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E.E. São José sai na frente em 2008 Incentivo 
Diversas ações marcaram o 
ano que se passou na Escola 
Estadual São José. Participação 
em eventos, projetos que aten-dem 
à comunidade, entre ou-tros. 
Nossos alunos foram até São 
Paulo e visitaram o museu do 
Ipiranga e a estação cultura da 
USP. Um olé de vitórias! 
Que elas permaneçam em 
2009. 
à Leitura 
Professores e alunos descobrem 
juntos o prazer da hora da leitura. 
Encontro 
Marcado 
Escola conhece 
Fernando Sabino 
Painel 
Cultural 
Confira as produções literárias 
de nossos alunos. 
Esportes 
Xadrez, capoeira e futebol: 
diversão e aprendizado 
recreativo. 
Alunos do curso de Jornalis-mo 
da Fundação de Ensino Su-perior 
de Passos desenvolvem 
há cerca de dois anos um proje-to 
inédito em Passos: Jornalis-mo 
na Escola. O objetivo é 
transformar a escola em um es-paço 
comunicativo e dialógico. 
Página 03 
Jornalismo 
na Escola 
Página 06 
Página 03 
Página 05 
Páginas 07 e 08 
Página 07
QUEM SOMOS NÓS 
É com muita alegria que apresentamos à 
comunidade da Escola Estadual São José o 
exemplar experimental do jornal “Fala José”. 
Em 2007, estudantes do curso de Jornalis-mo, 
da Fundação de Ensino Superior de Pas-sos 
(FESP), realizaram na escola um projeto 
inovador e ousado: o “Folhas Avulsas”. De-pois 
de participarem de oficinas de jornalis-mo, 
alunos da escola publica-ram 
matérias no jornal labora-tório 
do curso de Jornalismo – 
o “Primeira Linha”. 
O sucesso foi tão grande e 
apreciado pela professora 
Gilza Mendes que, em 2008, 
convidou os universitários para 
desenvolver uma oficina com 
alunos da 6ª série do ensino fundamental. O 
resultado é o jornal “Fala José”. 
Queremos levar a comunicação para a Es-cola 
São José e fazer com que ela seja um espa-ço 
aberto e dialógico, voltado para uma educa-ção 
mais participativa. 
Procuramos mostrar um pouco de todas as 
realizações da escola. Trazemos um perfil de 
uma professora, com veia poética, escritora e 
que viveu os tempos duros da ditadura militar 
no Brasil. Nossa matéria especial explica me-lhor 
este projeto de “Jornalismo na Escola”. E 
o trabalho mais interessante é claro, são dos 
próprios alunos da escola: várias produções 
originadas de pesquisas e trabalhos dentro da 
sala de aula. 
A escola é um grande es-paço 
onde o saber circula, re-pleta 
de informações e que 
precisam ser divulgadas, pas-sadas, 
experimentadas em 
conjunto. “Fala José!”: um 
nome diferente, brincalhão, 
que mostra nossa proposta. 
Semelhança ou não com o po-ema 
“E agora, José?”, de Drummond, temos 
certeza que ele ficaria feliz. Portanto, “falar” 
em toda a comunidade. E neste caso o “José” 
representa toda a escola: alunos, professores 
e funcionários, pais e comunidade. Todos po-dem 
falar em nosso jornal. 
Boa leitura! 
“Fala José”: 
A escola se comunicando! 
Se você quer conehcer as temáti-cas 
da autora basta procurá-la na Es-cola 
Estadual São José. Isso mesmo, 
Marise é professora na escola e nas 
linhas abaixo você conhece um pou-co 
desta grande artista passense. 
Marise Aparecida Pacheco, conta que vi-rou 
professora meio que por acaso. Desde 
garota dos 13 aos 14 anos participava da im-prensa 
na cidade. Já aos 14 anos tinha um es-paço, 
a “Coluna Feminina”, no jornal “O Su-doeste”. 
“Com 18 anos resolvi mudar. Fui para 
São Paulo e lá me engajei nos movimentos literá-rios 
que estavam acontecendo. 
Em meados de 1978 começaram 
a surgir os produtores indepen-dentes 
no país e a classe poética 
influía muito, era um momento 
delicado da política no país, não 
tínhamos liberdade nenhuma 
para expressar”, lembra. 
Na terra da garoa, fez par-te 
do “Grupo Sangue Novo” – 
um dos grupos mais importantes do movimen-to 
literário nacional. Teve contato com vários 
escritores e poetas do país, vendia os livros nos 
bares que eram impressos ao mimiógrafo, na 
gráfica da Universidade de São Paulo (USP). 
Seguiu alguma perseguição? 
“Nenhuma diretamente, graças 
a Deus. Aqui, em Passos, pre-senciei 
uma vez, por acaso, uns 
guardas dentro da delegacia. 
Um monte de gente em cima 
de um só. Eu entrei, era muito 
jovem e vi uma cena lamentá-vel: 
cerca de dez guardas em 
cima de um coitado. Aí coloquei uma nota no 
jornal “Gazeta de Passos” sob o pseudônimo 
de “Sombra”. E o que eles poderiam fazer? 
Era uma menina que tinha escrito. Deixaram-me 
em paz, então”. 
Marise é formada em Letras e participou 
da consolidação da imprensa. Três livros já 
publicados –“Imagens”, “Cutuca meu bem cu-tuca” 
e “O outro” – e mais dois a serem edita-dos 
– “O último livro” e “Depois do último”. 
Marise cita uma frase de André Guide, que 
justifica um pouco do seu trabalho: “Tudo já 
foi dito mais de uma vez, mas como ninguém 
escuta a gente precisa falar de novo”. 
Participou também dos mo-vimentos 
estudantis em Passos, 
a antiga União Passense dos 
Estudantes Secundários 
(UPES) e também teve vez nas 
publicações destes movimen-tos, 
como a revista “Protótipo”, 
onde só haviam homens mas, 
Marise estava lá. “Era um mo-vimento 
legítimo a partir de 
pessoas interessadas nele. Eu acho que por 
causa dessa cultura de corrupção os jovens 
estão desarticulados da política”, disse. E 
finalizando, a professora e escritora deixa 
ainda uma reflexão importante: “O jovem 
hoje, na minha opinião, é 
desmotivado, não tem merca-do, 
não tem espaço para se 
reunir, os grêmios enfraque-ceram 
ou até são proibidos 
nas escolas. A articulação 
está travada. Hoje, se comu-nicam 
de outra forma, como 
exemplo, a internet. Que mo-delos 
eles têm? A gente tinha modelos revo-lucionários. 
Que político podem ter como 
exemplo? Não consigo achar algum. Então fica 
difícil. Mas eu sinto que a meninada, quando 
você permite, dá espaço, participa. Todas as 
ações que forem abrir à crítica, pôr a mente 
pra pensar, são bem vindas”. 
EXPEDIENTE 
FALA JOSÉ é uma publicação experimental da Escola Estadual São José, sob a orienta-ção 
da equipe de Jornalismo da Fundação de Ensino Superior de Passos (FESP/UEMG), por 
meio do projeto “Jornalismo na Escola” 
Marise Pacheco 
Poeta e professora que presenciou a ditadura militar 
A escola é um 
grande espaço 
onde o saber 
circula, repleta de 
informações. 
ENTREVISTA 
Em um de seus 
poemas Marise 
questiona o medo 
e o vazio humano, 
a falta do senti-mento, 
o abando-no, 
a opressão. 
ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 
Caetano Ingraci – Diretor 
Maria Cândida Brandão Farjalla – Vice-diretora 
Durce Vânia da Silva Villaça – Vice-diretora 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE PASSOS 
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DE PASSOS 
Conselho Curador 
Fábio Pimenta Esper Kallas – Presidente 
Manoel Reginaldo Ferreira – Vice-presidente 
Frank Lemos Freire – Membro 
Facomp 
Vanessa Braz Cassoli – Diretora 
Selma Cristina Tomé Pina – Vice-diretora 
EQUIPE JORNAL FALA JOSÉ 
Danilo Vizibeli – Editor e Jornalista Responsável 
Gilza Mendes de Oliveira – Professora responsável 
Marcelo Silva Coimbra – Diagramação e Projeto Gráfico 
Ivan Dib Barros – Design Gráfico 
Heliza Faria – Orientação do Projeto Gráfico 
Vanessa Cassoli – Orientação do Projeto e Redação 
Turmas participantes: 6ª e 7ª séries Vespertino – 2008 
Impressão: Gráfica Letrícia - Tiragem: 1500 exemplares 
Eu acho que 
por causa dessa 
cultura de corrupção 
os jovens estão 
desarticulados da 
política 
Eu sinto que a 
meninada, 
quando você 
permite, dá 
espaço, participa. 
2
COMUNIDADE ATIVA 
Alunos e professores 
participam de passeio cultural 
Os alunos do ensino médio, acompanhados dos professores, Fabiano Amorim e Fátima 
Reis, e da vice-diretora, Maria Cândida Farjalla, foram a São Paulo para um passeio educativo. 
No dia 12 de setembro, eles visitaram o Museu do Ipiranga, que registra a história do Brasil, 
com enfoque para a história de São Paulo e o movimento dos bandeirantes. 
O passeio teve parada também na Estação de Ciências da USP (Universidade de São Paulo), 
onde os participantes assistiram palestras e conheceram laboratórios de Física, Química, Biolo-gia, 
Antropologia entre outros. 
Essa viagem teve como objetivo promover a aprendizagem através do conhecimento dinâmico 
Quinta série visita o SAAE 
A 5ª V6, com a coordenação das professoras Diana Carolina Souza e Maria Rita da Silveira, 
visitou a estação de tratamento de água de Passos, que está sobre a administração do Serviço 
Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). 
