O documento discute a crise energética brasileira de 2014 no contexto dos três problemas essenciais da economia: o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir. A maior parte da energia elétrica brasileira vem de hidrelétricas, mas o aumento da demanda não foi acompanhado por maior produção, levando a riscos de apagão. É necessário identificar as necessidades de médio e longo prazo e diversificar as fontes de energia de forma sustentável.
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Trabalho de gestao financeira
1. CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC
GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Trabalho de Gestão Financeira de Tecnologia da Informação
EDMILSON ORLANDO DE OLIVEIRA
SÃO PAULO
2014
2. CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC
GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Trabalho de Gestão Financeira de Tecnologia da Informação
Trabalho de Gestão Financeira de
Tecnologia da Informação do curso
de Gestão da Tecnologia da
Informação – Centro Universitário
SENAC, Profº Antonio Palmeira de
Araujo Neto
SÃO PAULO
2014
3. Em 2001, o Brasil viveu a maior crise da historia do setor
energético, o risco de apagão foi combatido através de um intenso
racionamento de energia. O ano de 2014 iniciou-se de modo
preocupante em relação ao setor energético e ao risco de apagão
devido a uma estiagem atípica.
No Brasil, aproximadamente 76,9% da produção anual de
eletricidade são provenientes de hidrelétricas e, conforme
informações da ANAEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) o
Brasil está entre os cinco maiores produtores de energia hidrelétrica
do mundo, possuindo atualmente 158 usinas hidrelétricas de grande
porte que produzem um total de 74.438.695 KW (Ribeiro & Bassani,
2011)
O consumo de eletricidade no Brasil cresceu 47% na última
década (EPE, 2011), chegando a 455,7 TWh em 2010. Projeções
realizadas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no Plano
Decenal de Expansão de Energia para 2020, estimam que este
consumo aumente outros 55,6% até lá, chegando a 659TWh.
Do fato dos recursos e os fatores de produção serem
limitados, ou seja, escassos. Enquanto a necessidade humana é
ilimitada, surgem as três questões essenciais da economia.
1. O que e quanto produzir?
2. Como produzir?
3. Para quem produzir?
A fim de relacionar a crise energética brasileira com os três
problemas essenciais da economia. A resposta da primeira
pergunta o que e quanto produzir? No caso da energia elétrica no
4. Brasil, é necessário produzir energia para abastecer o mercado. E
para que a oferta seja ajustada às necessidades do mercado é vital
identificar com precisão a trajetória de expansão e demanda, de
médio e longo prazo.
Ao mesmo tempo é necessário gerir o sistema de forma
racional. Em função da aleatoriedade das chuvas, os reservatórios
de acumulação de águas são concebidos para atender vários anos.
Para se evitar a escassez de energia guarda-se a água do período
chuvoso para que esta seja utilizada durante o período seco. Assim,
durante o ano chuvoso tem-se a impressão que existe capacidade
ociosa de geração, mas na realidade não há sobra de energia. Pois
os recursos hídricos armazenados nos reservatórios serão
utilizados para se produzir energia no futuro. Como, o aumento da
demanda energética não foi acompanhado pelo crescimento na
produção de energia. Parte da energia utilizada atualmente está
sendo retirada do reservatório de água que deveria ser utilizada no
período seco, fato que pode levar a apagões energéticos
(Tolmasquim, 2000).
E como produzir energia elétrica para atender o mercado?
Para atender a demanda energética do país supõe-se que
futuramente pelo menos 50% da necessidade de crescimento
energético vai ser suprida através de hidrelétricas. Sendo que, o
Brasil possui o maior potencial para a geração de energia hidráulica
do planeta terra (Queiroz et al., 2013)
Contudo é bom lembrar que a construção e funcionamento de
uma usina hidrelétrica geram um grande impacto ambiental e social
não se mostrando um modelo sustentável. Além disso, as outras
alternativas, para se aumentar a oferta de energia são as
5. termoelétricas e as usinas nucleares, as quais causam mais danos
ao ambiente do que as hidroelétricas (Ribeiro & Bassani, 2011).
A visão global é que se busquem fontes renováveis de
energia que gerem baixas emissões de gases que causam o efeito
estufa. Como a energia eólica, solar e maremotriz. Fontes que
podem ser usadas para complementar a produção nacional (Ribeiro
& Bassani, 2011).
E por fim para quem produzir? O modelo brasileiro de energia
elétrica se baseia no aumento da oferta para atender as grandes
indústrias e estimular o crescimento econômico. E nenhum
momento e questionado a quem se destina a energia produzida.
Não há nenhuma preocupação com a qualidade do serviço prestado
ou com o destino dessa produção. Esse modelo foi definido por
Costa, 2010 como um modelo “ofertista” e insustentável. Esse pode
ser considerado o principal problema econômico da produção de
energia no Brasil. Já, que não há por parte o governo nenhuma
reflexão a quem se destina a energia produzida. Além disso, como
a única preocupação é aumentar a produção de energia não se
investe em aperfeiçoamento das linhas de transmissão a fim de
reduzir as perdas que ocorrem devido à distância entre as usinas
geradoras e os grandes centros consumidores (Ribeiro & Bassani,
2011)
Referências Bibliográficas:
Ribeiro, Viviane Wallen Silva de Moura; Bassani, Christina. A
questão da hidrelétrica como fonte de energia essencial no modelo
atual de sustentabilidade: o caso de Belo Monte;
http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg7/anai
s/T11_0355_1508.pdf
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2011A