1. O documento descreve um estudo que avaliou a prevalência de fatores de risco para aterosclerose, como dislipidemia, em 109 crianças e adolescentes com história familiar de doença arterial coronariana prematura.
2. Foi observado que aproximadamente um quarto apresentava colesterol ou LDL elevados, e cerca de um terço apresentava pelo menos um fator de risco.
3. A obesidade foi associada de forma significativa à ocorrência de dislipidemia.
Risco cardiovascular em crianças e adolescentesgisa_legal
1) O documento discute os riscos cardiovasculares em crianças e adolescentes, com foco nos principais fatores de risco como obesidade, pressão alta, colesterol alto, sedentarismo e diabetes.
2) Estudos mostram altas taxas desses fatores de risco em crianças, como 11% com sobrepeso em um estudo americano, e isso pode levar ao desenvolvimento de doenças cardíacas na idade adulta.
3) Intervenções precoces com foco em estilo de vida saudável, como dieta balanceada
obesidade na adolescência- fator de riscos clínico-metabólicasoldmarjunior
1) O estudo comparou adolescentes obesos e não obesos, encontrando níveis mais elevados de pressão arterial, triglicérides e ácido úrico e menores níveis de HDL-colesterol nos obesos.
2) Os obesos também apresentaram maior frequência da lesão dermatológica acanthosis nigricans.
3) O estudo conclui que a obesidade na adolescência está associada a um perfil clínico-metabólico desfavorável com fatores de risco cardiovascular.
Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...Van Der Häägen Brazil
O "paradoxo da obesidade" refere-se aos resultados inesperados de que indivíduos obesos parecem se sair melhor do que, ou pelo menos tão bem como, os seus homólogos normais ou de baixo peso, em termos de taxas de mortalidade no contexto de condições, tais como a doença da artéria coronária em indivíduos hipertensos, insuficiência cardíaca congestiva, doença renal crônica, em hemodiálise, revascularização pós-coronariopatia, e alguns casos de elevação do segmento ST no infarto do miocárdio
AUMENTO DE PESO É COMUM A ANALOGIA COM FORMATOS CLÁSSICOS COMO: DISTRIBUIÇÃO ...Van Der Häägen Brazil
O IMC, não fornece nenhuma informação sobre o total de gordura ou a distribuição da gordura em nosso corpo. Isto é importante porque a gordura que é armazenada em abundância na região abdominal pode ter um grave impacto sobre os problemas de saúde.
Obesas na menopausa mix de sintomas desagradáveis, associação com sm e aument...Van Der Häägen Brazil
AUMENTO DA GORDURA VISCERAL, REDUÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO E AUMENTO DE PESO NAS MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA ESTÃO RELACIONADOS COM SINTOMAS MENOPAUSICOS E DOENÇAS CRÔNICAS. A MENOPAUSA ESTÁ ASSOCIADA COM AUMENTO DA GORDURA CORPORAL TOTAL E INTRA-ABDOMINAL DEVIDO À DIMINUIÇÃO DOS NÍVEIS DE ESTROGÊNIO.
O documento discute a relação entre obesidade e síndrome dos ovários policísticos. A obesidade pode exacerbar os sintomas da síndrome, como distúrbios menstruais e metabólicos, devido ao aumento da resistência à insulina. Reduzir o peso corporal através de mudanças no estilo de vida, medicamentos ou cirurgia pode melhorar os sintomas da síndrome relacionados à fertilidade e saúde metabólica.
O documento discute a obesidade infantil como fator de risco para aterosclerose em crianças. A obesidade leva ao acúmulo de gordura no organismo, impedindo o fluxo normal do sangue e aumentando o risco de doenças cardiovasculares como a aterosclerose já na infância. Manter o peso adequado nas crianças é importante para prevenir problemas de saúde futuros.
1) O documento discute o crescimento fetal desde a fecundação até a idade adulta e como fatores como peso ao nascer podem afetar a saúde.
2) São definidos critérios para síndrome metabólica pela Federação Internacional de Diabetes e National Cholesterol Education Program.
3) Os mecanismos moleculares que controlam o ganho de peso fetal e crescimento continuam mal compreendidos.
Risco cardiovascular em crianças e adolescentesgisa_legal
1) O documento discute os riscos cardiovasculares em crianças e adolescentes, com foco nos principais fatores de risco como obesidade, pressão alta, colesterol alto, sedentarismo e diabetes.
2) Estudos mostram altas taxas desses fatores de risco em crianças, como 11% com sobrepeso em um estudo americano, e isso pode levar ao desenvolvimento de doenças cardíacas na idade adulta.
3) Intervenções precoces com foco em estilo de vida saudável, como dieta balanceada
obesidade na adolescência- fator de riscos clínico-metabólicasoldmarjunior
1) O estudo comparou adolescentes obesos e não obesos, encontrando níveis mais elevados de pressão arterial, triglicérides e ácido úrico e menores níveis de HDL-colesterol nos obesos.
2) Os obesos também apresentaram maior frequência da lesão dermatológica acanthosis nigricans.
3) O estudo conclui que a obesidade na adolescência está associada a um perfil clínico-metabólico desfavorável com fatores de risco cardiovascular.
Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...Van Der Häägen Brazil
O "paradoxo da obesidade" refere-se aos resultados inesperados de que indivíduos obesos parecem se sair melhor do que, ou pelo menos tão bem como, os seus homólogos normais ou de baixo peso, em termos de taxas de mortalidade no contexto de condições, tais como a doença da artéria coronária em indivíduos hipertensos, insuficiência cardíaca congestiva, doença renal crônica, em hemodiálise, revascularização pós-coronariopatia, e alguns casos de elevação do segmento ST no infarto do miocárdio
AUMENTO DE PESO É COMUM A ANALOGIA COM FORMATOS CLÁSSICOS COMO: DISTRIBUIÇÃO ...Van Der Häägen Brazil
O IMC, não fornece nenhuma informação sobre o total de gordura ou a distribuição da gordura em nosso corpo. Isto é importante porque a gordura que é armazenada em abundância na região abdominal pode ter um grave impacto sobre os problemas de saúde.
Obesas na menopausa mix de sintomas desagradáveis, associação com sm e aument...Van Der Häägen Brazil
AUMENTO DA GORDURA VISCERAL, REDUÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO E AUMENTO DE PESO NAS MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA ESTÃO RELACIONADOS COM SINTOMAS MENOPAUSICOS E DOENÇAS CRÔNICAS. A MENOPAUSA ESTÁ ASSOCIADA COM AUMENTO DA GORDURA CORPORAL TOTAL E INTRA-ABDOMINAL DEVIDO À DIMINUIÇÃO DOS NÍVEIS DE ESTROGÊNIO.
O documento discute a relação entre obesidade e síndrome dos ovários policísticos. A obesidade pode exacerbar os sintomas da síndrome, como distúrbios menstruais e metabólicos, devido ao aumento da resistência à insulina. Reduzir o peso corporal através de mudanças no estilo de vida, medicamentos ou cirurgia pode melhorar os sintomas da síndrome relacionados à fertilidade e saúde metabólica.
