MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
Suicídio e loucura cap. 5 ese itens 14 a 17
1.
2. A loucura ou insânia é segundo a psicologia uma
condição da mente humana caracterizada por
pensamentos considerados “anormais"
pela sociedade. É resultado de doença mental,
quando não é classificada como a própria doença. A
verdadeira constatação da insanidade mental de um
indivíduo só pode ser feita por especialistas
em psicopatologia.
Algumas visões sobre loucura defendem que o
sujeito não está doente da mente, mas pode
simplesmente ser uma maneira diferente de ser
julgado pela sociedade. Na visão da lei civil,
a insanidade revoga obrigações legais e até atos
cometidos contra a sociedade civil com diagnóstico
prévio de psicólogos, julgados então
como insanidade mental.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Loucura
3. Divaldo Franco, Aspectos Psiquiátricos e Espirituais nos Transtornos Emocionais
Problemas de ordem emocional e psicológica mais costumeiramente
conduzem a estados de distonia psíquica, não produzindo maiores danos
quando se evita que se enraízem ou que constituam causa de demorado
trauma.
Ligeira excitação, alguma ocorrência depressiva, uma ansiedade, ou um
momento de mágoa, a escassez de recursos financeiros, o impedimento
social, a ausência de um trabalho digno, entre muitos outros fatores,
podem levar o homem a transferir-se para a outra faixa da saúde mental,
alienando-se, temporariamente, e logo podendo retornar à posição regular,
à de sanidade.
4. Divaldo Franco, Dias Gloriosos
A sementeira do ódio, do ciúme, da inveja, da ira e de outros anestésicos
do Espírito, produz vírus e vibriões psíquicos que atacam o próprio como o
organismo daquele que, desprevenido, inspirou a produção dessas ondas
devastadoras que a mente produz e direciona conforme a sua estrutura
moral.
As enfermidades da alma têm caráter psíquico e se encontram nos
refolhos da mente desvairada, que se vincula aos estados aberrantes do
comportamento, quando poderia ser direcionada para as aspirações do
equilíbrio, da razão, da felicidade.
5. A ação imunológica do organismo desaparece sob a contínua descarga das
forças perniciosas, abrindo espaço para as calamidades físicas e
psicológicas.
A evitar:
• A queixa e o azedume;
• A impetuosidade;
• A ira;
• A mágoa;
• A insatisfação;
• O ciúme;
•A maledicência;
•A ansiedade;
•A vingança;
Divaldo Franco, Aspectos Psiquiátricos e Espirituais nos Transtornos Emocionais
6. 459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?
“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são
eles que vos dirigem.
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
461. Como havemos de distinguir os pensamentos que nos são próprios
dos que nos são sugeridos?
“Quando um pensamento vos é sugerido, tendes a impressão de que
alguém vos fala. Geralmente, os pensamentos próprios são os que
acodem em primeiro lugar. Afinal, não vos é de grande interesse
estabelecer essa distinção. Muitas vezes, é útil que não saibais fazê-la.
Não a fazendo, obra o homem com mais liberdade. Se se decide pelo
bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será
a sua responsabilidade.”
Intervenção dos Espíritos
no mundo corpóreo
7. A obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre
certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que
procuram dominar.
Os bons Espíritos nenhum constrangimento infligem. Aconselham,
combatem a influência dos maus e, se não os ouvem, retiram-se.
Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas
presas. Se chegam a dominar algum, identificam-se com o Espírito deste e
o conduzem como se fora verdadeira criança.
Allan Kardec, O Livro dos Médiuns
8. A loucura tem como causa primária uma predisposição orgânica do cérebro,
que o torna mais ou menos acessível a certas impressões. Dada a
predisposição para a loucura, esta tomará o caráter de preocupação
principal, que então se muda em ideia fixa, podendo tanto ser a dos
Espíritos, em quem com eles se ocupou, como a de Deus, dos anjos, do
diabo, da fortuna, do poder, de uma arte, de uma ciência, da maternidade,
de um sistema político ou social.
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
376. Por que razão a loucura leva o homem algumas vezes ao
suicídio?
“O Espírito sofre pelo constrangimento em que se acha e pela
impossibilidade em que se vê de manifestar-se livremente, donde o
procurar na morte um meio de quebrar seus grilhões.”
