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Coríntios
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Contexto Histórico
Corinto era uma cidade antiga da Grécia, era, em muito aspectos, a metrópole
grega de maior destaque nos tempos de Paulo. Assim como muitas cidades
prósperas do mundo de hoje, Corinto era intelectualmente arrogante,
materialmente próspera e moralmente corrupta. O pecado, em todas as suas
formas, grassava nessa cidade de má fama, pela sua licenciosidade.
População: c. 300 mil cidadãos livres e 460 mil escravos no século II d.C. Na
época das viagens de Paulo a cidade tinha por volta de 100 mil habitantes.
Comércio: localizada ao lado do istmo de Corinto, era uma encruzilhada para
viajantes e comerciantes. Tinha dois portos: 1) Cencréia, 9 km a leste do golfo
Sarônico, e 2) Lecaião, uns 2 km a oeste, no golfo de Corinto. As mercadorias
atravessavam o istmo pela Diolco, estrada pela qual navios menores podiam ser
arrastados, plenamente carregados, e pela qual as cargas dos navios maiores
podiam ser transportadas por vagões de um lado para o outro. Mercadorias
fluíam pela cidade desde a Itália e da Espanha, a oeste, e da Ásia Menor,
da Fenícia e do Egito, a leste.
3
Contexto Histórico
Cultura: embora Corinto não fosse uma cidade universitária como Atenas, não
deixava de ser caracterizada pela cultura grega. Seus habitantes
interessavam-se pela filosofia grega e tinham a sabedoria na mais alta estima.
O teatro nos dias de Paulo comportava 14 mil espectadores sentados. Os
jogos ístmicos, realizados de dois em dois anos, fizeram de Corinto grande
centro de vida helênica. (Os jogos Olímpicos eram realizados de quatro em
quatro anos em Olímpia, cerca de 160 km a oeste de Corinto.)
Religião: Corinto continha pelo menos 12 templos. Não se sabe com certeza se
todos estavam em funcionamento nos dias de Paulo. Um dos mais infames era
dedicado a Afrodite, a deusa do amor, cujos adoradores praticavam a
prostituição religiosa. Uns 400 metros ao norte do teatro ficava o templo de
Asclépio, o deus da cura, e no meio da cidade estava localizado o templo de
Apolo, que data do séc VI a.C. Além disso, os judeus tinham fundado uma
sinagoga.
4
Contexto Histórico
Imoralidade: assim como qualquer cidade comercial, Corinto era centro de
imoralidade pública e irrefreada. A adoração a Afrodite promovia a prostituição
em nome da religião. Em certo período, mil prostitutas sagradas serviam no
seu templo. A imoralidade de Corinto tornou-se tão amplamente divulgada, que
o verbo grego “corintianizar” veio a significar “praticar imoralidade sexual”.
Num ambiente desse, não era de se admirar que a igreja de Corinto estivesse
atormentada por numerosos problemas.
Juntamente com Áquila e Priscila e com sua própria equipe apostólica, Paulo
fundou a igreja em Corinto, durante seu ministério de dezoito meses ali, na sua
segunda viagem missionária. A igreja era composta de alguns judeus, sendo
sua maioria constituída de gentios convertidos do paganismo. At 18
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Contexto Histórico
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Contexto do Livro
Autor: Paulo 1.1,2; 16.21. Reconhecido pelos Pais da Igreja. Sua autoria foi
estabelecida com precisão por Clemente de Roma em 96 d.C.
Data: c. 55/56 d.C. Perto do fim da permanência de Paulo em Éfeso (16.5-9; At
20.31)
Paulo já havia escrito uma carta anteriormente, que já não existe. (5.9)
Uma delegação de líderes da igreja de Corinto foi enviada a Éfeso a fim de
consultar Paulo a respeito de alguns problemas e desordens muito graves que
tinham surgido na igreja. Como resposta a essas perguntas Paulo escreveu 1
Coríntios, isso aconteceu por volta de 55/56 d.C.
Paulo responde a várias questões levantadas pela delegação, entre elas estão a
das divisões entre os membros da igreja, imoralidade, práticas impróprias na
ceia do Senhor, falsos ensinos sobre ressurreição do corpo e encoraja a igreja a
fazer donativos para o sustento dos crentes judeus pobres de Jerusalém.
22
Contexto do Livro
Alguns Problemas da Igreja de Corinto
Partidarismo: “Eu sou de Paulo, eu sou de Apolo...” 1.12 (NVI)
Invejas e Divisões: “Visto que há inveja e divisões... “ 3.3 (NVI)
Arrogância: “Alguns de vocês se tornaram arrogantes... “ 4.18 (NVI)
Imoralidade: “Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês...” 5.1 (NVI)
Orgulho: “O orgulho de vocês não é bom... “ 5.6 (NVI)
Brigas: “Ao ponto de levar os irmãos aos tribunais... “ 6.6 (NVI)
Problemas com a ceia do Senhor. 11.17ss
Problemas no uso dos dons. 12
Falsos ensinos a cerca da ressurreição. 15.12
23
Contexto Literário
Epístola - Paulo escrevia a Igreja de Corinto diante da necessidade de esclarecer
dúvidas e corrigir atitudes, dúvidas estas que tinham sido questionadas a Paulo,
através de perguntas.
24
Facções na Igreja
Em Corinto, assim como em todos os outros lugares daquela época, os cristãos
não tinham um lugar central de reuniões. (A única exceção era Jerusalém, onde
os cristãos podiam se reunir nos pátios do Templo.) Os edifícios eclesiásticos
não começaram a ser construídos senão 200 anos mais tarde, quando as
perseguições contra a igreja começaram a diminuir.
Eles se reuniam em casas, salões ou onde quer que pudessem. Havia multidões
de cristãos em Corinto, não em uma só grande congregação, mas em muitas
congregações pequenas, cada uma com liderança própria. Essas
congregações, segundo parece, estavam se transformando em grupos
rivais que faziam concorrência entre si em vez de cooperar na causa geral de
Cristo naquela cidade iníqua.
Alguns gregos, com sua predileção pela especulação intelectual e seu
orgulho pela sabedoria, jactavam-se bastante de suas interpretações
filosóficas do cristianismo. E, além de se agrupar ao redor de uma ou outra
doutrina, tornavam-se partidários de um ou outro líder. A igreja, portanto,
ficou subdividida em muitas facções, cada um procurava carimbar Cristo com
sua pequena marca registrada – prática que ainda hoje predomina em escala
assustadora.
