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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TEORIAS E PRÁTICAS NA EDUCAÇÃO
              UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL




   SANEAMENTO BÁSICO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO
    AMBIENTAL, PONTO DE PARTIDA DE UM ENSINO
                CONTEXTUALIZADO.




                                            Claiton Gonçalves Lopes
                     Professor Orientador Thales de Astrogildo e Tréz




                         Campinas
                         Abril/2013
CLAITON GONÇALVES LOPES




SANEAMENTO BÁSICO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO
 AMBIENTAL, PONTO DE PARTIDA DE UM ENSINO
             CONTEXTUALIZADO.




                        Trabalho apresentado à Universidade
                        Federal de Alfenas, como requisito
                        à obtenção do Grau de especialista
                        em Teorias e Práticas na Eduacação.
                        Professor Orientador : Thales de
                        Astrogildo e Tréz .




                 Campinas
                 Abril/2013
AGRADECIMENTO




Meus sinceros agradecimentos aos generosos Mestres Orientadores: Nilton
Luiz Souto e Thales de Astrogildo e Tréz . Em especial a Patricia Cabral de
Vasconcellos.
Educação Ambiental são processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.

                     Lei 9.705/99 sobre Educação Ambiental.
SUMÁRIO



   1- APRESENTAÇÃO...................................................................................6

   2-INTRODUÇÃO..........................................................................................7

  3-CAPÍTULO I- CONTEXTUALIZAÇÃO, PRÁTICA NECESSÁRIA AO
ENSINOATUAL................................................................................................10

 4-CAPÍTULO II- ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E A CARACTERIZAÇÃO
DO         LUGAR              NO         ENTORNO                DA          ESCOLA              UACURY            DE
CAMPINAS/SP..................................................................................................12

5-CAPÍTULO III- SANEAMENTO BÁSICO UM ALIADO NA CONSTRUÇÃO DE UMA
CONSCIÊNCIA CRÍTICA E CIDADÃ...............................................................15

   6- CONCLUSÃO...........................................................................................21

   7- BIBLIOGRAFIA........................................................................................23
RESUMO



O atual estudo tem como tema: O saneamento básico em área de
preservação ambiental, ponto de partida para um ensino
contextualizado. A intenção é disponibilizar um referencial teórico de
educação ambiental aos docentes e gestores da instituição
pesquisada. Contribuindo para as exigências atuais de um ensino
contextualizado e interdisciplinar. Garantindo maior eficácia ao
processo ensino aprendizagem da escola. Além, é claro de
compartilhar experiências em teorias e práticas pedagógicas. O
estudo tem base nas estatísticas do SARESP E IDEB e em
referências bibliográficas em contextualização, saneamento básico,
área de preservação ambiental e educação ambiental. Conclui que o
ensino contextualizado e interdisciplinar tornam mais eficiente a
didática e com isso melhora à aprendizagem escolar.

Palavras-chave:         contextualização,      educação    ambiental,
interdisciplinariedade, eficácia, ensino e aprendizagem.
APRESENTAÇÃO



O intuito da realização desta pesquisa não é o de aprofundamento ou de
evidenciar problemas atuais relacionados a condições de moradia no contexto
brasileiro. Mas, o de enfatizar a contextualização com o aproveitamento da
realidade e conhecimento prévio do aluno, como forte aliados na construção do
conhecimento e da aprendizagem.
Constatado através de observações e inferências próprias, ao longo dos anos
de trabalho na E.E. Prof. Uacury Ribeiro de Assis Bastos. Pautadas no diálogo
e atividades relacionadas principalmente ao uso de poço artesiano e fossa;
com os alunos do sétimo ano em 2009/2010. Corroboram ainda nossos
resultados(geografia) no SARESP 2009/2011, que foram além do esperado
para uma escola rural e periférica. E mostraram que o trabalho realizado de
forma contextualizada produzia efeito positivo na aprendizagem dos alunos.
Verifiquei que as disciplinas menos contextualizadas como português e
matemática estavam com rendimentos bem inferiores a geografia e história;
disciplinas marcadas pela forte contextualização de seus conteúdos, no
SARESP               E               IDEB                por               exemplo.
Atualmente, com a nova LDB e direções governamentais, o professor erra ao
não contextualizar o conteúdo de sua disciplina. Como consequência tem o
desinteresse dos alunos, a indisciplina e os índices sofríveis nas avaliações
externas.
No momento vale ressaltar o que diz a LDB nº 9394/96 em seu art. 1º:


                A educação abrange os processos formativos, que se desenvolvem
               na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições
               de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organização civil da
               sociedade e nas manifestações culturais.


 Espero com esta reflexão auxiliar os professores da escola e aos que
 chegarem, com a caracterização da área do entorno da escola, onde vive
 toda comunidade escolar; uma área de preservação ambiental. Ainda,
 contribuir com um referencial teórico sobre área de preservação ambiental e
 saneamento básico. Dando condição inicial de um trabalho interdisciplinar e
 contextualizado para toda equipe escolar.
7


                                      INTRODUÇÃO



                      A modernidade implica numa visão política de que participar na
                      construção de seu espaço de vida, mais do que receber presentes
                      das autoridades, constitui uma condição essencial da cidadania.
                      Implica numa visão institucional menos centrada nas pirâmides de
                      autoridade, e mais aberta para a elaboração de consensos e os
                      processos horizontais de interação. (Dowbor, 1999:126).


A educação ambiental como eixo temático conduziu todo trabalho. Com o saneamento
básico como assunto aglutinador, porque 100% da comunidade é carente de
infraestrutura básica de saneamento. A intenção foi o de levar aos alunos e a
população local conhecimento dos sistemas e serviços apropriados, sua operação e
funcionalidade. Ainda, estímulo a participação na solução de problemas enfrentados
pela comunidade.
com a educação ambiental procurei sensibilizar os alunos e consequentemente, a
comunidade para os temas saneamento, saúde e ambiente; com vista a promoção da
saúde e melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida.
De          acordo           com          Leane            Chamma             Barbar:
O sistema de coleta e tratamento de esgotos domésticos é um dos pressupostos
básicos para um ambiente saudável, garantindo qualidade de vida e preservação do
meio ambiente.
De certa forma, preparei a todos para uma participação ativa e envolvente nas
questões de meio ambiente e saneamento. Facilitando o trabalho interdisciplinar e
contextualizador, meta da escola com relação ao SARESP E IDEB.
Será necessário então, o envolvimento discente, docente e comunitária na orientação
do uso correto do sistema de coletas e tratamento de esgoto. Implicando em
mudanças de hábitos e costumes para a melhoria da qualidade de vida, saúde e
preservação do meio ambiente. Volto a salientar que, a intenção desta pesquisa não é
o de aprofundamento de estudo sobre área de preservação ambiental ou de
saneamento básico. Mas, sim a utilização destes conhecimentos de forma
contextualizada, garantindo eficácia na aprendizagem dos nossos alunos.
 Ressalto aqui a importância dos alunos como multiplicadores, informando a
comunidade das vantagens do uso correto do sistema de coleta e tratamento de
esgoto. Visando a participação mais ativa na construção do seu espaço de vida.
8
                        Cada multiplicador transmite conceitos e hábitos para seus ouvintes
                        que, por sua vez, passam adiante o conhecimento. A metodologia da
                        multiplicação constitui um efeito em cadeia por meio do qual se
                        alcança, rapidamente, um grande número de pessoas. O multiplicador
                        é o principal agente do programa. Professores, líderes comunitários,
                        sindicalistas, empresários, muitos são os perfis dos multiplicadores.
                        (Livro do professor, p.6)



Conceitualmente o meu trabalho segue definições, quanto a Educação Ambiental, a
definição proposta em 1977 em Tbilisi:
Educação ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a
comunidade tomam consciência de seu meio ambiente e adquirem o conhecimento, os
valores, as habilidades, as experiências e a determinação; que os tornam aptos a agir,
individual e coletivamente a resolver os problemas ambientais.
E de maneira complementar a Lei 9.795 de 1999, que a meu ver é uma extensão da
proposta de Tbilisi de 1977. Esta estabelece uma política nacional de educação
ambiental, baseada na seguinte definição para educação ambiental:
Processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e
sua sustentabilidade.
O que me atrai e compromete são os princípios humanista e participativo desta
política; que encara o meio ambiente em sua totalidade. Ainda, permite a uma
pluralidade de ideias e concepções pedagógicas, fundamentais para um trabalho
autônomo do professor. Interessante a vinculação entre a ética, educação e práticas
sociais, o que garantirá continuidade e permanência do processo educativo. E sem
dúvida de igual importância, a articulação entre as questões ambientais de caráter
local, nacional e global. Pois, vivemos um momento único de globalização econômica,
cultural e comunicacional.
A definição de educação ambiental          por Fábio Cascino, também foi de grande
importância na construção do meu pensamento; em resposta a demanda atual de uma
nova área do conhecimento, a educação ambiental:
 A associação de ambientalismo e ação educativa, isto é, a educação ambiental
implica necessariamente considerar problemas relativos a todas as formas de vida
existentes. Excluir, segmentar, deixar de incluir aspectos da vida das sociedades, das
culturas e dos indivíduos em suas estritas interações com o meio natural leva a
incorrer em graves equívocos.
9
O autor deixou claro, a necessidade da educação ambiental estar vinculada a outras
práticas educativas, na produção e transformação do conhecimento. Articulando-se
com o conjunto do processo educacional. Ainda, a educação ambiental não se deve
fechar em      doutrinas,   já   que sua essencialidade     prática é eminentemente
interdisciplinar.
Pensando assim, tem que se reformular a formação do professor, reavaliando suas
forças de atuação, seu ambiente de trabalho e as interações com o ambiente externo
à sala de aula, aos alunos e à comunidade escolar com um todo.
Corrente de pensamento em conformidade com a nova LDB e seus PCNs(Lei
9394/96). Instrumento de referência curricular, que sugere à escola o trabalho com
atitudes, formação de valores, de habilidades e procedimentos, superando a
divulgação de informações e conceitos. Indica ainda, que o trabalho pedagógico seja
realizado por meio de projetos, como uma das formas de organizar o trabalho didático.
Os PCNs deixam claro, que a questão ambiental deve ser trabalhada de forma
contínua, sistemática, abrangente e integrada e não como áreas ou disciplinas.
(Brasil,1998, p.27)
Quanto a projeto, Boutinet(2002) deixa a seguinte definição:
Conceito dotado de propriedades lógicas a serem explicitadas em suas conexões com
a ação a ser conduzida. Mas, ao mesmo tempo, o projeto aparece como figura que
remete a um paradigma, simbolizando uma realidade que parece preexistir e escapar-
nos: aquela de uma capacidade a ser criada. O projeto seria, então, o avatar individual
e coletivo de um desejo primitivo de apropriação.
        Então, projeto supõe a realização de algo que ainda não existe. Mas, pode ser
alcançado.
         Pela natureza interdisciplinar, o desenvolvimento de projetos em educação
ambiental é uma perspectiva pedagógica bem promissora. A educação ambiental
globaliza e articula, trazendo para à escola um universo de significações, que
envolvem questões presentes no cotidiano, na vida, nas relações entre a sociedade e
a natureza.
Bem, tudo isso parece ser bem transformador. Entretanto, somente acontecerá gestão
ambiental revolucionária, com criação de instrumentos e espaços democráticos;
fortalecendo e capacitando a sociedade civil para dividir responsabilidades e conduzir
ações sociais de interesse público.
Infelizmente, não é o que acontece. Ainda, nos deparamos com um discurso e visão
fragmentados dos potenciais transformadores de um processo educativo, que possa
viabilizar sustentabilidade na política de gestão ambiental. E com a falta de preparo
10


          conceitual dos professores da escola pública, para trabalhar com projetos de
                                                                forma interdisciplinar.