O objetivo foi conhecer na prática as etapas da limpeza da água, conteúdo que os alunos estão 
aprendendo. Os visitantes tiveram a oportunidade também de assistirem a uma palestra sobre 
Educação Ambiental, a qual conscientiza sobre a importância de preservação das nascentes. 
A turma ganhou nota 10, pois depois de tomarem o lanche, recolheram todo o lixo. No que 
depender da 5ª V6 o nosso meio ambiente será preservado. 
As turmas de 6ª série, com a coordenação da professora Maria Rita da Silveira, pesquisaram, 
assistiram vídeos, analisaram textos jornalísticos e participaram de debates sobre temas de meio 
ambiente, ética e cidadania. 
Entenderam que pequenos gestos no dia-a-dia podem melhorar a qualidade de vida no planeta 
e assumiram alguns compromissos como: não jogar lixo na rua, remédios, produtos tóxicos e 
óleo no ralo da pia, economizar água e energia elétrica, não destruir os bens e patrimônio 
público, não fazer queimadas em terreno baldio, dentre outros. 
Escola fortalece atividades na 
área de língua portuguesa 
3 
Meio ambiente e cidadania 
Oficina e Olímpiada 
A professora Cláuvia Mariano coordenou as oficinas propostas pela Olimpíada Brasileira 
de Língua Portuguesa com os alunos da 5ª V2. Nesse concurso os alunos tiveram a oportuni-dade 
de ler e criar poesias, além de declamar as produções no “Momento Cultural” realizado 
em todas as aulas de português. As oficinas foram realizadas de maio a agosto. (Confira no 
Painel Cultural o poema escolhido para representar a Escola “São José”). 
Ler, escrever e viver 
A professora Claudia Paim está coordenando um projeto com os alunos da 5ª série na área 
de leitura e escrita. O objetivo é além de despertar a criatividade e sensibilidade, transformar 
o que os alunos escrevem em livros. 
Leitura na sala de aula 
Em agosto, a professora Gilza Mendes apresentou para professores e demais funcionários 
uma proposta de trabalho que tem a finalidade de resgatar a importância da leitura como 
forma de lazer, formação e cultura. A professora Claudia Paim acreditou no projeto e diz que 
os alunos aprovaram a idéia e até cobram, quando não há aulas de leitura. Uma vez por 
semana cada turma participa de um momento de leitura coletiva em que são comentadas 
várias obras. 
Jogos e desafios de português 
Um projeto implantado em maio desafiou os alunos da 8a N1 do São José. Composto 
de jogos e desafios de português, dentro do projeto elaborado pelo professor José dos Reis 
Santos – o Zé Reis, aconteceram disputas acirradas em torno de ortografia, sintaxe e interpre-tação 
de textos. No caso dos jogos de ortografia, o embate é entre homens e mulheres. Já os 
desafios de interpretação de texto foram disputados por dois grupos: ímpar e par. 
A iniciativa não suprime as aulas expositivas, mas as complementam, trabalhando 
conteúdos da grade curricular. “Os alunos adquirem novos conhecimentos e tem a oportuni-dade 
de experimentarem situações semelhantes do cotidiano, como concursos e vestibulares, 
que exploram muito a interpretação textual”, explicou o professor Zé Reis. 
Um projeto da Faculdade de Serviço So-cial 
de Passos (Fasesp), unidade da Funda-ção 
de Ensino Superior de Passos (FESP) está 
contribuindo para a educação. O objetivo é 
realizar ações que contribuam para o desen-volvimento 
do processo de ensino-aprendiza-gem 
por meio de atendimentos individuais e 
grupais. Os assistentes sociais e estagiários in-formam, 
encaminham e agilizam recursos 
para que haja integração entre escola, família 
e comunidade. 
Após uma pesquisa, no 2º semestre de 
2008, algumas visitas domiciliares foram feitas 
pelos profissionais e atualmente algumas ati-vidades 
grupais estão sendo realizadas com 
adolescentes do período vespertino, para que 
Cozinha 
reaproveita 
alimentos 
O projeto “Cozinha Experimental” está fa-zendo 
o maior sucesso entre as mulheres de 
nossa comunidade. 
Parceria entre nossa escola e a Funda-ção 
de Ensino Superior de Passos (FESP), 
por meio do curso de Nutrição, estimula 
o reaproveitamento de resíduos alimen-tares 
normalmente descartados, os quais 
se transformam em pratos fantásticos, sa-borosos 
e nutritivos. 
Os encontros acontecem aos sábados. De 
acordo com a diretora da Faculdade de Nutri-ção 
de Passos (Fanutri), Joyce Moraes, o pro-jeto 
visa promover condições de elaborar pre-parações 
mais saudáveis e nutritivas a baixo cus-to. 
“Nosso objetivo é incentivar novas práticas 
alimentares e contribuir com uma boa saúde”. 
União entre 
escola e 
comunidade
Alunos pesquisam 
e pintam a história social 
Projeto aberto à comunidade e sob a coor-denação 
da professora de Educação física 
Polyane Dominguos e dos alunos Odair, 
Andressa e João, a escola oferece aulas de Axé, 
Hip Hop e Dancing todos os sábados. Qual-quer 
um pode participar. 
COTIDIANO 
A professora de história, Silcéia do Nasci-mento, 
conseguiu ensinar a disciplina de um 
jeito diferente. Cerca de 90 alunos fizeram pin-turas 
que foram expostas na Feira Cultural. 
Foram usados pincéis e tintas sobre papel 
“craft”. “A imaginação rolou solta. Já que o “hip-hop” 
é tão discutido hoje em dia, até mesmo na 
mídia, e faz parte do cotidiano de nossos alu-nos 
propus que eles conhecessem e 
pesquisassem um pouco mais a origem do mo-vimento”, 
disse Silcéia. 
O hip hop é um movimento cultural, iniciado 
no final da década de 1960, nos Estados Uni-dos, 
como forma de reação aos conflitos soci-ais 
e à violência sofrida pelas classes menos 
favorecidas da sociedade urbana. É uma espé-cie 
de cultura das ruas, um movimento de 
reinvidicação de espaço e voz das periferias, 
traduzido nas letras questionadoras. O grafite 
é muito presente nesta arte. A criatividade dos 
alunos foi surpreendente. 
C o o r d e n a d o s p e l a p r o f e s s o r a 
Adriana Rocha, os alunos participa-ram 
de atividades como o campeona-to 
de “basquete de rua”, números de 
música e dança, além do maior dife-rencial 
da feira, que foi a produção 
de desenhos criados pelos alunos li-gados 
ao movimento Hip Hop. 
Professores participam de 
“Intervenção Pedagógica” 
Intervenção Pedagógica é o nome do projeto 
que prevê melhorias na didática dos professo-res 
e na integração de toda a escola. As 
orientadoras pedagógicas, Leonor Fabri e Lú-cia 
Maria de Oliveira, estão acreditando no 
projeto e para isso realizaram o diagnóstico 
das competências e habilidades de leitura e 
Dança na escola 
matemática dos alunos de 5ª série. Elas arqui-varam 
para 2009 tudo o que os professores 
estão prepararam para a melhoria da qualida-de 
do ensino-aprendizagem, além de outros 
materiais que elas mesmas correm atrás. A es-cola 
acredita no trabalho em equipe como ca-minho 
para o sucesso. 
Feira cultural é realizada 
de forma inovadora 
De acordo com a coordenadora e 
orientadora da escola, Leonor Fabri, 
o objetivo é melhorar o resultado pe-dagógico 
daqueles alunos que tem ta-lento 
para o desenho, mas não de-monstram 
interesse pelo ensino regu-lar. 
A Escola São José, mais uma vez, 
abriu espaço para a cultura. 
Professores em reunião de “Intervenção Pedagógica” 
Escritor visita a escola 
Em julho, o autor do livro “Memoriando”, 
Sebastião Wenceslau Borges, fez uma pales-tra 
aos alunos da 8a N1 da E.E. São José. Ele 
aceitou o convite do professor de Língua Por-tuguesa, 
José Reis Santos, para abrir o “Proje-to 
Memórias”, que preparou os alunos para a 
Olimpíada de Língua Portuguesa. 
O escritor segurou a atenção dos alunos, 
contando vários casos vividos por ele déca-das 
atrás. Por fim, Sebastião Wenceslau re- 
velou algumas histórias que estarão no seu 
próximo livro. A visita do escritor agradou 
a todos: alunos, professores e direção da 
escola. No dia 27 de novembro, finalizando 
o projeto, foi lançado o livro também 
intitulado “Memórias”, escrito pelos alunos. 
“Fizemos o livro por meio de xerox mas fi-cou 
muito bonito. A produção dos alunos 
teve muita qualidade. Estou satisfeito”, co-mentou 
o professor, José Reis. 
Av. Otto Krakauer, 1050 - Centro - Passos - MG 
Fone: (35) 3521-6082 
4
ESCOLA EM AÇÃO 
Escola participa de encontro com Fernando Sabino 
“O Encontro Marcado”, a obra 
que deu origem ao título do projeto 
do Grupo Votorantim, é talvez o tra-balho 
mais conhecido de Fernando 
Sabino e que foi levado para o exte-rior. 
A Escola São José participou do projeto 
“Encontro Marcado com Fernando Sabino”, 
que é uma parceria entre o Grupo Votoran-tim, 
Prefeitura de Passos, Superintendência 
Regional de Ensino e a Fundação de Ensino 
Superior de Passos (FESP). 
A coordenação deste projeto é de respon-sabilidade 
do filho do escritor Bernardo Sabi-no, 
que esteve na Câmara Municipal durante 
o lançamento. 
