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Exame de qualificação de mestrado


 Aspectos filosóficos e educacionais da
                química:
 investigando as concepções de doutorandos em
                    química

Anielli Fabiula Gavioli Lemes                         Mestranda
 Prof. Dr. Paulo Alves Porto                           Orientador



                               Outubro/2012
O que já foi feito na área...


                Filosofia da química

    Discussões                                         Questões
   sobre corpo                           Redução da sobre estética,
                            Reflexões     química à ética e imagem
     teórico e
                             sobre o        física
   metodológico                                        pública da
                           realismo na
    da química                                          química
                             química



                                                                  2
O que já foi feito na área...


  Filosofia e ensino de química
                           estudo da natureza da
                                 química



   reestruturação                                              realismo
     do ensino
               reflexões sobre a       papel dos   representações
                  perspectiva         modelos e      na química
                  reducionista      experimentação


                                                                          3
Possíveis contribuições…



- Explicitação de controvérsias sobre teorias químicas no ensino;

- Investigar o processo de apropriação do conhecimento químico.



 Hammond e Nyholm (1971):

 “se a química é mais bem descrita em termos das coisas que as pessoas
 que se denominam químicos fazem, torna-se claro existir uma relação entre
 a química e a forma como ela é ensinada” (p. 6, grifo meu).



                                                                         4
De que maneira tentamos contribuir...




- Investigação a respeito do entendimento sobre a química;
 - Investigação das concepções dos sujeitos (doutorandos) que
fazem química;
   Goded (1999): as concepções “percebem e interpretam as
   distintas informações e o ambiente no qual estão imersas”.
                                                        (p. 128)




                                                                                                                    5
Good, R.J. (1999) Why are chemists turned off by philosophy of science? Foundation of chemistry, v. 1 , p. 65-95.
A partir da investigação das concepções de 10
 estudantes de doutorado em química, sobre
aspectos da filosofia da química, se pretendeu
 entender como a química funciona para esse
            grupo de pesquisadores.




                                                 6
Dois grupos de entrevistas
    semi-estruturadas




   10 doutorandos em química

    QBQ1             QO1
    QBQ2 QF1 QI1 QA1 QO2
         QF2 QI2 QA2
                               7
1) ficha do perfil do
    1º        Três              entrevistado;
Entrevista   etapas
                              2) Guiada por
                                perguntas
                          3) Guiada por questões
      1
                               associadas a
                      1
                           fragmentos de artigos
                               e por citações
                              relacionadas ao
                               reducionismo

                                                    8
1
                    ? !
                    ?



2              2º
        2
            Entrevist
                a


                          9
1                                                   2




                                                                  análise
                                                                     e
                                                                 discussão


                 Criação de categorias e subcategorias (Bogdan &
                 Biklen, 1994) que dialogam com referenciais da
                          Filosofia e Educação Química
Bogdan, R.; Biklen, S. (1994) Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Trad. Alvarez, dos Santos e   10
Baptista, Porto: Porto Editora, 335p.
Perfil dos entrevistados




        QA1
       QO1    QF1
       QBQ1   QF2
       QBQ2   QA2
              O2
              QI1
              QI2




                           11
Perfil dos entrevistados




                  QF1
                  QF2
                   QA1
                   QA2
                   QO1
                  QO2
                  Q BQ1
                  Q BQ2




                           12
Perfil dos entrevistados




                           13
Respostas às entrevistas

Tabela com tópicos explorados:

• Mapa dos dados brutos da 1º entrevista


• Mapa dos dados brutos da 2º entrevista



                     Visão global dos dados



                    proposição de categorias   14
Representação dos dados e a
    discussão filosófica e educacional

                                    diretrizes que
Características da área de   caracterizam o campo de
  atuação da química            trabalho no qual se
                                 utilizam as teorias
                                       químicas


    Características do       peculiaridades das teorias
  pensamento químico     *            químicas