                                        CAPÍTULO I



Contextualização, prática necessária ao ensino atual.



A sociedade atual e sua complexidade exige uma educação, cujo o ensino saia da
formação de modelos, memorização e fragmentação do conhecimento.
Neste sentido a política educacional determina uma reorganização curricular, com o
objetivo de desenvolver os conteúdos utilizando a interdisciplinaridade e a
contextualização; através de uma nova LDB nº 9394/96.
Há uma superação da fragmentação disciplinar escolar, com essa nova organização
curricular. A articulação e a integração dos conhecimentos através de uma constante
interdisciplinaridade e contextualização são as responsáveis por essa conquista na
forma de ensinar nas escolas.
A vantagem da interdisciplinaridade é que ela consegue reunir vários conhecimentos
em favor da resolução de um problema apresentado. Em um texto geográfico, além do
conhecimento específico da matéria, o aluno pode enriquecer seu vocabulário
procurando palavras desconhecidas presente no texto em dicionários. Assim,
contribuindo para ampliação de sua compreensão sobre o texto lido. O que o ajudará
na produção de texto de outras disciplinas.
O professor comprometido com a aprendizagem do aluno tem que resgatar a
importância do seu cotidiano, para que este participe mais intensamente de suas aulas
e corresponda com um aprendizado mais efetivo. Através de aplicações práticas do
conhecimento visto em sala de aula em nossas vidas.
Como a escola localiza-se em uma área de preservação ambiental e é bastante
carente em relação a saneamento básico e este só pode chegar através do diálogo
entre o poder público e os moradores, ainda como mediadora a lei de proteção
ambiental. Então, nos anos que estive trabalhando na escola pouco foi feito na
questão do atendimento dessas melhorias, coleta de lixo, água encanada, esgoto
tratado, asfalto, etc...Estas necessidades sempre esbarravam na questão do impacto
11
que causariam a região; e os moradores sempre aceitavam a protelação em nome de
um meio ambiente protegido.
Refletindo sobre a situação, determinei que o poço artesiano e a fossa séptica seriam
trabalhados com os alunos do sétimo ano. A intenção era envolver pelo menos mais
duas disciplinas além da minha(geografia), trabalharia sobre água e enfatizaria a
importância da preservação dos lençóis freáticos, e a localização das fossas. Pois,
estas são muito utilizadas pelos moradores, como os poços também o são. Ciências
cuidaria das doenças transmissíveis através da água. E a matemática ajudaria nos
cálculos das áreas das fossas e distâncias dessas em relação ao lençol de água.
Dessa forma, a contextualização permite ainda, que o aluno perceba o saber não
apenas como um acúmulo de conhecimento técnico-científico; mas como uma
ferramenta que o prepara para enfrentar os problemas, que a vida coloca em seu dia a
dia.
A fragmentação, a distância entre os conteúdos gera desinteresse, apatia cognitiva,
pois a aprendizagem não se dará de maneira significativa. Esta ocorrerá em todo o
momento que o professor fizer um vínculo do aluno com o que ele está aprendendo.
Mostrando que ele é parte do processo como sujeito ativo da própria aprendizagem.
Então, o contexto remete a um significado para o conteúdo dado, e este deve basear-
se na vida social, nos fatos do cotidiano e na convivência do aluno. Porque o aluno
vive um mundo regido pela natureza, pelas relações sociais, estando exposto à
informações e a vários tipos de comunicação.
Portanto, o cotidiano, o ambiente físico e social deve fazer a ponte entre o que se vive
e o que se aprende na escola. O professor bem intencionado e com propósito
aproveita-se do conhecimento prévio do aluno, para planejar as suas intenções;
fazendo com que o conceito a ser aprendido parta do próprio aluno.
O mundo globalizado exige e necessita de mudanças na forma de ensinar,
consequentemente precisa de professores bem preparados e atualizados quanto às
práticas de ensino, além de serem criativos e facilitadores de aprendizagem.
De acordo com a LDB nº 9394/96 em seu art. 1º:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. –
art 2º:” Essa educação deverá vincular-se ao mundo do trabalho e da prática social”.
Devemos entender que, o ensinar não ocorrerá somente na sala de aula, com o
professor detentor de todo conhecimento e estratégias de ensino. O amparo legal
permite que o professor ouse mais em busca da qualidade de ensino para todos, e da
12
transformação social. Ansiada pelos alunos que detiveram em suas mentes e
corações os ideais do velho mestre.




                                      CAPÍTULO II



ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E A CARACTERIZAÇÃO DO LUGAR NO
           ENTORNO DA ESCOLA UACURY DE CAMPINAS/SP


O professor ter uma área de preservação ambiental no entorno de sua escola é
bastante instigante e remete-o a querer envolver seus alunos com o tema: MEIO
AMBIENTE E CIDADANIA. Este patrimônio de nossa cidade é um laboratório a céu
aberto e nos convida a estar em contato a todo momento. Não podemos abrir mão de
contextualizar em sala de aula esta experiência peculiar, que envolve a toda
comunidade escolar.
Minha clientela também tem aspectos peculiares, talvez por viverem em lugar tão
privilegiado com uma mata nativa e o rio Atibaia ao fundo de nossa escola; eles sejam
tranquilos e ávidos por defenderem a natureza. Trabalhar com a questão ambiental é
garantia de participação quase total dos alunos.
A APA, além de ser meu referencial teórico na preparação de minhas aulas é também
nossa realidade diária; fruto de nossas reflexões constantes, ora por envolvimento em
uma luta por asfalto ecológico(que ainda não saiu de projeto), ora pelo lamaçal que as
estradas tornam-se em dia de chuva...E assim é nossa luta de todos os dias, que nos
torna parceiros na busca da superação de nossas dificuldades.


Macrozona 1 – Área de Proteção Ambiental-APA.


Compreende a APA municipal, estabelecida pela Lei 10.850 de 07/06/2001,
contemplando integralmente as áreas dos distritos de Sousas e Joaquim Egídio, em
suas porções urbana e rural, e a porção nordeste do município; localizada entre o
distrito de Sousas, o rio Atibaia e os limites intermunicipais Campinas-Jaguariúna e
13


    Campinas-Pedreira, parte rural onde se inserem os núcleos urbanos referentes ao
    bairro Carlos Gomes, Jardim Monte Belo e Chácaras Gargantilha. Sua delimitação
          geográfica abrange todo o território do interflúvio dos rios Atibaia e jaguari no
         município, onde se insere parte da APA estadual dos rios piracicaba e juqueri-
 mirim(trecho da bacia do rio jaguari). Possui altitudes que variam de 550 m a 1078 m,
   na serra das cabras, sendo esta a porção mais elevada do município. Localizada no
      quadrante nordeste do município, fazendo limite com os municípios de Valinhos,
          Morungaba, Pedreira e Jaguariúna, sendo formada apenas por única área de
    planejamento-AP1.A macrozona 1 possui uma área de aproximadamente 224 km²,
que corresponde a 27% da área do município. Constitui-se em sua maior parte de área
                 rural e caracteriza-se por apresentar baixa densidade de urbanização.
A população desta macrozona, segundo o censo demográfico de 2000 era de 20.153
habitantes, que correspondia a 2,08% da população total do município, sendo que
16.896 habitantes concentram-se na zona urbana(83,84%) e 3.257 na zona
rural(16,16%).
O distrito de Joaquim Egídio possui 89,25 km² e uma densidade de 28.21 Hb/km²,
conforme o mesmo censo.
Sousas por sua vez, possui uma área de 65,50 Km² e uma densidade de 222,56
hab/Km². As área destes distritos representam 11,14% e 8,18% respectivamente do
total da área do município.
Em 2000 esses mesmo distritos concentravam 14,578 habitantes(Sousa) e 2.518
habitantes(Joaquim Egídio, 1,50% e 0,26% respectivamente da população do
município(969.386 habitantes).
Área de notável valor ambiental, onde há uma cobertura vegetal exuberante, com rico
patrimônio histórico/cultural, tanto em sua porção rural, predominante, como em seus
núcleos urbanos históricos.
Apresenta relevo de serras, diferenciado do restante do município e importantes
atributos do ambiente natural, que incluem recursos hídricos imprescindíveis à região,
como os mananciais dos rios Atibaia e jaguari.
Atualmente a região da APA configura um quadro particular do múltiplo contexto
ambiental e cultural de Campinas, resultado do meio físico e biótico, como do
processo histórico específico de ocupação territorial e dinâmica produtiva.
Entretanto, é a porção urbana mais ao norte da APA, que nos interessa. Pois, é a
região onde localiza a escola UACURY DE ASSIS BASTOS e onde moram as famílias
da clientela da escola.
14
Esta área da APA apresenta predomínio de uma ocupação por loteamentos oriundos
de chácaras de recreio, como o Jd. Monte Belo e Chácaras Gargantilha, bastante
utilizada para morada permanente hoje em dia; tem condições bem precárias de
infraestrutura e de serviços públicos.
Quero destacar pela relevância que tem para nós trabalhadores e moradores do local,
as características históricas do núcleo Carlos Gomes, antigo bairro rural, cujo
patrimônio é de interesse cultural.
É conhecido como atividade econômica nesta área a exploração mineral, atividades
agropecuárias, com a presença de gado de leite e do cultivo de café e da cana. A
cultura anual parece ser pouco significativa e a cultura perene é desenvolvida com
mais expressão em Joaquim Egídio. O reflorestamento com eucaliptos e a existência
de campos limpos ocupam extensões relevantes nos distritos de Sousa e Joaquim
Egídio, respectivamente.
A APA     de modo geral, tem características particulares no contexto do ambiente
natural, apresentando conjuntos de construções remanescentes dos períodos
canavieiro e cafeeiro, com elementos arquitetônicos históricos, grande parte deles
tombados pelo patrimônio histórico.
As fazendas e seu contexto paisagístico, as casas sede, terrenos colônias, tulhas e
estações do ramal ferroviário, os núcleos urbanos e todos os demais vestígios das
sucessivas fases históricas revelam dos valores dessa região de Campinas/SP.
As diretrizes gerais para a região desta macrozona 1:
-coibição da verticalização e adensamento; -contenção da expansão urbana nos
limites da área urbana atual; -proibição da instalação de indústrias; -estímulo de
atividades turísticas que valorizem os atributos naturais, arquitetônicos, históricos ou
culturais; -conservação dos recursos hídricos e das matas nativas;
-Preservação dos leitos férreos desativados, para eventual utilização por transporte de
passageiros, turísticos/lazer local.
15




                                CAPÍTULO III



Saneamento Básico, um aliado na construção de uma consciência crítica e
cidadã.



