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PROTEÇÃO CATÓDICA
EFETIVO COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA
PARTE 1: INTRODUÇÃO
Este material contém informações classificadas como NP-1
João Paulo Klausing Gervásio
Engenharia de Dutos Terrestres
Projeto de dutos terrestres
Tel.: (21) 3229-3019
Email: joaoklausing@petrobras.com.br
INSTRUTOR
1.Introdução à proteção catódica (PC);
2.PC de dutos terrestres;
3.PC de outras estruturas;
4.Dimensionamento;
5.Interferências elétricas;
6.Técnicas especiais de inspeção.
PROGRAMAÇÃO
INTRODUÇÃO
1. Bibliografia;
2. Aplicações da PC, história e curiosidades;
3. Medição de potencial e corrosão
eletroquímica;
4. Critério de PC;
5. Tipos de PC;
6. Aplicação dos anodos.
CURIOSIDADES
O que é corrosão?
Exemplos...
CURIOSIDADES
O que é Proteção Catódica?
Aplicações...
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. DUTRA, A.; NUNES, L. Proteção catódica –
Técnica de combate à corrosão. 5ª ed. Rio de
Janeiro: Interciência, 2011.
2. NACE INTERNATIONAL. Cathodic Protection
Technologist Course Manual, 2011.
3. NORMAS TÉCNICAS
NORMAS TÉCNICAS
Organizações de referência na área de Proteção Catódica:
Internacionais:
• ISO - International Organization for Standardization;
• NACE - National Association of Corrosion Engineers;
• EN – European Standard;
• API – American Petroleum Institute;
• DNV - Det Norske Veritas.
Nacionais:
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;
• CONTEC - Comissão Normalização Técnica Petrobras.
PRINCIPAIS NORMAS
• Dutos terrestres:
– NACE SP 0169: 2007
– ISO 15589-1:2003 (ABNT
ISO 15589-1:2011)
– PETROBRAS N-2298:2013
• Dutos submersos:
– ISO 15589-2:2012
– DNV RP F103:2010
– PETROBRAS N-1935:2011
• Estruturas submarinas:
– DNV RP B401:2010
– DNV RP B101:2007
– PETROBRAS N-2838:2011
• Tanques:
– NACE RP 0193:2001
– NACE SP 0388:2007
– NACE SP 0575:2007
– API RP 651:2007
PRINCIPAIS NORMAS
• Estruturas de concreto:
– NACE SP 0290:2007
• Anodos:
– ABNT NBR 9240:2012
– ABNT NBR 9241:2012
– ABNT NBR 9358:2012
– ABNT NBR 10387:2012
• Equipamentos elétricos:
– PETROBRAS N-1493:2012
– PETROBRAS N-2608:2012
• Interferências elétricas:
– NACE SP0177:2007
– EN 14505:2005
– EN 50162:2004
– EN 50443:2012
DEFINIÇÃO DE CORROSÃO
A corrosão consiste na deterioração dos
materiais pela ação química ou
eletroquímica do meio, podendo estar ou
não associado a esforços mecânicos. Pode
incidir sobre diversos tipos de materiais,
metálicos ou não metálicos.
CORROSÃO METÁLICA
O processos de corrosão metálica
correspondem ao inverso dos processos
metalúrgicos.
CORROSÃO ELETROQUÍMICA
• Os processos de corrosão eletroquímica são os
mais freqüentes na natureza.
• Geralmente ocorrem na presença de água no
estado líquido e à temperatura ambiente.
• Há formação de uma pilha ou célula de
corrosão.
ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES
Eletrólito:
Qualquer meio que possui
em sua composição íons
dissolvidos que conduzem
eletricidade.
ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES
Eletrodo:
Condutor metálico (por
exemplo uma barra de
aço) dentro de um
eletrólito
ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES
Potencial Eletroquímico
– O contato entre um eletrodo e
um eletrólito gera uma diferença
de potencial (tensão) entre
ambos.
– Se deve à presença de cargas
opostas no metal e no eletrólito.
– O valor depende do material e
do meio.
VV
Interface
ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES
Potencial Natural ou Potencial de Corrosão
• É o potencial eletroquímico que surge naturalmente entre o
eletrodo e o eletrólito. Depende do seguinte:
– Heterogeneidade do material: composição química, concentração
de tensões, variações de temperatura, formato, etc.
– Heterogeneidade do meio: composição química, pH, teor de
oxigênio, temperatura, pressão, resistividade elétrica, presença de
microorganismos, etc.
• O potencial natural não é uniforme ao longo do eletrólito,
gerando áreas anódicas e catódicas.
ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES
Região anódica:
Área do eletrodo aonde
ocorre a oxidação.
Região catódica: Área do
eletrodo aonde ocorre a
redução.
CORROSÃO ELETROQUÍMICA
A corrosão eletroquímica
ocorre em eletrodos
aonde há a formação de
anodos e catodos (pilha),
entre as quais há a
circulação de uma
corrente.
TIPOS DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA
MAIS COMUNS
Corrosão uniforme: Anodos e catodos
mudam de posição, resultando em uma
perda de metal generalizada. Ex.:
corrosão atmosférica.
TIPOS DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA
MAIS COMUNS
Corrosão alveolar (ou pitting): O anodo
permanece fixo em um ponto e a
corrosão é localizada. Ex.: aço inox na
presença de cloretos.
TIPOS DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA
MAIS COMUNS
Corrosão por fresta: A área anódica
próxima à fresta recebe pouco oxigênio
em comparação com as áreas catódicas.
Ex.: chapas sobrepostas em um tanque.
TIPOS DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA
MAIS COMUNS
Corrosão galvânica: Metais diferentes
conectados e expostos ao mesmo meio.
Ex.: tubulações residenciais.
COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA
• Métodos de combate à corrosão
eletroquímica:
– Ligas metálicas especiais resistentes à corrosão;
– Revestimentos protetores;
– Inibidores de corrosão;
– Proteção Catódica.
COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA
Ligas metálicas especiais resistentes à
corrosão
Tubos de aço inox 316L “Liner” de liga resistente à corrosão
COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA
Revestimentos protetores
• Orgânicos:
– Tintas;
– Elastômeros;
– Polímeros.
• Inorgânicos:
– Cerâmicos;
– Metálicos.
COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA
Inibidores de corrosão
São substâncias químicas que
em determinadas condições
eliminam ou reduzem
significativamente o
processo corrosivo.
Utilizados na operação da instalação!
COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA
Proteção Catódica
Aplicação direta da
teoria da corrosão
galvânica: interligar ao
eletrodo uma outra
barra, composta por um
metal “mais corrosivo”
ou “menos nobre”
COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA
Proteção Catódica
A barra composta pelo
material mais corrosivo
passa a se comportar
como anodo, enquanto
a outra passa a ser o
catodo.
COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA
Condições para existir Proteção Catódica:
• O anodo e o catodo
devem estar dentro do
mesmo meio;
• O meio deve ser condutor
iônico (eletrólito);
• Existência de uma ligação
elétrica entre o anodo e
o catodo.
DEFINIÇÃO DE PROTEÇÃO CATÓDICA
Proteção catódica é uma técnica para
reduzir a corrosão eletroquímica de uma
estrutura metálica enterrada ou
submersa fazendo com que esta
superfície se comporte como o catodo de
uma pilha, através da aplicação de uma
corrente contínua com intensidade
suficiente.
CURIOSIDADES
A Proteção Catódica repõe o material
corroído?
CURIOSIDADES
A Proteção Catódica protege estruturas da
corrosão atmosférica?
CURIOSIDADES
A corrosão atmosférica, embora seja um tipo de
corrosão eletroquímica, não pode ser protegida
por meio de um sistema de Proteção Catódica
tradicional. Mas pode-se usar um revestimento
metálico de sacrifício ou um revestimento por
barreira.
A atmosfera não é um eletrólito pois não conduz
eletricidade em condições normais.