9. Suicídio, do latim sui (próprio)
e caedere (matar), é o ato intencional
de matar a si mesmo. Sua causa mais
comum é um transtorno mental que
pode incluir depressão, transtorno
bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e
abuso de drogas.
O suicídio não consiste somente no ato voluntário que produz a morte
instantânea, mas em tudo quanto se faça conscientemente para apressar a
extinção das forças vitais.
Allan Kardec, O Céu e o Inferno
Dificuldades financeiras e/ou emocionais também desempenham um fator
significativo.
Wikipédia
10. Na fase histórica grega, o suicídio não autorizado era considerado
uma transgressão.
http://www.slideshare.net/WashingtonMCosta/suicdio-aspectos-gerais-e-o-papel-da-
psicologia-na-sua-compreenso-e-preveno
11. http://portaldocoracao.uol.com.br/saude-mental/fatores-de-risco-para-o-suicidio
Transtornos mentais: Depressão, transtornos de personalidade;
Esquizofrenia, Transtornos de ansiedade; Personalidade anti social;
Comorbidades.
Sociodemográficos: Sexo masculino; entre 15 e 35, e acima de 75
anos; estratos econômicos extremos; desempregados; aposentados;
isolamento; migrantes.
Psicológicos: Perdas recentes e de figuras parentais na infância;
dinâmica familiar conturbada; datas importantes; Personalidade com
traços significativos de impulsividade, agressividade, humor lábil.
Condições clínicas incapacitantes: Doenças orgânicas incapacitantes;
dor crónica; lesões desfigurantes perenes; epilepsia; trauma medular;
neoplasias malignas; cancro; aids.
12. http://www.befrienders.org/int/portugese/index.asp?PageURL=warningSigns.php
Comportamentos
Chora
Briga
Transgride as leis
Impulsividade
Auto mutilação
Escreve acerca da morte e do suicídio
Tentou suicidar-se anteriormente
Mudança de comportamento
Comportamento extremo
Pensamentos e emoções
Pensa em suicidar-se
Solidão
Sente-se marginalizado
Sente-se muito triste ou
culpado
Ansiedade e fadiga
Incapaz de ver além do
foco restrito
Devaneia
Desamparado
Falta de dignidade
13. http://www.befrienders.org/int/portugese/index.asp?PageURL=warningSigns.php
Situações
Abuso físico ou sexual
É de família (o suicídio e a
violência)
Mau aproveitamento escolar
Desemprego, problemas no
trabalho
Ação no tribunal está próxima
Preso recentemente ou à espera
de ser solto
Mudanças físicas
Falta de energia
Problemas de sono
Falta de apetite
Engorda ou emagrece muito
Começa andar sempre adoentado
Mudança de aparência repentina
Falta de interesse na aparência
pessoal
14. Uma mulher britânica de 42 anos
anunciou aos seus mais de mil
"amigos" no Facebook que ia tomar
uma overdose.
Ninguém tentou contactá-la e ainda
houve quem comentasse que era 'bluff'.
No dia seguinte, foi encontrada morta.
O Facebook lançou um sistema para ajudar os utilizadores da rede social
a reportarem possíveis casos de suicídio. A funcionalidade foi
desenvolvida em parceria com a Samaritans, uma organização não
governamental britânica especializada em prestar apoio psicológico, e
consiste num formulário eletrónico que os utilizadores podem preencher,
caso considerem que um dos seus amigos no site possa estar a pensar
cometer suicídio.
http://sol.sapo.pt/inicio/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=13649
15. Aqui, era a dor que nada consola, a desgraça que nenhum favor ameniza,
a tragédia que ideia alguma tranquilizadora vem orvalhar de esperança!
Não há céu, não há luz, não há sol, não há perfume, não há tréguas! O que
há é o choro convulso e inconsolável dos condenados que nunca se
harmonizam! O assombroso "ranger de dentes" da advertência prudente e
sábia do sábio Mestre de Nazaré.
A fome, a sede, o frio enregelador, a fadiga, a insónia; exigências físicas
martirizantes, … qual se ainda trouxéssemos o envoltório
carnal…tempestades constantes, inundações mesmo, a lama, o fétido, as
sombras perenes, … E, envolvidas em tão enlouquecedores fogos, não
havia ninguém que pudesse atingir um instante de serenidade e
reflexão para se lembrar de Deus e bradar por Sua paternal misericórdia!
