1) O documento discute os cuidados de saúde materna, incluindo a fisiologia da reprodução, vigilância pré-natal, parto e pós-parto.
2) Ele fornece detalhes sobre exames pré-natais recomendados, suplementação durante a gravidez e cronograma de consultas.
3) Também aborda rastreamentos de doenças infecciosas e não infecciosas e avaliação fetal durante a gravidez.
Manual de Formação Profissional
Curso Técnico Auxiliar de Saúde
Disciplina de Saúde
6564 - Prevenção e controlo da infecção: esterilização
Capitulo Tipologia de material clínico
Manual de Formação Profissional
Curso Técnico Auxiliar de Saúde
Disciplina de Saúde
6564 - Prevenção e controlo da infecção: esterilização
Capitulo Tipologia de material clínico
A mortalidade neonatal precoce pode ser reduzida pela adoção de boas práticas no parto e nascimento, como assistência neonatal no nascimento, contato pele a pele imediato e ininterrupto, clampeamento oportuno do cordão umbilical, amamentação na primeira hora de vida e alta hospitalar segura.
Material de 21 de junho de 2019
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Eixo: Atenção às Mulheres
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2. Conteúdos
⦿ Noções sobre hereditariedade,reprodução e desenvolvimento
embrionário
⦿ A Importância da vigilância da saúde materna
⦿ A Fisiologia normal do parto Noções gerais sobre tipos de parto
⦿ Ambiente e emoções durante o parto
⦿ Os cuidados à puérpera:Mobilização,Alimentação,amamentação e Higiene
⦿ Lóquios (características normais e sinais de alerta)
⦿ Noções sobre algumas das complicações maternas no pósparto
⦿ T
arefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito
de intervenção do/aTécnico/aAuxiliar de saúde
⦿ T
arefas que,sob orientação de um Enfermeiro,tem de executar
sob sua supervisão directa
⦿T
arefas que,sob orientação e supervisão de um Enfermeiro de
saúde,pode executar sozinho/a
2
3. Na espécie humana existem dois seres de caraterísticas
distintas,macho e fêmea,e só pela junção de elementos
apenas existentes em cada um deles é possível a
reprodução.
Assim, só com a
fecundação de um óvulo
(Oócito) por um
espermatozoide é
possível a criação de um
novo ser, semelhante aos
progenitores.
3
4. O aparelho reprodutor feminino está situado na parte
inferior do abdómen,entre a bexiga e o reto.
O aparelho genital feminino é constituído pelos:
⦿Ovários.
⦿T
rompas de Falópio.
⦿Útero.
⦿Vagina.
COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO?
4
6. 6
COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO?
7. COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO?
O sistema feminino é composto pelas gónadas
e pelas vias genitais, encontrando-se
anatomicamente separado do sistema urinário.
Os ovários correspondem às
gónadas, produzindo células
sexuais e hormonas associadas.
As trompas de Falópio são tubulares
e permitem a deslocação das
células reprodutoras (óvulos e
espermatozóides).
O útero é um órgão muito
musculado, responsável pelo
alojamento de uma gravidez.
Avagina é composta pelas vias
genitais; a vulva pelos órgãos
genitais externos.
7
8. COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO?
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9. COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO?
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10. 10
COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO?
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COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO?
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COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR MASC ULINO?
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COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR MASC ULINO?
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COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR MASC ULINO?
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COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR MASC ULINO?
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O sistema masculino é composto pelas gónadas, as vias genitais, os órgãos anexos
e o órgão copulador.
COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR MASC ULINO?
ProfessoraIsabel Henriques
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As vesículas seminais
produzem o líquido
seminal, importante
no fornecimento de
nutrientes para os
espermatozóides,
compondo grande
parte do esperma.
COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR MASC ULINO?
Apróstata produz
o líquido
prostático,
essencial na
manutenção das
condições de pH
do esperma.
Os testículos
produzem os
espermatozóides
e a testosterona.
No epidídimo ocorre
a maturação final
dos espermatozóides
e a sua acumulação
até serem
ejaculados.
