Qual a importância dos jovens na política e como tem sido sua participação na mesma?
Integrantes:
Luiz Felipe Callado Cabral
Monique Borges da Silva
Thamyris Rafaele Lopes Diniz
Orientadora: Margarida Maria Rocha Bandeira de Araújo
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Juventude política
1. Luiz Felipe Callado
Monique Borges
Thamyris Rafaele
Juventude Politizada:
Qual a importância dos jovens na política e como tem sido a sua
participação na mesma?
RECIFE
2019
Governo do Estado de Pernambuco
Secretaria de Educação e Cultura
Escola Estadual Prof. Pedro Augusto Carneiro Leão
2. Luiz Felipe Callado Cabral
Monique Borges da Silva
Thamyris Rafaele Lopes Diniz
JUVENTUDE POLITIZADA: QUAL A IMPORTÂNCIA DOS JOVENS NA
POLÍTICA E COMO TEM SIDO SUA PARTICIPAÇÃO NA MESMA
Trabalho de Conclusão do Ensino Fundamental
da Escola Professor Pedro Augusto Carneiro Leão,
sob a orientação da Profª Margarida Rocha.
RECIFE
2019
3. À Cléia Cabral, nossa ex-gestora querida, que
durante seu período de gestão nos ajudou na construção
de nossos valores, além de proporcionar um ambiente,
através de tanto esforço, competente para elaboração
deste trabalho.
4. AGRADECIMENTOS
Temos ciência da importância que é a colaboração de terceiros para aprimorar a qualidade do
trabalho. Nosso grupo reconhece toda ajuda que foi feita em prol dele. Se hoje podemos
apresentar um trabalho digno, esbelto, organizado, é devido à união do grupo e de pessoas que
nos ajudaram. Não há preço para atos tão generosos e que devem, cada vez mais, estar presentes
no cotidiano, visto que são atos admiráveis.
Primordialmente, agradecemos à nossa orientadora Margarida Rocha que sempre esteve
disposta a nos ajudar em quaisquer partes deste trabalho. A orientação da nossa docente de
Língua Portuguesa foi fundamental para uma boa estruturação deste trabalho. A mesma não se
eximiu de prestar amparo ao grupo em qualquer circunstância. Somos demasiadamente gratos
por sua competência, prudência e sua ajuda.
Também destacamos a importância do corpo docente, pois quando precisávamos de mais
opiniões, conselhos e críticas, nossos professores estavam prontos a dar-nos assistência, mesmo
não sendo nossos orientadores (com exceção de Margarida).
Outrossim, reconhecemos que foi de grande importância a entrevista concedida pelo vereador
do Recife, Fred Ferreira, que disponibilizou tempo para que entrevistássemos e colocássemos
a gravação no produto final. Tal entrevista foi de grande importância para nosso trabalho.
Agradecemos também à madrinha de Monique Borges, pois ela nos presenteou com a produção
do banner. Somos gratos pelo ato de generosidade.
Somos gratos à gestão, que auxiliou em várias partes do trabalho, principalmente na gravação
para o produto final.
Por fim, demonstramos gratidão a todos que depositaram fé, apeteceram sucesso a nós e nos
apoiaram, mesmo em momentos complicados.
5. “É preciso ser protagonista. Não dá para ficar só
ouvindo a banda passar, temos de ser parte da
banda.” – SÔNIA HESS
6. RESUMO
Esta pesquisa objetiva apontar o quanto é importante uma juventude politizada, quais as
influências que a população juvenil apresenta e como o jovem pode ter mais destaque social, a
partir da política, tornando-se, de fato, um protagonista. De uma forma considerável, é
perceptível que a mocidade desempenha um papel fundamental para o desenvolvimento social
em conjunto, já que constitui grande parte da população, juntamente à responsabilidade de
planejar e fazer parte do futuro da nação. Considerando isso, pretendemos esclarecer a seguinte
questão: Qual a importância dos jovens na política, e como tem sido sua participação na mesma?
Destacamos em nossas análises, portanto, conhecer um pouco sobre o universo juvenil, o que
eles acham do termo “política” e suas opiniões acerca do que pode ajudar a elevar o assunto
protagonizado pela juventude, a verdadeira Juventude Politizada. Usamos dados históricos para
salientar o que ocorre na sociedade atual, a fim de proporcionar ênfase a instituições formadas
e administradas por estudantes jovens, que tenham como objetivo primordial criar um ambiente
saudável e democratizado para vivência da população geral, além de destacar movimentos
principais dos quais fizeram parte.
Palavras – chave: política, juventude, sociedade, participação.
7. RESUMEN
Esta investigación tiene como objetivo señalar cuán importante es una juventud politizada,
cuáles son las influencias que presenta la población juvenil y cómo los jóvenes pueden tener
más protagonismo social, desde la política, hasta convertirse, de hecho, en protagonistas.
Considerablemente, es notable que la juventud juega un papel clave en el desarrollo social
juntos, ya que forma una gran parte de la población, junto con la responsabilidad de planificar
y ser parte del futuro de la nación. Considerando esto, queremos aclarar la siguiente pregunta:
¿Cuál es la importancia de los jóvenes en la política y cómo ha sido su participación en ella?
