O documento discute a toxicologia de inseticidas. Primeiramente define toxicologia e descreve os principais grupos de inseticidas, incluindo organofosforados, carbamatos, piretrinas/piretróides e organoclorados. Em seguida, detalha a toxicocinética, toxicodinâmica, quadros clínicos de intoxicação e tratamentos para cada grupo.
A ampla procura e utilização de inseticidas dos grupos organofosforados e carbamatos se
devem à sua eficiência no controle de insetos praga e também ao fato de serem compostos
que não se acumulam na natureza e possuem degradação relativamente rápida após a
aplicação.
Os grupos em referência possuem como Mecanismo de ação a inibição da atividade normal da
enzima acetilcolinesterase, implicando em alteração do funcionamento regular do organismo
de insetos, sendo essa alteração o acúmulo de acetilcolina, que é a substancia que carreia os
impulsos nervosos através dos sistema Nervoso. Os neurônios irão enviar os impulsos elétricos
à fenda sináptica, que por ventura, apresentará um acúmulo desses impulsos, causando
hiperexcitação e consequente, morte por exaustão.
A diferença, entre estes dois grupos químicos se dá pela composição de suas moléculas, onde
o organofosforado irá fosforilar a enzima acetilcolinesterase e o carbamato irá carbamilar essa
mesma enzima, levando a alteração de seu processo fisiológico normal.
Propriedades físico-químicas de agrotóxicosGeagra UFG
O estudo das propriedades físico-químicas dos agrotóxicos é uma base necessária para compreender a dinâmica e comportamento das moléculas utilizadas na meio agrícola. Dessa forma, a apresentação aborda coeficientes, índices, parâmetros e exemplos de diversas propriedades que auxiliam o estudo, seja este voltado a um viés agronômico ou aos possíveis impactos ambientais gerados pelas moléculas. Por fim, a apresentação também aborda algumas formulações comerciais que demostram as adaptações realizadas pela indústria química para ter-se produtos com utilização viabilizada.
IMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURAGeagra UFG
Pesticidas, produtos fitossanitários, defensivos agrícolas.. são vários os apelidos que damos para o termo agrotóxico, contudo a legislação traz por último essa denominação. No contexto histórico, a revisão de seu papel no meio do agronegócio vem sendo revista desde a Primeira Comissão de Agrotóxicos em 1984, posteriormente a todo o levantamento e ênfase dado à COP 1983 a respeito do aprofundamento nos estudos e importância com os cuidados ao meio ambiente. Assim, em 1985 tivemos em âmbito nacional a implementação do Lei dos Agrotóxicos (L7802-1989), sua necessidade se deu pelos profissionais da area notarem o tamanho da desinformação no campo e as condições de fiscalização na época. Com a criação dessa nova regulamentação e devido ao seu detalhamento, o país se tornou uma das referências, após isso há um crescimento no desenvolvimento de pesquisas agronômicas e na área da saúde envolvendo esses produtos e seus efeitos toxicológicos, além do uso mais sustentável e englobando técnicas de controle como MIP e MID. Com enfoque nas consequências e problemas de todas as questões de poluição ambiental com contaminação de águas e solo, além de atingir organismos não alvo. Na saúde temos as questões envolvendo a qualidade de trabalho, a persistência da molécula no alimento e os danos à saúde do consumidor. Em meio a tudo isso, atualmente temos o poder e a arma que a mídia social tem para o assunto, disseminando informações e desinformações sobre o tema e na maioria das vezes sendo divulgadas por pessoas que não tem o domínio no assunto, mas que tem voz na mídia e na opinião popular. Por fim, abordamos a realidade vista no campo e qual o papel do engenheiro agrônomo, não só no âmbito comercial e acadêmico, como também na conscientização popular.
A membro Larissa Gonçalves, ministrou a apresentação sobre INSETICIDAS, um tema que no meio agronômico sempre é mencionado, na proteção de nossas culturas contra o ataque de pragas. A apresentação abordou temas como formulações, mecanismo de ação, modo de ação, os principais grupos químicos, seletividade dos inseticidas, estudo de caso, e recomendação de produtos comerciais. Acompanhe a apresentação pelo slide utilizado, logo abaixo.