CURIOSIDADES
A intensidade da corrosão
atmosférica depende
principalmente:
– Umidade relativa do ar;
– Presença de sais em
suspensão;
– Presença de gases
poluentes (principalmente
enxofre).
Cuidado com falhas no
revestimento!
CURIOSIDADES – HISTÓRIA
Modelo do “La Gloire” de 1858, primeiro couraçado
oceânico da história protegido por chapas ferro de 4”
HISTÓRIA
• Final do século XVIII: primeiras embarcações a
utilizarem chapas metálicas para proteger o
casco de madeira. Mas o metal em contato com
a água do mar se corroia rapidamente.
• Início do século XIX: Primeiros passos da
eletroquímica. Em 1823, Sir Humphrey Davy,
contratado pela Marinha Britânica, apresentou
os primeiros estudos que levam a aplicação de
proteção catódica.
HISTÓRIA
Este é o desenho do navio Sammarang, o
primeiro navio a receber PC em 1824.
HISTÓRIA
Em seus experimentos, Sir Davy interligou, em
um mesmo recipiente com água do mar,
diferentes metais, por exemplo cobre e zinco.
HISTÓRIA
Sir Davy observou que o zinco evitava a
corrosão do cobre. Conclui que metais não-
nobres são sacrificados em favor de metais
nobres.
HISTÓRIA
Michael Faraday, que era pupilo de Davy, em
1834 descobriu que existe uma relação entre a
taxa de corrosão e a circulação de uma
corrente elétrica entre as barras.
HISTÓRIA
• O metal mais utilizado a partir do século XIX é o ferro,
na forma de ligas de aço.
• Por muito tempo o zinco foi material empregado na PC
de navios, porém, restrito
a áreas críticas de corrosão:
regiões vizinhas à hélice e a
locais de admissão e descarga
de águas.
• Qual o motivo de não usá-lo em todo o navio?
HISTÓRIA
Com o desenvolvimento da indústria do
petróleo (década de 1920) e o surgimento de
longos oleodutos e gasodutos, surgem sérios
problemas de corrosão.
NNÍÍVEL DO SOLOVEL DO SOLO
TUBULATUBULAÇÇÃOÃO DE ADE AÇÇO NUA ENTERRADAO NUA ENTERRADA
HISTÓRIA
Contato do aço com o solo (eletrólito):
CORROSÃO!
NNÍÍVEL DO SOLOVEL DO SOLO
TUBULATUBULAÇÇÃOÃO DE ADE AÇÇO NUA ENTERRADAO NUA ENTERRADA
CORROSÃO
HISTÓRIA
Solução encontrada a partir da década de 30:
isolar o aço do solo (revestimento).
NNÍÍVEL DO SOLOVEL DO SOLO
TUBULATUBULAÇÇÃOÃO DE ADE AÇÇO REVESTIDA ENTERRADAO REVESTIDA ENTERRADA
HISTÓRIA
Aplicação de betume em uma fábrica de dutos
em Düsseldorf, Alemanha (1935)
HISTÓRIA
Porém, por mais cuidado que se tenha, o
revestimento possui FALHAS...
NNÍÍVEL DO SOLOVEL DO SOLO
TUBULAÇÃO DE AÇO REVESTIDA ENTERRADA
HISTÓRIA
O revestimento reduz, mas não elimina o
problema
PAREDE METÁLICA
REVESTIMENTOREVESTIMENTO
FALHA DO REVESTIMENTO
INTERIOR DA TUBULAÇÃO
Contato elétrico solo-aço
SOLO
VAZAMENTO
HISTÓRIA
Surgiu então a idéia de usar proteção catódica
para COMPLEMENTAR a cobertura oferecida
pelo revestimento anticorrosivo!
SOLO
CATODO
Tubulação de aço
ANODO
de Zinco
HISTÓRIA
1º projeto de Proteção Catódica no Brasil
1966 - Píer de São Sebastião
HISTÓRIA
1º duto com Proteção Catódica no Brasil
1967 – ORBEL I
Interferências elétricas: antes da implantação da PC,
eram encontradas 5 falhas por mês no oleoduto!
CONCEITOS DE ELETRICIDADE
DEFINIÇÕES
• Tensão “E” (V - volt)
– É a diferença de potencial elétrico entre dois
pontos.
• Corrente “I” (A - àmpere)
– Fluxo ordenado de partículas portadoras de carga
elétrica (íons ou elétrons).
• Resistência “R” (Ω - ohm)
– Capacidade de um corpo qualquer se opor à
passagem de corrente elétrica.
CORRENTE ELÉTRICA REAL
Nos metais existe grande
quantidade de elétrons livres.
Quando submetidos à uma tensão
elétrica os elétrons passam a ser
ordenados em direção ao maior
potencial.
(+) (-)eee
CORRENTE ELÉTRICA REAL
Quando uma solução eletrolítica é
submetida à uma tensão elétrica, os
cátions passam a ser ordenados em
direção ao menor potencial e os
ânions, ao maior potencial.
CORRENTE ELÉTRICA CONVENCIONAL
• No início da história da eletricidade, assumiu-se
erroneamente que a corrente no condutor era
produzida pelo movimento de elétrons do
potencial positivo para o negativo.
• Essa suposição continua a ser utilizada até os
dias de hoje e é chamado “sentido
convencional da corrente”.
CORRENTE ELÉTRICA REAL x CONVENCIONAL
Real Convencional
RESISTIVIDADE ELÉTRICA
• Característica intrínseca de um material.
Quanto mais baixa for a resistividade mais
facilmente o material permite a passagem de
uma carga elétrica.
• Unidade SI: ohm metro (Ω.m)
• Unidade PC: ohm centímetro (Ω.cm)
RESISTIVIDADE x RESISTÊNCIA
][
][
][][ 2
mS
mL
mR XX  
Material XMaterial X
área S
comprimento L
RESISTIVIDADE ELÉTRICA EM ELETRÓLITOS
Em um meio condutor iônico (solo ou água do
mar, por exemplo), a corrente não é confinada
e se divide em vários caminhos paralelos.
RESISTIVIDADE ELÉTRICA EM ELETRÓLITOS
• A natureza e a quantidade de sais, juntamente
com o teor de água (umidade) do eletrólito,
determinam a sua capacidade de conduzir
corrente elétrica.
• Quanto maior for a capacidade do meio
conduzir corrente elétrica (resistividade mais
baixa), maior será sua corrosividade!
RESISTIVIDADES TÍPICAS
CIRCUITO ELÉTRICO
• É a ligação de elementos elétricos de modo que
formem um caminho fechado para a corrente
elétrica.
LEI DE OHM:
][
][
][


R
E
I V
A
RESISTÊNCIAS SÉRIE E PARALELO
R1 R2 Rn
Resistências em SÉRIE
R1 R2
Rn
Resistências em PARALELO
nt RRRR  .....21
nt RRRR
1
.....
111
21

POTENCIAL ELETROQUÍMICO
MEDIÇÃO DO POTENCIAL ELETROQUÍMICO
• É impossível medir
diretamente o potencial
eletroquímico entre o
eletrodo e o eletrólito.
• Deve-se comparar o
potencial do eletrodo a
ser medido ao de outro
eletrodo, de referência.
Este eletrodo precisa ser
o mais estável possível.
O potencial do eletrodo
de referência é sempre
arbitrado como NULO.
ELETRODO PADRÃO DE HIDROGÊNIO
O Eletrodo de Referência
de Hidrogênio (Standard
Hydrogen Electrode - SHE)
é composto de um fio ou
placa de platina submersa
em uma solução molar de
íons de hidrogênio. A
platina é um metal inerte e
adsorve (retém) o
hidrogênio que é
borbulhado sobre ela.
ELETRODO PADRÃO DE HIDROGÊNIO
O Eletrodo Padrão de
Hidrogênio é usado para
determinar os POTENCIAS
DE REDUÇÃO de outros
metais.
Para se determinar os
valores padrões de
potencial, é necessário
controlar todas as
variáveis envolvidas
(temperatura, pressão,
soluções).