O documento discute a obesidade infantil como fator de risco para aterosclerose em crianças. A obesidade leva ao acúmulo de gordura no organismo, impedindo o fluxo normal do sangue e aumentando o risco de doenças cardiovasculares como a aterosclerose já na infância. Manter o peso adequado nas crianças é importante para prevenir problemas de saúde futuros.
1) O documento discute o crescimento fetal desde a fecundação até a idade adulta e como fatores como peso ao nascer podem afetar a saúde.
2) São definidos critérios para síndrome metabólica pela Federação Internacional de Diabetes e National Cholesterol Education Program.
3) Os mecanismos moleculares que controlam o ganho de peso fetal e crescimento continuam mal compreendidos.
Crescimento baixa estatura avaliação gestão de uma criança juvenil adolescen...Van Der Häägen Brazil
A grande maioria das crianças, infantil e juvenil encaminhadas para o endocrinologista ou neuroendocrinologista com baixa estatura tem variações comuns do crescimento fisiológico normal. No entanto, algumas crianças podem ter uma patologia subjacente. A avaliação do crescimento sua gestão, monitorização do crescimento de uma criança, infantil e juvenil é uma parte da rotina de cuidados de saúde e desempenha um papel importante na detecção precoce de uma ampla gama de doenças .
A obesidade na infância está associada a riscos de saúde no adulto, como síndrome metabólica. Embora muitos estudos mostrem essa ligação, questões permanecem sobre a natureza da relação. Alguns achados sugerem que o risco depende mais do peso atual do que do histórico de obesidade na infância. Fatores complexos ao longo da vida influenciam os riscos metabólicos.
SUPERNUTRIÇÃO A MUDANÇA DE PARADIGMA QUE HOJE PREOCUPA MAIS DA METADE DO MUND...Van Der Häägen Brazil
POIS A AGRESSIVIDADE COM QUE GALOPA A OBESIDADE, O SOBREPESO, DE FATO É ALARMANTE E OS ALIMENTOS MAIS BARATOS NA PRATICA SÃO OS QUE MAIS ENGORDAM E POR CONSEQUÊNCIA OS QUE MAIS AGREGAM DOENÇAS GRAVES.
Diabetes a grande maioria dos pesquisadores projeta o dobro para o ano de 2025.Van Der Häägen Brazil
ESTA PESQUISA DOS CIENTISTAS PUBLICADA NO JORNAL THE LANCET, ABRANGE 200 PAÍSES COM ENFASE EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO. APRESENTAM 5 VEZES MAIS PROBABILIDADE DE DESENVOLVER DIABETES MELLITUS TIPO 2, DO QUE OS INDIVÍDUOS QUE NÃO APRESENTAM ESTEATOSE HEPÁTICA.
Sobrepeso, obesidade infanto juvenil, adolescente já se observa desde os 8 an...Van Der Häägen Brazil
O documento discute os riscos à saúde associados à obesidade infantil, incluindo doenças cardíacas, diabetes tipo 2, apneia do sono e problemas psicossociais. A obesidade na infância está ligada a taxas mais altas de obesidade e doenças relacionadas ao peso na idade adulta. No entanto, intervenções para perda de peso na vida adulta podem não reverter totalmente os riscos da obesidade infantil.
1. O estudo avaliou a prevalência de possíveis transtornos alimentares e comportamentos alimentares inadequados em 1.807 estudantes de escolas públicas entre 7-19 anos em seis cidades de Minas Gerais, Brasil.
2. Segundo o EAT, 241 estudantes (13,3%) apresentaram comportamentos alimentares inadequados, principalmente meninas. 19 estudantes (1,1%) tiveram escore no BITE indicando possível bulimia nervosa.
3. Resultados mostraram alta prevalência de possíveis transtornos al
O documento discute a relação entre dieta e acne. Apresenta evidências de que não é a quantidade de comida, mas sim o tipo de alimento consumido que pode afetar a acne. Dieta ocidental rica em carboidratos de alto índice glicêmico e laticínios estão associados ao desenvolvimento e piora da acne, possivelmente devido ao aumento dos níveis de insulina e fator de crescimento semelhante à insulina no corpo.
Sobrepeso, obesidade, síndrome metabólica e disfunção erétil; estão associada...Van Der Häägen Brazil
Pesquisas também indicam uma maior prevalência de impotência em homens obesos.Por exemplo,9 anos de acompanhamento do Massachusetts Male Aging Study e 25 anos de acompanhamento do Rancho Bernardo Study relataram que o peso corporal foi um fator de risco independente para a DE,com um risco superior a 90% dos pacientes controles.Em geral,os sujeitos DE tendem a ser mais pesados e com uma cintura maior do que os indivíduos sem DE,e são também mais susceptíveis à hipertensão e à hipercolesterolemiaexercícios para perder barriga
Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...Van Der Häägen Brazil
A fome holandesa de 1944 tem sido extensivamente estudada para avaliação desta hipótese. As análises de peso ao nascer e susceptibilidade para a doença metabólica mostraram que a exposição “in útero” à fome resultou no aumento da incidência de obesidade e diabetes na idade adulta
1. A obesidade juvenil é comum, mas geralmente considerada uma condição benigna, exceto nos casos mais extremos.
2. A obesidade em adultos está associada a maior mortalidade e morbidade.
3. Há evidências de que a incidência de obesidade juvenil está aumentando em algumas partes do mundo.
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008gisa_legal
1) O estudo analisou 29,770 recém-nascidos para estimar a prevalência de cardiopatias congênitas diagnosticadas ao nascimento e seus fatores associados.
2) A prevalência de cardiopatia foi de 9,58 por 1,000 recém-nascidos vivos e 87,72 por 1,000 natimortos.
3) As cardiopatias apresentaram-se isoladas, associadas a outras anomalias, ou como parte de síndromes, sendo associadas a baixo peso ao nascer, idade materna avançada e sexo feminino
Fatores associados à obesidade em escolaresgisa_legal
Este estudo analisou a relação entre obesidade, atividade física, horas de sono e fatores familiares em escolares. A prevalência de sobrepeso e obesidade foi de cerca de 21-23% e esteve associada à inatividade, menos horas de sono e menor escolaridade materna. Os pais de crianças com sobrepeso/obesidade também tinham maior probabilidade de serem eles próprios sobrepeso/obesos e sedentários.
Este artigo discute os esteróides anabolizantes androgênicos (EAA) no esporte. Os EAA compreendem a testosterona e seus derivados, produzidos nos testículos e adrenais, que promovem características sexuais masculinas. No esporte, os EAA são usados para aumentar força e massa muscular, embora seus efeitos no desempenho sejam controversos. O artigo revisa usos clínicos e problemas de saúde relacionados aos EAA.
O documento discute a Teoria Miogênica do Infarto do Miocárdio, que sugere que o infarto é causado principalmente por doença miocárdica ao invés de oclusão coronária. A teoria foi apoiada por estudos desde os anos 1940 que mostraram que apenas uma minoria de pacientes com infarto apresentavam trombose coronária. Estudos mais recentes também questionam se imagens angiográficas realmente mostram trombos ou apenas agregados plaquetários.
