SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 165
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
1
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Fundamentos de SHST
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
2
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Trabalho
Acto ou efeito de trabalhar.
Exercício de actividade humana ou intelectual
Pela Constituição de 1976, o trabalho passa a ser
visto, não como uma mera fonte de rendimento ou
subsistência, mas reconhece aos trabalhadores, o
direito á organização deste trabalho em condições
socialmente dignificantes, promovendo a sua
realização pessoal, bem como, a prestação deste
em condições de higiene e segurança. ( artºs
24,59 e 64)
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
3
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Artigo 24º
Direito à Vida
1) A vida humana é inviolável.
2 ) Em caso algum haverá pena de morte.
Artigo 59º
Direito à greve
1) É garantido o direito à greve.
2) Compete aos trabalhadores definir o âmbito de
interesses a defender através da greve, não podendo a
lei limitar esse âmbito.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
4
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Artigo 64º
Saúde
1) Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de
a defender e promover.
2) O direito à protecção da saúde é realizado pela
criação de um serviço nacional de saúde universal,
geral e gratuito, pela criação de condições económicas,
sociais e culturais que garantam a protecção da
infância, da juventude e da velhice e pela melhoria
sistemática das condições de vida e de trabalho, bem
como pela promoção da cultura física e desportiva,
escolar e popular a ainda pelo desenvolvimento da
educação sanitária do povo.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
5
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Artigo 64º
Saúde
3) Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe
prioritáriamente ao Estado:
– Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente
da sua condição económica, aos cuidados da medicina
preventiva, curativa e de reabilitação;
– Garantir uma racional e eficiente cobertura médica e hospitalar
de todo o país;
– Orientar a sua acção para a socialização da medicina dos
sectores médico-medicamentosos;
– Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da
medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde;
– Disciplinar e controlar a produção, a comercialização e o uso
dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros
meios de tratamento e diagnóstico.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
6
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
A segurança é na sua
ampla acepção, um
conceito
substancialmente unido
ao do ser humano,
individualmente ou
socialmente
considerado
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
7
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Historicamente a
Prevenção de acidentes e
doenças profissionais
evoluiu de uma forma
crescente, englobando um
número cada vez maior de
factores e actividades
desde as primeiras acções
de reparação de danos
(lesões) até um conceito
mais amplo onde se buscou
a prevenção de todas as
situações geradoras de
efeitos indesejados para o
trabalho.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
8
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
O seu desenvolvimento e
evolução circunscrevem-se
ao progresso humano com
a mesma relevância de
outros aspectos que são
facetas do mesmo poliedro,
tais como, a ecologia, o
bem-estar social, a
estabilização das pressões
sociais, em suma:
a qualidade de vida em todas
as suas componentes e
circunstâncias.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
9
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
A segurança dos locais de
trabalho constitui a primeira
preocupação social que
impulsionou a criação de
legislação laboral.
A higiene e segurança no
trabalho é uma actividade
pluridisciplinar, que tem por
objectivo limitar ou eliminar
os riscos que possam
conduzir a acidentes de
trabalho ou doenças
profissionais.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
10
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
• CONCEITOS
• Perigo:
- Fonte ou situação com potencial para o
dano, em termos de lesões ou ferimentos
para o corpo humano ou danos para a saúde,
o património, para o ambiente, ou um a
combinação destes.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
11
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
• CONCEITOS
• Risco:
- Combinação da probabilidade e das consequências de
um determinado acontecimento perigoso
• Risco Aceitável:
- Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite
pela organização, tomando em atenção as obrigações
legais e a sua própria politica de SST
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
12
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
• CONCEITOS
• Quase Acidente:
• - Acidente em que não
ocorram quaisquer danos
para a saúde, ferimentos,
danos materiais ou
qualquer outra perda
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
13
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
• CONCEITOS
• Acidente:
• - Acontecimento não planeado no qual a
acção ou a reacção de um objecto,
substância, individuo ou radiação, resulta
num dano pessoal ou na probabilidade de
tal ocorrência
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
14
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
O Que é
A higiene, segurança e saúde do trabalho?
Higiene e Segurança do Trabalho
É uma actividade pluridisciplinar que tem por objectivo, limitar,
reduzir ou eliminar riscos que possam conduzir a acidentes
de trabalho ou doenças profissionais.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
15
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Qualquer actividade tem inerente um
determinado risco
Acidente de Trabalho
Doença Profissional
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
16
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Factores de risco
Iluminação
Movimentação de cargas
Incêndios/explosões
Ambiente Térmico
Riscos Eléctricos
Armazenagens
Atmosfera Contaminada
Ruído e Vibrações
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
17
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Riscos Profissionais
Riscos Ambientais
Riscos de Operação
Riscos Ergonómicos
Outros Riscos
Stresse Profissional
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
18
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Riscos Ambientais
Estão associados à
existência de agentes
agressivos do ambiente
que envolve os postos de
trabalho, os quais podem
ser de origem, química,
física ou biológica.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
19
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Riscos Ambientais
Ag. químico: gases,
vapores, fumos
aerossóis, fumos
Ag. físico: ruído,
vibrações, iluminação
Ag. biológico: vírus ,
bactérias, etc.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
20
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Riscos de Operação
Estão relacionados com as
actividades desenvolvidas e
são essencialmente os riscos
inerentes à utilização de
máquinas e ferramentas,
manuseamento de
substâncias perigosas,
movimentação de cargas,
manual ou mecanismos, etc.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
21
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Riscos Ergonómicos
Aparecem associados
à inadaptação do
posto de trabalho ao
homem.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
22
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
• CAUSAS DE ACIDENTES
• Instalações:
- projecto deficiente
- má construção e montagem
- manutenção inadequada
- modificações do equipamento incompatíveis com o
projecto
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
23
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Segurança dos equipamentos e instalações
Triângulo da
segurança industrial
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
24
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Alguns tópicos para uma politica de SHST:
 Promover e assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável
 Reconhecer a segurança do trabalho como parte influente do
desempenho da organização
 Comprometer-se no cumprimento da legislação em SHST
 Proteger instalações e equipamentos de modo a assegurar
condições de segurança
 Incentivar todos os colaboradores a zelarem pela segurança sua e
dos colegas
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
25
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Alguns tópicos para uma politica de SHST:
 Alocar todos os recursos financeiros e humanos necessários à
implementação do sistema de gestão de gestão de prevenção
 Nenhuma situação de urgência será subscrita se puser em perigo a
sua integridade ou a de alguém
 Promover acções de formação para que todos possam ser
envolvidos e o sistema comprometido
 Procurar rever e melhorar sempre o sistema
 Minimizar os riscos para pessoas e ambiente que possam advir das
suas actividades
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
26
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Princípios Gerais de Prevenção:
 Eliminação de risco
 Avaliação de riscos
 Combater os riscos na origem
 Adaptação do trabalho ao homem
 Atender ao estado de evolução da técnica
 Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos
perigoso
 Organização do trabalho
 Prioridade da protecção colectiva face à protecção individual
 Informação e formação
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
27
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Objectivos:
 Reduzir os índices de sinistralidade
 Reduzir o indíce de frequência em 10% ao ano
 Diminuir os custos indirectos dos acidentes
 Diminuir os custos indirectos em 5% em dois anos
 Eliminar os acidentes de quedas em um ano
 Obter ganhos de produtividade com a melhoria das condições de
trabalho
 Melhorar a imagem da empresa em relação aos acidentes de
trabalho
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
28
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
A Gestão da Prevenção deve ser
vista como um investimento e
não como um custo
Recursos Humanos e recursos Materiais
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
29
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