POTENCIAS DE REDUÇÃO (VSHE)
Quanto mais negativo
o potencial do
eletrodo, maior a
tendência ao
elemento ser oxidado.
0,80Ag+ + e  Ag
0,34Cu2+ + 2e  Cu-
0,002H+ + e  H2
- 0,13Pb2+ + 2e  Pb
- 0,44Fe2+ + 2e  Fe
- 0,76Zn2+ + 2e  Zn
- 1,03Mn2+ + 2e  Mn
- 1,67Al3+ + 3e  Al
- 2,34Mg2+ + 2e  Mg
Potencial E0
(volts)
Reação de
Eletrodo
EXERCÍCIO
Qual material será corroído?
X – Ferro
Y – Magnésio
X – Chumbo
Y – Cobre
X – Ferro
Y – Chumbo
ELETRODOS DE REFERÊNCIA PORTÁTEIS
• Para trabalhos de campo, é comum a utilização de
eletrodos de referência diferentes do hidrogênio.
• Em Proteção Catódica, são normalmente empregados:
– Cobre/Sulfato de cobre (Cu/CuSO4);
– Prata/Cloreto de prata (Ag/AgCl);
– Zinco (Zn).
• Eletrodo de referência também é conhecido como
semi-célula.
Cu/CuSO4
Ag/AgCl
COMPARAÇÃO ENTRE SEMI-CÉLULAS
Água do mar,
solos
Água do mar
Solos, água
doce
Uso Típico
---
-0,33
0,9
Coeficiente de
Temperatura
(mV/ºC)
-0,80 ± 0,1Zn
+0,266Ag/AgCl
+0,316Cu/CuSO4
Potencial
(V/SHE) @25ºC
Referência
)º25(º25 CtkEE tCt Correção de
temperatura:
MEDIÇÃO DO POTENCIAL
Multímetro
Função:
Voltímetro cc
MEDIÇÃO DO POTENCIAL NO SOLO
Semicélula ou eletrodo
de Cu/CuSO4
MEDIÇÃO DO POTENCIAL NO SOLO
++ --
VOLTÍMETRO
SEMICÉLULA
ConvenConvençção de polaridade:ão de polaridade:
Terminal positivoTerminal positivo →→ estruturaestrutura
Terminal negativoTerminal negativo→→ semicsemicéélulalula
Tubulação enterrada
MEDIÇÃO DO POTENCIAL DE CORROSÃO
MEDIÇÃO DO POTENCIAL NO SOLO
SOLO
TANQUE ( d)
SEMI-CÉLULA
VOLTÍMETRO
++--
Chapa
de aço
MEDIÇÃO DO POTENCIAL NA ÁGUA DO MAR
Semicélula ou
eletrodo de
Ag/AgCl
MEDIÇÃO DO POTENCIAL NA ÁGUA DO MAR
SOLO DO FUNDO DO MAR
PISO DO PIER
NÍVEL DO MAR
ESTACAS
METÁLICAS
DO PIER
VOLTÍMETRO
++ --
E23E22
MEDIÇÃO DO POTENCIAL NA ÁGUA DO MAR
BATHYCORROMETER
Medição de potencial
de uma estrutura
metálica submersa
MEDIÇÃO DO POTENCIAL NA ÁGUA DO MAR
ROV: Remotely operated
underwater vehicle
(Veículo submarino
operado remotamente)
MECANISMO DA CORROSÃO
MECANISMO DA CORROSÃO
MECANISMO DA CORROSÃO
MECANISMO DA CORROSÃO
MECANISMO DA CORROSÃO
Em qual superfície o ferro participou da reação?
MECANISMO DA CORROSÃO
MECANISMO DA CORROSÃO
MECANISMO DA CORROSÃO
• Na prática, podemos investigar se há corrosão
eletroquímica analisando duas grandezas:
– POTENCIAL ELETROQUÍMICO (critério de proteção):
corrosão ocorre na região mais negativa do metal;
– CORRENTE ELÉTRICA (corrosão eletrolítica):
corrosão ocorre na região aonde a corrente
convencional sai para o eletrólito.
REPRESENTAÇÃO ELÉTRICA DE UMA
CÉLULA DE CORROSÃO
Onde:
Ia: Corrente do anodo;
Ic: Corrente do catodo;
Icorr: Corrente de corrosão;
Ea,p: Potencial do anodo;
Ec,p: Potencial do catodo;
Ra: Resistência anodo/eletrólito;
Rc: Resistência catodo/eletrólito.
POLARIZAÇÃO
POLARIZAÇÃO
Quando a chave é
fechada, ocorre um
reequilíbrio entre
os potenciais, que
tendem a convergir
para um mesmo
valor.
Eletrólito
Zinco Ferro
-1,10 V - 0,55 V
POLARIZAÇÃO
Este fenômeno é a
POLARIZAÇÃO, ou
seja, a alteração do
ponto de equilíbrio
da estrutura devido a
circulação de uma
corrente pelo
sistema.
Eletrólito
Anodo Catodo
Ip
-0,91 V - 0,89 V
ANODO CATODO ANODO CATODO
ΔV
ΔV
POLARIZAÇÃO
Analogia simples: vasos comunicantes
POLARIZAÇÃO – DIAGRAMA DE EVANS
Potencial do catodo
Potencial do anodo
POLARIZAÇÃO DO CATODO x TEMPO
Zero
Potencial natural
Recebendo elétrons, o
potencial do catodo se torna
cada vez mais negativo até
um ponto no tempo onde se
estabiliza. Neste momento
diz-se que ocorreu a
polarização da estrutura.
Potencial polarizado
Potencial
Tempo
TEMPO DE POLARIZAÇÃO DO CATODO
• A polarização necessita de tempo para se
estabilizar. Neste tempo acontece:
– Aumento da concentração de cargas elétricas na
interface metal/eletrólito;
– Mudanças no meio (aumento do pH, movimentação
iônica, formação de depósitos calcários).
• A polarização definitiva pode demorar semanas.
Contudo as primeiras horas ou dias são as mais
significativas, pois a polarização é uma função
exponencial.
REPRESENTAÇÃO ELÉTRICA DA APLICAÇÃO
DE PROTEÇÃO CATÓDICA
Onde:
Icp: Corrente de proteção catódica;
Ecp: Potencial de proteção catódica (anodo);
Rcp: Resistência de proteção catódica (anodo).
CRITÉRIOS DE PROTEÇÃO CATÓDICA
PARA O AÇO-CARBONO
CRITÉRIOS DE PROTEÇÃO CATÓDICA
• Critério do potencial , livre da
queda IR;
• Critério dos 100mV de polarização;
• Fatores que podem afetar o critério:
– Tipo de metal;
– Temperatura;
– Bactéria redutora de sulfato (BRS);
– Corrente alternada;
– Interferências elétricas;
– Resistividade do meio.
A queda IR representa o
erro de medição devido
à natureza do sistema. É
significante somente em
sistemas terrestres e
será abordada
posteriormente.
-800mV/AgAgCl
-850mV/CuCuSO4
CRITÉRIO DO POTENCIAL – DIAGRAMA DE
POURBAIX DO FERRO
CRITÉRIO DO POTENCIAL (Cu/CuSO4)
- 0.55
E (Cu/CuSO4)
Zero
+ 0.10
Tempo
- 0.90
Proteção do aço no solo
AÇO PROTEGIDO QUANDO SEU POTENCIAL
POLARIZADO FOR IGUAL OU MAIS NEGATIVO
QUE – 0,85V.
- 0.85
CRITÉRIO DO POTENCIAL (Cu/CuSO4)
O critério do potencial pode ser mais flexível
quando o eletrólito é menos corrosivo.
-0,65V (Cu/CuSO4)100.000 < ρ
-0,75V (Cu/CuSO4)
10.000 < ρ <
100.000
-0,85V (Cu/CuSO4)ρ < 10.000
Critério - potencial
mais negativo que:
Resistividade do
eletrólito (Ωcm)
CRITÉRIO DO POTENCIAL (Ag/AgCl)
- 0.50
E (Ag/AgCl)
Zero
+ 0.10
Tempo
- 0.85
Proteção do aço no mar
AÇO PROTEGIDO QUANDO SEU POTENCIAL
POLARIZADO FOR IGUAL OU MAIS NEGATIVO
QUE – 0,80V.