                  O saneamento ambiental não tem sido historicamente priorizado, seja
                  na formulação de políticas públicas ou nas ações do setor privado da
                  economia, resultando em condições insatisfatórias, que decorrem da
                  sua insuficiência ou deficiência. Esse fato é agravado pela falta de
                  informação e de educação da população para enfrentar as condições
                  sanitárias precárias vividas, aliando-se à falta de incorporação de
                  hábitos e práticas sanitárias e ambientais em seu quotidiano.(Helena
                  Ribeiro/2002)



1- Saneamento em Campinas
16


O município de Campinas capta água dos rios Atibaia e Capivari, sendo que o Atibaia
é responsável por 95% do abastecimento da cidade. Este rio corta a região da escola
e sem tratamento do esgoto doméstico; eu e os alunos ficamos muito preocupados
com a situação. Entretanto, entramos em consenso que a situação do esgoto industrial
é bem pior e deteriorou muito a água do Atibaia. Rio que muitos anos atrás servia de
lazer e a sobrevivência dos moradores.
A Sanasa é responsável pelos serviços de saneamento em Campinas, englobando a
captação, adução, tratamento, preservação e distribuição de água potável, ainda
coleta, afastamento e tratamento do esgoto doméstico do município.
Atualmente a empresa municipal atende cerca de 98% da população urbana de
Campinas com seis estações de tratamento de água, as chamadas ETAS. O índice de
atendimento à população rural é menor. Sabemos na comunidade, que o atendimento
nos é dado através de caminhões pipas, que atende a quem compra, por uma questão
de gerenciamento compartilhado da APA. Onde, sempre coube a comunidade a
decisão por continuar preservando às características naturais da região.
 As agressões ao meio ambiente são constantes, devido a uma insatisfatória e
precária fiscalização, resultado de uma política municipal alienada do meio ambiente
em Campinas/SP. Dessa forma atualmente, a situação dos mananciais de Campinas é
considerada insatisfatória, sendo necessário para o tratamento adequado da água,
processos avançados como pré e interalcalinização, o uso contínuo de carvão e como
desinfetante a cloramina.
Quanto ao esgotamento, atualmente a SANASA atende 88% da população urbana de
Campinas, com 210 mil ligações, por meio de 3.112 km de redes, emissários e
interceptores.
Entretanto, o maior desafio do município encontra-se, no tratamento desse esgoto,
onde a maior parte do esgoto produzido pelo município é lançado diretamente nos
córregos e ribeirões que atravessam a área urbana de Campinas, o que compromete
os demais usos de água disponíveis, e sobretudo, a qualidade ambiental da região,
além de poluir os afluentes dos rios Atibaia e Capivari; mananciais onde a SANASA
capta água para a população. A situação desses córregos, ribeirões e rios é
lastimável. Vítimas de ações de empresários inescrupulosos, aliadas a falta de
comprometimento político governamental e populacional. Omissão que nos faz pagar
muito caro, com um ambiente tão degradado e sem perspectivas de recuperação.
Campinas tem hoje 82% de todo o esgoto doméstico tratado. Junto com Brasília são
as primeiras em termos de saneamento básico. Um grande salto dado na qualidade de
17
vida dos campineiros, que em 2001 tinha apenas 5% do esgotamento doméstico
tratado.
Recentemente, foi inaugurado a ETE ANHUMAS, a maior estação de tratamento de
esgoto do interior do país. Com esta nova estação, Campinas passará a ter cerca de
65% do esgoto doméstico tratado.
Saneamento atualmente é dividido em cinco segmentos: abastecimento de água,
esgotamento sanitário, drenagem pluvial, controle de vetores e resíduos sólidos. O
objetivo do saneamento é a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida das
pessoas aliada a preservação do meio ambiente. Iniciativa pequena em relação a
degradação , através da emissão industrial e doméstica de esgoto sem tratamento.
Situação justificada segundo o IBGE/2000, onde aproximadamente 23% da população
brasileira vivia na zona rural, 31 milhões de brasileiros que vivem na sua grande
maioria sem acesso aos serviços de saneamento, com água tratada, destino
adequado dos esgotos e resíduos sólidos, sem controle de vetores e com dificuldades
no manejo da água pluvial. Realidade bem próxima da nossa comunidade, nas
proximidades do bairro Carlos Gomes. Onde todo esgoto doméstico e comercial é
jogado sem tratamento no rio Atibaia. Não há esgoto nessa região, condenando
mananciais e afluentes do Atibaia. Esta mais do que na hora de se estabelecer uma
política de ocupação dessas áreas de preservação. Quando há a permissão de
ocupação, tem que haver uma política ambiental contra impactos e de manutenção
sustentável do ambiente. Esta fazendo falta esta política, o que pode comprometer a
médio prazo a tentativa legal de preservação deste ambiente de APA.
Entre 1991 e 2000 a cobertura de abastecimento de água da população urbana
cresceu de 87,8% para 89.8%. Desalentador segundo o IBGE. A cobertura para a
população rural não atingia 20%. Em relação aos serviços de esgotamento sanitário,
seja por rede geral ou fossa séptica, a cobertura pela população urbana passou de
64,4% a 72% e o da população rural de 9,5% a 12,9%.(PMSS 2006).


                      Um dos grandes desafios do saneamento é atender a população de
                      menor renda, concentradas em moradias precárias, dispersas nas
                      periferias, em que se visualiza a significativa carência de
                      infraestrutura de saneamento. Essa situação é agravada no Brasil,
                      devido à acentuada desigualdade existente, que cria o afunilamento
                      entre a expansão urbana e a carência de infraestrutura de
                      saneamento. O processo de crescimento e expansão das cidades
                      ocorreu sem planejamento urbano adequado, levando uma crise
                      urbana sem precedentes, tendo como principal característica a
                      ocupação de áreas impróprias, como mananciais e APPs, etc. Onde
                      milhões de brasileiros não têm acesso ao solo urbano e a moradia,
                      senão através de formas ilegais.(Helena Ribeiro/2002)
18

Nas últimas décadas, o desmatamento das encostas e das matas ciliares, assim como
a poluição vêm contribuindo para a diminuição da quantidade e qualidade da água das
nascentes, rios, poços e lagos. Já vimos acima, consequência de uma política efetiva
de preservação ambiental, aliada a um planejamento de ocupação das áreas de
preservação permanente. Responsabilidade solidária da sociedade que se omite e
pouco participa das decisões relativas a ocupação do solo na cidade; e pela situação
econômica dos cidadãos que ocupam essa área como última alternativa de moradia. O
que muito contrasta com o crescimento de condomínios fechados no entorno dessa
região de APA. Sabemos da flexibilidade do governo municipal ante ao poder
econômico, facilitando a construção cada vez maior desses condomínios fechados.
Mostrando as reais intenções do planejamento urbano oficial. Ou seja, a paisagem
local é modelada a partir dos interesses do capital e não do ambiente.

Cabe a toda zona rural a tarefa de preservar as nascentes de sua propriedade em seu
benefício e de toda sociedade. É preciso que as pessoas conscientizem do uso correto
da água, aproveitando os recurso existentes nas propriedades rurais, ou de onde
venha sua captação.

2- Riscos de doenças através do uso da água.

Com atual situação de saneamento básico nos bairros inseridos imprudentemente na
área de preservação permanente de Campinas, pode colocar em risco à saúde dos
habitantes. Já que, água contaminada pode de várias maneiras prejudicar a saúde
das pessoas. Através da ingestão direta de alimentos, pelo seu uso na higiene pessoal
e no lazer, na agricultura, na indústria, pecuária, suinocultura, avicultura e psicultura.

Saúde é o estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a
ausência de doenças. O que nos remete a uma relação mais amistosa com o meio
ambiente, o que vai propiciar este bem estar. Sem cuidado com o meio ambiente, não
há como     gozar de saúde. Pois, sua contaminação retornará e comprometerá o
equilíbrio natural; necessário à saúde do próprio sistema ambiental.

 O desequilíbrio permitirá a ação dos principais agentes biológicos encontrados nas
águas contaminadas, que são os parasitas, as bactérias patogênicas e os vírus.

Causadores das principais doenças relacionadas com a água, que são as que se
seguem: amebíase, doença originada por uma ameba; protozoário de vida livre,
parasita. Além de disenteria amebiana, a colite podem provocar dores abdominais,
19
astenia, lassidão e emagrecimento. É uma doença curável, o tratamento tem de ser
intensivo e supervisionado por especialista. Medidas sanitárias e cuidado com os
alimentos, principalmente os ingeridos crus.

Minha preocupação com as doenças é justamente porque a comunidade escolar usa
água de poço e fossas sépticas secas. Então, meus alunos são alvo em potencial de
doenças sanitárias, que não mais deveriam atingir as crianças no país, que as tenha
como preocupação principal. Meus esforços se orientarão para a divulgação e
conhecimento dessa situação, para que possam de alguma forma se protegerem.

                       As questões relativas aos resíduos gerados pelas cidades têm se
                       avolumado e se agravado, a ponto de se constituírem, atualmente,
                       num dos principais desafios da sociedade em geral, e de gestores
                       urbanos em particular. Os resíduos sólidos representam uma parte
                       importante desse problema, ao lado dos resíduos líquidos e das
                       emissões atmosféricas. Reduzir os impactos desses resíduos, sobre
                       o ambiente e sobre as próprias comunidades, é tarefa que exige, ao
                       lado de conhecimentos técnicos adequados, decisão política e
                       empenho coletivo.(Regina Tortorella/2006)


3- Águas do subsolo.

Orientar quanto a construção de poços artesianos é de suma importância para os
moradores. Para que dessa forma evitem a contaminação dos lençóis freáticos. Pois,
grande parte da água utilizada pelos moradores da região vem dos poços artesianos
clandestinos. Precários, já que não existe programa oficial e nem particular de análise
desta água.