Não se podia orar porque a oração é um bem, é um bálsamo, é uma
trégua, é uma esperança e aos desgraçados que para lá se atiravam nas
torrentes do suicídio impossível seria atingir tão altas mercês! Não
sabíamos quando era dia ou quando voltava a noite…
Yvonne Amaral Pereira, Memórias de um Suicida
16. Francisco C Xavier, O Nosso Lar
"Suicida! Suicida! Criminoso! Infame!" - Gritos assim, cercavam-me de todos
os lados.
Que buscas, infeliz! Aonde vais, suicida? Tais objurgatórias,
incessantemente repetidas, perturbavam-me o coração. Infeliz, sim; mas,
suicida? - Nunca! Essas increpações, a meu ver, não eram procedentes. Eu
havia deixado o corpo físico a contragosto. Por que a pecha de suicídio,
quando fora compelido a abandonar a casa, a família e o doce convívio dos
meus? A quem recorrer?
Ah! é preciso haver sofrido muito, para entender todas as misteriosas belezas
da oração; é necessário haver conhecido o remorso, a humilhação, a extrema
desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir de esperança.
Quando as energias me faltaram de todo, quando me senti absolutamente
colado ao lodo da Terra, sem forças para reerguer-me, pedi ao Supremo
Autor da Natureza que me estendesse mãos paternais, em tão amargurosa
emergência.
17. Divaldo Pereira Franco, Terapêutica de Emergência
O mundo moderno com as suas conquistas tecnológicas apresenta-se
enfermo.
O organismo social padece conflitos alarmantes e o homem, ansioso, no
báratro das realidades quotidianas, delira ou angustia-se, apresentando-
se insatisfeito e sofrido em todos os segmentos da comunidade onde se
movimenta.
Loucura e suicídio dão-se as mãos, solidão e estados depressivos
encarceram vidas, alienações e enfermidades psicossomáticas
aumentam vertiginosamente com estatísticas assustadoras, viroses de
génese desconhecida alastram-se, enquanto a fome, a pobreza, o
abandono explodem em agressividade e em violência difíceis de
controladas.
18. Divaldo Pereira Franco, Pelos Caminhos de Jesus
Para todas as direções existem caminhos.
Há curtos caminhos que conduzem à
loucura e ao suicídio, ao crime e ao
desespero.
A vida, em si mesma, é um caminho que cada criatura percorre na
experiência existencial com êxito ou fracasso, conforme a opção
feita.
Ninguém, no entanto, que siga pelos caminhos de Jesus deixará de
alcançar a meta que persegue: a felicidade integral.
Volver aos seus caminhos e repercorrê-los, com reflexão e ternura é
tarefa inadiável.
Notas do Editor
As significações da loucura mudaram ao longo da história. Na visão de Homero, os homens não passariam de bonecos à mercê dos deuses e teriam, por isso, seu destino conduzido pelos "moiras", o que criava uma aparência de estarem possuídos, ao qual os gregos chamaram "mania".
Para Sócrates, este fato geraria quatro tipos de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo. A ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuído por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e a loucura poética, produzida pelas musas.
Philippe Pinel alterou significativamente a noção de loucura ao anexá-la à razão. Ao separar o louco do criminoso, afastou o aspecto de julgamento moral que constituía até então o principal parâmetro da definição da loucura.
Hegel afirmou que a loucura não seria a perda abstrata da razão: "A loucura é um simples desarranjo, uma simples contradição no interior da razão, que continua presente". A loucura deixou de ser o oposto à razão ou sua ausência, tornando possível pensá-la como "dentro do sujeito", a loucura de cada um, possuidora de uma lógica própria. Hegel tornou possível pensar a loucura como pertinente e necessária à dimensão humana, e afirmou que só seria humano quem tivesse a virtualidade da loucura, pois a razão humana só se realizaria através dela.
É muito diáfana a linha divisória entre a sanidade e o desequilíbrio mental. Transita-se de um lado para outro com facilidade sem que haja uma mudança no comportamento da criatura. Há no entanto vários factores que predispõem à loucura, e entre eles situamos o carma do Espírito, a obsessão espiritual que as impulsiona a darem o passo em frente: são os sexólotras, os violentos, os dependentes de vícios, os pessimistas, os invejosos, os obsidiados que mais facilmente transpões os limites da saúde mental.
Percebemos assim a importância do pensamento e a sua relação com as doenças. Os pensamentos que se originam no ser espiritual, à medida que se transferem para as áreas da sensação, da emoção e da ação, imprimem os seus conteúdos nas células que os executam na forma física estabelecendo os resultados conforma a qualidade da onda mental.
