2015, o Sistema Decom Digital (SDD) objetiva facilitar o acesso aos trâmites relativos
às investigações conduzidas pelo Departamento de Defesa Comercial (Decom) do Ministério da Indústria, Desen-
volvimento e Comércio Exterior (MDIC), permitindo o envio eletrônico de documentos, bem como a visualização e
o acompanhamento dos processos a qualquer momento. Além de reduzir custos e ensejar ganhos de eficiência, o
sistema contribui para maior celeridade dos processos e aprimora a interação entre as partes envolvidas no proces-
so e o Decom.
A partir do dia 31 de julho de 2015, o SDD se tornou o canal exclusivo e obrigatório para as investigações de dumping
conduzidas pelo Decom2
, que correspondem a cerca de 90% da demanda por instrumentos de defesa comercial3
. O
sistemaenvolvetodasasetapasdosprocessosdeinvestigações dedumpingetorna mais célerea tramitaçãomediante
certificação digital, por meio da qual os atos processuais são assinados digitalmente. Além disso, procedimentos como
avaliações de escopo e redeterminação de medidas aplicadas também estão disponíveis no novo sistema.
O acesso ao Sistema Decom Digital é realizado por meio do seguinte endereço eletrônico:
http://decomdigital.mdic.gov.br.
Cumpre destacar que a Fiesp participou ativamente do processo de aprimoramento da legislação acerca do procedi-
mento administrativo eletrônico ligado aos processos de defesa comercial, tendo apresentado sugestões no âmbito
da consulta pública relativa à regulamentação do SDD.
2 Portaria Secex no
58/2015.
3 Fonte: MDIC
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 5
DEFESA COMERCIAL
3ª REUNIÃO ORDINÁRIA DE 2015 DO COMITÊ BRASILEIRO DE BARREIRAS TÉCNICAS
AO COMÉRCIO
BRASIL RESPONDE A PAINEL DE DISPUTA NA OMC CONTRA O JAPÃO E A UNIÃO
EUROPEIA ACERCA DA POLÍTICA INDUSTRIAL BRASILEIRA
Tendo atuado, a princípio, como parte interessada no contencioso da União Europeia contra o Brasil na Organização
Mundial do Comércio (OMC), o Japão apresentou, no dia 02 de julho de 2015, um pedido de consultas ao Brasil. As-
sim como a União Europeia, o Japão contesta supostas taxações discriminatórias aplicadas pelo governo brasileiro
contra o produto importado, bem como o incentivo industrial realizado por meio da redução tributária para empre-
sas que alcancem certo volume de exportações.
Dentre os programas questionados, encontram-se: o Inovar-Auto, o Programa de Incentivos ao Setor de Semicondu-
tores (Padis), o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital
(PATVD), o Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (Recap), a Lei da Informá-
tica e o Processo Produtivo Básico (PPB).
Visto que, pelas normas da OMC, as consultas devem ser realizadas em um prazo de 60 dias, Brasil e Japão manti-
veram negociações nos dias 15 e 16 de setembro, visando um último recurso de solução satisfatória sem recorrer a
um litígio. As consultas, contudo, não lograram soluções para a disputa e, no dia 17 de setembro, o governo japonês
solicitou a abertura de um painel, que deverá ser incorporado ao contencioso iniciado pela União Europeia. Instau-
rado em dezembro de 2014, o painel deverá ter seu resultado final postergado, devido à anexação do Japão ao caso.
No dia 03 de setembro de 2015, a Fiesp sediou a 3a
Reunião Ordinária de 2015 do Comitê Brasileiro de Barreiras
Técnicas ao Comércio (CBTC). Instituído no âmbito do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Conmetro), o Comitê visa à coordenação de ações do governo e do setor privado relacionadas à partici-
pação do Brasil no Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio da OMC.
A reunião teve como objetivo ampliar a discussão sobre os entraves técnicos que prejudicam as exportações brasi-
leiras. Na ocasião, a Fiesp também apresentou suas iniciativas orientadas à mitigação de barreiras regulatórias no
comércio internacional.
Foram discutidos temas envolvendo as boas práticas regulatórias, os impactos da C3R (Coerência, Convergência
e Cooperação Regulatórias) no comércio internacional, além de casos concretos relativos às barreiras técnicas às
exportações apresentados por diversas entidades setoriais.
As apresentações realizadas durante a Reunião podem ser acessadas aqui.
Vale ressaltar que a Fiesp tem permanentemente promovido a divulgação de informações relativas às exigências
regulatórias (medidas técnicas, sanitárias e fitossanitárias), com a finalidade de instruir seus associados sobre a im-
portância deste tema e de contribuir para a mitigação de eventuais entraves no exterior oriundos destes requisitos.
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 6
DEFESA COMERCIAL
1º CURSO DE SUPERAÇÃO DE BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO EXTERIOR
Objeto de uma parceria entre a Fiesp e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), ponto
focal do Brasil na OMC para assuntos relacionados a barreiras técnicas às exportações, foi realizado, em 25 de agosto
de 2015, o 1o
Curso de Superação de Barreiras Técnicas ao Comércio Exterior.