- 0.80
CRITÉRIO DOS 100mV
Potencial natural
Potencial
Tempo
Potencial polarizado
ΔV > 100mV
Critério dos 100mV
AÇO PROTEGIDO QUANDO SEU POTENCIAL
POLARIZADO FOR AO MENOS 100mV MAIS
NEGATIVO QUE SEU POTENCIAL NATURAL.
CRITÉRIO DOS 100mV
• Baseia-se na teoria de que se uma estrutura se
polarizar ao menos 100mV, sua taxa de
corrosão reduzirá a níveis desprezíveis.
• Na prática, é usado como critério alternativo,
em uma situação particular onde o critério do
potencial não foi atendido.
FATORES QUE AFETAM O CRITÉRIO
• Tipo de metal - tabela editada da Norma
DIN 30676:
FATORES QUE AFETAM O CRITÉRIO
• Temperaturas elevadas:
– Critério: -950mV (Cu/CuSO4) para temperaturas
superiores a 60ºC.
• Bactérias redutoras de sulfato:
– Critérios: -950mV (Cu/CuSO4) ou 200mV de
polarização.
• Interferências elétricas (tensão contínua ou
alternada) e acoplamentos metálicos serão
avaliados posteriormente.
FATORES QUE AFETAM O CRITÉRIO
• CST (Corrosão sob tensão):
– Não polarizar menos que -850mV (Cu/CuSO4)
estruturas operando em condições sujeitas à CST
(alto pH, temperatura próxima à 75ºC).
• Superproteção Catódica:
– Limitação do potencial de polarização em -1200mV
(Cu/CuSO4) para evitar os efeitos nocivos da geração
de hidrogênio em excesso.
SUPERPROTEÇÃO CATÓDICA
PAREDE METÁLICA
REVESTIMENTOREVESTIMENTO
INTERIOR DA TUBULAÇÃO
H2
H2H2
H2
H2
H2
H2H2
H2
H2
H2
H2 H2
H2
Descolamento do revestimento
SUPERPROTEÇÃO CATÓDICA
Fragilização em aços de alta
resistência pelo H2
PAREDE METÁLICA
REVESTIMENTOREVESTIMENTO
INTERIOR DA TUBULAÇÃO
H2
H2H2
H2
H2
H2
H2H2
H2
H2
H2
H2 H2
H2
H2
H2
H2H2
SUPERPROTEÇÃO CATÓDICA NA PRÁTICA
• Geralmente não é um grande inconveniente, a
não ser por um gasto desnecessário de energia.
• Passa a ser uma preocupação em aços de
elevada resistência: SMYS – Tensão de
escoamento mínima especificada > 550 MPa
(aproximadamente aço X70 da API 5L).
TIPOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO
CATÓDICA
Existem dois tipos de sistemas de proteção
catódica:
1. CORRENTE GALVÂNICA (OU POR ANODOS DE
SACRIFÍCIO)
2. CORRENTE IMPRESSA
SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA
• Em um sistema galvânico, a proteção ocorre
pela diferença de potencial entre materiais
diferentes.
• A estrutura fica protegida enquanto durarem os
anodos.
CABO ELÉTRICO
ESTRUTURAESTRUTURA LEITO DE ANODOS
SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Plataformas marítimas fixas (PMXL-01)
SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Dutos submarinos
SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Interior de tanques de armazenamento de água
salgada, incluindo petróleo bruto
SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Interior de tubulações de transporte de água ou
petróleo bruto
SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA
ANODOS GALVÂNICOS
• São utilizadas ligas de metais
com potenciais negativos:
– Alumínio (consumo aprox.:
3 a 4 kg/A.ano);
– Zinco (consumo aprox.:
12 kg/A.ano);
– Magnésio (consumo aprox.:
8 kg/A.ano).
SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA
• Em um sistema de corrente impressa, a
diferença de potencial é fornecida por uma
fonte de corrente contínua.
• A estrutura fica protegida enquanto a fonte
estiver em funcionamento.
SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA
CUIDADO COM A POLARIDADE DA
FONTE!!!
SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA
Fontes de corrente
impressa:
• Retificador (mais usado);
• Bateria;
• Painel solar;
• Termogerador;
• Etc.
SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Dutos terrestres
SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Superfície externa de tanques de
armazenamento, assentado diretamente no solo
SOLO
LEITO DE ANODOS
-
+
.
.
TANQUE
SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Embarcações (navios e plataformas flutuantes)
SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Estruturas de concreto
SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA
ANODOS INERTES
• Pesados (possuem taxa de
consumo):
– Ferro (consumo aprox.:
9 kg/A.ano);
– Grafite (consumo aprox.:
0,1 a 1 kg/A.ano);
– Ferro-Silício (consumo aprox.:
0,05 a 0,5 kg/A.ano).
• Dimensionalmente estáveis:
– Platina;
– Titânio com óxido de metais;
– Polimérico.
CORRENTE GALVÂNICA x CORRENTE
IMPRESSA
CORRENTE GALVÂNICA:
• Não requer suprimento
de alimentação externa;
• Quantidade de corrente
fornecida é limitada.
• Baixo custo de inspeção
e manutenção;
CORRENTE IMPRESSA:
• Requer alimentação
externa, comprometido
pela falta de energia;
• Pode fornecer grandes
quantidades de
corrente;
• Maiores custos com
inspeção e manutenção.
• Basicamente existem três modos distintos de
aplicação de anodos:
– Instalação distribuída, geralmente aplicada em
sistemas de corrente galvânica.
– Instalação remota, geralmente aplicada em sistemas
de corrente impressa.
– Instalação pontual, geralmente aplicada em retrofit
de sistemas galvânicos e em embarcações.
ARRANJO DOS ANODOS
• Os anodos são igualmente distribuídos ao longo
da estrutura protegida.
• Cada anodo protege uma pequena porção de
toda a superfície.
INSTALAÇÃO DISTRIBUÍDA
Fundo de tanques de armazenamento
INSTALAÇÃO DISTRIBUÍDA
Dutos submarinos
INSTALAÇÃO DISTRIBUÍDA
180 m180 m
MAR
Jaquetas de plataformas
INSTALAÇÃO DISTRIBUÍDA
• Os anodos são instalados longe (na posição
remota) da estrutura protegida, concentrados
em regiões específicas.
• A proteção abrange uma grande área da
estrutura protegida.
INSTALAÇÃO REMOTA
INSTALAÇÃO REMOTA
DUTO
ANODO
- 1,05 V
- 0,78 V
- 0,81 V
5 m
O alcance da proteção é
limitado quando o anodo
está próximo da estrutura
protegida
INSTALAÇÃO REMOTA
Afastando o anodo,
aumenta o alcance da
proteção catódica
DUTO
ANODO
30 m
- 1,00 V
- 0,81 V
- 0,83 V
INSTALAÇÃO REMOTA
A partir de uma determinada
distância, a dispersão de corrente
não muda se afastarmos ainda mais
o anodo.
DUTO
ANODO
- 0,98 V
- 0,87 V
- 0,90 V
INSTALAÇÃO REMOTA
DUTO
ANODO
- 0,98 V
- 0,87 V
- 0,90 V
Atualmente utiliza-se 60 m ou mais
para dutos terrestres com PE3L. Para
revestimentos menos eficientes, era usual
afastamentos na ordem de 100 m.
INSTALAÇÃO REMOTA
Dutos terrestres
• Os anodos estão concentrados em regiões
específicas, embora não estejam posicionados
na posição remota.
• A proteção abrange uma grande área da
estrutura protegida.
INSTALAÇÃO PONTUAL
Embarcações
INSTALAÇÃO PONTUAL
Retrofit de sistemas galvânicos
INSTALAÇÃO PONTUAL
• O alcance da proteção depende principalmente
dos seguintes fatores:
– Eficiência da pintura ou revestimento (mais
eficiente, maior alcance);
– Resistividade do eletrólito (maior resistividade,
maior alcance).