Na oportunidade, os alunos do “São José” 
conheceram algumas obras e a vida do grande 
escritor mineiro. Além da leitura em sala de 
aula, foram exibidos filmes que deram origem 
a desenhos e maquetes inspirados na vida e 
obra do autor. 
A professora de geografia, Maria Rita da 
Silveira, deu a maior força na maquete feita 
pela 6ª V2 – que deu um show de participação, 
quando mostrou grande capacidade para tra-balhar 
em equipe, além da criatividade. 
A professora de língua portuguesa, Clau-dia 
Paim, engajou-se no projeto e os alunos da 
5ª série reconheceram que a leitura pode ser 
um momento muito agradável. 
A abertura do projeto aconteceu no plená-rio 
da Câmara Municipal de Passos. Os traba-lhos 
participantes foram produzidos a partir 
de textos de Fernando Sabino e os premiados 
receberam exemplares de obras do autor. 
Cada apresentação surpreendia o público. 
A tradução em braile de um dos textos 
mostrou que a boa literatura desperta o senti-mento 
de todos independente das limitações. 
O projeto percorre 10 cidades do interior 
de Minas Gerais e São Paulo. Em Passos, as 
produções das escolas ficaram expostas na 
mostra “Encontro Marcado com Fernando 
Sabino”, na Casa da Cultura. 
Fernando Sabino, escritor falecido em 2004, 
é conhecido, especialmente, por suas crônicas 
que foram mostradas ao público passense por 
meio de encenações teatrais e de músicas que 
também retratam a personalidade do autor. 
“Para nós do Grupo Votorantim é o momento 
de contribuirmos com a cultura do país e forta-lecer 
os vínculos mineiros com a trajetória de 
vida e obra deste grande escritor”, comentou 
André Luís Bittencourt, diretor representante 
da Votorantim Metais. 
Bernardo Sabino, filho do escritor e orga-nizador 
do projeto, esteve em Passos e ficou 
satisfeito com a participação das escolas e do 
povo. 
“É um presente para a vida cultural do mu-nicípio 
e região, mas nós é que ganhamos o 
principal presente. Meu pai estaria feliz se esti-vesse 
vivo”, disse Bernardo. 
“““““Ele era mesmo 
um menino, e isso 
era o que me en-catava 
nele. Era 
saber fazer da 
vida uma brinca-deira”””””, 
lembra 
Bernardo Sabino. 
Alunos produzem maquetes para o projeto 
Na abertura do projeto, em Passos, 
muitos estudantes ganharam a obra “O 
Menino no Espelho”. Neste livro, o autor 
escreveu um verdadeiro auto-retrato, 
sempre se encontrando na personalida-de 
de uma criança. 
O primeiro livro do autor “Os Gri-los 
Não Cantam” foi publicado ain-da 
na adolescência. Alguns estu-dantes 
de passos fizeram um traba-lho 
sobre a obra. Outro título que 
também chama a atenção dos lei-tores 
é “O Homem Nú”, uma cole-tânea 
de crônicas. 
Vasto é o acervo de Sabino que 
contribui para o desenvolvimen-to 
da leitura, tão importante 
para o aprendizado. A Escola Es-tadual 
São José, juntamente 
com toda a cidade de Passos, ga-nhou 
um momento de cultura, 
lazer, e diversão. Ler também 
pode ser uma brincadeira. E 
muito produtiva! 
A professora Gilza Mendes vibrou 
com o projeto. “Sou muito fã da obra 
deste escritor. Adoro as crônicas deles. 
Trabalhar a literatura com os alunos foi 
muito gratificante”, contou Gilza. 
Fernando Sabino nasceu em Belo 
Horizonte e desde cedo se interessou 
pela Literatura. 
5
ESPECIAL Nova Proposta 
Projeto de jornalismo da FESP propõe educação participativa 
“Jornalismo na escola” vem 
sendo desenvolvido desde 
2007, por estudantes da FESP 
Quatro estudantes do curso de Jornalismo, 
da Fundação de Ensino Superior de Passos 
(FESP/UEMG) desenvolveram um projeto ino-vador 
na escola, no primeiro semestre de 2007. 
O projeto “Folhas Avulsas: experiências, signi-ficados 
e participação nas páginas de um jor-nal- 
laboratório” foi concluído com a publica-ção 
de uma seção, pelos alunos da Escola São 
José, no jornal “Primeira Linha”, do curso de 
Jornalismo da FESP. 
Os acadêmicos de jornalismo Danilo Vizi-beli, 
Cleibson Rezende de Sá Junior, Quitéria 
Gomes Quadros e Vanessa Ferreira Oliveira 
foram apoiados pelo Programa Institucional de 
Bolsas de Iniciação Científica da UEMG – o 
PIBIC – em caráter de projeto de extensão. Os 
resultados foram apresentados no Seminário 
de Iniciação Científica da UEMG, em novem-bro 
de 2007, na cidade de Ituiutaba (MG). 
Em 2008, a professora Gilza Mendes, que 
assistiu algumas oficinas do “Folhas Avulsas”, 
teve a idéia de montar com as turmas de 6ª 
série do ensino fundamental um jornal com 
textos produzidos dentro da sala de aula. 
Para que o projeto tivesse maior eficiência 
ela convidou os estudantes de jornalismo para 
uma semana de oficinas com as turmas de 6ª 
série. “Achei o projeto ‘Folhas Avulsas’ sur-preendente 
e eu sempre gostei de jornalismo. 
Minha idéia era, com pesquisas realizadas por 
professores de cada disciplina, produzir textos 
com os alunos e que seriam publicados em um 
jornal a ser produzido numa etapa seguinte”, 
contou Gilza. 
Para Danilo Vizibeli, que despertou o olhar 
para a relação da Comunicação com a Educa-ção 
e redigiu sua monografia de conclusão de 
curso em cima de pesquisas sobre o tema, quan-do 
o estudante passa a produzir informações 
ele sai da condição de receptor e pratica a co-municação 
de uma maneira mais dinâmica. “O 
intuito principal é despertar reflexões críticas. 
Nossa proposta está dentro da Educomunica-ção, 
uma linha de pesquisa desenvolvida re-centemente. 
Acredito que a escola, no mundo 
O projeto foi desenvolvido em etapas. Alu-nos 
do ensino médio participaram de oficinas 
de jornalismo e redação. Num momento pos-terior 
foram produzidas matérias jornalísticas 
para a publicação. 
Os temas das matérias produzidas foram 
escolhidos pelos próprios participantes numa 
simulação de reuniões de pauta. Depois pla-nejaram 
as reportagens, foram a campo e redi-giram 
o texto. “Foi muito legal participar do 
‘Folhas Avulsas’. Gosto muito de ler e escrever 
e conhecer um pouco do jornalismo foi muito 
interessante. Já até pensei em seguir a carrei-ra”, 
afirmou o estudante João Marcos. Cada 
um se identificou mais com um aspecto do pro-cesso 
jornalístico. Bianca foi atraída pelo foto-jornalismo. 
“O trabalho com a imagem é diver-tido. 
Tirei até algumas fotos. É uma verdadeira 
arte”, disse a aluna. 
moderno, precisa ser mais participativa e aber-ta 
ao diálogo. O aluno tem necessidade de des-cobrir 
os caminhos da construção do seu co-nhecimento. 
Os meios de comunicação são al-gumas 
das ferramentas para esta descoberta”, 
explicou Danilo. 
Com o jornal “Fala-José”, Passos começa a 
viver uma nova idéia e por que não uma nova 
era. A Escola Estadual São José talvez não seja 
a pioneira a utilizar os meios de comunicação 
dentro da sala de aula. Entretanto, é inovador 
o projeto de alunos de jornalismo colaboran-do 
com a metodologia ou didática dos profes-sores. 
O diretor da escola, Caetano Ingraci, disse 
que se sente satisfeito com tantos projetos em 
andamento no São José e declarou que o dese-jo 
de ter um informativo impresso é antigo na 
escola. “Os alunos de jornalismo estão de pa-rabéns. 
Ter um jornal impresso com assuntos 
da escola fortalece o nosso trabalho. É o regis-tro 
e concretização de todas as nossas ações”, 
comentou Caetano. 
A impressão do jornal só foi possível gra-ças 
ao apoio do Conselho Curador da FESP e 
de comerciantes da cidade. 
Folhas avulsas: editoria publicada pelos alunos 
Alunos da FESP no seminário de iniciação científica da UEMG 
“A comunicação serve para que as pessoas se relacionem entre si, transformando-se mutuamente e a realidade que as rodeia” 
(Juan Bordenave) 
6
A forma atual do jogo surgiu no sudoeste 
da Europa na segunda metade do século XV, 
durante o Renascimento, depois de ter evoluí-do 
de suas antigas origens persas e indianas. 
O xadrez é um jogo de estratégia e tática, 
sendo especialmente conhecido por sua com-plexidade. 
No Brasil, os campeonatos nacionais ocor-rem 
desde 1927, sendo que o primeiro cam-peão 
foi Souza Mendes, no Rio de Janeiro. O 
primeiro campeonato brasileiro feminino ocor-reu 
em 1960, na cidade de Brusque, e a primei-ra 
campeã foi Dora Rúbio. 
O escola deu início no dia 1º de novembro 
ao projeto “Xadrez na Escola”. Para isso, con-tou 
com a colaboração de dois alunos, Edelvan 
Marques Rosa e Flávio Rocha Juliani e dos pro-fessores 
de educação física Gledson do Nasci-mento 
e Ana Maria Calixto. O FALA JOSÉ fez 
um bate-papo com os organizadores: Flávio e 
Edelvan, Professor Gledson, Diretor Caetano 
Ingranci e o participante Silas Augusto. 
FALA JOSÉ: Como surgiu a idéia? 
