O documento descreve o contexto e os principais acontecimentos da ditadura militar na Argentina entre 1976 e 1983, incluindo o golpe de estado, a repressão violenta à oposição, as Mães da Praça de Maio, a Copa do Mundo de 1978, a crise econômica e a guerra das Malvinas.
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
Ditadura argentina
1. CAp UERJ – Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira
Nomes: Deborah Medeiros Nº 01
Maíra Bernardo Nº 13
Nathalia Cezário Nº 18
Disciplina: História
Professora: Sônia Wanderley
2. Contexto Internacional da Guerra Fria: “medo
vermelho”
Morte de Perón: Assume sua mulher Isabelita Perón
Crise do Assistencialismo
Constantes escândalos
Crise do petróleo
Divisão do peronismo
Instabilidade política e econômica
Fortalecimento dos militares
3. Golpe militar em 24 de março de 1976: Generais Videla, Viola e Galtiere
“Limpeza ideológica-moral”: Operação de extermínio da esquerda peronista e
da esquerda marxista
Instauração do terror:
“Primeiro mataremos todos os subversivos, logo mataremos os seus colaboradores,
depois os seus simpatizantes, em seguida os que permanecem indiferentes e
finalmente os tímidos." (General Ibérico Saint-Jean, governador de Buenos Aires)
1976 a 1983: “Guerra Suja”
Combate a movimentos populares
Segundo eles, um governo que respeitasse os direitos humanos era ineficaz.
Criação de uma "ordem clandestina": o regime não era responsabilizado pelas
prisões e pelo que ocorria com seus inimigos.
ESMA (Escola de Mecânica da Armada): centro clandestino de detenção e
tortura utilizado na ditadura militar argentina, por onde passaram milhares de
presos.
Desaparecimento de crianças e adolescentes
Processo de Reorganização Nacional: os parentes dos subversivos também eram
punidos (“pedra na água”).
4. •
Modalidades de tortura:
- Picana elétrica (choques
elétricos)
- Submarino seco e molhado
(asfixia)
- Rato no cólon
- Pauladas
Operação Condor: Aliança
político-militar, formada em
1975, de repressão a opositores
das ditaduras instaladas nos
seis países do Cone Sul (Brasil,
Argentina,
Chile,
Bolívia,
Paraguai e Uruguai).
5. Movimento organizado por mulheres, mães e avós, que, não satisfeitas com as
protelações e desculpas das autoridades, começaram a se reunir na Praça de
Maio, em frente a Casa Rosada, em Buenos Aires, batendo nas portas de
quartéis e prisões com retratos em mãos, exigindo notícias de seus filhos e
parentes desaparecidos durante a ditadura militar. Foram denominadas pela
mídia pró-ditadura como “Las Locas de la Plaza de Mayo”.
“não satisfeitas com as escusações e tergiversações das autoridades,
começaram a exigir em público, com coragem quase que suicida, a devolução
dos seus filhos e uma satisfação que fosse a respeito do sumiço. Por isso,
chegaram a serem chamadas de “Las locas de la Plaza de Mayo”.
(SCHILLING. 2005 pg. 35)
Nora Cortiñas, integrante das Mães da Praça de Maio afirma que os militares
demonstraram total falta de humanidade: “Eles foram cruéis. Jogaram jovens
vivos ou mortos nas águas (do Rio da Prata), torturaram mulheres grávidas e
até seus bebês em gestação. Como podem ser perdoados?”.
(VÁZQUEZ e IRAMAIN. 2007 pg.16)
6.
7. Fracasso econômico, político e militar
Questões essenciais: Instabilidade econômica; Copa do Mundo de 1978;
Guerra das Malvinas (1982).
General Galtieri, que protagonizou a
invasão das ilhas Malvinas em 1982.
Martínez de Hoz, Ministro da
Economia do ditador Videla.
8. Dívida externa subiu de US$ 8 bilhões para US$ 45 bilhões.
Inflação do governo civil derrubado pela Ditadura, que era considerada um índice
“absurdo alto” pelos militares havia sido de 182% anual. Mas, este índice foi
superado pela política econômica caótica da Ditadura, que encerrou sua
administração com 343% anual.
Pobreza disparou de 5% da população argentina para 28%
Participação da indústria no PIB caiu de 37,5% para 25%, o que equivaleu a um
retrocesso dos níveis dos anos 60.
Criação de uma ciranda financeira, conhecida como “la plata dulce”, ou, “o doce
dinheiro”.
