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HABILIDADES E TENDÊNCIAS 
Rivail desde pequeno revelou-se ser inteligente, observador e sempre 
compenetrado de seus deveres e responsabilidades. O hábito da 
investigação fazia parte da sua natureza, denotando franca inclinação 
para as ciências e para os assuntos filosóficos. Contam alguns biógrafos 
que, quando estudava Botânica, Denizard se interessava tanto que 
passava um dia inteiro nas montanhas próximas a Yverdon, com sacolas 
às costas, à procura de espécimes para o seu herbário.
Aos quinze anos, Rivail já conhecia as divergências religiosas 
observadas no próprio corpo docente, com alunos católicos romanos e 
ortodoxos, bem como protestantes de diferentes seitas, a se 
desentenderem sobre a interpretação dos textos escriturísticos, sobre a 
validade dos dogmas e de outras questões, embora, no fundo, todos 
formassem uma família unida pelos laços de amizade que o sadio 
companheirismo gerara. Tudo isso levou Denizard a conceber, já 
naquela idade, a ideia de uma reforma religiosa, com o propósito de 
conseguir a unificação das crenças. 
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O CASAMENTO 
Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, Rivail conheceu a 
Srta. Amélie Boudet. De estatura baixa, bem proporcionada, de olhos 
pardos e serenos, gentil e graciosa, vivaz nos gestos e na palavra, 
denunciando penetração de espírito, Amélie nasceu em Thiais, comuna 
do departamento parisiense de Val-de-Marne, a 23 de novembro de 
1795. Filha única de Julien-Louis Boudet, proprietário e tabelião, 
homem portanto bem colocado na vida, e de Julie-Louise Seigneat de 
Lacombe, recebeu na pia batismal o nome de Amélie-Gabrielle Boudet.
Após cursar a escola primária, a jovem estabeleceu-se em Paris com a 
família, ingressando numa Escola Normal, de onde saiu diplomada 
professora de 1ª. classe. Alguns documentos revelam que a Senhorita 
Amélie também fora professora de Letras e Belas-Artes. Culta e 
inteligente, chegou a dar à luz três obras, assim nomeadas: "Contos 
Primaveris", 1825; "Noções de Desenho", 1826; "O Essencial em 
Belas-Artes", 1828. 
Em 6 de fevereiro de 1832, Denizard e Amélie firmam o contrato de 
casamento. Agora viveriam juntos sobre o mesmo teto até que a morte 
os separasse. 
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O POLIGLOTA 
Rivail possuía uma instrução extensa e variada, conhecia também 
outros idiomas, assim como o Alemão - sua língua adotiva; o Inglês, 
Holandês, inclusive, tinha conhecimentos do Latim e do Grego e 
algumas línguas latinas nas quais se exprimia corretamente. 
O INSTITUTO TÉCNICO 
Em Paris Rivail fundou um Instituto Técnico nos mesmos moldes do de 
Pestalozzi. No ano de 1824, Denizard, ou melhor, Professor Rivail, 
publica seu primeiro livro que era dividido em volumes e tinha como 
título: Curso Prático e Teórico de Aritmética.
Além deste, o Prof. Rivail publicou, até o ano de 1849, os seguintes 
livros: Plano para o Melhoramento da Instrução Pública; Gramática 
Clássica da Língua Francesa; Qual o Sistema de Estudos mais 
Adequado à Época?; Manual dos Exames para Certificado de 
Capacidade; Soluções Racionais de Perguntas e Problemas de 
Aritmética e Geometria; Catecismo Gramatical da Língua Francesa; 
Programa dos Cursos Ordinários de Química, Física, Astronomia e 
Fisiologia; Pontos para os Exames na Municipalidade e na Sorbone; 
Instruções Sobre as Dificuldades Ortográficas. 
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RIVAIL E O MAGNETISMO 
Rivail tomou contato com o magnetismo no ano de 1823, ou talvez 
mesmo um pouco antes; porém, foi em Paris que sua curiosidade foi 
despertada para esta ciência, quando o marquês de Puységur - 
juntamente com d'Eslon, professor e regente da Faculdade de Medicina 
de Paris, mais o sábio e naturalista Deleuze -, deu novos rumos a esta 
ciência através da modificação dos métodos de Mesmer, que 
culminaram na descoberta do sonambulismo provocado. Denizard 
refere-se elogiosamente a esses magnetistas franceses, ombreando-lhes 
outros nomes, como o do barão Du Potet e o do Sr. Millet.
Rivail estudou criteriosamente essa disciplina, tendo devorado grande 
número de obras favoráveis e contrárias escritas por homens de 
evidência. Diz Anna Blackwell, 
no prefácio à sua tradução inglesa de "O Livro dos Espíritos", que 
Rivail tomou parte ativa nos trabalhos da Sociedade de Magnetismo de 
Paris, uma das mais importantes da França. Fez muitos amigos nessa 
corrente de ideias, dentre eles o magnetizador Sr. Fortier. 