A água do subsolo pode ser encontrada em fontes e poços. Na fonte, a água brota
naturalmente do terreno. O poço aproveita a água obtida de uma abertura feita no
terreno.
O poço é uma abertura feita no solo com a finalidade de tirar água do subsolo. Pode
ser raso(mais comum) e profundos(cidades).
Poços rasos são denominados dessa maneira quando captam água do lençol freático,
onde a água se encontra acima da primeira camada impermeável. Em geral são de
forma circular e com profundidade nunca superior a 20 metros de fundura.
O poço pode ser de três tipos: escavado, perfurado e cravado.
O que mais nos interessa é o perfurado, por ser o mais comum na região da escola
Uacury.
Os poços rasos escavados são geralmente abertos por escavação manual, o que
exige diâmetro de 0,80 a 1,50 m. Em alguns casos pode ter mais de 2,0 metros e são
20


popularmente chamados de cacimbões. Este pode ser mais facilmente contaminado.
Dificilmente tem mais de 10 metros de fundura.
Os poços rasos perfurados são abertos por meio de trados, brocas e escavadeiras
manuais, com diâmetros pequenos de 0,15 a 0,30 m. São aconselhados para lençóis
freáticos de pequena profundidade e grande vazão. Geralmente tem profundidade
entre 8 a 20 metros.
Os poços rasos cravados são metálicos providos de ponteiras, cravados por
percussão ou rotação em pequenos diâmetros 3 cm a 5 cm, usados como solução de
emergência em lençóis freáticos de pequena profundidade e grande vazão.
A proteção dos poços rasos visam impedir a sua contaminação e o conhecimento de
possíveis meios pelos quais ele se processa. Os meios mais comum de contaminação
são os que se seguem: -contaminação pelo lençol, a proteção dar-se-á com a
localização do poço longe de possíveis focos de contaminação e com o impedimento
de que não sejam instalados após a implantação do poço; -infiltração de água
contaminada da superfície através das paredes laterais, a proteção é feita com as
paredes sendo impermeabilizadas até três metros abaixo da superfície do solo pelo
menos; -entrada pela boca de objetos contaminados , animais, detritos, baldes, etc. A
proteção dar-se-á com a colocação de uma tampa selada, com caimento para fora. É
necessário deixar uma abertura de inspeção de 0,60 x 0,60 m, com tampa selada com
argamassa fraca; -o sistema de retirada da água de dentro do poço deve ser muito
cuidadoso, procurando-se utilizar maneiras que impeçam de haver contato da parte
externa com o interior do poço.
No ambiente rural o poço raso é o mais empregado, porque a quantidade de água
fornecida por ele é suficiente para o abastecimento domiciliar, como também porque a
sua proteção sanitária é relativamente simples e barata.


A preocupação é grande na região, quanto a contaminação dos poços artesianos. Os
dejetos humanos e animais podem originar doenças e até a morte. Esses dejetos ao
serem depositados no solo, podem contaminar com agentes infecciosos. Depois, de
caírem na terra, são de alguma maneira levados para as águas e podem chegar até
aos alimentos, contaminandos-os também. Eles podem ser arrastados pela água da
chuva, pelo vento, por outras pessoas ou animais. As doenças relacionadas com os
dejetos mais comuns no meio rural são: solitárias, lombrigas, diarreia, cólera e
hepatite.
21
A principal forma de contaminação humana é através de alimentos e água
contaminados com fezes. Essa contaminação se dá em geral através de mãos sujas,
de vetores, da manipulação de alimentos e utensílios domésticos e de consumo de
água contaminada. Situação que pode ser agravada pela simplicidade das pessoas,
que trabalham nas chácaras de veraneio, que não entendem a extensão de sua
ignorância, quanto aos hábitos simples de higiene.


4- Barreiras sanitárias.



A atenção então, é no uso consciente por parte da população das barreiras sanitárias;
maneira de quebrar a cadeia de transmissão das doenças relacionadas com os
dejetos é através do uso de barreiras sanitárias. A barreira sanitária se constitui na
disposição conveniente dos dejetos, de modo que estes não sejam acessíveis ao
homem e aos vetores, não poluam águas e o solo. E não acarretam outros
inconvenientes, tais como maus odores e mau aspecto no ambiente.
As barreiras sanitárias são obras de saneamento para tratamento dos dejetos que
evitam o contato de todas as secreções humanas e de animais com a água, o solo, os
alimentos e o próprio homem. Podem ainda, aproveitar os dejetos em usos diversos e
ao não permitir a transmissão de doenças, melhoram a vida das comunidades e
garantem o desenvolvimento das mesmas.
A comunidade do entorno da escola não contam com esta importante infraestrutura,
que os pouparia dos riscos de contaminação via água contaminada. Os dejetos
domésticos vão cair irremediavelmente no rio Atibaia. A educação quanto a instalação
correta dos poços é o fator mais importante de saúde nestes bairros próximos à
escola. Mais uma vez, saliento a necessidade do gestor público olhar com atenção
essa situação na nossa região. A falta de esgoto poderá comprometer sobremaneira a
qualidade das águas do rio Atibaia, tornando cada vez mais caro o tratamento dessas
águas, para o consumo da própria população. Não há mais tempo e medidas de
saneamento fazem-se urgente nesta região. Tem que se buscar formas sustentáveis
de desenvolvimento destas áreas. Aliando esse desenvolvimento ao bem estar da
população, ao mesmo tempo protegendo o meio ambiente. Esse sem dúvida o
patrimônio maior da comunidade e da própria cidade de Campinas/SP.


5- Dificuldades no saneamento rural.
Em áreas rurais a destinação adequada dos excretos não é meramente um problema
técnico. O uso de fossas secas e outros tipos de latrinas tem sido considerado conduta
apropriada e relativamente barata.
Na grande maioria das vezes a dificuldade com a destinação dos dejetos na zona rural
consiste em convencer as pessoas a usar e a manter a latrina.
A fossa seca consiste basicamente numa escavação no solo com forma cilíndrica e
diâmetro de 0.80 m, na qual as fezes e o material de asseio são depositados.
Na boca da fossa deve ser construída uma base suporte para a sustentação do piso
da privada na qual existe um orifício para a passagem do material fecal e outros.
Sobre o piso da privada é construído uma casinha provida de porta para abrigar o
usuário.
O volume da fossa deve ser de pelo menos 0,06 m³(60 litros) por pessoa a cada ano
de uso da privada, mais uma folga superior na altura de 50 cm,
Uma característica básica da fossa seca é que ela não deve receber água de
descargas, de banhos, de lavagem, de enxurrada. Seus principais problemas são a
geração de odor e a proliferação de insetos.
O conhecimento teórico acima pode propiciar ao professor a contextualização do que
ensina, tornando significativo o conteúdo ministrado e eficiente a aprendizagem de
seus alunos. A APA, os poços e as fossas são verdadeiros laboratórios que não
podem ser desprezados pelos professores da nossa escola. Percebo que a sala de
aula também deve ser transformada em laboratório de pesquisa do ser humano e seus
relacionamentos, interesses e motivações. Sem o que, continuaremos amargar
irrelevantes e ínfimos resultados na educação e saúde de São Paulo e Brasil.


                       O processo de formação docente não se reduz ao treinamento e
                       capacitação, nem sequer na transmissão de conhecimentos, mas, é,
                       acima de tudo, uma               reconstrução de valores éticos, uma
                       valorização da práxis refletida. Assim, o professor precisa ser capaz
                       de refletir a ação, sobre a ação e sobre a reflexão na ação. (Nóvoa,
                       1995; Shon, 1995):




                                     CONCLUSÃO



Minha pesquisa confirma a importância e o lugar do Meio Ambiente no pensamento
científico contemporâneo. Protagonizando inúmeras ações dentro das escolas em
22


favor da aprendizagem dos alunos. Os professores atualmente têm procurado aliar o
conhecimento produzido na universidade, com o conteúdo dado em sala de aula; em
favor de um ensino mais dinâmico e competente.


A educação Ambiental com ações e práticas educativas cotidianas, pode ter
fortalecidas e aprofundadas suas raízes na escola; contexto privilegiado de atuação.
Assim, a educação ambiental torna-se parte indissociável dos conteúdos, das
atividades ministradas pelos professores. Por fim, da formação ambiental dos alunos.
Os resultados do SARESP ao longo dos anos da EE. Prof.º Uacury Ribeiro de Assis
Bastos mostram a importância do trabalho em equipe, baseado na contextualização e
interdisciplinaridade. Por trás desses resultados encontramos um repensar do Estado,
em relação a formação dos professores. Para atender a demanda do SARESP ela
deve ser contínua, com a oferta de especialização para os professores efetivos.
Além do aspecto profissional, temos o aspecto econômico, caracterizado pelo bônus,
gratificação em dinheiro para a equipe escolar, que ultrapassar as metas
estabelecidas para o ano, e que têm o SARESP como referência.
Outras mudanças se fazem necessárias. Por exemplo, na formação acadêmica dos
professores das séries iniciais do ensino fundamental, com a inserção da EDUCAÇÃO
AMBIENTAL como nova disciplina. Quero enfatizar esse estudo na formação
acadêmica dos novos professores, para que estejam aptos a tratar do meio ambiente
de maneira interdisciplinar; independentemente de sua licenciatura. Consolidando na
escola, uma nova prática educativa; que promoverá a aprendizagem a partir da vida
cotidiana. Estabelecida por novas relações dos professores com o ambiente externo à
sala de aula, com os alunos e comunidade.
Quanto a questão José Erno Tablieber nos alerta:
Apesar das recomendações a Educação Ambiental não tem sido incluída nos
currículos dos cursos de formação de professores mais tradicionais, nem de maneira
interdisciplinar ou transversal. Comprometendo o trabalho das instituições de ensino
infantil e fundamental. Pois, têm dificuldades para incluir esta abordagem em seus
currículos. Tratando de maneira pontual a questão ambiental, com limpeza de rios,
praias na semana do meio ambiente; se omitindo da discussão sobre modelo
econômico e consumismo. Complementando Pimenta e Ghedin(2002) afirmam que a
reflexão sobre as contradições no processo de formação de professores ganha uma
outra dimensão, centrada na investigação do próprio trabalho em sala de aula e na
escola.
23
A análise feita com os resultados do SARESP da EE Profº Uacury                  R. A.
Bastos,comprovaram um salto de qualidade no ensino oferecido aos seus alunos.
Baseado no fortalecimento do trabalho em equipe, com uma preocupação única na
aprendizagem de todos os alunos, principalmente quanto à competência leitora.


O trabalho de base desenvolvido com o ensino da Língua Portuguesa nas séries
iniciais do ensino fundamental com 21,7% dos alunos do 5º ano no nível avançado,
determinou não só o sucesso da equipe escolar, mas sobretudo o da aprendizagem
em outras disciplinas.
Geografia por exemplo, atingiu em 2009 no SARESP, 15,8% dos alunos do 3º ano do
ensino médio no nível avançado de ensino. Alunos com conhecimento e domínio de
conteúdos, competências e habilidades acima do requerido para a série em que se
encontram.
Então, os problemas de aprendizagem não serão resolvidos de maneira solitária, mas,
pelo trabalho integrado de gestão e docência; mediado pelo ambiente e comunidade
do entorno da escola.




                                  BIBLIOGRAFIA



-Chamma Barbar P, Leane. E outro. Uso adequado dos istemas de coleta e
tratamento de esgotos domésticos-enfoque ambiental.ABES-associação brasileira
de Engenharia Sanitária e Ambiental.

-Cristina Bruno B. Zanetti, Izabel.e outra.A educação Ambiental como instrumento
de mudança na concepção de gestão dos resíduos sólidos domiciliares e na
preservação do meio ambiente.

-De Carvalho, Maria Cecília.Construindo o Saber.Campinas/SP, Editora Papirus,
1988.

-Faria, Débora Felício.Organização do ensino fundamental e os parâmetros
Curriculares da Educação.Alfenas/MG, CEAD, 2010.
24

-Giroux, Henry A.Os professores como intelectuais:rumo a uma pedagogia crítica
da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

-LDB(Lei de Diretrizes e base) 9394/96.