25
O ministro
Uma das objeções a Paulo era por causa da simplicidade da sua pregação. Ele
respondeu que não podia pregar-lhes de outra maneira, porque não passavam
de crianças em Cristo. Não podiam suportar outro alimento, senão leite. A prova
da infantilidade deles (carnalidade) eram as divisões existentes entre eles. (3.1-
4)
“Portanto, que todos nos considerem como servos de Cristo e encarregados
dos mistérios de Deus. O que se requer destes encarregados é que sejam
fiéis. Pouco me importa ser julgado por vocês ou por qualquer tribunal humano;
de fato, nem eu julgo a mim mesmo. Embora em nada minha consciência me
acuse, nem por isso justifico a mim mesmo; o Senhor é quem me julga.” 4.1-4
NVI
Três tribunais: dos homens (4.3), da nossa consciência (4.3), de Jesus Cristo
(4.4).
Não deve ter orgulho.
26
A sabedoria de Deus
O “partido da sabedoria” recebeu a parte mais pesada da repreensão arrasadora
feita por Paulo. Corinto ficava perto de Atenas, onde o ambiente era dominado
por egoístas que se exibiam como filósofos. Paulo era um homem com
capacidade para ensinar em universidades, um estudioso de destaque na sua
geração. Entretanto, ele desprezava qualquer alarde de vaidade de sua
erudição.
Paulo contrasta a sabedoria de Deus com a sabedoria do mundo incrédulo. A
sabedoria mundana não consegue, usando a própria filosofia, reconhecer
a Deus. Foi por isso que Deus enviou Cristo, que é a sabedoria de Deus
(1.24), a fim de nos revelar o conhecimento do plano divino da salvação
que tinha sido, até então, mistério. Agora, porém, a sabedoria de Deus é
revelada aos crentes mediante o Espírito Santo.
“Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois
lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas
espiritualmente.” 2.14 NVI
27
Demandas Judiciais (6.1-8)
28
A imoralidade da Igreja
Um dos membros da igreja estava vivendo abertamente em pecado com a
esposa de seu Pai (incesto). E a igreja, em vez de administrar a devida
disciplina, orgulhava-se da “mente arejada” ao acolher semelhante pessoa.
Paulo ordenou que esse homem fossem entregue a Satanás (5.5), isto é,
formalmente expulso da igreja, a fim de servir de exemplo, para impedir a
propagação de atividades desse tipo (bem como a intolerância à iniqüidade) e
também na esperança de levar o culpado ao arrependimento. (5.1-5 - incesto)
Afrodite, a deusa do amor, era uma das principais divindades de Corinto. Antes dos
dias de Paulo, seu templo na Acrópole tinha mais de mil
sacerdotisas/prostitutas, disponíveis para o “culto” e para a licenciosidade.
Alguns dos cristãos coríntios, que antes tinham se acostumando com a
religião que fomentava a imoralidade no viver, estavam achando um pouco
difícil adaptar-se à nova religião, que proibia a vida imoral. Paulo dissera
que todas as coisas são lícitas (v.12). Alguns coríntios, segundo parece,
estavam citando essas palavras como justificativa para a participação na
promiscuidade sexual.
29
A imoralidade da Igreja
Paulo relembra aos membros da igreja que seus corpos são membros do
corpo de Cristo. Quando participam de comportamento imoral, pecam contra
os próprios corpos. Em Gênesis 2.24, está escrito que o homem e a mulher se
tornarão uma só carne. Paulo ressalta que essa lei espiritual se aplica a
todo o que mantém relações sexuais. Os que têm relações com prostitutas
tornam-se um só corpo com as pecadoras (v.16). Quem se une ao Senhor é um
só espírito com ele (v.17).
“Vocês não sabem que os perversos não herdarão o reino de Deus? Não se
deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais
passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem
caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.” 6.9,10 NVI
“Fujam da imoralidade sexual” 6.18a NVI
“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita
em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?
Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu
próprio corpo.” 6.19,20 NVI
A imoralidade sexual causa escravidão.
30
O Casamento (cap. 7)
Eles tinham escrito a Paulo se era lícito aos cristãos casar-se. O estranho era que,
por um lado, se sentiam orgulhosos do caso do incesto (5.2) e, por outro,
sentiam escrúpulos quando se tratava do casamento lícito. Paulo aconselha o
casamento para os que desejarem. O próprio Paulo não estava casado (7.8).
Alguns acham que ele era viúvo, tendo perdido a esposa quando ainda jovem, e
isso por duas razões: 1) Paulo votava no Sinédrio (At 26.10), e para isso o
casamento era condição prévia; 2) esse capítulo parece ter sido escrito por
quem sabia algo a respeito das intimidades da vida conjugal.
Paulo ordena que os membros da igreja se casem, caso fiquem tentados pelos
desejos sexuais, a fim de não serem atraídos para o comportamento imoral.
Sugere, em caráter permissivo, e não como mandamento, que os casais não se
privem um do outro no leito conjugal. Paulo conclama os membros solteiros da
igreja, bem como as viúvas, a permanecer solteiros e celibatários.
Paulo também se dirige aos membros da igreja que estão casados com incrédulos.
Conclama-os a não se divorciar, a fim de que os filhos não sejam criados fora da
influência e da doutrina cristã.
31
A participação das mulheres no culto (11.1-16)
O costume nas cidades gregas e no Oriente Próximo era as mulheres cobrirem a
cabeça em público, a não ser no caso das mulheres de caráter imoral. Ainda
havia pessoas que se lembravam de como Corinto tinha estado cheia de
prostitutas dos templos. Algumas mulheres cristãs, tirando proveito da liberdade
que tinham acabado de conquistar em Cristo, resolveram deixar de manter a
cabeça coberta nas reuniões da igreja, o que horrorizou as mulheres mais
modestas. Paulo fala que não devem afrontar a opinião pública quanto ao que é
considerado apropriado na sociedade em geral.
Os homens e mulheres têm valor igual aos olhos de Deus. As mulheres cristãs que
viviam numa sociedade pagã deviam ser cautelosas com suas inovações, para
não atrair censuras contra a religião delas.
32
A Ceia do Senhor (11.17-34)
Em Corinto, os que traziam alimentos comiam tudo dentro do seu círculo íntimo,
sem esperar que toda a congregação se reunisse.