Destacamos en nuestro análisis, por lo tanto, saber un poco sobre el universo juvenil, lo que
piensan del término "política" y sus opiniones sobre lo que puede ayudar a plantear el tema de
la juventud, la verdadera Juventud Politizada. Utilizamos datos históricos para resaltar lo que
está sucediendo en la sociedad actual, con el fin de dar énfasis a las instituciones formadas y
dirigidas por jóvenes estudiantes, cuyo objetivo principal es crear un ambiente saludable y
democratizado para que viva la población en general, y resaltar los principales movimientos de
los cuales participaron.
Palabras clave: política, juventud, sociedad, participación.
9. 9
1. INTRODUÇÃO
Apresentamos a dada pesquisa referente à Juventude Politizada, especificamente uma pesquisa
científica acerca da participação dos jovens em relação à política brasileira.
Objetivamos explanar como tem sido o comportamento juvenil na política, além de destacar
sua influência e importância no campo político do Brasil.
Encontra-se dividida em 3 partes: Aspectos Históricos e Políticos, Influências Juvenis na
Política e Manifestações Estudantis. Aquele, refere-se a uma breve introdução do que é política
e sua história. Esse, os principais nomes de jovens que atuaram ou atuam na política. Este,
protestos estudantis realizados por estudantes e/ou órgãos compostos pelos mesmos. Outro
tópico foi reservado exclusivamente para destacar a influência juvenil e sua importância no
meio político-social, a fim de promover a ampliação da mesma.
A metodologia está embasada em pesquisas bibliográficas, juntamente de uma entrevista com
o vereador Fred Ferreira. Ademais, foram utilizados aplicativos a partir de um dispositivo
móvel, com a função de editar e confeccionar partes referentes ao produto final, banner e
camisetas. Fora feita, também, uma pesquisa de campo em uma determinada escola, para
elaboração dos gráficos que compõem o trabalho.
10. 10
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Aspectos Históricos e Políticos
À medida que a sociedade evolui e a capacidade cognitiva dos indivíduos presentes numa
sociedade aumenta, surge uma ciência de organização, direção. Essa é a definição do que
atualmente denominamos de política. Na história, o mundo sofreu diversas modificações
principalmente no aspecto político. A forma atual de governança é bastante modificada se
comparada às antigas. O poder, em outrora, era bastante concentrado na cultura e/ou religião.
A disputa entre reinos, que em parte concentrava o poder apenas num homem ou numa família,
mostra uma desorganização política, onde não há harmonia entre pessoas de diferentes culturas,
etnias.
Não há tantas diferenças se comparada à religião. A teocracia, que na forma conceitual significa
"sistema de governo fundamentado pelo poder religioso" (Teo, em grego significa "Deus" e
"cracia", governo), esteve presente em diversas civilizações, como a mesopotâmica, por
exemplo. Atualmente, a ligação entre política e religião ainda causa debates, apesar da maioria
dos países adotarem uma postura laica.
A Política surgiu na Grécia Antiga, assim, o termo "política" vem do grego "politéia", onde
possui uma ligação com a palavra "pólis" que significa "cidade-estado" e à vida em forma
coletiva. Naquele período, chamado de "arcaico", a Grécia estava dividida nas cidades-estados
independentes e autônomas que possuíam seus próprios governos e legislações, mesmo sendo
falantes da mesma língua - algo idêntico na atualidade.
O surgimento da política não vem apenas da sociedade grega e romana, há também registros
históricos de governos que exerciam poder e autoridade em civilizações anteriores. Todavia, a
forma que a grega e a romana trabalham não tiveram diversas modificações para o que é hoje,
ou seja, o modo que nós trabalhamos no presente século.
Outrossim, os romanos - sociedade bem avançada na história - usou a forma que os gregos
haviam aprimorado sobre política. Roma possuiu sua história decomposta em três períodos:
Monarquia, República e Império. Aquele compreende os anos de 753 a 509 antes de Cristo,
esse, 509 antes de Cristo até 27 depois de Cristo, e este, por fim, de 27 até 476 depois de Cristo.
As três formas de Governo usadas pelos romanos foram/são usadas posteriormente, mesmo
11. 11
após um milênio e alguns séculos, por governos recentes. Portanto, a compreensão do que é
política hoje, vem através do entendimento da sociedade romana, visto que sua estrutura é um
exemplo para governos. Comprova a tese de que a política naqueles tempos estava bem
estruturada.
Em Roma já haviam divisões por classes sociais: os plebeus e os patrícios. Os plebeus eram a
maioria, uma população razoavelmente pobre, mas ainda possuíam mais direitos que os
escravos, já que estes não tinham valor de nada na época. Os patrícios eram a minoria, e
compostos por pessoas com boas situações financeiras e propriedades.
O grupo mais favorecido montou uma estrutura política, quando a República foi instalada, que
era propícia a eles mesmos. A organização que Roma utilizava é fascinante, visto que essa
forma de organizar a política é usada até hoje, porém, com algumas modificações. A estrutura
política era composta por um Senado, onde era formado por 300 patrícios que possuíam cargos
vitalícios e formavam a base do poder, uma Assembleia dos Cidadãos, Consulados e
Magistraturas. Todos estes eram formados por patrícios. Ainda antes de Cristo, ocorreram
revoltas da plebe devido ao sistema político que apenas favorecia os patrícios.
