3. É a parte da Botânica que tem
por finalidade agrupar as
plantas dentro de um sistema,
levando em consideração suas
características morfológicas
internas e externas, suas
relações genéticas e suas
afinidades.
Taxonomia - é a ciência que elabora as leis da
classificação, trata dos princípios e normas dos sistemas
de classificação. Inclui a identificação e nomenclatura.
(Barroso et al., 2002).
4. Reconhecer (identificar) e classificar todo ser
vegetal;
Descrever a morfologia principalmente dos
órgãos florais;
Conhecer a importância evolutiva dos
vegetais;
Identificar o ser vegetal utilizando-se chaves
de identificação.
5. Caracteres Taxonômicos - são caracteres utilizados
na classificação. Um caráter é qualquer atributo da
planta
(Barroso et al., 2002).
6. Identificação – Determinação de um
táxon como idêntico ou semelhante
a outro já conhecido.
Nomenclatura – está relacionado
com o emprego correto dos nomes
das plantas e compreende um
conjuntos de princípios.
Classificação – é a ordenação das
plantas em um táxon.
(Barroso et al., 2002).
7. Sistemática Alfa (conceito antigo):
Ciência que se restringia ao estudo de fragmento de
plantas, devidamente etiquetados e conservados em um
herbário, baseando-se no estudo morfológico desses
espécimes.
Sistemática Ômega (Nova sistemática,Biossistemática
– conceito atual):
Estuda o comportamento da planta na natureza,
fundamentando-se na morfologia, anatomia, caracteres
genéticos, ecologia, distribuição geográfica, bioquímica, etc.,
tentando estabelecer as verdadeiras afinidades e graus de
parentescos entre elas.
8. Os estudos em Sistemática e as coleções botânicas
acumulam volume inestimável de dados valiosos para o
avanço da ciência e também para conservação.
Dados sobre distribuição geográfica, preferências de
habitat e estrutura populacional de grupos de
organismos permitem identificar centros de endemismo
e de diversidade, assim como espécies raras e/ou
ameaçadas.
9. As categorias taxonômicas representam níveis
hierárquicos, segundo critérios adotados nos
diversos sistemas de classificação, os táxons
são os termos aplicados aos agrupamentos
considerados incluídos nessas categorias:
Categoria Táxon
Divisão Magnoliophyta, Briophyta
Ordem Malvales, Rosales
Família Araceae, Rutaceae
10. As regras mais importantes:
As seguintes terminações dos nomes designam as
categorias taxonômicas em Angiospermas:
Divisão ou filo: ophyta (Magnoliophyta)
Classe: opsida (Liliopsida)
Sub-classe: idae (Liliidae)
Ordem: ales (Orchidales)
Família: aceae (Orchidaceae)
Sub-família: oideae (Orchidoideae)
11. Evolução recente da integração da
Sistemática com outras disciplinas
Ecologia
Embriologia
Química
Genética
Citologia
13. Theophrastus (370 a. C.) classificou os vegetais
tomando como base o hábito, em árvores,
arbustos, subarbustos e ervas e os tipos de
inflorescências.
(Barroso et al., 2002)
14. Albertus Magnus (1193-1280), bispo de
Ratisbon, foi o primeiro a reconhecer as
diferenças entre Dicotiledôneas e
Monocotiledôneas
Otto Brunfels (1464-1534), primeiros
herbalistas, contribuiu para a fase
descritiva da sistemática vegetal e além
disso ilustrava as plantas.
O primeiro desses sistemas exposto em
definições claras, exatas e lógicas, criado
por Andréa Caesalpino (Piza, 1519-1603),
foi baseado na estrutura de frutos e
sementes.
15. John Ray (1628-1702) foi o primeiro a
reconhecer a importância do embrião
na Sistemática e a presença de
cotilédones nas sementes. Seu
sistema de classificação baseia-se na
forma externa das estruturas e, em
muitos casos, é superior ao de Lineu.
16. Jean Bauhin (1541-1631) tornou-se importante pela
publicação póstuma de sua obra Historia Plantarum
Universalis, em 3 volumes. Primeiro botânico a
distinguir categorias de gênero e espécies. Seu irmão,
Gaspar Bauhin, publicou o trabalho Pinax, com 6.000
espécies classificadas quanto a textura e a forma das
folhas. Usava nomenclatura binária.
Joseph Pitton de Tournefort (1656-
1708) um sistema de classificação
fundamentado na forma das corolas.
Gêneros por ele: Salix, Populus,
Fagus, Betula, Lathyrus, Acer e
Verbena
17. 24 classes
Nº de estames e
pela sua posição
da flor e pistilos
Principal representante:
Carl F. Linnaeus (Linné)
(1707-1778) – “Species
Plantarum” (1753) que
ficou conhecida como o
“sistema sexual”.