Os cristãos, ao imitar assim as festas e bebedeiras dos povos pagãos nos templos
idólatras, transformavam as festas de fraternidade em ocasião para a glutonaria
e perdiam totalmente de vista o verdadeiro significado da Ceia do Senhor.
Paulo lhes faz lembrar as palavras de Jesus na última ceia e os incentiva a
examinar a si mesmos antes de comer do pão e beber do cálice em memória do
Senhor.
33
Análise Gramatical
Diversidade - v4,5,6 (διαίρεσις – diairesis): distinção, diferenças. É de uma raiz
que expressa divisão
Dons - v1,4,9,10,28,31 (χάρισμα – charisma): qualidade extraordinária que o
Espírito confere aos homens, derivada da palavra charis – graça – gratuidade.
Ministério – v5 (διακονία - diakonia): serviço, mesma palavra utilizada mais tarde
para diácono.
Operações – v6 (ἐνέργημα – energēma): operação, funcionamento, ação, modo
ou processo de trabalhar, trabalho. Algo como atividade. A idéia é a do poder de
Deus em ação.
Palavra – v8 (λόγος – logos): elocução, expressão do pensamento por palavras
escritas ou orais.
Cura – v9,28,30 (ἴαμα - iama): enfermidades físicas e mentais, poderiam estar
atrelado a causas espirituais como possessão por demônios.
34
Análise Gramatical
Milagres – v10,28,29 (δύναμις – dunamis): pela etimologia, se refere ao assombro
e espanto causados por um evento incomum ou inexplicável. Poder para operar
milagres, parece que não têm em vista curas milagrosas, milagres como a
pacificação da tempestade e a alimentação das multidões, realizados por Jesus.
Profecia – v10 (προφητεία – prophēteia): proclamar revelação divina, pode ou
não predizer coisas do futuro. Anúncio da vontade de Deus em determinada
situação.
Discernir – v10 (διάκρισις – diakrisis): estimativa judicial, distinguir, diferenciação.
Distinguir o verdadeiro do falso, distinguir se algo provem da parte de Deus ou
não.
35
Análise Gramatical
Línguas – v10,28,30 (γλῶσσα – glōssa): poderia ser línguas conhecidas
(idiomáticas) At 2.4-6, ou uma forma especial de linguagem, onde as pessoas que
diziam as palavras não sabiam o que significavam. Esta segunda opção é a que
Paulo está se referindo neste capítulo. As palavras proferidas não podiam ser
entendidas por alguém que falasse outras línguas, mas por quem possuísse um
dom especial de interpretação. Sem o dom de interpretação, o seu possuidor deve
falar “consigo mesmo e com Deus” (14.28). O dom da interpretação é a forma
pela qual Deus torna inteligível o que estava oculto.
Fraco – v22 (ἀσθενής – asthenēs): sem força, débil, frágil, deficiente, ineficaz,
impotente, doente. A palavra correta seria doente, palavra que acentua a completa
insignificância dos membros assim indicados.
Divisão – v25 (σχίσμα – schisma): divisão ou brecha.
Zelo – v31 (ζηλόω – zēloō): ardentemente, sensibilidade, afeto, paixão, desejo,
ansiar.
36
Análise Literária
A variedade dos dons (12.1-11)
v1. Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
Paulo não queria que os corintos não tivessem conhecimento, ou instrução acerca
dos dons espirituais.
v2. Vós sabeis que, quando éreis gentios, vos desviáveis para os ídolos mudos,
conforme éreis levados.
Anteriormente, quando os corintos ainda eram gentios, eram levados por várias
influências a adorar ídolos, ídolos esses que não podiam lhes dar nenhuma
revelação pois eram mudos, eram incapazes de responder aos que o invocavam.
v3. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de
Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo
Espírito Santo.
Somente o Espírito Santo pode trazer revelação ao coração do homem que Jesus é
Senhor, aquele que têm o Espírito Santo jamais dirá que Jesus é maldito.
37
Análise Literária
v4. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
Afirma que os dons são diferentes, não possuem semelhanças, mas que apesar
dessa diversidade o Espírito é o mesmo. O Espírito não luta contra si próprio.
v5. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
Há diferentes modos de servir. O serviço pode ser diferente de pessoa para pessoa
mas ao Senhor a quem é servido, é o mesmo, Cristo.
v6. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Pela terceira vez Paulo expõe que não pode haver divisão entre os homens com
base nos dons, porque é um e o mesmo Deus que outorga os dons em toda a sua
diversidade.
São múltiplas as atividades divinas mas é o mesmo Deus que realiza todas as
coisas em todos os homens.
38
Análise Literária
v7. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum.
A cada membro do corpo de Cristo é dado um dom, não para proveito próprio mas
para o proveito comum, para o bem comum do corpo de Cristo. Não era para um fim
egoísta.
*v8. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo
Espírito, a palavra da ciência;
O Espírito dá poder para a elocução, ou seja, para exprimir sabedoria ou
conhecimento, conforme o caso. Não se trata de sabedoria e conhecimentos
adquiridos por experiência ou estudos, mas algo que é sobrenatural, algo dado pelo
Espírito.
v9. a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de
curar;
Paulo está se referindo a fé como um dom especial, e não a fé salvífica que todos
os crentes tem. Esse dom é dado pelo Espírito, parece que capacita o crente para
crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias. 1Co 13.2
39
Análise Literária
v10. a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir
espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas.
*v11. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo
particularmente a cada um como quer.
Um só e o mesmo: unidade do propósito divino vem à luz
os dons divergentes não visam a propósitos divinos divergentes. É o único e mesmo
Deus que dá todos estes dons. O Espírito distribui os dons a cada um como lhe
apraz.
Diversidade e unidade ilustradas com o corpo humano (12.12-31)
v12. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os
membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo.
São precisos muitos membros diferentes para formar um corpo humano. Os
membros diferem, inevitavelmente. Mas as suas diferenças não afetam o fato de
que há uma unidade fundamental. Os cristãos constituem um só corpo. Assim como
os membros são para o corpo, assim os cristãos são para Cristo.
40
Análise Literária
*v13. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer
judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um
só Espírito.
Fomos regenerados pelo Espírito Santo e unidos com Cristo como parte de seu
corpo. Em Cristo, não há distinção racial ou social Deus tem dado o Espírito Santo
para habitar em todo o seu povo. Percebe-se que há unidade, não há divisão.