O curso teve como objetivos difundir os conceitos relativos às exigências técnicas e seu impacto no acesso brasileiro
a terceiros mercados, apresentar as principais discussões e iniciativas brasileiras visando à harmonização de exigên-
cias técnicas com parceiros comerciais, esclarecer dúvidas frequentes no processo de exportação a respeito da ne-
cessidade de atendimento a referidas exigências, além de expor os principais mecanismos destinados à superação
de eventuais entraves regulatórios.
As apresentações realizadas durante o curso, ministrado pelo Chefe da Divisão de Superação de Barreiras Técnicas
do Inmetro, Rogerio de Oliveira Corrêa, podem ser acessadas aqui.
BRASIL COMO USUÁRIO DE DEFESA COMERCIAL
Atualmente, há 152 medidas de defesa comercial em vigor4
aplicadas pelo Brasil e 28 investigações em curso. Além
disso, foram concluídos 7 procedimentos de investigação de origem não preferencial entre junho e agosto de 2015.
As investigações iniciadas e as medidas aplicadas neste período são apresentadas nas Tabelas 2 a 4.
4 As medidas de defesa comercial em vigor contemplam medidas definitivas, provisórias e compromissos de preço
estabelecidos. Os direitos antidumping aplicados às importações de metileno difenil 4,4-di-isocianato (MDI) polimérico e
de pedivelas estão atualmente suspensos.
Tabela 2. Abertura de investigações, de junho a agosto de 2015.
Fonte: Decom/MDIC.
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 7
DEFESA COMERCIAL
Tabela 3. Aplicação de medidas de defesa comercial, de junho a agosto de 2015.
Fonte: Decom/MDIC.
Fonte: Deint/MDIC.
Tabela 4. Investigações de origem não preferencial concluídas entre junho e agosto de 2015.
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 8
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 9
FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR
PLANO NACIONAL DE EXPORTAÇÕES 2015-2018
O governo brasileiro divulgou, em junho deste ano, o Plano Nacional de Exportações 2015-2018 (PNE), com vistas a
estimular a retomada do crescimento econômico, a diversificação e a agregação de valor e de intensidade tecnoló-
gica às exportações brasileiras. O plano, que integra a política comercial do Brasil, apresenta medidas que refletem
a necessidade de se conferir um novo status ao comércio exterior, de modo que este seja um elemento estratégico e
permanente da agenda de competitividade e crescimento econômico do país.
Estruturado em 5 pilares, com diretrizes e metas específicas, suas ações dividem-se em: (i) acesso a mercados; (ii)
promoção comercial; (iii) facilitação de comércio; (iv) financiamento e garantias às exportações; e (v) aperfeiçoamen-
to de mecanismos e regimes tributários de apoio às exportações.
Para cada pilar foram estabelecidas diretrizes e metas específicas. As diretrizes representam as linhas gerais da po-
lítica comercial brasileira relativas às exportações para o período de 2015 a 2018. Com base nestas diretrizes serão
detalhadas metas anuais a serem executadas. No documento apresentado pelo governo, em junho, foram apresen-
tadas as metas para 2015, e no início de cada ano serão anunciadas as metas a serem executadas até 2018.
No tocante aos três últimos pilares mencionados, destacam-se algumas diretrizes: implementação do Acordo de
Facilitação de Comércio da OMC; prioridade estratégica e apoio ao Portal Único de Comércio Exterior; melhorias no
regime aduaneiro especial de drawback; aperfeiçoamento e simplificação do sistema de financiamento brasileiro e
reformulação da Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS)/Programa de Formação de Patrimônio do
Servidor Público (Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Ressalta-se, ainda, que as diretrizes do PNE são voltadas ao fortalecimento da participação de micro, pequenas e
médias empresas no comércio exterior. Neste sentido, o plano reconhece o papel exercido pelo atual processo de
fragmentação do processo produtivo em escala mundial, bem como prevê ações de fomento à internacionalização
de empresas nacionais e à negociação de acordos em matéria de comércio e serviços.
Participação da Fiesp na elaboração do Plano Nacional de Exportações
Segundo o Governo, o PNE foi elaborado em estreita coordenação com o setor privado, por meio de reuniões e
consultas, das quais participaram cerca de 80 entidades representativas de diferentes setores produtivos, dentre
elas a Fiesp.
A entidade apresentou ao governo documento contendo um conjunto de medidas com o objetivo de contribuir para
o sucesso do plano, tais como: simplificação e desburocratização aduaneira, incremento dos recursos destinados
ao financiamento das exportações, aprofundamento da negociação de acordos comerciais, superação de restrições
regulatórias no exterior, entre outras.
Desde sua divulgação, a Fiesp tem acompanhado com atenção o desenvolvimento e a implementação das metas e
diretrizes fixadas no PNE.
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 10
FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR
GRUPO TÉCNICO PERMANENTE PARA APERFEIÇOAMENTO DO REGIME ESPECIAL
DE DRAWBACK
A Portaria Conjunta no
1, de 8 de julho de 2015, deu origem ao Grupo Técnico Permanente para o Aperfeiçoamento
do Regime Especial de Drawback, com o objetivo de simplificar, modernizar e intensificar a utilização do regime
aduaneiro especial de drawback5
. O grupo é composto por servidores da Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB), da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e, quando solicitado, por membros de outros órgãos públicos
envolvidos direta ou indiretamente com o tema de drawback.