A conduta mental expressa o nível de evolução em que estagia cada ser, encarregando-se de produzir bem ou mal estar, saúde ou enfermidade, alegria ou tristeza, sempre resultando da faixa vibratória em que permanece.
O pensamento fixo em ideias perturbadoras e agressivas, contribuem para o aparecimento de toxinas que invadem o organismo desarticulando-lhe a estrutura vibratória, enfermando-o e trabalhando para matar-lhe as defesas, os fatores imunológicos. Diz-nos Jonna de Ângelis que as descargas produzidas pelos sentimentos vis produzem toxinas de alto teor hormonal que modificam os códigos do ADN , neles fixando o tipo de onda e a sua procedência perturbadora.
Assim as enfermidades da alma se farão recuperar somente quando houver transformação estrutural do pensamento, que se encarregará de construir novos alicerces super subtis, que se consubstanciarão nos futuros códigos de ADN, restabelecendo a consciência individual das células e, por fim, integrando a consciência do ser no conjunto da harmonia da Consciência cósmica.
A vida mental responde pelas atitudes comportamentais, expressando-se em formas de saúde ou doença conforme o teor vibratório de que se revista.
O bombardeio de petardos contínuos, portadores de alta carga destrutiva, agindo sobre os tecidos subtis da alma, desarticula as engrenagens do períspirito que reflete, no corpo e na emoção, as enfermidades de etiologia difícil de ser detectada pelos métodos comuns.
A queixa e o azedume emitem ondas pessimistas que sobrecarregam os sistemas de comunicação, produzindo envenenamento mental.
A impetuosidade bloqueia a razão e desarticula o sistema nervoso central.
A ira obnubila o discernimento e produz disfunções gastrointestinais pelos tóxicos que lança na organização biológica.
A magoa enlouquece, em razão de produzir fixações que se transformam em monoideismo avassalador.
A insatisfação perturba o senso de observação e afeta o ritmo circulatório, promovendo quadros depressivos, ou excitantes e prejudiciais.
O ciume cega e desencadeia disritmias emocionais pela tensão que domina os neurónios condutores do pensamento.
A maledicência incorpora a calunia e ambas desorganizam a escala de valores, aumentando os estímulos no aparelho endócrino que se exaure.
A ansiedade e o medo desestruturam o edifício celular, dando margem a distonias complexas.
A vingança, sob qualquer aspecto agasalhada, corrói os sentimentos, qual acido destruidor, abrindo brechas para a amargura, o suicídio, a alucinação...
Não nos referimos aos componentes obsessivos, por desnecessário, que tais atitudes facultam por sintonia.
Vários tipos de cancros, alergias e infecções na esfera física, e neuroses, esquizofrenias e psicoses na faixa psíquica tem as suas géneses no comportamento mental e nos seus efeitos morais.
A ação dos medicamentos e as varias psicoterapias, por não alcançarem os centros mentais geradores do mau comportamento, tornam-se inócuas, quando não constituem sobrecarga nos órgãos encarregados dos fenómenos de assimilação e de eliminação...
Compreensivel, portanto, que as construções positivas do bem e o cultivo das virtudes evangélicas produzam quadros de saúde e de bem-estar pelos estímulos e recursos que oferecem a organização fisiopsiquica do homem.
Como é que ficamos sujeitos a influência de Espíritos? Kardec questionou os Espíritos sobre isso e eles responderam na questão 459. (ver slide)
Então quer dizer que estamos constantemente a ser bombardeados com pensamentos? (ver slide)
Os Espíritos aqui referem o livre arbítrio de cada um de nós, a responsabilidade que todos temos. Não podemos dizer “eu fiz isto, mas a culpa é dos Espíritos que me obrigaram”, a quem é que nós estamos a tentar enganar?
Quando nós não passamos os nossos pensamentos pelo crivo da razão e desatamos a fazer tudo o que nos vem à mente, sem analisar as consequências podemos fazer grandes asneiras. E facilmente podemos vis a ser vítimas de processos obsessivos.
Mas o que é a obsessão? Os Espíritos informam Kardec que (ver slide)
A obsessão apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir e que resultam do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenómeno, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.