IDEOLOGIA POLÍTICA: "O campo onde a ideologia manifesta mais explicitamente seu poder
de enviesamento é, com certeza, o campo da atividade política." (KONDER, 2001, pág. 25). A
ideologia política é, na sua forma conceitual, um conjunto de ideias e/ou pensamentos. Recebe
destaque a Esquerda e Direita políticas, que surgiram durante a Revolução Francesa de 1789.
No Parlamento Francês haviam os jacobinos, mais radicais e exaltados, que ocupavam o lado
esquerdo do parlamento, e os girondinos, mais moderados que ocupavam o lado direito. Essas
referências históricas nos faz entender a concepção do que são as ideologias atualmente que,
ademais, teve seu auge no século XX com o surgimento de diversas ideologias como o
Anarquismo, Fascismo, Nazismo e o triunfo do Socialismo/Comunismo e Capitalismo. É
importante ressaltar que o século XX foi marcado por revoluções pelo mundo, causando
intensos debates nos países acerca de qual ideologia adotar.
No cenário pós-Segunda Guerra Mundial encontrava-se um mundo bipolarizado, provocando a
Guerra Fria. Já no início do novo milênio e século XXI, o mundo ascendia pela paz e a
democracia. Os direitos humanos e liberdades individuais passaram a ser mais respeitados,
apesar de haverem grandes problemas quanto à dignidade humana em diversos países.
12. 12
2.2 Jovens que participam da política atual
Atualmente, o Brasil conta com uma grande quantidade de jovens envolvidos na política, seja
ocupando cargos ou apenas participando de manifestações. Dentre os que fazem parte da
ocupação de cargos políticos, podemos destacar os seguintes jovens, tais que participaram das
eleições de 2018: Luísa Canziani; João Campos; Eduardo Leite.
A) Luísa Canziani:
Atuando como Deputada Federal, Luísa Canziani (PTB-PR), com 23 anos, é filha do deputado
estadual Alex Canziani (PTB), um político paranaense. A estudante de direito recebeu 90.249
dos votos e é a candidata que ocupa o 18° lugar de mais votada no cargo. (Anexo A)
B) João Campos:
João Henrique Campos (PSB-PE), 25 anos, que também atua como Deputado Federal, é
sucessor político do falecido pai, Eduardo Campos, morto vítima de um acidente aéreo em
2014. O pernambucano foi eleito com mais de 460.000 votos nas eleições, sendo um dos mais
votados. (Anexo B)
C) Eduardo Leite:
O governador Eduardo Leite (PSDB-RS), com 33 anos, é o 3° mais jovem a exercer o cargo,
ficando atrás somente de Ciro Gomes (eleito com 33 anos) e Gilberto Mestrinho (eleito aos 31).
(Anexo C)
2.3 Manifestações Estudantis
Com o decorrer dos anos, temos presenciado com mais frequência, manifestações populares.
Mas, de fato, o que são esses movimentos que chamam tanta atenção? Protestos são, na
realidade, manifestações democráticas, públicas ou reservadas que são realizadas, geralmente,
por conta de algum descontentamento em relação a algo ou alguém, seja de modo expansivo ou
não.
Os protestos podem acontecer por diversos motivos. Assim como suas causas, os modos
também variam. Buzinaços, panelaços, caminhadas ou até marcha pelas ruas -com, muitas
vezes, cartazes e/ou em mãos- são formas bem comuns de protestar.
13. 13
Sua finalidade é fundamentada em reclamações, uma forma de buscar ajuda (principalmente
quando se trata de algo a favor da sociedade). É como um grito de socorro coletivo, buscando
satisfazer os desejos, promovendo bem-estar social.
As manifestações, como conhecemos hoje em dia, surgiram há um tempo. Em 2010, uma onda
de protestos que eclodiram no mundo árabe foram batizados “Primavera Árabe”. Esse
acontecimento foi marcado pelo grande destaque dos jovens, que se manifestaram através das
redes sociais, mas também iam às ruas. Países como Líbia, Tunísia, Iêmen, Egito, Marrocos,
Argélia, Síria e Jordânia conseguiram passar por uma revolução que os ajudou no
desenvolvimento de sua nação. Líderes políticos que atuavam há tempos no poder, foram
derrubados, conquistando mais liberdade para os países envolvidos.
Manifestações Políticas no território brasileiro
O Brasil, assim como tantos outros países, tem uma grande lista de protestos, muitos deles
envolvendo questões políticas. Tendo ciência disso, podemos destacar alguns movimentos
marcantes que envolveram bastantes jovens e que representam a história do país.
A) Movimento Constitucionalista de 1932:
O Movimento Constitucionalista de 1932. Esse movimento ocorreu no período em que Getúlio
Vargas governou o Brasil, mais conhecido como A Era Vargas (1930-1945), e tinha como
objetivo principal acabar com a fase ditatorial implantada por Vargas em 1930, promovendo
uma nova constituição, além da autonomia política do estado de São Paulo. A manifestação é
marcante para jovens, pois durante a mesma, quatro adolescentes de um grupo de alunos que
participavam dos protestos, foram mortos em um enfrentamento entre forças legalistas e
manifestantes. Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo nomeiam através de suas iniciais, a sigla
MMDC, que passou para nomenclatura de um grupo secreto que planejava acabar com Getúlio
Vargas.