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado que aplica redes neurais probabilísticas para classificar o risco de morte de pacientes com síndrome coronariana aguda. O trabalho utiliza variáveis clínicas e demográficas dos pacientes para construir classificadores com alta precisão, sendo a creatinina, frequência cardíaca e idade as variáveis que forneceram o melhor desempenho. A abordagem proposta pode auxiliar na tomada de decisões clínicas sobre esses pacientes.
O documento discute a atividade física no controle da hipertensão arterial sistêmica. Apresenta dados sobre a prevalência de hipertensão e sedentarismo na população de Juiz de Fora e discute como a atividade física pode influenciar positivamente fatores de risco cardiovascular e metabólicos. Também aborda prescrições de treinamento aeróbico e de força para hipertensos, considerando estratificação de risco e contraindicações.
1. Angiogenesis is the process of forming new blood vessels from pre-existing vessels.
2. In 1971, Dr. Judah Folkman hypothesized that tumor growth depends on angiogenesis and published this theory, which was initially rejected.
3. Since the 1970s, many important discoveries have been made regarding angiogenic factors like VEGF and angiogenesis inhibitors.
O documento discute a doença das artérias coronarianas, incluindo sua definição, fatores de risco, sintomas como angina e avaliação clínica. É uma condição onde depósitos de gordura se acumulam nas artérias que irrigam o coração, podendo causar isquemia miocárdica ou infarto. Fatores como idade, sexo, colesterol, hipertensão e tabagismo influenciam o risco, enquanto sintomas como dor no peito durante esforço indicam angina.
Trabalho de conclusão (em grupo) sobre a relação da Hipertensão e o Exercício físico na disciplina de Sistema Circulatório e Hematopoiético (FADERGS - 2015/1).
1) O documento discute como a terapia com luz infravermelha (MIRE) pode tratar problemas relacionados à diabetes, liberando óxido nítrico e melhorando a microcirculação.
2) A terapia MIRE usa um comprimento de onda específico de 890 nm que é absorvido pela hemoglobina, liberando óxido nítrico e causando vasodilatação.
3) Estudos mostram que a terapia MIRE melhorou ulcerações, dor e edema em pacientes diabéticos.
Doença arterial coronariana, Revascularização do miocárdio e equipe multiprof...Thaila Cavalheiro
O documento discute a doença arterial coronariana, seus fatores de risco, o tratamento cirúrgico de revascularização miocárdica e os cuidados de enfermagem no pós-operatório imediato para esta condição. Ele também descreve as equipes e responsabilidades no centro cirúrgico para cirurgias cardíacas.
4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e Hipóxiamanetoufrj
O documento discute o metabolismo do cardiomiócito sob condições de normóxia e hipóxia. Apresenta os fatores induzidos por hipóxia (HIFs) e seu papel na regulação da expressão gênica e adaptações metabólicas às baixas concentrações de oxigênio, incluindo a produção de eritropoietina e fator de crescimento vascular endotelial. Também discute possíveis aplicações médicas de estimular ou inibir a atividade dos HIFs.
Crescimento baixa estatura avaliação gestão de uma criança juvenil adolescen...Van Der Häägen Brazil
A grande maioria das crianças, infantil e juvenil encaminhadas para o endocrinologista ou neuroendocrinologista com baixa estatura tem variações comuns do crescimento fisiológico normal. No entanto, algumas crianças podem ter uma patologia subjacente. A avaliação do crescimento sua gestão, monitorização do crescimento de uma criança, infantil e juvenil é uma parte da rotina de cuidados de saúde e desempenha um papel importante na detecção precoce de uma ampla gama de doenças .
A obesidade na infância está associada a riscos de saúde no adulto, como síndrome metabólica. Embora muitos estudos mostrem essa ligação, questões permanecem sobre a natureza da relação. Alguns achados sugerem que o risco depende mais do peso atual do que do histórico de obesidade na infância. Fatores complexos ao longo da vida influenciam os riscos metabólicos.
SUPERNUTRIÇÃO A MUDANÇA DE PARADIGMA QUE HOJE PREOCUPA MAIS DA METADE DO MUND...Van Der Häägen Brazil
POIS A AGRESSIVIDADE COM QUE GALOPA A OBESIDADE, O SOBREPESO, DE FATO É ALARMANTE E OS ALIMENTOS MAIS BARATOS NA PRATICA SÃO OS QUE MAIS ENGORDAM E POR CONSEQUÊNCIA OS QUE MAIS AGREGAM DOENÇAS GRAVES.
Diabetes a grande maioria dos pesquisadores projeta o dobro para o ano de 2025.Van Der Häägen Brazil
ESTA PESQUISA DOS CIENTISTAS PUBLICADA NO JORNAL THE LANCET, ABRANGE 200 PAÍSES COM ENFASE EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO. APRESENTAM 5 VEZES MAIS PROBABILIDADE DE DESENVOLVER DIABETES MELLITUS TIPO 2, DO QUE OS INDIVÍDUOS QUE NÃO APRESENTAM ESTEATOSE HEPÁTICA.
Sobrepeso, obesidade infanto juvenil, adolescente já se observa desde os 8 an...Van Der Häägen Brazil
O documento discute os riscos à saúde associados à obesidade infantil, incluindo doenças cardíacas, diabetes tipo 2, apneia do sono e problemas psicossociais. A obesidade na infância está ligada a taxas mais altas de obesidade e doenças relacionadas ao peso na idade adulta. No entanto, intervenções para perda de peso na vida adulta podem não reverter totalmente os riscos da obesidade infantil.
1. O estudo avaliou a prevalência de possíveis transtornos alimentares e comportamentos alimentares inadequados em 1.807 estudantes de escolas públicas entre 7-19 anos em seis cidades de Minas Gerais, Brasil.
2. Segundo o EAT, 241 estudantes (13,3%) apresentaram comportamentos alimentares inadequados, principalmente meninas. 19 estudantes (1,1%) tiveram escore no BITE indicando possível bulimia nervosa.
3. Resultados mostraram alta prevalência de possíveis transtornos al
O documento discute a relação entre dieta e acne. Apresenta evidências de que não é a quantidade de comida, mas sim o tipo de alimento consumido que pode afetar a acne. Dieta ocidental rica em carboidratos de alto índice glicêmico e laticínios estão associados ao desenvolvimento e piora da acne, possivelmente devido ao aumento dos níveis de insulina e fator de crescimento semelhante à insulina no corpo.
Sobrepeso, obesidade, síndrome metabólica e disfunção erétil; estão associada...Van Der Häägen Brazil
Pesquisas também indicam uma maior prevalência de impotência em homens obesos.Por exemplo,9 anos de acompanhamento do Massachusetts Male Aging Study e 25 anos de acompanhamento do Rancho Bernardo Study relataram que o peso corporal foi um fator de risco independente para a DE,com um risco superior a 90% dos pacientes controles.Em geral,os sujeitos DE tendem a ser mais pesados e com uma cintura maior do que os indivíduos sem DE,e são também mais susceptíveis à hipertensão e à hipercolesterolemiaexercícios para perder barriga
Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...Van Der Häägen Brazil
A fome holandesa de 1944 tem sido extensivamente estudada para avaliação desta hipótese. As análises de peso ao nascer e susceptibilidade para a doença metabólica mostraram que a exposição “in útero” à fome resultou no aumento da incidência de obesidade e diabetes na idade adulta
1. A obesidade juvenil é comum, mas geralmente considerada uma condição benigna, exceto nos casos mais extremos.
2. A obesidade em adultos está associada a maior mortalidade e morbidade.
3. Há evidências de que a incidência de obesidade juvenil está aumentando em algumas partes do mundo.
Apresentação das cc diagnosticadas ao nascimento 2008gisa_legal
1) O estudo analisou 29,770 recém-nascidos para estimar a prevalência de cardiopatias congênitas diagnosticadas ao nascimento e seus fatores associados.