ALCANCE DA PROTEÇÃO
Atenuação de corrente
ALCANCE DA PROTEÇÃO
Caminho da Corrente Elétrica
ALCANCE DA PROTEÇÃO
CUIDADO!!!
Não confundir com a curva de polarização!
ALCANCE DA PROTEÇÃO
FIM DA PARTE 1

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Proteção Catódica: Combate Efetivo à Corrosão

  • 1. PROTEÇÃO CATÓDICA EFETIVO COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA PARTE 1: INTRODUÇÃO Este material contém informações classificadas como NP-1 João Paulo Klausing Gervásio Engenharia de Dutos Terrestres Projeto de dutos terrestres Tel.: (21) 3229-3019 Email: joaoklausing@petrobras.com.br INSTRUTOR
  • 2. 1.Introdução à proteção catódica (PC); 2.PC de dutos terrestres; 3.PC de outras estruturas; 4.Dimensionamento; 5.Interferências elétricas; 6.Técnicas especiais de inspeção. PROGRAMAÇÃO INTRODUÇÃO 1. Bibliografia; 2. Aplicações da PC, história e curiosidades; 3. Medição de potencial e corrosão eletroquímica; 4. Critério de PC; 5. Tipos de PC; 6. Aplicação dos anodos.
  • 3. CURIOSIDADES O que é corrosão? Exemplos... CURIOSIDADES O que é Proteção Catódica? Aplicações...
  • 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. DUTRA, A.; NUNES, L. Proteção catódica – Técnica de combate à corrosão. 5ª ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2011. 2. NACE INTERNATIONAL. Cathodic Protection Technologist Course Manual, 2011. 3. NORMAS TÉCNICAS NORMAS TÉCNICAS Organizações de referência na área de Proteção Catódica: Internacionais: • ISO - International Organization for Standardization; • NACE - National Association of Corrosion Engineers; • EN – European Standard; • API – American Petroleum Institute; • DNV - Det Norske Veritas. Nacionais: • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas; • CONTEC - Comissão Normalização Técnica Petrobras.
  • 5. PRINCIPAIS NORMAS • Dutos terrestres: – NACE SP 0169: 2007 – ISO 15589-1:2003 (ABNT ISO 15589-1:2011) – PETROBRAS N-2298:2013 • Dutos submersos: – ISO 15589-2:2012 – DNV RP F103:2010 – PETROBRAS N-1935:2011 • Estruturas submarinas: – DNV RP B401:2010 – DNV RP B101:2007 – PETROBRAS N-2838:2011 • Tanques: – NACE RP 0193:2001 – NACE SP 0388:2007 – NACE SP 0575:2007 – API RP 651:2007 PRINCIPAIS NORMAS • Estruturas de concreto: – NACE SP 0290:2007 • Anodos: – ABNT NBR 9240:2012 – ABNT NBR 9241:2012 – ABNT NBR 9358:2012 – ABNT NBR 10387:2012 • Equipamentos elétricos: – PETROBRAS N-1493:2012 – PETROBRAS N-2608:2012 • Interferências elétricas: – NACE SP0177:2007 – EN 14505:2005 – EN 50162:2004 – EN 50443:2012
  • 6. DEFINIÇÃO DE CORROSÃO A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos. Pode incidir sobre diversos tipos de materiais, metálicos ou não metálicos. CORROSÃO METÁLICA O processos de corrosão metálica correspondem ao inverso dos processos metalúrgicos.
  • 7. CORROSÃO ELETROQUÍMICA • Os processos de corrosão eletroquímica são os mais freqüentes na natureza. • Geralmente ocorrem na presença de água no estado líquido e à temperatura ambiente. • Há formação de uma pilha ou célula de corrosão. ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES Eletrólito: Qualquer meio que possui em sua composição íons dissolvidos que conduzem eletricidade.
  • 8. ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES Eletrodo: Condutor metálico (por exemplo uma barra de aço) dentro de um eletrólito ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES Potencial Eletroquímico – O contato entre um eletrodo e um eletrólito gera uma diferença de potencial (tensão) entre ambos. – Se deve à presença de cargas opostas no metal e no eletrólito. – O valor depende do material e do meio. VV Interface
  • 9. ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES Potencial Natural ou Potencial de Corrosão • É o potencial eletroquímico que surge naturalmente entre o eletrodo e o eletrólito. Depende do seguinte: – Heterogeneidade do material: composição química, concentração de tensões, variações de temperatura, formato, etc. – Heterogeneidade do meio: composição química, pH, teor de oxigênio, temperatura, pressão, resistividade elétrica, presença de microorganismos, etc. • O potencial natural não é uniforme ao longo do eletrólito, gerando áreas anódicas e catódicas. ELETROQUÍMICA - DEFINIÇÕES Região anódica: Área do eletrodo aonde ocorre a oxidação. Região catódica: Área do eletrodo aonde ocorre a redução.
  • 10. CORROSÃO ELETROQUÍMICA A corrosão eletroquímica ocorre em eletrodos aonde há a formação de anodos e catodos (pilha), entre as quais há a circulação de uma corrente. TIPOS DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA MAIS COMUNS Corrosão uniforme: Anodos e catodos mudam de posição, resultando em uma perda de metal generalizada. Ex.: corrosão atmosférica.
  • 11. TIPOS DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA MAIS COMUNS Corrosão alveolar (ou pitting): O anodo permanece fixo em um ponto e a corrosão é localizada. Ex.: aço inox na presença de cloretos. TIPOS DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA MAIS COMUNS Corrosão por fresta: A área anódica próxima à fresta recebe pouco oxigênio em comparação com as áreas catódicas. Ex.: chapas sobrepostas em um tanque.
  • 12. TIPOS DE CORROSÃO ELETROQUÍMICA MAIS COMUNS Corrosão galvânica: Metais diferentes conectados e expostos ao mesmo meio. Ex.: tubulações residenciais. COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA • Métodos de combate à corrosão eletroquímica: – Ligas metálicas especiais resistentes à corrosão; – Revestimentos protetores; – Inibidores de corrosão; – Proteção Catódica.
  • 13. COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA Ligas metálicas especiais resistentes à corrosão Tubos de aço inox 316L “Liner” de liga resistente à corrosão COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA Revestimentos protetores • Orgânicos: – Tintas; – Elastômeros; – Polímeros. • Inorgânicos: – Cerâmicos; – Metálicos.
  • 14. COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA Inibidores de corrosão São substâncias químicas que em determinadas condições eliminam ou reduzem significativamente o processo corrosivo. Utilizados na operação da instalação! COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA Proteção Catódica Aplicação direta da teoria da corrosão galvânica: interligar ao eletrodo uma outra barra, composta por um metal “mais corrosivo” ou “menos nobre”
  • 15. COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA Proteção Catódica A barra composta pelo material mais corrosivo passa a se comportar como anodo, enquanto a outra passa a ser o catodo. COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA Condições para existir Proteção Catódica: • O anodo e o catodo devem estar dentro do mesmo meio; • O meio deve ser condutor iônico (eletrólito); • Existência de uma ligação elétrica entre o anodo e o catodo.
  • 16. DEFINIÇÃO DE PROTEÇÃO CATÓDICA Proteção catódica é uma técnica para reduzir a corrosão eletroquímica de uma estrutura metálica enterrada ou submersa fazendo com que esta superfície se comporte como o catodo de uma pilha, através da aplicação de uma corrente contínua com intensidade suficiente. CURIOSIDADES A Proteção Catódica repõe o material corroído?
  • 17. CURIOSIDADES A Proteção Catódica protege estruturas da corrosão atmosférica? CURIOSIDADES A corrosão atmosférica, embora seja um tipo de corrosão eletroquímica, não pode ser protegida por meio de um sistema de Proteção Catódica tradicional. Mas pode-se usar um revestimento metálico de sacrifício ou um revestimento por barreira. A atmosfera não é um eletrólito pois não conduz eletricidade em condições normais.