B) Passeata dos Cem Mil:
Este outro não se trata apenas de um, mas sim de diversos protestos: Ditadura/Regime Militar
(1964- 1985). Durante o tempo que os militares assumiriam o poder governamental brasileiro,
muitos jovens foram às ruas, principalmente no ano de 1968, tal ano em que houve a famosa
“Passeata dos Cem Mil”, como ficou conhecida. O nome diz tudo: na passeata o número de
pessoas protestando aproximou-se do valor de 100.000 pessoas. Tinha como objetivo, reclamar
da ditadura militar implantada que estava a todo vapor. Na época, tudo soou como uma forma
14. 14
de luto coletivo pela morte do estudante secundarista Édson Luís de Lima Souto. Por referir-se
ao falecimento de um jovem, estudantes reuniram-se na Avenida Rio Branco (RJ), e que,
infelizmente, acabou graças a confrontos com militares e a morte de tantas outras pessoas.
C) Diretas Já:
Assim que o Regime Militar estava chegando ao fim, outros protestos foram acontecendo. Um
deles foi o “Diretas Já!”, feito no início da década de 1980. O povo estava cada vez mais
descontente com o governo dos militares, iniciando assim, pedidos para a realização de eleições
diretas para o cargo de Presidente da República. De primeiro momento, mesmo crescendo ao
passar dos dias, o movimento não obteve muitos resultados positivos. Porém, com o apoio de
governadores eleitos em 1982 e de partidos políticos como o PT e o PDT, os manifestantes
conseguiram, por sua vez, abranger boa parte do país, tornando-se um dos maiores protestos já
feitos. Os militares só saíram do poder em 1985, após muita pressão feita pelo povo, e em 1989
abriram-se portas para novas eleições presidenciais, agora diretas, da forma que o povo pedia.
D) Fora Collor:
Após o fim da Ditadura Militar, um novo presidente assumiria o poder depois de décadas sem
votações. Muitos se candidataram, entretanto, dois conquistaram maior público. Luís Inácio
Lula da Silva e Fernando Collor de Melo. Passado o período de eleições, o escolhido presidente
Collor foi alvo de bastantes manifestações. O motivo? A solicitação de Impeachment do
mesmo. Fernando Collor envolveu-se em esquemas de corrupção, além de enfrentar uma
inflação que passava dos 200% na época, deixando o povo insatisfeito com a situação. Uniões
Estudantis como a UNE e a UBES lotaram as ruas acompanhados de faixas e cartazes, além do
rosto pintando de verde e amarelo para intensificar as manifestações, onde os autores eram de
maioria jovens e estudantes. O dia 29 de Setembro de 1992 ficou marcado pois cerca de 100.000
pessoas acompanharam as votações em relação ao Impeachment de Collor em volta do
Congresso. Para os manifestantes, o resultado foi agradável. 441 votos a favor da saída de
Fernando Collor do poder. Depois de deixar o cargo de Presidente Republicano, Collor foi
substituído por seu vice, Itamar Franco, que conseguiu em pleno vigor, terminar o mandato.
União Nacional dos Estudantes (UNE)
Existiram e existem até hoje muitas associações espalhadas pelo Brasil. A de maior destaque é
a UNE. Fundada em 11 de Agosto de 1937, a União Nacional dos Estudantes tem o propósito
de promover democracia a partir de protestos e movimentos culturais, tudo embasado em
15. 15
estudantes, de maioria jovens. A sede principal da UNE localiza-se em São Paulo, entretanto
conta com outras espalhadas em outras regiões. Essa União protagonizou muitos eventos,
especialmente no início do século XX. Com guerras e ditaduras no seu auge, as pessoas
carregavam dentro de si o desejo de amenizar -e consequentemente acabar- a situação em
questão. A UNE, por sua vez, atuou na Era Vargas tentando combater movimentos e influências
Nazifascistas que estavam se espalhando por todo Brasil devido a orientação que o país tinha.
Além do período que Vargas governou o povo brasileiro, a UNE atuou na Ditadura Militar, nos
protestos contra o aumento da passagem no governo de Juscelino Kubitschek, apoiaram a posse
de João Goulart, posteriormente no impeachment de Fernando Collor, além da união e
favorecimento à Reforma Universitária promovida pelo governo do então presidente, Luís
Inácio Lula da Silva.
Recentemente, os estudantes que formam a UNE têm feito diversas manifestações em relação
ao governo do atual Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (2019). Seu
posicionamento é contrário. Desaprovam as atitudes do mesmo e lutam, cada vez mais, por uma
educação de qualidade que proporcione vantagens para essa, e futuras gerações, além de fatores
políticos, sociais e culturais.
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)
Outra união que recebe grande destaque social e político chama-se UBES, a União Brasileira
dos Estudantes Secundaristas, fundada em 1948, no Rio de Janeiro. Essa união representa todos
os estudantes de instituições de Ensino Médio, Fundamental, Técnico e Pré-vestibular presentes
no Brasil. Seu objetivo é defender a educação pública gratuita e de qualidade.
