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O estudo e pesquisa sobre os grupos, em
particular, sobre os fundamentos da
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desenvolvimento dos aportes teóricos para
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grupais e suas vicissitudes (Osório, 2000)
OS PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DA
POSTURA DE UM COORDENADOR DE UM PROCESSO
GRUPAL MOSCOVICI
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VECCHIO
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(2001, 2002)
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comportamento grupal
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sua percepção grupal
Competência técnica
Orientar-se por meio do
próprio tempo do grupo
Intervir, lidando com a dialética
dos elementos grupais
Continência
à mudança
A continência a esse movimento
é um atributo fundamental do
coordenador de grupos
Modelo relacional proposto por
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necessárias para lidar com a dor
quando possível
O processo de mudança é
contínuo e não pode ser freado
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AMBIGUIDADE
INEXORABILIDADE
PERDA
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sem renunciar a alguma coisa
A mudança causa conflito nos indivíduos
A vida está sempre fluindo, independentemente
do consentimento dos indivíduos
Mudar um indivíduo significa romper suas resistências,
possibilitando que ele tenha uma percepção diferenciada
do contexto, para criar condições objetivas que o
estimulem e despertem em sua subjetividade o desejo de
uma ação consciente em prol da mudança.
Aquecimento.
O Trabalho Teórico.
O Enquadre do
Trabalho Grupal
O conjunto de questões
primordiais para o processo
grupal.
Planejamento.
O Manejo de
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Aspecto fundamental para o trabalho
grupal, inclui todos os integrantes do
grupo além do coordenador. Torna o
trabalho mais efetivo e adequado as
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Evitar interferência no
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Preservar a dimensão
pessoal.
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grupo.
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Administração do Tempo
As atividades devem ser iniciadas e terminadas no horário
estabelecido no contrato.
Os membros atrasados devem ser inseridos de acordo com
as etapas de cada atividade.
Devem ser recebidos sem repreensão ou críticas, mas de forma receptiva
e que a pessoa seja integrada ao grupo.
O monitoramento do tempo deve ser feito pelo coordenador, a vivência e a sintonia
com o grupo é que irá determinar sua atuação.
É necessário atenção quando trabalhamos com grupos com
participantes que apresentam um aprendizado em
espaço e tempo diferente.
O Manejo do Conflito no Grupo
Explicitado geralmente por atrações e rejeições interpessoais.
Concepções diferentes, cada um tem seu próprio sistema de conceitos, símbolos,
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Posicionamentos contrários podem manifestar tensões e desacordos.
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As tensões e os conflitos devem ser verbalizadas e as ideias e sentimentos divergentes
evidenciados, o próprio grupo precisa resolver o seu conflito.
O coordenador não toma partido, nem faz intervenções diretamente na situação,
mas não ignora e nem faz de conta que nada está acontecendo.
O Poder do Contrato Grupal
Mais do que a regra de um contrato de trabalho está a atitude comprometida e
respeitosa do coordenador para com o grupo, seu crescimento e sua criatividade.
MOSCOVICI (1965) Toda convivência humana necessita de limites, uma vez que
estabelecidos irão delimitar o espaço de cada pessoa e assegurar que todos os
membros de um grupo sejam respeitados.
O contrato não deve ser feito pelo coordenador e imposto ao grupo, mas elaborado
conjuntamente, é fundamental esclarecer o que será ou não permitido.
O contrato pode ser reavaliado sempre que cada membro do grupo ou
coordenador se sentir desconfortável diante de algum aspecto acordado.
Considerações Finais
Círculo sagrado é o mesmo que mandala , é a representação do todo.
MOSCOVICI (1996) este espaço holográfico, permite que o tempo, o espaço e o ritmo
prevaleçam juntos, numa síntese viva, orgânica, espiritual, material, emocional e
ecológica sempre em movimento.
O outro deixa de ser apenas uma impressão e transpassa para um plano que amplia e
expande a troca de conhecimento, o compartilhar a experiência e a vivenciar as
interações entre todos os membros presentes. A singularidade de cada um é
reconhecida e respeitada em sua total expressão dinâmica. A energia grupal é capaz
de trazer a luz o que permanece dentro de cada um de seus membros (ANZIEU, 1983).