2) A prevalência de cardiopatia foi de 9,58 por 1,000 recém-nascidos vivos e 87,72 por 1,000 natimortos.
3) As cardiopatias apresentaram-se isoladas, associadas a outras anomalias, ou como parte de síndromes, sendo associadas a baixo peso ao nascer, idade materna avançada e sexo feminino
Fatores associados à obesidade em escolaresgisa_legal
Este estudo analisou a relação entre obesidade, atividade física, horas de sono e fatores familiares em escolares. A prevalência de sobrepeso e obesidade foi de cerca de 21-23% e esteve associada à inatividade, menos horas de sono e menor escolaridade materna. Os pais de crianças com sobrepeso/obesidade também tinham maior probabilidade de serem eles próprios sobrepeso/obesos e sedentários.
Este artigo discute os esteróides anabolizantes androgênicos (EAA) no esporte. Os EAA compreendem a testosterona e seus derivados, produzidos nos testículos e adrenais, que promovem características sexuais masculinas. No esporte, os EAA são usados para aumentar força e massa muscular, embora seus efeitos no desempenho sejam controversos. O artigo revisa usos clínicos e problemas de saúde relacionados aos EAA.
O documento discute a Teoria Miogênica do Infarto do Miocárdio, que sugere que o infarto é causado principalmente por doença miocárdica ao invés de oclusão coronária. A teoria foi apoiada por estudos desde os anos 1940 que mostraram que apenas uma minoria de pacientes com infarto apresentavam trombose coronária. Estudos mais recentes também questionam se imagens angiográficas realmente mostram trombos ou apenas agregados plaquetários.
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado que aplica redes neurais probabilísticas para classificar o risco de morte de pacientes com síndrome coronariana aguda. O trabalho utiliza variáveis clínicas e demográficas dos pacientes para construir classificadores com alta precisão, sendo a creatinina, frequência cardíaca e idade as variáveis que forneceram o melhor desempenho. A abordagem proposta pode auxiliar na tomada de decisões clínicas sobre esses pacientes.
O documento discute a atividade física no controle da hipertensão arterial sistêmica. Apresenta dados sobre a prevalência de hipertensão e sedentarismo na população de Juiz de Fora e discute como a atividade física pode influenciar positivamente fatores de risco cardiovascular e metabólicos. Também aborda prescrições de treinamento aeróbico e de força para hipertensos, considerando estratificação de risco e contraindicações.
1. Angiogenesis is the process of forming new blood vessels from pre-existing vessels.
2. In 1971, Dr. Judah Folkman hypothesized that tumor growth depends on angiogenesis and published this theory, which was initially rejected.
3. Since the 1970s, many important discoveries have been made regarding angiogenic factors like VEGF and angiogenesis inhibitors.
O documento discute a doença das artérias coronarianas, incluindo sua definição, fatores de risco, sintomas como angina e avaliação clínica. É uma condição onde depósitos de gordura se acumulam nas artérias que irrigam o coração, podendo causar isquemia miocárdica ou infarto. Fatores como idade, sexo, colesterol, hipertensão e tabagismo influenciam o risco, enquanto sintomas como dor no peito durante esforço indicam angina.
Trabalho de conclusão (em grupo) sobre a relação da Hipertensão e o Exercício físico na disciplina de Sistema Circulatório e Hematopoiético (FADERGS - 2015/1).
1) O documento discute como a terapia com luz infravermelha (MIRE) pode tratar problemas relacionados à diabetes, liberando óxido nítrico e melhorando a microcirculação.
2) A terapia MIRE usa um comprimento de onda específico de 890 nm que é absorvido pela hemoglobina, liberando óxido nítrico e causando vasodilatação.
3) Estudos mostram que a terapia MIRE melhorou ulcerações, dor e edema em pacientes diabéticos.
Doença arterial coronariana, Revascularização do miocárdio e equipe multiprof...Thaila Cavalheiro
O documento discute a doença arterial coronariana, seus fatores de risco, o tratamento cirúrgico de revascularização miocárdica e os cuidados de enfermagem no pós-operatório imediato para esta condição. Ele também descreve as equipes e responsabilidades no centro cirúrgico para cirurgias cardíacas.
4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e Hipóxiamanetoufrj
O documento discute o metabolismo do cardiomiócito sob condições de normóxia e hipóxia. Apresenta os fatores induzidos por hipóxia (HIFs) e seu papel na regulação da expressão gênica e adaptações metabólicas às baixas concentrações de oxigênio, incluindo a produção de eritropoietina e fator de crescimento vascular endotelial. Também discute possíveis aplicações médicas de estimular ou inibir a atividade dos HIFs.
Dislipidemias na infância e adolescência 2008gisa_legal
O documento discute dislipidemias na infância e adolescência. Aborda a epidemiologia, importância clínica, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento das dislipidemias nestas faixas etárias. A dislipidemia é reconhecida como o maior fator de risco para aterosclerose desde a infância, e sua prevalência tem aumentado. A obesidade é a principal causa, mas outras doenças e medicamentos também podem causar hiperlipidemia. O tratamento envolve dieta, atividade física e, eventualmente
Obesidade abdominal e fatores de risco à saúde em adultos jovensManoel Costa
1) O documento discute a relação entre obesidade abdominal e fatores de risco à saúde em adultos jovens.
2) Estudos mostram que a obesidade abdominal está mais relacionada a fatores de risco cardiovascular e diabetes do que obesidade total.
3) Estratégias para promover estilo de vida saudável na infância podem reduzir riscos à saúde de adultos jovens.
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...Van Der Häägen Brazil
O documento discute a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e sua associação com a síndrome metabólica. Estudos recentes enfatizam o papel da resistência à insulina, estresse oxidativo e inflamação no desenvolvimento da DHGNA. A DHGNA está fortemente associada com características da síndrome metabólica e a resistência à insulina é um fator fundamental em ambas as condições.
Doenças desencadeadas ou agravadas pela obesidade clitorrj
A obesidade aumenta o risco de várias doenças, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e apneia do sono. A perda de peso pode reduzir esses riscos e melhorar o controle de diabetes. Adolescentes com maior índice de massa corporal apresentam maior risco de doenças cardíacas na vida adulta.
Este documento discute a hipertensão arterial na infância. A hipertensão arterial e a obesidade são problemas de saúde pública em todo o mundo. A hipertensão arterial essencial do adulto inicia-se na infância e pode ser secundária a várias doenças. É importante que pediatras meçam adequadamente a pressão arterial dos pacientes para diagnosticar e tratar a hipertensão arterial na infância.