Os vasos
deferentes são
vias genitais que
transportam os
espermatozóides
do epidídimo até
à uretra.
ProfessoraIsabel Henriques
20. 20
COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR MASC ULINO?
ProfessoraIsabel Henriques
21. 21
COMO É C ONSTITUíDO O SISTEMA REPRODUTOR MASC ULINO?
ProfessoraIsabel Henriques
33. GESTA Ç Ã O
CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
Gestação
Parto
Puerpério (Nutriz)
ESTADO ESPECIAL
Adaptação do organismo materno para manutenção
e desenvolvimento da gestação
Alta velocidade de crescimento fetal
(Episódio)
Maior risco de adoecer e morrer
do binômio mãe-filho
Desenvolvimento Embrionário
33 ProfessoraIsabel Henriques
35. DURAÇÃO DA GESTAÇÃO
280 dia ou 40ª semana ou 9 meses
Períodos gestacionais
Da fecundação até final da 12 semana - período embrionário
Perda- aborto
Da 13 semana à 40 semana - período fetal
Nascimento com menos de 37 semanas – prematuro
Nascimento com 37 à 42 semana - termo
Nascimento com 42 semana em diante – pós termo
Desenvolvimento Embrionário
35 ProfessoraIsabel Henriques
36. DETERMINAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL
Regra de Nagele
+ 7 dias ao 1º
dia da última
menstruação
e
-3 meses ao mês
em que ocorreu
a última
menstruação
Gestograma
Desenvolvimento Embrionário
36 ProfessoraIsabel Henriques
37. Duração: 42 dias após o nascimento
Involução uterina
Sistema imunológico
de 9 a 40 semanas
voltar ao normal.
leva
para
Desenvolvimento Embrionário
37 ProfessoraIsabel Henriques
38. A Importância da vigilância da saúde materna
⦁ A gravidez é um processo fisiológico e as intervenções
oferecidas no âmbito dos cuidados pré-natais devem ter
benefícios conhecidos e ser aceites pelas grávidas.
⦁ Estas recomendações são a base dos cuidados pré-natais para
todas as grávidas,não contemplando os cuidados adicionais que
algumas grávidas necessitam.
⦁ Os cuidados pré-natais devem estar centrados na mulher, que
deve ter acesso fácil à sua prestação e continuidade de cuidados.
⦁ À grávida deve ser dada a possibilidade de tomar decisões
após discussão das opções com os profissionais envolvidos.
⦁ A comunicação entre a grávida e os profissionais de saúde é
fundamental.
38 ProfessoraIsabel Henriques
39. Informação pré-natal
Deve ser prestada informação à grávida baseada na evidência,
suportada por informação escrita,sobre:
⦁ Alterações fisiológicas da gravidez
⦁ Vigilância da gravidez (periodicidade das consultas,ecografias e
estudos analíticos)
⦁ Alimentação
⦁ Estilos de vida (cessação dos consumos de tabaco,álcool e drogas)
⦁ T
rabalho e atividade física
⦁ Prevenção primária da transmissão da toxoplasmose
⦁ Amamentação
⦁ Parto
⦁ Cuidados ao recém-nascido
⦁ Abordagem dos sintomas próprios da gravidez
39 ProfessoraIsabel Henriques
40. Boletim de saúde da grávida
O Boletim de Saúde da Grávida deve ser preenchido na 1ª
consulta e estar permanentemente atualizado.
40 ProfessoraIsabel Henriques
41. Datação da gravidez
⦁ A gravidez deve ser datada entre as 11 e as 13 semanas +
6 dias através do comprimento craniocaudal (CCC);
⦁ Se o CCC for superior a 84 mm deve utilizar-se para
estimar a idade gestacional o perímetro cefálico.
41 ProfessoraIsabel Henriques
42. Suplementação
⦁ T
odas as grávidas devem ser
suplementadas com ácido fólico (400
microgramas/dia) na preconceção e até
às 12 semanas;aquelas que ainda não
tiverem iniciado ácido fólico devem faze-lo
na 1ª consulta.
