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Módulo 4
A Europa nos séculos XVII e XVIII-
Sociedade, poder e dinâmicas
coloniais
2. A Europa dos estados absolutos e a
Europa dos Parlamentos
Linha conceptual, pág. 29
Uma Sociedade de ordens assente no privilégio
• Caracterizar a sociedade de Antigo Regime
• Diferenciar as três ordens, a sua composição e o seu
estatuto;
• Reconhecer, nos comportamentos, os valores da
sociedade de ordens;
• Identificar as vias de mobilidade social;
Sociedade de Antigo Regime
(século XVI – XVIII)
• Constituída por ordens ou estados;
• A ordem ou estado era uma categoria social definida pelo
nascimento e pelas funções sociais que os indivíduos pertencentes
a essa ordem desempenhavam;
• Era uma sociedade fortemente hierarquizada, pelo que a
mobilidade social era escassa;
• As três ordens ou estados em que se divide a sociedade de Antigo
Regime eram o Clero, a Nobreza e o Terceiro Estado, sendo as duas
primeiras privilegiadas e a última não-privilegiada.
As três ordens
(trabalho de grupo)
• Estatuto
• Composição
• Funções
• Privilégios
• Proveniência
Diversidade de comportamentos e de valores
• Na sociedade de Antigo Regime, todos os comportamentos
(estatuto jurídico, vestuário, alimentação, profissões,
amizades, divertimentos, formas de tratamento…) estavam
rigidamente estipulados para cada uma das ordens sociais.
• Esta preocupação em tornar visível a diferenciação social
exprimia os principais valores defendidos na sociedade de
ordens:
- A defesa dos privilégios pelas ordens sociais mais elevadas;
- A primazia do nascimento como critério de distinção;
- A fraquíssima mobilidade social.
O absolutismo régio
• Referir as características do poder absoluto;
• Sublinhar o papel desempenhado pela corte no
regime absolutista;
• Esclarecer o significado da expressão “encenação do
poder”;
O poder absoluto
• O Antigo Regime caracterizou-se, a nível político, pelo sistema
de monarquia absoluta, que atingiu o expoente máximo nos
séculos XVII e XVIII.
• Segundo Bossuet, o poder do rei tinha quatro características:
▪ Sagrado (monarquia de direito divino, segundo a qual o rei
apenas tinha de prestar contas dos seus atos a Deus;
▪ Paternal (o rei deveria satisfazer as necessidades do seu
povo como se fosse um pai);
▪ Absoluto (livre da prestação de contas), mas deveria
assegurar a ordem e garantir os privilégios da igreja e da
nobreza. O rei concentrava em si os três poderes do Estado –
legislativo, executivo e judicial – por isso Luís XIV, o Rei-Sol,
terá afirmado “O Estado sou eu”. Doc 12
▪ Submetido à razão (à sabedoria do rei)
Em França o centra da vida da corte era o Palácio de Versalhes.
▪ Lugar de governação;
▪ Lugar de ostentação do poder;
▪ Lugar de controlo das ordens privilegiadas.
Encenação do poder: Na forma como vivia (palácio, vestuário,
banquetes, cerimonial) o rei procurou ostentar uma imagem de
grandeza e esplendor. Era superior a todos e admirado por
todos.
Sociedade e poder em Portugal
• Evidenciar a preponderância da nobreza fundiária em
Portugal;
• Caracterizar o “cavaleiro-mercador”;
• Relacionar a eficiência do aparelho burocrático com a efectiva
centralização do poder;
• Caracterizar o absolutismo joanino.
A preponderância da nobreza fundiária em Portugal
deve-se:
• À restauração da independência que conferiu a esta ordem
um papel social importante;
• À ocupação, por parte dos membros desta ordem, dos
principais cargos
- na governação,
- na administração ultramarina,
- no comércio.
Doc.16, 17 A, 18 A e B
Principais características da sociedade de ordens em
Portugal:
• Preponderância política da nobreza de sangue.
• Afastamento da burguesia das esferas do poder.
A debilidade da burguesia deve-se:
– À centralização das actividades mercantis nas mãos
da coroa e da nobreza;
– À perseguição de judeus e cristãos novos pela
inquisição.