Ao mesmo tempo em que tomavam medidas neoliberais, como a abertura irrestrita
das importações, os militares continuavam mantendo imensas estruturas nas
empresas estatais, que transformaram-se em cabides de emprego de generais,
coronéis e seus parentes.
Os militares também estatizaram US$ 15 bilhões de dívidas das principais empresas
privadas do país (além das filiais argentinas de empresas estrangeiras).
Déficit fiscal de 15% do PIB.
A repressão provocou um êxodo de centenas de milhares de profissionais do país. Os
militares, em cargos burocráticos, exacerbaram a corrupção na máquina estatal
9. Apesar das denúncias de graves violações aos Direitos Humanos a FIFA
não cancelou a realização da Copa de 1978. - “Operação Limpeza”: A
ditadura argentina escondeu locais de tortura, presos políticos, crimes e
sequestros de dissidentes durante a Copa do Mundo de 1978, para dar a
impressão de que as acusações contra o regime eram infundadas. Além
disso, O presidente Videla mandou exterminar os encarcerados da
ESMA em vista que a Copa do Mundo se aproximava e o povo estava
“distraído”.
A goleada da Argentina sobre o Peru, que deixou o Brasil fora da final,
foi cercada de rumores: de acordo com o jornal argentino El Tiempo,
uma das principais testemunhas do caso, o ex-senador peruano Genaro
Ledesma, revelou ao juiz que a goleada havia sido acertada entre os
ditadores dos dois países e era parte de um acordo maior de cooperação
entre os dois governos, no qual o ditador argentino, Jorge Videla,
aceitou receber 13 prisioneiros peruanos que, em Lima, lutavam para
derrubar o governo. Em troca, Videla pediu que o Peru entregasse a
partida.
Para o Regime militar, a vitória nesse evento esportivo foi um triunfo
político, que lhe garantiu alta popularidade.
10. “(…) enquanto os olhos do mundo estavam voltados para Argentina e a
conquista do título pela seleção portenha, o regime militar exterminava,
torturava e matava quem se opunha ao governo do país, porém, com a
“camuflagem” da Copa o regime conseguiu que boa parte do país
esquecesse o que estava passando para celebrar a vitoria
argentina”.(KOHAN, 2005 p. 237)
11. Início: 2 de abril de 1982
Ilhas Malvinas/ Falkland Islands: Soberania da região disputada por
argentinos e britânicos
Agentina: Controle do que consideram sua extensão teritorial histórica.
Argentinos alegam que ao se tornarem independentes em 1822, passaram
também a controlar as ilhas que pertenciam aos espanhóis. A guerra das
Malvinas foi uma arma utilizada pelo general Leopoldo Galtieri para dar
fôlego ao regime ditatorial militar, apelando para a exarcebação do
sentimento patriótico. O forte apoio do povo argentino foi comprovado
quando dezenas de milhares de pessoas se reuniram na Praça de Maio para
aplaudir Galtieri, por este ter ordenado o desembarque nas ilhas.
Reino Unido: Britânicos dominam o local desde 1833, quando ocuparam e
colonizaram o arquipélago. A guerra, neste caso, foi também uma
estratégia utilizada pela primeira ministra Margareth Tatcher, que
enfrentava uma crise de popularidade. O país enviou 28 mil soldados
britânicos para lutar pela manutenção do controle das ilhas.
12. 2 de maio: Britânicos afundam o navio
argentino General Belgrano, matando
326 tripulantes.
21 de maio: Frota britânica toma o
Estreito de San Carlos, dando início a
sangrentas batalhas
Goose Green: Batalha decisiva para o
final da guerra, em 14 de junho, com a
rendição dos argentinos.
Consequências: Derrota monumental
e humilhante das Forças Armadas
Argentinas, com um saldo de 649
argentinos mortos. O acontecimento
foi considerado o início do fim, sendo
fator decisivo para o sepultamento da
ditadura e a recuperação da
democracia no ano de 1983, com a
eleição do presidente Raúl Alfonsín
13. O conceito de “revolução” consiste em uma mudança,
uma transformação radical não somente em aspectos
políticos mas em diversos pontos da organização
estrutural de uma sociedade. Tendo em vista a breve
definição e as características abordadas ao longo do
trabalho, apresente motivos pelos quais os militares e
civis consideraram a ditadura argentina, assim como a
brasileira, uma revolução.