⦁ A suplementação com ferro (60 mg
ferro ferroso/dia) não deve ser efetuada
por rotina, mas apenas nas grávidas que
apresentem hemoglobina <11 g/dl2.
⦁ Devem ser suplementadas com
vitamina D (10 microgramas/dia) as
grávidas com dieta pobre em vitamina
D ou com risco aumentado para deficiência
de vitamina D.
42 ProfessoraIsabel Henriques
43. Esquema das consultas
⦁ Recomenda-se a realização de 10 consultas durante a
gravidez,distribuídas da seguinte forma:
⦁ 1ª consulta antes das 12 semanas
⦁ Consultas às 16,22,28,32,35,37,39,40 e 41 semanas.
43 ProfessoraIsabel Henriques
44. Rastreios infeciosos
⦁ São preconizados durante a gravidez a realização dos
rastreios de bacteriúria assintomática, rubéola,sífilis,
toxoplasmose,VIH 1 e 2,hepatite B e estreptococos do
grupo B.
44 ProfessoraIsabel Henriques
45. A Importância da vigilância da saúde materna
45 ProfessoraIsabel Henriques
Rastreio/ diagnóstico de patrologias associadas à gravidez
⦁ Durante a gravidez deve efetuar-se o diagnóstico de anemia e outras
estudos ao sangue.
⦁ Determinação do grupo de sangue,do factor Rh e a pesquisa de
aglutininas irregulares.
⦁ A aloimunização anti-D é passível de prevenção através da
administração de imunoglobulina anti-D.Deve ponderar-se não ministrar
nos casos em que o cônjuge é RhD negativo.
⦁ É recomendado o diagnóstico universal de diabetes gestacional
através da realização da PTOG com 75g.
⦁ Na 1ª consulta deve proceder-se à avaliação dos fatores de risco e
deve ser dada informação à grávida sobre os sintomas e sinais de
alarme,que devem fazê-la recorrer aos cuidados de saúde.
46. A Importância da vigilância da saúde materna
Rastreio de cromossomopatias
⦁ Deve ser explicado e dada a possibilidade a todas as grávidas de efetuar o
rastreio de síndrome de Down.
Biopsia das vilosidades coriónicas deve ser disponibilizada a
realização de rastreio integrado.
Quando agrávida procura os cuidados de saúde depois das 14
semanas a opção é pela realização do rastreio bioquímico do 2º
trimestre (teste quádruplo).
46 ProfessoraIsabel Henriques
47. A Importância da vigilância da saúde materna
Avaliação fetal
A avaliação fetal deve efetuar-se pela:
⦁ Audição do foco fetal (com Doppler contínuo,a partir das 11 semanas)
⦁ Medição da altura uterina (a partir das 24 semanas),apesar da fraca
evidência.
47 ProfessoraIsabel Henriques
48. A Importância da vigilância da saúde materna
Terminação da gravidez na 41ª semana
⦁ Com o objetivo de diminuir o número de grávidas que atingem as 41
semanas e que vão necessitar de indução do parto, é de proceder
previamente ao descolamento de membranas.
⦁ É recomendado avaliar a situação e apresentação fetal perto do
termo,orientando para versão cefálica por manobras externas os casos de
apresentação não cefálica.
48 ProfessoraIsabel Henriques
49. A Fisiologia normal do parto
O parto significa o nascimento do bebé devido ao aumento
progressivo da excitabilidade uterina.Tal excitabilidade é possível
graças a dois eventos principais,sendo eles:
⦁ Mudanças hormonais progressivas que aumentamaexcitabilidade
da musculatura uterina;
⦁ Mudanças mecânicas progressivas.
49 ProfessoraIsabel Henriques
50. A Fisiologia normal do parto
Fatores hormonais que aumentam a contratilidade uterina
⦁ Maior proporção de estrógeno em relação à progesterona que
aumenta a contratilidade uterina.
⦁ Oxitocina como forte estimulador da contração uterina.
50 ProfessoraIsabel Henriques
51. A Fisiologia normal do parto
Fatores mecânicos que aumentam a contratilidade uterina
⦁ Distensão da musculatura uterina:a simples distensão de órgãos da
musculatura lisa geralmente aumenta a sua contratilidade.