“cavaleiro-mercador”
A nobreza mercantilizada investe os lucros do comércio, não
em atividades produtivas, mas em terras e bens de luxo.
 difícil afirmação da burguesia;
 atraso económico de Portugal em relação a
vários países da Europa.
A criação do aparelho burocrático do
Estado absoluto
Em Portugal as reformas do aparelho burocrático começaram
antes do absolutismo.
Após a Restauração D. João IV teve necessidade de fazer
algumas reformas.
Doc. 20; Notas 1 e 2
Etapas da centralização do poder em Portugal:
• Segunda metade do século XVII
 A nobreza perde poder político;
As cortes perdem importância.
• Século XVIII
D. João V diminui a capacidade de decisão dos
diferentes órgãos e transfere-a para os seus
colaboradores;
Em 1736 o rei procede à reforma do aparelho de
Estado
Doc.21 e 23; pág. 53 (último parágrafo)
Características do absolutismo joanino
• Segue o modelo francês – Luís XIV – na forma de governo e no
fausto;
• Controla pessoalmente a administração pública, recusando a
reunião das Cortes;
• Submete a nobreza ao seu poder;
• Através do luxo e da etiqueta faz
sobressair a figura real;
• Promove uma política de mecenato das artes e das letras:
 Fomenta o aparecimento de bibliotecas. Ex: Biblioteca da
Universidade de Coimbra;
 Promove a impressão de obras;
 Funda a Real Academia da História;
 Acolhe artistas estrangeiros.
 Patrocina o estudo de artistas / intelectuais nacionais no estrangeiro.
• Empreende uma política de grandes construções
exemplificativas da sua grandeza:
 Aqueduto das Águas Livres – Lisboa;
 Convento de Mafra;
 Igrejas com interiores em talha dourada;
 Remodelação do Paço da Ribeira;
• Na política externa manteve a neutralidade face aos conflitos
europeus, mas quando estes lhe proporcionam prestígio
internacional intervém militarmente;
• Procurou dar uma imagem de grandiosidade do nosso país no
estrangeiro através de representações diplomáticas.

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Sociedade de ordens e absolutismo régio na Europa dos séculos XVII-XVIII

  • 1. Módulo 4 A Europa nos séculos XVII e XVIII- Sociedade, poder e dinâmicas coloniais 2. A Europa dos estados absolutos e a Europa dos Parlamentos Linha conceptual, pág. 29
  • 2. Uma Sociedade de ordens assente no privilégio • Caracterizar a sociedade de Antigo Regime • Diferenciar as três ordens, a sua composição e o seu estatuto; • Reconhecer, nos comportamentos, os valores da sociedade de ordens; • Identificar as vias de mobilidade social;
  • 3. Sociedade de Antigo Regime (século XVI – XVIII) • Constituída por ordens ou estados; • A ordem ou estado era uma categoria social definida pelo nascimento e pelas funções sociais que os indivíduos pertencentes a essa ordem desempenhavam; • Era uma sociedade fortemente hierarquizada, pelo que a mobilidade social era escassa; • As três ordens ou estados em que se divide a sociedade de Antigo Regime eram o Clero, a Nobreza e o Terceiro Estado, sendo as duas primeiras privilegiadas e a última não-privilegiada.
  • 4. As três ordens (trabalho de grupo) • Estatuto • Composição • Funções • Privilégios • Proveniência
  • 5. Diversidade de comportamentos e de valores • Na sociedade de Antigo Regime, todos os comportamentos (estatuto jurídico, vestuário, alimentação, profissões, amizades, divertimentos, formas de tratamento…) estavam rigidamente estipulados para cada uma das ordens sociais. • Esta preocupação em tornar visível a diferenciação social exprimia os principais valores defendidos na sociedade de ordens: - A defesa dos privilégios pelas ordens sociais mais elevadas; - A primazia do nascimento como critério de distinção; - A fraquíssima mobilidade social.