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AS MESAS GIRANTES 
Contava Rivail 51 anos de idade em 1854 quando, através do Sr. 
Fortier, tomou conhecimento das mesas girantes que lhe narrou tais 
fatos. Não foi cético ao extremo, pois conhecia o magnetismo e sabia 
que o fluído magnético, uma espécie de eletricidade, podia atuar sobre 
os corpos inertes. Mas pouco tempo depois, em outro encontro, ao lhe 
narrar outros fatos sobre a mesa girante no intuito de convencer Rivail, 
este lhe respondeu: “Só acreditarei vendo, e quando me provarem que a 
mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que pode tornar-se 
sonâmbula.”
No início de 1855, encontrou-se com um amigo que o conhecia há 25 
anos, o Sr. Carlotti, que lhe falou, também, desses fenômenos. Como 
era ardente e apaixonado, além de possuidor de uma bela alma, não se 
deixou de pronto convencer pela exaltação do amigo. Apenas lhe 
respondeu: “Não digo que não. Veremos mais tarde.” 
Rivail aceitava a possibilidade do movimento por uma força mecânica, 
mas, ignorando a causa e a lei do fenômeno, parecia-lhe absurdo 
atribuir inteligência a uma coisa puramente material. Estava ele na 
posição dos incrédulos desta nossa época (2012), que negam porque 
apenas presenciam um fato que não compreendem. 
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Vivia-se numa época em que o fato era ainda inexplicado, 
aparentemente contrário às leis da Natureza, o que sua razão lhe 
impedia aceitar. Ainda não havia visto nem observado nada. As 
experiências feitas na presença de pessoas de caráter e dignas de toda a 
confiança lhe confirmavam a possibilidade do efeito puramente 
material, porém, a ideia de uma mesa falante não lhe podia ainda fazer 
sentido. 
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OBSERVANDO E INVESTIGANDO OS FENÔMENOS 
Em maio de 1855, estando na casa da sonâmbula Sra. Roger com o Sr. 
Fortier, magnetizador dela, encontrou-se com o Sr. Pâtier e a Sra. 
Plainemason, que lhe falaram sobre as mesas girantes, mas agora em 
outro tom, instrutivo e sério, convidando-o a assistir às experiências 
que se realizavam em casa da Sra. de Planemaison. Rivail aceitou 
solícito em encontro marcado para uma terça-feira às 8 horas da noite. 
Cesta de bico do século XIX usada na época em que Denizard 
Hippolyte León Rivail presenciou pela primeira vez alguns ensaios da 
escrita mediúnica.
Foi ali que Rivail testemunhou pela primeira vez o fenômeno das mesas 
girantes que saltavam e corriam em condições indubitáveis. Inclusive, 
presenciou ele igualmente alguns ensaios, ainda imperfeitos, da escrita 
mediúnica numa ardósia com o auxílio de uma cesta. 
Atento, entreviu no fundo daquela suposta futilidade algo de sério, um 
fato que devia ter uma causa, poderia estar ali a revelação de uma nova 
lei, e prometeu a si mesmo que iria investigar a fundo para encontrar a 
causa desses acontecimentos surpreendentes. 
Em uma dessas reuniões da Sra. Plaineimaison conheceu a família 
Baudin. Foi quando o Sr. Baudin o convidou para assistir às sessões 
que aconteciam semanalmente em sua casa. 
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Surgia aí uma oportunidade para estudar e observar mais atentamente 
as causas geradoras desses fenômenos. Rivail passou a ser um 
frequentador assíduo dessas reuniões assaz concorridas, já que a 
entrada era franqueada a todo e qualquer interessado. 
Duas médiuns, filhas do Sr. Baudin, escreviam numa ardósia com o 
auxílio de uma cesta chamada pião. A cesta nada mais era do que um 
porta-lápis e um apêndice da mão ou um intermediário entre a mão e o 
lápis. Esse método requer a participação de duas pessoas, excluindo 
assim a possibilidade da influência das ideias do médium. 
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Foi assim que Rivail presenciou comunicações seguidas de respostas 
dadas às questões apresentadas, inclusive às perguntas que eram feitas 
mentalmente, fazendo entrever, com evidência, a intervenção de uma 
inteligência estranha atuando através do médium. 
Com o tempo a cesta pião foi substituída por uma espécie de mesa em 
miniatura, com três pés, sendo um deles o suporte do lápis. Diversos 
outros dispositivos foram desenvolvidos. Finalmente, chegou-se à 
conclusão de que os Espíritos poderiam agir diretamente na mão do 
médium (como geralmente escrevemos), e esse método é usado até os 
dias de hoje. 