*v14. Porque também o corpo não é um membro, mas muitos.
Precisa-se de muitos membros para formar um corpo. O corpo humano precisa ter
diversidade para operar de modo eficaz como um todo.
41
Análise Literária
*v15. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixará
de ser do corpo. v16. E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo;
nem por isso deixará de ser do corpo.
As contendas em Corinto haviam desanimado alguns dos menos dotados membros
da igreja, que indagavam a si mesmos se tinham algum direito de pertencer a tão
honroso corpo como a igreja, que incluía homens que possuíam maravilhosos e
espetaculares dons. O pé pode ter ficado desalentado por sua incapacidade para
exercer as complicadas funções da mão. Os corpos precisam de pés como de
mãos, de ouvidos como de olhos.
*v17. Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde
estaria o olfato?
Salienta-se a necessidade de diferentes funções. Nenhum membro do corpo pode
realizar a função doutro membro
42
Análise Literária
*v18. Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.
O lugar e a função dos membros é uma designação divina. Deus não se preocupou
apenas com os mais importantes e espetaculares, mas com todos os membros do
corpo.
v19. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? v20.Agora, porém,
há muitos membros, mas um só corpo.
Não importa quão importante seja um membro, não pode existir corpo formado só
dele.
*v21. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a
cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.
Paulo agora está tratando dos que possuíam os maiores dons que menosprezavam
os seus irmãos menos dotados. Estes pensavam que poderiam funcionar bem sem
as insignificantes contribuições das pessoas inferiores. O fato de um membro do
corpo desempenhar bem sua função não significa que ele pode dispensar os
serviços de outros membros.
43
Análise Literária
*v22.Antes, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários;
Ainda os membros que exercem alguma função que parece irrelevante, são
necessários.
v23. e os membros do corpo que reputamos serem menos honrados, a esses
revestimos com muito mais honra; e os que em nós não são decorosos têm muito
mais decoro,
Os membros que possuem dons e funções que possam parecer menos importantes
devem receber honra especial.
v24. ao passo que os decorosos não têm necessidade disso. Mas Deus assim
formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela,
Os membros que possuem dons e funções que possam parecer mais importantes
não necessitam de receber honrarias especiais.
44
Análise Literária
*v25. para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual
cuidado uns dos outros.
Essas ações instruídas nos versículos anteriores revelam a preocupação de não
haver divisão no corpo. Mas Paulo encoraja aos cristãos a cuidarem uns dos outros.
*v26. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com
ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.
Deve haver unidade no corpo tanto nos momentos de sofrimento quanto de honra.
Quando algum membro do corpo(igreja) sofre, os demais membros devem sofrer
com este, se um membro recebe honras, os demais membros devem se alegrar.
v27. Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros.
Paulo enfatiza que a igreja de Corinto é corpo de Cristo.
45
Análise Literária
v28. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar
profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas.
É Deus quem escolhe por as partes do corpo. Talvez os três primeiros apóstolos,
profetas e mestres tenham uma importância maior, talvez sejam estes que formam o
alicerce da igreja, e depois vem os demais dons, talvez não necessariamente nesta
ordem
v29. Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos mestres? são
todos operadores de milagres? v30. Todos têm dons de curar? falam todos em
línguas? interpretam todos?
É obvio que os cristãos diferem uns dos outros nos dons que receberam de Deus.
*v31. Mas procurai com zelo os maiores dons. Ademais, eu vos mostrarei um
caminho sobremodo excelente.
Os corintos são encorajados a buscar ardentemente, com paixão os melhores dons.
46
Dons Espirituais (12-14)
pé
mão
orelha
nariz
cabeça
olho
boca
Línguas
Apóstolos
Diversidade Racial
Diversidade Social
Profecia
Ciência
Sabedoria
Fé
Interpretação Línguas
Mestres
Milagres
Cura Evangelistas
47
Dons Espirituais (12-14)
Capítulo 13
Paulo trata do amor, dizendo que o amor está acima de todos os dons, que possuir
os dons e/ou qualquer coisa que se faça se não tiver amor de nada vale. Ele diz que
quando o Senhor voltar os dons cessarão mas o amor jamais acabará.
Capítulo 14
Paulo disse que os dons devem ser utilizados com amor. Parece que a igreja de
Corinto dava enfase ao dom de línguas, mas Paulo vai escrever que o dom de
profecia é melhor pois quem profetiza edifica o corpo de Cristo, aquele porém que
tivesse o dom de língua que buscasse também o dom de interpretação para que
pudesse também edificar o corpo. Neste capítulo Paulo instrui a forma que se deve
utilizar o dom de língua e o dom de profecia publicamente, para que haja ordem e
decência afim de que o corpo seja edificado.
48
A ressurreição (cap. 15)
Alguns diziam que não há ressurreição.
“Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns
de vocês estão dizendo que não existe ressurreição dos mortos?” v.12 NVI
Sem a ressurreição o cristianismo não tem a mínima razão para existir. (v.13-19)
“Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os
homens, os mais dignos de compaixão.” v.19 NVI
49
Aplicação
Não devemos criar divisão no corpo de Cristo.
Deve-se estudar a Bíblia para não ser enganado por pessoas que dão ensinos que
não possuem fundamento bíblico, ou ainda pessoas que manipulam a Bíblia para
os seus próprios interesses e ideais.
O conhecimento deve nos levar a uma postura de humildade e não arrogância e
orgulho.
Ainda que a nossa consciência não nos acuse, precisamos saber o que Deus pensa
e vê na nossa vida.
Devemos ser intolerantes com pecado.
Não devemos ler, ver, pensar ou ainda praticar imoralidade sexual, pois nossos
corpos são templo do Espírito Santo.
Os dons são distribuídos por Deus da forma que lhe apraz.
Os dons são úteis para um fim proveitoso, a saber o serviço e a edificação do corpo.
50
Aplicação
Os dons não são para proveito próprio, mas um propósito divino.
A diversidade de Deus não significa divisão, mas união no propósito.
Todos os dons e funções dadas aos homens são necessários para o perfeito
funcionamento do corpo de Cristo (igreja).
Os melhores dons devem ser buscados ardentemente, com paixão, pelos membros
do corpo.
Não deve-se desprezar os dons e funções ainda que pareçam insignificantes.
