Segurança Pública e Desenvolvimento Institucionais das PolíciasZózimo Lisbôa
1. A segurança pública no Brasil enfrenta uma grave crise com altos índices de criminalidade violenta.
2. As principais matrizes da criminalidade incluem tráfico de drogas e armas, violência doméstica e homofóbica.
3. As causas da violência são complexas e variadas, envolvendo fatores socioeconômicos e culturais.
O documento discute as causas da pobreza e da criminalidade na sociedade, argumentando que a desigualdade é inerente à humanidade e que a pobreza é incômoda devido aos ideais de igualdade e progresso modernos. Também analisa as razões da criminalidade ligada à pobreza, como o estigma e a falta de proteção das classes subalternas.
Discussão maioridade penal e internação compulsória sérgio botton barcellosUFPB
O documento discute as políticas de internação compulsória e redução da maioridade penal no Brasil. Argumenta que essas políticas criminalizam a pobreza e os jovens e são usadas para "higienizar" as cidades para os megaeventos esportivos, violando direitos humanos. Também aponta que a violência atinge mais os jovens negros e pobres, que são as principais vítimas, não os causadores dos problemas.
O documento discute se devemos temer a violência e argumenta que: 1) os seres humanos são naturalmente pacíficos, mas a violência pode ser influenciada por fatores sociais; 2) a violência é um problema social ligado às condições precárias em grandes cidades, não um traço inerente aos indivíduos; 3) o medo irrefletido da violência só gera mais violência.
Teu g-1 criminalidade no brasil. índio e salvadorOdinei Maciel
O documento discute a criminalidade atual no Brasil, incluindo estatísticas alarmantes sobre homicídios e outros crimes. Aponta que a violência faz parte do cotidiano brasileiro e que os estados com maiores taxas de homicídios são Alagoas, Maranhão, Espírito Santo, Pará e Bahia. Também analisa o perfil do criminoso típico e a falta de dados confiáveis sobre a criminalidade no país.
Este artigo discute (1) a cultura e indústria do medo no Brasil através da relação entre juventude e violência segundo a mídia, (2) como a incerteza do futuro e violência social excluem os jovens aumentando a cultura do medo, (3) e como os altos investimentos na indústria privada de segurança fortalecem essa cultura do medo.
Este documento discute a violência urbana praticada contra e por adolescentes na cidade de Curitiba, Paraná. Aborda conceitos de violência, suas causas e consequências segundo a literatura, o perfil dos jovens envolvidos e como a violência é percebida por eles. Também analisa medidas de prevenção e combate à violência, o papel da comunicação, escola e da família nesse processo. O objetivo é promover um debate sobre o tema e contribuir para uma sociedade menos violenta.
Gênero, justiça e segurança no Brasil e na Colômbia: como prevenir e tratar d...MarianaGuimaresdosSa
1) O documento analisa a violência contra mulheres no Brasil e na Colômbia, identificando desafios e boas práticas.
2) Ambos os países possuem altos índices de violência doméstica e feminicídio, apesar de avanços legais, devido à falta de priorização e implementação de políticas.
3) Boas práticas identificadas incluem patrulhas de prevenção da violência no Rio de Janeiro e produção de dados sobre vítimas no conflito colombiano.
Segurança Pública e Desenvolvimento Institucionais das PolíciasZózimo Lisbôa
1. A segurança pública no Brasil enfrenta uma grave crise com altos índices de criminalidade violenta.
2. As principais matrizes da criminalidade incluem tráfico de drogas e armas, violência doméstica e homofóbica.
3. As causas da violência são complexas e variadas, envolvendo fatores socioeconômicos e culturais.
O documento discute as causas da pobreza e da criminalidade na sociedade, argumentando que a desigualdade é inerente à humanidade e que a pobreza é incômoda devido aos ideais de igualdade e progresso modernos. Também analisa as razões da criminalidade ligada à pobreza, como o estigma e a falta de proteção das classes subalternas.
Discussão maioridade penal e internação compulsória sérgio botton barcellosUFPB
O documento discute as políticas de internação compulsória e redução da maioridade penal no Brasil. Argumenta que essas políticas criminalizam a pobreza e os jovens e são usadas para "higienizar" as cidades para os megaeventos esportivos, violando direitos humanos. Também aponta que a violência atinge mais os jovens negros e pobres, que são as principais vítimas, não os causadores dos problemas.
O documento discute se devemos temer a violência e argumenta que: 1) os seres humanos são naturalmente pacíficos, mas a violência pode ser influenciada por fatores sociais; 2) a violência é um problema social ligado às condições precárias em grandes cidades, não um traço inerente aos indivíduos; 3) o medo irrefletido da violência só gera mais violência.
Teu g-1 criminalidade no brasil. índio e salvadorOdinei Maciel
O documento discute a criminalidade atual no Brasil, incluindo estatísticas alarmantes sobre homicídios e outros crimes. Aponta que a violência faz parte do cotidiano brasileiro e que os estados com maiores taxas de homicídios são Alagoas, Maranhão, Espírito Santo, Pará e Bahia. Também analisa o perfil do criminoso típico e a falta de dados confiáveis sobre a criminalidade no país.
Este artigo discute (1) a cultura e indústria do medo no Brasil através da relação entre juventude e violência segundo a mídia, (2) como a incerteza do futuro e violência social excluem os jovens aumentando a cultura do medo, (3) e como os altos investimentos na indústria privada de segurança fortalecem essa cultura do medo.
Este documento discute a violência urbana praticada contra e por adolescentes na cidade de Curitiba, Paraná. Aborda conceitos de violência, suas causas e consequências segundo a literatura, o perfil dos jovens envolvidos e como a violência é percebida por eles. Também analisa medidas de prevenção e combate à violência, o papel da comunicação, escola e da família nesse processo. O objetivo é promover um debate sobre o tema e contribuir para uma sociedade menos violenta.
Gênero, justiça e segurança no Brasil e na Colômbia: como prevenir e tratar d...MarianaGuimaresdosSa
1) O documento analisa a violência contra mulheres no Brasil e na Colômbia, identificando desafios e boas práticas.
2) Ambos os países possuem altos índices de violência doméstica e feminicídio, apesar de avanços legais, devido à falta de priorização e implementação de políticas.
3) Boas práticas identificadas incluem patrulhas de prevenção da violência no Rio de Janeiro e produção de dados sobre vítimas no conflito colombiano.
A criminalidade no Brasil ocorre devido à falta de recursos econômicos e apoio institucional do governo, gerando mais violações de direitos humanos e sentimento de insegurança popular. O documento defende que o Brasil tem potencial para se tornar uma das maiores economias mundiais nas próximas décadas, mas precisa restaurar a autoridade do Estado para reduzir a insegurança e direcionar recursos para investimentos produtivos.
O documento discute a violência urbana, definindo-a como ataques à lei e ordem que ocorrem em cidades. Apresenta três características da violência urbana: sua antiguidade relativa em alguns países, como os EUA, seu surgimento esporádico em diferentes períodos e cidades, e a dificuldade das autoridades em compreendê-la e combatê-la. Também discute como a urbanização interioriza a violência e as dificuldades de se propor respostas públicas ao problema.
