1. O vírus da dengue é transmitido pela picada da
fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se
multiplica em depósitos de água parada acumulada
nos quintais e dentro das casas.
Existem 4 tipos diferentes desse vírus: os sorotipos 1,
2, 3 e 4. Todos podem causar as diferentes formas da
doença.
Observação importante: Depois de muitos anos sem
registro de nenhum caso de contaminação, o
sorotipo 4 voltou a circular em alguns estados do
Brasil. Especialmente as crianças e os jovens não
desenvolveram imunidade contra ele. Por isso e para
evitar a dispersão desse vírus, o Ministério da Saúde
determinou que todos os casos suspeitos de dengue
4 sejam considerados de comunicação compulsória
às autoridades sanitárias no prazo de 24 horas.
2. Dengue clássica
Nos adultos, a primeira manifestação é a febre alta (39º a 40º), de início
repentino, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas,
atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e coceira. Num período de 3 a 7 dias, a
temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem, mas pode
persistir um quadro de prostração e fraqueza durante algumas semanas. Nas
crianças, o sintoma inicial também é a febre alta acompanhada apatia,
sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia.
3. A febre chicungunha é uma doença viral parecida com a dengue,
transmitida por um mosquito comum em algumas regiões da
África. Nos últimos anos, inúmeros casos da doença foram
registrados em países da Ásia e da Europa. Recentemente, o
vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana
Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do
Amapá.
O certo é que o chicungunha está migrando e chegou às
Américas. No Brasil, a preocupação é que o Aedes aegypti e o
Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre
amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus pelo
País. Seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue.
Em no máximo sete dias a contar do momento em que foi
infectado, o mosquito começa a transmitir o CHIKV para uma
população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o
objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo
apareçam os primeiros casos.
4. Embora os vírus da febre chicungunha e os da dengue
tenham características distintas, os sintomas das duas
doenças são semelhantes.
Na fase aguda da chicungunha, a febre é alta, aparece de
repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia
(dor muscular), exantema (erupção na pele),
conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Esse é o
sintoma mais característico da enfermidade: dor forte
nas articulações, tão forte que chega a impedir os
movimentos e pode perdurar por meses depois que a
febre vai embora.
5. Na fase aguda, o tratamento contra a febre
chicungunha é sintomático. Analgésicos e
antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas.
Manter o doente bem hidratado é medida essencial
para a recuperação.
Quando a febre desaparece, mas a dor nas
articulações persiste, podem ser introduzidos
medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia.
6. No Brasil, os primeiros casos registrados da febre chicungunha
indicavam que os pacientes tinham sido infectados no exterior,
num dos 40 países por onde o vírus circula faz tempo. Naquele
momento, os episódios foram controlados, mas o risco de
transmissão do vírus CHIKV em território nacional não foi
afastado.
Segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, até 15 de
novembro de 2014, foram registrados 1.364 novos casos da
doença. Mesmo assim, o Ministério garante que não há motivo
para alarme, uma vez que nossos serviços de saúde e de vigilância
sanitária estão atentos. Os casos confirmados no Brasil foram
notificados para a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na
mesma linha de conduta, médicos, laboratórios e as secretarias
municipais e estaduais de saúde estão recebendo orientação sob a
melhor forma de agir diante da nova doença.