51 ProfessoraIsabel Henriques
52. A Fisiologia normal do parto
Mecanismos de parto
⦁ As contrações uterinas durante o trabalho de parto
começam basicamente no topo do fundo uterino e
espalham-se para baixo por todo o corpo uterino. Portanto,
cada contração uterina tende a forçar o bebé para baixo
da direção do colo uterino.
⦁ As contrações do parto ocorrem de forma intermitente,
pois contrações fortes e contínuas podem interferir ou,até
mesmo interromper o fluxo sanguíneo através da placenta
podendo levar ao óbito fetal.
⦁ Em 95% dos nascimentos o bebé apresenta-se em
posição cefálica,uma vez que a cabeça funciona como
uma cunha que abre as estruturas do canal do parto
enquanto o feto é forçado parabaixo.
52 ProfessoraIsabel Henriques
53. A Fisiologia normal do parto
Mecanismos de parto
Primeiro estágio do trabalho de parto:
Corresponde ao período de dilatação cervical progressiva, que vai até a
abertura cervical estar tão grande quanto a cabeçado feto.
Duração deste estágio:8 a 24 horas,na primeira gestação,mas muitas
vezes apenas alguns minutos depois de várias gestações.
53 ProfessoraIsabel Henriques
54. A Fisiologia normal do parto
Mecanismos de parto
Segundo estágio do trabalho de parto:
Quando o colo está totalmente dilatado, as
membranas fetais geralmente rompem-se e o
líquido amniótico vaza abruptamente pela vagina.
Em seguida,a cabeça do feto move-se
rapidamente para o canal do parto e,com a
força descendente adicional,continua a forçar
caminho através do canaldo parto atéaexpulsão
final.
Duração deste estágio: na primeira gestação
30 minutos e após muitas gestações até menos de
1 minuto.
54 ProfessoraIsabel Henriques
55. A Fisiologia normal do parto
Mecanismos de parto
Separação e expulsão da placenta
Em torno de 10 a 45 minutos após o parto o útero continua a contrair-se
reduzindo progressivamente de tamanho.Isto leva a uma separação entre
o útero e a placenta causando aseparação desta placenta que será
expulsa.
55 ProfessoraIsabel Henriques
57. A Fisiologia normal do parto
Involução do útero depois parto
Durante as primeiras 4 a 5 semanas pós parto,o útero involui.
O peso do útero fica menor que a metade do peso imediatamente após
o parto em 1 semana.
Após 4 semanas,o útero retornará ao tamanho de antes da gravidez.
57 ProfessoraIsabel Henriques
58. Noções gerais sobre tipos de parto
Pode definir-se parto como “um processo que tem como finalidade
expulsar o feto,a placenta,e as membranas, para o exterior do útero,
através do canal de parto”.
Assim,verifica-se que existem dois tipos de trabalho de parto:
O parto eutócico
O parto distócico
58 ProfessoraIsabel Henriques
59. Noções gerais sobre tipos de parto
Parto eutócico:
Consiste na expulsão do feto por via vaginal que
ocorre com ou sem episiotomia e sem intervenção
instrumental,onde a expulsão do bebé ocorre apenas
pela pressão que as paredes do útero exercem sobre o
mesmo.
Eutócia refere-se ao“trabalho de parto ou parto
normal ou natural”.
Considera-se um parto normal como tendo:
•Início espontâneo:
•De baixo risco no início do trabalho de parto,
mantendo-se assim até ao nascimento;
•A criança nasce espontaneamente,em posição
cefálica;
•Entre as 37 e as 42 semanas completas de gravidez;
•Depois do parto,a mãe e o bebé apresentam-se em
boa condição.
59 ProfessoraIsabel Henriques
60. Noções gerais sobre tipos de parto
Parto distócico:
⦁ É a expulsão do feto com recurso a instrumentos
cirúrgicos,tais como,forceps ou ventosa,que são
realizados por via vaginal,ou cesariana,que consiste“no
nascimento do feto por meio de uma incisão
transabdominal do útero”.