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Um Olhar para a Dinâmica do Coordenador de Grupos

  • 1. Um Olhar para a Dinâmica do Coordenador de Grupos Kátya Alexandrina Matos Barreto Mota Denize Bouttelet Munari Seminário de Psicologia e Relações Grupais
  • 3. Tópicos Dilemas do Coordenador de Grupos Presupostos Teóricos Elementos de Ajuda aos Profissionais
  • 4. Objetivo Equilíbrio Prática Teoria A coordenação de grupos é uma arte e uma ciência, na medida em que exige sensibilidade, criatividade, emoção e ao mesmo tempo, teoria, técnica e compromisso com todos do grupo (Mota & Munari, 2006) O estudo e pesquisa sobre os grupos, em particular, sobre os fundamentos da coordenação são fundamentais para o desenvolvimento dos aportes teóricos para melhor compreensão dos fenômenos grupais e suas vicissitudes (Osório, 2000)
  • 5. OS PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DA POSTURA DE UM COORDENADOR DE UM PROCESSO GRUPAL MOSCOVICI (2001); VECCHIO (1975); BECHELLI &SANTOS (2001, 2002) Competência interpessoal responsabilidade ética Suspender os a prioris Não reduzir ou generalizar o comportamento grupal Não permitir que ideias preconcebidas interfiram em sua percepção grupal Competência técnica Orientar-se por meio do próprio tempo do grupo Intervir, lidando com a dialética dos elementos grupais
  • 6. Continência à mudança A continência a esse movimento é um atributo fundamental do coordenador de grupos Modelo relacional proposto por Bion; envolve a identificação, a interpretação e a transformação necessárias para lidar com a dor quando possível O processo de mudança é contínuo e não pode ser freado nem impedido
  • 7. Pressupostos da mudança AMBIGUIDADE INEXORABILIDADE PERDA Não é possível transitar de um estado a outro sem renunciar a alguma coisa A mudança causa conflito nos indivíduos A vida está sempre fluindo, independentemente do consentimento dos indivíduos
  • 8. Mudar um indivíduo significa romper suas resistências, possibilitando que ele tenha uma percepção diferenciada do contexto, para criar condições objetivas que o estimulem e despertem em sua subjetividade o desejo de uma ação consciente em prol da mudança.
  • 9. Aquecimento. O Trabalho Teórico. O Enquadre do Trabalho Grupal O conjunto de questões primordiais para o processo grupal. Planejamento.
  • 10. O Manejo de Situações Previsíveis. Aspecto fundamental para o trabalho grupal, inclui todos os integrantes do grupo além do coordenador. Torna o trabalho mais efetivo e adequado as necessidades do grupo. Evitar interferência no processo grupal. Preservar a dimensão pessoal. Estabelecer vínculos com o grupo. Lidar com as resistências.
  • 11. Quando o grupo diverge da atitude do coordenador Dependência Tempo interno Como verbalizar a resistência Uso de técnicas O comando das atividades O grupo expressa a sua verdade Recursos comparativos O aprendizado coletivo Proposição de situações Recursos didáticos Atividades comensais A luz e a sombra dos grupos
  • 12. Administração do Tempo As atividades devem ser iniciadas e terminadas no horário estabelecido no contrato. Os membros atrasados devem ser inseridos de acordo com as etapas de cada atividade. Devem ser recebidos sem repreensão ou críticas, mas de forma receptiva e que a pessoa seja integrada ao grupo. O monitoramento do tempo deve ser feito pelo coordenador, a vivência e a sintonia com o grupo é que irá determinar sua atuação. É necessário atenção quando trabalhamos com grupos com participantes que apresentam um aprendizado em espaço e tempo diferente.
  • 13. O Manejo do Conflito no Grupo Explicitado geralmente por atrações e rejeições interpessoais. Concepções diferentes, cada um tem seu próprio sistema de conceitos, símbolos, imagens, julgamentos e controle grupal. Posicionamentos contrários podem manifestar tensões e desacordos. Pode ocorrer casos de atritos diretos, agressões verbais ou físicas, opiniões enfáticas, polêmicas e competições entre os participantes ou mesmo com o coordenador. As tensões e os conflitos devem ser verbalizadas e as ideias e sentimentos divergentes evidenciados, o próprio grupo precisa resolver o seu conflito. O coordenador não toma partido, nem faz intervenções diretamente na situação, mas não ignora e nem faz de conta que nada está acontecendo.
  • 14. O Poder do Contrato Grupal Mais do que a regra de um contrato de trabalho está a atitude comprometida e respeitosa do coordenador para com o grupo, seu crescimento e sua criatividade. MOSCOVICI (1965) Toda convivência humana necessita de limites, uma vez que estabelecidos irão delimitar o espaço de cada pessoa e assegurar que todos os membros de um grupo sejam respeitados. O contrato não deve ser feito pelo coordenador e imposto ao grupo, mas elaborado conjuntamente, é fundamental esclarecer o que será ou não permitido. O contrato pode ser reavaliado sempre que cada membro do grupo ou coordenador se sentir desconfortável diante de algum aspecto acordado.
  • 15. Considerações Finais Círculo sagrado é o mesmo que mandala , é a representação do todo. MOSCOVICI (1996) este espaço holográfico, permite que o tempo, o espaço e o ritmo prevaleçam juntos, numa síntese viva, orgânica, espiritual, material, emocional e ecológica sempre em movimento. O outro deixa de ser apenas uma impressão e transpassa para um plano que amplia e expande a troca de conhecimento, o compartilhar a experiência e a vivenciar as interações entre todos os membros presentes. A singularidade de cada um é reconhecida e respeitada em sua total expressão dinâmica. A energia grupal é capaz de trazer a luz o que permanece dentro de cada um de seus membros (ANZIEU, 1983).