                                                       15
Presença profissional no setor
                                       produtivo
                                     Aplicação prática
Características da área de
                                 Desenvolvimento de novas
  atuação da química
                                    formas de explicação
                              Interfaces com outras ciências

                             Realismo químico com referência a
                                         imagens
   Características do        Realismo químico sem referência a
  pensamento químico                      imagens
                                 Valorização das evidências
                                        experimentais
                               Caráter qualitativo e relacional
                                   entre suas entidades
                             Utilização de múltiplos modelos 16
Desenvolvimento de novas formas de
                        explicação
 ampliação das teorias químicas se baseia no aprimoramento e
 complementação; e escolha de teorias devido a circunstâncias


• descoberta científica;

• que descoberta os entrevistados pretendem fazer na sua
pesquisa.



                                                            17
Desenvolvimento de novas formas de
                 explicação
(...) [a proteína] ajudava a célula a se dividir e por isso ela tava lá, era um
acessório importante... e eu modifiquei essa proteína, com intuito de aumentar a
concentração dela dentro da célula e ter o efeito de ajudar a célula a se dividir
mais ainda. Só que o que eu observei foi o contrário. Ela começou a prejudicar a
divisão. (...). Então foi uma descoberta pra mim, inesperada. Ela tinha duas
condições, ela podia ajudar e pra atrapalhar.(...) Então esse foi um tipo de coisa
que meu modelo não compreendia, e eu tive que começar a inserir essa variável
dentro do meu modelo: Como essa proteína, que tava modificada, ela funciona
diferente. E isso ajuda entender todo o mecanismo global. É um tijolinho dentro
de uma parede e depois, as vezes eu vou, construo uma parece e vê que ela ta
ficando torta.




                                                                        QBQ1
                                                                                     18
Desenvolvimento de novas formas de
                 explicação
 Algo que traga alguma novidade pra alguma área que já estava sendo
 desenvolvida... não necessariamente algo que vai revolucionar o mundo, mas
 por exemplo, ah eu descobri que tem uma molécula que ela é antioxidante.
 Mas depende, né? Num nível tal é oxidante, mas em outro ela pode fazer mal.
 Então isso é uma descoberta, né? É o passo a passo da ciência... todo dia a
 gente dá um passinho pra frente.

QI1
descoberta, primeira coisa, ela tem que ser algo novo, não
necessariamente um produto... pode ser uma ideia, pode ser uma teoria,
pode ser uma redescoberta... uma releitura de uma teoria, ou um novo
conceito. Então, a descoberta, ela é algo que gera um conhecimento
futuro. Basicamente. Baseado em conhecimentos posteriores...
                                                                               19
                                                                     QF2
Desenvolvimento de novas formas de
                           explicação
Schummer (1997a, 1997b,1997c e 2010, ), Berson (2008) e Vemulapalli (2008)


                                                 teoria química é acumulativa


               descoberta química  não acarreta grandes mudanças na área




Berson, J.A. (2008) Fundamental theories and their empirical patches. Foundation of chemistry, v. 10, n.3, p.147-156.
Schummer, J. (1997a) Towards a philosophy of chemistry. Journal for general philosophy of science. v. 28, n.2, p. 307-336.
Schummer, J. (1997b) Scientometric studies on chemistry I: The exponential geowth of chemical substances 1800-1995. Scientometrics. v. 39, n. 1, p. 107-
123.
Schummer, J. (1997c) Scientometric studies on chemistry II: aims and methods of producing new chemical substances. Scientometrics. v. 39, n. 1, p. 125-
140.
Schummer, J. (2010) The Philosophy of Chemistry. In: Allhoff, F. (ed) Philosophies of the Sciences: A Guide p.163-183.
                                                                                                                                                       20
Vemulapalli, G. K. (2008) Theories of the chemical bond and its true nature. Foundation of Chemistry, n.10, p.167–176.
Desenvolvimento de novas formas de
                             explicação
        Mesmo quando empregado descoberta da química como “revolução” 
        está mais relacionada com a disseminação/utilização do conhecimento
 (...) essa descoberta, no caso, ela tem o impacto talvez maior, porque a tabela
 periódica é uma linguagem que todos os químicos utilizam, então essa é uma
 descoberta científica... de grande impacto. Agora, o que eu to vendo aqui [artigo do
 JACS], esse tipo de descoberta é mais restrita pra determinadas áreas, entendeu? Ta
 vendo? Paládio, metal de transição, metal pesado... (...) essa descoberta é
 importante e tal, claro. Mas talvez é mais interessante pra alguém que trabalha com
 isso. Entendeu?
                                                                            QO1
   Mas como você definiria descoberta? A partir das duas notícias...