⦁ Distócia consiste no “parto prolongado,doloroso
ou difícil devido a fatores mecânicos provocados pelo
objeto (o feto) ou pelo trajeto (a pelve e os tecidos
moles do canal do parto da mãe),pela força
inadequada (uterina e outra atividade muscular) ou
pela posição da mãe.
”
⦁ Forceps ou ventosa são utilizados em casos de:período
expulsivo prolongado, necessidade de abreviar o
período expulsivo e suspeita de sofrimento fetal.
60 ProfessoraIsabel Henriques
61. Noções gerais sobre tipos de parto
Cesariana é realizada quando existe: “a
impossibilidade ou contraindicação de parto
vaginal,incluindo-se nestas últimas todas as que
constituem um risco paraa vida da mãe ou do
feto”.
Indicações Maternas:
⦁ Hemorragiaante-parto
⦁ Placenta prévia (total é indicação absoluta)
⦁ Abruptio placentar
⦁ Desproporção feto-pélvia
⦁ Doença hipertensiva
⦁ Distócia mecânica (massa prévia ou tumor
pélvico)
⦁ Neoplasia cervical
⦁ Apresentação anormal
⦁ Cicatriz de cesariana anterior (de indicação
semelhante),ou de fístulas
61 ProfessoraIsabel Henriques
62. Noções gerais sobre tipos de parto
Cesariana
Indicações Fetais:
⦁ Prolapso do cordão (com parto vaginal demorado)
⦁ Desproporção cefalo-pélvica (a cabeça do bebé é maior
que a estrutura pélvica da mãe)
⦁ Se o bebé estiver numa posição transversal
(atravessado), na hora do parto
⦁ Sofrimento fetal (falta de oxigénio no sangue do bebé)
⦁ Risco elevado (diabetes,doença Rh,etc…
⦁ Parto potencialmente traumático
⦁ Infeção materna (herpes,com feto não infetado)
⦁ Feto pélvico (o bebé está sentado)
⦁ Macrossomia fetal (bebés de grande peso)
62 ProfessoraIsabel Henriques
63. Ambiente e emoções durante o parto
O parto é um evento que traz muitas expectativas
desde o início da gravidez.
A atitude da mulher face à maternidade é bastante
variável, existindo contudo uma enorme carga de
sentimentos e emoções.
A experiência do parto é um fenómeno
multifacetado, onde aqualidade desta experiência
interfere no ajustamento emocional da mulher após o
parto.
O técnico de saúde encontra-se numa situação
privilegiada quer para compreender a experiência do
sofrimento.
O ato de ajudar impõe exigências como dar do seu
tempo; dar da sua competência; dar do seu saber; dar do
seu interesse;dar da sua capacidade de escuta e
compreensão.
63 ProfessoraIsabel Henriques
64. Os cuidados à puérpera
Mobilização
Durante o acolhimento da utente recomenda-se o
repouso absoluto no leito com os inferiores
estendidos e pernas cruzadas,promovendo o repouso
do útero.
Se o bebé ainda não mamou ser colocado ao peito.
O levante é incentivado entre a 6ª e a 12ª hora
após o parto.
É fundamental que a mãe seja capaz de
satisfazer as necessidades do seu filho e que
com isso se sinta feliz.
64 ProfessoraIsabel Henriques
65. Os cuidados à puérpera
Alimentação
Não existem restrições dietéticas para as
mulheres de parto vaginal. A dieta,em geral,
deve ser diversificada e apetitosa.
Duas horas após o parto,se não se
previrem complicações,a mulher deve fazer
uma pequena refeição.
As necessidades calóricas para a mulher
que amamenta são de 2600 Kcal diárias,
repartidas por 6 refeições diárias, incluindo
proteínas,hidratos de carbono de absorção
lenta,gorduras,fibras vegetais e fruta.
65 ProfessoraIsabel Henriques
66. Os cuidados à puérpera
Alimentação
O leite deve ser consumido na quantidade
de ½ a 1 Litro diariamente. A ingestão de
água deve ser incentivada (cerca de 1m5
Litros por dia).