1) A obesidade infantil é uma doença nutricional que tem consequências à saúde física e mental das crianças e está ligada a doenças na vida adulta.
2) A obesidade é resultado da interação entre fatores genéticos, ambientais e comportamentais.
3) O estudo avaliou a concordância entre o índice de massa corporal e medidas de adiposidade em crianças e encontrou que o índice de massa corporal é eficaz para diagnosticar sobrepeso e obesidade.
1) A obesidade infantil é uma doença nutricional que tem consequências à saúde física e mental das crianças e está ligada a doenças na vida adulta.
2) A obesidade é resultado da interação entre fatores genéticos, ambientais e comportamentais.
3) O estudo avaliou a concordância entre o índice de massa corporal e medidas de adiposidade em crianças e encontrou que o índice de massa corporal é eficaz para diagnosticar sobrepeso e obesidade.
O documento discute a importância da prevenção de doenças cardiovasculares através da mudança de estilo de vida. As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo. A prevenção deve começar cedo, na infância, combatendo fatores de risco como sedentarismo e má alimentação.
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS C...kerenregina1
Este documento apresenta uma revisão integrativa sobre as evidências científicas da alimentação na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares. A revisão encontrou que as dietas Mediterrânea e DASH reduzem fatores de risco cardiovascular como pressão arterial e níveis de colesterol, além de retardar a progressão da aterosclerose. As evidências mostram que dietas saudáveis trazem benefícios significativos para a saúde cardiovascular.
1) O estudo analisou 29,770 recém-nascidos para estimar a prevalência de cardiopatias congênitas diagnosticadas ao nascimento e seus fatores associados.
2) A prevalência de cardiopatia foi de 9,58 por 1,000 recém-nascidos vivos e 87,72 por 1,000 natimortos.
3) As cardiopatias apresentaram-se isoladas, associadas a outras anomalias, ou como parte de síndromes, sendo associadas a baixo peso ao nascer, idade materna avançada e sexo feminino
O documento discute os prejuízos à saúde causados pela obesidade, incluindo doenças como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos. As principais causas da obesidade são o desequilíbrio energético, redução da atividade física e mudanças socioculturais que levam ao consumo em excesso de alimentos industrializados. O tratamento efetivo da obesidade requer mudanças sustentadas no estilo de vida, como dieta saudável e atividade física regular.
O documento discute como a obesidade abdominal aumenta o risco de síndrome metabólica e problemas cardiovasculares através da secreção alterada de substâncias pelos adipócitos e exacerbação da resistência à insulina.
O documento apresenta os resultados de uma revisão sistemática sobre a prevalência de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes nas diferentes macrorregiões brasileiras. A revisão incluiu 25 estudos que avaliaram um total de 27.625 estudantes entre 5 e 19 anos de idade nas regiões Sudeste, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. Os resultados demonstraram que as prevalências de sobrepeso e obesidade variam entre as regiões, indo de 7,4% a 44%, sendo que as regiões com maiores preval
O documento descreve dois casos de pacientes pediátricos com obesidade e síndrome metabólica e os riscos associados de doenças cardiovasculares. O primeiro paciente, de 12 anos, apresentava obesidade, hipertensão e fatores de risco para aterosclerose. O segundo paciente, de 5 anos, apresentava hipertensão, dislipidemia e esteatose hepática moderada. Ambos receberam orientações e tratamento multidisciplinar para reduzir os riscos cardiovasculares.
A superalimentação da mãe durante o desenvolvimento fetal, bem como a ingestão calórica excessiva pela mãe durante o período de pré-desmame pós-natal leva a um aumento da obesidade, hipertrofia (aumento de tamanho) dos adipócitos, atividade reduzida, resistência à insulina, pressão arterial elevada, disfunção da célula endotelial, e alteração da função cardiovascular e renal dos filhos.
Este documento discute o rápido aumento da obesidade infantil e adolescente no Brasil e no mundo, caracterizando-o como uma epidemia. Aponta fatores como mudanças nos hábitos alimentares e estilo de vida, com maior consumo de alimentos processados e redução da atividade física, como principais causas. Defende medidas educativas e de controle da propaganda de alimentos não saudáveis como formas de combater a epidemia.
1) Crianças com síndrome de Down apresentam padrões de crescimento diferentes da população geral, com baixa estatura e baixo peso nos primeiros anos de vida, seguido de tendência ao sobrepeso.
2) Foram construídas novas curvas de crescimento brasileiras para síndrome de Down usando dados de crianças e adolescentes de São Paulo entre 2012-2015.
3) Essas curvas específicas para síndrome de Down devem ser usadas na prática clínica para melhor monitorar o crescimento e identificar possíveis
O documento discute aterosclerose e fatores de risco cardiovascular. Resume três pontos principais: (1) A aterosclerose se inicia muito cedo na vida e sua progressão leva ao desenvolvimento de placas ateroscleróticas nas artérias; (2) Vários fatores de risco são associados ao desenvolvimento da aterosclerose, incluindo colesterol elevado, hipertensão, diabetes, tabagismo e história familiar; (3) As diretrizes brasileiras fornecem metas terapêuticas para o tratamento da dis
O documento descreve a posição do Instituto Nacional de Câncer sobre o sobrepeso e obesidade no Brasil. O INCA reconhece a forte associação entre o excesso de peso e o aumento do risco de câncer. A taxa de sobrepeso e obesidade vem crescendo no país, especialmente entre crianças e adolescentes, o que é um problema de saúde pública. O INCA apoia medidas para promover escolhas alimentares saudáveis e estilos de vida ativos como forma de prevenção do câncer.
Obesidade infantil uma abordagem na rede basica degisa_legal
O documento descreve dois pôsteres apresentados no 13o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade sobre obesidade infantil. O primeiro pôster relata uma abordagem comunitária sobre obesidade infantil em uma unidade de saúde, que mostrou que os pais reconhecem a influência dos hábitos alimentares na obesidade das crianças. O segundo pôster analisou os principais fatores determinantes da obesidade infanto-juvenil, concluindo que hábitos alimentares inadequados, e não o sedentarismo
Semelhante a Fatores de risco aterosclerose em criança e adolescentes (20)
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
2. 136 Jornal de Pediatria - Vol. 80, Nº2, 2004 Fatores de risco para aterosclerose em crianças – Romaldini CC et alii
vascular periférica, têm início a partir da meia idade. No
entanto, estudos indicam que o processo aterosclerótico
começa a se desenvolver na infância. Estrias gordurosas,
precursoras das placas ateroscleróticas, começam a apare-
cer na camada íntima da aorta aos 3 anos de idade3 e nas
coronárias durante a adolescência, podendo progredir sig-
nificativamente na terceira e quarta décadas de vida4. O
desenvolvimento da DAC sintomática tem sido correlacio-
nado a fatores de risco para a aterosclerose. Entre os
principais fatores estão a história familiar de DAC, dislipide-
mia, hipertensão arterial, diabetes melito, obesidade, taba-
gismo e sedentarismo5,6.