FLÁVIO: A idéia partiu do Caetano, para 
divulgar mais o xadrez na escola em todos os 
turnos e incentivar a prática do jogo do xadrez. 
FALA JOSÉ: Quais foram os pri-meiros 
passos que deram início a esse 
projeto? 
EDELVAN: Foi a divulgação feita através 
de cartazes distribuídos pela escola e salas de 
aula e o incentivo dos professores de educa-ção 
física Gledson e Ana Maria. 
FALA JOSÉ: Como foi o plane-j 
amento? 
EDELVAN: Primeiro, a gente elaborou 
as regras básicas para o campeonato de acor-do 
com a FIDE (Federação Internacional 
de Xadrez) e simultaneamente foram acon-tecendo 
as inscrições. 
FALA JOSÉ: Como ocorreu a com-petição? 
FLÁVIO: No dia do torneio, após sa-ber 
o número de participantes, foram sor-teadas 
as partidas de modo eliminatório até 
chegar ao campeão. 
FALA JOSÉ: E a participação dos 
alunos? 
EDELVAN: Foi perfeita. Os alunos res-peitaram 
as regras, prevaleceu o espírito de 
competição e apesar do xadrez ser um jogo 
polêmico, não houve reclamações de ne-nhum 
participante. 
FALA JOSÉ: O que você achou de 
participar desse campeonato? 
SILAS AUGUSTO: Foi bom, funcionou 
como um teste, porque vou jogar no campeo-nato 
de xadrez da FESP. Deu pra ver que ain-da 
é preciso treinar bastante. 
FALA JOSÉ: Quais as expectativas 
para a continuidade do xadrez na Escola? 
GLEDSON: A gente espera que o nú-mero 
de adeptos aumente, porque além da 
prática do xadrez ser saudável, auxilia o de-senvolvimento 
lógico, a paciência, a deter-minação 
e a concentração. 
FALA JOSÉ: Quais os avanços, na área 
pedagógica, que a escola pretende alcan-çar 
com a implantação desse projeto? 
CAETANO INGRACI: Fazer do xadrez 
um aliado no processo de aprendizagem, pois 
este jogo melhora muito a concentração e o 
raciocínio, habilidades fundamentais para a 
formação de cidadãos críticos, o que é fator de 
transformação sócio-cultural. 
Você sabe 
como surgiu o 
Xadrez? 
Concentrados no tabuleiro: 
xadrez é atração na escola 
Projeto 
Capoeira 
Com a colaboração dos mestres Ale-xandre 
e Alexandrinho, com aulas abertas 
para a comunidade, todas as quartas e 
domingos. O sucesso foi comprovado na 
Feira Cultural, quando muita gente ficou 
de queixo caído com a apresentação de al-gumas 
crianças que freqüentam as aulas. 
PAINEL CULTURAL 
Esse filo tem um nome muito esquisito 
Mas esperem pra ver quais são seus bichos. 
São uns “tal” de gafanhotos, cigarras e mosquitos 
São esses e outros que incomodam os ouvidos... 
O nome desse filo não sei se vou dizer 
Pois ele é muito bravo e pode assustar você. 
Vou começar agora fazendo uma charada pra 
Você adivinhar qual é a parada. 
O corpo dos insetos é segmentado 
quando ocorrem a fusão 
Eles são agrupados... cada parte dividida 
Tem o seu nome: cabeça, tórax e um abdome. 
Olhos simples são os ocelos, que acusam a 
presença de luz e de objetos. 
Os olhos compostos tem muitas lentes 
que detectam movimento, mas não como a gente. 
Já ia me esquecendo das duas antenas que servem 
Como mão para todos os problemas. 
Quando o ovo origina uma ninfa, 
Isto é metamorfose incompleta, então se liga... 
Layra Cristina de Oliveira Batista, 6ª V4 
Rosielle Aparecida Santos Silva, 6ª V4 
Coordenação: Professora Diana Carolina de Souza 
Quando o ovo origina um indivíduo semelhante ao adulto 
O desenvolvimento é direto, igual a todo mundo. 
Finalmente eu vou falar da metamorfose completa: 
Esta história é muito doida, 
de um ovo sai uma larva. 
A alimentação é muito importante para eles 
Ficarem fortes e muito irritantes. 
O exoesqueleto é uma proteção: 
Diminui perda de água e dá sustentação. 
ESPORTE 
Se liga na parada que eu vou te dizer: 
Aqui são os insetos que chegaram pra valer 
Eles são numerosos e estão abalando, 
Com o exoesqueleto que não 
vai aumentando. 
Se liga na idéia que eu vou te falar: 
A muda é um processo que chegou pra abalar. 
A parada é muito simples você pode acreditar, 
É a troca de esqueleto que nunca vai parar. 
Vou terminar este rap com uma 
frase muito chique: 
Quando você lê vai dar até chilique. 
Não importa se ganharmos, 
o importante é a intenção, 
só sei que este rap foi feito com o coração! 
7
RITUAL 
O medo diante da ferocidade, agu-ça 
e instiga a ferocidade. 
Como me livrar do medo?... 
E como ficar esperando o bote de 
um tigre, sem saber se há 
tigre, onde está e se me vê... 
Na verdade, sei que o perigo não 
é o tigre, e que ele nunca 
atacará... 
Será que eu entendo o que você 
está me dizendo? 
Na sua frente eu morro e não é 
pouco não... 
Você também, vejo que definha... 
Mesmo assim não te apiedas, mes-mo 
assim não me comovo... 
Essa civilização me dá paura 
Mas, ignoro. Não digo que sigo, 
só que, vou. 
E deliro. 
Não saberia dizer se você este-ve 
longe... 
eu me deito com você, me levanto 
com você... 
nos meus sonhos, estamos 
juntos... 
Quando sinto o vento tocar nas 
orelhas, 
Sei que é você, movendo-se no 
meu coração... 
Na imaginação, 
o que acaba sendo sem nunca 
ter sido. 
Toma vulto, toma corpo. 
vira coisa do avesso, 
às vezes mais que o real, que é tão 
normal... 
A faca finca, o facão fura 
A faca finca, o facão fura 
A faca finca, o facão fura 
A sanfona toca e meu coração 
batuca... 
... é,... a ignorância, deixa muitos 
rastros. 
E às vezes a gente se agride, se 
divide, 
e se cala malha que malha, 
o que queremos mesmo, 
é melecar um ao outro de amor, 
mas a gente é duro, e não se 
abraça. 
É... Urge tratar melhor tutti la cosa. 
Marise Pacheco, Professora 
Justiça a qualquer preço é um 
filme de suspense que exige muita 
atenção. No início diz que quando 
a gente convive muito com um mons-tro, 
temos que tomar cuidado para 
não nos tornar um, e quando olha-mos 
muito tempo no abismo, o abis-mo 
olha pra gente. Enfim, no filme 
estava havendo uma onda de estu-pro 
e Errol e sua assistente tinham a 
obrigação de descobrir quem eram 
esses criminosos. Até que então uma 
adolescente que estava indo embo-ra 
de sua aula de hipismo parou 
para o trem passar e parou um car-ro 
que a pegou. Errol e sua assisten-te 
foram atrás de provas de outros 
criminosos, mas sempre negavam. 
Assim foram atrás do motorista do 
trem e descobriram que a adoles-cente 
havia parado para conversar 
com alguém do banco de trás. E no 
final do filme acabam descobrindo 
que Viola, uma cabeleireira era a 
verdadeira criminosa. Ela atraía as 
meninas através do salão, as seqües-trava 
e depois ela as matava e es-quartejava. 
Mas Errol salvou a ado-lescente 
e Viola confessou que ma-tou 
muitas outras. 
O filme nos deixa uma lição: às 
vezes a gente acha que uma pessoa 
é nossa amiga, que só quer o nosso 
bem, mais muitas vezes é o contrá-rio. 
Por isso temos que tomar cui-dado 
com nossas amizades, infor-mar 
sempre aos nossos pais com 
quem andamos,onde estamos, onde 
fomos. E temos também que tomar 
muito cuidado, pois às vezes, convi-vemos 
muito com um monstro e aca-bamos 
nos tornando um. 
Rafaela Bruna Pereira, 7ª 
V3. 
Coordenação: Professora Sil-céia 
Nascimento 
UM BAIRRO 
NOBRE 
Eu amo meu bairro: 
Meu bairro é pobre, 
Alegre, humilde, 
Às vezes nobre. 
Nos finais de semana, 
A alegria é geral. 
Se ouve música, 
Cantoria, 
Até mesmo carnaval. 
Eu olho pras ruas 
E dá-se a impressão 
De estar no Quênia, 
No Campala, 
Ou gueto de Nairobi. 
Meu bairro é pobre, 
De gente humilde 
Humana e nobre. 
Noemi Abda da Silva 
Tiago, 5ª série 
(Poema que representou o 
Colégio “São José” nas 
Olimpíadas de Língua Portu-guesa. 
coordenação 
professora de Língua portu-guesa 
Cláuvia Mariano) 
INFÂNCIA 
Meu pai saía para o trabalho 
Minha mãe ficava em casa 
varrendo. 
Minha irmã ia para a escola 
Eu, sozinha, via televisão e es-tudava 
para as provas 
Estudava, estudava, estudava 
Enfim, tirava boas notas em 
algumas matérias. 
No meio dia de sol, 
Minha mãe chamava para o 
almoço. 
Comida colorida, 
Comida gostosa, 
Comida boa. 
Minha mãe ficava sentada 
vendo TV, 
Olhando para mim... 
Psiu... sua irmã chegou, abra 
o portão. 
Lá longe via o meu pai che-gando 
do trabalho 
Na rua, o ônibus dele vinha... 
Eu não sabia que minha his-tória, 
Era mais bonita do que o que 
eu via na TV. 