Durante a construção de sua história, a UBES participou de inúmeras manifestações, tais que a
UNE também fez parte, além de alguns projetos, por exemplo a luta pela meia-entrada em
atividades culturais, sociais e esportivas, ou até, pela luta do voto facultativo de jovens a partir
dos 16 anos de idade.
A instituição chegou a ter um grande quantitativo de presidentes assumindo sua liderança, e o
atual é Pedro Lucas Gorki que atua desde o ano de 2017.
A UBES participa ativamente do CNJ (Conselho Nacional de Juventude) e da CMS
(Coordenação dos Movimentos Sociais) juntamente com a UNE, MST, CTB e CUT,
movimentos de moradia, pastorais, juventudes partidárias e vários sindicatos.
2.4 Importância da participação juvenil na política
16. 16
Pesquisas que foram feitas durante o trabalho, e notícias que são vistas por milhões de pessoas
todos os dias (seja através da televisão ou até mesmo da internet), apontam que a participação
juvenil, no que diz respeito à política, tem estado numa situação preocupante, devido a carência
da mesma.
Pode-se perceber que com o passar do tempo, movimentos organizados e protagonizados por
jovens, têm tido um aumento, mas não o bastante para satisfazer os interesses juvenis. No
entanto, há diversos questionamentos sobre o assunto: Por que o percentual do público juvenil,
que tem interesse pela política e afins, continua estagnado e baixo? O que poderia ser feito para
que essa situação pudesse reverter-se? Em que momento da vida esses temas devem ser
abordados e por qual pessoa devem ser transmitidos? As perguntas são inúmeras, e necessitam
de respostas.
Ao longo do desenvolvimento político-social da comunidade, as coisas mudaram. Mudanças
que foram feitas com o objetivo de alcançar êxito para os envolvidos, em outras palavras, nós
cidadãos. Isso fica claro em vista da maneira como a juventude ganhou destaque no meio social
estabelecido atualmente. A criação da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ) foi muito
importante, e atua até hoje no apoio a projetos que incluem jovens, tais como o ProJovem,
ProUni, Agente Jovem, Jovem Aprendiz, e outros. Ademais, também conquistaram grande
destaque os centros institucionais voltados para práticas juvenis, criados há muito tempo atrás,
que aos poucos foram crescendo.
Infelizmente, mesmo com o enriquecimento das instituições e projetos, poucos jovens
realmente interessam-se pela política. Escândalos, partidos sem identificação popular,
máquinas burocráticas emperradas, descalabros administrativos e a falta de conhecimento
proporcionam o desinteresse do público jovem, em participar, na política.
As instituições de ensino têm grande responsabilidade no fator de conhecimento sobre política,
pois auxiliam os estudantes na formação de seus ideais. "Escutar os jovens e dar oportunidade
para que eles participem. Acho que a educação deve ser adequada para a juventude" (GARCIA,
2004). Matérias como Linguagens e Sociologia ajudam bastante no desenvolvimento da mente,
e nas opiniões transmitidas por eles. Além do conhecimento e estimulo à pesquisa, é
fundamental proporcionar motivação. Se os envolvidos manterem-se motivados desde cedo,
certamente terão mais interesse no que diz respeito à política em si, fortalecendo, então, a base
para uma sociedade bem informada e bem constituída.
17. 17
Contudo, os jovens também necessitam querer saber mais. Eles precisam começar a buscar
novos caminhos de conhecimento, organização e interação sociais. Partindo deles mesmos, é
grande a chance do aumento em relação a sua participação ativa. "O conhecimento e a
informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer país. Os portadores
desses recursos são as pessoas" (DRUCKER, Peter).
Votar, protestar, analisar, pesquisar, conhecer e participar são atitudes que todos têm a
necessidade e responsabilidade, para o bem pessoal e social, de cumprir. O jovem faz parte da
sociedade como um todo, e com melhorias feitas na educação escolar e pessoal, farão com que
a sociedade engaje-os cada vez mais. Cumprindo responsabilidades e procurando seus direitos,
a importância juvenil crescerá e tornará mais importante.
Essa ênfase será feita com esforço e dedicação de todos, desde os governantes, até os jovens.
Eleições terão maior público, políticos receberão mais apoio, perguntas terão maior número de
respostas e a busca por um país democratizado será conquistada.
18. 18
3. ANÁLISE DOS GRÁFICOS
Para compor o trabalho, foi realizada uma pesquisa de campo em uma escola, contando com a
colaboração de 180 alunos de idade que varia entre 12 e 18 anos, a fim de analisar aspectos que
dizem respeito à participação juvenil na política e sua opinião acerca da mesma.
“Você tem acompanhado a situação política do seu país?”
A primeira pergunta teve como objetivo saber se os jovens atuais estão realmente
acompanhando a situação política vivenciada pelo país.
Como maioria das respostas, 64% dos entrevistados têm acompanhado de forma parcial a
situação política brasileira. 29% têm sim acompanhado como anda a política atual, número que
precisa aumentar para construção de um Brasil melhor. Com desvantagem, felizmente, apenas
7% admite não acompanhar nada sobre o fator político.
19. 19
“Na sua opinião, a política é importante?”