A ampla procura e utilização de inseticidas dos grupos organofosforados e carbamatos se
devem à sua eficiência no controle de insetos praga e também ao fato de serem compostos
que não se acumulam na natureza e possuem degradação relativamente rápida após a
aplicação.
Os grupos em referência possuem como Mecanismo de ação a inibição da atividade normal da
enzima acetilcolinesterase, implicando em alteração do funcionamento regular do organismo
de insetos, sendo essa alteração o acúmulo de acetilcolina, que é a substancia que carreia os
impulsos nervosos através dos sistema Nervoso. Os neurônios irão enviar os impulsos elétricos
à fenda sináptica, que por ventura, apresentará um acúmulo desses impulsos, causando
hiperexcitação e consequente, morte por exaustão.
A diferença, entre estes dois grupos químicos se dá pela composição de suas moléculas, onde
o organofosforado irá fosforilar a enzima acetilcolinesterase e o carbamato irá carbamilar essa
mesma enzima, levando a alteração de seu processo fisiológico normal.
Propriedades físico-químicas de agrotóxicosGeagra UFG
O estudo das propriedades físico-químicas dos agrotóxicos é uma base necessária para compreender a dinâmica e comportamento das moléculas utilizadas na meio agrícola. Dessa forma, a apresentação aborda coeficientes, índices, parâmetros e exemplos de diversas propriedades que auxiliam o estudo, seja este voltado a um viés agronômico ou aos possíveis impactos ambientais gerados pelas moléculas. Por fim, a apresentação também aborda algumas formulações comerciais que demostram as adaptações realizadas pela indústria química para ter-se produtos com utilização viabilizada.
IMPACTO DO USO DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURAGeagra UFG
Pesticidas, produtos fitossanitários, defensivos agrícolas.. são vários os apelidos que damos para o termo agrotóxico, contudo a legislação traz por último essa denominação. No contexto histórico, a revisão de seu papel no meio do agronegócio vem sendo revista desde a Primeira Comissão de Agrotóxicos em 1984, posteriormente a todo o levantamento e ênfase dado à COP 1983 a respeito do aprofundamento nos estudos e importância com os cuidados ao meio ambiente. Assim, em 1985 tivemos em âmbito nacional a implementação do Lei dos Agrotóxicos (L7802-1989), sua necessidade se deu pelos profissionais da area notarem o tamanho da desinformação no campo e as condições de fiscalização na época. Com a criação dessa nova regulamentação e devido ao seu detalhamento, o país se tornou uma das referências, após isso há um crescimento no desenvolvimento de pesquisas agronômicas e na área da saúde envolvendo esses produtos e seus efeitos toxicológicos, além do uso mais sustentável e englobando técnicas de controle como MIP e MID. Com enfoque nas consequências e problemas de todas as questões de poluição ambiental com contaminação de águas e solo, além de atingir organismos não alvo. Na saúde temos as questões envolvendo a qualidade de trabalho, a persistência da molécula no alimento e os danos à saúde do consumidor. Em meio a tudo isso, atualmente temos o poder e a arma que a mídia social tem para o assunto, disseminando informações e desinformações sobre o tema e na maioria das vezes sendo divulgadas por pessoas que não tem o domínio no assunto, mas que tem voz na mídia e na opinião popular. Por fim, abordamos a realidade vista no campo e qual o papel do engenheiro agrônomo, não só no âmbito comercial e acadêmico, como também na conscientização popular.
A membro Larissa Gonçalves, ministrou a apresentação sobre INSETICIDAS, um tema que no meio agronômico sempre é mencionado, na proteção de nossas culturas contra o ataque de pragas. A apresentação abordou temas como formulações, mecanismo de ação, modo de ação, os principais grupos químicos, seletividade dos inseticidas, estudo de caso, e recomendação de produtos comerciais. Acompanhe a apresentação pelo slide utilizado, logo abaixo.