-Ribeiro, Helena. E outra.A integração entre educação ambiental e o saneamento
ambiental como estratégia para a promoção da saúde e do meio ambiente
sustentado.

-http://saresp.fde.sp.gov.br/2009/Boletins/RedeEstadual/2/914873_2.pdf

-http://saresp.fde.sp.gov.br/2011/Boletin/RedeEstadual/1/914873_1.pdf

 -Saviani, Dermeval.Escola e Democracia.Campinas/S, Autores e Associados, 2002.

-Sindicato dos Trabalhadores.Saneamento em Campinas. 2012.

-Taglieber, José Erno.Formação continuada de professores em educação
ambiental: contribuições, obstáculos e desafios.GT: Educação Ambiental/nº
22.FAPESC/CNPQ.

-Tortorella Reani, Regina. E outra.A situação do esgotamento sanitário na
ocupação periférica de baixa renda em áreas de mananciais: Consequências
ambientais no meio urbano.ANPPAS, 2006.3ª séri


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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TEORIAS E PRÁTICAS NA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL SANEAMENTO BÁSICO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, PONTO DE PARTIDA DE UM ENSINO CONTEXTUALIZADO. Claiton Gonçalves Lopes Professor Orientador Thales de Astrogildo e Tréz Campinas Abril/2013
  • 2. CLAITON GONÇALVES LOPES SANEAMENTO BÁSICO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, PONTO DE PARTIDA DE UM ENSINO CONTEXTUALIZADO. Trabalho apresentado à Universidade Federal de Alfenas, como requisito à obtenção do Grau de especialista em Teorias e Práticas na Eduacação. Professor Orientador : Thales de Astrogildo e Tréz . Campinas Abril/2013
  • 3. AGRADECIMENTO Meus sinceros agradecimentos aos generosos Mestres Orientadores: Nilton Luiz Souto e Thales de Astrogildo e Tréz . Em especial a Patricia Cabral de Vasconcellos.
  • 4. Educação Ambiental são processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Lei 9.705/99 sobre Educação Ambiental.
  • 5. SUMÁRIO 1- APRESENTAÇÃO...................................................................................6 2-INTRODUÇÃO..........................................................................................7 3-CAPÍTULO I- CONTEXTUALIZAÇÃO, PRÁTICA NECESSÁRIA AO ENSINOATUAL................................................................................................10 4-CAPÍTULO II- ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E A CARACTERIZAÇÃO DO LUGAR NO ENTORNO DA ESCOLA UACURY DE CAMPINAS/SP..................................................................................................12 5-CAPÍTULO III- SANEAMENTO BÁSICO UM ALIADO NA CONSTRUÇÃO DE UMA CONSCIÊNCIA CRÍTICA E CIDADÃ...............................................................15 6- CONCLUSÃO...........................................................................................21 7- BIBLIOGRAFIA........................................................................................23
  • 6. RESUMO O atual estudo tem como tema: O saneamento básico em área de preservação ambiental, ponto de partida para um ensino contextualizado. A intenção é disponibilizar um referencial teórico de educação ambiental aos docentes e gestores da instituição pesquisada. Contribuindo para as exigências atuais de um ensino contextualizado e interdisciplinar. Garantindo maior eficácia ao processo ensino aprendizagem da escola. Além, é claro de compartilhar experiências em teorias e práticas pedagógicas. O estudo tem base nas estatísticas do SARESP E IDEB e em referências bibliográficas em contextualização, saneamento básico, área de preservação ambiental e educação ambiental. Conclui que o ensino contextualizado e interdisciplinar tornam mais eficiente a didática e com isso melhora à aprendizagem escolar. Palavras-chave: contextualização, educação ambiental, interdisciplinariedade, eficácia, ensino e aprendizagem.
  • 7. APRESENTAÇÃO O intuito da realização desta pesquisa não é o de aprofundamento ou de evidenciar problemas atuais relacionados a condições de moradia no contexto brasileiro. Mas, o de enfatizar a contextualização com o aproveitamento da realidade e conhecimento prévio do aluno, como forte aliados na construção do conhecimento e da aprendizagem. Constatado através de observações e inferências próprias, ao longo dos anos de trabalho na E.E. Prof. Uacury Ribeiro de Assis Bastos. Pautadas no diálogo e atividades relacionadas principalmente ao uso de poço artesiano e fossa; com os alunos do sétimo ano em 2009/2010. Corroboram ainda nossos resultados(geografia) no SARESP 2009/2011, que foram além do esperado para uma escola rural e periférica. E mostraram que o trabalho realizado de forma contextualizada produzia efeito positivo na aprendizagem dos alunos. Verifiquei que as disciplinas menos contextualizadas como português e matemática estavam com rendimentos bem inferiores a geografia e história; disciplinas marcadas pela forte contextualização de seus conteúdos, no SARESP E IDEB por exemplo. Atualmente, com a nova LDB e direções governamentais, o professor erra ao não contextualizar o conteúdo de sua disciplina. Como consequência tem o desinteresse dos alunos, a indisciplina e os índices sofríveis nas avaliações externas. No momento vale ressaltar o que diz a LDB nº 9394/96 em seu art. 1º: A educação abrange os processos formativos, que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organização civil da sociedade e nas manifestações culturais. Espero com esta reflexão auxiliar os professores da escola e aos que chegarem, com a caracterização da área do entorno da escola, onde vive toda comunidade escolar; uma área de preservação ambiental. Ainda, contribuir com um referencial teórico sobre área de preservação ambiental e saneamento básico. Dando condição inicial de um trabalho interdisciplinar e contextualizado para toda equipe escolar.
  • 8. 7 INTRODUÇÃO A modernidade implica numa visão política de que participar na construção de seu espaço de vida, mais do que receber presentes das autoridades, constitui uma condição essencial da cidadania. Implica numa visão institucional menos centrada nas pirâmides de autoridade, e mais aberta para a elaboração de consensos e os processos horizontais de interação. (Dowbor, 1999:126). A educação ambiental como eixo temático conduziu todo trabalho. Com o saneamento básico como assunto aglutinador, porque 100% da comunidade é carente de infraestrutura básica de saneamento. A intenção foi o de levar aos alunos e a população local conhecimento dos sistemas e serviços apropriados, sua operação e funcionalidade. Ainda, estímulo a participação na solução de problemas enfrentados pela comunidade. com a educação ambiental procurei sensibilizar os alunos e consequentemente, a comunidade para os temas saneamento, saúde e ambiente; com vista a promoção da saúde e melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida. De acordo com Leane Chamma Barbar: O sistema de coleta e tratamento de esgotos domésticos é um dos pressupostos básicos para um ambiente saudável, garantindo qualidade de vida e preservação do meio ambiente. De certa forma, preparei a todos para uma participação ativa e envolvente nas questões de meio ambiente e saneamento. Facilitando o trabalho interdisciplinar e contextualizador, meta da escola com relação ao SARESP E IDEB. Será necessário então, o envolvimento discente, docente e comunitária na orientação do uso correto do sistema de coletas e tratamento de esgoto. Implicando em mudanças de hábitos e costumes para a melhoria da qualidade de vida, saúde e preservação do meio ambiente. Volto a salientar que, a intenção desta pesquisa não é o de aprofundamento de estudo sobre área de preservação ambiental ou de saneamento básico. Mas, sim a utilização destes conhecimentos de forma contextualizada, garantindo eficácia na aprendizagem dos nossos alunos. Ressalto aqui a importância dos alunos como multiplicadores, informando a comunidade das vantagens do uso correto do sistema de coleta e tratamento de esgoto. Visando a participação mais ativa na construção do seu espaço de vida.
  • 9. 8 Cada multiplicador transmite conceitos e hábitos para seus ouvintes que, por sua vez, passam adiante o conhecimento. A metodologia da multiplicação constitui um efeito em cadeia por meio do qual se alcança, rapidamente, um grande número de pessoas. O multiplicador é o principal agente do programa. Professores, líderes comunitários, sindicalistas, empresários, muitos são os perfis dos multiplicadores. (Livro do professor, p.6) Conceitualmente o meu trabalho segue definições, quanto a Educação Ambiental, a definição proposta em 1977 em Tbilisi: Educação ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência de seu meio ambiente e adquirem o conhecimento, os valores, as habilidades, as experiências e a determinação; que os tornam aptos a agir, individual e coletivamente a resolver os problemas ambientais. E de maneira complementar a Lei 9.795 de 1999, que a meu ver é uma extensão da proposta de Tbilisi de 1977. Esta estabelece uma política nacional de educação ambiental, baseada na seguinte definição para educação ambiental: Processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. O que me atrai e compromete são os princípios humanista e participativo desta política; que encara o meio ambiente em sua totalidade. Ainda, permite a uma pluralidade de ideias e concepções pedagógicas, fundamentais para um trabalho autônomo do professor. Interessante a vinculação entre a ética, educação e práticas sociais, o que garantirá continuidade e permanência do processo educativo. E sem dúvida de igual importância, a articulação entre as questões ambientais de caráter local, nacional e global. Pois, vivemos um momento único de globalização econômica, cultural e comunicacional. A definição de educação ambiental por Fábio Cascino, também foi de grande importância na construção do meu pensamento; em resposta a demanda atual de uma nova área do conhecimento, a educação ambiental: A associação de ambientalismo e ação educativa, isto é, a educação ambiental implica necessariamente considerar problemas relativos a todas as formas de vida existentes. Excluir, segmentar, deixar de incluir aspectos da vida das sociedades, das culturas e dos indivíduos em suas estritas interações com o meio natural leva a incorrer em graves equívocos.
  • 10. 9 O autor deixou claro, a necessidade da educação ambiental estar vinculada a outras práticas educativas, na produção e transformação do conhecimento. Articulando-se com o conjunto do processo educacional. Ainda, a educação ambiental não se deve fechar em doutrinas, já que sua essencialidade prática é eminentemente interdisciplinar. Pensando assim, tem que se reformular a formação do professor, reavaliando suas forças de atuação, seu ambiente de trabalho e as interações com o ambiente externo à sala de aula, aos alunos e à comunidade escolar com um todo. Corrente de pensamento em conformidade com a nova LDB e seus PCNs(Lei 9394/96). Instrumento de referência curricular, que sugere à escola o trabalho com atitudes, formação de valores, de habilidades e procedimentos, superando a divulgação de informações e conceitos. Indica ainda, que o trabalho pedagógico seja realizado por meio de projetos, como uma das formas de organizar o trabalho didático. Os PCNs deixam claro, que a questão ambiental deve ser trabalhada de forma contínua, sistemática, abrangente e integrada e não como áreas ou disciplinas. (Brasil,1998, p.27) Quanto a projeto, Boutinet(2002) deixa a seguinte definição: Conceito dotado de propriedades lógicas a serem explicitadas em suas conexões com a ação a ser conduzida. Mas, ao mesmo tempo, o projeto aparece como figura que remete a um paradigma, simbolizando uma realidade que parece preexistir e escapar- nos: aquela de uma capacidade a ser criada. O projeto seria, então, o avatar individual e coletivo de um desejo primitivo de apropriação. Então, projeto supõe a realização de algo que ainda não existe. Mas, pode ser alcançado. Pela natureza interdisciplinar, o desenvolvimento de projetos em educação ambiental é uma perspectiva pedagógica bem promissora. A educação ambiental globaliza e articula, trazendo para à escola um universo de significações, que envolvem questões presentes no cotidiano, na vida, nas relações entre a sociedade e a natureza. Bem, tudo isso parece ser bem transformador. Entretanto, somente acontecerá gestão ambiental revolucionária, com criação de instrumentos e espaços democráticos; fortalecendo e capacitando a sociedade civil para dividir responsabilidades e conduzir ações sociais de interesse público. Infelizmente, não é o que acontece. Ainda, nos deparamos com um discurso e visão fragmentados dos potenciais transformadores de um processo educativo, que possa viabilizar sustentabilidade na política de gestão ambiental. E com a falta de preparo