O livro traça o itinerário de pesquisa de César Barreira sobre violência ao longo de 30 anos, começando por estudos sobre conflitos agrários no Ceará e evoluindo para análises da criminalidade urbana e segurança pública. O autor desenvolveu uma abordagem sociológica da violência focada nas relações de poder e cultura, sem descartar variáveis institucionais. Seus estudos forneceram contribuições importantes para compreender fenômenos como pistolagem no contexto de tradição e modernização brasileiras.
Crescimento Populacional Em Meio A Criminalidaedissonn
O documento discute a educação em segurança pública no Brasil e a necessidade de melhorar a formação dos policiais para enfrentar os desafios atuais considerando os direitos humanos. Também aborda a relação entre desemprego, violência urbana e as falhas das políticas públicas em garantir condições socioeconômicas e segurança para a população.
O documento discute como o sistema prisional nos Estados Unidos assumiu um papel central na administração da pobreza através de três mecanismos: 1) disciplinando os segmentos mais baixos do mercado de trabalho; 2) artificialmente reduzindo a taxa de desemprego ao retirar milhões de indivíduos desqualificados da força de trabalho; e 3) fornecendo um grande número de empregos no setor prisional.
Relatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJAscomRenata
Este relatório anual da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro discute a segurança pública e os direitos humanos. O relatório apresenta estatísticas alarmantes sobre a violência no Brasil e questiona o modelo atual de segurança pública, focado na repressão e no confronto armado. O relatório defende uma abordagem baseada nos direitos humanos e em políticas públicas de longo prazo.
A charge retrata a percepção negativa de parte da população em relação à segurança pública no Brasil, sugerindo que as pessoas não distinguem claramente policiais de criminosos e temem ambos.
Documento para análise, o qual auxilia na compreensão do fenômeno delitivo está e suas condicionantes sob a perspectiva dos fatores influenciadores do crime, em especial, aqueles de caráter organizado e vinculados as facções criminosas atuantes no brasil.
O documento discute a violência policial no Brasil, apontando que alguns moradores consideram a violência policial como necessária contra "pessoas erradas", enquanto dados mostram que a polícia é mais temida do que bandidos. O texto também relaciona casos de violência policial e aponta que a sociedade precisa decidir que tipo de polícia quer.
Resumo: No Brasil, as periferias são o centro de duas figurações recentes e dicotômicas: a da violência urbana
que pede mais repressão e a do desenvolvimento social, que transformaria pobres em “Classe C”. Este
ensaio argumenta que a representação da “violência urbana” retirou o centro da “questão social” con-
temporânea dos “trabalhadores”, deslocando-o aos “marginais”. A derrocada do universalismo inscrito
nesse deslocamento enseja um governo seletivo que recorta a população em distintos graus de “vulne-
rabilidade” e níveis de “complexidade” da intervenção estatal; como efeito colateral, emergem distintos
regimes normativos nas periferias – por exemplo: estatal, do “crime” e religioso – que embora estejam
sempre em tensão, encontram coesão no fato de regularem mercados monetarizados. O dinheiro passa a
mediar a relação entre os grupos recortados e suas formas de vida que, sob outras perspectivas – a lei ou
a moral – estariam em alteridade radical; o consumo emerge como forma de vida comum e a expansão
mercantil, aposta de todos, conecta mercados legais e ilegais, inclusive fomentando a violência urbana
que pretensamente controlaria.
O documento discute as oligarquias partidárias brasileiras, a hegemonia econômica e a corrupção no país. Afirma que a elite econômica e política não tem interesse em promover mudanças que beneficiem os pobres, e que a desigualdade e a corrupção mantêm o status quo. Também critica a mídia por criminalizar movimentos sociais legítimos.
A violência contra a mulher no Brasil persiste devido às raízes históricas e ideológicas da sociedade patriarcal. A cultura machista normaliza a violência e dificulta a punição dos agressores, enquanto o sistema jurídico é lento. É necessária uma mudança cultural que promova a igualdade de gênero para erradicar a violência.
Violência urbana criminalidade e tráfico de drogas uma discussao psicanalitic...Leonardo Faria
Este artigo discute a hipótese de que, na ausência do período de espera da adolescência, jovens envolvidos com criminalidade parecem encurtar a transição da infância para a vida adulta através de uma identificação precoce com figuras criminosas, como resposta às dificuldades trazidas pela puberdade e o reencontro com o trauma sexual estrutural. O texto analisa a puberdade e a adolescência na perspectiva psicanalítica e discute como mudanças na estrutura do laço social contemporâneo influenciam a
O documento discute a violência, juventude e polícia no Brasil. Em três frases: (1) A violência afeta desproporcionalmente a juventude como vítimas e perpetradores, levando à exclusão social; (2) A polícia representa o uso legítimo da força pelo Estado, porém suas práticas frequentemente violam direitos humanos, especialmente contra os mais pobres; (3) As causas incluem falhas na formação policial, baixos salários, estresse do trabalho e desânimo com o sistema judiciário.
1. O documento discute a criminalidade entre adolescentes no Brasil e como o sistema socioeducativo tenta abordar este problema social.
2. Ele explora a diferença entre crime e ato infracional e questiona os ideais heroicos que levam alguns adolescentes à criminalidade.
3. Conclui que as leis e diretrizes atuais precisam ser mais eficazes para proteger os adolescentes e lidar com o crescimento desta questão, mas uma abordagem apenas punitiva não é a solução.
Correio Braziliense - Super Esportes - Brutalidade organizadaCamila Curado
Uma pesquisa mostra que o número de mortes relacionadas à violência entre torcedores de futebol diminuiu de 2014 para 2015, mas a brutalidade dos ataques aumentou. O planejamento e sadismo nas agressões preocupa o pesquisador, que acredita que os crimes continuarão devido à impunidade. O Flamengo x Fluminense será realizado no estádio Mané Garrincha em Brasília no dia 21 de fevereiro.
ARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do CrimeHipolito Matos
O documento discute os fatores que levam ao crime e as abordagens para seu estudo. Apresenta que a criminologia buscou identificar tais fatores para subsidiar políticas públicas, considerando aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Também analisa como as primeiras pesquisas criaram estereótipos do criminoso e a necessidade de uma abordagem sistêmica do tema.
O documento discute os desafios da política de segurança pública no Brasil. Ele argumenta que o sistema de segurança pública foi construído sobre uma estrutura social historicamente conivente com a violência privada e desigualdade. Também discute como o período ditatorial reforçou esse legado autoritário e como as mudanças nas agências responsáveis pela segurança têm sido incrementais, apesar das mudanças nas políticas.
Redações nota 1000 no enem 2015 por Manoel Nevesma.no.el.ne.ves
1) O documento discute a persistência da violência contra a mulher no Brasil, apesar dos avanços legais e sociais. A violência é fruto de valores machistas enraizados que inferiorizam as mulheres.
2) Há dificuldades em denunciar agressores, especialmente na esfera doméstica, devido a laços familiares. A mídia também reproduz estereótipos de gênero que reforçam a noção de inferioridade feminina.
3) É necessário que o governo, escolas e mídia combatam o pre
Drogas, globalização e direitos humanos .Hully Falcão
O documento discute como a "guerra contra as drogas" faz parte de uma política pública mais ampla implementada pelos Estados no contexto da globalização neoliberal. A guerra contra as drogas não visa realmente os grandes traficantes, mas sim ataca consumidores e traficantes menores. Além disso, a globalização fortaleceu laços entre poder econômico e político de forma prejudicial aos direitos humanos e à democracia.