INSETICIDAS (Organofosforados, Diamidas e Benzoiluréias)Geagra UFG
Continuando com o tema de inseticidas na soja, foi abordado outros três grupos químicos (organofosforados, benzoiluréias e diamidas) onde foi abordado algumas características gerais e o modo de ação desses grupos. Foi detalhado um exemplo de produto comercial por grupo focando nas pragas controladas e nas doses corretas de aplicação.
Além desses grupos, no inicio da apresentação foi conceituado alguns assuntos importantes para o entendimento da ação de inseticidas, sendo eles o conceito de ingrediente ativo e seletividade de produtos.
Parte 1 – Farmacodinâmica (Mecanismos); Definição de farmacodinâmica; Interação fármaco-receptor; Transdução de sinais; Alvos terapêuticos; Tipos de receptores e efetores: A - Canais iônicos regulados por ligantes; B- Receptor acoplado a proteína G; C- Receptores ligados a quinases; D- Receptor nucleares. Parte 2- Farmacodinâmica (Aplicações); Ação dos fármacos; Ligação fármaco-receptor; Potência dos fármacos; Curva dose-resposta; Potência dos fármacos; Agonistas; Antagonismo competitivo; Sinergismo e Antagonismo farmacológico; Dessensibilização de receptores.
INSETICIDAS (Organofosforados, Diamidas e Benzoiluréias)Geagra UFG
Continuando com o tema de inseticidas na soja, foi abordado outros três grupos químicos (organofosforados, benzoiluréias e diamidas) onde foi abordado algumas características gerais e o modo de ação desses grupos. Foi detalhado um exemplo de produto comercial por grupo focando nas pragas controladas e nas doses corretas de aplicação.
Além desses grupos, no inicio da apresentação foi conceituado alguns assuntos importantes para o entendimento da ação de inseticidas, sendo eles o conceito de ingrediente ativo e seletividade de produtos.
Parte 1 – Farmacodinâmica (Mecanismos); Definição de farmacodinâmica; Interação fármaco-receptor; Transdução de sinais; Alvos terapêuticos; Tipos de receptores e efetores: A - Canais iônicos regulados por ligantes; B- Receptor acoplado a proteína G; C- Receptores ligados a quinases; D- Receptor nucleares. Parte 2- Farmacodinâmica (Aplicações); Ação dos fármacos; Ligação fármaco-receptor; Potência dos fármacos; Curva dose-resposta; Potência dos fármacos; Agonistas; Antagonismo competitivo; Sinergismo e Antagonismo farmacológico; Dessensibilização de receptores.
A aplicação de fungicidas para controle de doenças fúngicas é um dos pontos primordiais para o sucesso de uma lavoura de soja. Por isso, a necessidade de conhecer sobre estes produtos é cada vez maior. Entender o seu mecanismo de ação no fungo, a translocação na planta e as diversas classificações dadas à estes produtos são elementos fundamentais para reconhecer o melhor produto para cada tipo de adversidade, assim como o conhecimento do melhor momento para se realizar a aplicação obtendo o máximo de aproveitamento.
Dentre todos os manejos utilizados em uma lavoura, um dos mais importantes e que necessita de uma série de cuidados especiais, é a utilização de herbicidas. Plantas daninhas interferem em vários pontos na cultura de interesse, diminuindo assim a possibilidade de expressar seu máximo potencial genético, e consequentemente, diminuindo sua produtividade. Por isso é fundamental o controle dessas plantas com herbicidas, rotacionando seus mecanismos de ação para que não ocorra resistência. Existe também uma série de classificação dada à estes produtos, podendo estar relacionada com seu momento de aplicação, modo de ação na planta e quanto ao seu espectro de controle. Logo, é de fundamental importância conhecer todas suas peculiaridades para se fazer uma utilização correta desses produtos e controlar assim as plantas daninhas presentes na área.
Livro de conscientização acerca do autismo, através de uma experiência pessoal.