Estudos documentam a associação entre história fami-
liar de DAC e a presença de fatores de risco para ateroscle-
rose em crianças e adolescentes7-9. Considera-se que a
ocorrência de DAC prematura, isto é, em ascendentes antes
dos 55 e 65 anos de idade, respectivamente, para o sexo
masculino e feminino, confere um risco significativo para a
doença10,11.
A dislipidemia, condição na qual há concentrações anor-
mais de lipídios ou lipoproteínas no sangue, é um fator de
risco importante para o desenvolvimento de complicações
da aterosclerose. Em diferentes populações, estão bem
estabelecidas as correlações entre o risco para DAC e
concentrações séricas elevadas de colesterol total (CT),
particularmente de lipoproteínas de baixa densidade (LDL-
C), assim como concentrações reduzidas de lipoproteínas
de alta densidade (HDL-C)12,13. Vários estudos relacionam
as concentrações de colesterol presentes na infância com as
encontradas na vida adulta14,15.
No nosso meio, são poucos os estudos16-18 que discu-
tem a associação da prevalência de dislipidemia com outros
fatores de risco para a aterosclerose em crianças e adoles-
centes com história familiar de DAC prematura. Nesse
sentido, determinamos as concentrações séricas de CT,
LDL-C, HDL-C e triglicérides (TG) em uma amostra de
crianças e adolescentes com história familiar de DAC com
manifestação antes dos 55 anos de idade para o sexo
masculino e dos 65 anos para o feminino, e avaliamos sua
associação com outros fatores de risco para DAC.
Casuística e métodos
No período de março de 1998 a fevereiro de 2000, foram
estudadas 109 crianças e adolescentes matriculados na
Unidade de Nutrição e Metabolismo do Instituto da Criança
do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP), que foram encaminha-
dos do Instituto do Coração do HC da FMUSP por pertence-
rem a grupo de risco para aterosclerose em vista de os
ascendentes serem portadores de DAC prematura.
Foram incluídas no estudo as crianças e adolescentes
com idades entre 2 anos completos e 20 anos incompletos
cujos pais ou avós com idade inferior a 55 e 65 anos para o
sexo masculino e feminino, respectivamente, tinham sido
submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica no
Instituto do Coração do HC da FMUSP e eram residentes na
cidade de São Paulo.
O critério de exclusão foi a presença de diabetes melito,
hipotiroidismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal crô-
nica, hepatopatias colestáticas crônicas ou uso de corticos-
teróides, beta-bloqueadores, anabolizantes ou anticoncep-
cionais11.
Foi um estudo transversal em que se avaliaram as
variáveis socioeconômicas (anos de escolaridade da mãe e
renda familiar), atividade física e hábito de fumar, e foram
considerados, ainda, peso, altura e pressão arterial.
O índice de massa corpórea (IMC), expresso em kg/m2,
foi calculado para cada criança ou adolescente. Utilizando
como referência as curvas de IMC para idade e sexo do
National Center for Health Statistics (NCHS)19, foram con-
siderados presença de obesidade (IMC igual ou superior ao
percentil 95), sobrepeso (IMC igual ou superior ao percentil
85 e inferior ao percentil 95), peso adequado (IMC igual ou
superior ao percentil 5 e inferior ao percentil 85) e baixo
peso (IMC inferior ao percentil 5). Incluímos na definição de
excesso de peso tanto sobrepeso quanto obesidade.
As pressões sistólica e diastólica foram consideradas
normais quando abaixo do percentil 95, de acordo com o
Report of the Second Task Force on Blood Pressure Control
in Children (1987)20.
As amostras de sangue venoso para a determinação
das concentrações séricas de CT, LDL-C, HDL-C e TG
foram colhidas após jejum mínimo de 12 horas. As
dosagens foram realizadas por métodos de rotina no
Laboratório Central do HC da FMUSP. Os valores de
referência foram os indicados no National Cholesterol
Education Program10 e referidos nas III Diretrizes Brasi-
leiras sobre Dislipidemias11 (Tabela 1). Diante de resul-
tados iniciais anormais, as dosagens foram repetidas, e a
média dos dois valores foi considerada.
Tabela 1 - Valores de referência dos lipídios para crianças e
adolescentes entre 2 e 19 anos de idade20
* CT = colesterol total.
† LDL-C = lipoproteínas de baixa densidade.
‡ HDL-C = lipoproteínas de alta densidade.
§ TG = triglicérides.
Lipídios Idade Valores (mg/dl)
(anos) Desejáveis Limítrofes Aumentados
CT * 2–19 < 170 170–199 > 200
LDL-C † 2–19 < 110 110–129 >130
HDL-C ‡ < 10 > 40
10–19 > 35
TG § < 10 < 100 > 100
10–19 < 130 > 130
De acordo com a classificação laboratorial das dislipide-
mias, foram consideradas: 1) hipercolesterolemia isolada
(elevação isolada de CT, em geral representada por aumen-
3. Jornal de Pediatria - Vol. 80, Nº2, 2004 137
to de LDL-C); 2) hipertrigliceridemia isolada (valores eleva-
dos de TG); 3) hiperlipidemia mista (valores elevados de CT
e TG); 4) redução de HDL-C isolada ou em associação com
aumento de LDL-C e/ou de TG11.
Para verificar a prática de atividade física, observamos
as seguintes categorias: diária, duas a três vezes por
semana, ocasional e nenhuma atividade física. Foi definido
como fumante aquele adolescente que informou fumar no
mínimo cinco cigarros por dia16. A renda familiar foi avaliada
em salários mínimos per capita por mês. Em relação à
escolaridade da mãe, foram examinados dois grupos: até a
7ª série completa e superior à 8ª série.
Na análise estatística dos dados, para a medida de
associação entre variáveis, foi aplicado o teste qui-quadra-
do ou de Fisher quando necessário. Para a estimativa do
risco, foi utilizado o odds ratio (OC), considerando-se a
dislipidemia como variável dependente. O nível de signifi-
cância foi fixado em 5% (p < 0,05). Todos os cálculos foram
feitos utilizando-se o programa GraphPad InStat versão
3.01 para Windows 95 da GraphPad Software Inc. (San
Diego, CA, EUA).
O projeto do presente estudo teve a aprovação da
Comissão de Pesquisa e Ética da Instituição. Todos os pais
ou responsáveis legais das crianças e adolescentes assina-
ram o consentimento escrito após esclarecimento quanto
aos objetivos do estudo, métodos e necessidades de exa-
mes laboratoriais.
Resultados
Das 109 crianças e adolescentes que participaram do
estudo, 47,7% eram do sexo masculino e 52,3% do sexo
feminino. A idade do conjunto variou de 2,1 a 19,6 anos,
com idade média de 12,2±4,9 anos e mediana de 12 anos.
As médias, desvios padrão, medianas e limites de
variação dos valores séricos de CT, LDL-C, HDL-C e TG
estão expostos na Tabela 2. A Tabela 3 mostra a distribui-
ção de casos de acordo com os valores de referência para
concentrações séricas de CT, LDL-C, HDL-C e TG. Obser-
vamos que 72,5, 20,2 e 7,3% das crianças e adolescentes
apresentaram, respectivamente, valores séricos de CT
considerados desejáveis, limítrofes e aumentados. Em
relação aos valores de LDL-C, os mesmos foram desejá-
veis em 80,7%, limítrofes em 12% e elevados em 7,3%.