Janaína Gomes 
da Silva, 6ª v2 
PAINEL CULTURAL 
A MORADA NO BOSQUE 
Era uma vez um bosque 
onde havia uma mansão, 
na qual moravam todos os personagens 
dos contos de fada. 
Capitão gancho e sua tripulação estavam 
sempre encolhidos em um 
barquinho a remo na piscina. 
O Pequeno Polegar resolveu 
dar uma de Harry Potter 
e foi morar no armário. 
O Pinóquio foi morar no 
quarto maior, pois era o único quarto 
que cabia o seu nariz, e assim todos 
os personagens foram se acomodando 
na mansão que antes tinha 
pertencido à Cruela. 
Todos viviam felizes, 
O SONHADOR 
O menino quer uma bicicleta 
Mas não sabe andar. 
Mas quer para admirar, 
Porque não quer que seus amigos zom-bem 
dele, 
Só porque não tem nada. 
Mas ele pode sonha. 
Sonhar com tudo que fará com sua 
bicicleta. 
Que não se importa de ser velha. 
O menino quer também que 
construam uma praça na sua rua, 
Uma praça para encostar sua bicicleta 
no meio-fio 
e ver os outros andarem. 
Uma praça tão bonita que venha gente 
de longe conhecê-la... 
Uma praça onde haverá muitos pássa-ros, 
flores, abelhas... 
Assim ela será grande que parecerá 
não ter fim. 
O menino quer ver sua família moran-do 
na mesma cidade. 
Ver também a única imagem do seu ir-mão 
que morreu antes de nascer... 
O menino quer mudar o mundo. 
E a primeira coisa que ele iria acabar é 
com o desmatamento. 
Iria acabar com esta vida de um rico e o 
outro pobre, 
Mas que pena é só um sonho. 
Caio Henrique, 6ª V2 
até Zangado que nunca havia sido 
alegre na vida, agora vivia às gargalhadas. 
Mas, a alegria estava prestes a acabar, 
pois Branca de Neve, ao invés de 
pagar a Cruela, a fatura do 
cartão de crédito ITABU, 
resolveu comprar um novo 
vestido com detalhes de ouro e prata. 
Por isso acabaram sendo despejados. 
Coitados não tinham para onde ir. 
Mas tiveram uma idéia: já que eram personagens 
dos contos de fadas resolveram morar nos livros. 
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Escola Estadual São José promove atividades culturais e passeios educativos

  • 1. E.E. São José sai na frente em 2008 Incentivo Diversas ações marcaram o ano que se passou na Escola Estadual São José. Participação em eventos, projetos que aten-dem à comunidade, entre ou-tros. Nossos alunos foram até São Paulo e visitaram o museu do Ipiranga e a estação cultura da USP. Um olé de vitórias! Que elas permaneçam em 2009. à Leitura Professores e alunos descobrem juntos o prazer da hora da leitura. Encontro Marcado Escola conhece Fernando Sabino Painel Cultural Confira as produções literárias de nossos alunos. Esportes Xadrez, capoeira e futebol: diversão e aprendizado recreativo. Alunos do curso de Jornalis-mo da Fundação de Ensino Su-perior de Passos desenvolvem há cerca de dois anos um proje-to inédito em Passos: Jornalis-mo na Escola. O objetivo é transformar a escola em um es-paço comunicativo e dialógico. Página 03 Jornalismo na Escola Página 06 Página 03 Página 05 Páginas 07 e 08 Página 07
  • 2. QUEM SOMOS NÓS É com muita alegria que apresentamos à comunidade da Escola Estadual São José o exemplar experimental do jornal “Fala José”. Em 2007, estudantes do curso de Jornalis-mo, da Fundação de Ensino Superior de Pas-sos (FESP), realizaram na escola um projeto inovador e ousado: o “Folhas Avulsas”. De-pois de participarem de oficinas de jornalis-mo, alunos da escola publica-ram matérias no jornal labora-tório do curso de Jornalismo – o “Primeira Linha”. O sucesso foi tão grande e apreciado pela professora Gilza Mendes que, em 2008, convidou os universitários para desenvolver uma oficina com alunos da 6ª série do ensino fundamental. O resultado é o jornal “Fala José”. Queremos levar a comunicação para a Es-cola São José e fazer com que ela seja um espa-ço aberto e dialógico, voltado para uma educa-ção mais participativa. Procuramos mostrar um pouco de todas as realizações da escola. Trazemos um perfil de uma professora, com veia poética, escritora e que viveu os tempos duros da ditadura militar no Brasil. Nossa matéria especial explica me-lhor este projeto de “Jornalismo na Escola”. E o trabalho mais interessante é claro, são dos próprios alunos da escola: várias produções originadas de pesquisas e trabalhos dentro da sala de aula. A escola é um grande es-paço onde o saber circula, re-pleta de informações e que precisam ser divulgadas, pas-sadas, experimentadas em conjunto. “Fala José!”: um nome diferente, brincalhão, que mostra nossa proposta. Semelhança ou não com o po-ema “E agora, José?”, de Drummond, temos certeza que ele ficaria feliz. Portanto, “falar” em toda a comunidade. E neste caso o “José” representa toda a escola: alunos, professores e funcionários, pais e comunidade. Todos po-dem falar em nosso jornal. Boa leitura! “Fala José”: A escola se comunicando! Se você quer conehcer as temáti-cas da autora basta procurá-la na Es-cola Estadual São José. Isso mesmo, Marise é professora na escola e nas linhas abaixo você conhece um pou-co desta grande artista passense. Marise Aparecida Pacheco, conta que vi-rou professora meio que por acaso. Desde garota dos 13 aos 14 anos participava da im-prensa na cidade. Já aos 14 anos tinha um es-paço, a “Coluna Feminina”, no jornal “O Su-doeste”. “Com 18 anos resolvi mudar. Fui para São Paulo e lá me engajei nos movimentos literá-rios que estavam acontecendo. Em meados de 1978 começaram a surgir os produtores indepen-dentes no país e a classe poética influía muito, era um momento delicado da política no país, não tínhamos liberdade nenhuma para expressar”, lembra. Na terra da garoa, fez par-te do “Grupo Sangue Novo” – um dos grupos mais importantes do movimen-to literário nacional. Teve contato com vários escritores e poetas do país, vendia os livros nos bares que eram impressos ao mimiógrafo, na gráfica da Universidade de São Paulo (USP). Seguiu alguma perseguição? “Nenhuma diretamente, graças a Deus. Aqui, em Passos, pre-senciei uma vez, por acaso, uns guardas dentro da delegacia. Um monte de gente em cima de um só. Eu entrei, era muito jovem e vi uma cena lamentá-vel: cerca de dez guardas em cima de um coitado. Aí coloquei uma nota no jornal “Gazeta de Passos” sob o pseudônimo de “Sombra”. E o que eles poderiam fazer? Era uma menina que tinha escrito. Deixaram-me em paz, então”. Marise é formada em Letras e participou da consolidação da imprensa. Três livros já publicados –“Imagens”, “Cutuca meu bem cu-tuca” e “O outro” – e mais dois a serem edita-dos – “O último livro” e “Depois do último”. Marise cita uma frase de André Guide, que justifica um pouco do seu trabalho: “Tudo já foi dito mais de uma vez, mas como ninguém escuta a gente precisa falar de novo”. Participou também dos mo-vimentos estudantis em Passos, a antiga União Passense dos Estudantes Secundários (UPES) e também teve vez nas publicações destes movimen-tos, como a revista “Protótipo”, onde só haviam homens mas, Marise estava lá. “Era um mo-vimento legítimo a partir de pessoas interessadas nele. Eu acho que por causa dessa cultura de corrupção os jovens estão desarticulados da política”, disse. E finalizando, a professora e escritora deixa ainda uma reflexão importante: “O jovem hoje, na minha opinião, é desmotivado, não tem merca-do, não tem espaço para se reunir, os grêmios enfraque-ceram ou até são proibidos nas escolas. A articulação está travada. Hoje, se comu-nicam de outra forma, como exemplo, a internet. Que mo-delos eles têm? A gente tinha modelos revo-lucionários. Que político podem ter como exemplo? Não consigo achar algum. Então fica difícil. Mas eu sinto que a meninada, quando você permite, dá espaço, participa. Todas as ações que forem abrir à crítica, pôr a mente pra pensar, são bem vindas”. EXPEDIENTE FALA JOSÉ é uma publicação experimental da Escola Estadual São José, sob a orienta-ção da equipe de Jornalismo da Fundação de Ensino Superior de Passos (FESP/UEMG), por meio do projeto “Jornalismo na Escola” Marise Pacheco Poeta e professora que presenciou a ditadura militar A escola é um grande espaço onde o saber circula, repleta de informações. ENTREVISTA Em um de seus poemas Marise questiona o medo e o vazio humano, a falta do senti-mento, o abando-no, a opressão. ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Caetano Ingraci – Diretor Maria Cândida Brandão Farjalla – Vice-diretora Durce Vânia da Silva Villaça – Vice-diretora UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE PASSOS FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DE PASSOS Conselho Curador Fábio Pimenta Esper Kallas – Presidente Manoel Reginaldo Ferreira – Vice-presidente Frank Lemos Freire – Membro Facomp Vanessa Braz Cassoli – Diretora Selma Cristina Tomé Pina – Vice-diretora EQUIPE JORNAL FALA JOSÉ Danilo Vizibeli – Editor e Jornalista Responsável Gilza Mendes de Oliveira – Professora responsável Marcelo Silva Coimbra – Diagramação e Projeto Gráfico Ivan Dib Barros – Design Gráfico Heliza Faria – Orientação do Projeto Gráfico Vanessa Cassoli – Orientação do Projeto e Redação Turmas participantes: 6ª e 7ª séries Vespertino – 2008 Impressão: Gráfica Letrícia - Tiragem: 1500 exemplares Eu acho que por causa dessa cultura de corrupção os jovens estão desarticulados da política Eu sinto que a meninada, quando você permite, dá espaço, participa. 2