Lemes
 Descoberta, você.... é encontrar algo novo... Algo novo e que seja... que revolucione a
 ciência. (...) que revolucione tudo aquilo que foi estudado.

                                                                           QO1       21
Em suma, essa categoria reflete...
                                grandes
                            possibilidades de
                            funções para os
                               químicos
    interfaces com                                 amplitude acarreta a
    outras ciências                               inclinação a pesquisas
                                                       vendáveis e à
                                                 perspectiva utilitarista no
                                                    ensino de química
             aplicação
              prática
                                                 as teorias químicas
                          desenvolvimento de
                                                 se desenvolvem por
                           novas formas de
                                                  meio da adição de
                         explicação na química
                                                  novos resultados e
                                                    interpretações
                                                                          22
Valorização das evidências experimentais

  aspecto experimental, tanto nos seus resultados experimentais/evidências,
             quanto no seu papel como ferramenta na química

• ao explicarem o que é característico do fazer químico;

• ao diferenciarem a química de outras ciências;

• ao descreverem um símbolo para a sua pesquisa de doutorado;

• e ao contarem sobre as razões da escolha da química como curso de
graduação, ou da área de pesquisa do doutorado.

                                                                          23
Valorização das evidências experimentais
   Não sei... acho que preparar solução... acho
   que é o mínimo que o químico deve saber
   fazer...
QF1            Mas você, na sua área de simulação, você faz soluções?
                                                                          Lemes
       Não... a gente [químicos teóricos] não faz nada... não
       pega e não entra ... Eu não ponho a mão na massa,
       desde 2005...
   QF1


 (...) [se o químico] conseguir ser mais ágil na hora de você improvisar. Por exemplo,
 você ta usando um tipo de solvente em um experimento. Só que esse solvente não
 está funcionando tão bem quanto você imaginou. (...) Na hora que você vai querer
 mudar, esse experimento, você tem que ter uma noção de conceitos químicos muito
 bom, por que vamos mudar uma acetanitrila por um metanol. (...) Se eu mudar eu vou
 ter que aditivar essa mediação com o quê, pra poder aumentar a polaridade ou não?
 (...)
                                                                           QBQ1    24
Valorização das evidências experimentais
• A experimentação como eixo central na química;
Experimentação não sendo teste de teorias, mas sim ferramentas para explorar o novo,
em consonância com Schummer (2004).

• experimentos são “conhecimentos-ação” para a manipulação da matéria, gerando
subsídios para construir novas ideias de como formar o novo.

O químico “age” sobre a matéria para extrair mais propriedades dessa matéria e
extrapolar essas informações, sintetizando o novo (Lefévre, 2011; Schummer, 1997b,
1997c, 2004).