A criação do Grupo está prevista no Plano Nacional de Exportações, especificamente no pilar de Aperfeiçoamento de
Mecanismos e Regimes Tributários de Apoio às Exportações.
Suas atribuições são elencadas na referida portaria, destacadas a seguir.
5 O atual formato de drawback integrado permite importação ou aquisição no mercado interno, de forma combinada ou
não, de mercadoria a ser utilizada em processo de industrialização de produto acabado, com a finalidade de exportação.
O drawback integrado comporta as seguintes modalidades: suspensão e isenção de impostos dos insumos importados.
ATRIBUIÇÕES DO GRUPO TÉCNICO
I. Propor normas destinadas a esclarecer as atuações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e da Secretaria da
Receita Federal do Brasil (RFB) na gestão do regime de drawback, conforme as competências legais de cada órgão;
II. Propor medidas para simplificar o acesso ao regime de drawback e facilitar o seu cumprimento pelas em-
presas beneficiárias;
III. Propor medidas destinadas ao aprimoramento dos instrumentos de controle do regime de drawback;
IV. Propor normas destinadas ao aperfeiçoamento da regulamentação do regime de drawback e à implementação
das medidas referidas nos incisos II e III;
V. Sugerir o aperfeiçoamento dos sistemas que administram o regime de drawback para a simplificação do acesso e
da utilização desse regime e melhoria dos instrumentos governamentais de gestão e controle;
VI.	 Avaliar as regras de validação automática do Sistema Drawback Isenção e sua integração com outros módulos
do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex);
VII. Atuar como canal permanente de cooperação e compartilhamento de informações entre os órgãos envolvidos
para fins de gestão e aperfeiçoamento do regime de drawback; e
VIII. Avaliar e propor solução para assegurar efetividade das desonerações previstas em lei (PIS/Pasep e Cofins) nas
importações sob amparo do regime de Drawback Isenção.
Segundo o Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) do MDIC, o regime aduaneiro especial de
drawback tem sido tratado com prioridade, uma vez que para cada dólar importado com suspensão de tributos,
sete dólares são exportados, impactando substancialmente no montante das exportações brasileiras.
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 11
MERCOSUL: DECISÃO DO CONSELHO DO MERCADO COMUM SOBRE ADMISSÃO
TEMPORÁRIA E DRAWBACK
Com base na Decisão no
24/2015 do Conselho do Mercado Comum (CMC), que deverá ser incorporada ao ordena-
mento jurídico dos Estados Partes antes de novembro de 2015, estes estão autorizados a utilizar, até 31 de dezembro
de 2023, os regimes de drawback e admissão temporária para o comércio intrazona.
Neste sentido, o Grupo Mercado Comum (GMC) deve submeter à consideração do CMC, até 2019, uma proposta de
harmonização de regimes nacionais de drawback e admissão temporária dos Estados Partes.
Ademais, Paraguai e Uruguai poderão aplicar alíquota de 0% no imposto de importação (II) para insumos agrope-
cuários, caso estes não estejam utilizando os regimes de admissão temporária ou de drawback. A decisão estipula,
ainda, a criação de um regime de importação de matérias-primas para o Paraguai com alíquota do II de 2%.
OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO: BRASIL E ESTADOS UNIDOS ASSINAM
PLANO DE TRABALHO CONJUNTO
O Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA), fundamentado nas diretrizes da Organização Mun-
dial das Aduanas (OMA) (denominadas SAFE Framework of Standards to Secure and Facilitate Global Trade), visa apri-
morar a cadeia logística como um todo, trazendo agilidade ao fluxo de carga entre os países.
Com adesão voluntária, podem ser definidos como operadores econômicos autorizados os operadores de comércio
exterior6
que oferecem baixo risco em suas operações, de acordo com os requisitos de admissibilidade e condições
de elegibilidade estabelecidos no programa brasileiro.
A implementação do Programa Brasileiro de OEA está sendo realizada em três fases:
•	 OEA Segurança (Fase 1): o foco desta etapa é o fluxo de exportação. Os operadores receberão certificação com
base no cumprimento de requisitos de segurança definidos pelo Programa. O lançamento desta fase ocorreu em
dezembro de 2014. Desde março de 2015, as empresas interessadas em adquirir a certificação de OEA Segurança
podem encaminhar seu pleito à Receita Federal.
•	 OEA Conformidade (Fase 2): o foco é o fluxo de importação. Nesta etapa, ocorrerá a certificação baseada no
cumprimento das normas e procedimentos aduaneiros, por meio da revisão do Linha Azul. Os operadores que
optarem pela certificação conjunta do OEA Segurança e Conformidade serão classificados como OEA Pleno7
.
•	 OEA Integrado (Fase 3): serão integrados ao programa outros órgãos de Estado, como a Agência de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A previsão é de que esta fase
seja lançada em dezembro de 2016.
6 Podem ser, entre outros: importadores, exportadores, depositários, operadores portuários e aeroportuários; despachantes
aduaneiros, transportadores, agentes de carga.