  • 3. COMUNIDADE ATIVA Alunos e professores participam de passeio cultural Os alunos do ensino médio, acompanhados dos professores, Fabiano Amorim e Fátima Reis, e da vice-diretora, Maria Cândida Farjalla, foram a São Paulo para um passeio educativo. No dia 12 de setembro, eles visitaram o Museu do Ipiranga, que registra a história do Brasil, com enfoque para a história de São Paulo e o movimento dos bandeirantes. O passeio teve parada também na Estação de Ciências da USP (Universidade de São Paulo), onde os participantes assistiram palestras e conheceram laboratórios de Física, Química, Biolo-gia, Antropologia entre outros. Essa viagem teve como objetivo promover a aprendizagem através do conhecimento dinâmico Quinta série visita o SAAE A 5ª V6, com a coordenação das professoras Diana Carolina Souza e Maria Rita da Silveira, visitou a estação de tratamento de água de Passos, que está sobre a administração do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). O objetivo foi conhecer na prática as etapas da limpeza da água, conteúdo que os alunos estão aprendendo. Os visitantes tiveram a oportunidade também de assistirem a uma palestra sobre Educação Ambiental, a qual conscientiza sobre a importância de preservação das nascentes. A turma ganhou nota 10, pois depois de tomarem o lanche, recolheram todo o lixo. No que depender da 5ª V6 o nosso meio ambiente será preservado. As turmas de 6ª série, com a coordenação da professora Maria Rita da Silveira, pesquisaram, assistiram vídeos, analisaram textos jornalísticos e participaram de debates sobre temas de meio ambiente, ética e cidadania. Entenderam que pequenos gestos no dia-a-dia podem melhorar a qualidade de vida no planeta e assumiram alguns compromissos como: não jogar lixo na rua, remédios, produtos tóxicos e óleo no ralo da pia, economizar água e energia elétrica, não destruir os bens e patrimônio público, não fazer queimadas em terreno baldio, dentre outros. Escola fortalece atividades na área de língua portuguesa 3 Meio ambiente e cidadania Oficina e Olímpiada A professora Cláuvia Mariano coordenou as oficinas propostas pela Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa com os alunos da 5ª V2. Nesse concurso os alunos tiveram a oportuni-dade de ler e criar poesias, além de declamar as produções no “Momento Cultural” realizado em todas as aulas de português. As oficinas foram realizadas de maio a agosto. (Confira no Painel Cultural o poema escolhido para representar a Escola “São José”). Ler, escrever e viver A professora Claudia Paim está coordenando um projeto com os alunos da 5ª série na área de leitura e escrita. O objetivo é além de despertar a criatividade e sensibilidade, transformar o que os alunos escrevem em livros. Leitura na sala de aula Em agosto, a professora Gilza Mendes apresentou para professores e demais funcionários uma proposta de trabalho que tem a finalidade de resgatar a importância da leitura como forma de lazer, formação e cultura. A professora Claudia Paim acreditou no projeto e diz que os alunos aprovaram a idéia e até cobram, quando não há aulas de leitura. Uma vez por semana cada turma participa de um momento de leitura coletiva em que são comentadas várias obras. Jogos e desafios de português Um projeto implantado em maio desafiou os alunos da 8a N1 do São José. Composto de jogos e desafios de português, dentro do projeto elaborado pelo professor José dos Reis Santos – o Zé Reis, aconteceram disputas acirradas em torno de ortografia, sintaxe e interpre-tação de textos. No caso dos jogos de ortografia, o embate é entre homens e mulheres. Já os desafios de interpretação de texto foram disputados por dois grupos: ímpar e par. A iniciativa não suprime as aulas expositivas, mas as complementam, trabalhando conteúdos da grade curricular. “Os alunos adquirem novos conhecimentos e tem a oportuni-dade de experimentarem situações semelhantes do cotidiano, como concursos e vestibulares, que exploram muito a interpretação textual”, explicou o professor Zé Reis. Um projeto da Faculdade de Serviço So-cial de Passos (Fasesp), unidade da Funda-ção de Ensino Superior de Passos (FESP) está contribuindo para a educação. O objetivo é realizar ações que contribuam para o desen-volvimento do processo de ensino-aprendiza-gem por meio de atendimentos individuais e grupais. Os assistentes sociais e estagiários in-formam, encaminham e agilizam recursos para que haja integração entre escola, família e comunidade. Após uma pesquisa, no 2º semestre de 2008, algumas visitas domiciliares foram feitas pelos profissionais e atualmente algumas ati-vidades grupais estão sendo realizadas com adolescentes do período vespertino, para que Cozinha reaproveita alimentos O projeto “Cozinha Experimental” está fa-zendo o maior sucesso entre as mulheres de nossa comunidade. Parceria entre nossa escola e a Funda-ção de Ensino Superior de Passos (FESP), por meio do curso de Nutrição, estimula o reaproveitamento de resíduos alimen-tares normalmente descartados, os quais se transformam em pratos fantásticos, sa-borosos e nutritivos. Os encontros acontecem aos sábados. De acordo com a diretora da Faculdade de Nutri-ção de Passos (Fanutri), Joyce Moraes, o pro-jeto visa promover condições de elaborar pre-parações mais saudáveis e nutritivas a baixo cus-to. “Nosso objetivo é incentivar novas práticas alimentares e contribuir com uma boa saúde”. União entre escola e comunidade
  • 4. Alunos pesquisam e pintam a história social Projeto aberto à comunidade e sob a coor-denação da professora de Educação física Polyane Dominguos e dos alunos Odair, Andressa e João, a escola oferece aulas de Axé, Hip Hop e Dancing todos os sábados. Qual-quer um pode participar. COTIDIANO A professora de história, Silcéia do Nasci-mento, conseguiu ensinar a disciplina de um jeito diferente. Cerca de 90 alunos fizeram pin-turas que foram expostas na Feira Cultural. Foram usados pincéis e tintas sobre papel “craft”. “A imaginação rolou solta. Já que o “hip-hop” é tão discutido hoje em dia, até mesmo na mídia, e faz parte do cotidiano de nossos alu-nos propus que eles conhecessem e pesquisassem um pouco mais a origem do mo-vimento”, disse Silcéia. O hip hop é um movimento cultural, iniciado no final da década de 1960, nos Estados Uni-dos, como forma de reação aos conflitos soci-ais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana. É uma espé-cie de cultura das ruas, um movimento de reinvidicação de espaço e voz das periferias, traduzido nas letras questionadoras. O grafite é muito presente nesta arte. A criatividade dos alunos foi surpreendente. C o o r d e n a d o s p e l a p r o f e s s o r a Adriana Rocha, os alunos participa-ram de atividades como o campeona-to de “basquete de rua”, números de música e dança, além do maior dife-rencial da feira, que foi a produção de desenhos criados pelos alunos li-gados ao movimento Hip Hop. Professores participam de “Intervenção Pedagógica” Intervenção Pedagógica é o nome do projeto que prevê melhorias na didática dos professo-res e na integração de toda a escola. As orientadoras pedagógicas, Leonor Fabri e Lú-cia Maria de Oliveira, estão acreditando no projeto e para isso realizaram o diagnóstico das competências e habilidades de leitura e Dança na escola matemática dos alunos de 5ª série. Elas arqui-varam para 2009 tudo o que os professores estão prepararam para a melhoria da qualida-de do ensino-aprendizagem, além de outros materiais que elas mesmas correm atrás. A es-cola acredita no trabalho em equipe como ca-minho para o sucesso. Feira cultural é realizada de forma inovadora De acordo com a coordenadora e orientadora da escola, Leonor Fabri, o objetivo é melhorar o resultado pe-dagógico daqueles alunos que tem ta-lento para o desenho, mas não de-monstram interesse pelo ensino regu-lar. A Escola São José, mais uma vez, abriu espaço para a cultura. Professores em reunião de “Intervenção Pedagógica” Escritor visita a escola Em julho, o autor do livro “Memoriando”, Sebastião Wenceslau Borges, fez uma pales-tra aos alunos da 8a N1 da E.E. São José. Ele aceitou o convite do professor de Língua Por-tuguesa, José Reis Santos, para abrir o “Proje-to Memórias”, que preparou os alunos para a Olimpíada de Língua Portuguesa. O escritor segurou a atenção dos alunos, contando vários casos vividos por ele déca-das atrás. Por fim, Sebastião Wenceslau re- velou algumas histórias que estarão no seu próximo livro. A visita do escritor agradou a todos: alunos, professores e direção da escola. No dia 27 de novembro, finalizando o projeto, foi lançado o livro também intitulado “Memórias”, escrito pelos alunos. “Fizemos o livro por meio de xerox mas fi-cou muito bonito. A produção dos alunos teve muita qualidade. Estou satisfeito”, co-mentou o professor, José Reis. Av. Otto Krakauer, 1050 - Centro - Passos - MG Fone: (35) 3521-6082 4
