O documento apresenta um roteiro de leitura e estudo da obra "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, para alunos do 3o ano do ensino médio. O roteiro orienta os alunos a analisarem aspectos como o contexto histórico da época em que a obra foi escrita, o movimento literário ao qual pertence, os personagens, o enredo, a linguagem, o espaço e o tempo na narrativa. Recomenda, além da leitura integral da obra, que os alunos pesquisem estudos críticos sobre

1. LITERATURA – 1º TRIMESTRE – 2011
PROFESSORA MARGARIDA
3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
ROTEIRO DE LEITURA E ESTUDO
No início do trimestre foi indicada a leitura de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, a fim de
fazermos uma avaliação contínua sobre a obra, marcada para o dia ___/___/2011.
Este roteiro tem o objetivo de orientá-lo quanto aos aspectos a serem observados, superando a
superficialidade de uma leitura ingênua.
Recomenda-se que, além da leitura integral da obra (essencial para a realização da avaliação),
você procure conhecer os estudos críticos sobre ela, preparando-se de forma consciente para
enfrentar essa ‘prova’.
O autor • Biografia
• Principais temas
• Principais características de suas obras
O contexto histórico • Os principais fatos que marcam o momento histórico (mundial e
brasileiro) em que o autor viveu e produziu suas obras.
• Brasil da seca, do messianismo e do autoritarismo dos coronéis
• O Determinismo de Tayne expresso na obra
O movimento literário • Modernismo – em que fase se encaixam autor e obra
• Principais características do movimento
A obra • O enredo
• A atemporalidade da obra
• O engajamento social
• A justificativa do título
• A divisão em capítulos autônomos: o assunto e a importância do
nome de cada capítulo – o romance de “série de quadros”
• O cíclico do primeiro e do último capítulos, apesar da autonomia
entre todos os outros
• A antropozoomorfização
• O sentimento do destino coletivo
• O foco narrativo: terceira pessoa, mas um tanto singular, pois, por
vezes, o narrador se apresenta como sendo o inconsciente da
personagem, outras vezes como onisciente, com o discurso indireto
livre, monólogos interiores ou reflexões de pensamento e o uso do
discurso indireto livre.
• Os personagens:
o o perfil físico e psicológico de cada um
o a consciência embotada, a condição sub-humana, a inteligência
......rala, a passividade ante os poderosos
o a relação homem x paisagem
o o homem trágico e fatalista

2. o a ausência de nomes = alegorias
o a importância de Baleia na narrativa
o a opressão e a falta de comunicação entre os seres da família
• O espaço
o onde é ambientada a narrativa
o os dois recortes espaciais: o ambiente rural e o urbano
o a interferência da natureza no destino do homem
• O tempo
o a falta de linearidade do tempo
o o tempo cronológico x o tempo psicológico
o a valorização do tempo psicológico
o a ausência de uma marcação cronológica como forma de
......evidenciar a exclusão dos personagens
o a perspectiva de presente e futuro condicional
• A linguagem
o a ausência de diálogo
o a dificuldade de comunicação
o a linguagem rude e seca: por quê?
o o discurso indireto livre
Frase do autor • “Por pouco que o selvagem pense, e os meus personagens são quase
selvagens, o que ele pensa merece anotação...”
Contextualidade • A definição de contextualidade
• A ocorrência da contextualidade entre Vidas secas, a música ‘Asa
Branca’ e a coleção ‘Os retirantes’, de Cândido Portinari
1trim.literatura.3EM.roteiro.vidas secas – página 2 (2/2)