Dentre os casos com valores elevados de LDL-C, dois
apresentaram valores entre 160 e 189 mg/dl, considera-
dos altos para indivíduos com idade superior a 20 anos11.
Os valores desejáveis de HDL-C foram encontrados em
86,2% da amostra, e os não-desejáveis, em 13,8%. A
trigliceridemia estava normal em 87,2% dos casos e
elevada em 12,8%, incluindo quatro casos (3,6% da
amostra) que apresentaram valores acima daqueles con-
siderados de risco para adultos (> 200 mg/dl)11.
Na amostra, 20,1% dos casos apresentaram hiperco-
lesterolemia isolada, 0,9% hipertrigliceridemia isolada,
3,7% hiperlipidemia mista e 13,8 % valor de HDL-C baixo,
isolado ou em associação com aumento de LDL-C e/ou TG.
Deste modo, das 109 crianças e adolescentes com histó-
Tabela 2 - Valores dos lipídios das 109 crianças e adolescentes
com história familiar de doença arterial coronariana
prematura
* DP = desvio padrão.
† CT = colesterol total.
‡ LDL-C = lipoproteínas de baixa densidade.
§ HDL-C = lipoproteínas de alta densidade.
¦ TG = triglicérides.
Lipídios Média±DP* Mediana Limites de variação
CT † 155,4±26,6 151 106–230
LDL-C ‡ 92,0±24,7 92 45–184
HDL-C § 48,8±13,6 47 21–98
TG ¦ 78,4±50,1 65 27–362
Tabela 3 - Distribuição percentual das 109 crianças e adolescen-
tes com história familiar de doença arterial coronari-
ana prematura de acordo com os valores de referência
para lipídios entre 2 e 19 anos de idade20
* CT = colesterol total.
† LDL-C = lipoproteínas de baixa densidade.
‡ HDL-C = lipoproteínas de alta densidade.
§ TG = triglicérides.
Lipídios Valores (mg/dl) N %
CT* Desejáveis 79 72,5
Limítrofes 22 20,2
Aumentados 8 7,3
LDL-C † Desejáveis 88 80,7
Limítrofes 13 12,0
Aumentados 8 7,3
HDL-C ‡ Desejáveis 94 86,2
Não-desejáveis 15 13,8
TG § Desejáveis 95 87,2
Aumentados 14 12,8
ria familiar de DAC prematura, 42 (38,5%) apresentaram
dislipidemia (Figura 1).
A análise dos valores do IMC mostrou que 10,1% das
crianças e adolescentes eram obesos, 15,6% apresentavam
sobrepeso, 66,9% peso adequado e 7,4% baixo peso. As
alterações lipídicas estavam presentes em 57,1% (16/28)
dos casos com excesso de peso (obesos e sobrepesos) e em
32% (26/55) dos com peso normal ou baixo peso. Observa-
mos associação significativa entre excesso de peso e disli-
pidemia (p = 0,02; OC 2,82; IC 95% = 1,16-6,81).
A renda familiar foi obtida em 104 casos e mostrou que
76% das famílias ganhavam menos que dois salários míni-
mos per capita. Considerando a escolaridade da mãe, de
106 casos, 52% haviam cursado até a 7ª série completa e
48% além da 8ª série. Somente 27,5% (30/109) das
crianças e adolescentes praticavam atividade física diária
ou duas a três vezes por semana. Não foram observadas
associações entre dislipidemia e as variáveis renda familiar,
escolaridade da mãe e prática de atividade física.
Fatores de risco para aterosclerose em crianças – Romaldini CC et alii
4. 138 Jornal de Pediatria - Vol. 80, Nº2, 2004
O hábito de fumar foi constatado em 3,6% (4/109) da
amostra, e hipertensão arterial sistólica em 2,7% (3/109).
Como o número de casos com hipertensão arterial e com
hábito de fumar foi pequeno, não foi possível avaliar a
associação entre dislipidemia e estes fatores.
A Tabela 4 mostra que 12,8% das crianças e adoles-
centes apresentaram um único fator de risco para ateros-
clerose e que 14,6, 12,8 e 0,9%, respectivamente, apre-
sentaram dois, três e quatro fatores concomitantes à
história familiar de DAC. Observou-se que a prevalência
de dislipidemia isolada ou concomitante com outros fato-
res de risco foi de 38,5%.
Discussão
A doença aterosclerótica, de origem multifatorial, é
influenciada por diferentes variáveis genéticas e ambien-
tais. No nosso estudo, as crianças e adolescentes apresen-
tavam susceptibilidade genética para o desenvolvimento de
DAC, considerada um dos maiores indicadores para se
realizar o perfil lipídico em crianças acima de 2 anos de
idade9,10. Está bem estabelecido que a dislipidemia tem um
importante papel no desenvolvimento da doença cardiovas-
cular no adulto21 e que a diminuição das concentrações
séricas de lípides levam a uma redução significativa dos
eventos cardiovasculares e da mortalidade22.
Observamos que 27,5 e 19,3% da amostra estudada
apresentaram, respectivamente, valores de CT e de LDL-
C não-desejáveis. Em trabalho realizado também em São
Paulo, Forti et al.16 encontraram freqüências bem mais
elevadas. Esses autores estudaram crianças e adolescen-
tes de 2 a 19 anos, filhos de indivíduos portadores de DAC
com menos de 55 anos de idade, que foram revasculari-
zados no Instituto do Coração do HC da FMUSP, e obser-
varam que 48,2 e 44,6% apresentaram, respectivamen-
te, valores de CT e LDL-C acima dos considerados ideais.
Em Campinas, Moura & Coronelli17, em uma amostra de
escolares de 7 a 10 anos de idade que apresentavam
valores de CT iguais ou superiores a 200 mg/dl, encontra-
ram história familiar positiva de doença cardiovascular
em 53,5% dos casos. Em investigação realizada no sul do
país, Gerber & Zielinsky18 constataram uma freqüência
de valores elevados de CT superior àquela encontrada no
nosso trabalho. Em Bento Gonçalves, analisando 1.501
escolares de 6 a 16 anos incompletos, esses autores
detectaram 38,3% com história familiar positiva para
DAC e hipercolesterolemia concomitante. Entretanto, em
ambos os estudos, os autores não mencionam a idade de
aparecimento da DAC nos ascendentes.
Pesquisas de outros países mostraram uma variação de
14 a 21,5% de escolares com hipercolesterolemia que
apresentavam história familiar de DAC prematura23-25. Um
estudo realizado na Dinamarca com crianças cujos pais
faleceram de doença cardíaca isquêmica antes dos 45 anos
de idade mostrou que somente 6% apresentavam valores
altos de CT26. Beigel et al.27, estudando descendentes de
pacientes portadores de DAC diagnosticada aos 40 anos de
idade, não encontraram diferenças significativas nas con-
centrações séricas de CT e LDL-C, mas somente nas
concentrações de apoproteínas, quando comparadas com
um grupo controle.