  • 5. ESCOLA EM AÇÃO Escola participa de encontro com Fernando Sabino “O Encontro Marcado”, a obra que deu origem ao título do projeto do Grupo Votorantim, é talvez o tra-balho mais conhecido de Fernando Sabino e que foi levado para o exte-rior. A Escola São José participou do projeto “Encontro Marcado com Fernando Sabino”, que é uma parceria entre o Grupo Votoran-tim, Prefeitura de Passos, Superintendência Regional de Ensino e a Fundação de Ensino Superior de Passos (FESP). A coordenação deste projeto é de respon-sabilidade do filho do escritor Bernardo Sabi-no, que esteve na Câmara Municipal durante o lançamento. Na oportunidade, os alunos do “São José” conheceram algumas obras e a vida do grande escritor mineiro. Além da leitura em sala de aula, foram exibidos filmes que deram origem a desenhos e maquetes inspirados na vida e obra do autor. A professora de geografia, Maria Rita da Silveira, deu a maior força na maquete feita pela 6ª V2 – que deu um show de participação, quando mostrou grande capacidade para tra-balhar em equipe, além da criatividade. A professora de língua portuguesa, Clau-dia Paim, engajou-se no projeto e os alunos da 5ª série reconheceram que a leitura pode ser um momento muito agradável. A abertura do projeto aconteceu no plená-rio da Câmara Municipal de Passos. Os traba-lhos participantes foram produzidos a partir de textos de Fernando Sabino e os premiados receberam exemplares de obras do autor. Cada apresentação surpreendia o público. A tradução em braile de um dos textos mostrou que a boa literatura desperta o senti-mento de todos independente das limitações. O projeto percorre 10 cidades do interior de Minas Gerais e São Paulo. Em Passos, as produções das escolas ficaram expostas na mostra “Encontro Marcado com Fernando Sabino”, na Casa da Cultura. Fernando Sabino, escritor falecido em 2004, é conhecido, especialmente, por suas crônicas que foram mostradas ao público passense por meio de encenações teatrais e de músicas que também retratam a personalidade do autor. “Para nós do Grupo Votorantim é o momento de contribuirmos com a cultura do país e forta-lecer os vínculos mineiros com a trajetória de vida e obra deste grande escritor”, comentou André Luís Bittencourt, diretor representante da Votorantim Metais. Bernardo Sabino, filho do escritor e orga-nizador do projeto, esteve em Passos e ficou satisfeito com a participação das escolas e do povo. “É um presente para a vida cultural do mu-nicípio e região, mas nós é que ganhamos o principal presente. Meu pai estaria feliz se esti-vesse vivo”, disse Bernardo. “““““Ele era mesmo um menino, e isso era o que me en-catava nele. Era saber fazer da vida uma brinca-deira”””””, lembra Bernardo Sabino. Alunos produzem maquetes para o projeto Na abertura do projeto, em Passos, muitos estudantes ganharam a obra “O Menino no Espelho”. Neste livro, o autor escreveu um verdadeiro auto-retrato, sempre se encontrando na personalida-de de uma criança. O primeiro livro do autor “Os Gri-los Não Cantam” foi publicado ain-da na adolescência. Alguns estu-dantes de passos fizeram um traba-lho sobre a obra. Outro título que também chama a atenção dos lei-tores é “O Homem Nú”, uma cole-tânea de crônicas. Vasto é o acervo de Sabino que contribui para o desenvolvimen-to da leitura, tão importante para o aprendizado. A Escola Es-tadual São José, juntamente com toda a cidade de Passos, ga-nhou um momento de cultura, lazer, e diversão. Ler também pode ser uma brincadeira. E muito produtiva! A professora Gilza Mendes vibrou com o projeto. “Sou muito fã da obra deste escritor. Adoro as crônicas deles. Trabalhar a literatura com os alunos foi muito gratificante”, contou Gilza. Fernando Sabino nasceu em Belo Horizonte e desde cedo se interessou pela Literatura. 5
  • 6. ESPECIAL Nova Proposta Projeto de jornalismo da FESP propõe educação participativa “Jornalismo na escola” vem sendo desenvolvido desde 2007, por estudantes da FESP Quatro estudantes do curso de Jornalismo, da Fundação de Ensino Superior de Passos (FESP/UEMG) desenvolveram um projeto ino-vador na escola, no primeiro semestre de 2007. O projeto “Folhas Avulsas: experiências, signi-ficados e participação nas páginas de um jor-nal- laboratório” foi concluído com a publica-ção de uma seção, pelos alunos da Escola São José, no jornal “Primeira Linha”, do curso de Jornalismo da FESP. Os acadêmicos de jornalismo Danilo Vizi-beli, Cleibson Rezende de Sá Junior, Quitéria Gomes Quadros e Vanessa Ferreira Oliveira foram apoiados pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da UEMG – o PIBIC – em caráter de projeto de extensão. Os resultados foram apresentados no Seminário de Iniciação Científica da UEMG, em novem-bro de 2007, na cidade de Ituiutaba (MG). Em 2008, a professora Gilza Mendes, que assistiu algumas oficinas do “Folhas Avulsas”, teve a idéia de montar com as turmas de 6ª série do ensino fundamental um jornal com textos produzidos dentro da sala de aula. Para que o projeto tivesse maior eficiência ela convidou os estudantes de jornalismo para uma semana de oficinas com as turmas de 6ª série. “Achei o projeto ‘Folhas Avulsas’ sur-preendente e eu sempre gostei de jornalismo. Minha idéia era, com pesquisas realizadas por professores de cada disciplina, produzir textos com os alunos e que seriam publicados em um jornal a ser produzido numa etapa seguinte”, contou Gilza. Para Danilo Vizibeli, que despertou o olhar para a relação da Comunicação com a Educa-ção e redigiu sua monografia de conclusão de curso em cima de pesquisas sobre o tema, quan-do o estudante passa a produzir informações ele sai da condição de receptor e pratica a co-municação de uma maneira mais dinâmica. “O intuito principal é despertar reflexões críticas. Nossa proposta está dentro da Educomunica-ção, uma linha de pesquisa desenvolvida re-centemente. Acredito que a escola, no mundo O projeto foi desenvolvido em etapas. Alu-nos do ensino médio participaram de oficinas de jornalismo e redação. Num momento pos-terior foram produzidas matérias jornalísticas para a publicação. Os temas das matérias produzidas foram escolhidos pelos próprios participantes numa simulação de reuniões de pauta. Depois pla-nejaram as reportagens, foram a campo e redi-giram o texto. “Foi muito legal participar do ‘Folhas Avulsas’. Gosto muito de ler e escrever e conhecer um pouco do jornalismo foi muito interessante. Já até pensei em seguir a carrei-ra”, afirmou o estudante João Marcos. Cada um se identificou mais com um aspecto do pro-cesso jornalístico. Bianca foi atraída pelo foto-jornalismo. “O trabalho com a imagem é diver-tido. Tirei até algumas fotos. É uma verdadeira arte”, disse a aluna. moderno, precisa ser mais participativa e aber-ta ao diálogo. O aluno tem necessidade de des-cobrir os caminhos da construção do seu co-nhecimento. Os meios de comunicação são al-gumas das ferramentas para esta descoberta”, explicou Danilo. Com o jornal “Fala-José”, Passos começa a viver uma nova idéia e por que não uma nova era. A Escola Estadual São José talvez não seja a pioneira a utilizar os meios de comunicação dentro da sala de aula. Entretanto, é inovador o projeto de alunos de jornalismo colaboran-do com a metodologia ou didática dos profes-sores. O diretor da escola, Caetano Ingraci, disse que se sente satisfeito com tantos projetos em andamento no São José e declarou que o dese-jo de ter um informativo impresso é antigo na escola. “Os alunos de jornalismo estão de pa-rabéns. Ter um jornal impresso com assuntos da escola fortalece o nosso trabalho. É o regis-tro e concretização de todas as nossas ações”, comentou Caetano. A impressão do jornal só foi possível gra-ças ao apoio do Conselho Curador da FESP e de comerciantes da cidade. Folhas avulsas: editoria publicada pelos alunos Alunos da FESP no seminário de iniciação científica da UEMG “A comunicação serve para que as pessoas se relacionem entre si, transformando-se mutuamente e a realidade que as rodeia” (Juan Bordenave) 6
  • 7. A forma atual do jogo surgiu no sudoeste da Europa na segunda metade do século XV, durante o Renascimento, depois de ter evoluí-do de suas antigas origens persas e indianas. O xadrez é um jogo de estratégia e tática, sendo especialmente conhecido por sua com-plexidade. No Brasil, os campeonatos nacionais ocor-rem desde 1927, sendo que o primeiro cam-peão foi Souza Mendes, no Rio de Janeiro. O primeiro campeonato brasileiro feminino ocor-reu em 1960, na cidade de Brusque, e a primei-ra campeã foi Dora Rúbio. O escola deu início no dia 1º de novembro ao projeto “Xadrez na Escola”. Para isso, con-tou com a colaboração de dois alunos, Edelvan Marques Rosa e Flávio Rocha Juliani e dos pro-fessores de educação física Gledson do Nasci-mento e Ana Maria Calixto. O FALA JOSÉ fez um bate-papo com os organizadores: Flávio e Edelvan, Professor Gledson, Diretor Caetano Ingranci e o participante Silas Augusto. FALA JOSÉ: Como surgiu a idéia? FLÁVIO: A idéia partiu do Caetano, para divulgar mais o xadrez na escola em todos os turnos e incentivar a prática do jogo do xadrez. FALA JOSÉ: Quais foram os pri-meiros passos que deram início a esse projeto? EDELVAN: Foi a divulgação feita através de cartazes distribuídos pela escola e salas de aula e o incentivo dos professores de educa-ção física Gledson e Ana Maria. FALA JOSÉ: Como foi o plane-j amento? EDELVAN: Primeiro, a gente elaborou as regras básicas para o campeonato de acor-do com a FIDE (Federação Internacional de Xadrez) e simultaneamente foram acon-tecendo