1) O autor defende seu comentário no Twitter sobre a guerra às drogas atingir pequenos traficantes e não os grandes, que estão inclusive no Congresso.
2) A guerra às drogas legitima a violência policial contra os pobres e é um instrumento de criminalização da pobreza e instigação ao racismo.
3) Os efeitos negativos da criminalização e do proibicionismo das drogas superam os efeitos do próprio uso, levando a 50 mil homicídios e corrupção policial.
A criminalidade no Brasil ocorre devido à falta de recursos econômicos e apoio institucional do governo, gerando mais violações de direitos humanos e sentimento de insegurança popular. O documento defende que o Brasil tem potencial para se tornar uma das maiores economias mundiais nas próximas décadas, mas precisa restaurar a autoridade do Estado para reduzir a insegurança e direcionar recursos para investimentos produtivos.
O documento discute a violência urbana, definindo-a como ataques à lei e ordem que ocorrem em cidades. Apresenta três características da violência urbana: sua antiguidade relativa em alguns países, como os EUA, seu surgimento esporádico em diferentes períodos e cidades, e a dificuldade das autoridades em compreendê-la e combatê-la. Também discute como a urbanização interioriza a violência e as dificuldades de se propor respostas públicas ao problema.
O livro traça o itinerário de pesquisa de César Barreira sobre violência ao longo de 30 anos, começando por estudos sobre conflitos agrários no Ceará e evoluindo para análises da criminalidade urbana e segurança pública. O autor desenvolveu uma abordagem sociológica da violência focada nas relações de poder e cultura, sem descartar variáveis institucionais. Seus estudos forneceram contribuições importantes para compreender fenômenos como pistolagem no contexto de tradição e modernização brasileiras.
Crescimento Populacional Em Meio A Criminalidaedissonn
O documento discute a educação em segurança pública no Brasil e a necessidade de melhorar a formação dos policiais para enfrentar os desafios atuais considerando os direitos humanos. Também aborda a relação entre desemprego, violência urbana e as falhas das políticas públicas em garantir condições socioeconômicas e segurança para a população.
O documento discute como o sistema prisional nos Estados Unidos assumiu um papel central na administração da pobreza através de três mecanismos: 1) disciplinando os segmentos mais baixos do mercado de trabalho; 2) artificialmente reduzindo a taxa de desemprego ao retirar milhões de indivíduos desqualificados da força de trabalho; e 3) fornecendo um grande número de empregos no setor prisional.
Relatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJAscomRenata
Este relatório anual da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro discute a segurança pública e os direitos humanos. O relatório apresenta estatísticas alarmantes sobre a violência no Brasil e questiona o modelo atual de segurança pública, focado na repressão e no confronto armado. O relatório defende uma abordagem baseada nos direitos humanos e em políticas públicas de longo prazo.
A charge retrata a percepção negativa de parte da população em relação à segurança pública no Brasil, sugerindo que as pessoas não distinguem claramente policiais de criminosos e temem ambos.
Documento para análise, o qual auxilia na compreensão do fenômeno delitivo está e suas condicionantes sob a perspectiva dos fatores influenciadores do crime, em especial, aqueles de caráter organizado e vinculados as facções criminosas atuantes no brasil.
O documento discute a violência policial no Brasil, apontando que alguns moradores consideram a violência policial como necessária contra "pessoas erradas", enquanto dados mostram que a polícia é mais temida do que bandidos. O texto também relaciona casos de violência policial e aponta que a sociedade precisa decidir que tipo de polícia quer.
Resumo: No Brasil, as periferias são o centro de duas figurações recentes e dicotômicas: a da violência urbana
que pede mais repressão e a do desenvolvimento social, que transformaria pobres em “Classe C”. Este
ensaio argumenta que a representação da “violência urbana” retirou o centro da “questão social” con-
temporânea dos “trabalhadores”, deslocando-o aos “marginais”. A derrocada do universalismo inscrito
nesse deslocamento enseja um governo seletivo que recorta a população em distintos graus de “vulne-
rabilidade” e níveis de “complexidade” da intervenção estatal; como efeito colateral, emergem distintos
regimes normativos nas periferias – por exemplo: estatal, do “crime” e religioso – que embora estejam
sempre em tensão, encontram coesão no fato de regularem mercados monetarizados. O dinheiro passa a
mediar a relação entre os grupos recortados e suas formas de vida que, sob outras perspectivas – a lei ou
a moral – estariam em alteridade radical; o consumo emerge como forma de vida comum e a expansão
mercantil, aposta de todos, conecta mercados legais e ilegais, inclusive fomentando a violência urbana
que pretensamente controlaria.
O documento discute as oligarquias partidárias brasileiras, a hegemonia econômica e a corrupção no país. Afirma que a elite econômica e política não tem interesse em promover mudanças que beneficiem os pobres, e que a desigualdade e a corrupção mantêm o status quo. Também critica a mídia por criminalizar movimentos sociais legítimos.
A violência contra a mulher no Brasil persiste devido às raízes históricas e ideológicas da sociedade patriarcal. A cultura machista normaliza a violência e dificulta a punição dos agressores, enquanto o sistema jurídico é lento. É necessária uma mudança cultural que promova a igualdade de gênero para erradicar a violência.
Violência urbana criminalidade e tráfico de drogas uma discussao psicanalitic...Leonardo Faria
Este artigo discute a hipótese de que, na ausência do período de espera da adolescência, jovens envolvidos com criminalidade parecem encurtar a transição da infância para a vida adulta através de uma identificação precoce com figuras criminosas, como resposta às dificuldades trazidas pela puberdade e o reencontro com o trauma sexual estrutural. O texto analisa a puberdade e a adolescência na perspectiva psicanalítica e discute como mudanças na estrutura do laço social contemporâneo influenciam a
O documento discute a violência, juventude e polícia no Brasil. Em três frases: (1) A violência afeta desproporcionalmente a juventude como vítimas e perpetradores, levando à exclusão social; (2) A polícia representa o uso legítimo da força pelo Estado, porém suas práticas frequentemente violam direitos humanos, especialmente contra os mais pobres; (3) As causas incluem falhas na formação policial, baixos salários, estresse do trabalho e desânimo com o sistema judiciário.
1. O documento discute a criminalidade entre adolescentes no Brasil e como o sistema socioeducativo tenta abordar este problema social.
2. Ele explora a diferença entre crime e ato infracional e questiona os ideais heroicos que levam alguns adolescentes à criminalidade.
3. Conclui que as leis e diretrizes atuais precisam ser mais eficazes para proteger os adolescentes e lidar com o crescimento desta questão, mas uma abordagem apenas punitiva não é a solução.
Correio Braziliense - Super Esportes - Brutalidade organizadaCamila Curado
Uma pesquisa mostra que o número de mortes relacionadas à violência entre torcedores de futebol diminuiu de 2014 para 2015, mas a brutalidade dos ataques aumentou. O planejamento e sadismo nas agressões preocupa o pesquisador, que acredita que os crimes continuarão devido à impunidade. O Flamengo x Fluminense será realizado no estádio Mané Garrincha em Brasília no dia 21 de fevereiro.
ARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do CrimeHipolito Matos
O documento discute os fatores que levam ao crime e as abordagens para seu estudo. Apresenta que a criminologia buscou identificar tais fatores para subsidiar políticas públicas, considerando aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Também analisa como as primeiras pesquisas criaram estereótipos do criminoso e a necessidade de uma abordagem sistêmica do tema.
O documento discute os desafios da política de segurança pública no Brasil. Ele argumenta que o sistema de segurança pública foi construído sobre uma estrutura social historicamente conivente com a violência privada e desigualdade. Também discute como o período ditatorial reforçou esse legado autoritário e como as mudanças nas agências responsáveis pela segurança têm sido incrementais, apesar das mudanças nas políticas.
Redações nota 1000 no enem 2015 por Manoel Nevesma.no.el.ne.ves
1) O documento discute a persistência da violência contra a mulher no Brasil, apesar dos avanços legais e sociais. A violência é fruto de valores machistas enraizados que inferiorizam as mulheres.
2) Há dificuldades em denunciar agressores, especialmente na esfera doméstica, devido a laços familiares. A mídia também reproduz estereótipos de gênero que reforçam a noção de inferioridade feminina.
3) É necessário que o governo, escolas e mídia combatam o pre
Drogas, globalização e direitos humanos .Hully Falcão
O documento discute como a "guerra contra as drogas" faz parte de uma política pública mais ampla implementada pelos Estados no contexto da globalização neoliberal. A guerra contra as drogas não visa realmente os grandes traficantes, mas sim ataca consumidores e traficantes menores. Além disso, a globalização fortaleceu laços entre poder econômico e político de forma prejudicial aos direitos humanos e à democracia.
1) O autor defende seu comentário no Twitter sobre a guerra às drogas atingir pequenos traficantes e não os grandes, que estão inclusive no Congresso.
2) A guerra às drogas legitima a violência policial contra os pobres e é um instrumento de criminalização da pobreza e instigação ao racismo.
3) Os efeitos negativos da criminalização e do proibicionismo das drogas superam os efeitos do próprio uso, levando a 50 mil homicídios e corrupção policial.
Este documento discute o crescente poder dos cartéis de droga e o crime organizado transnacional, que ameaçam a segurança dos Estados. Os cartéis atuam como "multinacionais" e se aproveitam da globalização para transportar drogas e pessoas entre continentes. A cooperação internacional tem sido insuficiente para combater esse problema global.
Os eixos temáticos são áreas de discussão sobre assuntos amplos que podem ter teses, argumentos e propostas semelhantes. O documento fornece exemplos de eixos temáticos sobre violência no Brasil e repertórios comuns sobre impunidade e teorias sociológicas que podem ser aplicadas.
1) A violência é um problema de saúde pública que causa danos físicos e mentais e diminui a qualidade de vida. 2) A adolescência é a fase da vida com maior risco de mortes violentas, especialmente entre meninos nas grandes cidades. 3) A violência está relacionada a fatores estruturais como a desigualdade social e exclusão.
O livro analisa a violência urbana no Brasil, definindo-a como um problema intensificado pelas desigualdades sociais. Ele descreve como a violência atinge principalmente os pobres, especialmente jovens, nas grandes cidades. Por fim, argumenta que é necessária maior participação cidadã e inovações legislativas para prevenir a violência.
Este documento define e discute conceitos fundamentais da criminologia como: definição de criminologia, objetos de estudo, funções, objetivos, impactos da criminalidade, violência, anomia, entre outros. Além disso, aborda desafios da sociedade brasileira como desigualdades e violência.
O documento discute os fatores que contribuem para a violência urbana no Brasil, incluindo o crescimento desordenado das cidades, desigualdade social, uso de drogas, preconceito e falhas no sistema educacional e familiar. A violência atinge desproporcionalmente negros e jovens de baixa renda e está associada a taxas crescentes de homicídios e ataques físicos. Embora a repressão seja necessária, a prevenção da criminalidade exige uma abordagem mais ampla baseada na inclusão social, econôm
O documento discute o linchamento de dois adolescentes suspeitos de crimes em Natal e analisa este ato à luz dos direitos humanos. Aponta que o Brasil lidera em número de linchamentos e que estes ocorrem devido à falta de confiança na justiça. Também destaca que os linchamentos revelam uma sociedade individualista e desigual, onde certos grupos são mais vulneráveis à violência.
Este documento discute o trinômio violência-direitos-segurança na realidade brasileira. Apresenta uma breve introdução sobre como a violência é compreendida internacionalmente e no Brasil, onde é um fenômeno multifatorial e historicamente presente. Também aborda a relação entre violência e insegurança social, e como isso se relaciona com a segurança pública. Por fim, discute o conceito de segurança cidadã em um Estado Democrático de Direito.
Este artigo discute (1) o desafio do atendimento interdisciplinar a vítimas de violência, (2) a necessidade de se reconhecer vítimas diretas e indiretas, e (3) como o Direito pode contribuir para a efetivação dos direitos humanos no atendimento a essas vítimas de forma a evitar novos processos de vitimização.
Este documento discute o desafio do atendimento interdisciplinar a vítimas de violência, analisando a linguagem dos direitos humanos e o papel do direito nesse processo. Aborda a necessidade de um atendimento integrado que reconheça as vítimas e seus direitos, bem como os riscos da vitimização secundária durante o processo legal. Defende uma abordagem que evite a passividade ou a vingança, assegurando o pleno exercício dos direitos humanos de todas as partes envolvidas.
O documento discute a alta taxa de homicídios em Pernambuco, Brasil. Apresenta dados alarmantes sobre o número de mortes, principalmente de jovens. Aponta que a violência representa um custo econômico e social elevado. Defende que a família estruturada e valores como a paz podem ajudar a reduzir a violência. O objetivo é sensibilizar a sociedade sobre o tema e construir uma cultura da vida.
O documento discute como a violência é na verdade uma consequência da sociedade, não uma causa. A sociedade atual é dividida em classes e baseada na hipocrisia, tornando os indivíduos reféns e levando-os à violência. Uma sociedade verdadeira seria baseada no respeito e na tolerância, combatendo a desigualdade e promovendo a educação para gerar uma consequência diferente da violência que vemos hoje.
O documento discute o desafio do atendimento interdisciplinar a vítimas de violência no Brasil, analisando a linguagem dos direitos humanos e o papel do direito nesse processo. Aborda questões como a necessidade de políticas de assistência às vítimas, os riscos de vitimização secundária durante o processo legal e a importância de se reconhecer a vitimização indireta de familiares e comunidades.
O documento discute os desafios da segurança pública no Brasil, onde há desigualdades sociais e falta de oportunidades que potencializam a violência. Aborda também a necessidade de reformular as políticas de segurança, com foco em repressão policial eficaz, ressocialização de presos e combate às causas sociais da criminalidade.
O documento discute os desafios da segurança pública no Brasil, onde há desigualdades sociais e falta de oportunidades que potencializam a violência. Aborda também a necessidade de reformular as políticas de segurança, com foco em repressão policial eficaz, ressocialização de presos e combate às causas sociais da criminalidade.
A violência no Brasil está aumentando devido a vários fatores como crises no sistema prisional, crime organizado crescente, conflitos agrários, violência doméstica e envolvimento de jovens no crime. Este documento discute como o estado brasileiro tem lidado com a violência criminal no país.