Os membros do corpo que parecem inferiores são necessários para o corpo.
Não devemos nos orgulhar dos dons que recebemos.
Não devemos ficar fazendo comparações entre os diferentes dons, todos têm o seu
lugar no corpo de Cristo.
51
Fontes de Estudo
Manual Bíblico de Halley
Manual Bíblico Unger
Estudo Panorâmico da Bíblia. Henrietta Mears
Bíblia de Estudo NVI
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia eletrônica: e-Sword
Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento
Comentário Bíblico de 1 Coríntios.
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Contexto histórico da cidade de Corinto

  • 2. 2 Contexto Histórico Corinto era uma cidade antiga da Grécia, era, em muito aspectos, a metrópole grega de maior destaque nos tempos de Paulo. Assim como muitas cidades prósperas do mundo de hoje, Corinto era intelectualmente arrogante, materialmente próspera e moralmente corrupta. O pecado, em todas as suas formas, grassava nessa cidade de má fama, pela sua licenciosidade. População: c. 300 mil cidadãos livres e 460 mil escravos no século II d.C. Na época das viagens de Paulo a cidade tinha por volta de 100 mil habitantes. Comércio: localizada ao lado do istmo de Corinto, era uma encruzilhada para viajantes e comerciantes. Tinha dois portos: 1) Cencréia, 9 km a leste do golfo Sarônico, e 2) Lecaião, uns 2 km a oeste, no golfo de Corinto. As mercadorias atravessavam o istmo pela Diolco, estrada pela qual navios menores podiam ser arrastados, plenamente carregados, e pela qual as cargas dos navios maiores podiam ser transportadas por vagões de um lado para o outro. Mercadorias fluíam pela cidade desde a Itália e da Espanha, a oeste, e da Ásia Menor, da Fenícia e do Egito, a leste.
  • 3. 3 Contexto Histórico Cultura: embora Corinto não fosse uma cidade universitária como Atenas, não deixava de ser caracterizada pela cultura grega. Seus habitantes interessavam-se pela filosofia grega e tinham a sabedoria na mais alta estima. O teatro nos dias de Paulo comportava 14 mil espectadores sentados. Os jogos ístmicos, realizados de dois em dois anos, fizeram de Corinto grande centro de vida helênica. (Os jogos Olímpicos eram realizados de quatro em quatro anos em Olímpia, cerca de 160 km a oeste de Corinto.) Religião: Corinto continha pelo menos 12 templos. Não se sabe com certeza se todos estavam em funcionamento nos dias de Paulo. Um dos mais infames era dedicado a Afrodite, a deusa do amor, cujos adoradores praticavam a prostituição religiosa. Uns 400 metros ao norte do teatro ficava o templo de Asclépio, o deus da cura, e no meio da cidade estava localizado o templo de Apolo, que data do séc VI a.C. Além disso, os judeus tinham fundado uma sinagoga.
  • 4. 4 Contexto Histórico Imoralidade: assim como qualquer cidade comercial, Corinto era centro de imoralidade pública e irrefreada. A adoração a Afrodite promovia a prostituição em nome da religião. Em certo período, mil prostitutas sagradas serviam no seu templo. A imoralidade de Corinto tornou-se tão amplamente divulgada, que o verbo grego “corintianizar” veio a significar “praticar imoralidade sexual”. Num ambiente desse, não era de se admirar que a igreja de Corinto estivesse atormentada por numerosos problemas. Juntamente com Áquila e Priscila e com sua própria equipe apostólica, Paulo fundou a igreja em Corinto, durante seu ministério de dezoito meses ali, na sua segunda viagem missionária. A igreja era composta de alguns judeus, sendo sua maioria constituída de gentios convertidos do paganismo. At 18
  • 21. 21 Contexto do Livro Autor: Paulo 1.1,2; 16.21. Reconhecido pelos Pais da Igreja. Sua autoria foi estabelecida com precisão por Clemente de Roma em 96 d.C. Data: c. 55/56 d.C. Perto do fim da permanência de Paulo em Éfeso (16.5-9; At 20.31) Paulo já havia escrito uma carta anteriormente, que já não existe. (5.9) Uma delegação de líderes da igreja de Corinto foi enviada a Éfeso a fim de consultar Paulo a respeito de alguns problemas e desordens muito graves que tinham surgido na igreja. Como resposta a essas perguntas Paulo escreveu 1 Coríntios, isso aconteceu por volta de 55/56 d.C. Paulo responde a várias questões levantadas pela delegação, entre elas estão a das divisões entre os membros da igreja, imoralidade, práticas impróprias na ceia do Senhor, falsos ensinos sobre ressurreição do corpo e encoraja a igreja a fazer donativos para o sustento dos crentes judeus pobres de Jerusalém.
  • 22. 22 Contexto do Livro Alguns Problemas da Igreja de Corinto Partidarismo: “Eu sou de Paulo, eu sou de Apolo...” 1.12 (NVI) Invejas e Divisões: “Visto que há inveja e divisões... “ 3.3 (NVI) Arrogância: “Alguns de vocês se tornaram arrogantes... “ 4.18 (NVI) Imoralidade: “Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês...” 5.1 (NVI) Orgulho: “O orgulho de vocês não é bom... “ 5.6 (NVI) Brigas: “Ao ponto de levar os irmãos aos tribunais... “ 6.6 (NVI) Problemas com a ceia do Senhor. 11.17ss Problemas no uso dos dons. 12 Falsos ensinos a cerca da ressurreição. 15.12
  • 23. 23 Contexto Literário Epístola - Paulo escrevia a Igreja de Corinto diante da necessidade de esclarecer dúvidas e corrigir atitudes, dúvidas estas que tinham sido questionadas a Paulo, através de perguntas.
  • 24. 24 Facções na Igreja Em Corinto, assim como em todos os outros lugares daquela época, os cristãos não tinham um lugar central de reuniões. (A única exceção era Jerusalém, onde os cristãos podiam se reunir nos pátios do Templo.) Os edifícios eclesiásticos não começaram a ser construídos senão 200 anos mais tarde, quando as perseguições contra a igreja começaram a diminuir. Eles se reuniam em casas, salões ou onde quer que pudessem. Havia multidões de cristãos em Corinto, não em uma só grande congregação, mas em muitas congregações pequenas, cada uma com liderança própria. Essas congregações, segundo parece, estavam se transformando em grupos rivais que faziam concorrência entre si em vez de cooperar na causa geral de Cristo naquela cidade iníqua. Alguns gregos, com sua predileção pela especulação intelectual e seu orgulho pela sabedoria, jactavam-se bastante de suas interpretações filosóficas do cristianismo. E, além de se agrupar ao redor de uma ou outra doutrina, tornavam-se partidários de um ou outro líder. A igreja, portanto, ficou subdividida em muitas facções, cada um procurava carimbar Cristo com sua pequena marca registrada – prática que ainda hoje predomina em escala assustadora.