tendência de misturar o empírico com conceitos na mente (Laszlo, 1999)  trazem
obstáculos no aprendizado da química (Erduran et al.,2007; Treagust e Chittleborough,
2001)
Schummer, J. (2004) Why do Chemists Perform Experiments? In: Sobczynska, D. et al. (ed.), Chemistry in the Philosophical Melting Pot, Frankfurt: Peter Lang, p. 395-410.
Schummer, J. (1997b) Scientometric studies on chemistry I: The exponential geowth of chemical substances 1800-1995. Scientometrics. v. 39, n. 1, p. 107-123.
Schummer, J. (1997c) Scientometric studies on chemistry II: aims and methods of producing new chemical substances. Scientometrics. v. 39, n. 1, p. 125-140.
Laszlo, P. (1999) Circulation of concepts. Foundation of chemistry, v. 1, n. 3, p. 225–239.
Lefèvre, W. (2012) Viewing chemistry through its way of classifying. Foundation of chemistry. v. 14, n. 1, p. 25–36.
Erduran, S.; Aduriz-Bravo, A.;Mamlok-Naaman, R. (2007). Developing epistemologically empowered teachers: examining the role of philosophy of chemistry in teacher
education. Science & Education, v.16, n.9–10, p. 975–989.                                                                                                                  25
Treagust, D.F.; Chittleborough, G. (2001) Chemistry: A matter of understanding representations In: Jere Brophy (ed) Subject-specific instructional methods and activities,
Emerald Group Publishing Limited, v.8, p.239-267.
Valorização das evidências experimentais

  Na verdade aí entra a bioquímica e a biomol.... biologia molecular... Bioquímica,
  eu trabalho com microlitros e etc, normal... mas tudo de biomol é 2 microlitros, 1
  microlitro, eu começava a não ficar satisfeita com a precisão das coisas... eu não
  sei, era tudo micro demais para eu ver. Como eu acabei na área de produtos
  naturais, então sempre... não sei explicar... tá colorido, eu vejo que a extração ta
  funcionando, eu vejo o decorrer do processo, me deixa mais satisfeita, na
  verdade. Então eu acho que foi isso que eu fui pra Bioquímica.

 QBQ2


• Valorização a evidências experimentais concretas e qualitativas.




                                                                                         26
Em suma, essa categoria reflete...



                                     Evidências com
                                       qualidades
         Realismo
         químico                                            Caráter
                           experimentação                  relacional


                                                           Múltiplos modelos
                          Modelos mais
                            icônicos             Representações
                                                    teóricas


                                                                               27
Com a análise dos dados....


• Importância da aplicação, relacionada ao utilitarismo       e   também   à
experimentação, e a relação desta com o realismo químico;

• Categorias e subcategorias  trazem mais elementos para subsidiar maior
engajamento de pesquisas sobre a estrutura do conhecimento químico .


fundamentação de propostas para a melhoria nas estratégias educacionais e na
                       imagem pública da química




• Essas considerações podem contribuir tanto para quem trabalha com química,
quanto para quem está aprendendo e, mais importante, para quem está
aprendendo a ensinar química.
                                                                               28