  • 11. 10 conceitual dos professores da escola pública, para trabalhar com projetos de forma interdisciplinar. CAPÍTULO I Contextualização, prática necessária ao ensino atual. A sociedade atual e sua complexidade exige uma educação, cujo o ensino saia da formação de modelos, memorização e fragmentação do conhecimento. Neste sentido a política educacional determina uma reorganização curricular, com o objetivo de desenvolver os conteúdos utilizando a interdisciplinaridade e a contextualização; através de uma nova LDB nº 9394/96. Há uma superação da fragmentação disciplinar escolar, com essa nova organização curricular. A articulação e a integração dos conhecimentos através de uma constante interdisciplinaridade e contextualização são as responsáveis por essa conquista na forma de ensinar nas escolas. A vantagem da interdisciplinaridade é que ela consegue reunir vários conhecimentos em favor da resolução de um problema apresentado. Em um texto geográfico, além do conhecimento específico da matéria, o aluno pode enriquecer seu vocabulário procurando palavras desconhecidas presente no texto em dicionários. Assim, contribuindo para ampliação de sua compreensão sobre o texto lido. O que o ajudará na produção de texto de outras disciplinas. O professor comprometido com a aprendizagem do aluno tem que resgatar a importância do seu cotidiano, para que este participe mais intensamente de suas aulas e corresponda com um aprendizado mais efetivo. Através de aplicações práticas do conhecimento visto em sala de aula em nossas vidas. Como a escola localiza-se em uma área de preservação ambiental e é bastante carente em relação a saneamento básico e este só pode chegar através do diálogo entre o poder público e os moradores, ainda como mediadora a lei de proteção ambiental. Então, nos anos que estive trabalhando na escola pouco foi feito na questão do atendimento dessas melhorias, coleta de lixo, água encanada, esgoto tratado, asfalto, etc...Estas necessidades sempre esbarravam na questão do impacto
  • 12. 11 que causariam a região; e os moradores sempre aceitavam a protelação em nome de um meio ambiente protegido. Refletindo sobre a situação, determinei que o poço artesiano e a fossa séptica seriam trabalhados com os alunos do sétimo ano. A intenção era envolver pelo menos mais duas disciplinas além da minha(geografia), trabalharia sobre água e enfatizaria a importância da preservação dos lençóis freáticos, e a localização das fossas. Pois, estas são muito utilizadas pelos moradores, como os poços também o são. Ciências cuidaria das doenças transmissíveis através da água. E a matemática ajudaria nos cálculos das áreas das fossas e distâncias dessas em relação ao lençol de água. Dessa forma, a contextualização permite ainda, que o aluno perceba o saber não apenas como um acúmulo de conhecimento técnico-científico; mas como uma ferramenta que o prepara para enfrentar os problemas, que a vida coloca em seu dia a dia. A fragmentação, a distância entre os conteúdos gera desinteresse, apatia cognitiva, pois a aprendizagem não se dará de maneira significativa. Esta ocorrerá em todo o momento que o professor fizer um vínculo do aluno com o que ele está aprendendo. Mostrando que ele é parte do processo como sujeito ativo da própria aprendizagem. Então, o contexto remete a um significado para o conteúdo dado, e este deve basear- se na vida social, nos fatos do cotidiano e na convivência do aluno. Porque o aluno vive um mundo regido pela natureza, pelas relações sociais, estando exposto à informações e a vários tipos de comunicação. Portanto, o cotidiano, o ambiente físico e social deve fazer a ponte entre o que se vive e o que se aprende na escola. O professor bem intencionado e com propósito aproveita-se do conhecimento prévio do aluno, para planejar as suas intenções; fazendo com que o conceito a ser aprendido parta do próprio aluno. O mundo globalizado exige e necessita de mudanças na forma de ensinar, consequentemente precisa de professores bem preparados e atualizados quanto às práticas de ensino, além de serem criativos e facilitadores de aprendizagem. De acordo com a LDB nº 9394/96 em seu art. 1º: A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. – art 2º:” Essa educação deverá vincular-se ao mundo do trabalho e da prática social”. Devemos entender que, o ensinar não ocorrerá somente na sala de aula, com o professor detentor de todo conhecimento e estratégias de ensino. O amparo legal permite que o professor ouse mais em busca da qualidade de ensino para todos, e da
  • 13. 12 transformação social. Ansiada pelos alunos que detiveram em suas mentes e corações os ideais do velho mestre. CAPÍTULO II ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E A CARACTERIZAÇÃO DO LUGAR NO ENTORNO DA ESCOLA UACURY DE CAMPINAS/SP O professor ter uma área de preservação ambiental no entorno de sua escola é bastante instigante e remete-o a querer envolver seus alunos com o tema: MEIO AMBIENTE E CIDADANIA. Este patrimônio de nossa cidade é um laboratório a céu aberto e nos convida a estar em contato a todo momento. Não podemos abrir mão de contextualizar em sala de aula esta experiência peculiar, que envolve a toda comunidade escolar. Minha clientela também tem aspectos peculiares, talvez por viverem em lugar tão privilegiado com uma mata nativa e o rio Atibaia ao fundo de nossa escola; eles sejam tranquilos e ávidos por defenderem a natureza. Trabalhar com a questão ambiental é garantia de participação quase total dos alunos. A APA, além de ser meu referencial teórico na preparação de minhas aulas é também nossa realidade diária; fruto de nossas reflexões constantes, ora por envolvimento em uma luta por asfalto ecológico(que ainda não saiu de projeto), ora pelo lamaçal que as estradas tornam-se em dia de chuva...E assim é nossa luta de todos os dias, que nos torna parceiros na busca da superação de nossas dificuldades. Macrozona 1 – Área de Proteção Ambiental-APA. Compreende a APA municipal, estabelecida pela Lei 10.850 de 07/06/2001, contemplando integralmente as áreas dos distritos de Sousas e Joaquim Egídio, em suas porções urbana e rural, e a porção nordeste do município; localizada entre o distrito de Sousas, o rio Atibaia e os limites intermunicipais Campinas-Jaguariúna e
  • 14. 13 Campinas-Pedreira, parte rural onde se inserem os núcleos urbanos referentes ao bairro Carlos Gomes, Jardim Monte Belo e Chácaras Gargantilha. Sua delimitação geográfica abrange todo o território do interflúvio dos rios Atibaia e jaguari no município, onde se insere parte da APA estadual dos rios piracicaba e juqueri- mirim(trecho da bacia do rio jaguari). Possui altitudes que variam de 550 m a 1078 m, na serra das cabras, sendo esta a porção mais elevada do município. Localizada no quadrante nordeste do município, fazendo limite com os municípios de Valinhos, Morungaba, Pedreira e Jaguariúna, sendo formada apenas por única área de planejamento-AP1.A macrozona 1 possui uma área de aproximadamente 224 km², que corresponde a 27% da área do município. Constitui-se em sua maior parte de área rural e caracteriza-se por apresentar baixa densidade de urbanização. A população desta macrozona, segundo o censo demográfico de 2000 era de 20.153 habitantes, que correspondia a 2,08% da população total do município, sendo que 16.896 habitantes concentram-se na zona urbana(83,84%) e 3.257 na zona rural(16,16%). O distrito de Joaquim Egídio possui 89,25 km² e uma densidade de 28.21 Hb/km², conforme o mesmo censo. Sousas por sua vez, possui uma área de 65,50 Km² e uma densidade de 222,56 hab/Km². As área destes distritos representam 11,14% e 8,18% respectivamente do total da área do município. Em 2000 esses mesmo distritos concentravam 14,578 habitantes(Sousa) e 2.518 habitantes(Joaquim Egídio, 1,50% e 0,26% respectivamente da população do município(969.386 habitantes). Área de notável valor ambiental, onde há uma cobertura vegetal exuberante, com rico patrimônio histórico/cultural, tanto em sua porção rural, predominante, como em seus núcleos urbanos históricos. Apresenta relevo de serras, diferenciado do restante do município e importantes atributos do ambiente natural, que incluem recursos hídricos imprescindíveis à região, como os mananciais dos rios Atibaia e jaguari. Atualmente a região da APA configura um quadro particular do múltiplo contexto ambiental e cultural de Campinas, resultado do meio físico e biótico, como do processo histórico específico de ocupação territorial e dinâmica produtiva. Entretanto, é a porção urbana mais ao norte da APA, que nos interessa. Pois, é a região onde localiza a escola UACURY DE ASSIS BASTOS e onde moram as famílias da clientela da escola.
  • 15. 14 Esta área da APA apresenta predomínio de uma ocupação por loteamentos oriundos de chácaras de recreio, como o Jd. Monte Belo e Chácaras Gargantilha, bastante utilizada para morada permanente hoje em dia; tem condições bem precárias de infraestrutura e de serviços públicos. Quero destacar pela relevância que tem para nós trabalhadores e moradores do local, as características históricas do núcleo Carlos Gomes, antigo bairro rural, cujo patrimônio é de interesse cultural. É conhecido como atividade econômica nesta área a exploração mineral, atividades agropecuárias, com a presença de gado de leite e do cultivo de café e da cana. A cultura anual parece ser pouco significativa e a cultura perene é desenvolvida com mais expressão em Joaquim Egídio. O reflorestamento com eucaliptos e a existência de campos limpos ocupam extensões relevantes nos distritos de Sousa e Joaquim Egídio, respectivamente. A APA de modo geral, tem características particulares no contexto do ambiente natural, apresentando conjuntos de construções remanescentes dos períodos canavieiro e cafeeiro, com elementos arquitetônicos históricos, grande parte deles tombados pelo patrimônio histórico. As fazendas e seu contexto paisagístico, as casas sede, terrenos colônias, tulhas e estações do ramal ferroviário, os núcleos urbanos e todos os demais vestígios das sucessivas fases históricas revelam dos valores dessa região de Campinas/SP. As diretrizes gerais para a região desta macrozona 1: -coibição da verticalização e adensamento; -contenção da expansão urbana nos limites da área urbana atual; -proibição da instalação de indústrias; -estímulo de atividades turísticas que valorizem os atributos naturais, arquitetônicos, históricos ou culturais; -conservação dos recursos hídricos e das matas nativas; -Preservação dos leitos férreos desativados, para eventual utilização por transporte de passageiros, turísticos/lazer local.