O documento discute os critérios de Barcelona e Milão para diagnóstico e inclusão em lista de transplante hepático de pacientes com hepatocarcinoma. Os critérios de Barcelona estabelecem padrões para diagnóstico da doença e os critérios de Milão definem quando um paciente com tumor único ou até três nódulos menores que 3cm são elegíveis para transplante. A nota técnica também descreve os pontos mínimos no MELD score para inclusão em lista de espera com base no tempo de espera.
O documento descreve o manual de orientações para pacientes em lista de espera para transplante de fígado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Ele explica os profissionais envolvidos no processo, as etapas antes, durante e depois do transplante, incluindo indicações, contraindicações e cuidados necessários.
Este manual fornece orientações sobre os cuidados de enfermagem necessários para pacientes candidatos a transplante hepático. Ele inclui fluxogramas para o pré-transplante e quando o paciente é chamado para o transplante, além de checklists para os diferentes estágios do processo cirúrgico e pós-operatório. O objetivo é instrumentalizar as equipes de enfermagem no fornecimento de uma assistência perioperatória holística a esses pacientes.
Este documento fornece informações sobre o processo de transplante de fígado no Paraná, incluindo (1) o que é a Central Estadual de Transplantes, (2) como se inscrever na fila de espera e os critérios de prioridade, e (3) como funciona a distribuição de órgãos.
Este documento fornece orientações para pacientes que aguardam um transplante de fígado. Ele explica o que é o fígado e por que um transplante pode ser necessário, orienta sobre como se preparar para o transplante, como funciona a lista de espera e quem compõe a equipe multidisciplinar de transplante.
Este documento apresenta um estudo sobre as informações fornecidas a pacientes e familiares sobre o processo de transplante de fígado. Foram entrevistados pacientes transplantados, em lista de espera e seus familiares, além de profissionais de saúde. A maioria dos participantes era do sexo masculino. Pacientes e familiares relataram ter informações insuficientes sobre diversos aspectos do transplante, como exames, fila de espera, cirurgia e pós-operatório. Os profissionais destacaram tópicos relacionados
Este documento apresenta uma tese de doutorado que investiga determinantes clínicos e laboratoriais da concentração sanguínea do fármaco tacrolimus nos quatro primeiros dias após transplante de fígado. O estudo analisa variáveis associadas à ocorrência de altas concentrações sanguíneas de tacrolimus e busca identificar um modelo para prever e individualizar a dose inicial do fármaco.
Transplante fígado
Sobre o autor: Cirurgião transplantador Luiz Fernando Veloso
Santa Casa / Montes Claros - MG
Nossos talentos
Cirurgião conquista título de Doutor
Os investimentos em crescimento pessoal e profissional, visando à melhoria constante da assistência prestada à comunidade consolidam a Santa Casa como o maior hospital da região, que possui em seu corpo clínico, profissionais éticos, comprometidos com a excelência do atendimento.
O cirurgião transplantador Luiz Fernando Veloso defendeu tese de doutorado na área de gastroenterologia pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais. A tese intitulada “Determinantes clínicos e laboratoriais de concentração sanguínea do Tacrolimus nos quatro primeiros dias após o transplante de fígado” foi aprovada por unanimidade pela banca, formada por cinco examinadores.
A tese é fruto de estudos desenvolvidos por meio de convênio firmado entre a Universidade de Rennes, da França e UFMG, que resultou, no ano de 2006, numa dissertação de mestrado, e agora, na tese de doutorado.
De acordo com o médico, a conquista do título é fator determinante para a pesquisa e a prática científica, o que é essencial para o exercício da medicina baseada em evidências. “O desenvolvimento desses trabalhos contribui, significativamente, para a tomada de decisões relativas à concepção e aprimoramento de protocolos clínicos, o que resulta em maior eficiência e qualidade da assistência prestada à saúde da população”, conclui.
http://www.santacasamontesclaros.com.br/index.php/noticias/detalhe/67
1) O documento discute a farmacocinética do tacrolimus após transplante hepático, notando sua grande variabilidade devido à função hepática e fatores como absorção, metabolismo e distribuição.
2) Recomenda-se monitorar as concentrações sanguíneas de tacrolimus para determinar a dose adequada, especialmente nos primeiros dias após o transplante quando níveis inadequados são comuns.
3) O estudo objetiva avaliar o comportamento das concentrações sanguíneas, a relação entre dose e concentração, e a
1. O estudo avaliou os efeitos da solução salina hipertônica na reperfusão hepática em pacientes submetidos a transplante de fígado.
2. Os pacientes foram divididos em dois grupos, um que recebeu solução salina hipertônica e outro solução salina isotônica.
3. Os resultados mostraram que a solução salina hipertônica melhorou os parâmetros hemodinâmicos após a reperfusão hepática, reduzindo a incidência de síndrome pós-reperfus
This document describes a study examining hepatitis C virus (HCV) core antigen expression in liver tissue samples from liver transplant patients with either severe or mild recurrent HCV infection post-transplant. Liver samples were analyzed from 12 transplant recipients (6 with severe cholestatic hepatitis and 6 with mild recurrence) at three time points: pre-transplant, early post-transplant, and late post-transplant. HCV core antigen staining was stronger in the severe group, especially in explant samples. Serum HCV RNA levels were also higher in the severe group. The results suggest that strong HCV staining in explant samples may predict more severe recurrent disease post-transplant.
This document contains 47 references cited in Vancouver Style. The references are related to liver transplantation for chronic viral hepatitis and hepatitis C virus (HCV) infection, including HCV recurrence after liver transplantation, progression of fibrosis, viral dynamics, genotypes, treatment of rejection, and impact on graft survival. Many of the references are journal articles that describe clinical studies and outcomes of liver transplantation patients with HCV infection.
1. Uma alta carga viral no pós-transplante está associada a uma hepatite recorrente mais grave.
2. A divergência viral é maior em pacientes imunossuprimidos e está associada à gravidade da hepatite recorrente.
3. Marcadores histopatológicos no pós-transplante precoce podem prever a gravidade da hepatite recorrente.
O documento discute a evolução das quasispécies do vírus da hepatite C (VHC) após transplante hepático em pacientes com hepatite recorrente colestática grave versus leve. A pesquisa mostrou que pacientes com forma grave apresentaram rápida evolução e mutações nas quasispécies no pós-transplante precoce, continuando a evoluir com novas quasispécies por até 2 anos. Isso contrasta com estudos anteriores e sugere mecanismos diferentes de dano hepático nesses pacientes.
Este documento descreve os resultados de um estudo comparando as características clínicas, bioquímicas e virológicas de pacientes transplantados de fígado com hepatite recorrente grave e leve pelo vírus da hepatite C (VHC). Os pacientes com hepatite grave apresentaram maior divergência e complexidade viral logo após o transplante e ao longo do tempo, enquanto os pacientes com hepatite leve tiveram menor divergência inicial, mas maior diversidade viral tardia. Os níveis de VHC foram mais altos nos pacientes com hepatite
O documento descreve a população e os métodos de um estudo sobre recidiva da hepatite C após transplante hepático. A população foi composta por 134 pacientes transplantados com hepatite C que desenvolveram recidiva, divididos em dois grupos com base na gravidade da recidiva. Os métodos incluíram extração de RNA viral, genotipagem, análise de quasispécies e marcadores histológicos.
Avaliar se a complexidade e divergência viral e a expressão de antígenos virais no fígado estão relacionadas à gravidade da recorrência da hepatite C após transplante hepático, comparando indivíduos imunossuprimidos e imunocompetentes, e formas graves e leves da doença recorrente.