O autismo não limita as pessoas. Mas o preconceito sim, ele limita a forma com que as vemos e o que achamos que elas são capazes. - Letícia Butterfield.
livro em pdf para professores da educação de jovens e adultos dos anos iniciais ( alfabetização e 1º ano)- material excelente para quem trabalha com turmas de eja. Material para quem dar aula na educação de jovens e adultos . excelente material para professores
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Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
2. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
“Toxicologia é a ciência que estuda as
intoxicações, os venenos que as produzem, seus
sintomas, seus efeitos, seus antídotos e seus
métodos de análise. O termo tóxico vem do grego
toxicon que quer dizer flecha envenenada.”
2
3. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Toda substância, segundo a Toxicologia, pode ser
considerada um agente tóxico, dependendo das condições
de exposição, como dose administrada ou absorvida, tempo
e frequência de exposição (respiratória, oral dérmica,
parental). A toxicidade de uma substância a um organismo
vivo pode ser considerada como a capacidade de lhe causar
dano grave ou morte.
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5. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Em toxicologia vários são os aspectos a serem
estudados. Focaremos a Toxicocinética, Toxicodinâmica
quadro clínico e tratamento das intoxicações por
específicas substâncias, pontos fundamentais no estudo
da Toxicologia.
A TOXICOCINÉTICA é o estudo da relação entre a
quantidade de um agente tóxico que atua sobre o
organismo e a concentração dele no sangue, relacionando
os processos de ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO e
ELIMINAÇÃO do agente, em função do tempo.
A TOXICODINÂMICA compreende a interação entre
as moléculas do toxicante e os sítios de ação específicos
ou não, dos órgãos e, consequentemente, o aparecimento
de desequilíbrio homeostático.
5
6. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA
Toxicidade aguda: quantidade do inseticida que
aplicada uma única vez em cada indivíduo de uma
população resulta em 50% de mortalidade. O inseticida
pode ser aplicado topicamente e via ingestão.
Toxicidade subaguda: é caracterizada pela
exposição de 14 dias a três meses à determinada
substância.
Toxicidade crônica: é a quantidade do inseticida
que provoca a morte de 50% dos indivíduos de uma
população-teste, quando aplicada várias vezes em cada
um dos indivíduos dessa população. A dose é determinada
após várias aplicações de subdosagens e os efeitos
esperados ocorrem em longo prazo.
6
8. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
A Dose Letal (DL 50) é a dose de uma substância química
que provoca a morte de 50% de um grupo de animais da
mesma espécie, quando administrada pela mesma via.
A Concentração Letal (CL 50) é a concentração atmosférica
de uma substância química que provoca a morte de 50% de
um grupo de animais expostos, em um tempo definido.
8
9. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Vermelho: Classe I Extremamente tóxico (DL50 < 50 mg/kg de peso vivo);
Amarelo: Classe II Altamente tóxico (DL50 – 50 a 500 mg/kg de peso vivo);
Azul: Classe III Medianamente tóxico (DL50 – 500 a 5000 mg/kg de peso vivo);
Verde: Classe IV Pouco tóxico (DL50 > 5000 mg/kg de peso vivo).
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10. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
No Brasil, as intoxicações agudas por praguicidas
ocupam a terceira posição dentre os agentes causais,
sendo a maioria dos casos por inseticidas (73%,
organofosforados, piretróides, carbamatos e
organoclorados), raticidas (15,3%) e herbicidas (9,7%), e
apresentam como principais circunstâncias as tentativas
de suicídio, os acidentes e as ocupacionais.
Existem diferentes classes de praguicidas e neste
trabalho falaremos dos exclusivamente dos inseticidas;
suas características e o relato de casos reais de
intoxicação.
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11. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Os inseticidas são usados pelo homem desde a
antiguidade e surgiram com a necessidade de proteger as
colheitas dos ataques de insetos, que a cada ano
comprometiam uma parcela maior da produção agrícola.