7 A implementação das modalidades OEA Conformidade e OEA Pleno está prevista para dezembro de 2015 e as certificações
a partir de março de 2016.
FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR
PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 12
Até 2019, a meta da Receita Federal do Brasil (RFB) é atingir 50% das declarações de exportação e de importação
registradas por empresas certificadas como OEA.
O Programa visa, ainda, possibilitar acordos de reconhecimento mútuo, ou seja, o reconhecimento automático em
outro país de um operador que é certificado no Brasil e vice-versa, possibilitando o mesmo tratamento aduaneiro
preferencial.
Neste contexto, na ocasião da visita presidencial aos Estados Unidos, em junho deste ano, o Departamento de Segu-
rança Nacional do Estados Unidos (DHS, Department of Homeland Security) e a RFB assinaram um Plano de Trabalho
Conjunto em matéria de reconhecimento mútuo de seus programas de OEA.
O plano de trabalho é a etapa inicial para que as aduanas dos dois países firmem um acordo de reconhecimento
mútuo, abordando os pontos que necessitam ser equivalentes entre os programas brasileiro e americano de OEA.
Uma vez assegurada a compatibilidade entre os programas, será possível avançar nas discussões sobre reconheci-
mento mútuo.
CONSULTA PÚBLICA SOBRE REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DE ENTREPOSTO
INDUSTRIAL SOB CONTROLE INFORMATIZADO DO SISTEMA PÚBLICO DE ESCRI-
TURAÇÃO DIGITAL
A RFB divulgou, em agosto, a Consulta Pública no
04/2015, que trata da proposta de uma instrução normativa sobre o
Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado do Sistema Público de Escrituração
Digital (Recof-Sped).
O Regime de Recof permite a suspensão dos tributos incidentes sobre
as partes e peças importadas ou adquiridas no mercado interno, para
posterior industrialização de produtos destinados à exportação.
A criação de uma norma pretende trazer previsibilidade e regulamentar a utilização no Recof do modelo Sped, em
substituição ao uso de sistema próprio de controle. Ademais, tem por objetivo simplificar os procedimentos de ha-
bilitação das empresas ao Regime.
Neste sentido, a medida poderá reduzir os custos associados ao ingresso e à manutenção do regime, aumentando a
possibilidade de acesso de novas empresas a seus benefícios.
A RFB recebeu, até 8 de setembro, sugestões do setor privado no que concerne ao conteúdo da referida instrução
normativa, que, atualmente, está em fase de elaboração.
AS EDIÇÕES ANTERIORES DO PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E
FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR PODEM SER ACESSADAS AQUI.
FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR
Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior – Derex
Área de Defesa Comercial
Tels.: (11) 3549-4215/4221
Área de Facilitação do Comércio Exterior
Tels.: (11) 3549-4620/4449
Fax: (11) 3549-4730
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp
End.: Av. Paulista, 1313 – São Paulo –SP | CEP: 01311-923
www.fiesp.com
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PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 13

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  • 1. SETEMBRO 2015 PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR
  • 2. SUMÁRIO Defesa comercial ProrrogaçãodavigênciadaListadeExceçõesàTarifaExternaComum Camexpublicanovoroteiroparapedidosdeavaliaçãodeinteressepúblico SistemaDecomDigital BrasilrespondeapaineldedisputanaOMCcontraoJapãoeaUniãoEuropeiaacercadapolítica industrialbrasileira 3a reuniãoordináriade2015doComitêBrasileirodeBarreirasTécnicasaoComércio 1o cursodesuperaçãodebarreirastécnicasaocomércioexterior Brasilcomousuáriodedefesacomercial Facilitação do comércio exterior PlanoNacionaldeExportações2015-2018 ParticipaçãodaFiespnaelaboraçãodoPlanoNacionaldeExportações Grupotécnicopermanenteparaaperfeiçoamentodoregimeespecialdedrawback Mercosul:decisãodoConselhodoMercadoComumsobreadmissãotemporáriaedrawback OperadorEconômicoAutorizado:BrasileEstadosUnidosassinamplanodetrabalhoconjunto ConsultapúblicasobreRegimeAduaneiroEspecialdeEntrepostoIndustrialsobControle InformatizadodoSistemaPúblicodeEscrituraçãoDigital Equipe técnica 03 04 05 06 06 07 07 09 09 10 11 11 12 13 PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 2
  • 3. DEFESA COMERCIAL PRORROGAÇÃO DA VIGÊNCIA DA LISTA DE EXCEÇÕES À TARIFA EXTERNA COMUM Com base na Decisão no 26/2015 do Conselho do Mercado Comum do Mercosul (CMC), de 16 de julho de 2015, foi prorrogada a autorização para que os Estados Partes mantenham suas respectivas Listas Nacionais de Exceção à Tarifa Externa Comum (TEC). A tabela 1 elenca as determinações da referida decisão. Tabela 1. Prazos de vigência e quantidade de códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) autorizados a compor a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec) por país. Estados Partes Quantidade de códigos NCM autorizados Prazo de vigência Argentina 100 31/12/2021 Brasil 100 31/12/2021 Paraguai 649 31/12/2023 Uruguai 225 31/12/2022 Venezuela 225 31/12/2022 Neste contexto, a Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou, no dia 07 de agosto de 2015, uma consulta para a revisão da Letec para o envio de