  • 18. CURIOSIDADES A intensidade da corrosão atmosférica depende principalmente: – Umidade relativa do ar; – Presença de sais em suspensão; – Presença de gases poluentes (principalmente enxofre). Cuidado com falhas no revestimento! CURIOSIDADES – HISTÓRIA Modelo do “La Gloire” de 1858, primeiro couraçado oceânico da história protegido por chapas ferro de 4”
  • 19. HISTÓRIA • Final do século XVIII: primeiras embarcações a utilizarem chapas metálicas para proteger o casco de madeira. Mas o metal em contato com a água do mar se corroia rapidamente. • Início do século XIX: Primeiros passos da eletroquímica. Em 1823, Sir Humphrey Davy, contratado pela Marinha Britânica, apresentou os primeiros estudos que levam a aplicação de proteção catódica. HISTÓRIA Este é o desenho do navio Sammarang, o primeiro navio a receber PC em 1824.
  • 20. HISTÓRIA Em seus experimentos, Sir Davy interligou, em um mesmo recipiente com água do mar, diferentes metais, por exemplo cobre e zinco. HISTÓRIA Sir Davy observou que o zinco evitava a corrosão do cobre. Conclui que metais não- nobres são sacrificados em favor de metais nobres.
  • 21. HISTÓRIA Michael Faraday, que era pupilo de Davy, em 1834 descobriu que existe uma relação entre a taxa de corrosão e a circulação de uma corrente elétrica entre as barras. HISTÓRIA • O metal mais utilizado a partir do século XIX é o ferro, na forma de ligas de aço. • Por muito tempo o zinco foi material empregado na PC de navios, porém, restrito a áreas críticas de corrosão: regiões vizinhas à hélice e a locais de admissão e descarga de águas. • Qual o motivo de não usá-lo em todo o navio?
  • 22. HISTÓRIA Com o desenvolvimento da indústria do petróleo (década de 1920) e o surgimento de longos oleodutos e gasodutos, surgem sérios problemas de corrosão. NNÍÍVEL DO SOLOVEL DO SOLO TUBULATUBULAÇÇÃOÃO DE ADE AÇÇO NUA ENTERRADAO NUA ENTERRADA HISTÓRIA Contato do aço com o solo (eletrólito): CORROSÃO! NNÍÍVEL DO SOLOVEL DO SOLO TUBULATUBULAÇÇÃOÃO DE ADE AÇÇO NUA ENTERRADAO NUA ENTERRADA CORROSÃO
  • 23. HISTÓRIA Solução encontrada a partir da década de 30: isolar o aço do solo (revestimento). NNÍÍVEL DO SOLOVEL DO SOLO TUBULATUBULAÇÇÃOÃO DE ADE AÇÇO REVESTIDA ENTERRADAO REVESTIDA ENTERRADA HISTÓRIA Aplicação de betume em uma fábrica de dutos em Düsseldorf, Alemanha (1935)
  • 24. HISTÓRIA Porém, por mais cuidado que se tenha, o revestimento possui FALHAS... NNÍÍVEL DO SOLOVEL DO SOLO TUBULAÇÃO DE AÇO REVESTIDA ENTERRADA HISTÓRIA O revestimento reduz, mas não elimina o problema PAREDE METÁLICA REVESTIMENTOREVESTIMENTO FALHA DO REVESTIMENTO INTERIOR DA TUBULAÇÃO Contato elétrico solo-aço SOLO VAZAMENTO
  • 25. HISTÓRIA Surgiu então a idéia de usar proteção catódica para COMPLEMENTAR a cobertura oferecida pelo revestimento anticorrosivo! SOLO CATODO Tubulação de aço ANODO de Zinco HISTÓRIA 1º projeto de Proteção Catódica no Brasil 1966 - Píer de São Sebastião
  • 26. HISTÓRIA 1º duto com Proteção Catódica no Brasil 1967 – ORBEL I Interferências elétricas: antes da implantação da PC, eram encontradas 5 falhas por mês no oleoduto! CONCEITOS DE ELETRICIDADE
  • 27. DEFINIÇÕES • Tensão “E” (V - volt) – É a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. • Corrente “I” (A - àmpere) – Fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica (íons ou elétrons). • Resistência “R” (Ω - ohm) – Capacidade de um corpo qualquer se opor à passagem de corrente elétrica. CORRENTE ELÉTRICA REAL Nos metais existe grande quantidade de elétrons livres. Quando submetidos à uma tensão elétrica os elétrons passam a ser ordenados em direção ao maior potencial. (+) (-)eee
  • 28. CORRENTE ELÉTRICA REAL Quando uma solução eletrolítica é submetida à uma tensão elétrica, os cátions passam a ser ordenados em direção ao menor potencial e os ânions, ao maior potencial. CORRENTE ELÉTRICA CONVENCIONAL • No início da história da eletricidade, assumiu-se erroneamente que a corrente no condutor era produzida pelo movimento de elétrons do potencial positivo para o negativo. • Essa suposição continua a ser utilizada até os dias de hoje e é chamado “sentido convencional da corrente”.
  • 29. CORRENTE ELÉTRICA REAL x CONVENCIONAL Real Convencional RESISTIVIDADE ELÉTRICA • Característica intrínseca de um material. Quanto mais baixa for a resistividade mais facilmente o material permite a passagem de uma carga elétrica. • Unidade SI: ohm metro (Ω.m) • Unidade PC: ohm centímetro (Ω.cm)
  • 30. RESISTIVIDADE x RESISTÊNCIA ][ ][ ][][ 2 mS mL mR XX   Material XMaterial X área S comprimento L RESISTIVIDADE ELÉTRICA EM ELETRÓLITOS Em um meio condutor iônico (solo ou água do mar, por exemplo), a corrente não é confinada e se divide em vários caminhos paralelos.
  • 31. RESISTIVIDADE ELÉTRICA EM ELETRÓLITOS • A natureza e a quantidade de sais, juntamente com o teor de água (umidade) do eletrólito, determinam a sua capacidade de conduzir corrente elétrica. • Quanto maior for a capacidade do meio conduzir corrente elétrica (resistividade mais baixa), maior será sua corrosividade! RESISTIVIDADES TÍPICAS
  • 32. CIRCUITO ELÉTRICO • É a ligação de elementos elétricos de modo que formem um caminho fechado para a corrente elétrica. LEI DE OHM: ][ ][ ][   R E I V A RESISTÊNCIAS SÉRIE E PARALELO R1 R2 Rn Resistências em SÉRIE R1 R2 Rn Resistências em PARALELO nt RRRR  .....21 nt RRRR 1 ..... 111 21 
  • 33. POTENCIAL ELETROQUÍMICO MEDIÇÃO DO POTENCIAL ELETROQUÍMICO • É impossível medir diretamente o potencial eletroquímico entre o eletrodo e o eletrólito. • Deve-se comparar o potencial do eletrodo a ser medido ao de outro eletrodo, de referência. Este eletrodo precisa ser o mais estável possível. O potencial do eletrodo de referência é sempre arbitrado como NULO.
  • 34. ELETRODO PADRÃO DE HIDROGÊNIO O Eletrodo de Referência de Hidrogênio (Standard Hydrogen Electrode - SHE) é composto de um fio ou placa de platina submersa em uma solução molar de íons de hidrogênio. A platina é um metal inerte e adsorve (retém) o hidrogênio que é borbulhado sobre ela. ELETRODO PADRÃO DE HIDROGÊNIO O Eletrodo Padrão de Hidrogênio é usado para determinar os POTENCIAS DE REDUÇÃO de outros metais. Para se determinar os valores padrões de potencial, é necessário controlar todas as variáveis envolvidas (temperatura, pressão, soluções).