A organização mais aconselhável é aquela em que as
funções executivas dependem do topo, competindo aos
técnicos de SHST, nomeadamente:
 Identificação e controlo periódico dos riscos ocupacionais
 Ensaios e verificação de equipamento de segurança
 Informação técnica aos diversos departamentos
 Elaboração e implementação de procedimentos
 Fixação de objectivos e metas
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
30
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
A prevenção de segurança como actividade multidisciplinar
resulta da necessidade de correcção de um certo
numero de situações de insegurança, bem como dum
conjunto de acções preventivas
Na tomada de decisão é importante desmistificar o estigma
de que os investimentos em segurança não são
produtivos
1.- Redução de custos
2.- Função desejável e imprescindível ao bem estar e à
produtividade da empresa
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
31
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Obrigações Gerais do Empregador
O empregador é obrigado tacitamente a
estabelecer uma política de prevenção na
empresa devidamente programada e
planificada, dotada de meios e,
permitindo aos trabalhadores dispor de
instruções sobre as situações em que devam
cessar a sua actividade em caso de perigo
grave e eminente.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
32
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Para tais efeitos, o
empregador tem que ter
em conta os seguintes
princípios de
prevenção:
Identificar os riscos
aquando da concepção
das instalações, dos
locais de trabalho e
processos de trabalho,
combatê-los, anulá-los
ou limitá-los;
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
33
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Princípios de Prevenção
Avaliar os riscos integrando-os no conjunto das
actividades e adoptar medidas de prevenção;
Assegurar que as exposições aos agentes
químicos, físicos e biológicos não constituem um
risco para a saúde dos trabalhadores;
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
34
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Princípios de Prevenção
Planificar a prevenção;
Organizar os meios para aplicação das medidas de
prevenção tendo em consideração a evolução da
técnica
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
35
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Princípios de Prevenção
Dar prioridade à prevenção colectiva em detrimento
da protecção individual;
Organizar o trabalho, eliminar os efeitos do trabalho
monótono e do trabalho cadenciado;
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
36
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Princípios de Prevenção
Estabelecer as medidas que devem ser adoptadas
em matéria de primeiros socorros, de combate a
incêndios e de evacuação dos trabalhadores e
identificação dos responsáveis pela sua aplicação;
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
37
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Princípios de
Prevenção
Assegurar a vigilância
da saúde;
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
38
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Princípios de
Prevenção
Limitar o acesso a
zonas de risco grave,
apenas permitindo o
acesso a trabalhadores
com aptidão e
formação adequada
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
39
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Princípios de Prevenção
Cooperarem entre si quando várias entidades
desenvolvam simultaneamente actividades no
mesmo local.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
40
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Factor humano da segurança
Relações Humanas
Atitudes Psicológicas perante os acidentes de trabalho
Motivação
Sensibilização às Causas de Insegurança
Formação Profissional
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
41
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Segurança Industrial
Tecnologia Segurança
Desenvolvimento Insegurança
Tecnológico
Se não for acompanhado por correctas
medidas de segurança
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
42
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Tipos de Riscos Analisados
 Riscos Tecnológicos
(libertação de nuvens tóxicas, incêndios e explosões, derrames de
hidrocarbonetos)
 Riscos Naturais
(sismos, inundações)
 Riscos Sociais
( intrusão e roubo; ameaça de bomba)
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
43
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
GRADUAÇÃO DA OCORRÊNCIA
INCIDENTE
ACIDENTE
A I G
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
44
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
SEGURANÇA
NA EMPRESA
Segurança no
projecto
Segurança na
construção
Segurança na
operação
Organização da
segurança
Auditorias de
segurança
Planos de
segurança
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
45
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
INICIO
Sensibilizar os responsáveis pela gestão da empresa
Executar o estudo de avaliação dos riscos inerentes da
empresa e das instalações
Implementar as medidas preconizadas
Formação básica do pessoal da empresa
Manter equipamentos e dispositivos de segurança
Constituição/formação de grupo intervenção da empresa
Elaboração de manual segurança da empresa
SEGURANÇA GARANTIDA
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
46
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Reparação de Acidentes de Trabalho –
Prestações
Em dinheiro:
Indemnizações por incapacidade temporária para o
trabalhador;
Indemnizações por incapacidade permanente;
Pensões aos familiares da vítima;
Despesas de funeral no caso de morte.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
47
Segurança e Higiene do trabalho
PRIMEIROS SOCORROS
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
48
Procedimentos de Emergência
Na politica de segurança e saúde do trabalho de
empresa evidenciam-se medidas de prevenção e
medidas de protecção
A lei obriga todas as empresas a dispor de uma
organização de recursos que compreenda pessoal
qualificado
A prestação de socorro a vítimas de sinistros laborais na
empresa é uma obrigação laboral, cujo incumprimento é
passível de aplicação de coimas
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
49
Procedimentos de Emergência
O técnico de segurança e também o socorrista deve atender aos
seguintes princípios:
Prevenir / Proteger
Alertar
Socorrer
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
50
Procedimentos de Emergência
Situações de Risco
1.- Alterações Cardio-Respiratórias
2.- Choque
3.- Envenenamento/Intoxicação
4.- Hemorragias
5.- Feridas
6.- Queimaduras
7.- Irritações Cutâneas
8.- Lesões pelo ambiente quente / Frio
9.- Fracturas e Traumatismos
10.- Alterações de Conhecimento
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
51
Segurança e Higiene do trabalho
Se todos soubessem noções básicas de primeiros
socorros muitas vidas poderiam ser salvas.
Transporte de Vítimas
Paragem Cárdio-Respiratória
Fracturas
Hemorragias
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
52
Segurança e Higiene do trabalho
Transporte de vítimas:
► Se houver suspeita de fracturas no pescoço e nas
costas, evite mover a pessoa;
► Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas,
no sentido do comprimento com o auxílio de um casaco
ou cobertor;
► Para erguê-la, você e mais duas ou três pessoas devem
apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca;
► Apoie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
53
Segurança e Higiene do trabalho
Paragem Cárdio-Respiratória:
O que acontece!
► Além de apresentar ausência de respiração e pulsação,
a vítima também poderá apresentar inconsciência, pele
fria e pálida, lábio e unhas azuladas.
O que se deve fazer!
► NÃO dê nada à vítima de comer, beber ou cheirar, na
intenção de reanimá-la;
► Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver
certeza de que o coração não está batendo
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
54
Segurança e Higiene do trabalho
Procedimentos Preliminares:
► Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de
fracturas, mova-o rolando o corpo todo de uma vez,
colocando-o de costas no chão;
► Faça isso com ajuda de 2/3 pessoas para não virar ou
dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesionar a
medula;
► Verifique se há alguma coisa no interior da boca que
impeça a respiração e caso positivo retire-a.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
55
Segurança e Higiene do trabalho
Ressuscitação Cárdio-Pulmonar:
► Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra
e localize a extremidade inferior do osso vertical que
está no centro do peito;
► Ao mesmo tempo, outra pessoa deve aplicar a
respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e
fechando as narinas com o indicador e o polegar,
mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço;
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
56
Segurança e Higiene do trabalho
Ressuscitação Cárdio-Pulmonar:
► Enquanto o ajudante enche o pulmão, soprando
adequadamente para insuflá-lo, pressione o peito a
intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a
bater;
► Esta sequência deve ser feita da seguinte forma:
1) Se estiver sózinho, faça dois sopros para cada dez
pressões no coração;
2) Se houver alguém ajudando, faça um sopro para cada
cinco pressões
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
57
Segurança e Higiene do trabalho
Fracturas:
É a quebra de um osso, causada por uma pancada muito
forte, uma queda ou esmagamento.
Dois Tipos:
1) Fechadas – apesar do choque, deixam a pele intacta;
2) Expostas – quando o osso fere a atravessa a pele.
Estas exigem cuidados especiais, cubra o local com um
pano limpo ou gaze e procure socorro médico
imediato
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
58
Segurança e Higiene do trabalho
Fractura Fechada – Sinais Indicadores:
● Dor ou grande sensibilidade num osso ou articulação;
● Incapacidade de movimentar a parte afectada, além do
adormecimento ou “formigueiro” da região;
● Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma
deformação aparente do membro magoado.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
59
Segurança e Higiene do trabalho
Fractura Fechada – O que não se deve fazer?
● Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido;
● Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água
Fractura Fechada – O que se deve fazer?
● Solicite assistência médica, e mantenha a pessoa calma
e aquecida;
● Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação
sanguínea;
● Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala;
● Mantenha o local afectado em nível mais elevado que o
resto do corpo e aplique compressas com gelo para
diminuir o inchaço, a dor e a progressão do hematoma
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
60
Segurança e Higiene do trabalho
Hemorragias – dois tipos:
1) Hemorragia Externa: É a perda de sangue devido ao
rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou artéria);
1) Hemorragia Interna: É o resultado de um ferimento
profundo com lesão de órgãos internos.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
61
Segurança e Higiene do trabalho
Hemorragias Externas – o que fazer?
● Procure manter o local que sangra em plano mais
elevado que o coração;
● Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos,
comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma
das mãos;
● Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma
gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que
permita a circulação sanguínea.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
62
Segurança e Higiene do trabalho
Hemorragia. Internas – Como verificar e como
agir?
● Os sinais mais evidentes são: pele fria, húmida e
pegajosa, palidez, pulso fraco, lábios azulados e
tremores;
● Não dê alimentos à vitima e nem a aqueça demais com
cobertores;
● Peça auxílio médico imediato
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
63
Segurança e Higiene do trabalho
Hemorragia Nasal– o que fazer?
● Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada,
evitando que o sangue vá para a garganta e seja
engolido, provocando náuseas;
● Comprima a narina que sangra e aplique compressas
frias no local;
● Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão
vagarosamente e não assoe o nariz;
● Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e
procure socorro médico.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
64
Segurança e Higiene do trabalho
Torniquetes – Como Fazer?
O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos
e como ultimo recurso quando não há a paragem da
hemorragia.
● Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento,
enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um
nó simples;
● Depois, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o
bastão até estancar a hemorragia. Firme o bastão com
as pontas livres da tira de tecido;
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
65
Segurança e Higiene do trabalho
Torniquetes – Como Fazer?
● Marque o horário em que foi aplicado o torniquete;
● Procure socorro médico imediato;
● Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos,
para manter a circulação do membro afectado.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
66
As Boas Práticas
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
67
Ao conjunto de metodologias de higiene e segurança que são
aplicadas por uma organização no seu dia-a-dia de trabalho sem
seguir qualquer procedimento (ou norma) ou formal (escrito)
chamam-se
“ Boas Práticas”
E estas dividem-se em dois eixos:
Organizacionais
Individuais
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
68
Exemplos:
Organizacionais:
.- Obrigatoriedade de uso de EPI’s
.- Limpeza dos locais de trabalho
.- Arrumação dos locais de trabalho
.- Rotatividade de empregados expostos a certos riscos
.- Permissão de pausas curtas e frequentes em certas
tarefas
.- Ventilação
.- Aquisição de meios auxiliares de elevação
.- Registo de acidentes
.- Investigação de acidentes
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
69
Exemplos:
Individuais:
.- Utilização correcta do mecanismo corporal na
movimentação manual de cargas
.- Utilização de EPI em locais não obrigatórios
.- Higiene pessoal, após execução de tarefas de
manuseamento de produtos químicos
.- Arrumação e limpeza do seu posto de trabalho
.- Desligar sempre uma máquina antes de executar
qualquer tarefa
.- Rotatividade e substituição de colegas por iniciativa
própria
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
70
Minutas de soluções / Checklists
Constituem uma técnica expedita de
identificação de riscos
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
71
Organização dos serviços de prevenção
.- Existe definição de política e de objectivos
.- A politica está comunicada e difundida
.- Programa de identificação, avaliação e controlo de riscos
.- identificação da responsabilidade e autoridade para dar
cumprimento aos programas
.- Informação/sensibilização/formação
.- Avaliação dos índices de sinistralidade
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
72
Edifício e Locais de Trabalho
.- Estado geral
.- Área por trabalhador
.- Volume por trabalhador
.- Vias de acesso
.- Arrumação e limpeza
.- Espaço confinado
. - Trabalho ao ar livre
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
73
Iluminação
.- Iluminação natural
.- Área aproximada das janelas
.- Iluminação do local de trabalho
.- escadas e corredores devidamente iluminados
.- Iluminação de emergência
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
74
Qualidade do Ar Ambiente
.- Existe alguma contaminação do ar ambiente
.- Ventilação artificial
.- Temperatura
.- Humidade relativa
.- Avaliação periódica dos parâmetros
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
75
Ruído e Vibrações
.- Avaliação do Ruído
.- Eliminação de vibrações do ruído na fonte
.- Encapsulamento ou isolamento do ruído e vibrações
.- Quantos empregados estão expostos
.- EPI’s disponíveis e em boas condições
.- EPI’s efectivamente utilizados
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
76
Radiações
.- Existem radiações provenientes de soldadura
.- Existe outro tipo de radiações (beta, gama, IF, UV)
.- Existe eliminação/redução (barreiras) na origem e propagação
.- Quantos empregados estão expostos
.- EPI’s adequados
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
77
Riscos Eléctricos
.- Protecção contra contactos directos
.- Ligações à terra
.- Protecção de sobrecargas (fusíveis, disjuntores)
.- Instalações eléctricas de máquinas e equipamentos em bom
estado
.- Avisos de locais de acesso limitado
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
78
Máquinas e processos
.- Todos os elementos com movimento estão protegidos (blindagens)
.- Existem sistemas de paragem automática
.- Existem células de paragem
.- Existem instruções sobre o funcionamento das máquinas
.- Existe um plano de manutenção dos elementos de segurança
.- Existe prémio de produção
.- As máquinas têm arestas, elementos pontiagudos, etc.
.- As matérias primas entram automaticamente
.- Alguma operação depende da segurança da máquina
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
79
Transportes manuais e mecânicos
.- O manuseamento das cargas é frequente
.- Qual o peso da elevação/transporte de cargas
.- Quantos empregados transportam/elevam cargas manualmente
.- Quantos têm formação específica
.- Transporte com empilhador
.- Existe um procedimento escrito no empilhador
.- Cargas não volumosas
.- A capacidade de carga está afixada e é respeitada
.- Quantos aparelhos de elevação existem
.- Os operadores recebem formação
.- Existem avisos de “carga suspensa”, “zona limitada”, etc.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
80
Sinalização de Segurança
.- Sinalização de uso obrigatório de EPI’s
.- Zonas limitadas
.- Marcação no chão
.- Sinalização de incêndios
.- Sinalização de emergência
.- Existem avisos importantes bem visíveis
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
81
Incêndios, resposta a emergências
.- Existe detecção automática
.- Existe extinção automática tipo sprinkel
.- Bocas de incêndio com alimentação autónoma
.- Existe plano de manutenção destes sistemas
.- Existem extintores em número suficiente
.- Os elementos de extinção estão visíveis e assinalados
.- Existem trabalhadores formados para combate a incêndios
.- Existe equipamento (fatos) em número suficiente
.- Existem zonas de risco identificadas
.- Existe um plano de emergência
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
82
Equipamento de Trabalho
.- Peças móveis em rotação, translação, insuficientemente
protegidas
.- Peças/materiais em movimento livre (cair, rolar, escorregar, etc.)
.- Perigo de incêndio ou explosão (devido a fricção ou a recipientes
sob pressão)
.- Perigo de entalar
.- Roupas largas (podem prender-se em órgãos de máquinas)
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
83
Práticas de Trabalho e Características do Local
.- Superfícies perigosas (arestas, cantos, pontas cortantes, etc.)
.- Trabalhos em altura
.- Trabalhos que impliquem posturas/movimentos forçados
.- Espaço acanhado
.- Deslizar e escorregar
.- Estabilidade de peso
.- Técnicas e métodos de trabalho
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
84
Utilização da Electricidade
.- Interruptores eléctricos
.- Instalações eléctricas
.- Equipamento accionado electricamente
.- Ferramenta eléctrica
.- Cabos eléctricos
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
85
Interacção de local de trabalho/factores humanos
.- Dependência do sistema de segurança e da percepção e
processamento da informação
.- Dependência dos conhecimentos e aptidões
.- Dependência das normas
.- Abandono do posto de trabalho
.- EPI’s adequados
.- Fraca motivação para trabalhar em segurança
.- Factores ergonómicos (altura da bancada, alcances, etc.)
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
86
Factores Psicológicos
.- Trabalho duro (intenso, monótono)
.- Dimensões, isolamento
.- Ambiguidade de funções
.- Fraco controlo do trabalho
.- Reacções a emergências
.- Relações Sociais
.-Tipo de chefias
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
87
Segurança e Higiene no Trabalho
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
88
Procedimentos de Emergência
É considerável a expressão da Sinistralidade Laboral em
Portugal
Para 4.250.000 pessoas, temos
Um volume de acidentes de:
305.000 < > 215.000 (1990 / 1997)
E se houve diminuição de acidentes houve acréscimo de acidentes
mortais
294 para 373
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
89
Procedimentos de Emergência