novos pleitos de inclusão, manutenção e exclusão de produtos da referida lista. A Letec pode contemplar níveis de alíquotas inferiores ou superiores às da TEC, desde que não ultrapassem os níveis tarifários consolidados na Organização Mundial do Comércio (OMC). Consultas nestes moldes serão realizadas semestralmente pela Camex, de modo que até 20% da lista poderá sofrer alterações a cada revisão. No formulário de solicitação devem ser elencadas informações técnicas sobre o produto e dados econômicos referentes ao setor. Além disso, é possível solicitar a criação de um destaque tarifário, alterando, assim, a alíquota do imposto de importação apenas para um produto específico. O Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Pau- lo (Derex-Fiesp) reitera seu compromisso e disposição para com seus associados no auxílio na elaboração de pleitos de tal natureza. PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 3
  • 4. DEFESA COMERCIAL CAMEX PUBLICA NOVO ROTEIRO PARA PEDIDOS DE AVALIAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO Instituído há três anos, o Grupo Técnico de Avaliação de Interesse Público (GTIP) é a instância pela qual é possível pleitear a suspensão, alteração ou não aplicação de medidas antidumping e compensatórias, definitivas ou provisó- rias, por razões de interesse público. Nesse sentido, foi publicada recentemente a Resolução CAMEX nº 93/2015, que estabeleceu um novo roteiro para o envio de pleitos de tal natureza1 . O objetivo deste roteiro é instruir o pleiteante sobre como apresentar as informa- ções necessárias à análise dos pedidos por parte do GTIP. Dentre as informações requeridas, destacam-se: (i) detalhes sobre a medida de defesa comercial e a justificativa de interesse público; (ii) a relação do pleiteante com o produto objeto da medida de defesa comercial que se pretende modificar; e (iii) os bens ou serviços afetados pela medida de defesa comercial. O roteiro exige o levantamento de da- dos técnicos e objetivos relativos à cadeia de produtos envolvida na medida de defesa comercial, prática comercial do pleiteante, preços e custos de internação, composição material, entre outras informações. Ademais, são apresentadas instruções e critérios utilizados para o tratamento confidencial das informações. A solici- tação deve ser justificada com base no “enquadramento legal para a confidencialidade”, presente no referido roteiro, além de incluir um resumo não confidencial das informações resguardadas. Informações adicionais sobre os procedimentos administrativos referentes ao GTIP podem ser conferidas no site da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE / MF): http://www.seae.fazenda.gov.br/comercio-internacional/interesse-publico 1 Fica revogado o roteiro constante na Resolução CAMEX no 50/2012. PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 4
  • 5. DEFESA COMERCIAL SISTEMA DECOM DIGITAL Implementado em março de 2015, o Sistema Decom Digital (SDD) objetiva facilitar o acesso aos trâmites relativos às investigações conduzidas pelo Departamento de Defesa Comercial (Decom) do Ministério da Indústria, Desen- volvimento e Comércio Exterior (MDIC), permitindo o envio eletrônico de documentos, bem como a visualização e o acompanhamento dos processos a qualquer momento. Além de reduzir custos e ensejar ganhos de eficiência, o sistema contribui para maior celeridade dos processos e aprimora a interação entre as partes envolvidas no proces- so e o Decom. A partir do dia 31 de julho de 2015, o SDD se tornou o canal exclusivo e obrigatório para as investigações de dumping conduzidas pelo Decom2 , que correspondem a cerca de 90% da demanda por instrumentos de defesa comercial3 . O sistemaenvolvetodasasetapasdosprocessosdeinvestigações dedumpingetorna mais célerea tramitaçãomediante certificação digital, por meio da qual os atos processuais são assinados digitalmente. Além disso, procedimentos como avaliações de escopo e redeterminação de medidas aplicadas também estão disponíveis no novo sistema. O acesso ao Sistema Decom Digital é realizado por meio do seguinte endereço eletrônico: http://decomdigital.mdic.gov.br. Cumpre destacar que a Fiesp participou ativamente do processo de aprimoramento da legislação acerca do procedi- mento administrativo eletrônico ligado aos processos de defesa comercial, tendo apresentado sugestões no âmbito da consulta pública relativa à regulamentação do SDD. 2 Portaria Secex no 58/2015. 3 Fonte: MDIC PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 5