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Qualificação - Mestrado

  • 1. Exame de qualificação de mestrado Aspectos filosóficos e educacionais da química: investigando as concepções de doutorandos em química Anielli Fabiula Gavioli Lemes Mestranda Prof. Dr. Paulo Alves Porto Orientador Outubro/2012
  • 2. O que já foi feito na área... Filosofia da química Discussões Questões sobre corpo Redução da sobre estética, Reflexões química à ética e imagem teórico e sobre o física metodológico pública da realismo na da química química química 2
  • 3. O que já foi feito na área... Filosofia e ensino de química estudo da natureza da química reestruturação realismo do ensino reflexões sobre a papel dos representações perspectiva modelos e na química reducionista experimentação 3
  • 4. Possíveis contribuições… - Explicitação de controvérsias sobre teorias químicas no ensino; - Investigar o processo de apropriação do conhecimento químico. Hammond e Nyholm (1971): “se a química é mais bem descrita em termos das coisas que as pessoas que se denominam químicos fazem, torna-se claro existir uma relação entre a química e a forma como ela é ensinada” (p. 6, grifo meu). 4
  • 5. De que maneira tentamos contribuir... - Investigação a respeito do entendimento sobre a química; - Investigação das concepções dos sujeitos (doutorandos) que fazem química; Goded (1999): as concepções “percebem e interpretam as distintas informações e o ambiente no qual estão imersas”. (p. 128) 5 Good, R.J. (1999) Why are chemists turned off by philosophy of science? Foundation of chemistry, v. 1 , p. 65-95.
  • 6. A partir da investigação das concepções de 10 estudantes de doutorado em química, sobre aspectos da filosofia da química, se pretendeu entender como a química funciona para esse grupo de pesquisadores. 6
  • 7. Dois grupos de entrevistas semi-estruturadas 10 doutorandos em química QBQ1 QO1 QBQ2 QF1 QI1 QA1 QO2 QF2 QI2 QA2 7
  • 8. 1) ficha do perfil do 1º Três entrevistado; Entrevista etapas 2) Guiada por perguntas 3) Guiada por questões 1 associadas a 1 fragmentos de artigos e por citações relacionadas ao reducionismo 8
  • 9. 1 ? ! ? 2 2º 2 Entrevist a 9
  • 10. 1 2 análise e discussão Criação de categorias e subcategorias (Bogdan & Biklen, 1994) que dialogam com referenciais da Filosofia e Educação Química Bogdan, R.; Biklen, S. (1994) Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Trad. Alvarez, dos Santos e 10 Baptista, Porto: Porto Editora, 335p.
  • 11. Perfil dos entrevistados QA1 QO1 QF1 QBQ1 QF2 QBQ2 QA2 O2 QI1 QI2 11
  • 12. Perfil dos entrevistados QF1 QF2 QA1 QA2 QO1 QO2 Q BQ1 Q BQ2 12
  • 14. Respostas às entrevistas Tabela com tópicos explorados: • Mapa dos dados brutos da 1º entrevista • Mapa dos dados brutos da 2º entrevista Visão global dos dados proposição de categorias 14
  • 15. Representação dos dados e a discussão filosófica e educacional diretrizes que Características da área de caracterizam o campo de atuação da química trabalho no qual se utilizam as teorias químicas Características do peculiaridades das teorias pensamento químico * químicas 15
  • 16. Presença profissional no setor produtivo Aplicação prática Características da área de Desenvolvimento de novas atuação da química formas de explicação Interfaces com outras ciências Realismo químico com referência a imagens Características do Realismo químico sem referência a pensamento químico imagens Valorização das evidências experimentais Caráter qualitativo e relacional entre suas entidades Utilização de múltiplos modelos 16
  • 17. Desenvolvimento de novas formas de explicação ampliação das teorias químicas se baseia no aprimoramento e complementação; e escolha de teorias devido a circunstâncias • descoberta científica; • que descoberta os entrevistados pretendem fazer na sua pesquisa. 17