O Livro Verde dos Serviços de Prevenção (IDICT) refere que os
encargos das companhias de seguros e Segurança Social com a
reparação de acidentes é > 300 milhões de euros anuais
E
Se juntarmos os custos directos e indirectos (custo Global) então os
valores ascenderiam a 3.000 milhões de euros anuais
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
90
Procedimentos de Emergência
Custos directos na óptica das empresas são aqueles que estando
transferidos para o sistema segurador, são recuperados pelas
empresas e os
Custos Indirectos, são todos os outros que estando associados aos
acidentes de trabalho e às doenças profissionais não são
recuperáveis pelas empresas.
Custos associados á substituição do trabalhador acidentado
Custos administrativos
Reparação de equipamento danificado
Perda de produção e redução de produtividade
Perdas de competitividade
Perdas associados á imagem
Custos sociais diversos
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
91
Procedimentos de Emergência
Politica de Segurança na Empresa:
1.- a filosofia de gestão empresarial
2.-as estratégias de desenvolvimento dos recursos humanos
3.-as estratégias de marketing, concepção e colocação dos
produtos no mercado
4.- as estratégias económico-financeiras
5.-a organização do trabalho e da produção
6.- a gestão da informação
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
92
Procedimentos de Emergência
Organização da Segurança e Saúde (OSS) do Trabalho na empresa
Organizar a segurança!
Isto significa:
Quem faz o quê?
Fazer o quê e com que resultados?
Como e quando fazer?
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
93
Procedimentos de Emergência
Organização da Segurança e Saúde (OSS) do Trabalho na empresa
Qual a Missão da OSS?
Estabelecer e manter controlo de gestão dentro da empresa
Promover a cooperação entre aqueles que integram a empresa
Assegurar a comunicação da informação na organização
Desenvolver as competências dos trabalhadores
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
94
Procedimentos de Emergência
Planificação e Implementação da SHST
Planificação visa:
identificar os objectivos
Estabelecer procedimentos para:
desenvolver uma cultura de segurança
manter um permanente controlo dos riscos
Na Identificação de objectivos deve ter-se em conta:
definições da politica de SHST
sistema organizativo de SHST
normas e procedimentos
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
95
Procedimentos de Emergência
Planificação e Implementação da SHST
No estabelecimento de procedimentos devem evidenciar-se:
1.- normas dirigidas ao sistema de gestão de prevenção
2.-normas direccionadas para identificar e eliminar perigos, avaliação de
riscos e seu controlo
3.-normas visando as actividades e áreas de risco elevado e situações não
suficientemente controladas
4.-normas enquadradoras da intervenção de terceiros na actividade
produtiva, clientes e publico
5.-a forma como tais normas são elaboradas ( objectividade, detalhe,
linguagem)
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
96
Procedimentos de Emergência
Sist. Monitorização e Avaliação do Sist. e Gestão da SHST
A monitorização consiste na avaliação da manutenção e melhoria da
actividade se segurança e saúde por referência às normas e planos
determinados visando introduzir medidas correctivas.
E isso configura os seguintes sistemas:
Sistema de controlo activo
Sistema de controlo reactivo
Sistema de notificação
sistema de investigação
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
97
Procedimentos de Emergência
Sist. Monitorização e Avaliação do Sist. e Gestão da SHST
Sistemas de controlo activos: para avaliar a consecução dos
objectivos, a execução das normas específicas e a actividade desenvolvida
em torno das prioridades
Sistemas de controlo reactivos: para identificar e analisar a
informação relativa às falhas do sistema de segurança e saúde
Sistemas de Notificação: para avaliar e operacionalizar a reacção nas
situações de perigo grave e iminente
Sistemas de Investigação: Para avaliar os relatórios produzidos no
âmbito do controlo activo e reactivo, as causas imediatas e as demais
causas associadas aos efeitos produzidos, as tendências na informação
recolhida e a capacidade de reacção ás disfunções verificadas no sistema
de segurança
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
98
Procedimentos de Emergência
Missão dos Serviços de Prevenção e Protecção:
a Directiva Europeia 89/391/CEE, obriga o empregador a organizar
as actividades de SHST,
Assim o Livro Branco dos Serviços de Prevenção, define a
missão dos serviços de prevenção e protecção como consistindo em
“desenvolver sistemas e metodologias de prevenção e de protecção
no âmbito da gestão da empresa, com vista à obtenção de níveis
adequados de segurança e saúde no trabalho, tendo em atenção
todos os factores de risco e todos os trabalhadores”
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
99
Procedimentos de Emergência
Princípios Gerais de Prevenção
Visam:
Eliminar os Riscos
Avaliar os Riscos
Combater os riscos na origem
Adaptar o trabalho ao homem
Atender ao estado de evolução da técnica
Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou
menos perigoso
Integrar a prevenção num todo coerente
Protecção colectiva face à protecção individual
A formação e a informação
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
100
Procedimentos de Emergência
Avaliação de Riscos
Consiste em:
Identificar os riscos
Estimar os riscos
Valorar o risco
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
101
Procedimentos de Emergência
Objectivos da Avaliação de Riscos
Só a avaliação de riscos permite o conhecimento suficiente das
interacções do trabalho, tendo associados os seguintes objectivos:
1.-Identificar trabalhadores expostos
2.-Identificar medidas de prevenção e de protecção
adequadas
3.-Priorizar intervenções
4.-Programar actuações
5.-Organizar os meios necessários
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
102
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
A concepção do processo produtivo
1.- Caracterização do produto final
2.- Definição do sistema industrial
3.- Definição do Lay-Out
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
103
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
A Concepção dos Locais de Trabalho
Estabilidade estrutural
Dimensionamento
Pavimentos
Paredes e Tectos
Coberturas
Janelas
Portas e saídas de emergência
Vias de circulação
Elevadores e monta-cargas
Cais e rampas eléctricas
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
104
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
A Concepção dos Locais de Trabalho
Armazenagem:
de materiais secos e a granel
de líquidos
de gases
de outros produtos
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
105
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
A Concepção dos Locais de Trabalho
Locais Técnicos:
Compressores
Recipientes sob pressão
Fornos e estufas
Instalações Frigorificas
Locais de carga de baterias e acumuladores
soldadura e corte
Pintura
Outros locais técnicos específicos
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
106
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
A Concepção dos Locais de Trabalho
Locais Sociais:
Instalações sanitárias e vestiários
Cozinhas e Refeitórios
Locais de descanso
Abastecimento de água potável
Instalações dos serviços de SHST
Áreas administrativas
Locais de atendimento ao público
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
107
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
Envolvente externa do local de trabalho
Localização e implantação dos edifícios:
Ambiente, relevo e hidrografia
acessibilidades
Implantação
Exposição solar e ventos dominantes
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
108
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
Envolvente externa do local de trabalho
Localização e implantação de áreas diversas:
Instalações Sociais
Parqueamento
Depósito de Resíduos
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
109
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
Previsão das Fontes de Energia
Armazenamento
Instalações
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
110
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
Outros componentes do sistema industrial
Matérias primas
Matérias secundárias
Máquinas e equipamentos
Prevenção integrada
Dispositivos de protecção
comandos
dispositivos de captação e aspiração
alimentação energética
Ferramentas
armazenamento
utilização
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
111
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
Concepção ergonómica dos postos de trabalho
Relação Homem / Máquina
Iluminação / Temperatura / Ruído
Sinalização
Organização do Trabalho
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
112
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
Modos operatórios
Processos de Trabalho
Métodos de trabalho
Enquadramento
Movimentação de Cargas
Movimentação mecânica
Movimentação manual
Enquadramento
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
113
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
Ambiente Físico
Iluminação:
Natural
Artificial
Ruído/Vibrações:
Acústica do edifício
Fontes de ruído
Transmissão do ruído
Transmissão das vibrações (ar, estruturas)
Ventilação/qualidade do ar
Ventilação natural e ventilação artificial
Poeiras/fibras/fumos/ gases/aerossóis
Ambiente Térmico
Temperatura
Humidade
Velocidade do ar
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
114
Procedimentos de Emergência
Grandes Domínios da Avaliação de Riscos
Outros agentes nocivos eventuais
agentes químicos
agentes biológicos
Organização do Trabalho
conjugação do Lay-Out /postos de trabalho/vias de
circulação/sinalização
Serviços de Manutenção
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
115
Procedimentos de Emergência
A Formação , a Informação e a
Participação
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
116
Procedimentos de Emergência
A Formação, a Informação e a Participação
A informação está presente em todos os comandos jurídicos da
SHST
Principais domínios:
> riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores
> medidas de prevenção e protecção relativas ao posto de
trabalho e função e também referentes às empresas
> forma de aplicação daquelas medidas
> as medidas e instruções a adoptar em caso de perigo
grave e iminente