  • 6. DEFESA COMERCIAL 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA DE 2015 DO COMITÊ BRASILEIRO DE BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO BRASIL RESPONDE A PAINEL DE DISPUTA NA OMC CONTRA O JAPÃO E A UNIÃO EUROPEIA ACERCA DA POLÍTICA INDUSTRIAL BRASILEIRA Tendo atuado, a princípio, como parte interessada no contencioso da União Europeia contra o Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Japão apresentou, no dia 02 de julho de 2015, um pedido de consultas ao Brasil. As- sim como a União Europeia, o Japão contesta supostas taxações discriminatórias aplicadas pelo governo brasileiro contra o produto importado, bem como o incentivo industrial realizado por meio da redução tributária para empre- sas que alcancem certo volume de exportações. Dentre os programas questionados, encontram-se: o Inovar-Auto, o Programa de Incentivos ao Setor de Semicondu- tores (Padis), o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD), o Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (Recap), a Lei da Informá- tica e o Processo Produtivo Básico (PPB). Visto que, pelas normas da OMC, as consultas devem ser realizadas em um prazo de 60 dias, Brasil e Japão manti- veram negociações nos dias 15 e 16 de setembro, visando um último recurso de solução satisfatória sem recorrer a um litígio. As consultas, contudo, não lograram soluções para a disputa e, no dia 17 de setembro, o governo japonês solicitou a abertura de um painel, que deverá ser incorporado ao contencioso iniciado pela União Europeia. Instau- rado em dezembro de 2014, o painel deverá ter seu resultado final postergado, devido à anexação do Japão ao caso. No dia 03 de setembro de 2015, a Fiesp sediou a 3a Reunião Ordinária de 2015 do Comitê Brasileiro de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC). Instituído no âmbito do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), o Comitê visa à coordenação de ações do governo e do setor privado relacionadas à partici- pação do Brasil no Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio da OMC. A reunião teve como objetivo ampliar a discussão sobre os entraves técnicos que prejudicam as exportações brasi- leiras. Na ocasião, a Fiesp também apresentou suas iniciativas orientadas à mitigação de barreiras regulatórias no comércio internacional. Foram discutidos temas envolvendo as boas práticas regulatórias, os impactos da C3R (Coerência, Convergência e Cooperação Regulatórias) no comércio internacional, além de casos concretos relativos às barreiras técnicas às exportações apresentados por diversas entidades setoriais. As apresentações realizadas durante a Reunião podem ser acessadas aqui. Vale ressaltar que a Fiesp tem permanentemente promovido a divulgação de informações relativas às exigências regulatórias (medidas técnicas, sanitárias e fitossanitárias), com a finalidade de instruir seus associados sobre a im- portância deste tema e de contribuir para a mitigação de eventuais entraves no exterior oriundos destes requisitos. PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 6
  • 7. DEFESA COMERCIAL 1º CURSO DE SUPERAÇÃO DE BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO EXTERIOR Objeto de uma parceria entre a Fiesp e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), ponto focal do Brasil na OMC para assuntos relacionados a barreiras técnicas às exportações, foi realizado, em 25 de agosto de 2015, o 1o Curso de Superação de Barreiras Técnicas ao Comércio Exterior. O curso teve como objetivos difundir os conceitos relativos às exigências técnicas e seu impacto no acesso brasileiro a terceiros mercados, apresentar as principais discussões e iniciativas brasileiras visando à harmonização de exigên- cias técnicas com parceiros comerciais, esclarecer dúvidas frequentes no processo de exportação a respeito da ne- cessidade de atendimento a referidas exigências, além de expor os principais mecanismos destinados à superação de eventuais entraves regulatórios. As apresentações realizadas durante o curso, ministrado pelo Chefe da Divisão de Superação de Barreiras Técnicas do Inmetro, Rogerio de Oliveira Corrêa, podem ser acessadas aqui. BRASIL COMO USUÁRIO DE DEFESA COMERCIAL Atualmente, há 152 medidas de defesa comercial em vigor4 aplicadas pelo Brasil e 28 investigações em curso. Além disso, foram concluídos 7 procedimentos de investigação de origem não preferencial entre junho e agosto de 2015. As investigações iniciadas e as medidas aplicadas neste período são apresentadas nas Tabelas 2 a 4. 4 As medidas de defesa comercial em vigor contemplam medidas definitivas, provisórias e compromissos de preço estabelecidos. Os direitos antidumping aplicados às importações de metileno difenil 4,4-di-isocianato (MDI) polimérico e de pedivelas estão atualmente suspensos. Tabela 2. Abertura de investigações, de junho a agosto de 2015. Fonte: Decom/MDIC. PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 7
  • 8. DEFESA COMERCIAL Tabela 3. Aplicação de medidas de defesa comercial, de junho a agosto de 2015. Fonte: Decom/MDIC. Fonte: Deint/MDIC. Tabela 4. Investigações de origem não preferencial concluídas entre junho e agosto de 2015. PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 8