  • 16. 15 CAPÍTULO III Saneamento Básico, um aliado na construção de uma consciência crítica e cidadã. O saneamento ambiental não tem sido historicamente priorizado, seja na formulação de políticas públicas ou nas ações do setor privado da economia, resultando em condições insatisfatórias, que decorrem da sua insuficiência ou deficiência. Esse fato é agravado pela falta de informação e de educação da população para enfrentar as condições sanitárias precárias vividas, aliando-se à falta de incorporação de hábitos e práticas sanitárias e ambientais em seu quotidiano.(Helena Ribeiro/2002) 1- Saneamento em Campinas
  • 17. 16 O município de Campinas capta água dos rios Atibaia e Capivari, sendo que o Atibaia é responsável por 95% do abastecimento da cidade. Este rio corta a região da escola e sem tratamento do esgoto doméstico; eu e os alunos ficamos muito preocupados com a situação. Entretanto, entramos em consenso que a situação do esgoto industrial é bem pior e deteriorou muito a água do Atibaia. Rio que muitos anos atrás servia de lazer e a sobrevivência dos moradores. A Sanasa é responsável pelos serviços de saneamento em Campinas, englobando a captação, adução, tratamento, preservação e distribuição de água potável, ainda coleta, afastamento e tratamento do esgoto doméstico do município. Atualmente a empresa municipal atende cerca de 98% da população urbana de Campinas com seis estações de tratamento de água, as chamadas ETAS. O índice de atendimento à população rural é menor. Sabemos na comunidade, que o atendimento nos é dado através de caminhões pipas, que atende a quem compra, por uma questão de gerenciamento compartilhado da APA. Onde, sempre coube a comunidade a decisão por continuar preservando às características naturais da região. As agressões ao meio ambiente são constantes, devido a uma insatisfatória e precária fiscalização, resultado de uma política municipal alienada do meio ambiente em Campinas/SP. Dessa forma atualmente, a situação dos mananciais de Campinas é considerada insatisfatória, sendo necessário para o tratamento adequado da água, processos avançados como pré e interalcalinização, o uso contínuo de carvão e como desinfetante a cloramina. Quanto ao esgotamento, atualmente a SANASA atende 88% da população urbana de Campinas, com 210 mil ligações, por meio de 3.112 km de redes, emissários e interceptores. Entretanto, o maior desafio do município encontra-se, no tratamento desse esgoto, onde a maior parte do esgoto produzido pelo município é lançado diretamente nos córregos e ribeirões que atravessam a área urbana de Campinas, o que compromete os demais usos de água disponíveis, e sobretudo, a qualidade ambiental da região, além de poluir os afluentes dos rios Atibaia e Capivari; mananciais onde a SANASA capta água para a população. A situação desses córregos, ribeirões e rios é lastimável. Vítimas de ações de empresários inescrupulosos, aliadas a falta de comprometimento político governamental e populacional. Omissão que nos faz pagar muito caro, com um ambiente tão degradado e sem perspectivas de recuperação. Campinas tem hoje 82% de todo o esgoto doméstico tratado. Junto com Brasília são as primeiras em termos de saneamento básico. Um grande salto dado na qualidade de
  • 18. 17 vida dos campineiros, que em 2001 tinha apenas 5% do esgotamento doméstico tratado. Recentemente, foi inaugurado a ETE ANHUMAS, a maior estação de tratamento de esgoto do interior do país. Com esta nova estação, Campinas passará a ter cerca de 65% do esgoto doméstico tratado. Saneamento atualmente é dividido em cinco segmentos: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, controle de vetores e resíduos sólidos. O objetivo do saneamento é a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida das pessoas aliada a preservação do meio ambiente. Iniciativa pequena em relação a degradação , através da emissão industrial e doméstica de esgoto sem tratamento. Situação justificada segundo o IBGE/2000, onde aproximadamente 23% da população brasileira vivia na zona rural, 31 milhões de brasileiros que vivem na sua grande maioria sem acesso aos serviços de saneamento, com água tratada, destino adequado dos esgotos e resíduos sólidos, sem controle de vetores e com dificuldades no manejo da água pluvial. Realidade bem próxima da nossa comunidade, nas proximidades do bairro Carlos Gomes. Onde todo esgoto doméstico e comercial é jogado sem tratamento no rio Atibaia. Não há esgoto nessa região, condenando mananciais e afluentes do Atibaia. Esta mais do que na hora de se estabelecer uma política de ocupação dessas áreas de preservação. Quando há a permissão de ocupação, tem que haver uma política ambiental contra impactos e de manutenção sustentável do ambiente. Esta fazendo falta esta política, o que pode comprometer a médio prazo a tentativa legal de preservação deste ambiente de APA. Entre 1991 e 2000 a cobertura de abastecimento de água da população urbana cresceu de 87,8% para 89.8%. Desalentador segundo o IBGE. A cobertura para a população rural não atingia 20%. Em relação aos serviços de esgotamento sanitário, seja por rede geral ou fossa séptica, a cobertura pela população urbana passou de 64,4% a 72% e o da população rural de 9,5% a 12,9%.(PMSS 2006). Um dos grandes desafios do saneamento é atender a população de menor renda, concentradas em moradias precárias, dispersas nas periferias, em que se visualiza a significativa carência de infraestrutura de saneamento. Essa situação é agravada no Brasil, devido à acentuada desigualdade existente, que cria o afunilamento entre a expansão urbana e a carência de infraestrutura de saneamento. O processo de crescimento e expansão das cidades ocorreu sem planejamento urbano adequado, levando uma crise urbana sem precedentes, tendo como principal característica a ocupação de áreas impróprias, como mananciais e APPs, etc. Onde milhões de brasileiros não têm acesso ao solo urbano e a moradia, senão através de formas ilegais.(Helena Ribeiro/2002)
  • 19. 18 Nas últimas décadas, o desmatamento das encostas e das matas ciliares, assim como a poluição vêm contribuindo para a diminuição da quantidade e qualidade da água das nascentes, rios, poços e lagos. Já vimos acima, consequência de uma política efetiva de preservação ambiental, aliada a um planejamento de ocupação das áreas de preservação permanente. Responsabilidade solidária da sociedade que se omite e pouco participa das decisões relativas a ocupação do solo na cidade; e pela situação econômica dos cidadãos que ocupam essa área como última alternativa de moradia. O que muito contrasta com o crescimento de condomínios fechados no entorno dessa região de APA. Sabemos da flexibilidade do governo municipal ante ao poder econômico, facilitando a construção cada vez maior desses condomínios fechados. Mostrando as reais intenções do planejamento urbano oficial. Ou seja, a paisagem local é modelada a partir dos interesses do capital e não do ambiente. Cabe a toda zona rural a tarefa de preservar as nascentes de sua propriedade em seu benefício e de toda sociedade. É preciso que as pessoas conscientizem do uso correto da água, aproveitando os recurso existentes nas propriedades rurais, ou de onde venha sua captação. 2- Riscos de doenças através do uso da água. Com atual situação de saneamento básico nos bairros inseridos imprudentemente na área de preservação permanente de Campinas, pode colocar em risco à saúde dos habitantes. Já que, água contaminada pode de várias maneiras prejudicar a saúde das pessoas. Através da ingestão direta de alimentos, pelo seu uso na higiene pessoal e no lazer, na agricultura, na indústria, pecuária, suinocultura, avicultura e psicultura. Saúde é o estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças. O que nos remete a uma relação mais amistosa com o meio ambiente, o que vai propiciar este bem estar. Sem cuidado com o meio ambiente, não há como gozar de saúde. Pois, sua contaminação retornará e comprometerá o equilíbrio natural; necessário à saúde do próprio sistema ambiental. O desequilíbrio permitirá a ação dos principais agentes biológicos encontrados nas águas contaminadas, que são os parasitas, as bactérias patogênicas e os vírus. Causadores das principais doenças relacionadas com a água, que são as que se seguem: amebíase, doença originada por uma ameba; protozoário de vida livre, parasita. Além de disenteria amebiana, a colite podem provocar dores abdominais,
  • 20. 19 astenia, lassidão e emagrecimento. É uma doença curável, o tratamento tem de ser intensivo e supervisionado por especialista. Medidas sanitárias e cuidado com os alimentos, principalmente os ingeridos crus. Minha preocupação com as doenças é justamente porque a comunidade escolar usa água de poço e fossas sépticas secas. Então, meus alunos são alvo em potencial de doenças sanitárias, que não mais deveriam atingir as crianças no país, que as tenha como preocupação principal. Meus esforços se orientarão para a divulgação e conhecimento dessa situação, para que possam de alguma forma se protegerem. As questões relativas aos resíduos gerados pelas cidades têm se avolumado e se agravado, a ponto de se constituírem, atualmente, num dos principais desafios da sociedade em geral, e de gestores urbanos em particular. Os resíduos sólidos representam uma parte importante desse problema, ao lado dos resíduos líquidos e das emissões atmosféricas. Reduzir os impactos desses resíduos, sobre o ambiente e sobre as próprias comunidades, é tarefa que exige, ao lado de conhecimentos técnicos adequados, decisão política e empenho coletivo.(Regina Tortorella/2006) 3- Águas do subsolo. Orientar quanto a construção de poços artesianos é de suma importância para os moradores. Para que dessa forma evitem a contaminação dos lençóis freáticos. Pois, grande parte da água utilizada pelos moradores da região vem dos poços artesianos clandestinos. Precários, já que não existe programa oficial e nem particular de análise desta água. A água do subsolo pode ser encontrada em fontes e poços. Na fonte, a água brota naturalmente do terreno. O poço aproveita a água obtida de uma abertura feita no terreno. O poço é uma abertura feita no solo com a finalidade de tirar água do subsolo. Pode ser raso(mais comum) e profundos(cidades). Poços rasos são denominados dessa maneira quando captam água do lençol freático, onde a água se encontra acima da primeira camada impermeável. Em geral são de forma circular e com profundidade nunca superior a 20 metros de fundura. O poço pode ser de três tipos: escavado, perfurado e cravado. O que mais nos interessa é o perfurado, por ser o mais comum na região da escola Uacury. Os poços rasos escavados são geralmente abertos por escavação manual, o que exige diâmetro de 0,80 a 1,50 m. Em alguns casos pode ter mais de 2,0 metros e são