  • 25. 25 O ministro Uma das objeções a Paulo era por causa da simplicidade da sua pregação. Ele respondeu que não podia pregar-lhes de outra maneira, porque não passavam de crianças em Cristo. Não podiam suportar outro alimento, senão leite. A prova da infantilidade deles (carnalidade) eram as divisões existentes entre eles. (3.1- 4) “Portanto, que todos nos considerem como servos de Cristo e encarregados dos mistérios de Deus. O que se requer destes encarregados é que sejam fiéis. Pouco me importa ser julgado por vocês ou por qualquer tribunal humano; de fato, nem eu julgo a mim mesmo. Embora em nada minha consciência me acuse, nem por isso justifico a mim mesmo; o Senhor é quem me julga.” 4.1-4 NVI Três tribunais: dos homens (4.3), da nossa consciência (4.3), de Jesus Cristo (4.4). Não deve ter orgulho.
  • 26. 26 A sabedoria de Deus O “partido da sabedoria” recebeu a parte mais pesada da repreensão arrasadora feita por Paulo. Corinto ficava perto de Atenas, onde o ambiente era dominado por egoístas que se exibiam como filósofos. Paulo era um homem com capacidade para ensinar em universidades, um estudioso de destaque na sua geração. Entretanto, ele desprezava qualquer alarde de vaidade de sua erudição. Paulo contrasta a sabedoria de Deus com a sabedoria do mundo incrédulo. A sabedoria mundana não consegue, usando a própria filosofia, reconhecer a Deus. Foi por isso que Deus enviou Cristo, que é a sabedoria de Deus (1.24), a fim de nos revelar o conhecimento do plano divino da salvação que tinha sido, até então, mistério. Agora, porém, a sabedoria de Deus é revelada aos crentes mediante o Espírito Santo. “Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente.” 2.14 NVI
  • 28. 28 A imoralidade da Igreja Um dos membros da igreja estava vivendo abertamente em pecado com a esposa de seu Pai (incesto). E a igreja, em vez de administrar a devida disciplina, orgulhava-se da “mente arejada” ao acolher semelhante pessoa. Paulo ordenou que esse homem fossem entregue a Satanás (5.5), isto é, formalmente expulso da igreja, a fim de servir de exemplo, para impedir a propagação de atividades desse tipo (bem como a intolerância à iniqüidade) e também na esperança de levar o culpado ao arrependimento. (5.1-5 - incesto) Afrodite, a deusa do amor, era uma das principais divindades de Corinto. Antes dos dias de Paulo, seu templo na Acrópole tinha mais de mil sacerdotisas/prostitutas, disponíveis para o “culto” e para a licenciosidade. Alguns dos cristãos coríntios, que antes tinham se acostumando com a religião que fomentava a imoralidade no viver, estavam achando um pouco difícil adaptar-se à nova religião, que proibia a vida imoral. Paulo dissera que todas as coisas são lícitas (v.12). Alguns coríntios, segundo parece, estavam citando essas palavras como justificativa para a participação na promiscuidade sexual.
  • 29. 29 A imoralidade da Igreja Paulo relembra aos membros da igreja que seus corpos são membros do corpo de Cristo. Quando participam de comportamento imoral, pecam contra os próprios corpos. Em Gênesis 2.24, está escrito que o homem e a mulher se tornarão uma só carne. Paulo ressalta que essa lei espiritual se aplica a todo o que mantém relações sexuais. Os que têm relações com prostitutas tornam-se um só corpo com as pecadoras (v.16). Quem se une ao Senhor é um só espírito com ele (v.17). “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.” 6.9,10 NVI “Fujam da imoralidade sexual” 6.18a NVI “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.” 6.19,20 NVI A imoralidade sexual causa escravidão.
  • 30. 30 O Casamento (cap. 7) Eles tinham escrito a Paulo se era lícito aos cristãos casar-se. O estranho era que, por um lado, se sentiam orgulhosos do caso do incesto (5.2) e, por outro, sentiam escrúpulos quando se tratava do casamento lícito. Paulo aconselha o casamento para os que desejarem. O próprio Paulo não estava casado (7.8). Alguns acham que ele era viúvo, tendo perdido a esposa quando ainda jovem, e isso por duas razões: 1) Paulo votava no Sinédrio (At 26.10), e para isso o casamento era condição prévia; 2) esse capítulo parece ter sido escrito por quem sabia algo a respeito das intimidades da vida conjugal. Paulo ordena que os membros da igreja se casem, caso fiquem tentados pelos desejos sexuais, a fim de não serem atraídos para o comportamento imoral. Sugere, em caráter permissivo, e não como mandamento, que os casais não se privem um do outro no leito conjugal. Paulo conclama os membros solteiros da igreja, bem como as viúvas, a permanecer solteiros e celibatários. Paulo também se dirige aos membros da igreja que estão casados com incrédulos. Conclama-os a não se divorciar, a fim de que os filhos não sejam criados fora da influência e da doutrina cristã.
  • 31. 31 A participação das mulheres no culto (11.1-16) O costume nas cidades gregas e no Oriente Próximo era as mulheres cobrirem a cabeça em público, a não ser no caso das mulheres de caráter imoral. Ainda havia pessoas que se lembravam de como Corinto tinha estado cheia de prostitutas dos templos. Algumas mulheres cristãs, tirando proveito da liberdade que tinham acabado de conquistar em Cristo, resolveram deixar de manter a cabeça coberta nas reuniões da igreja, o que horrorizou as mulheres mais modestas. Paulo fala que não devem afrontar a opinião pública quanto ao que é considerado apropriado na sociedade em geral. Os homens e mulheres têm valor igual aos olhos de Deus. As mulheres cristãs que viviam numa sociedade pagã deviam ser cautelosas com suas inovações, para não atrair censuras contra a religião delas.