  • 6. O absolutismo régio • Referir as características do poder absoluto; • Sublinhar o papel desempenhado pela corte no regime absolutista; • Esclarecer o significado da expressão “encenação do poder”;
  • 7. O poder absoluto • O Antigo Regime caracterizou-se, a nível político, pelo sistema de monarquia absoluta, que atingiu o expoente máximo nos séculos XVII e XVIII. • Segundo Bossuet, o poder do rei tinha quatro características: ▪ Sagrado (monarquia de direito divino, segundo a qual o rei apenas tinha de prestar contas dos seus atos a Deus; ▪ Paternal (o rei deveria satisfazer as necessidades do seu povo como se fosse um pai);
  • 8. ▪ Absoluto (livre da prestação de contas), mas deveria assegurar a ordem e garantir os privilégios da igreja e da nobreza. O rei concentrava em si os três poderes do Estado – legislativo, executivo e judicial – por isso Luís XIV, o Rei-Sol, terá afirmado “O Estado sou eu”. Doc 12 ▪ Submetido à razão (à sabedoria do rei)
  • 9. Em França o centra da vida da corte era o Palácio de Versalhes. ▪ Lugar de governação; ▪ Lugar de ostentação do poder; ▪ Lugar de controlo das ordens privilegiadas.
  • 10. Encenação do poder: Na forma como vivia (palácio, vestuário, banquetes, cerimonial) o rei procurou ostentar uma imagem de grandeza e esplendor. Era superior a todos e admirado por todos.
  • 11. Sociedade e poder em Portugal • Evidenciar a preponderância da nobreza fundiária em Portugal; • Caracterizar o “cavaleiro-mercador”; • Relacionar a eficiência do aparelho burocrático com a efectiva centralização do poder; • Caracterizar o absolutismo joanino.
  • 12. A preponderância da nobreza fundiária em Portugal deve-se: • À restauração da independência que conferiu a esta ordem um papel social importante; • À ocupação, por parte dos membros desta ordem, dos principais cargos - na governação, - na administração ultramarina, - no comércio. Doc.16, 17 A, 18 A e B
  • 13. Principais características da sociedade de ordens em Portugal: • Preponderância política da nobreza de sangue. • Afastamento da burguesia das esferas do poder. A debilidade da burguesia deve-se: – À centralização das actividades mercantis nas mãos da coroa e da nobreza; – À perseguição de judeus e cristãos novos pela inquisição.
  • 14. “cavaleiro-mercador” A nobreza mercantilizada investe os lucros do comércio, não em atividades produtivas, mas em terras e bens de luxo.  difícil afirmação da burguesia;  atraso económico de Portugal em relação a vários países da Europa.
  • 15. A criação do aparelho burocrático do Estado absoluto Em Portugal as reformas do aparelho burocrático começaram antes do absolutismo. Após a Restauração D. João IV teve necessidade de fazer algumas reformas. Doc. 20; Notas 1 e 2
  • 16. Etapas da centralização do poder em Portugal: • Segunda metade do século XVII  A nobreza perde poder político; As cortes perdem importância. • Século XVIII D. João V diminui a capacidade de decisão dos diferentes órgãos e transfere-a para os seus colaboradores; Em 1736 o rei procede à reforma do aparelho de Estado Doc.21 e 23; pág. 53 (último parágrafo)
  • 17. Características do absolutismo joanino • Segue o modelo francês – Luís XIV – na forma de governo e no fausto; • Controla pessoalmente a administração pública, recusando a reunião das Cortes; • Submete a nobreza ao seu poder; • Através do luxo e da etiqueta faz sobressair a figura real;
  • 18. • Promove uma política de mecenato das artes e das letras:  Fomenta o aparecimento de bibliotecas. Ex: Biblioteca da Universidade de Coimbra;  Promove a impressão de obras;  Funda a Real Academia da História;  Acolhe artistas estrangeiros.  Patrocina o estudo de artistas / intelectuais nacionais no estrangeiro.
  • 19. • Empreende uma política de grandes construções exemplificativas da sua grandeza:  Aqueduto das Águas Livres – Lisboa;  Convento de Mafra;  Igrejas com interiores em talha dourada;  Remodelação do Paço da Ribeira;
  • 20. • Na política externa manteve a neutralidade face aos conflitos europeus, mas quando estes lhe proporcionam prestígio internacional intervém militarmente; • Procurou dar uma imagem de grandiosidade do nosso país no estrangeiro através de representações diplomáticas.