Durante o período de lactação,devem
ser restringidas as bebidas excitantes
(chá,café) e banidas as bebidas
alcoólicas.
No pós-parto, é frequente a utilização de
suplementos vitamínicos, principalmente
aqueles contendo ferro.
66 ProfessoraIsabel Henriques
67. Os cuidados à puérpera
A amamentação
Durante o exame físico àpuérpera, os técnicos de saúde, entre outros
procedimentos,devem analisar os conhecimentos que a mulher tem
acerca da amamentação.
O processo de amamentação obedece a um ciclo de sucção,deglutição e
respiração e,para que o bebé faça uma pega correta.
67 ProfessoraIsabel Henriques
68. Os cuidados à puérpera
A amamentação
Fases daAmamentação
Antes:
⦁ Lavagem correta das mãos;
⦁ Observação do estado das mamas (se
ingurgitadas deve ser realizada a expressão
do leite até a aréola ficar macia,de forma a
facilitar a pega);
⦁ Posicionamento confortável de forma a
favorecer os reflexos do bebé,a pega correta
e o contacto visual mãe-filho.
68 ProfessoraIsabel Henriques
69. Os cuidados à puérpera
A amamentação
Fases daAmamentação
Durante:
⦁ Posicionamento do bebé próximo da mama, com a boca centrada de
frente para o mamilo;
⦁ O pescoço do recém-nascido pode estar ligeiramente em extensão;
⦁ Observação e avaliação pela mãe da pega correta;
⦁ Audição da deglutição e observação dos movimentos das mandíbulas,
como sinais de uma amamentação eficiente;
⦁ O bebé deve mamar em cada mama o tempo que quiser,devendo
largá-la sozinho indicando que não quer mamar mais nessa mama;
⦁ Colocação do bebé na outra mama.
69 ProfessoraIsabel Henriques
71. Os cuidados à puérpera
A amamentação
Após:
⦁ No final de cada mamada as mamas devem
ficar vazias e macias (o bebé pode ter-se
alimentado apenas de leite de uma das mamas/);
⦁ Manutenção das mamas secas no intervalo das
mamadas;
⦁ Deve ser recomeçada a próxima mamada pela mama
que terminou na mamada anterior
.
⦁ Aliviar o desconforto causado pela descida do
leite,através da utilização gelo (não diretamente na
pele),após a mamada,de modo a prevenir o
ingurgitamento destas.
71 ProfessoraIsabel Henriques
72. Os cuidados à puérpera
Higiene
⦁ Consoante o bem-estar físico e a estabilidade
dos sinais vitais,a puérperaé convidada a
fazer a higiene diária através de um banho
de chuveiro,devendo usar na lavagem da pele
um gel ou sabão com pH ácido.
⦁ A primeira vez deverá ser sob
supervisão de uma enfermeira ou auxiliar de
ação médica.
⦁ A zona da perineorrafia deve ser
mantida sempre limpa e seca,
recomendando-se a mudança frequente dos
pensos higiénicos.Sempre que necessário,a
lavagem pode ser efetuada com Cloro-
hexidina.
72 ProfessoraIsabel Henriques
73. Os cuidados à puérpera
Higiene
⦁ Em relação às mãos,a puérpera deve ser
encorajada à lavagem cuidadosa,sempre
antes de cuidar do bebé,antes de amamentar e
após a sua própria higiene.
⦁ O uso de cinta abdominal não tem benefícios
demonstrados,podendo ser uma opção se a
puérperaentender que lhe proporciona um maior
conforto.
73 ProfessoraIsabel Henriques
74. Lóquios (características normais e sinais de alerta)
Após o parto, o interior do útero continua a albergar restos da parte
uterina da placenta e coágulos de sangue, elementos que devem ser
eliminados através de específicas secreções vaginais denominadas lóquios.
Os lóquios são a secreção uterina pós-parto.
Inicialmente são vermelho vivo,lóquios hemáticos,que contêm restos
de tecido trofoblástico, hemácias, leucócitos e decídua, têm um odor
característico e têm duração de três a quatro dias.