1. A hepatite C é uma causa comum de doença hepática crônica e leva a milhares de mortes por ano, sendo a principal causa de transplante de fígado.
2. A reinfecção pelo vírus da hepatite C no fígado transplantado é quase universal e pode ter um curso mais rápido, levando a cirrose em poucos anos.
3. Fatores como os níveis pré-transplante de vírus da hepatite C, o genótipo viral e a compatibilidade do sistema HLA entre doador e receptor
This document summarizes a thesis that studied severe recurrent cholestatic hepatitis after liver transplantation. The thesis hypothesized that immunosuppression after transplantation modifies hepatitis C virus (HCV) quasispecies evolution, contributing to disease severity. It aimed to measure changes in HCV complexity and divergence in transplant patients compared to controls and between patients with severe or mild recurrence. The thesis found that HCV divergence increased more in transplant patients, especially those with severe disease. It also found that strong HCV immunostaining in explanted livers predicted more severe recurrence.
(i) A recorrência da hepatite C pós-transplante hepático pode variar de leve a grave, denominada hepatite colestática; (ii) O estudo avaliou a evolução viral, histopatologia e imuno-expressão do antígeno core em pacientes com hepatite colestática grave versus leve; (iii) A divergência viral foi maior nos pacientes imunossuprimidos com hepatite colestática, apoiando a hipótese de que quasispécies mais patogênicas emergem nesses pacientes.
2004 hepatite colestática associada ao vírus da hepatite c pós transplante he...
Violência e tráfico
1. A sociedade brasileira, egressa do regime autoritário,
há duas décadas vêm experimentando, pelo menos,
quatro tendências: a) o crescimento da delinqüência urba-
na, em especial dos crimes contra o patrimônio (roubo,
extorsão mediante seqüestro) de homicídios dolosos (vo-
luntários); b) a emergência da criminalidade organizada, em
particular em torno do tráfico internacional de drogas, que
modifica os modelos e perfis convencionais da delinqüência
urbana e propõe problemas novos para o direito penal e
para o funcionamento da justiça criminal; c) graves violações
de direitos humanos que comprometem a consolidação da
ordem política democrática; d) a explosão de conflitos nas
relações intersubjetivas, mais propriamente conflitos de
vizinhança que tendem a convergir para desfechos fatais.
Trata-se de tendências que, conquanto relacionadas entre
si, radicam em causas não necessariamente idênticas.
A violência, portanto, não é única, mas plural, o que
faz com que muitos autores prefiram usar o termo
violências. Ela está ligada a práticas, a sensibilidades e à no-
ção do outro. A violência silencia, oprime e nega a dife-
rença, impedindo possibilidade de uma vida democrática.
Mas ela pode, também, veicular o descontentamento de um
grupo com uma determinada realidade social. Neste ponto,
a violência passa a ser uma linguagem acionada por aqueles
que não têm acesso aos espaços hegemônicos de produção
de significados. Acusar o outro de “violento” é uma estra-
tégia comumente usada pelos detentores do poder para
desqualificar lutas sociais que ameaçam seus privilégios. Di-
ferenciar, refinar, redefinir o que o senso comum subsume
no vago conceito de “violência” é um primeiro passo para
desmascarar outras violências, ocultas ou simbólicas.
Repensar a violência no Brasil implica, por fim, tomar
pé das enormes desigualdades que esfacelam o tecido so-
cial, servindo como um pano de fundo contra o qual se de-
senham as violências do dia a dia. Segundo recente estudo
do Ipea, as diferenças econômicas entre os brasileiros são
imensas: 10% mais ricos detêm 28 vezes mais renda do que
os 40% mais pobres. No Relatório sobre o Desenvolvimen-
to do Mundo 2000-2001, do Banco Mundial, o Brasil apare-
ce em terceiro lugar em desigualdade, com índice Gini de
60,0 (1996), perdendo apenas para Serra Leoa, 62,9 (1989)
e Republica Centro-Africana, 61,3 (1983). Pela sua posição
na sociedade, os jovens figuram entre os segmentos mais
vulneráveis a essa violência primeira – embora também se-
jam capazes de oferecer as respostas mais criativas.
A atuação do Estado na garantia de respeito às leis,
bem como na promoção de políticas de proteção para a
população mais vulnerável é fundamental para enfrentar o
problema da violência. Contrariamente, a generalização da
impunidade atua como estímulo às transgressões à lei, ali-
mentando, em última instância, o espiral da violência. No
Brasil, a impunidade se manifesta de forma gritante nos
crimes perpetrados pelas classes dominantes, muitas ve-
zes contra o patrimônio público (crimes de corrupção e
malversação de fundos), provocando a descrença no prin-
cípio democrático de igualdade de todos. Ficam impunes,
igualmente, muitos crimes “de sangue” e sexuais que atin-
gem as camadas mais pobres da população. A impunidade
alimenta os abusos de poder dos ricos contra os “cidadãos
de segunda classe” bem como a imposição da vontade pela
violência por parte de grupos criminosos naquelas áreas
onde o poder público é mais ausente. Ela é, por fim, um
perigoso ingrediente para a vontade de se fazer justiça com
as próprias mãos, mobilizando lealdades que, muitas vezes,
colocam o jovem como ator principal.
As regras impostas pelo tráfico têm como objetivo
proteger suas atividades e são responsáveis pelas
inúmeras mortes de pessoas envolvidas no negócio. Essas
regras – é importante salientar – banalizam a violência dos
integrantes das quadrilhas, mas, em alguns casos, contri-
buem para inibir roubos e conflitos interpessoais violentos
entre moradores da comunidade não relacionados ao uni-
“(...) na configuração da
violência se cruzam problemas
da política, da economia, da
moral, do Direito, da Psicologia,
das relações humanas e
institucionais, e do plano
individual.”
ADORNO, Sérgio. Exclusão Socioeconômica eViolência Urbana. Sociolo-
gias – Dossiê. Porto Alegre: Jul-Dez 2002. p. 88
A sociedade brasileira, egressa do regime autoritário,
“(...) na configuração da
violência se cruzam problemas
da política, da economia, da
moral, do Direito, da Psicologia,
BUNING, Ernst; et al. Álcool e Redução de Danos – uma abordagem
inovadora para países em transição. Brasília: MS (Ministério da Saú-
de), 2004. p. 51, 52, 55.
2. verso da droga. O tráfico não gosta que ninguém roube,
brigue ou mate pessoas “desnecessariamente”, para não
atrair a atenção da polícia (Cruz Neto et al., 2001, p. 173).
Na sociedade moderna, o Estado estabelece leis, arbi-
tra conflitos e substitui a vingança privada pelo monopólio
legítimo da violência. Mas como o mercado das drogas atua
fora e contra a lei, não há lei para regular os negócios deste
competitivo e rentável setor da economia. A “indústria da
droga”, assim, para gerir o tráfico, cria seu próprio código,
regras militares de lealdade e submissão, e distribui farta-
mente armas de fogo moderníssimas (Zaluar, 1998, p. 296).
A estreita relação entre o tráfico de drogas e o comércio
ilegal de armas em escala internacional é destacada por La-
brousse (1997, p. 55), que considera que o tráfico de drogas
financia, estimula e até mesmo gera conflitos armados.