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CONTINUAÇÃO NA TERCEIRA PARTE

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  • 2. Clique para avançar HABILIDADES E TENDÊNCIAS Rivail desde pequeno revelou-se ser inteligente, observador e sempre compenetrado de seus deveres e responsabilidades. O hábito da investigação fazia parte da sua natureza, denotando franca inclinação para as ciências e para os assuntos filosóficos. Contam alguns biógrafos que, quando estudava Botânica, Denizard se interessava tanto que passava um dia inteiro nas montanhas próximas a Yverdon, com sacolas às costas, à procura de espécimes para o seu herbário.
  • 3. Aos quinze anos, Rivail já conhecia as divergências religiosas observadas no próprio corpo docente, com alunos católicos romanos e ortodoxos, bem como protestantes de diferentes seitas, a se desentenderem sobre a interpretação dos textos escriturísticos, sobre a validade dos dogmas e de outras questões, embora, no fundo, todos formassem uma família unida pelos laços de amizade que o sadio companheirismo gerara. Tudo isso levou Denizard a conceber, já naquela idade, a ideia de uma reforma religiosa, com o propósito de conseguir a unificação das crenças. Clique para avançar
  • 4. Clique para avançar O CASAMENTO Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, Rivail conheceu a Srta. Amélie Boudet. De estatura baixa, bem proporcionada, de olhos pardos e serenos, gentil e graciosa, vivaz nos gestos e na palavra, denunciando penetração de espírito, Amélie nasceu em Thiais, comuna do departamento parisiense de Val-de-Marne, a 23 de novembro de 1795. Filha única de Julien-Louis Boudet, proprietário e tabelião, homem portanto bem colocado na vida, e de Julie-Louise Seigneat de Lacombe, recebeu na pia batismal o nome de Amélie-Gabrielle Boudet.
  • 5. Após cursar a escola primária, a jovem estabeleceu-se em Paris com a família, ingressando numa Escola Normal, de onde saiu diplomada professora de 1ª. classe. Alguns documentos revelam que a Senhorita Amélie também fora professora de Letras e Belas-Artes. Culta e inteligente, chegou a dar à luz três obras, assim nomeadas: "Contos Primaveris", 1825; "Noções de Desenho", 1826; "O Essencial em Belas-Artes", 1828. Em 6 de fevereiro de 1832, Denizard e Amélie firmam o contrato de casamento. Agora viveriam juntos sobre o mesmo teto até que a morte os separasse. Clique para avançar
  • 6. Clique para avançar O POLIGLOTA Rivail possuía uma instrução extensa e variada, conhecia também outros idiomas, assim como o Alemão - sua língua adotiva; o Inglês, Holandês, inclusive, tinha conhecimentos do Latim e do Grego e algumas línguas latinas nas quais se exprimia corretamente. O INSTITUTO TÉCNICO Em Paris Rivail fundou um Instituto Técnico nos mesmos moldes do de Pestalozzi. No ano de 1824, Denizard, ou melhor, Professor Rivail, publica seu primeiro livro que era dividido em volumes e tinha como título: Curso Prático e Teórico de Aritmética.
  • 7. Além deste, o Prof. Rivail publicou, até o ano de 1849, os seguintes livros: Plano para o Melhoramento da Instrução Pública; Gramática Clássica da Língua Francesa; Qual o Sistema de Estudos mais Adequado à Época?; Manual dos Exames para Certificado de Capacidade; Soluções Racionais de Perguntas e Problemas de Aritmética e Geometria; Catecismo Gramatical da Língua Francesa; Programa dos Cursos Ordinários de Química, Física, Astronomia e Fisiologia; Pontos para os Exames na Municipalidade e na Sorbone; Instruções Sobre as Dificuldades Ortográficas. Clique para avançar
  • 8. Clique para avançar RIVAIL E O MAGNETISMO Rivail tomou contato com o magnetismo no ano de 1823, ou talvez mesmo um pouco antes; porém, foi em Paris que sua curiosidade foi despertada para esta ciência, quando o marquês de Puységur - juntamente com d'Eslon, professor e regente da Faculdade de Medicina de Paris, mais o sábio e naturalista Deleuze -, deu novos rumos a esta ciência através da modificação dos métodos de Mesmer, que culminaram na descoberta do sonambulismo provocado. Denizard refere-se elogiosamente a esses magnetistas franceses, ombreando-lhes outros nomes, como o do barão Du Potet e o do Sr. Millet.