74 ProfessoraIsabel Henriques
75. Lóquios (características normais e sinais de alerta)
Do quinto ao décimo dia,os lóquios mudam para vermelho-rosado ou
avermelhado. Nesta altura têm um odor forte.
Posteriormente,do décimo dia até três semanas pós-parto,passam a
uma secreção cremosa amarelada.
Os lóquios costumam desaparecer ao fim de um período de tempo que
oscila entre dez dias a duas semanas após o parto, embora as secreções
esbranquiçadas possam persistir até cerca de cinco semanas.
75 ProfessoraIsabel Henriques
76. Algumas das complicações maternas no pós-parto
⦁ Involução uterina
O processo de“involução uterina” (útero voltar ao tamanho normal) inicia-se
após o parto e dura aproximadamente 10 dias.
76 ProfessoraIsabel Henriques
77. Algumas das complicações maternas no pós-parto
⦁ Episiorrafia
Sutura do corte cirúrgico feito no períneo, (região muscular que
fica entre a vagina e o ânus) durante o parto, para facilitar a passagem
do bebé.
Os pontos caem espontaneamente e não necessitam de
cuidados além dos de higiene.
O que fazer:
Aplicar gelo protegido durante 15 minutos,várias vezes ao dia até
não sentir dor/ desconforto (+- 2 dias após o parto)
Não usar tampões
Manter aregião dasutura o mais seca e limpa possível, (evita
infeção)
Mudar o penso higiénico com frequência
Limpar-se sempre de frente para trás quando urinar ou evacuar
Evitar ficar sentada por muitas horas seguidas enquanto o
períneo estiver em fase de cicatrização
Contrair a região glútea antes de se sentar e utilizar uma bóia
como apoio
77 ProfessoraIsabel Henriques
78. Algumas das complicações maternas no
pós-parto
⦁ Complicações decorrentes da cesariana
A cesariana é uma cirurgia abdominal, pelo que é normal
sentir dores e/ou desconforto nesta zona, devido à
incisão e às contrações do útero.
A incisão interna uterina cicatriza habitualmente
em seis semanas e a sutura da pele numa semana.
Se tiver pontos externos devem ser retirados entre
o 8º -10º dia após parto.São raras as complicações
associadas àcesariana; no entanto podem surgir
hematomas, seromas, infeção ou deiscência
(abertura) da sutura.
78 ProfessoraIsabel Henriques
79. Algumas das complicações maternas no
pós-parto
⦁ Função urinária
As micções não devem ser dolorosas e nos primeiros
dias podem ser mais frequentes devido àeliminação da
água retida pelo organismo durante a gravidez.
Pode surgir incontinência urinária, durante os
primeiros 3 a 4 meses após o parto que deverá ser
passageira.
⦁ Função Intestinal
Vários são os fatores que predispõem àobstipação
durante este período e que contribuem para que se instale
um“ciclo” em que a obstipação se acentua cada vez mais,
sendo mais doloroso evacuar, o que por sua vez levaa
uma inibição da eliminação intestinal,aumentando o
desconforto,a dor e a ansiedade.
79 ProfessoraIsabel Henriques
80. Algumas das complicações maternas no
pós-parto
⦁ Hemorroidas
São veias dilatadas do canal anal e podem ser
causadas não só pela gravidez mas também pela força
exercida durante o parto.Podem ser internas ou
externas, sangrar ou não,mas são habitualmente
dolorosas.
⦁ Edemas dos Membros Inferiores
Estes edemas podem prolongar-se até três semanas
após o parto.
⦁ Dores
As contrações uterinas são normalmente indolores,
mas podem ser intensas principalmente durante
a amamentação.
80 ProfessoraIsabel Henriques
81. Cabem ao enfermeiro especialista em saúde materna,
obstétrica e ginecológica as seguintes competências
gerais:
Cuidar a mulher inserida na família e comunidade no âmbito do
planeamento familiar e durante o período:
⦁ Período pré-concecional,
⦁ Período pré-natal,
⦁ Período pré-natal;
⦁ T
rabalho de parto;
⦁ Período pós-natal;
⦁ Período do climatério;
⦁ A vivenciar processos de saúde/ doença ginecológica;
⦁ Cuidar das mulheres em idade fértil.