Na segunda pergunta, objetivamos questionar se a política, algo completamente fundamental
para construção de uma sociedade organizada, é importante. Buscamos saber se mesmo com
pouca idade, os entrevistados têm ciência de como a política é importante.
Com grande maioria dos votos, 93% das pessoas acham política importante, o que é bem
agradável tendo em vista a idade reduzida, mas ficando claro que mesmo não acompanhando
de uma forma tão ativa, ainda têm consciência da importância de um país politizado. Dos
entrevistados, somente 6% não acham a política importante. Pode-se observar que não é uma
quantidade muito grande, mas que deixa uma reflexão em busca de descobrir o porquê dessa
negação com a forma politizada de administrar o Brasil e o mundo. O motivo pelo qual alguns
jovens não acharem a política importante provavelmente está interligado ao fato da política,
muitas vezes, ser ferramenta para saciar os desejos dos políticos corruptos que, infelizmente,
representam uma parte significante do Parlamento. Mesmo assim, não é negável que os jovens
tenham desinteresse na politica e realmente não a compreendam e a achem insignificante, no
caso, sem importância. Contudo, 1% preferiu não responder.
20. 20
“Você conhece uniões formadas por estudantes (UNE, UBES)?”
Tanto a UNE quanto a UBES são uniões estudantis importantes para sociedade, não compondo
apenas a parte política mas também a parte histórica. Elas organizam grande parte dos protestos
e manifestações que ocorreram no território nacional, as quais foram citadas ao longo do
trabalho. Porém, muita gente não têm ideia de que essas uniões existem, como prova temos o
resultado da pesquisa feita. 82% dos perguntados não conhecem nem a UNE nem a UBES, e
18% sabem e conhecem as instituições.
É levado em conta o fato de que grande parte (ou possivelmente todos) não
participam/participaram de protesto algum, então realmente não teriam como conhecer a
existência das uniões estudantis. Por outro lado, não há desculpa para não poder pesquisar sobre.
Conclui-se que um fator leva a comprovação de outro: com um acompanhamento reduzido
sobre política, a busca por pesquisas dessa natureza quase inexiste.
21. 21
“Você tem interesse em atuar no mundo político?”
Essa pergunta foi feita para avaliar se os jovens da geração querem pertencer ao mundo político,
fazendo referencia aos cargos políticos como os de Vereador, Presidente, Governador, entre
outros. Fizemos esse questionamento pois é na fase juvenil em que as pessoas costumam ouvir
esta pergunta: “O que quer ser quando crescer?” e, raramente escutamos alguém dizer “Quero
seguir um cargo político” . Por isso, como imaginado, a maioria, mais especificamente 78%
não pretende seguir carreira no mundo político. 4% têm interesse em ocupar cargos citados
anteriormente e, 18% mantem dúvidas se querem ou não se envolver no mundo político.
Como foi visto, a participação juvenil na política ainda é pouca. Criamos então um total de seis
alternativas que apresentam soluções para ampliar a eficácia de uma verdadeira juventude
politizada.
22. 22
34% acredita que ter mais conhecimento a respeito da realidade política pode ajudar. Como
dizia Platão, “a coisa mais indispensável a um homem é conhecer o uso que deve fazer do seu
próprio conhecimento”. Se o povo está informado, a tendência é uma sociedade melhor.
Seguindo a linha da pesquisa, 20% assinalou que é preciso pesquisar sobre o mandato dos
políticos e o que eles têm feito em prol do país. Os fatores históricos comprovam isso. Fica
claro após ver que muitos políticos ou partidos são reeleitos por anos, e até mesmo em casos de
impeachment. Quando se está informado do que os políticos fazem, fica mais fácil saber quem
apoiar, reeleger ou até mesmo retirar do governo.
Promover debates em locais públicos sobre a política parece algo interessante. Concordam com
essa afirmação 23% dos entrevistados. Para eles, é necessário discutir a política, conversar e
saber a opinião que o próximo tem também ajuda na organização do país.
10% acham que participar ativamente de protestos pode ser uma das soluções. Em parte,
protestar e lutar pelos nossos ideais é fundamental para enriquecer a sociedade, porém, como
vimos, pouca gente pretende sair às ruas.
Assim como no tópico anterior, apenas 10% acham importante propagar a política por meio da
internet. Se a maioria concorda que o conhecimento sobre a situação política é importante, é
preciso que as informações estejam disponíveis. Nem sempre temos tempo de fazer alguma
reunião ou um livro à disposição que aborde o tema, então a internet, recurso bastante utilizado
hoje em dia, é um dos melhores meios para repassar informações sobre tudo, inclusive política.
Possuir cargos políticos é importante, caso contrário a política que hoje conhecemos seria
completamente diferente. No entanto, será que essa é a melhor forma para interagir com a
política? 2% concordam que sim. Estar politizado vai além de ser, de fato, um político.
Pesquisar, conhecer, propagar e fazer seu papel como cidadão também faz parte de uma
juventude politizada. Mas, como dito antes, sem ocupação de cargos, sem uma peça
fundamental da política. Os 2% restantes não responderam.
23. 23
4. METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica apresentada foi feita a partir de buscas em sites da internet, tendo como
foco a parte que diz respeito à Fundamentação Teórica.