Provavelmente essas diferenças em relação à freqüên-
cia da hipercolesterolemia em crianças e adolescentes com
história familiar de DAC prematura, além da influência
genética e variação biológica, podem também depender de
fatores ambientais, principalmente hábitos alimentares da
família, assim como da condição socioeconômica das popu-
lações de várias regiões geográficas.
Na amostra estudada, concentrações diminuídas de
HDL-C ocorreram em 13,8% dos casos. Esses dados são
semelhantes aos de outra pesquisa que mostra valores
diminuídos de HDL-C em 13,5% de crianças de 2 a 12 anos
Fator de risco N %
Dislipidemia 11 10,1
Hipertensão arterial 1 0,9
Tabagismo 2 1,8
Dislipidemia e sedentarismo 13 11,9
Dislipidemia e hipertensão arterial 1 0,9
Dislipidemia e excesso de peso 2 1,8
Dislipidemia, sedentarismo e tabagismo 1 0,9
Dislipidemia, excesso de peso e sedentarismo 12 11,0
Dislipidemia, excesso de peso e tabagismo 1 0,9
Dislipidemia, excesso de peso,
sedentarismo e hipertensão arterial 1 0,9
Total 45 41,1
Tabela 4 - Fatores de risco nas 109 crianças e adolescentes com
história familiar de doença arterial coronariana pre-
matura
0 5 10 15 20 25
Hipercolesterolemia
isolada
Hipertrigliceridemia
isolada
Hiperlipidemia
mista
Redução de HDL-C
isolada ou em associação
com aumento de LDL-C
e/ou TG
Percentual de casos
%
Figura 1 - Distribuição percentual das crianças e adolescentes
com história familiar de doença arterial coronariana
prematura e valores alterados de lipídios de acordo
com a classificação laboratorial das dislipidemias11
Fatores de risco para aterosclerose em crianças – Romaldini CC et alii
5. Jornal de Pediatria - Vol. 80, Nº2, 2004 139
de idade e em 14,2% de adolescentes com história familiar
de DAC prematura16. Estudos sugerem que concentrações
diminuídas de HDL-C aceleram a progressão da aterogêne-
se. Achados de necropsia revelaram que as concentrações
de HDL-C prévias ao óbito eram menores em indivíduos que
apresentavam ateromas em relação aos que não apresen-
tavam esse tipo de lesão6. Valores de HDL-C abaixo dos
desejáveis freqüentemente estão associados com heredita-
riedade, outras lipoproteínas aterogênicas e obesidade28.
Na nossa amostra, das 11 crianças obesas, seis (54,5%)
apresentaram concentrações diminuídas de HDL-C associ-
adas com valores elevados de TG. Destas, em três os
valores de CT e/ou LDL-C também foram considerados não-
desejáveis.
Em relação aos TG, 13% dos casos apresentaram
valores acima dos desejáveis para a idade. Esses dados são
concordantes com os de outros autores, que encontraram
trigliceridemia elevada em 14% de crianças e adolescentes
com história familiar de DAC prematura15. Atualmente,
admite-se a hipótese de que algumas lipoproteínas ricas em
TG possam estar implicadas de modo independente no
desenvolvimento da aterosclerose. Estudos de necropsia
mostraram uma associação de concentrações aumentadas
de TG e lipoproteínas de muito baixa densidade com estrias
gordurosas e placas fibrosas em artérias coronárias6.
No nosso estudo, a dislipidemia foi encontrada em
38,4% dos casos (Tabela 4), e não foi possível avaliar se as
alterações lipídicas eram dependentes de fatores genéticos
e/ou ambientais. Em relação aos tipos de dislipidemia,
houve uma predominância de hipercolesterolemia isolada.
Isto provavelmente sugere uma influência dos hábitos
alimentares e do estilo de vida da família.
Observamos que as crianças e adolescentes com exces-
so de peso mostraram um risco 2,8 vezes maior de desen-
volver dislipidemia. Esses dados são concordantes com os
de Forti et al.16, que encontraram uma freqüência significa-
tivamente mais elevada de CT acima dos valores desejáveis
em crianças e adolescentes com aumento de peso e história
familiar de DAC prematura. Um estudo longitudinal realiza-
do na cidade de Bogalusa9 mostrou que descendentes de
indivíduos que apresentaram DAC antes dos 50 anos eram
mais obesos em comparação com aqueles sem história
familiar para a doença e que a obesidade tinha início na
infância. Desse modo, torna-se muito importante o controle
de peso durante a infância e adolescência, uma vez que a
obesidade, além de ser um fator de risco independente para
a aterogênese, pode estar associada a uma série de outros
fatores de risco para doença aterosclerótica, como hiper-
tensão arterial, diabetes melito tipo 2 e dislipidemia5.
Não foi possível avaliar a associação entre dislipidemia
e hipertensão arterial e hábito de fumar, considerados
importantes fatores de risco para o desenvolvimento da
aterosclerose, uma vez que foram identificados somente
três e quatro casos, respectivamente. Observamos que não
houve associação entre dislipidemia e prática de atividade
física, renda familiar ou escolaridade da mãe. Um dado que
nos chamou a atenção foi o fato de se constatar que menos
de 30% das crianças e adolescentes praticavam atividade
física regular. O sedentarismo pode facilitar o aparecimento
de obesidade, hipertensão arterial, concentrações baixas
de HDL-C e aumento de TG, que são fatores que reconhe-
cidamente se associam à doença aterosclerótica. Por outro
lado, a inatividade física, quando presente na infância,
tende a permanecer na vida adulta29.
Este estudo identificou que 41% das crianças e adoles-
centes apresentaram de um a quatro fatores de risco para
aterosclerose com manifestação simultânea à história fami-
liar de DAC prematura. Em geral, quanto maior o número ou
a gravidade dos fatores de risco, maior a probabilidade de
doença. Além disso, quando mais de um fator de risco está
presente, seus efeitos parecem ser de multiplicação, e não
apenas de adição30.
Os nossos dados apontam que o perfil lipídico e outros
fatores de risco para a aterosclerose devem ser sempre
pesquisados em crianças e adolescentes com história fami-
liar de DAC prematura.
Concluindo, podemos afirmar que é necessário que a
prevenção da doença aterosclerótica seja iniciada na
infância, e o pediatra deve estar atento para identificar e
intervir precocemente nos seus fatores de risco, para que
sejam adotados programas preventivos de saúde, que
incluem hábitos alimentares adequados e estilo de vida
saudável.
Agradecimentos
Ao Prof. Dr. Cláudio Leone, pela cooperação na análise
estatística, e à Sra. Lilia F. de Abreu Ferreira, voluntária
do Instituto do Coração do HC da FMUSP, pelo auxílio
prestado.
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Fatores de risco para aterosclerose em crianças – Romaldini CC et alii
6. 140 Jornal de Pediatria - Vol. 80, Nº2, 2004
Correspondência:
Ceres C. Romaldini
Instituto da Criança do Hospital das Clínicas
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Av. Dr. Eneas Carvalho Aguiar, 647
CEP 05403-900 - São Paulo, SP
Tel.: (11) 3069.8527 – Fax: (11) 5051.2477
Email: jhroma@netpoint.com.br
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Fatores de risco para aterosclerose em crianças – Romaldini CC et alii