D a mesma forma, no contexto da saúde, sabe-se que
a violência social, em virtude de suas conseqüências,
enquadra-se na categoria Causas Externas (códigos: E-800 a
E-999 na 9ª Revisão e V01 a Y98 na 10ª Revisão), no sistema
de Classificação Internacional das Doenças (CID), tal categoria
abrange uma longa lista de eventos que podem ser resumidos
como homicídios, suicídios e acidentes em geral. Compreende-
se que essa classificação nem de longe consegue dar conta da
dimensão e complexidade da violência, um fenômeno polissê-
mico, de explicação contraditória, mas permite trabalhar com
indicadores capazes de informar e subsidiar ações políticas e
sociais.
Os primeiros dados apresentados foram retirados de uma
pesquisa ainda inédita (Deslandes, 1997) do Centro Latino-
Americano de Estudos sobre Violência e Saúde – Jorge Careli
(Claves/- Ensp/Fiocruz), realizada nos Hospitais Miguel Couto
(HMMC) e Salgado Filho (HMSF), a qual teve como um dos
objetivos caracterizar o peso da violência no atendimento da
emergência hospitalar. Em vista da pergunta feita ao paciente
ou socorrista: “O evento (violento) envolveu o uso de dro-
gas?”, os dados permitiram vislumbrar que: dos 2.736 atendi-
mentos por todas as causas externas realizados em maio de
1996 no Miguel Couto, 343 (13%) envolveram o uso de drogas.
No Salgado Filho, de 2.192 atendimentos ocorridos em junho
de 1996, 295 (12,6%) tiveram alguma droga relacionada à sua
ocorrência.
Nos casos em que foi identificado o consumo de al-
gum tipo de droga, o álcool configurou-se como o mais fre-
qüentemente consumido: 88% (HMSF) e 90,7% (HMMC).
O consumo de álcool associado com outras drogas (cocaí-
na, maconha e outros) foi declarado em 3,2% dos casos no
Miguel Couto e em 0,7% dos casos no Salgado Filho. Das
176 agressões atendidas no HMMC, 33% envolveram o uso
de drogas; no HMSF, das 188 agressões, 37% tiveram essa
relação. Tais dados apontam para o fato de que uma em
cada três agressões envolveu o consumo de drogas.
O narcotráfico potencializa e torna mais complexo o
repertório das ações violentas: a delinqüência organizada;
aquela agenciada pela polícia e pelas instituições de segu-
rança do estado; a violência social dispersa; a promovida
por grupos de extermínio e também a das gangues juvenis.
Muitos eventos de bebedeira ou de uso de drogas não
são suficientes para se concluir pela sua articulação direta
com a violência. No entanto, o álcool está associado à per-
petração de 50% de todos os homicídios, mais de 30% dos
suicídios e tentativas de suicídio, e à grande maioria dos
acidentes de trânsito, conforme dados da OPAS (1993). En-
quanto, porém, muitos poderiam apressadamente concluir
pela relação causal entre drogas e violência, as taxas de
homicídios são bem baixas se comparadas com as de pre-
valência de uso de álcool ou drogas.
Isso nos desafia em dois sentidos. O primeiro é que, se
em muitos eventos violentos, encontra-se alguma associação
com o uso de drogas ou álcool, não se pode afirmar peremp-
toriamente que inevitavelmente isso aconteça ou que esta re-
lação seja de causalidade. Em segundo lugar, trata-se de uma
falácia ecológica a idéia de que substâncias ilegais e pobreza,
por exemplo, são responsáveis por eventos violentos.
Essa idéia parte de um determinismo biológico, social
e econômico. Por exemplo, se é verdade que existe uma
relação entre altas taxas de violência e uso de drogas em
determinados bairros pobres, há grandes diferenças de ta-
xas entre bairros com a mesma situação sócio-econômica
estrutural. Desta forma, há necessidade de se reconhecer
a complexidade do contexto social, da dinâmica das comu-
nidades e das normas culturais historicamente construídas
e dos fatores de personalidade e individualidade.
KILSZTAJN, Samuel; et al.Vítimas fatais da violência e mercado de drogas
na Região Metropolitana de São Paulo.R. Bras. Est. Pop. Campinas:Jul-Dez
2003. p. 273, 274.
MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira. A com-
plexidade das relações entre drogas, álcool e violência. Cadernos de
Saúde Pública. Rio de Janeiro: Jan-Mar 1998. p. 36, 38, 39, 40.
3. É, hoje, praticamente unânime, por exemplo, a idéia
de que a violência não faz parte da natureza hu-
mana e que a mesma não tem raízes biológicas. Trata-se de
um complexo e dinâmico fenômeno psicossocial, mas seu
espaço de criação e desenvolvimento é a vida em sociedade.
Portanto, para entendê-la, há que se apelar para a especifici-
dade histórica. Daí se conclui, também, que na configuração
da violência se cruzam problemas da política, da economia,
da moral, do direito, da psicologia, das relações humanas e
institucionais, e do plano individual.
Como se viu na primeira parte deste trabalho, a vio-
lência não é um problema específico da área da saúde. No
entanto, ela afeta a saúde. Como afirma Agudelo (1990),
“ela representa um risco maior para a realização do pro-
cesso vital humano: ameaça a vida, altera a saúde, produz
enfermidade e provoca a morte como realidade ou como
possibilidade próxima”. Ou como analisa a Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas) em seu último documen-
to sobre o tema: “a violência, pelo número de vítimas e
a magnitude de seqüelas orgânicas e emocionais que pro-
duz, adquiriu um caráter endêmico e se converteu num
problema de saúde pública em vários países” (...) “O setor
saúde constitui a encruzilhada para onde confluem todos
os corolários da violência, pela pressão que exercem suas
vítimas sobre os serviços de urgência, de atenção espe-
cializada, de reabilitação física, psicológica e de assistência
social” (Opas, l993: 01).
O perfil da mortalidade por causas externas no Brasil
segue a tendência mundial, em termos de maior incidência
sobre o sexo masculino e faixas etárias jovens, estando mais
concentrada em regiões metropolitanas. Em 1989, num to-
tal de 101.889 óbitos (excluindo-se 111 de sexo ignorado),
82,9% das vítimas eram homens e 17,1% mulheres, numa
razão de quase cinco óbitos masculinos para cada óbito
feminino. Esta relação varia conforme as faixas etárias e
causas específicas. Por exemplo, no caso dos homicídios, a
razão é de 10 mortes masculinas para cada óbito feminino.
No entanto, é necessário chamar a atenção para as pecu-
liaridades do quadro brasileiro. Em primeiro lugar, o perfil
aqui é configurado, majoritariamente, pelos acidentes de
trânsito e pelos homicídios. No que tange ao primeiro, di-
ferentemente dos países chamados desenvolvidos, onde a
maioria das mortes é motivada por colisões de veículos, no
Brasil as vítimas são principalmente pedestres e morrem
por atropelamento.
Os homicídios, com baixas taxas nos países europeus
(e em crescimento na América do Norte), representam
aqui, dentre as causas que conformam a classificação da
violência, a que mais se elevou nos últimos anos, liderando
a tendência crescente das causas externas na mortalidade
geral, como pode-se notar pelos dados de Souza & Minayo
(1994) para a década de 80.
N o plano internacional e nacional, a violência é re-
conhecida como questão social e de saúde pública.