  • 32. 32 A Ceia do Senhor (11.17-34) Em Corinto, os que traziam alimentos comiam tudo dentro do seu círculo íntimo, sem esperar que toda a congregação se reunisse. Os cristãos, ao imitar assim as festas e bebedeiras dos povos pagãos nos templos idólatras, transformavam as festas de fraternidade em ocasião para a glutonaria e perdiam totalmente de vista o verdadeiro significado da Ceia do Senhor. Paulo lhes faz lembrar as palavras de Jesus na última ceia e os incentiva a examinar a si mesmos antes de comer do pão e beber do cálice em memória do Senhor.
  • 33. 33 Análise Gramatical Diversidade - v4,5,6 (διαίρεσις – diairesis): distinção, diferenças. É de uma raiz que expressa divisão Dons - v1,4,9,10,28,31 (χάρισμα – charisma): qualidade extraordinária que o Espírito confere aos homens, derivada da palavra charis – graça – gratuidade. Ministério – v5 (διακονία - diakonia): serviço, mesma palavra utilizada mais tarde para diácono. Operações – v6 (ἐνέργημα – energēma): operação, funcionamento, ação, modo ou processo de trabalhar, trabalho. Algo como atividade. A idéia é a do poder de Deus em ação. Palavra – v8 (λόγος – logos): elocução, expressão do pensamento por palavras escritas ou orais. Cura – v9,28,30 (ἴαμα - iama): enfermidades físicas e mentais, poderiam estar atrelado a causas espirituais como possessão por demônios.
  • 34. 34 Análise Gramatical Milagres – v10,28,29 (δύναμις – dunamis): pela etimologia, se refere ao assombro e espanto causados por um evento incomum ou inexplicável. Poder para operar milagres, parece que não têm em vista curas milagrosas, milagres como a pacificação da tempestade e a alimentação das multidões, realizados por Jesus. Profecia – v10 (προφητεία – prophēteia): proclamar revelação divina, pode ou não predizer coisas do futuro. Anúncio da vontade de Deus em determinada situação. Discernir – v10 (διάκρισις – diakrisis): estimativa judicial, distinguir, diferenciação. Distinguir o verdadeiro do falso, distinguir se algo provem da parte de Deus ou não.
  • 35. 35 Análise Gramatical Línguas – v10,28,30 (γλῶσσα – glōssa): poderia ser línguas conhecidas (idiomáticas) At 2.4-6, ou uma forma especial de linguagem, onde as pessoas que diziam as palavras não sabiam o que significavam. Esta segunda opção é a que Paulo está se referindo neste capítulo. As palavras proferidas não podiam ser entendidas por alguém que falasse outras línguas, mas por quem possuísse um dom especial de interpretação. Sem o dom de interpretação, o seu possuidor deve falar “consigo mesmo e com Deus” (14.28). O dom da interpretação é a forma pela qual Deus torna inteligível o que estava oculto. Fraco – v22 (ἀσθενής – asthenēs): sem força, débil, frágil, deficiente, ineficaz, impotente, doente. A palavra correta seria doente, palavra que acentua a completa insignificância dos membros assim indicados. Divisão – v25 (σχίσμα – schisma): divisão ou brecha. Zelo – v31 (ζηλόω – zēloō): ardentemente, sensibilidade, afeto, paixão, desejo, ansiar.
  • 36. 36 Análise Literária A variedade dos dons (12.1-11) v1. Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Paulo não queria que os corintos não tivessem conhecimento, ou instrução acerca dos dons espirituais. v2. Vós sabeis que, quando éreis gentios, vos desviáveis para os ídolos mudos, conforme éreis levados. Anteriormente, quando os corintos ainda eram gentios, eram levados por várias influências a adorar ídolos, ídolos esses que não podiam lhes dar nenhuma revelação pois eram mudos, eram incapazes de responder aos que o invocavam. v3. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo. Somente o Espírito Santo pode trazer revelação ao coração do homem que Jesus é Senhor, aquele que têm o Espírito Santo jamais dirá que Jesus é maldito.
  • 37. 37 Análise Literária v4. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. Afirma que os dons são diferentes, não possuem semelhanças, mas que apesar dessa diversidade o Espírito é o mesmo. O Espírito não luta contra si próprio. v5. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes modos de servir. O serviço pode ser diferente de pessoa para pessoa mas ao Senhor a quem é servido, é o mesmo, Cristo. v6. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Pela terceira vez Paulo expõe que não pode haver divisão entre os homens com base nos dons, porque é um e o mesmo Deus que outorga os dons em toda a sua diversidade. São múltiplas as atividades divinas mas é o mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos os homens.
  • 38. 38 Análise Literária v7. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. A cada membro do corpo de Cristo é dado um dom, não para proveito próprio mas para o proveito comum, para o bem comum do corpo de Cristo. Não era para um fim egoísta. *v8. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; O Espírito dá poder para a elocução, ou seja, para exprimir sabedoria ou conhecimento, conforme o caso. Não se trata de sabedoria e conhecimentos adquiridos por experiência ou estudos, mas algo que é sobrenatural, algo dado pelo Espírito. v9. a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; Paulo está se referindo a fé como um dom especial, e não a fé salvífica que todos os crentes tem. Esse dom é dado pelo Espírito, parece que capacita o crente para crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias. 1Co 13.2
  • 39. 39 Análise Literária v10. a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. *v11. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. Um só e o mesmo: unidade do propósito divino vem à luz os dons divergentes não visam a propósitos divinos divergentes. É o único e mesmo Deus que dá todos estes dons. O Espírito distribui os dons a cada um como lhe apraz. Diversidade e unidade ilustradas com o corpo humano (12.12-31) v12. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. São precisos muitos membros diferentes para formar um corpo humano. Os membros diferem, inevitavelmente. Mas as suas diferenças não afetam o fato de que há uma unidade fundamental. Os cristãos constituem um só corpo. Assim como os membros são para o corpo, assim os cristãos são para Cristo.
  • 40. 40 Análise Literária *v13. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Fomos regenerados pelo Espírito Santo e unidos com Cristo como parte de seu corpo. Em Cristo, não há distinção racial ou social Deus tem dado o Espírito Santo para habitar em todo o seu povo. Percebe-se que há unidade, não há divisão. *v14. Porque também o corpo não é um membro, mas muitos. Precisa-se de muitos membros para formar um corpo. O corpo humano precisa ter diversidade para operar de modo eficaz como um todo.