  • 9. PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 9 FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR PLANO NACIONAL DE EXPORTAÇÕES 2015-2018 O governo brasileiro divulgou, em junho deste ano, o Plano Nacional de Exportações 2015-2018 (PNE), com vistas a estimular a retomada do crescimento econômico, a diversificação e a agregação de valor e de intensidade tecnoló- gica às exportações brasileiras. O plano, que integra a política comercial do Brasil, apresenta medidas que refletem a necessidade de se conferir um novo status ao comércio exterior, de modo que este seja um elemento estratégico e permanente da agenda de competitividade e crescimento econômico do país. Estruturado em 5 pilares, com diretrizes e metas específicas, suas ações dividem-se em: (i) acesso a mercados; (ii) promoção comercial; (iii) facilitação de comércio; (iv) financiamento e garantias às exportações; e (v) aperfeiçoamen- to de mecanismos e regimes tributários de apoio às exportações. Para cada pilar foram estabelecidas diretrizes e metas específicas. As diretrizes representam as linhas gerais da po- lítica comercial brasileira relativas às exportações para o período de 2015 a 2018. Com base nestas diretrizes serão detalhadas metas anuais a serem executadas. No documento apresentado pelo governo, em junho, foram apresen- tadas as metas para 2015, e no início de cada ano serão anunciadas as metas a serem executadas até 2018. No tocante aos três últimos pilares mencionados, destacam-se algumas diretrizes: implementação do Acordo de Facilitação de Comércio da OMC; prioridade estratégica e apoio ao Portal Único de Comércio Exterior; melhorias no regime aduaneiro especial de drawback; aperfeiçoamento e simplificação do sistema de financiamento brasileiro e reformulação da Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS)/Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Ressalta-se, ainda, que as diretrizes do PNE são voltadas ao fortalecimento da participação de micro, pequenas e médias empresas no comércio exterior. Neste sentido, o plano reconhece o papel exercido pelo atual processo de fragmentação do processo produtivo em escala mundial, bem como prevê ações de fomento à internacionalização de empresas nacionais e à negociação de acordos em matéria de comércio e serviços. Participação da Fiesp na elaboração do Plano Nacional de Exportações Segundo o Governo, o PNE foi elaborado em estreita coordenação com o setor privado, por meio de reuniões e consultas, das quais participaram cerca de 80 entidades representativas de diferentes setores produtivos, dentre elas a Fiesp. A entidade apresentou ao governo documento contendo um conjunto de medidas com o objetivo de contribuir para o sucesso do plano, tais como: simplificação e desburocratização aduaneira, incremento dos recursos destinados ao financiamento das exportações, aprofundamento da negociação de acordos comerciais, superação de restrições regulatórias no exterior, entre outras. Desde sua divulgação, a Fiesp tem acompanhado com atenção o desenvolvimento e a implementação das metas e diretrizes fixadas no PNE.
  • 10. PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 10 FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR GRUPO TÉCNICO PERMANENTE PARA APERFEIÇOAMENTO DO REGIME ESPECIAL DE DRAWBACK A Portaria Conjunta no 1, de 8 de julho de 2015, deu origem ao Grupo Técnico Permanente para o Aperfeiçoamento do Regime Especial de Drawback, com o objetivo de simplificar, modernizar e intensificar a utilização do regime aduaneiro especial de drawback5 . O grupo é composto por servidores da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e, quando solicitado, por membros de outros órgãos públicos envolvidos direta ou indiretamente com o tema de drawback. A criação do Grupo está prevista no Plano Nacional de Exportações, especificamente no pilar de Aperfeiçoamento de Mecanismos e Regimes Tributários de Apoio às Exportações. Suas atribuições são elencadas na referida portaria, destacadas a seguir. 5 O atual formato de drawback integrado permite importação ou aquisição no mercado interno, de forma combinada ou não, de mercadoria a ser utilizada em processo de industrialização de produto acabado, com a finalidade de exportação. O drawback integrado comporta as seguintes modalidades: suspensão e isenção de impostos dos insumos importados. ATRIBUIÇÕES DO GRUPO TÉCNICO I. Propor normas destinadas a esclarecer as atuações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na gestão do regime de drawback, conforme as competências legais de cada órgão; II. Propor medidas para simplificar o acesso ao regime de drawback e facilitar o seu cumprimento pelas em- presas beneficiárias; III. Propor medidas destinadas ao aprimoramento dos instrumentos de controle do regime de drawback; IV. Propor normas destinadas ao aperfeiçoamento da regulamentação do regime de drawback e à implementação das medidas referidas nos incisos II e III; V. Sugerir o aperfeiçoamento dos sistemas que administram o regime de drawback para a simplificação do acesso e da utilização desse regime e melhoria dos instrumentos governamentais de gestão e controle; VI. Avaliar as regras de validação automática do Sistema Drawback Isenção e sua integração com outros módulos do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex); VII. Atuar como canal permanente de cooperação e compartilhamento de informações entre os órgãos envolvidos para fins de gestão e aperfeiçoamento do regime de drawback; e VIII. Avaliar e propor solução para assegurar efetividade das desonerações previstas em lei (PIS/Pasep e Cofins) nas importações sob amparo do regime de Drawback Isenção. Segundo o Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) do MDIC, o regime aduaneiro especial de drawback tem sido tratado com prioridade, uma vez que para cada dólar importado com suspensão de tributos, sete dólares são exportados, impactando substancialmente no montante das exportações brasileiras.