São produtos químicos largamente utilizados no
controle de pragas; ou seja, são tipos de pesticidas usados
para exterminar insetos, destruindo ovos e larvas
principalmente, quer de forma isolada ou em programas
de manejo integrado. Na escolha de um inseticida deve-se
levar em consideração não apenas a sua eficácia, bem
como outros aspectos relevantes, como a seletividade aos
inimigos naturais de pragas, toxicidade ao homem e
animais, resistência de pragas, persistência no meio
ambiente e custo do produto.
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12. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Inseticidas para uso doméstico e para plantas
cultivadas em vasos ou jardins residenciais devem de
acordo com a legislação sanitária, ter ingredientes ativos
ou formulações que apresentem potencial de risco
relativamente baixo para o homem. Usualmente, são três
os grupos químicos mais utilizados para essas finalidades,
como dito antes: organofosforados, carbamatos e píretro
(piretrinas, piretróides).
Incluímos também os organoclorados que, apesar
de não serem mais tão utilizados, caracteriza bem o poder
toxicante desse tipo de praguicida.
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14. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS
Desenvolvidos na década de 40, foram os primeiros
a substituírem os representantes do grupo dos
organoclorados, aos quais os insetos já apresentavam
resistência. Possuem uma ampla gama de produtos
agrícolas e sanitários, desde os extremamente tóxicos até
aqueles com baixa toxicidade.
São ésteres, amidas ou derivados tiol dos ácidos de
fósforo, enxofre e nitrogênio.
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16. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Toxicocinética: São bem absorvidos por todas as vias
(oral, dérmica, respiratória, pele e mucosas) por serem
altamente lipossolúveis. A presença de solvente orgânico
(hidrocarboneto), comumente adicionado às formulações dos
agrotóxicos, intensifica a absorção.
Depois de absorvidos, os organofosforados e seus
produtos de biotransformação são rapidamente distribuídos
por todos os tecidos atingindo concentrações maiores no
fígado e rins, mas não se acumulam por tempo prolongado.
Os organofosforados, diferentemente dos carbamatos,
atravessam com facilidade a barreira hematoencefálica,
produzindo quadros neurológicos. A eliminação é urinária
para a maioria dos compostos nas primeiras 48h.
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Fórmula do carbamato de uso
comercial Aldicarb ou "chumbinho",
um dos praguicidas mais tóxicos
disponíveis no mercado.
17. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Toxicodinâmica: Exercem sua ação
principalmente por inibição das enzimas colinesterases,
causando aumento dos impulsos nervosos, o que
determina a sua toxicidade. São igualmente inibidores
dessas enzimas, embora por mecanismos diferentes.
Têm sido descritos casos de malformação
congênita relacionados aos organofosforados, mas os
estudos deles não são conclusivos. O modo de ação é por
contato ou ingestão.
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18. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Quadro clínico: Os sintomas podem aparecer
em poucos minutos ou até 12hs depois da exposição.
A causa principal de morte na intoxicação aguda é a
insuficiência respiratória aguda.
As manifestações iniciais de intoxicação,
relacionadas como o sistema nervoso central incluem
cefaléia, tonturas, desconforto, agitação, ansiedade,
tremores, dificuldade para se concentrar e visão
turva. Foram apontadas algumas sequelas, meses
depois da intoxicação aguda ou por exposição
repetida, caracterizadas por cefaléia persistente,
perda da memória, confusão, fadiga e testes
neuropsicológicos alterados.
No trato gastrintestinal, náuseas, vômitos,
câimbras abdominais e diarréias são os efeitos mais
frequentes. A incontinência fecal ocorre nos casos
graves.
18
19. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Tratamento: Pode ser dividido em medidas de
ordem geral e medidas específicas, que, segundo a
gravidade do caso, deverão ser realizadas ao mesmo
tempo. Basicamente, utilizam-se atropina e oximas para
os casos de intoxicação por esses inseticidas.