  • 41. 41 Análise Literária *v15. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo. v16. E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixará de ser do corpo. As contendas em Corinto haviam desanimado alguns dos menos dotados membros da igreja, que indagavam a si mesmos se tinham algum direito de pertencer a tão honroso corpo como a igreja, que incluía homens que possuíam maravilhosos e espetaculares dons. O pé pode ter ficado desalentado por sua incapacidade para exercer as complicadas funções da mão. Os corpos precisam de pés como de mãos, de ouvidos como de olhos. *v17. Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Salienta-se a necessidade de diferentes funções. Nenhum membro do corpo pode realizar a função doutro membro
  • 42. 42 Análise Literária *v18. Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. O lugar e a função dos membros é uma designação divina. Deus não se preocupou apenas com os mais importantes e espetaculares, mas com todos os membros do corpo. v19. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? v20.Agora, porém, há muitos membros, mas um só corpo. Não importa quão importante seja um membro, não pode existir corpo formado só dele. *v21. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Paulo agora está tratando dos que possuíam os maiores dons que menosprezavam os seus irmãos menos dotados. Estes pensavam que poderiam funcionar bem sem as insignificantes contribuições das pessoas inferiores. O fato de um membro do corpo desempenhar bem sua função não significa que ele pode dispensar os serviços de outros membros.
  • 43. 43 Análise Literária *v22.Antes, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; Ainda os membros que exercem alguma função que parece irrelevante, são necessários. v23. e os membros do corpo que reputamos serem menos honrados, a esses revestimos com muito mais honra; e os que em nós não são decorosos têm muito mais decoro, Os membros que possuem dons e funções que possam parecer menos importantes devem receber honra especial. v24. ao passo que os decorosos não têm necessidade disso. Mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela, Os membros que possuem dons e funções que possam parecer mais importantes não necessitam de receber honrarias especiais.
  • 44. 44 Análise Literária *v25. para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual cuidado uns dos outros. Essas ações instruídas nos versículos anteriores revelam a preocupação de não haver divisão no corpo. Mas Paulo encoraja aos cristãos a cuidarem uns dos outros. *v26. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Deve haver unidade no corpo tanto nos momentos de sofrimento quanto de honra. Quando algum membro do corpo(igreja) sofre, os demais membros devem sofrer com este, se um membro recebe honras, os demais membros devem se alegrar. v27. Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros. Paulo enfatiza que a igreja de Corinto é corpo de Cristo.
  • 45. 45 Análise Literária v28. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. É Deus quem escolhe por as partes do corpo. Talvez os três primeiros apóstolos, profetas e mestres tenham uma importância maior, talvez sejam estes que formam o alicerce da igreja, e depois vem os demais dons, talvez não necessariamente nesta ordem v29. Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos mestres? são todos operadores de milagres? v30. Todos têm dons de curar? falam todos em línguas? interpretam todos? É obvio que os cristãos diferem uns dos outros nos dons que receberam de Deus. *v31. Mas procurai com zelo os maiores dons. Ademais, eu vos mostrarei um caminho sobremodo excelente. Os corintos são encorajados a buscar ardentemente, com paixão os melhores dons.
  • 46. 46 Dons Espirituais (12-14) pé mão orelha nariz cabeça olho boca Línguas Apóstolos Diversidade Racial Diversidade Social Profecia Ciência Sabedoria Fé Interpretação Línguas Mestres Milagres Cura Evangelistas
  • 47. 47 Dons Espirituais (12-14) Capítulo 13 Paulo trata do amor, dizendo que o amor está acima de todos os dons, que possuir os dons e/ou qualquer coisa que se faça se não tiver amor de nada vale. Ele diz que quando o Senhor voltar os dons cessarão mas o amor jamais acabará. Capítulo 14 Paulo disse que os dons devem ser utilizados com amor. Parece que a igreja de Corinto dava enfase ao dom de línguas, mas Paulo vai escrever que o dom de profecia é melhor pois quem profetiza edifica o corpo de Cristo, aquele porém que tivesse o dom de língua que buscasse também o dom de interpretação para que pudesse também edificar o corpo. Neste capítulo Paulo instrui a forma que se deve utilizar o dom de língua e o dom de profecia publicamente, para que haja ordem e decência afim de que o corpo seja edificado.
  • 48. 48 A ressurreição (cap. 15) Alguns diziam que não há ressurreição. “Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição dos mortos?” v.12 NVI Sem a ressurreição o cristianismo não tem a mínima razão para existir. (v.13-19) “Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão.” v.19 NVI
  • 49. 49 Aplicação Não devemos criar divisão no corpo de Cristo. Deve-se estudar a Bíblia para não ser enganado por pessoas que dão ensinos que não possuem fundamento bíblico, ou ainda pessoas que manipulam a Bíblia para os seus próprios interesses e ideais. O conhecimento deve nos levar a uma postura de humildade e não arrogância e orgulho. Ainda que a nossa consciência não nos acuse, precisamos saber o que Deus pensa e vê na nossa vida. Devemos ser intolerantes com pecado. Não devemos ler, ver, pensar ou ainda praticar imoralidade sexual, pois nossos corpos são templo do Espírito Santo. Os dons são distribuídos por Deus da forma que lhe apraz. Os dons são úteis para um fim proveitoso, a saber o serviço e a edificação do corpo.
  • 50. 50 Aplicação Os dons não são para proveito próprio, mas um propósito divino. A diversidade de Deus não significa divisão, mas união no propósito. Todos os dons e funções dadas aos homens são necessários para o perfeito funcionamento do corpo de Cristo (igreja). Os melhores dons devem ser buscados ardentemente, com paixão, pelos membros do corpo. Não deve-se desprezar os dons e funções ainda que pareçam insignificantes. Os membros do corpo que parecem inferiores são necessários para o corpo. Não devemos nos orgulhar dos dons que recebemos. Não devemos ficar fazendo comparações entre os diferentes dons, todos têm o seu lugar no corpo de Cristo.
  • 51. 51 Fontes de Estudo Manual Bíblico de Halley Manual Bíblico Unger Estudo Panorâmico da Bíblia. Henrietta Mears Bíblia de Estudo NVI Bíblia de Estudo Pentecostal Bíblia eletrônica: e-Sword Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento Comentário Bíblico de 1 Coríntios. Google Earth