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
117
Procedimentos de Emergência
A Formação, a Informação e a Participação
A informação está presente em todos os comandos jurídicos da
SHST
Principais domínios:
> medidas de primeiros socorros e o sistema organizativo de
combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores em caso
de sinistro
> alterações associadas à mudança de posto de trabalho ou função
ou às tecnologias introduzidas ou substituídas
> avaliações de risco
> programa e organização da formação
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
118
Procedimentos de Emergência
A Formação, a Informação e a Participação
A informação está presente em todos os comandos jurídicos da SHST
Principais domínios:
> responsáveis para as actividades de prevenção e protecção e o
recurso a consultorias externas
> Os equipamentos de protecção
> os acidentes de trabalho ocorridos
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
119
Procedimentos de Emergência
Quanto à informação
O empregador deve:
> assegurar a formação geral de todos os trabalhadores
> assegurar a formação específica dos trabalhadores
designados para as acções de emergência e dos que
possam ter acesso a zonas de risco grave
> Favorecer a formação de técnicos de segurança e saúde
e dos representantes dos trabalhadores neste domínio
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
120
Procedimentos de Emergência
Quanto à participação
A participação em SHST é fortemente marcada por uma dinâmica de
cooperação.
Em geral, o direito de participação será, à face da lei, exercido pelos
representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde, ou na
sua falta directamente pelos trabalhadores
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
121
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
122
Procedimentos de Emergência
As funções e as actividades dos serviços de prevenção e
protecção
Funções Domínios de actividade
Planeamento da SHST
Implementação das acções
Planificação das acções
Programação das actuações
Monitorização
Avaliação
Acções de prevenção
. Detecção e eliminação de perigos
. Avaliação de riscos
.controlo de riscos
. Situações de perigo grave e iminente
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
123
Procedimentos de Emergência
Funções Domínios de Actividade
Implementação das acções Acções de protecção
. Protecção de trabalhadores
. Protecção de trabalhadores vulneráveis
. Acções de emergência
vigilância na saúde
informação
formação
apoio à participação
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
124
Procedimentos de Emergência
Funções Domínios de Actividade
Coordenação das acções . Sectores e trabalhadores da empresa
. Trabalhadores independentes
. Outros profissionais presentes na
empresa
. Intervenção de empresas externas na
actividade produtiva
. Publico
. Clientes
. Utilização de recursos externos para as
actividades de SHST
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
125
Procedimentos de Emergência
Funções Domínios de Actividade
Relação com o exterior
Recolha e Tratamento de
dados
. Organismos da rede de prevenção
. Organizações sectoriais (associações
patronais, sindicais, etc.)
. Autoridades
. Relatórios de avaliação de riscos
. Notificações obrigatórias
. Lista de medidas de controlo de riscos
preconizadas
. Relatórios de auditorias
. Informação técnica de SHST
. Dados dos exames de saúde
. Relatórios de acidentes
. Relatório anual de actividades
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
126
Procedimentos de Emergência
Funções Domínios de Actividade
Gestão dos Recursos
afectos aos Serviços de
Prevenção e Protecção
. Formação dos profissionais de SHST
. Formação dos trabalhadores designados
para actividades de protecção
. Informação técnica de SHST
. Instrumentos de avaliação de riscos
. Equipamentos de protecção (colectiva e
individual)
. Sinalização de segurança
. Sistemas de Emergência
. Documentação relacionada com a
actividade dos serviços de prevenção e
protecção
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
127
Procedimentos de Emergência
Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção
Estes serviços devem ser dotados de todos os meios necessários ao
desenvolvimento da sua missão com dimensionamento adequado à
grandeza da empresa, como sejam:
Recursos Humanos
Recursos Técnicos
Recursos Tecnológicos
Outros recursos materiais
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
128
Procedimentos de Emergência
Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção
Recursos Humanos
Devem ser dinamizados por profissionais de
Segurança e Saúde qualificados, nomeadamente:
1.- Técnicos de Segurança e Higiene do Trabalho
2.- Médicos do Trabalho
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
129
Procedimentos de Emergência
Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção
Recursos Técnicos
Instrumentos de avaliação de riscos e equipamentos
de protecção (colectiva e individual)
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
130
Procedimentos de Emergência
Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção
Recursos Tecnológicos
Ter metodologias adequadas às avaliações de riscos
presentes na actividade da empresa, devendo estar
referenciadas na legislação e nas normas técnicas
reconhecidas pelo Sistema de Qualidade Português:
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
131
Procedimentos de Emergência
Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção
Outros Recursos Materiais
Equipamento e instalações com dimensão e configuração
adequadas à missão dos serviços de prevenção e protecção e à
definição organizacional que a política da empresa estabeleça
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
132
Procedimentos de Emergência
Relatório Anual de Actividade dos Serviços de SHST
Principais Campos dum Relatório de SHST
I.- Identificação da entidade empregadora
II.- Identificação do estabelecimento
III.- Natureza da modalidade adoptada em matéria de organização
dos serviços de SHST
IV.- Pessoal dos Serviços de SHST
V.- Nº de pessoas ao serviço da empresa em 31 de Dezembro
VI.- Actividades dos serviços de SHST
VII.- Actividades desenvolvidas no domínio de SHST
VIII.- Actividades desenvolvidas no âmbito da Saúde no Trabalho
IX.- Acidentes de trabalho e doenças profissionais
Portaria nº 1184/2002 de 29 de Agosto
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
133
Procedimentos de Emergência
VI.- Actividades dos serviços de SHST:
i) Informação aos trabalhadores sobre os riscos inerentes ao
trabalho
ii) Formação dos trabalhadores em SHST, nº de acções e pessoal
abrangido
iii) Formação de pessoal afecto às actividades de SHST
iv) Consulta aos trabalhadores em SHST; razões da consulta,
destinatários, forma de consulta
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
134
Procedimentos de Emergência
VII.- Actividades desenvolvidas em SHST:
i) Condições de trabalho e avaliação de riscos profissionais
ii) Intervenções técnicas de controlo do ambiente de trabalho
iii) Intervenções técnicas no controlo de exposição a outros riscos
profissionais
iv) beneficiações/correcções feitas em máquinas e equipamentos
v) Intervenções nas características dos locais de trabalho e suas práticas
vi) Medidas de protecção individual e colectiva
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
135
Procedimentos de Emergência
VIII.- Actividades desenvolvidas em Saúde no Trabalho:
i) Exames periódicos, de admissão e ocasionais
ii) Exames complementares
iii) Acções de imunização
iv) Promoção da saúde/educação para a saúde no trabalho –
actividades desenvolvidas, nº de trabalhadores abrangidos, nº
de sessões de educação, principais temas abordados
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
136
Procedimentos de Emergência
IX.- Acidentes de Trabalho e Doenças
Profissionais:
i) Frequência e gravidade dos acidentes de trabalho
ii) Doenças profissionais de participação obrigatória
iii) Projectos e medidas para a melhoria da situação
existente no domínio da SHST
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
137
Segurança, Higiene do Trabalho
PRINCIPIOS GERAIS DE PREVENÇÃO E
CONSTRUÇÃO CIVIL
A planificação da prevenção deve ser efectuada com as
necessárias precauções, começando desde logo, com a
definição do prazo de execução da própria obra
Importa considerar prazos de execução adequados, de
modo a serem evitadas situações de trabalho
simultaneio, exigindo elevadas cargas de mão-de-obra e
de equipamento que potenciam a sinistralidade laboral
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
138
Segurança, Higiene do Trabalho
A planificação da SHST, deve promover a
implementação de medidas de prevenção adequadas
efectivas e eficazes, para todas as situações de risco e
durante toda a duração das obras.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
139
Segurança, Higiene do Trabalho
Dar prioridade às medidas de protecção
colectiva em relação às medidas de
protecção individual
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
140
Segurança, Higiene do Trabalho
• O objectivo consiste no
estabelecimento de uma
protecção de
considerável eficácia,
para qualquer pessoa
que esteja exposta
àquele risco, quer seja ou
não trabalhador da obra
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
141
Segurança, Higiene do Trabalho
A protecção individual pode ser entendida como
não tendo sido possível a prevenção no sentido de
adaptar o trabalho ao homem, recorrendo-se à
adaptação do homem ao trabalho
Assim a protecção individual é de natureza
complementar e pode ser um reforço da prevenção
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
142
Segurança, Higiene do Trabalho
A correcta aplicação deste principio geral de prevenção
depende:
Quanto à protecção colectiva:
Estabilidade dos seus elementos
Resistência dos materiais
Permanência no espaço e no tempo
Quanto à protecção individual:
Adequação do equipamento ao homem
Adequação do equipamento ao risco
Adequação do equipamento ao trabalho
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
143
Segurança, Higiene do Trabalho
Dar instruções adequadas aos trabalhadores
Permitir conhecimento dos componentes do
processo produtivo, identificando os riscos
associados
Integrar o conhecimento de forma a prevenir
esses riscos
Informação de forma acessível e ser facilmente
apreendida pelos utilizadores