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21. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
INSETICIDAS PIRETRINA E PIRETRÓIDES
Este grupo de inseticidas sintéticos foi introduzido no
mercado na década de 1970 e surgiu de outra classe de
praguicidas de origem botânica, o píretro, mistura de 6
ésteres extraídos das flores de crisântemos, após
modificações feitas para melhorar sua estabilidade no
ambiente.
21
22. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
A estrutura química das piretrinas é a base para uma
variedade de inseticidas sintéticos
chamados piretróides tais como a permetrina e
cipermetrina. Tanto a piretrina I quanto a II
são ésteres relacionados ao seu núcleo
de ciclopropano.
Piretrina I, R = CH3
Piretrina II, R = CO2CH3
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23. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Toxicocinética: Tanto as piretrinas como os
piretróides são prontamente absorvidos por via oral e,
em pequena quantidade, por dérmica. Após absorção,
distribuem-se rapidamente no organismo. A alta
lipossolubilidade e a presença de uma glicoproteína
transportadora favorecem a entrada dos piretróides no
cérebro. No Sistema Nervoso Central e Periférico,
prolongam a abertura dos canais de sódio da membrana
celular retardando a repolarização, o que determina
paralisia nervosa.
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24. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Toxicodinâmica: A intoxicação aguda ou
superdosagem é pouco frequente, mas, pode ocorrer
devido à elevada concentração nos produtos agrícolas. A
intoxicação por ingestão é rara, provavelmente, pela
rápida metabolização hepática. A absorção intestinal é
pequena assim como a absorção por pele intacta é baixa.
São rapidamente excretados pela urina.
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25. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Quadro clínico: Os sinais e sintomas ocasionados
por intoxicação aguda pelos vários tipos de piretrinas e
piretróides são bastante similares. O início dos sintomas
depende da via e da dose. As manifestações mais
comuns na exposição dérmica são: eritema, vesículas,
parestesias e sensação de queimação, prurido nas áreas
atingidas, principalmente a pele do rosto, do pescoço, do
antebraço e das mãos. Estes sintomas pioram com o
suor e água morna.
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26. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Nas intoxicações pela via digestiva geralmente
ocorrem dor epigástrica, náuseas e vômitos, que se
iniciam num período de 10 a 60 minutos após a
ingestão. Os sintomas sistêmicos mais importantes são:
cefaleia, anorexia, fadiga e fraqueza. Pacientes que
ingeriram entre 200 e 500 ml evoluíram para coma num
período de 15 a 20 minutos. Também podem ocorrer
convulsões, variando com frequência durante vários dias
ou semanas.
Após a inalação, os achados clínicos mais comuns
são: coriza, congestão nasal e sensação de “garganta
arranhada”.
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27. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Tratamento: Não há antídoto específico. Pacientes
assintomáticos devem ser observados no mínimo
durante 6 horas após a exposição. A primeira medida
essencial é manter as funções vitais e o controle das
convulsões com diazepam. Para contato dérmico, deve-
se lavar o local com água fria e sabonete.
A descontaminação gástrica, através de lavagem,
deve ser realizada preferencialmente até duas horas
após a ingestão, em caso de doses maciças. É indicada a
administração de uma dose de carvão ativado por via
oral ou sonda nasogástrica.
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28. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
ORGANOCLORADOS
Este grupo de inseticidas tem como característica
marcante, um prolongado efeito residual, tendo alta
persistência no ambiente e por sua capacidade de se
acumular nos seres vivos, principalmente, em humanos,
além de seu efeito carcinogênico observado em animais
de laboratório
São derivados do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou
do ciclodieno. Foram muito utilizados na agricultura,
como inseticidas, porém, seu emprego tem sido
progressivamente restringido ou mesmo proibido. Ex:
Aldrin®, Endrin®, BHC®, DDT®, Endossulfan®,
Heptacloro®, Lindane®, Mirex®;
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29. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
O uso da maioria dos organoclorados está
proibido no País. Ainda são empregados na
agricultura (no controle de insetos), na saúde pública
(controle de vetores) e na indústria farmacêutica
(tratamento de ectoparasitas especialmente piolhos e
escabiose).