  • 18. Desenvolvimento de novas formas de explicação (...) [a proteína] ajudava a célula a se dividir e por isso ela tava lá, era um acessório importante... e eu modifiquei essa proteína, com intuito de aumentar a concentração dela dentro da célula e ter o efeito de ajudar a célula a se dividir mais ainda. Só que o que eu observei foi o contrário. Ela começou a prejudicar a divisão. (...). Então foi uma descoberta pra mim, inesperada. Ela tinha duas condições, ela podia ajudar e pra atrapalhar.(...) Então esse foi um tipo de coisa que meu modelo não compreendia, e eu tive que começar a inserir essa variável dentro do meu modelo: Como essa proteína, que tava modificada, ela funciona diferente. E isso ajuda entender todo o mecanismo global. É um tijolinho dentro de uma parede e depois, as vezes eu vou, construo uma parece e vê que ela ta ficando torta. QBQ1 18
  • 19. Desenvolvimento de novas formas de explicação Algo que traga alguma novidade pra alguma área que já estava sendo desenvolvida... não necessariamente algo que vai revolucionar o mundo, mas por exemplo, ah eu descobri que tem uma molécula que ela é antioxidante. Mas depende, né? Num nível tal é oxidante, mas em outro ela pode fazer mal. Então isso é uma descoberta, né? É o passo a passo da ciência... todo dia a gente dá um passinho pra frente. QI1 descoberta, primeira coisa, ela tem que ser algo novo, não necessariamente um produto... pode ser uma ideia, pode ser uma teoria, pode ser uma redescoberta... uma releitura de uma teoria, ou um novo conceito. Então, a descoberta, ela é algo que gera um conhecimento futuro. Basicamente. Baseado em conhecimentos posteriores... 19 QF2
  • 20. Desenvolvimento de novas formas de explicação Schummer (1997a, 1997b,1997c e 2010, ), Berson (2008) e Vemulapalli (2008) teoria química é acumulativa descoberta química  não acarreta grandes mudanças na área Berson, J.A. (2008) Fundamental theories and their empirical patches. Foundation of chemistry, v. 10, n.3, p.147-156. Schummer, J. (1997a) Towards a philosophy of chemistry. Journal for general philosophy of science. v. 28, n.2, p. 307-336. Schummer, J. (1997b) Scientometric studies on chemistry I: The exponential geowth of chemical substances 1800-1995. Scientometrics. v. 39, n. 1, p. 107- 123. Schummer, J. (1997c) Scientometric studies on chemistry II: aims and methods of producing new chemical substances. Scientometrics. v. 39, n. 1, p. 125- 140. Schummer, J. (2010) The Philosophy of Chemistry. In: Allhoff, F. (ed) Philosophies of the Sciences: A Guide p.163-183. 20 Vemulapalli, G. K. (2008) Theories of the chemical bond and its true nature. Foundation of Chemistry, n.10, p.167–176.
  • 21. Desenvolvimento de novas formas de explicação Mesmo quando empregado descoberta da química como “revolução”  está mais relacionada com a disseminação/utilização do conhecimento (...) essa descoberta, no caso, ela tem o impacto talvez maior, porque a tabela periódica é uma linguagem que todos os químicos utilizam, então essa é uma descoberta científica... de grande impacto. Agora, o que eu to vendo aqui [artigo do JACS], esse tipo de descoberta é mais restrita pra determinadas áreas, entendeu? Ta vendo? Paládio, metal de transição, metal pesado... (...) essa descoberta é importante e tal, claro. Mas talvez é mais interessante pra alguém que trabalha com isso. Entendeu? QO1 Mas como você definiria descoberta? A partir das duas notícias... Lemes Descoberta, você.... é encontrar algo novo... Algo novo e que seja... que revolucione a ciência. (...) que revolucione tudo aquilo que foi estudado. QO1 21
  • 22. Em suma, essa categoria reflete... grandes possibilidades de funções para os químicos interfaces com amplitude acarreta a outras ciências inclinação a pesquisas vendáveis e à perspectiva utilitarista no ensino de química aplicação prática as teorias químicas desenvolvimento de se desenvolvem por novas formas de meio da adição de explicação na química novos resultados e interpretações 22
  • 23. Valorização das evidências experimentais aspecto experimental, tanto nos seus resultados experimentais/evidências, quanto no seu papel como ferramenta na química • ao explicarem o que é característico do fazer químico; • ao diferenciarem a química de outras ciências; • ao descreverem um símbolo para a sua pesquisa de doutorado; • e ao contarem sobre as razões da escolha da química como curso de graduação, ou da área de pesquisa do doutorado. 23