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
144
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS DA
COMBUSTÃO
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
145
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Será desnecessário salientar a importância da
combustão no mundo actual:
produção de energia eléctrica em centrais térmicas
metalurgia, cimento, vidros, etc
aquecimento de edifícios
transportes
Existe no entanto o reverso:
poluição do ambiente
ocorrência de fogos
explosões (combustão não controlada)
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
146
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Reacção química:
transformação que partindo de certas substancias a que
chamaremos reagentes, produz outras substancias
chamadas produtos da reacção
Pirólise:
transformação química que consiste na decomposição
térmica do material ao abrigo do ar
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
147
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
.
FOGO
Energia de activação
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
148
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
TRANSMISSÃO DE CALOR
Condução:
Consiste no transporte de energia térmica
principalmente através da vibração das moléculas
Radiação:
Mecanismo de transmissão de calor onde não é
necessário qualquer suporte material
Num incêndio a radiação pode ser emitida por
superfícies quentes ou incandescentes (em brasa) ou
pelas chamas
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
149
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
A radiação proveniente das chamas pode ter origem em:
1.- pelos gases quentes
2.- partículas de carbono em suspensão (fuligem) tornadas
incandescentes pela elevada temperatura
Convecção:
A camada de ar adjacente ao aquecedor é aquecida por
condução; as moléculas dum fluido estão livres. Assim o ar
junto ao aquecedor, cuja temperatura aumenta, fica menos
denso que o ar à volta e sujeito a força de impulsão
ascendente; o ar frio vai ocupar o espaço deixado livre
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
150
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Quando o movimento do fluido é resultante da diferença de
densidades falamos em Convecção natural ou livre
Quando o escoamento do fluido é imposto, como o
movimento do ar, sobre a resistência eléctrica,
arrastando os gases quentes resultantes da combustão,
chamamos convecção forçada
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
151
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Os combustíveis podem apresentar três estados de
agregação da matéria:
 Sólido: madeira; carvão; outros materiais orgânicos, metais
 Líquido: gasolina, petróleo, álcoois, óleos
 Gasoso: metano, gás natural, acetileno, propano, butano,
hidrogénio
Note-se que certos combustíveis gasosos podem apresentar-se na
fase líquida quando armazenados (metano e gás natural –
liquefeitos por baixa temperatura; propano, butano – liquefacção
por pressurização)
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
152
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
A NP 1553/78 classificou os fogos em 4 classes, que têm a
ver tanto com o estado físico do combustível como com
as características particulares da forma como entra em
combustão:
 Classe A – fogos resultantes da combustão de materiais sólidos,
geralmente de natureza orgânica (madeira, carvão, papel…)
 Classe B – fogos resultantes da combustão de líquidos ou sólidos
liquidificáveis (gasolina, éteres, álcoois, ceras, vernizes…)
 Classe C – fogos resultantes da combustão de gases (propano,
butano, acetileno…)
 Classe D – fogos resultantes da combustão de metais (sódio,
potássio, magnésio, alumínio…)
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
153
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
COIMBUSTÃO DE GASES – CLASSE C
As condições mais favoráveis à ocorrência duma reacção de
combustão surgem, quando o combustível é um gás. As
moléculas do combustível gasoso, com mais liberdade de
movimento que as de um sólido ou liquido, podem mais
facilmente encontrar as moléculas de oxigénio com as quais
vão reagir.
A combustão com chama é sempre uma reacção em fase gasosa.
Classificam-se as chamas em pré-mistura e de difusão.
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
154
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Na Pré-mistura, os reagentes sofrem um a mistura prévia
ao inicio da reacção (combustão da gasolina);
Na Difusão, o combustível e o oxidante estão separados
antes da ignição (isqueiro)
A maior parte das aplicações industriais, estão por razões
de segurança nesta categoria
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
155
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
LIMITES DE INFLAMABILIDADE
Uma mistura de combustível e ar em proporções tais que o ar é o
necessário e suficiente para queimar todo o combustível
presente chama-se Mistura estequiométrica
Uma mistura cuja proporção de combustível é menor do que a
estequiométrica, chama-se Mistura Pobre, se for maior chama-
se Mistura Rica
A ignição duma mistura só se consegue se a proporção
combustível/ar estiver dentro de certos limites – os limites de
inflamabilidade
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
156
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
A maior ou menor concentração de combustível que permitem
a propagação de uma chama designam-se por Limite
Inferior de Inflamabilidade (LII) e limite Superior de
Inflamabilidade (LSI).
Estes limites são diferentes para cada combustível
Factores que influenciam o domínio de inflamabilidade:
1.- aumentos de temperatura e pressão
2.- percentagem de oxigénio no comburente
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
157
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
COMBUSTÃO DOS LÍQUIDOS – CLASSE B
Não se pode falar propriamente da combustão de um liquido, pois
o que arde é o vapor libertado pelo liquido.
Para que a combustão tenha lugar é preciso que a quantidade de
vapor libertada pelo liquido seja tal que a mistura resultante de
vapor e ar estejam dentro do domínio de inflamabilidade
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
158
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
A taxa de vaporização dum líquido é função da temperatura, o
que nos leva a definir para combustíveis líquidos as
seguintes temperaturas características:
1.- temperatura de inflamação:
temperatura mínima à qual os vapores emitidos pelo liquido
se inflamam por acção duma chama piloto, mas cessando a
combustão se a chama for retirada
2.- temperatura de combustão:
temperatura mínima à qual os vapores emitidos pelo liquido
se inflamam por acção de uma chama piloto, mantendo-se a
combustão mesmo retirando a chama piloto
3.- temperatura de auto-inflamação:
temperatura mínima à qual os vapores emitidos pelo liquido
se inflamam espontaneamente, sem necessidade de qualquer
chama piloto
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
159
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
.
Temperaturas de inflamação, de combustão e de auto-
inflamação para alguns combustíveis líquidos
temperatura de
inflamação
temperatura de
combustão
temperatura de
auto-inflamação
Gasolina - 40 -20 227
Fuel oil 66 93 230
Óleo de
lubrificação
157 177 230
gasóleo 90 104 330
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
160
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
COMBUSTÃO DOS SÓLIDOS – CLASSE A
Muitos materiais sólidos (particularmente orgânicos)
podem apresentar dois tipos de combustão, com e
sem chama.
A ocorrência destes dois tipos resulta da existência de
dois mecanismos competitivos da pirólise do sólido
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
161
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
COMBUSTÃO DOS METAIS – CLASSE D
Na natureza os metais aparecem não sob o estado puro mas sob
a forma de óxidos. Este é portanto o seu estado mais estável, o
que quer dizer que dadas condições favoráveis os metais
tenderão a reagir com o oxigénio
São considerados numa classe à parte, dos restantes
combustíveis sólidos, porque em fogos envolvendo metais é
PROIBIDO o uso de água como agente extintor
Um metal só poderá normalmente entrar em combustão se for
finamente pulverizado
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
162
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Propagação e Extinção
Através do triangulo do fogo podemos visualizar a propagação
como sendo o acrescentar um lado do triangulo a dois já
existentes:
 Acrescentar combustível a oxigénio + energia: combustível
liquido sobre chapa quente
 Acrescentar oxigénio a combustível + energia: mistura súbita de
ar com produtos de combustão incompleta (monóxido de
carbono) a temperatura elevada
 Acrescentar energia a oxigénio + combustível: faísca eléctrica,
chama piloto, transmissão de calor
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
163
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Propagação e Extinção
 Projecção: poderia ser incluído no item anterior mas que assume
características particulares é a projecção do material em
combustão:
Incêndios Florestais: ramos de arvores, tufos de erva/musgo a
arder que são transportados pelas correntes de convecção
ascendentes e pelo vento
Incêndios Urbanos: matérias polimérico utilizados no revestimento
de paredes e tectos que fundindo com o calor produzem gotas
que caem a arder sobre material ainda não inflamado
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
164
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Extinção
Podemos utilizar de novo o triangulo do fogo para visualizar os
diferentes processos de extinção:
1.- retirar o combustível: através da dispersão
2.- retirar o oxigénio: (asfixia ou abafamento):
Pôr uma tampa na frigideira que pegou fogo
lançar areia ou terra sobre um material em combustão
projecção de gases inertes, como C02 ou azoto
a própria água cuja principal função é o arrefecimento
Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo
2006
165
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Extinção
Podemos utilizar de novo o triangulo do fogo para visualizar
os diferentes processos de extinção:
1.- retirar a energia de activação
Geralmente efectuando arrefecimento da zona em
combustão
1.- utilização de água
2.- projecção de C02, que sai do extintor a temperatura
muito baixa