Realizou-se uma pesquisa de campo com o objetivo de conhecer a opinião juvenil em relação
ao tema abordado, e foi usada como ferramenta para confecção de gráficos embasados nas
respostas obtidas.
Para elaboração do produto final, contamos com uma entrevista feita na Câmara Municipal do
Recife tendo como entrevistado o vereador Fred Ferreira do partido Social Cristão (PSC) onde
opinou sobre a situação atual no que diz respeito à Juventude Politizada, além de relatos sobre
sua trajetória política.
Na parte digital, foram usados diversos aplicativos. O Kinemaster foi utilizado para a edição
geral do vídeo, com auxílio do Canva, editor de imagens e do Background Eraser usado na
edição de imagens também, principalmente na edição dos fundos. Para gravação utilizou-se a
câmera do dispositivo móvel e para a parte pós-vereador, o gravador de voz. A busca de
imagens, se deu através do Navegador. Para a produção da parte escrita usamos o Word, e na
confecção dos slides, o aplicativo PowerPoint. No design do Banner o Canva foi usando
novamente. O mesmo ocorreu com as camisas.
24. 24
5. CONCLUSÃO
Ser protagonista é algo que exige grande responsabilidade, já que oferta um papel com maior
destaque possível. Ser politizado é entender o que é, de fato, política. Ser jovem é estar propício
à mudanças a todo momento, principalmente na questão que diz respeito à opinião, é ser
mutável. Essas três definições foram definitivamente importantes para a elaboração deste
trabalho, que foi realizado a fim de entender um pouco mais sobre o que os jovens acham sobre
política, entender o que faz um jovem querer ser politizado, e principalmente destacar como a
participação juvenil é importante para o desenvolvimento da sociedade em que está sujeito.
Nossa finalidade foi ressaltar que idade não é sinônimo de maturidade, e que não são apenas
portadores de cargos políticos que têm relevância social.
Percebemos no decorrer do trabalho, por meio de tantas pesquisas e análises, que a situação em
que estamos mergulhados é crítica, e tem a necessidade de ser revertida com rapidez.
Logicamente, as mudanças não acontecerão do dia para a noite, por esse motivo é preciso
paciência, coragem, respeito e trabalho em conjunto para construção de um novo amanhã.
Conclui-se então, que todos somos capazes de protagonizar nossas vidas e a sociedade a qual
compartilhamos, sempre buscando e promovendo igualdade e harmonia na comunidade,
melhorando a educação política individual e coletiva, motivar, conhecer, compartilhar.
Ademais, estemos sempre dispostos a transformar e a melhorar o meio em que vivemos,
tornando o passado uma recordação do que já se foi, o futuro um plano do que ainda está por
vir, e o presente, uma página em branco que precisa ser preenchida com uma história de
superação, transformação e glória. Juntos, faremos desta, uma grande nação.
A política surge não no indivíduo, mas sim entre os indivíduos, que a
liberdade e a espontaneidade dos diferentes indivíduos são pressupostos necessários
para o surgimento de um espaço entre homens, onde só então se torna possível a
política, a verdadeira política. O sentido da política é a liberdade. (ARENDT,
Hannah)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Significado de protesto. 2015. Disponível em: https://www.significados.com.br/protesto/
Acesso em: 22 de Setembro de 2019.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/União_Brasileira_dos_Estudantes_Secundaristas/ Acesso em:
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nacional-dosHYPERLINK "https://pt.m.wikipedia.org/wiki/uniao-nacional-dos-
estudantes"estudantes Acesso em: 22 de Setembro de 2019.
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ANEXOS
Anexo A – Luísa Canziani
(Fonte: Twitter/Página pessoal da deputada)
Na foto, Luísa Canziani, deputada pelo estado do Paraná e
filiada ao PTB.
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Anexo B – João Henrique Campos
(Fonte: Câmara dos Deputados)
Na foto, João Henrique Campos, deputado pelo estado
de Pernambuco e filiado ao PSB.
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Anexo C – Eduardo Leite
(Fonte: Wikipédia)
Na foto, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do
Sul e filiado ao PSDB.
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APÊNDICES
Apêndice A – Entrevista com vereador Fred Ferreira
Como Vossa Excelência poderia resumir sua trajetória na política?
Eu venho de um grupo político, que é a família Ferreira. Hoje a gente tem um cunhado que é o
prefeito de Jaboatão dos Guararapes, um deputado que é André Ferreira e temos também nosso
patriarca que começou toda história na política há 30 anos atrás. Eu sou casado com a filha do
deputado Manoel Ferreira e sou formado em administração de empresas, e sempre estive nos
bastidores, trabalhando as eleições. A partir do momento que surgiu oportunidade para ser
candidato a vereador, eu já vinha preparado, eu já vinha com cinco eleições trabalhando nos
bastidores, conversando com as lideranças e conhecendo o Recife realmente. E aí surgiu
oportunidade, e quando surgiu essa oportunidade, em 2016, a gente ingressou na eleição e
graças a Deus ganhou para vereador do Recife. Basicamente foi esse aí o início na política.
Em sua juventude, Vossa Excelência recebeu alguma influência política que despertou
interesse em atuar no mundo político?