  • 35. POTENCIAS DE REDUÇÃO (VSHE) Quanto mais negativo o potencial do eletrodo, maior a tendência ao elemento ser oxidado. 0,80Ag+ + e  Ag 0,34Cu2+ + 2e  Cu- 0,002H+ + e  H2 - 0,13Pb2+ + 2e  Pb - 0,44Fe2+ + 2e  Fe - 0,76Zn2+ + 2e  Zn - 1,03Mn2+ + 2e  Mn - 1,67Al3+ + 3e  Al - 2,34Mg2+ + 2e  Mg Potencial E0 (volts) Reação de Eletrodo EXERCÍCIO Qual material será corroído? X – Ferro Y – Magnésio X – Chumbo Y – Cobre X – Ferro Y – Chumbo
  • 36. ELETRODOS DE REFERÊNCIA PORTÁTEIS • Para trabalhos de campo, é comum a utilização de eletrodos de referência diferentes do hidrogênio. • Em Proteção Catódica, são normalmente empregados: – Cobre/Sulfato de cobre (Cu/CuSO4); – Prata/Cloreto de prata (Ag/AgCl); – Zinco (Zn). • Eletrodo de referência também é conhecido como semi-célula. Cu/CuSO4
  • 37. Ag/AgCl COMPARAÇÃO ENTRE SEMI-CÉLULAS Água do mar, solos Água do mar Solos, água doce Uso Típico --- -0,33 0,9 Coeficiente de Temperatura (mV/ºC) -0,80 ± 0,1Zn +0,266Ag/AgCl +0,316Cu/CuSO4 Potencial (V/SHE) @25ºC Referência )º25(º25 CtkEE tCt Correção de temperatura:
  • 38. MEDIÇÃO DO POTENCIAL Multímetro Função: Voltímetro cc MEDIÇÃO DO POTENCIAL NO SOLO Semicélula ou eletrodo de Cu/CuSO4
  • 39. MEDIÇÃO DO POTENCIAL NO SOLO ++ -- VOLTÍMETRO SEMICÉLULA ConvenConvençção de polaridade:ão de polaridade: Terminal positivoTerminal positivo →→ estruturaestrutura Terminal negativoTerminal negativo→→ semicsemicéélulalula Tubulação enterrada MEDIÇÃO DO POTENCIAL DE CORROSÃO
  • 40. MEDIÇÃO DO POTENCIAL NO SOLO SOLO TANQUE ( d) SEMI-CÉLULA VOLTÍMETRO ++-- Chapa de aço MEDIÇÃO DO POTENCIAL NA ÁGUA DO MAR Semicélula ou eletrodo de Ag/AgCl
  • 41. MEDIÇÃO DO POTENCIAL NA ÁGUA DO MAR SOLO DO FUNDO DO MAR PISO DO PIER NÍVEL DO MAR ESTACAS METÁLICAS DO PIER VOLTÍMETRO ++ -- E23E22 MEDIÇÃO DO POTENCIAL NA ÁGUA DO MAR BATHYCORROMETER Medição de potencial de uma estrutura metálica submersa
  • 42. MEDIÇÃO DO POTENCIAL NA ÁGUA DO MAR ROV: Remotely operated underwater vehicle (Veículo submarino operado remotamente) MECANISMO DA CORROSÃO
  • 44. MECANISMO DA CORROSÃO MECANISMO DA CORROSÃO Em qual superfície o ferro participou da reação?
  • 46. MECANISMO DA CORROSÃO • Na prática, podemos investigar se há corrosão eletroquímica analisando duas grandezas: – POTENCIAL ELETROQUÍMICO (critério de proteção): corrosão ocorre na região mais negativa do metal; – CORRENTE ELÉTRICA (corrosão eletrolítica): corrosão ocorre na região aonde a corrente convencional sai para o eletrólito. REPRESENTAÇÃO ELÉTRICA DE UMA CÉLULA DE CORROSÃO Onde: Ia: Corrente do anodo; Ic: Corrente do catodo; Icorr: Corrente de corrosão; Ea,p: Potencial do anodo; Ec,p: Potencial do catodo; Ra: Resistência anodo/eletrólito; Rc: Resistência catodo/eletrólito.
  • 47. POLARIZAÇÃO POLARIZAÇÃO Quando a chave é fechada, ocorre um reequilíbrio entre os potenciais, que tendem a convergir para um mesmo valor. Eletrólito Zinco Ferro -1,10 V - 0,55 V
  • 48. POLARIZAÇÃO Este fenômeno é a POLARIZAÇÃO, ou seja, a alteração do ponto de equilíbrio da estrutura devido a circulação de uma corrente pelo sistema. Eletrólito Anodo Catodo Ip -0,91 V - 0,89 V ANODO CATODO ANODO CATODO ΔV ΔV POLARIZAÇÃO Analogia simples: vasos comunicantes
  • 49. POLARIZAÇÃO – DIAGRAMA DE EVANS Potencial do catodo Potencial do anodo POLARIZAÇÃO DO CATODO x TEMPO Zero Potencial natural Recebendo elétrons, o potencial do catodo se torna cada vez mais negativo até um ponto no tempo onde se estabiliza. Neste momento diz-se que ocorreu a polarização da estrutura. Potencial polarizado Potencial Tempo
  • 50. TEMPO DE POLARIZAÇÃO DO CATODO • A polarização necessita de tempo para se estabilizar. Neste tempo acontece: – Aumento da concentração de cargas elétricas na interface metal/eletrólito; – Mudanças no meio (aumento do pH, movimentação iônica, formação de depósitos calcários). • A polarização definitiva pode demorar semanas. Contudo as primeiras horas ou dias são as mais significativas, pois a polarização é uma função exponencial. REPRESENTAÇÃO ELÉTRICA DA APLICAÇÃO DE PROTEÇÃO CATÓDICA Onde: Icp: Corrente de proteção catódica; Ecp: Potencial de proteção catódica (anodo); Rcp: Resistência de proteção catódica (anodo).
  • 51. CRITÉRIOS DE PROTEÇÃO CATÓDICA PARA O AÇO-CARBONO CRITÉRIOS DE PROTEÇÃO CATÓDICA • Critério do potencial , livre da queda IR; • Critério dos 100mV de polarização; • Fatores que podem afetar o critério: – Tipo de metal; – Temperatura; – Bactéria redutora de sulfato (BRS); – Corrente alternada; – Interferências elétricas; – Resistividade do meio. A queda IR representa o erro de medição devido à natureza do sistema. É significante somente em sistemas terrestres e será abordada posteriormente. -800mV/AgAgCl -850mV/CuCuSO4
  • 52. CRITÉRIO DO POTENCIAL – DIAGRAMA DE POURBAIX DO FERRO CRITÉRIO DO POTENCIAL (Cu/CuSO4) - 0.55 E (Cu/CuSO4) Zero + 0.10 Tempo - 0.90 Proteção do aço no solo AÇO PROTEGIDO QUANDO SEU POTENCIAL POLARIZADO FOR IGUAL OU MAIS NEGATIVO QUE – 0,85V. - 0.85
  • 53. CRITÉRIO DO POTENCIAL (Cu/CuSO4) O critério do potencial pode ser mais flexível quando o eletrólito é menos corrosivo. -0,65V (Cu/CuSO4)100.000 < ρ -0,75V (Cu/CuSO4) 10.000 < ρ < 100.000 -0,85V (Cu/CuSO4)ρ < 10.000 Critério - potencial mais negativo que: Resistividade do eletrólito (Ωcm) CRITÉRIO DO POTENCIAL (Ag/AgCl) - 0.50 E (Ag/AgCl) Zero + 0.10 Tempo - 0.85 Proteção do aço no mar AÇO PROTEGIDO QUANDO SEU POTENCIAL POLARIZADO FOR IGUAL OU MAIS NEGATIVO QUE – 0,80V. - 0.80
  • 54. CRITÉRIO DOS 100mV Potencial natural Potencial Tempo Potencial polarizado ΔV > 100mV Critério dos 100mV AÇO PROTEGIDO QUANDO SEU POTENCIAL POLARIZADO FOR AO MENOS 100mV MAIS NEGATIVO QUE SEU POTENCIAL NATURAL. CRITÉRIO DOS 100mV • Baseia-se na teoria de que se uma estrutura se polarizar ao menos 100mV, sua taxa de corrosão reduzirá a níveis desprezíveis. • Na prática, é usado como critério alternativo, em uma situação particular onde o critério do potencial não foi atendido.