  • 21. 20 popularmente chamados de cacimbões. Este pode ser mais facilmente contaminado. Dificilmente tem mais de 10 metros de fundura. Os poços rasos perfurados são abertos por meio de trados, brocas e escavadeiras manuais, com diâmetros pequenos de 0,15 a 0,30 m. São aconselhados para lençóis freáticos de pequena profundidade e grande vazão. Geralmente tem profundidade entre 8 a 20 metros. Os poços rasos cravados são metálicos providos de ponteiras, cravados por percussão ou rotação em pequenos diâmetros 3 cm a 5 cm, usados como solução de emergência em lençóis freáticos de pequena profundidade e grande vazão. A proteção dos poços rasos visam impedir a sua contaminação e o conhecimento de possíveis meios pelos quais ele se processa. Os meios mais comum de contaminação são os que se seguem: -contaminação pelo lençol, a proteção dar-se-á com a localização do poço longe de possíveis focos de contaminação e com o impedimento de que não sejam instalados após a implantação do poço; -infiltração de água contaminada da superfície através das paredes laterais, a proteção é feita com as paredes sendo impermeabilizadas até três metros abaixo da superfície do solo pelo menos; -entrada pela boca de objetos contaminados , animais, detritos, baldes, etc. A proteção dar-se-á com a colocação de uma tampa selada, com caimento para fora. É necessário deixar uma abertura de inspeção de 0,60 x 0,60 m, com tampa selada com argamassa fraca; -o sistema de retirada da água de dentro do poço deve ser muito cuidadoso, procurando-se utilizar maneiras que impeçam de haver contato da parte externa com o interior do poço. No ambiente rural o poço raso é o mais empregado, porque a quantidade de água fornecida por ele é suficiente para o abastecimento domiciliar, como também porque a sua proteção sanitária é relativamente simples e barata. A preocupação é grande na região, quanto a contaminação dos poços artesianos. Os dejetos humanos e animais podem originar doenças e até a morte. Esses dejetos ao serem depositados no solo, podem contaminar com agentes infecciosos. Depois, de caírem na terra, são de alguma maneira levados para as águas e podem chegar até aos alimentos, contaminandos-os também. Eles podem ser arrastados pela água da chuva, pelo vento, por outras pessoas ou animais. As doenças relacionadas com os dejetos mais comuns no meio rural são: solitárias, lombrigas, diarreia, cólera e hepatite.
  • 22. 21 A principal forma de contaminação humana é através de alimentos e água contaminados com fezes. Essa contaminação se dá em geral através de mãos sujas, de vetores, da manipulação de alimentos e utensílios domésticos e de consumo de água contaminada. Situação que pode ser agravada pela simplicidade das pessoas, que trabalham nas chácaras de veraneio, que não entendem a extensão de sua ignorância, quanto aos hábitos simples de higiene. 4- Barreiras sanitárias. A atenção então, é no uso consciente por parte da população das barreiras sanitárias; maneira de quebrar a cadeia de transmissão das doenças relacionadas com os dejetos é através do uso de barreiras sanitárias. A barreira sanitária se constitui na disposição conveniente dos dejetos, de modo que estes não sejam acessíveis ao homem e aos vetores, não poluam águas e o solo. E não acarretam outros inconvenientes, tais como maus odores e mau aspecto no ambiente. As barreiras sanitárias são obras de saneamento para tratamento dos dejetos que evitam o contato de todas as secreções humanas e de animais com a água, o solo, os alimentos e o próprio homem. Podem ainda, aproveitar os dejetos em usos diversos e ao não permitir a transmissão de doenças, melhoram a vida das comunidades e garantem o desenvolvimento das mesmas. A comunidade do entorno da escola não contam com esta importante infraestrutura, que os pouparia dos riscos de contaminação via água contaminada. Os dejetos domésticos vão cair irremediavelmente no rio Atibaia. A educação quanto a instalação correta dos poços é o fator mais importante de saúde nestes bairros próximos à escola. Mais uma vez, saliento a necessidade do gestor público olhar com atenção essa situação na nossa região. A falta de esgoto poderá comprometer sobremaneira a qualidade das águas do rio Atibaia, tornando cada vez mais caro o tratamento dessas águas, para o consumo da própria população. Não há mais tempo e medidas de saneamento fazem-se urgente nesta região. Tem que se buscar formas sustentáveis de desenvolvimento destas áreas. Aliando esse desenvolvimento ao bem estar da população, ao mesmo tempo protegendo o meio ambiente. Esse sem dúvida o patrimônio maior da comunidade e da própria cidade de Campinas/SP. 5- Dificuldades no saneamento rural.
  • 23. Em áreas rurais a destinação adequada dos excretos não é meramente um problema técnico. O uso de fossas secas e outros tipos de latrinas tem sido considerado conduta apropriada e relativamente barata. Na grande maioria das vezes a dificuldade com a destinação dos dejetos na zona rural consiste em convencer as pessoas a usar e a manter a latrina. A fossa seca consiste basicamente numa escavação no solo com forma cilíndrica e diâmetro de 0.80 m, na qual as fezes e o material de asseio são depositados. Na boca da fossa deve ser construída uma base suporte para a sustentação do piso da privada na qual existe um orifício para a passagem do material fecal e outros. Sobre o piso da privada é construído uma casinha provida de porta para abrigar o usuário. O volume da fossa deve ser de pelo menos 0,06 m³(60 litros) por pessoa a cada ano de uso da privada, mais uma folga superior na altura de 50 cm, Uma característica básica da fossa seca é que ela não deve receber água de descargas, de banhos, de lavagem, de enxurrada. Seus principais problemas são a geração de odor e a proliferação de insetos. O conhecimento teórico acima pode propiciar ao professor a contextualização do que ensina, tornando significativo o conteúdo ministrado e eficiente a aprendizagem de seus alunos. A APA, os poços e as fossas são verdadeiros laboratórios que não podem ser desprezados pelos professores da nossa escola. Percebo que a sala de aula também deve ser transformada em laboratório de pesquisa do ser humano e seus relacionamentos, interesses e motivações. Sem o que, continuaremos amargar irrelevantes e ínfimos resultados na educação e saúde de São Paulo e Brasil. O processo de formação docente não se reduz ao treinamento e capacitação, nem sequer na transmissão de conhecimentos, mas, é, acima de tudo, uma reconstrução de valores éticos, uma valorização da práxis refletida. Assim, o professor precisa ser capaz de refletir a ação, sobre a ação e sobre a reflexão na ação. (Nóvoa, 1995; Shon, 1995): CONCLUSÃO Minha pesquisa confirma a importância e o lugar do Meio Ambiente no pensamento científico contemporâneo. Protagonizando inúmeras ações dentro das escolas em
  • 24. 22 favor da aprendizagem dos alunos. Os professores atualmente têm procurado aliar o conhecimento produzido na universidade, com o conteúdo dado em sala de aula; em favor de um ensino mais dinâmico e competente. A educação Ambiental com ações e práticas educativas cotidianas, pode ter fortalecidas e aprofundadas suas raízes na escola; contexto privilegiado de atuação. Assim, a educação ambiental torna-se parte indissociável dos conteúdos, das atividades ministradas pelos professores. Por fim, da formação ambiental dos alunos. Os resultados do SARESP ao longo dos anos da EE. Prof.º Uacury Ribeiro de Assis Bastos mostram a importância do trabalho em equipe, baseado na contextualização e interdisciplinaridade. Por trás desses resultados encontramos um repensar do Estado, em relação a formação dos professores. Para atender a demanda do SARESP ela deve ser contínua, com a oferta de especialização para os professores efetivos. Além do aspecto profissional, temos o aspecto econômico, caracterizado pelo bônus, gratificação em dinheiro para a equipe escolar, que ultrapassar as metas estabelecidas para o ano, e que têm o SARESP como referência. Outras mudanças se fazem necessárias. Por exemplo, na formação acadêmica dos professores das séries iniciais do ensino fundamental, com a inserção da EDUCAÇÃO AMBIENTAL como nova disciplina. Quero enfatizar esse estudo na formação acadêmica dos novos professores, para que estejam aptos a tratar do meio ambiente de maneira interdisciplinar; independentemente de sua licenciatura. Consolidando na escola, uma nova prática educativa; que promoverá a aprendizagem a partir da vida cotidiana. Estabelecida por novas relações dos professores com o ambiente externo à sala de aula, com os alunos e comunidade. Quanto a questão José Erno Tablieber nos alerta: Apesar das recomendações a Educação Ambiental não tem sido incluída nos currículos dos cursos de formação de professores mais tradicionais, nem de maneira interdisciplinar ou transversal. Comprometendo o trabalho das instituições de ensino infantil e fundamental. Pois, têm dificuldades para incluir esta abordagem em seus currículos. Tratando de maneira pontual a questão ambiental, com limpeza de rios, praias na semana do meio ambiente; se omitindo da discussão sobre modelo econômico e consumismo. Complementando Pimenta e Ghedin(2002) afirmam que a reflexão sobre as contradições no processo de formação de professores ganha uma outra dimensão, centrada na investigação do próprio trabalho em sala de aula e na escola.
  • 25. 23 A análise feita com os resultados do SARESP da EE Profº Uacury R. A. Bastos,comprovaram um salto de qualidade no ensino oferecido aos seus alunos. Baseado no fortalecimento do trabalho em equipe, com uma preocupação única na aprendizagem de todos os alunos, principalmente quanto à competência leitora. O trabalho de base desenvolvido com o ensino da Língua Portuguesa nas séries iniciais do ensino fundamental com 21,7% dos alunos do 5º ano no nível avançado, determinou não só o sucesso da equipe escolar, mas sobretudo o da aprendizagem em outras disciplinas. Geografia por exemplo, atingiu em 2009 no SARESP, 15,8% dos alunos do 3º ano do ensino médio no nível avançado de ensino. Alunos com conhecimento e domínio de conteúdos, competências e habilidades acima do requerido para a série em que se encontram. Então, os problemas de aprendizagem não serão resolvidos de maneira solitária, mas, pelo trabalho integrado de gestão e docência; mediado pelo ambiente e comunidade do entorno da escola. BIBLIOGRAFIA -Chamma Barbar P, Leane. E outro. Uso adequado dos istemas de coleta e tratamento de esgotos domésticos-enfoque ambiental.ABES-associação brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. -Cristina Bruno B. Zanetti, Izabel.e outra.A educação Ambiental como instrumento de mudança na concepção de gestão dos resíduos sólidos domiciliares e na preservação do meio ambiente. -De Carvalho, Maria Cecília.Construindo o Saber.Campinas/SP, Editora Papirus, 1988. -Faria, Débora Felício.Organização do ensino fundamental e os parâmetros Curriculares da Educação.Alfenas/MG, CEAD, 2010.
  • 26. 24 -Giroux, Henry A.Os professores como intelectuais:rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. -LDB(Lei de Diretrizes e base) 9394/96. -Ribeiro, Helena. E outra.A integração entre educação ambiental e o saneamento ambiental como estratégia para a promoção da saúde e do meio ambiente sustentado. -http://saresp.fde.sp.gov.br/2009/Boletins/RedeEstadual/2/914873_2.pdf -http://saresp.fde.sp.gov.br/2011/Boletin/RedeEstadual/1/914873_1.pdf -Saviani, Dermeval.Escola e Democracia.Campinas/S, Autores e Associados, 2002. -Sindicato dos Trabalhadores.Saneamento em Campinas. 2012. -Taglieber, José Erno.Formação continuada de professores em educação ambiental: contribuições, obstáculos e desafios.GT: Educação Ambiental/nº 22.FAPESC/CNPQ. -Tortorella Reani, Regina. E outra.A situação do esgotamento sanitário na ocupação periférica de baixa renda em áreas de mananciais: Consequências ambientais no meio urbano.ANPPAS, 2006.3ª séri Oe do Ensino