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Fundamentos SHST menos

Seguranca-No-Trabalho-e-Qualidade.ppt
Seguranca-No-Trabalho-e-Qualidade.pptSeguranca-No-Trabalho-e-Qualidade.ppt
Seguranca-No-Trabalho-e-Qualidade.pptdesportistaluis
 
2 curso-básico-de-segurança-e-higiene-ocupacional
2 curso-básico-de-segurança-e-higiene-ocupacional2 curso-básico-de-segurança-e-higiene-ocupacional
2 curso-básico-de-segurança-e-higiene-ocupacionalTais Helena
 
Treinamento OHSAS.ppt
Treinamento OHSAS.pptTreinamento OHSAS.ppt
Treinamento OHSAS.pptSheilaAlves44
 
M2 Conceitos Basicos Consultua Final.pptx
M2 Conceitos Basicos Consultua Final.pptxM2 Conceitos Basicos Consultua Final.pptx
M2 Conceitos Basicos Consultua Final.pptxsoniaalmeida38
 
1189892444_2795.modulo_3-origem_e_evolucao_prevencao.ppt
1189892444_2795.modulo_3-origem_e_evolucao_prevencao.ppt1189892444_2795.modulo_3-origem_e_evolucao_prevencao.ppt
1189892444_2795.modulo_3-origem_e_evolucao_prevencao.pptHugo Silva
 
1189892444 2795.modulo 3-origem_e_evolucao_prevencao
1189892444 2795.modulo 3-origem_e_evolucao_prevencao1189892444 2795.modulo 3-origem_e_evolucao_prevencao
1189892444 2795.modulo 3-origem_e_evolucao_prevencaoPelo Siro
 
Aula 2 - Higiene e segurança do trabalho.pdf
Aula 2 - Higiene e segurança do trabalho.pdfAula 2 - Higiene e segurança do trabalho.pdf
Aula 2 - Higiene e segurança do trabalho.pdfTedTrindade1
 
Aula 1 higiene ocupacional 2
Aula 1 higiene ocupacional 2Aula 1 higiene ocupacional 2
Aula 1 higiene ocupacional 2Vanessa Dias
 
Apostilamedicinatrabalho 091018151458-phpapp02(1)
Apostilamedicinatrabalho 091018151458-phpapp02(1)Apostilamedicinatrabalho 091018151458-phpapp02(1)
Apostilamedicinatrabalho 091018151458-phpapp02(1)Keila Guedes
 
Saúde e segurança no trabalho 2012.2
Saúde e segurança no trabalho    2012.2Saúde e segurança no trabalho    2012.2
Saúde e segurança no trabalho 2012.2flavio_avlis
 
Biossegurança - aula pós.pptx
Biossegurança - aula pós.pptxBiossegurança - aula pós.pptx
Biossegurança - aula pós.pptxjessica701630
 
segurança e riscos ocupacionais em enfermagem
segurança e riscos ocupacionais em enfermagemsegurança e riscos ocupacionais em enfermagem
segurança e riscos ocupacionais em enfermagemRosaSantos738119
 
Apostila introdução seg trab i p 4aseg
Apostila introdução seg trab i p 4asegApostila introdução seg trab i p 4aseg
Apostila introdução seg trab i p 4asegJoyce Domingues
 
9208396 1200953880-curso-activo-humano
9208396 1200953880-curso-activo-humano9208396 1200953880-curso-activo-humano
9208396 1200953880-curso-activo-humanoPelo Siro
 

Semelhante a Fundamentos SHST menos (20)

Seguranca-No-Trabalho-e-Qualidade.ppt
Seguranca-No-Trabalho-e-Qualidade.pptSeguranca-No-Trabalho-e-Qualidade.ppt
Seguranca-No-Trabalho-e-Qualidade.ppt
 
2 curso-básico-de-segurança-e-higiene-ocupacional
2 curso-básico-de-segurança-e-higiene-ocupacional2 curso-básico-de-segurança-e-higiene-ocupacional
2 curso-básico-de-segurança-e-higiene-ocupacional
 
livro.pdf
livro.pdflivro.pdf
livro.pdf
 
Treinamento OHSAS.ppt
Treinamento OHSAS.pptTreinamento OHSAS.ppt
Treinamento OHSAS.ppt
 
M2 Conceitos Basicos Consultua Final.pptx
M2 Conceitos Basicos Consultua Final.pptxM2 Conceitos Basicos Consultua Final.pptx
M2 Conceitos Basicos Consultua Final.pptx
 
HST
HSTHST
HST
 
1189892444_2795.modulo_3-origem_e_evolucao_prevencao.ppt
1189892444_2795.modulo_3-origem_e_evolucao_prevencao.ppt1189892444_2795.modulo_3-origem_e_evolucao_prevencao.ppt
1189892444_2795.modulo_3-origem_e_evolucao_prevencao.ppt
 
1189892444 2795.modulo 3-origem_e_evolucao_prevencao
1189892444 2795.modulo 3-origem_e_evolucao_prevencao1189892444 2795.modulo 3-origem_e_evolucao_prevencao
1189892444 2795.modulo 3-origem_e_evolucao_prevencao
 
Aula 2 - Higiene e segurança do trabalho.pdf
Aula 2 - Higiene e segurança do trabalho.pdfAula 2 - Higiene e segurança do trabalho.pdf
Aula 2 - Higiene e segurança do trabalho.pdf
 
Prevencionista
PrevencionistaPrevencionista
Prevencionista
 
Aula 1 higiene ocupacional 2
Aula 1 higiene ocupacional 2Aula 1 higiene ocupacional 2
Aula 1 higiene ocupacional 2
 
Apostilamedicinatrabalho 091018151458-phpapp02(1)
Apostilamedicinatrabalho 091018151458-phpapp02(1)Apostilamedicinatrabalho 091018151458-phpapp02(1)
Apostilamedicinatrabalho 091018151458-phpapp02(1)
 
Saúde e segurança no trabalho 2012.2
Saúde e segurança no trabalho    2012.2Saúde e segurança no trabalho    2012.2
Saúde e segurança no trabalho 2012.2
 
Biossegurança - aula pós.pptx
Biossegurança - aula pós.pptxBiossegurança - aula pós.pptx
Biossegurança - aula pós.pptx
 
segurança e riscos ocupacionais em enfermagem
segurança e riscos ocupacionais em enfermagemsegurança e riscos ocupacionais em enfermagem
segurança e riscos ocupacionais em enfermagem
 