É considerada mundialmente violação de direitos, embora
com expressões variadas em diferentes contextos.
Debate-se, contemporaneamente, a expansão de do-
mínios da violência, de modo paradoxal com a expansão
dos direitos humanos e sociais. Da violência do próprio
Estado, tal qual nos crimes de guerra ou abusos e negligên-
cias de suas instituições, estende-se às situações de caráter
interpessoal no mundo privado. Não bastará para seu con-
trole apenas apelos aos sensos de responsabilidade ética e
social dos indivíduos. Trata-se, antes, da redefinição desses
sensos, do ponto de vista moral e legal.
N ossa discussão tem como ponto de referência o
conceito de Saúde Pública de FRENK que aponta
para confluência de diferentes dimensões e aspectos no
campo da saúde. Para o autor citado, numa dimensão há as
instâncias do biológico e social; em outra há o indivíduo e
a comunidade e ainda em uma terceira há a política social
e a política econômica. Partindo desse pressuposto em
que a saúde é um meio de realização pessoal e coletiva, a
Saúde Pública deve levar em conta esses diferentes pris-
mas relacionados em seu campo de atuação. Nesse quadro
conceitual, procuramos situar o debate sobre a violência.
“Assim, as classes populares em geral, particularizadas em
desempregados, subempregados, moradores de rua, jo-
vens pobres ou favelados, são previamente eleitas e este-
reopitadas como responsáveis pela violência nos centros
urbanos brasileiros.
Com base nesses pressupostos, propomos para um de-
bate no campo da saúde pública a classificação de MINAYO
MINAYO, Maria Cecília. A Violência Social sob a Perspectiva da Saúde
Pública. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro: 1994. p. 7, 9.
SCHRAIBER, Lilia Blima; D’OLIVEIRA, Ana Flávia P L; COUTO, Márcia
Thereza.Violência e saúde: estudos científicos recentes. Revista Saúde
Pública. São Paulo: 2006. p. 113.
4. que, considerando a violência em rede, a situa a partir
dos seguintes níveis: violência estrutural (referente às de-
sigualdades sociais engendradas pelo sistema social, aí se
incluindo as discriminações de classe, raça, sexo e idade);
violência revolucionária ou de resistência (relacionadas ao
protesto, de forma organizada, dos que são discriminados)
e delinqüência (caracterizada pelas transgressões sociais).
Já em relação à violência cultural, ela mostra que esse
tipo é inseparável da violência estrutural, embora a primei-
ra ultrapasse essa última. Nessa dimensão, incluem-se o
machismo, o racismo, a imposição dos adultos sobre ou-
tros grupos etários e outras formas de expressão cultural
que desvalorizam algumas pessoas e privilegiam outras, li-
mitando a vida, a criatividade e a liberdade.
N ão é possível esquecer, portanto, que a política de
repressão às drogas, adotada no Brasil no período
militar, é um dos principais ingredientes deste círculo vicio-
so da violência urbana. Num primeiro balanço, ela não nos
livrou das drogas, mas nos trouxe a guerra.
É preciso também visualizar a violência como um pro-
blema de saúde coletiva e criar mecanismos de in-
tegração intersetorial e interinstitucional, desenvolvendo
programas capazes de proteger os segmentos populacionais
vulneráveis. Nessa integração, o setor saúde pode contri-
buir com ações de atenção primária, secundária e terciária,
de acordo com a área de atuação de cada serviço.
N a situação específica de grandes áreas metropolita-
nas do Brasil, a causa das altas taxas de homicídios
entre jovens na faixa etária dos 15 aos 25 anos é, princi-
palmente,a guerra entre gangues.Essas guerras são travadas
em torno do controle do lucrativo mercado das drogas.
Choques com a polícia também contribuem para a
ocorrência de homicídios. É importante observar, nesse
contexto, que os soldados das gangues representam uma
minoria em relação às milhões de pessoas que moram em
favelas e trabalham dura e honestamente.
“ Em estreita conexão com as noções de vulnerabilida-
de, podemos associar o conceito de violência estru-
tural. A designação de violência estrutural refere-se àque-
las formas de violência que não se apresentam de maneira
súbita, nem são derivadas de situações excepcionais, como
guerras, mas estão instaladas na intimidade da vida cotidiana
dos indivíduos, atuando de forma constante, e sendo muitas
vezes difíceis de serem nomeadas como violentas, uma vez
que se apresentam quase “naturalizadas”. A vida social tem
implicado, ao longo da história, em graus diferenciados de
dominação de alguns indivíduos sobre outros, não havendo
registro de sociedade onde tal não tenha acontecido. Des-
ta forma, chega-se a pensar que a vida em sociedade nos
torna “prisioneiros” uns dos outros, e que a violência, daí
derivada, não se resolve, apenas se administra. Dizer que
se vive numa cultura da violência é dizer que os modos de
vida dos membros da sociedade incorporaram a violência
em seu funcionamento cotidiano. Significa dizer que os sis-
temas de inter-relações que ligam os indivíduos em conjunto
admitem a prática da violência de forma rotineira. Esta é a
situação que estamos nomeando como de violência estru-
tural. Entretanto, acreditamos que a violência, em que pese
ter uma positividade produtiva,não é fundante da vida social,
ao contrário do que muitas crenças difundem.Os elementos
fundantes das relações sociais são principalmente a classe, a
raça/etnia, o gênero, a faixa etária, a religião, a nacionalidade
e região, dentre outros. Ou seja, a maior parte das relações
sociais em que tomamos parte se dá a partir da negocia-
ção entre diferenças de classe, raça/etnia, gênero, religião,
geração, etc. Estas diferenças são muitas vezes a matéria da
própria relação, o que está em jogo nela mesmo, aquilo que
no momento estamos “trocando com o outro.”
que, considerando a violência em rede, a situa a partir
dos seguintes níveis: violência estrutural (referente às de-
sigualdades sociais engendradas pelo sistema social, aí se
incluindo as discriminações de classe, raça, sexo e idade);
violência revolucionária ou de resistência (relacionadas ao
contexto, que os soldados das gangues representam uma
minoria em relação às milhões de pessoas que moram em
favelas e trabalham dura e honestamente.
que, considerando a violência em rede, a situa a partir contexto, que os soldados das gangues representam uma
SANT’ANA, Ana; AERTS, Denise; LOPES, Maria Julia. Homicídios entre
adolescentes no Sul do Brasil: situações de vulnerabilidade segundo seus
familiares. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro: 2005. p. 127.
ZALUAR,Alba; NORONHA, José C. de;ALBUQUERQUE, Ceres.Violência:
Pobreza ou Fraqueza Institucional?. Cadernos de Saúde Pública. V. 10,
suppl. 1. Rio de Janeiro: 1994.
Brasil, 2005. Perfil do País. Escritório das Nações Unidas contra Drogas
e Crime, UNODC. Brasília, DF. P. 30.
GOMES, Romeu. A Violência Social em Questão: Referências para um
Debate em Saúde Pública. Revista Latino Am. Enfermagem. Ribeirão
Preto:Abril 1997. p. 93, 94, 98.
Texto elaborado pelo facilitador Fernando Seffner, doutor em educação
e professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, para o módulo sobre “vulnerabilidade: conceito e prática”
da capacitação realizada no município de Porto Alegre/RS