  • 55. FATORES QUE AFETAM O CRITÉRIO • Tipo de metal - tabela editada da Norma DIN 30676: FATORES QUE AFETAM O CRITÉRIO • Temperaturas elevadas: – Critério: -950mV (Cu/CuSO4) para temperaturas superiores a 60ºC. • Bactérias redutoras de sulfato: – Critérios: -950mV (Cu/CuSO4) ou 200mV de polarização. • Interferências elétricas (tensão contínua ou alternada) e acoplamentos metálicos serão avaliados posteriormente.
  • 56. FATORES QUE AFETAM O CRITÉRIO • CST (Corrosão sob tensão): – Não polarizar menos que -850mV (Cu/CuSO4) estruturas operando em condições sujeitas à CST (alto pH, temperatura próxima à 75ºC). • Superproteção Catódica: – Limitação do potencial de polarização em -1200mV (Cu/CuSO4) para evitar os efeitos nocivos da geração de hidrogênio em excesso. SUPERPROTEÇÃO CATÓDICA PAREDE METÁLICA REVESTIMENTOREVESTIMENTO INTERIOR DA TUBULAÇÃO H2 H2H2 H2 H2 H2 H2H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2 Descolamento do revestimento
  • 57. SUPERPROTEÇÃO CATÓDICA Fragilização em aços de alta resistência pelo H2 PAREDE METÁLICA REVESTIMENTOREVESTIMENTO INTERIOR DA TUBULAÇÃO H2 H2H2 H2 H2 H2 H2H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2 H2H2 SUPERPROTEÇÃO CATÓDICA NA PRÁTICA • Geralmente não é um grande inconveniente, a não ser por um gasto desnecessário de energia. • Passa a ser uma preocupação em aços de elevada resistência: SMYS – Tensão de escoamento mínima especificada > 550 MPa (aproximadamente aço X70 da API 5L).
  • 58. TIPOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CATÓDICA Existem dois tipos de sistemas de proteção catódica: 1. CORRENTE GALVÂNICA (OU POR ANODOS DE SACRIFÍCIO) 2. CORRENTE IMPRESSA SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA • Em um sistema galvânico, a proteção ocorre pela diferença de potencial entre materiais diferentes. • A estrutura fica protegida enquanto durarem os anodos. CABO ELÉTRICO ESTRUTURAESTRUTURA LEITO DE ANODOS
  • 59. SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA PRINCIPAIS APLICAÇÕES Plataformas marítimas fixas (PMXL-01) SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA PRINCIPAIS APLICAÇÕES Dutos submarinos
  • 60. SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA PRINCIPAIS APLICAÇÕES Interior de tanques de armazenamento de água salgada, incluindo petróleo bruto SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA PRINCIPAIS APLICAÇÕES Interior de tubulações de transporte de água ou petróleo bruto
  • 61. SISTEMA DE CORRENTE GALVÂNICA ANODOS GALVÂNICOS • São utilizadas ligas de metais com potenciais negativos: – Alumínio (consumo aprox.: 3 a 4 kg/A.ano); – Zinco (consumo aprox.: 12 kg/A.ano); – Magnésio (consumo aprox.: 8 kg/A.ano). SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA • Em um sistema de corrente impressa, a diferença de potencial é fornecida por uma fonte de corrente contínua. • A estrutura fica protegida enquanto a fonte estiver em funcionamento.
  • 62. SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA CUIDADO COM A POLARIDADE DA FONTE!!! SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA Fontes de corrente impressa: • Retificador (mais usado); • Bateria; • Painel solar; • Termogerador; • Etc.
  • 63. SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA PRINCIPAIS APLICAÇÕES Dutos terrestres SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA PRINCIPAIS APLICAÇÕES Superfície externa de tanques de armazenamento, assentado diretamente no solo SOLO LEITO DE ANODOS - + . . TANQUE
  • 64. SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA PRINCIPAIS APLICAÇÕES Embarcações (navios e plataformas flutuantes) SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA PRINCIPAIS APLICAÇÕES Estruturas de concreto
  • 65. SISTEMA DE CORRENTE IMPRESSA ANODOS INERTES • Pesados (possuem taxa de consumo): – Ferro (consumo aprox.: 9 kg/A.ano); – Grafite (consumo aprox.: 0,1 a 1 kg/A.ano); – Ferro-Silício (consumo aprox.: 0,05 a 0,5 kg/A.ano). • Dimensionalmente estáveis: – Platina; – Titânio com óxido de metais; – Polimérico. CORRENTE GALVÂNICA x CORRENTE IMPRESSA CORRENTE GALVÂNICA: • Não requer suprimento de alimentação externa; • Quantidade de corrente fornecida é limitada. • Baixo custo de inspeção e manutenção; CORRENTE IMPRESSA: • Requer alimentação externa, comprometido pela falta de energia; • Pode fornecer grandes quantidades de corrente; • Maiores custos com inspeção e manutenção.
  • 66. • Basicamente existem três modos distintos de aplicação de anodos: – Instalação distribuída, geralmente aplicada em sistemas de corrente galvânica. – Instalação remota, geralmente aplicada em sistemas de corrente impressa. – Instalação pontual, geralmente aplicada em retrofit de sistemas galvânicos e em embarcações. ARRANJO DOS ANODOS • Os anodos são igualmente distribuídos ao longo da estrutura protegida. • Cada anodo protege uma pequena porção de toda a superfície. INSTALAÇÃO DISTRIBUÍDA
  • 67. Fundo de tanques de armazenamento INSTALAÇÃO DISTRIBUÍDA Dutos submarinos INSTALAÇÃO DISTRIBUÍDA 180 m180 m MAR
  • 68. Jaquetas de plataformas INSTALAÇÃO DISTRIBUÍDA • Os anodos são instalados longe (na posição remota) da estrutura protegida, concentrados em regiões específicas. • A proteção abrange uma grande área da estrutura protegida. INSTALAÇÃO REMOTA
  • 69. INSTALAÇÃO REMOTA DUTO ANODO - 1,05 V - 0,78 V - 0,81 V 5 m O alcance da proteção é limitado quando o anodo está próximo da estrutura protegida INSTALAÇÃO REMOTA Afastando o anodo, aumenta o alcance da proteção catódica DUTO ANODO 30 m - 1,00 V - 0,81 V - 0,83 V
  • 70. INSTALAÇÃO REMOTA A partir de uma determinada distância, a dispersão de corrente não muda se afastarmos ainda mais o anodo. DUTO ANODO - 0,98 V - 0,87 V - 0,90 V INSTALAÇÃO REMOTA DUTO ANODO - 0,98 V - 0,87 V - 0,90 V Atualmente utiliza-se 60 m ou mais para dutos terrestres com PE3L. Para revestimentos menos eficientes, era usual afastamentos na ordem de 100 m.
  • 71. INSTALAÇÃO REMOTA Dutos terrestres • Os anodos estão concentrados em regiões específicas, embora não estejam posicionados na posição remota. • A proteção abrange uma grande área da estrutura protegida. INSTALAÇÃO PONTUAL
  • 72. Embarcações INSTALAÇÃO PONTUAL Retrofit de sistemas galvânicos INSTALAÇÃO PONTUAL
  • 73. • O alcance da proteção depende principalmente dos seguintes fatores: – Eficiência da pintura ou revestimento (mais eficiente, maior alcance); – Resistividade do eletrólito (maior resistividade, maior alcance). ALCANCE DA PROTEÇÃO Atenuação de corrente ALCANCE DA PROTEÇÃO
  • 74. Caminho da Corrente Elétrica ALCANCE DA PROTEÇÃO CUIDADO!!! Não confundir com a curva de polarização! ALCANCE DA PROTEÇÃO