as inscrições. FALA JOSÉ: Como ocorreu a com-petição? FLÁVIO: No dia do torneio, após sa-ber o número de participantes, foram sor-teadas as partidas de modo eliminatório até chegar ao campeão. FALA JOSÉ: E a participação dos alunos? EDELVAN: Foi perfeita. Os alunos res-peitaram as regras, prevaleceu o espírito de competição e apesar do xadrez ser um jogo polêmico, não houve reclamações de ne-nhum participante. FALA JOSÉ: O que você achou de participar desse campeonato? SILAS AUGUSTO: Foi bom, funcionou como um teste, porque vou jogar no campeo-nato de xadrez da FESP. Deu pra ver que ain-da é preciso treinar bastante. FALA JOSÉ: Quais as expectativas para a continuidade do xadrez na Escola? GLEDSON: A gente espera que o nú-mero de adeptos aumente, porque além da prática do xadrez ser saudável, auxilia o de-senvolvimento lógico, a paciência, a deter-minação e a concentração. FALA JOSÉ: Quais os avanços, na área pedagógica, que a escola pretende alcan-çar com a implantação desse projeto? CAETANO INGRACI: Fazer do xadrez um aliado no processo de aprendizagem, pois este jogo melhora muito a concentração e o raciocínio, habilidades fundamentais para a formação de cidadãos críticos, o que é fator de transformação sócio-cultural. Você sabe como surgiu o Xadrez? Concentrados no tabuleiro: xadrez é atração na escola Projeto Capoeira Com a colaboração dos mestres Ale-xandre e Alexandrinho, com aulas abertas para a comunidade, todas as quartas e domingos. O sucesso foi comprovado na Feira Cultural, quando muita gente ficou de queixo caído com a apresentação de al-gumas crianças que freqüentam as aulas. PAINEL CULTURAL Esse filo tem um nome muito esquisito Mas esperem pra ver quais são seus bichos. São uns “tal” de gafanhotos, cigarras e mosquitos São esses e outros que incomodam os ouvidos... O nome desse filo não sei se vou dizer Pois ele é muito bravo e pode assustar você. Vou começar agora fazendo uma charada pra Você adivinhar qual é a parada. O corpo dos insetos é segmentado quando ocorrem a fusão Eles são agrupados... cada parte dividida Tem o seu nome: cabeça, tórax e um abdome. Olhos simples são os ocelos, que acusam a presença de luz e de objetos. Os olhos compostos tem muitas lentes que detectam movimento, mas não como a gente. Já ia me esquecendo das duas antenas que servem Como mão para todos os problemas. Quando o ovo origina uma ninfa, Isto é metamorfose incompleta, então se liga... Layra Cristina de Oliveira Batista, 6ª V4 Rosielle Aparecida Santos Silva, 6ª V4 Coordenação: Professora Diana Carolina de Souza Quando o ovo origina um indivíduo semelhante ao adulto O desenvolvimento é direto, igual a todo mundo. Finalmente eu vou falar da metamorfose completa: Esta história é muito doida, de um ovo sai uma larva. A alimentação é muito importante para eles Ficarem fortes e muito irritantes. O exoesqueleto é uma proteção: Diminui perda de água e dá sustentação. ESPORTE Se liga na parada que eu vou te dizer: Aqui são os insetos que chegaram pra valer Eles são numerosos e estão abalando, Com o exoesqueleto que não vai aumentando. Se liga na idéia que eu vou te falar: A muda é um processo que chegou pra abalar. A parada é muito simples você pode acreditar, É a troca de esqueleto que nunca vai parar. Vou terminar este rap com uma frase muito chique: Quando você lê vai dar até chilique. Não importa se ganharmos, o importante é a intenção, só sei que este rap foi feito com o coração! 7
  • 8. RITUAL O medo diante da ferocidade, agu-ça e instiga a ferocidade. Como me livrar do medo?... E como ficar esperando o bote de um tigre, sem saber se há tigre, onde está e se me vê... Na verdade, sei que o perigo não é o tigre, e que ele nunca atacará... Será que eu entendo o que você está me dizendo? Na sua frente eu morro e não é pouco não... Você também, vejo que definha... Mesmo assim não te apiedas, mes-mo assim não me comovo... Essa civilização me dá paura Mas, ignoro. Não digo que sigo, só que, vou. E deliro. Não saberia dizer se você este-ve longe... eu me deito com você, me levanto com você... nos meus sonhos, estamos juntos... Quando sinto o vento tocar nas orelhas, Sei que é você, movendo-se no meu coração... Na imaginação, o que acaba sendo sem nunca ter sido. Toma vulto, toma corpo. vira coisa do avesso, às vezes mais que o real, que é tão normal... A faca finca, o facão fura A faca finca, o facão fura A faca finca, o facão fura A sanfona toca e meu coração batuca... ... é,... a ignorância, deixa muitos rastros. E às vezes a gente se agride, se divide, e se cala malha que malha, o que queremos mesmo, é melecar um ao outro de amor, mas a gente é duro, e não se abraça. É... Urge tratar melhor tutti la cosa. Marise Pacheco, Professora Justiça a qualquer preço é um filme de suspense que exige muita atenção. No início diz que quando a gente convive muito com um mons-tro, temos que tomar cuidado para não nos tornar um, e quando olha-mos muito tempo no abismo, o abis-mo olha pra gente. Enfim, no filme estava havendo uma onda de estu-pro e Errol e sua assistente tinham a obrigação de descobrir quem eram esses criminosos. Até que então uma adolescente que estava indo embo-ra de sua aula de hipismo parou para o trem passar e parou um car-ro que a pegou. Errol e sua assisten-te foram atrás de provas de outros criminosos, mas sempre negavam. Assim foram atrás do motorista do trem e descobriram que a adoles-cente havia parado para conversar com alguém do banco de trás. E no final do filme acabam descobrindo que Viola, uma cabeleireira era a verdadeira criminosa. Ela atraía as meninas através do salão, as seqües-trava e depois ela as matava e es-quartejava. Mas Errol salvou a ado-lescente e Viola confessou que ma-tou muitas outras. O filme nos deixa uma lição: às vezes a gente acha que uma pessoa é nossa amiga, que só quer o nosso bem, mais muitas vezes é o contrá-rio. Por isso temos que tomar cui-dado com nossas amizades, infor-mar sempre aos nossos pais com quem andamos,onde estamos, onde fomos. E temos também que tomar muito cuidado, pois às vezes, convi-vemos muito com um monstro e aca-bamos nos tornando um. Rafaela Bruna Pereira, 7ª V3. Coordenação: Professora Sil-céia Nascimento UM BAIRRO NOBRE Eu amo meu bairro: Meu bairro é pobre, Alegre, humilde, Às vezes nobre. Nos finais de semana, A alegria é geral. Se ouve música, Cantoria, Até mesmo carnaval. Eu olho pras ruas E dá-se a impressão De estar no Quênia, No Campala, Ou gueto de Nairobi. Meu bairro é pobre, De gente humilde Humana e nobre. Noemi Abda da Silva Tiago, 5ª série (Poema que representou o Colégio “São José” nas Olimpíadas de Língua Portu-guesa. coordenação professora de Língua portu-guesa Cláuvia Mariano) INFÂNCIA Meu pai saía para o trabalho Minha mãe ficava em casa varrendo. Minha irmã ia para a escola Eu, sozinha, via televisão e es-tudava para as provas Estudava, estudava, estudava Enfim, tirava boas notas em algumas matérias. No meio dia de sol, Minha mãe chamava para o almoço. Comida colorida, Comida gostosa, Comida boa. Minha mãe ficava sentada vendo TV, Olhando para mim... Psiu... sua irmã chegou, abra o portão. Lá longe via o meu pai che-gando do trabalho Na rua, o ônibus dele vinha... Eu não sabia que minha his-tória, Era mais bonita do que o que eu via na TV. Janaína Gomes da Silva, 6ª v2 PAINEL CULTURAL A MORADA NO BOSQUE Era uma vez um bosque onde havia uma mansão, na qual moravam todos os personagens dos contos de fada. Capitão gancho e sua tripulação estavam sempre encolhidos em um barquinho a remo na piscina. O Pequeno Polegar resolveu dar uma de Harry Potter e foi morar no armário. O Pinóquio foi morar no quarto maior, pois era o único quarto que cabia o seu nariz, e assim todos os personagens foram se acomodando na mansão que antes tinha pertencido à Cruela. Todos viviam felizes, O SONHADOR O menino quer uma bicicleta Mas não sabe andar. Mas quer para admirar, Porque não quer que seus amigos zom-bem dele, Só porque não tem nada. Mas ele pode sonha. Sonhar com tudo que fará com sua bicicleta. Que não se importa de ser velha. O menino quer também que construam uma praça na sua rua, Uma praça para encostar sua bicicleta no meio-fio e ver os outros andarem. Uma praça tão bonita que venha gente de longe conhecê-la... Uma praça onde haverá muitos pássa-ros, flores, abelhas... Assim ela será grande que parecerá não ter fim. O menino quer ver sua família moran-do na mesma cidade. Ver também a única imagem do seu ir-mão que morreu antes de nascer... O menino quer mudar o mundo. E a primeira coisa que ele iria acabar é com o desmatamento. Iria acabar com esta vida de um rico e o outro pobre, Mas que pena é só um sonho. Caio Henrique, 6ª V2 até Zangado que nunca havia sido alegre na vida, agora vivia às gargalhadas. Mas, a alegria estava prestes a acabar, pois Branca de Neve, ao invés de pagar a Cruela, a fatura do cartão de crédito ITABU, resolveu comprar um novo vestido com detalhes de ouro e prata. Por isso acabaram sendo despejados. Coitados não tinham para onde ir. Mas tiveram uma idéia: já que eram personagens dos contos de fadas resolveram morar nos livros. E foi assim que os contos de fadas se espalharam por todo o mundo. Lívia Russi, 7ª M2 JUSTIÇA A QUALQUER PREÇO 8