  • 9. Rivail estudou criteriosamente essa disciplina, tendo devorado grande número de obras favoráveis e contrárias escritas por homens de evidência. Diz Anna Blackwell, no prefácio à sua tradução inglesa de "O Livro dos Espíritos", que Rivail tomou parte ativa nos trabalhos da Sociedade de Magnetismo de Paris, uma das mais importantes da França. Fez muitos amigos nessa corrente de ideias, dentre eles o magnetizador Sr. Fortier. Clique para avançar
  • 10. Clique para avançar AS MESAS GIRANTES Contava Rivail 51 anos de idade em 1854 quando, através do Sr. Fortier, tomou conhecimento das mesas girantes que lhe narrou tais fatos. Não foi cético ao extremo, pois conhecia o magnetismo e sabia que o fluído magnético, uma espécie de eletricidade, podia atuar sobre os corpos inertes. Mas pouco tempo depois, em outro encontro, ao lhe narrar outros fatos sobre a mesa girante no intuito de convencer Rivail, este lhe respondeu: “Só acreditarei vendo, e quando me provarem que a mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que pode tornar-se sonâmbula.”
  • 11. No início de 1855, encontrou-se com um amigo que o conhecia há 25 anos, o Sr. Carlotti, que lhe falou, também, desses fenômenos. Como era ardente e apaixonado, além de possuidor de uma bela alma, não se deixou de pronto convencer pela exaltação do amigo. Apenas lhe respondeu: “Não digo que não. Veremos mais tarde.” Rivail aceitava a possibilidade do movimento por uma força mecânica, mas, ignorando a causa e a lei do fenômeno, parecia-lhe absurdo atribuir inteligência a uma coisa puramente material. Estava ele na posição dos incrédulos desta nossa época (2012), que negam porque apenas presenciam um fato que não compreendem. Clique para avançar
  • 12. Vivia-se numa época em que o fato era ainda inexplicado, aparentemente contrário às leis da Natureza, o que sua razão lhe impedia aceitar. Ainda não havia visto nem observado nada. As experiências feitas na presença de pessoas de caráter e dignas de toda a confiança lhe confirmavam a possibilidade do efeito puramente material, porém, a ideia de uma mesa falante não lhe podia ainda fazer sentido. Clique para avançar
  • 13. Clique para avançar OBSERVANDO E INVESTIGANDO OS FENÔMENOS Em maio de 1855, estando na casa da sonâmbula Sra. Roger com o Sr. Fortier, magnetizador dela, encontrou-se com o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemason, que lhe falaram sobre as mesas girantes, mas agora em outro tom, instrutivo e sério, convidando-o a assistir às experiências que se realizavam em casa da Sra. de Planemaison. Rivail aceitou solícito em encontro marcado para uma terça-feira às 8 horas da noite. Cesta de bico do século XIX usada na época em que Denizard Hippolyte León Rivail presenciou pela primeira vez alguns ensaios da escrita mediúnica.
  • 14. Foi ali que Rivail testemunhou pela primeira vez o fenômeno das mesas girantes que saltavam e corriam em condições indubitáveis. Inclusive, presenciou ele igualmente alguns ensaios, ainda imperfeitos, da escrita mediúnica numa ardósia com o auxílio de uma cesta. Atento, entreviu no fundo daquela suposta futilidade algo de sério, um fato que devia ter uma causa, poderia estar ali a revelação de uma nova lei, e prometeu a si mesmo que iria investigar a fundo para encontrar a causa desses acontecimentos surpreendentes. Em uma dessas reuniões da Sra. Plaineimaison conheceu a família Baudin. Foi quando o Sr. Baudin o convidou para assistir às sessões que aconteciam semanalmente em sua casa. Clique para avançar
  • 15. Surgia aí uma oportunidade para estudar e observar mais atentamente as causas geradoras desses fenômenos. Rivail passou a ser um frequentador assíduo dessas reuniões assaz concorridas, já que a entrada era franqueada a todo e qualquer interessado. Duas médiuns, filhas do Sr. Baudin, escreviam numa ardósia com o auxílio de uma cesta chamada pião. A cesta nada mais era do que um porta-lápis e um apêndice da mão ou um intermediário entre a mão e o lápis. Esse método requer a participação de duas pessoas, excluindo assim a possibilidade da influência das ideias do médium. Clique para avançar
  • 16. Foi assim que Rivail presenciou comunicações seguidas de respostas dadas às questões apresentadas, inclusive às perguntas que eram feitas mentalmente, fazendo entrever, com evidência, a intervenção de uma inteligência estranha atuando através do médium. Com o tempo a cesta pião foi substituída por uma espécie de mesa em miniatura, com três pés, sendo um deles o suporte do lápis. Diversos outros dispositivos foram desenvolvidos. Finalmente, chegou-se à conclusão de que os Espíritos poderiam agir diretamente na mão do médium (como geralmente escrevemos), e esse método é usado até os dias de hoje. Clique para avançar CONTINUAÇÃO NA TERCEIRA PARTE