  • 24. Valorização das evidências experimentais Não sei... acho que preparar solução... acho que é o mínimo que o químico deve saber fazer... QF1 Mas você, na sua área de simulação, você faz soluções? Lemes Não... a gente [químicos teóricos] não faz nada... não pega e não entra ... Eu não ponho a mão na massa, desde 2005... QF1 (...) [se o químico] conseguir ser mais ágil na hora de você improvisar. Por exemplo, você ta usando um tipo de solvente em um experimento. Só que esse solvente não está funcionando tão bem quanto você imaginou. (...) Na hora que você vai querer mudar, esse experimento, você tem que ter uma noção de conceitos químicos muito bom, por que vamos mudar uma acetanitrila por um metanol. (...) Se eu mudar eu vou ter que aditivar essa mediação com o quê, pra poder aumentar a polaridade ou não? (...) QBQ1 24
  • 25. Valorização das evidências experimentais • A experimentação como eixo central na química; Experimentação não sendo teste de teorias, mas sim ferramentas para explorar o novo, em consonância com Schummer (2004). • experimentos são “conhecimentos-ação” para a manipulação da matéria, gerando subsídios para construir novas ideias de como formar o novo. O químico “age” sobre a matéria para extrair mais propriedades dessa matéria e extrapolar essas informações, sintetizando o novo (Lefévre, 2011; Schummer, 1997b, 1997c, 2004). tendência de misturar o empírico com conceitos na mente (Laszlo, 1999)  trazem obstáculos no aprendizado da química (Erduran et al.,2007; Treagust e Chittleborough, 2001) Schummer, J. (2004) Why do Chemists Perform Experiments? In: Sobczynska, D. et al. (ed.), Chemistry in the Philosophical Melting Pot, Frankfurt: Peter Lang, p. 395-410. Schummer, J. (1997b) Scientometric studies on chemistry I: The exponential geowth of chemical substances 1800-1995. Scientometrics. v. 39, n. 1, p. 107-123. Schummer, J. (1997c) Scientometric studies on chemistry II: aims and methods of producing new chemical substances. Scientometrics. v. 39, n. 1, p. 125-140. Laszlo, P. (1999) Circulation of concepts. Foundation of chemistry, v. 1, n. 3, p. 225–239. Lefèvre, W. (2012) Viewing chemistry through its way of classifying. Foundation of chemistry. v. 14, n. 1, p. 25–36. Erduran, S.; Aduriz-Bravo, A.;Mamlok-Naaman, R. (2007). Developing epistemologically empowered teachers: examining the role of philosophy of chemistry in teacher education. Science & Education, v.16, n.9–10, p. 975–989. 25 Treagust, D.F.; Chittleborough, G. (2001) Chemistry: A matter of understanding representations In: Jere Brophy (ed) Subject-specific instructional methods and activities, Emerald Group Publishing Limited, v.8, p.239-267.
  • 26. Valorização das evidências experimentais Na verdade aí entra a bioquímica e a biomol.... biologia molecular... Bioquímica, eu trabalho com microlitros e etc, normal... mas tudo de biomol é 2 microlitros, 1 microlitro, eu começava a não ficar satisfeita com a precisão das coisas... eu não sei, era tudo micro demais para eu ver. Como eu acabei na área de produtos naturais, então sempre... não sei explicar... tá colorido, eu vejo que a extração ta funcionando, eu vejo o decorrer do processo, me deixa mais satisfeita, na verdade. Então eu acho que foi isso que eu fui pra Bioquímica. QBQ2 • Valorização a evidências experimentais concretas e qualitativas. 26
  • 27. Em suma, essa categoria reflete... Evidências com qualidades Realismo químico Caráter experimentação relacional Múltiplos modelos Modelos mais icônicos Representações teóricas 27
  • 28. Com a análise dos dados.... • Importância da aplicação, relacionada ao utilitarismo e também à experimentação, e a relação desta com o realismo químico; • Categorias e subcategorias  trazem mais elementos para subsidiar maior engajamento de pesquisas sobre a estrutura do conhecimento químico . fundamentação de propostas para a melhoria nas estratégias educacionais e na imagem pública da química • Essas considerações podem contribuir tanto para quem trabalha com química, quanto para quem está aprendendo e, mais importante, para quem está aprendendo a ensinar química. 28