[...] Desde os meus 18, 19 anos eu comecei a conhecer a política realmente de dentro,
trabalhando e conhecendo a parte do Legislativo. E aí a gente foi se apaixonando por poder
ajudar as pessoas, eu digo aqui "a maior ferramenta que a gente tem na política é a gente fazer
leis que venham trazer benefícios para determinado segmento ou parte da sociedade e poder
ajudar as pessoas", isso não tem preço, é muito gratificante ter essa ferramenta de poder fazer
o bem no meio da política que hoje está tão difícil mas com certeza a gente faz a diferença.
Qual a importância, na sua opinião, da participação juvenil na política?
Hoje o jovem tem uma participação muito especial. O jovem tem uma força e cada vez mais a
gente vai vendo no nosso meio que os jovens estão procurando saber sobre a política. Há trinta
anos atrás o jovem estavam "nem aí" para política e cada vez os jovens nas universidades e até
no ensino fundamental, ensino médio eles estão tendo conhecimento e hoje existe uma
ferramenta muito fácil que é os telefones, os computadores, a internet que facilita que facilita
muito a comunicação. Se você quiser saber quem é aquele político, qual é o partido que ele faz
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parte, você acessa no telefone e terá rapidamente um histórico da vida dele então essa
informação rápida para quem realmente faz a diferença é muito bacana porque o meu dia a dia
tá sendo acompanhado através das redes sociais e os jovens hoje são muito ativos nas redes
sociais. Eu me encontro com as pessoas nas ruas e as pessoas me provocam e pra gente isso é
muito gratificante ser reconhecido (pelos feitos em prol da população). Quando não existiam
redes sociais o política passava os quatro anos aqui e aquele que não fazia nada era mais um,
mas aquele que fazia a diferença muitas vezes a gente não conseguia transmitir o que foi feito
nos 4 anos trabalhando e hoje com as redes sociais é muito legal pois acompanham nosso
mandato, os projetos de lei que estamos produzindo e também a interação. [...]
O que pensa sobre protestos estudantis envolvendo questões políticas?
Eu acho que é muito interessante eu acho que os jovens realmente tem que protestar, acho que
é um parte na política que tem que dar essa segunda opinião porque nem sempre a gente tem
aqui 100% das opiniões e é a verdade. Então os jovens tem a "cabeça aberta" e muitas
informações, não só os jovens mas muita gente vai às ruas. Quando a população quer mostrar
o caminho correto que a gente deve seguir eu acho bacana, mas quando parte aí pra violência,
tragédias causadas por pessoas do mal que são infiltrados em protestos que viram bagunça eu
acho que já não é benéfico, mas creio que todo protesto é importante pois a maioria vai às ruas
e muitas vezes decidem uma determinada lei, um determinado posicionamento do governo.
Então eu com certeza aprovo de verdade essas manifestações.
Qual conselho ou sugestão tem a oferecer para a juventude atual?
É para a gente estar engajado, cada vez mais. Temos que conhecer, ter conhecimento, buscar
conhecimento eu acho fundamental em todo setor da sociedade e a educação e os jovens não
são diferentes e para gente estar envolvido na política, a gente tem que saber o que está
acontecendo na política, projetos de leis que estão rodando no país, que venham atingir
determinada área da sociedade do seu município, até no seu estado. [...] Tudo decide na política,
tem algumas pessoas que falam "eu não quero saber da política, eu não voto e não quero saber",
eles estão deixando que as pessoas más façam projetos que venham beneficiar ou prejudicar a
sociedade. Então muitas vezes eu acho errado quando as pessoas falam isso "eu não voto".
Poxa, você não vota? Se aquele político, se o seu político naquele momento que você deu o
voto de confiança ele não correspondeu aos seus pensamentos, você troca, você tem o direito
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de trocar, por isso que de 4 em 4 anos temos as eleições. Então o posicionamento de votar a
gente tem que buscar, votar certo, procurar o histórico da pessoa e assim a gente poder colocar
o Brasil para a frente. Somos novos, temos apenas 30 anos de votações (após a ditadura militar
brasileira). As pessoas tem que acreditar na política como uma ferramenta de transformação.
Qual(is) projeto(s) a Câmara dos Vereadores esta(ão) em andamento a fim de influenciar
o jovem a ingressar no mundo político ou participar mais da política?
Aqui na Câmara dos Vereadores tem o Parlamento Jovem. Para aquela pessoa que queira
participar, ser um vereador jovem, ficar sabendo como os trâmites dos projetos de lei acontecem
aqui na casa (em referência à Câmara), entra no site da Câmara dos Vereadores do Recife e ali
essa pessoa terá mais informações sobre como participar desse Parlamento Jovem. Eu acho
muito bacana porque ali você estará sabendo como funcionando o dia a dia do vereador. Muitas
pessoas acham que os vereadores devem estar na ruas, mas não, fomos eleitos para legislar,
fazer leis que venham beneficiar todo o Recife ou então algum segmento da sociedade. A gente
trabalha no interno (Câmara) mas também visitamos as ruas, provocamos o poder público pois
o vereador é para legislar e fiscalizar o poder Executivo que no caso é o prefeito. Então vemos
o que precisa, passamos para a prefeitura e algumas vezes, somos atendidos, e outras, não. [...]