  • 11. PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 11 MERCOSUL: DECISÃO DO CONSELHO DO MERCADO COMUM SOBRE ADMISSÃO TEMPORÁRIA E DRAWBACK Com base na Decisão no 24/2015 do Conselho do Mercado Comum (CMC), que deverá ser incorporada ao ordena- mento jurídico dos Estados Partes antes de novembro de 2015, estes estão autorizados a utilizar, até 31 de dezembro de 2023, os regimes de drawback e admissão temporária para o comércio intrazona. Neste sentido, o Grupo Mercado Comum (GMC) deve submeter à consideração do CMC, até 2019, uma proposta de harmonização de regimes nacionais de drawback e admissão temporária dos Estados Partes. Ademais, Paraguai e Uruguai poderão aplicar alíquota de 0% no imposto de importação (II) para insumos agrope- cuários, caso estes não estejam utilizando os regimes de admissão temporária ou de drawback. A decisão estipula, ainda, a criação de um regime de importação de matérias-primas para o Paraguai com alíquota do II de 2%. OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO: BRASIL E ESTADOS UNIDOS ASSINAM PLANO DE TRABALHO CONJUNTO O Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA), fundamentado nas diretrizes da Organização Mun- dial das Aduanas (OMA) (denominadas SAFE Framework of Standards to Secure and Facilitate Global Trade), visa apri- morar a cadeia logística como um todo, trazendo agilidade ao fluxo de carga entre os países. Com adesão voluntária, podem ser definidos como operadores econômicos autorizados os operadores de comércio exterior6 que oferecem baixo risco em suas operações, de acordo com os requisitos de admissibilidade e condições de elegibilidade estabelecidos no programa brasileiro. A implementação do Programa Brasileiro de OEA está sendo realizada em três fases: • OEA Segurança (Fase 1): o foco desta etapa é o fluxo de exportação. Os operadores receberão certificação com base no cumprimento de requisitos de segurança definidos pelo Programa. O lançamento desta fase ocorreu em dezembro de 2014. Desde março de 2015, as empresas interessadas em adquirir a certificação de OEA Segurança podem encaminhar seu pleito à Receita Federal. • OEA Conformidade (Fase 2): o foco é o fluxo de importação. Nesta etapa, ocorrerá a certificação baseada no cumprimento das normas e procedimentos aduaneiros, por meio da revisão do Linha Azul. Os operadores que optarem pela certificação conjunta do OEA Segurança e Conformidade serão classificados como OEA Pleno7 . • OEA Integrado (Fase 3): serão integrados ao programa outros órgãos de Estado, como a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A previsão é de que esta fase seja lançada em dezembro de 2016. 6 Podem ser, entre outros: importadores, exportadores, depositários, operadores portuários e aeroportuários; despachantes aduaneiros, transportadores, agentes de carga. 7 A implementação das modalidades OEA Conformidade e OEA Pleno está prevista para dezembro de 2015 e as certificações a partir de março de 2016. FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR
  • 12. PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 12 Até 2019, a meta da Receita Federal do Brasil (RFB) é atingir 50% das declarações de exportação e de importação registradas por empresas certificadas como OEA. O Programa visa, ainda, possibilitar acordos de reconhecimento mútuo, ou seja, o reconhecimento automático em outro país de um operador que é certificado no Brasil e vice-versa, possibilitando o mesmo tratamento aduaneiro preferencial. Neste contexto, na ocasião da visita presidencial aos Estados Unidos, em junho deste ano, o Departamento de Segu- rança Nacional do Estados Unidos (DHS, Department of Homeland Security) e a RFB assinaram um Plano de Trabalho Conjunto em matéria de reconhecimento mútuo de seus programas de OEA. O plano de trabalho é a etapa inicial para que as aduanas dos dois países firmem um acordo de reconhecimento mútuo, abordando os pontos que necessitam ser equivalentes entre os programas brasileiro e americano de OEA. Uma vez assegurada a compatibilidade entre os programas, será possível avançar nas discussões sobre reconheci- mento mútuo. CONSULTA PÚBLICA SOBRE REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DE ENTREPOSTO INDUSTRIAL SOB CONTROLE INFORMATIZADO DO SISTEMA PÚBLICO DE ESCRI- TURAÇÃO DIGITAL A RFB divulgou, em agosto, a Consulta Pública no 04/2015, que trata da proposta de uma instrução normativa sobre o Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado do Sistema Público de Escrituração Digital (Recof-Sped). O Regime de Recof permite a suspensão dos tributos incidentes sobre as partes e peças importadas ou adquiridas no mercado interno, para posterior industrialização de produtos destinados à exportação. A criação de uma norma pretende trazer previsibilidade e regulamentar a utilização no Recof do modelo Sped, em substituição ao uso de sistema próprio de controle. Ademais, tem por objetivo simplificar os procedimentos de ha- bilitação das empresas ao Regime. Neste sentido, a medida poderá reduzir os custos associados ao ingresso e à manutenção do regime, aumentando a possibilidade de acesso de novas empresas a seus benefícios. A RFB recebeu, até 8 de setembro, sugestões do setor privado no que concerne ao conteúdo da referida instrução normativa, que, atualmente, está em fase de elaboração. AS EDIÇÕES ANTERIORES DO PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR PODEM SER ACESSADAS AQUI. FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR
  • 13. Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior – Derex Área de Defesa Comercial Tels.: (11) 3549-4215/4221 Área de Facilitação do Comércio Exterior Tels.: (11) 3549-4620/4449 Fax: (11) 3549-4730 Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp End.: Av. Paulista, 1313 – São Paulo –SP | CEP: 01311-923 www.fiesp.com EQUIPE TÉCNICA PANORAMA DE DEFESA COMERCIAL E FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR | SETEMBRO 2015 13