A obsessão simples consiste na tenacidade de um Espírito, do qual a pessoa não consegue desembaraçar-se. (digamos que é um chato “chato como a potassa”) Este género de obsessão é, portanto, apenas desagradável e não tem outro inconveniente, além do de opor obstáculo às comunicações que se desejara receber de Espíritos sérios, ou dos afeiçoados.
Podem incluir-se nesta categoria os casos de obsessão física, isto é, a que consiste nas manifestações ruidosas e obstinadas de alguns Espíritos, que fazem se ouçam, espontaneamente, pancadas ou outros ruídos.
A fascinação tem consequências muito mais graves. E uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula.
Fora erro acreditar que a este género de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem. o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.
A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro j u g o. A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é uma como fascinação. No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários
Os Espíritos também abordaram esse tema com Kardec
O suicídio é um fenômeno exclusivamente humano, ocorrendo em todas as culturas, variando, contudo, o valor e a interpretação que se dá a tal ato. Há registos muito antigos de casos de suicídio, desde os tempos mais remotos da história.
Na Roma antiga, os conceitos acerca do suicídio, eram parecidas com as dos gregos. O suicídio era reprovado como forma de enfraquecimento do grupo social, e o interessado em tirar a própria vida, deveria apresentar suas razões para o senado, que analisaria o caso.
Na idade média, uma repugnância ao ato suicída tomou proporções exageradas, com puniçõesao cadáver do suicida, como a negativa de sepultamento em solo sagrado, as mutilações de partes do corpo e mesmo rituais estranhos, derivados de várias superstições.
Para o islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé, o suicídio é fortemente repudiado, mais do que em qualquer outra religião, sendo penalizada, inclusive, a família do suicida, que passa a ser desonrada e marginalizada (RIBEIRO, 2004).
Com o renascimento, e seu apelo à razão, diminui-se a repressão ao suicídio, considerando equivocadas as censuras religiosas a esse fenômeno. Os primeiros registros de que o suicídio era considerado como doença mental, apareceram na época do positivismo
O tema do suicídio historicamente evidencia-se por perseguição e repressão pela coletividade:
Antiguidade: o morto era privado de honras fúnebres
Atenas (séc IV): Cortava-se a mão direita e esta parte era enterrada distante do resto do corpo
Roma: pessoas privadas de sepultura
Zurique: O corpo do suicida era punido no local do ato; se o suicídio fosse com um punhal, enfiava-se uma madeira na cabeça do morto; se fosse afogado, era enterrado na areia perto da água.
França (séc XVI): O suicida só era enterrado com autorização
Religião Judaica: O suicida é enterrado a parte.
Todo suicídio é uma maneira de comunicação: a expressão drástica de emoção
De acordo com a OMS, quase 1 milhão de pessoas morrem por suicídio por ano, um índice global de mortalidade de 16 por 100.000 pessoas, ou uma morte a cada 40 segundos. Hoje, essa é a maior causa de mortalidade entre os 15 e 44 anos, tendo crescido 60% no mundo inteiro nos últimos 40 anos. Estima-se ainda que por cada morte existam vinte ou mais tentativas.
Portugal há em média 1.155 casos por ano (população 10.677.000)Brasil - 8.548 casos por ano (população 191.972.000)
Os principais fatores de risco que podem desencadear o suicídio são:
• História de tentativa de suicídio; • Transtorno mental.
São quatro os sentimentos principais de quem pensa em se matar. Todos começam com a letra “D”: Regra dos 4D
Depressão; Desesperança; Desamparo; Desespero.
Frases de alerta + 4D, é preciso investigar cuidadosamente o risco de suicídio. O Suicídio pode ser evitado
Muita gente pensa que o suicídio é uma livre escolha da pessoa, que é como uma manifestação da sua autonomia, mas isso está errado; o suicídio é em geral, expressão final de um estado mental deprimido, produzido normalmente por uma doença que é possível de tratar. É necessário reconhecer as principais ideias de suicídio que são de facto: expressão de uma doença que tem remédio. Pensar no suicídio é o pensamento de pôr fim à sua própria vida (é um sintoma das depressões).
Quando alguém se encontra numa situação de depressão é urgente que conte ao seu médico ou a uma pessoa em que confia.