Agrupa elementos
com base num
único caráter, ou
em poucos
caracteres – são os
1ºs sistemas
18. Sistemas Naturais
(Afinidade natural das plantas)
Agrupa os elementos com base no somatório de caracteres
exibidos. Aqui não é só um caráter, mas vários.
As plantas eram organizadas em grupos afins, pela existência
de características comuns.
Durou até o surgimento do Darwinismo e teoria da evolução.
Lamarck Jussieu
Obra Flora
Françoise – na
introdução
desse trabalho,
expos os
princípios de
seu conceito
de
classificação
natural
Dividiu as
flores em
Monocotiledôn
eas e
Dicotiledôneas
19. Representantes
Procurando descobrir os processos
bioquímicos básicos das plantas, ele
estudou os órgãos das plantas em todas as
suas transformações, procurando explicar a
sua variabilidade e aparentes anomalias.
Em resultado do seu labor, fez triunfar
definitivamente o método natural, trazendo
para o estudo da botânica os princípios de
uma verdadeira ciência experimental.
Hooker
De Candolle
As descrições feitas por ele são completas,
fundamentadas em materiais depositados,
nos herbários Britânicos.
O sistema não representa um esquema
filogenético, pois botânicos da época
firmavam-se no dogma da constância e da
imutabilidade das espécies.
20. Stephan Ladislau Endlicher (1804-
1849) dividiu o Reino Vegetal em
Talófitos e Cormófitos, este sistema
faz parte de Genera Plantarum.
Adolphe Theodore Brongniart (1801-
1876) dividiu o Reino Vegetal em
Phanerogamae e Cryptogramae.
21. Baseia-se na variabilidade das espécies (devido a aceitação das
teorias de Darwin).
Relações genéticas.
Leva em consideração: vegetais atuais como os de outras eras.
Se firma na teoria da evolução.
Obs. Sistema Filogenético ≠ Taxonomia
Taxonomia: caracteres das plantas
Filogenética: às mudanças desses caracteres.
Alguns autores: nenhum sistema é filogenético. Termo poderia ser
reservado pra tempos futuros – fatos da evolução mais
esclarecidos.
Ex: Cronquist, APG – avalia suas relações genéticas, leva em
consideração as plantas atuais e de outras eras geológicas.
22. August Wilhelm Eichler (1839-1887)
dividiu o Reino Vegetal em
Phanerogamae e Cryptogamae;
tratou as algas separadamente dos
fungos, dividindo-as em 4 grupos
distintos (Cyanophyceae,
Chlorophyceae, Phaeophyceae e
Rhodophyceae); separou as
Bryophyta em Musgos e Hepáticas, os
Pteridophytos em Equisetinae,
Lycopodinae e Filicinae, e as
Phanerogamae em Angiospermae e
Gimnospermae.
23. Adolph Engler (1844-1930) considerou
a classe das Dicotiledôneas mais
primitivas que as Monocotiledôneas,
posteriormente, mudou esta ideia na
última edição do Syllabus, que dividiu
as dicotiledôneas em Archychlamideae
e Sympetalae.
Histórico dos Sistemas de Classificação
de Plantas. À primeira subordinou todas
a Dicotiledôneas, essa subclasse
compreendeu 37 ordens. Na segunda
subclasse compreendeu 11 ordens.
Publicou Die Natürlichen der
Pflanzenfamilien, dividido em 10
volumes. Esse trabalho, com chaves de
determinação de gêneros, amplas
diagnoses das famílias, dando meios
para o reconhecimento de algas às
espermáfitas.
24. Arthur Cronquist (1968) apresentou
uma classificação para as
Magnoliophytas, com leves
modificações, levou em consideração
caracteres anatômicos, presença ou
ausência de endosperma,
composição química, morfologia do
órgão reprodutores, etc.
5. Lilliidae
4. Zingiberidae
3. Commelinidae
2. Arecidae
1. Alismatidae
Liliopsida
(Monocotiledôneas)
Magnoliidae
25. Sistemas Objetivos Características
Artificial Praticidade
Classificação rápida
e fácil de ser
realizada
Utilizava o mínimo
possível
de caracteres,
objetivos e
fáceis de serem
detectados
Natural Agrupar organismos
segundo sua
máxima semelhança
global
Utilizava maior
número
possível de
caracteres sem
ponderá-los
Filogenético Procura inferir a
origem e
relacionamento
evolutivo dos
grupos
Utiliza caracteres
derivados
para reconhecer
ancestrais
comuns
26. Referências Bibliográficas
BARROSO, G.M. et al. 2002. 2ª ed. Sistemática de
angiospermas do Brasil. V. 1. Viçosa: Imprensa
Universitária da Universidade Federal de Viçosa.
JUDD, W.S.; CAMPBELL, C.S.; KELLOG, E.A., STEVENS,
P.F., DONOGHUE, M.J. 2009. Sistemática Vegetal – Um
enfoque filogenético. 3ª ed. Editora Artmed, Porto
Alegre.