Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Simbolismo
1.
2. Definição
• A partir de 1881, na
França, poetas, pintores, dramaturgos e escritores em
geral, influenciados pelo misticismo advindo do grande
intercâmbio com as artes, pensamento e religiões
orientais - procuram refletir em suas produções a
atmosfera presente nas viagens a que se dedicavam.
• Marcadamente individualista e místico, foi, com
desdém, apelidado de "decadentismo" - clara alusão à
decadência dos valores estéticos então vigentes e a
uma certa afetação que neles deixava a sua marca. Em
1886 um manifesto trouxe a denominação que viria
marcar definitivamente os adeptos desta corrente:
simbolismo.
3. Contexto histórico
• II Revolução Industrial
• Monopólio de grandes
grupos financeiros
• Grande Depressão
(1873 – 1896)
• Niestzsche e
Schopenhauer
• Decadentismo (Charles
Baudelaire com "As
Flores do Mal", 1857)
• Impressionismo na arte
4. Características
• Subjetivismo: A visão objetiva da realidade não
desperta mais interesse, e, sim, está focalizada sob o
ponto de vista de um único indivíduo.
• Musicalidade: A musicalidade é uma das características
mais destacadas da estética simbolista. (Aliteração e
Assonância).
• Espiritualidade e Transcendentalismo: Um dos princípios
básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras
sem nomear objetivamente os elementos da realidade.
Ênfase no imaginário e na fantasia.
5. Características
• Sinestesia: Sensação produzida pela
interpenetração de órgãos sensoriais: "cheiro doce"
ou "grito vermelho“
• Obsessão pelo branco: "Ó Formas alvas, brancas,
Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó
Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos
turíbulos das aras..." [...] (Cruz e Souza)
6. No Brasil...
• Proclamação da Republica
• Imigração
• Inicio da industrialização
• 1893 – Missal e Broqueis de
Cruz e Souza.
7. Cruz e Souza
• Combinou a influencia que
recebeu do Parnasianismo, o
pessimismo e o materialismo dos
realistas com a musicalidade e o
espiritualismo simbolista.
• Nas ultimas obras, busca o
conformismo cristão como
salvação e conforto.
• Linguagem
requintada, inovações
linguísticas, uso excessivo da
maiúsculas, substantivos abstratos
po plural e sinestesias.
• Predileção pelo branco ou a
coisas que lembrem a cor.
8. Inefável
Nada há que me domine e que me vença
Quando a minha alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.
Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.
Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!
Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas
9. Alphonsus de
Guimaraens
• Poeta místico, religiosidade
que marca seus versos
contem lugares onde viveu
(igreja, procissões, missas)
• Misticismo marcado pela
melancolia
• Preferencia pela língua
arcaica
• Impressões de vésperas de
finados, luto, sepultamento.
• Poesia pouco descritiva e
versos musicais.
10. Ossa Mea
Mãos de finada, aquelas mãos de neve,
De tons marfíneos, de ossatura rica,
Pairando no ar, num gesto brando e leve,
Que parece ordenar mas que suplica.
Erguem-se ao longe como se as eleve
Alguém que ante os altares sacrifica:
Mãos que consagram, mãos que partem breve,
Mas cuja sombra nos meus olhos fica...
Mãos de esperança para as almas loucas,
Brumosas mãos que vêm brancas, distantes,
Fechar ao mesmo tempo tantas bocas...
Sinto-as agora, ao luar, descendo juntas,
Grandes, magoadas, pálidas, tateantes,
Cerrando os olhos das visões defuntas...