São características a sua estabilidade química,
alta solubilidade lipídica, armazenamento em tecidos
biológicos e alta persistência ambiental.
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O DDT é classificado como um
organoclorado, composto por átomos
de carbono (C), hidrogênio (H) e
cloro (Cl).
30. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Toxicocinética: são bem absorvidos por via oral e
inalatória. A absorção por todas as vias é aumentada em
presença de lipídios (alimentos, veículos, solventes).
Altamente estável e lipossolúvel, com
armazenamento em tecidos com alto teor lipídico (fígado,
rins, sistema nervoso e tecido adiposo). O
emagrecimento pode liberar depósitos para a circulação,
com efeitos tóxicos significativos. Atravessam a barreira
hematoencefálica e placentária.
A maior parte é realizada através das fezes de forma
inalterada. Os metabólitos são eliminados na urina e
também pelo leite materno.
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31. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Toxicodinâmica: Excitação neuronal direta,
especialmente SNC, causando estimulação, atividade
muscular involuntária, alterações comportamentais,
depressão dos centros respiratórios;
- Podem sensibilizar o miocárdio aos efeitos das
catecolaminas endógenas predispondo arritmias. Muitos
causam lesões hepáticas (indução microssomal) ou
renais (menos frequente), possivelmente devido à
formação de metabólitos tóxicos;
- Alteram propriedades eletrofisiológicos e
enzimáticas da membrana celular nervosa.
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32. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Quadro clínico:
Intoxicação Aguda: Após exposição oral, as
manifestações surgem num período de 45 min a várias horas.
Inicialmente, observa-se quadro gastrintestinal com náuseas,
vômitos, diarréia, mal estar, tosse e dermatites. A estimulação
do SNC ocorre com tontura, vertigens, cefaléia, alterações
comportamentais, irritabilidade, desorientação, tremores. A
morte é frequentemente decorrente de depressão respiratória.
Convulsão pode ser a primeira manifestação para
Lindano, Aldrin, Dieldrin e Toxafeno podendo ocorrer em
menos de 20min. da ingestão.
Reações de pele: urticária, hipersensibilidade, dermatite.
Se o produto contém solventes derivados do petróleo,
considerar a possibilidade de pneumonia química, pelo risco
de aspiração.
Intoxicação Crônica: Perda de peso, fraqueza
muscular, ataxia, cefaléia, irritabilidade, insônia, anemia,
alterações hepáticas. Efeitos estrogênicos. Alterações de pele:
fotossensibilização e dermatite.
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33. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Tratamento:
Assistência respiratória (intubação, oxigênio) com
monitorização cardíaca por, no mínimo, 6-8 h.
A indução de vômitos está contra-indicada pelo risco
de convulsão súbita e aspiração. Proceder a Lavagem
Gástrica seguido de Carvão Ativado e catártico salino. Na
ingestão de pequena quantidade, fazer uso imediato do
Carvão Ativado sem Lavagem Gástrica.
Não usar substâncias oleosas (catárticos, alimentos)
pois aumentam a absorção dos
organoclorados.Exposições/contaminações em pele,
cabelos, unhas, olhos e inalação, proceder a
descontaminação específica.
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36. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
“Noticia sobre DDT (www.rondoniadinamica.com.br)
Publicada em 20/08/2009.)
O pagamento de pensão vitalícia no valor de R$
2.075, aos trabalhadores da extinta Superintendência de
Campanhas de Saúde Pública (Sucam), contaminados
pelos inseticidas DDT® (dicloro-difenil-tricloroetano) e
Malathion, foi aprovada pela Comissão de Seguridade
Social e Família, na Câmara, na quarta-feira (19).
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37. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
O deputado do PT, diz ainda que é preciso um
urgente posicionamento das autoridades do Governo
Federal, e em especial do Ministério da Saúde, com relação
ao drama vivenciado pelos ex-guardas da Sucam
(organismo que antecedeu a atual Fundação Nacional de
Saúde – Funasa), vitimas por contaminação por contato
prolongado com o inseticida Dicloro-Difenil-Tricloroetano,
que ficou conhecido popularmente como DDT®, utilizado
no combate a malária por várias décadas.