SITUA-SE NA FAIXA ETÁRIA DOS 30 AOS 40 ANOS; DIFICULDADES ECONÓMICAS E SOCIAIS; QUADRO FAMILIAR COMPROMETIDO;
PROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL; DEFICIENTE INTEGRAÇÃO SOCIAL; ECONÓMICAMENTE NÃO-ACTIVA; AGITAÇÃO PSICOMOTORA E AGRESSIVIDADE; TENDÊNCIA AO CONSUMO ALCOÓLICO; PERTURBAÇÕES DA ESFERA DO SONO; NÃO TERMINOU CURSO OU FORMAÇÃO;
ENFRENTOU SITUAÇÕES DE DESEMPREGO OU DESPEDIMENTO; AUSÊNCIA DE VIDA SEXUAL; PROBLEMAS HABITACIONAIS;
NÃO SE OCUPA NOS TEMPOS LIVRES; ELEVADO NÚMERO DE CONSULTAS/ANO.
Ocorrem mudanças visíveis de humor;
As pessoas começam a oferecer bens pessoais, querem que certos bens fiquem ao cuidado de alguém.
A pessoa começa a falar acerca da morte e do suicídio ou mostra-se preocupada em querer aprender sobre tais matérias.
A pessoa tem dificuldade em adormecer ou acorda frequentemente muito cedo de manhã
Segundo Aaron Beck, no livro Terapia Cognitiva da Depressão, Artmed (1997), é importante observar o comportamento da pessoa com depressão e avaliar os riscos de suicídios. Exemplos de comportamentos do potencial suicida:
Atitudes escondidas (furtividades)
Decisões súbitas de fazer testamento
Declarações verbais repetidas diretas: “sou um fracassado”
Declarações verbais repetidas indiretas: “obrigado por você (psicólogo) por tentar me ajudar com tanto afinco”.
Aaron Beck informa que 40% das tentativas e dos suicídios concluídos foram de pessoas que tinham visitado médicos e psiquiatras na semana anterior à ação suicida.
Aaron Beck aponta os motivos para o suicídio ou a tentativa: desistir da vida (56% dos casos) porque a angústia mental interna é intolerável, não vêem saída para os problemas, estão cansados de lutar ou querem trazer de volta alguém importante, produzir uma mudança interpessoal (13 % dos casos), fazer os outros perceberem que precisam de ajuda, entrar no hospital com uma trégua temporária de seu meio. É comum a combinação dos motivos descritos (31 % dos casos): escape da vida e manipulação de outros.
O comportamento suicida pode requerer tratamento medicamentoso (consultar psiquiatra), mas principalmente requer tratamento psicoterápico (consultar psicólogo).
Estas frases pretendem informar de forma rápida numa perspectiva médico-psicológica:
Quando uma pessoa pensa ou diz:
→ “Não tenho razão para viver (…)”;
→ “Não tenho vontade de viver”;
→ “Morrer seria um alívio”;
→ “Tenho ideia de pôr fim à vida”.
"Estudos sobre o suicídio têm demonstrado que a maioria das pessoas que o cometem estão em grave e profunda depressão. Alguns especialistas consideram que o ponto de maior risco de suicídio não coincide com o auge da depressão, geralmente marcado por letargia e uma tremenda lentidão de raciocínio, mas sim na fase seguinte, em que a inactividade começa a tornar-se menos acentuada.
O suicídio não conhece fronteiras e ocorre em todos os estratos sociais. Em todo o mundo suicidavam-se diariamente mais de 2000 pessoas (estatística analisada a partir de 1985). Este número vai aumentando gradualmente de ano para ano numa grande proporção nos últimos cinco anos. No entanto os analistas duplicam ou triplicam esse número pelo facto de muitos suicídios serem considerados como acidentes.
Mais de 90% dos suicídios verificam-se em resultado de múltiplas doenças psíquicas ou psiquiátricas.
Nos casos de morte violenta, por suicídio, suplício, acidente, apoplexia, ferimentos, etc., o Espírito fica surpreendido, espantado e não acredita estar morto.
Também não é só o suicídio direto que é abordado na doutrina espírita, também o suicídio indireto do qual nos relata André Luiz no livro O Nosso Lar. Já vimos que a extinção das forças vitais é considerado suicídio por isso percebemos a razão pela qual André Luiz foi chamado de suicida.
Como muitas são as razões que levam ao suicídio e como são diferentes os Espíritos que praticam o suicídio interessava saber se as consequências seriam iguais para todos. Os Espíritos responderam à questão 957 de Kardec
957. Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as consequências do suicídio?
“Muito diversas são as consequências do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.”