81 ProfessoraIsabel Henriques
82. ⦁ Na implementação de programas de promoção, prevenção e controlo
da dor;
⦁ No tratamento de recém-nascido e da puérpera;
⦁ No diagnóstico das afeções do aparelho genito-urinário e/ou mama;
⦁ Em programas,projetos e intervenções para melhorar a qualidade global
dos serviços no âmbito da saúde sexual e reprodutiva.
Neste contexto, cabem ao técnico/a de saúde
as seguintes tarefas que,sob orientação de um
enfermeiro,tem de executar sob a supervisão
direta cooperar com outros profissionais:
82 ProfessoraIsabel Henriques
83. O Técnico/a auxiliar de saúde deve desempenhar,
com autonomia,as seguintes tarefas:
Objetivos gerais:
⦁ Otimizar o processo de recuperação fisiológica e psicológica da
puérpera;
⦁ Promover a independência e o autocuidado;
⦁ Facilitar a aprendizagem e treino de habilidades para os cuidados ao
recém-nascido;
⦁ Promover os vínculos afetivos familiares.
83
84. O Técnico/a auxiliar de saúde deve
desempenhar,com autonomia,as seguintes
tarefas:
Durante o trabalho de parto:
⦁ Acompanhar o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do
trabalho de parto e parto,assim como o desfecho do processo do nascimento.
⦁ Oferecer líquidos orais durante o trabalho de parto e parto.
⦁ Prever cuidados durante o trabalho de parto.
⦁ Oferecer às mulheres muita informação e explicações sobre o que elas
desejarem.
⦁ Usar materiais descartáveis ou realizar desinfeção apropriada de materiais
reutilizáveis ao longo do trabalho de parto e parto.
⦁ Dar liberdade na seleção da posição e movimento durante o trabalho de
parto.
⦁ Esterilizar adequadamente o corte do cordão.
⦁ Prevenir hipotermia do bebé.
⦁ Realizar precocemente contacto pele a pele, entre mãe e filho,dando
apoio na iniciação de alimentação ao peito dentro de 1 hora do pós-parto.
84 ProfessoraIsabel Henriques
85. O Técnico/a auxiliar de saúde deve desempenhar, com
autonomia, as seguintes tarefas:
Pós-parto
Cuidados imediatos:
⦁ Avaliação das características e quantidade das perdas sanguíneas;
⦁ Avaliação da função urinária e estimulação da micção espontânea;
⦁ Lavagem vulvoperineal com solução antissética e desinfeção da sutura
perineal;
⦁ Aplicação de gelo na zona da perineorrafia,em caso de edema ou dor local;
⦁ Mudança de roupa,se a puérpera manifestar esse desejo;
⦁ Colocação do bebé ao peito e observação da capacidade de sucção
durante a mamada e satisfação.
85 ProfessoraIsabel Henriques
86. Pós-parto
Cuidados diários:
⦁ Observação cuidadosa do aspeto geral
da utente, dialogando com elasobre as
dificuldades,preocupações e expectativas;
⦁ Prestação dos cuidados vulvoperineais,
iniciando-se sempre com o convite prévio à
micção espontânea;
⦁ Avaliação das características dos
lóquios;
⦁ Ajuda,na posição deitada,à colocação
da cinta ou faixa abdominal;
86
O Técnico/a auxiliar de saúde deve desempenhar,com
autonomia,as seguintes tarefas:
ProfessoraIsabel Henriques
87. O Técnico/a auxiliar de saúde deve
desempenhar,com autonomia,as
seguintes tarefas:
Pós-parto
Cuidados diários:
⦁ Avaliação das mamas.
⦁ Observar a integridade dos mamilos e
saída de colostro.
⦁ Após a mamada,recomendar a
massagem do mamilo com uma gota de
leite e deixar secar durante alguns minutos.
⦁ Pedir a colaboração da mãe na
prestação dos cuidados ao bebé e,no
último dia de hospitalização,convidá-la a
executar os cuidados de higiene ao filho.
87 ProfessoraIsabel Henriques