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38. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
De acordo com autor do projeto, a inalação desses
inseticidas pode causar sintomas como tosse,
rouquidão, irritação da laringe e traqueia, edema
pulmonar e bradipnéia (lentidão anormal da respiração).
Quando ingeridos, produzem também náuseas, vômitos,
diarreia e cólicas abdominais e, a longo prazo, provocam
perda de peso, anorexia, anemia leve, tremores,
hiperexcitabilidade, ansiedade, dor de cabeça, insônia,
fraqueza muscular e dermatoses.”
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40. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Intoxicações por via parenteral (via venosa) são pouco
frequentes por não ser via comum de exposição a estes
produtos, ficando restritos às exposições intencionais. Dados do
SINITOX(2002) revelaram que 2,99% dos casos registrados de
intoxicação humana por agentes tóxicos foram atribuídos aos
inseticidas de uso doméstico e 29,68% destes casos foram
tentativas de suicídio.
Existem poucos relatos em literatura científica de
exposições parenterais a estes produtos, mas os solventes
usados como veículos destes inseticidas parecem ser os
responsáveis pelo grande dano tissular (lesão a nível tecidual)
que ocorre após sua inoculação.
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41. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Descrição do Caso: No mês de abril de 2003 foi reportado ao
nosso serviço, por um médico da cidade do Rio de Janeiro - RJ, um
caso de tentativa de suicídio de um paciente de 24 anos, masculino,
que inoculara 06 dias antes, em tecido subcutâneo de antebraço E,
cerca de 05 ml de apresentação comercial de inseticida doméstico,
cujos princípios ativos são d-aletrina, permetrina e tetrametrina e
veículo à base de solventes.
Internado no dia da inoculação, apresentava na ocasião “botão
anestésico” de cerca de 02 cm de diâmetro. Evoluiu com edema,
eritema e ulceração central da lesão, piora progressiva, chegando a
apresentar cerca de 17 X 10 cm de extensão no 15º dia. Na evolução
apresentou abscesso com secreção , aspecto de tecido adiposo
liquefeito e cultura negativa.
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42. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Houve exposição de tendões e músculos, que permaneceram
preservados. Realizado procedimento cirúrgico com desbridamento
local e colocação de dreno. A mobilidade se manteve preservada. No
17º dia houve estabilização do crescimento da lesão e no 25°dia de
evolução o paciente teve alta hospitalar, mantendo acompanhamento
ambulatorial, com curativos e desbridamento. Um enxerto local foi
realizado no 45º dia, com boa resposta. Encaminhado para
fisioterapia motora. Não houve comprometimento sistêmico. Em
seguimento do paciente no mês de julho de 2005 o mesmo referiu
ausência de qualquer seqüela ou limitação motora.
Discussão: Embora existam poucos relatos sobre a ação de
inseticidas, em formulações de uso doméstico, estes descrevem uma
celulite química que pode progredir com necrose tecidual e formação
para um abscesso estéril. O quadro foi semelhante aos casos relatados
em literatura científica. O paciente não apresentou sinais de toxicidade
sistêmica atribuídos ao princípio ativo ou veículo do produto.
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43. TOXICOLOGIA: INSETICIDAS
Bibliografia:
- OGA, Seizi; CAMARGO, M. M. de A.; BATISTUZZO,
J. A. de O. Fundamentos de Toxicologia, 3° Ed., São
Paulo: Atheneu Editora, 2008.
RAMOS, M. M. R. V.; TOMAZIN, C. C.; ZAMBRONE,
F. D. A. Inoculação de inseticida doméstico por via
SC: Relato de caso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
TOXICOLOGIA, 14., 2005, Recife. Resumos... Recife:
Revista Brasileira de Toxicologia, 2005. Vol. 18,
suplemento.
www.rondoniadinamica.com.br/ notícia de
20/08/2009.
http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mXII.orga.htm
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