Apostila introdução seg trab i p 4aseg
Apostila introdução seg trab i p 4asegApostila introdução seg trab i p 4aseg
Apostila introdução seg trab i p 4aseg
 
Aula 1 - Higiene e Segurança do Trabalho
Aula 1 - Higiene e Segurança do TrabalhoAula 1 - Higiene e Segurança do Trabalho
Aula 1 - Higiene e Segurança do Trabalho
 
Segurança no trabalho
Segurança no trabalhoSegurança no trabalho
Segurança no trabalho
 
Aula 1 intro hst
Aula 1   intro hstAula 1   intro hst
Aula 1 intro hst
 
9208396 1200953880-curso-activo-humano
9208396 1200953880-curso-activo-humano9208396 1200953880-curso-activo-humano
9208396 1200953880-curso-activo-humano
 

Mais de AnaCruz222982

Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdfGestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdfAnaCruz222982
 
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdfGestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdfAnaCruz222982
 
Curso-Profissional-729281_Tcnicoa-Auxiliar-de-Sade_Referencial.pdf
Curso-Profissional-729281_Tcnicoa-Auxiliar-de-Sade_Referencial.pdfCurso-Profissional-729281_Tcnicoa-Auxiliar-de-Sade_Referencial.pdf
Curso-Profissional-729281_Tcnicoa-Auxiliar-de-Sade_Referencial.pdfAnaCruz222982
 
437378988-Apostila-Completa-Baralho-Cigano-pdf.pdf
437378988-Apostila-Completa-Baralho-Cigano-pdf.pdf437378988-Apostila-Completa-Baralho-Cigano-pdf.pdf
437378988-Apostila-Completa-Baralho-Cigano-pdf.pdfAnaCruz222982
 
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.pptufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.pptAnaCruz222982
 
9114 - Lingua Inglesa - Cuidados de beleza - Manual (1).doc
9114 - Lingua Inglesa - Cuidados de beleza - Manual (1).doc9114 - Lingua Inglesa - Cuidados de beleza - Manual (1).doc
9114 - Lingua Inglesa - Cuidados de beleza - Manual (1).docAnaCruz222982
 
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.pptufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.pptAnaCruz222982
 

Mais de AnaCruz222982 (7)

Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdfGestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
 
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdfGestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
Gestão Ambiental - Manual do Formando.pdf
 
Curso-Profissional-729281_Tcnicoa-Auxiliar-de-Sade_Referencial.pdf
Curso-Profissional-729281_Tcnicoa-Auxiliar-de-Sade_Referencial.pdfCurso-Profissional-729281_Tcnicoa-Auxiliar-de-Sade_Referencial.pdf
Curso-Profissional-729281_Tcnicoa-Auxiliar-de-Sade_Referencial.pdf
 
437378988-Apostila-Completa-Baralho-Cigano-pdf.pdf
437378988-Apostila-Completa-Baralho-Cigano-pdf.pdf437378988-Apostila-Completa-Baralho-Cigano-pdf.pdf
437378988-Apostila-Completa-Baralho-Cigano-pdf.pdf
 
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.pptufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
 
9114 - Lingua Inglesa - Cuidados de beleza - Manual (1).doc
9114 - Lingua Inglesa - Cuidados de beleza - Manual (1).doc9114 - Lingua Inglesa - Cuidados de beleza - Manual (1).doc
9114 - Lingua Inglesa - Cuidados de beleza - Manual (1).doc
 
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.pptufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
ufcd1122-nooesenormasdaqualidade.ppt
 

Último

Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 

Último (11)

Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 

Fundamentos SHST menos

  • 1. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 1 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Fundamentos de SHST
  • 2. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 2 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Trabalho Acto ou efeito de trabalhar. Exercício de actividade humana ou intelectual Pela Constituição de 1976, o trabalho passa a ser visto, não como uma mera fonte de rendimento ou subsistência, mas reconhece aos trabalhadores, o direito á organização deste trabalho em condições socialmente dignificantes, promovendo a sua realização pessoal, bem como, a prestação deste em condições de higiene e segurança. ( artºs 24,59 e 64)
  • 3. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 3 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Artigo 24º Direito à Vida 1) A vida humana é inviolável. 2 ) Em caso algum haverá pena de morte. Artigo 59º Direito à greve 1) É garantido o direito à greve. 2) Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve, não podendo a lei limitar esse âmbito.
  • 4. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 4 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Artigo 64º Saúde 1) Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover. 2) O direito à protecção da saúde é realizado pela criação de um serviço nacional de saúde universal, geral e gratuito, pela criação de condições económicas, sociais e culturais que garantam a protecção da infância, da juventude e da velhice e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular a ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo.
  • 5. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 5 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Artigo 64º Saúde 3) Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritáriamente ao Estado: – Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação; – Garantir uma racional e eficiente cobertura médica e hospitalar de todo o país; – Orientar a sua acção para a socialização da medicina dos sectores médico-medicamentosos; – Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde; – Disciplinar e controlar a produção, a comercialização e o uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico.
  • 6. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 6 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A segurança é na sua ampla acepção, um conceito substancialmente unido ao do ser humano, individualmente ou socialmente considerado
  • 7. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 7 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Historicamente a Prevenção de acidentes e doenças profissionais evoluiu de uma forma crescente, englobando um número cada vez maior de factores e actividades desde as primeiras acções de reparação de danos (lesões) até um conceito mais amplo onde se buscou a prevenção de todas as situações geradoras de efeitos indesejados para o trabalho.
  • 8. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 8 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho O seu desenvolvimento e evolução circunscrevem-se ao progresso humano com a mesma relevância de outros aspectos que são facetas do mesmo poliedro, tais como, a ecologia, o bem-estar social, a estabilização das pressões sociais, em suma: a qualidade de vida em todas as suas componentes e circunstâncias.
  • 9. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 9 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A segurança dos locais de trabalho constitui a primeira preocupação social que impulsionou a criação de legislação laboral. A higiene e segurança no trabalho é uma actividade pluridisciplinar, que tem por objectivo limitar ou eliminar os riscos que possam conduzir a acidentes de trabalho ou doenças profissionais.
  • 10. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 10 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho • CONCEITOS • Perigo: - Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou ferimentos para o corpo humano ou danos para a saúde, o património, para o ambiente, ou um a combinação destes.
  • 11. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 11 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho • CONCEITOS • Risco: - Combinação da probabilidade e das consequências de um determinado acontecimento perigoso • Risco Aceitável: - Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela organização, tomando em atenção as obrigações legais e a sua própria politica de SST
  • 12. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 12 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho • CONCEITOS • Quase Acidente: • - Acidente em que não ocorram quaisquer danos para a saúde, ferimentos, danos materiais ou qualquer outra perda
  • 13. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 13 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho • CONCEITOS • Acidente: • - Acontecimento não planeado no qual a acção ou a reacção de um objecto, substância, individuo ou radiação, resulta num dano pessoal ou na probabilidade de tal ocorrência
  • 14. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 14 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho O Que é A higiene, segurança e saúde do trabalho? Higiene e Segurança do Trabalho É uma actividade pluridisciplinar que tem por objectivo, limitar, reduzir ou eliminar riscos que possam conduzir a acidentes de trabalho ou doenças profissionais.
  • 15. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 15 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Qualquer actividade tem inerente um determinado risco Acidente de Trabalho Doença Profissional
  • 16. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 16 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Factores de risco Iluminação Movimentação de cargas Incêndios/explosões Ambiente Térmico Riscos Eléctricos Armazenagens Atmosfera Contaminada Ruído e Vibrações
  • 17. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 17 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Riscos Profissionais Riscos Ambientais Riscos de Operação Riscos Ergonómicos Outros Riscos Stresse Profissional
  • 18. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 18 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Riscos Ambientais Estão associados à existência de agentes agressivos do ambiente que envolve os postos de trabalho, os quais podem ser de origem, química, física ou biológica.
  • 19. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 19 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Riscos Ambientais Ag. químico: gases, vapores, fumos aerossóis, fumos Ag. físico: ruído, vibrações, iluminação Ag. biológico: vírus , bactérias, etc.
  • 20. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 20 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Riscos de Operação Estão relacionados com as actividades desenvolvidas e são essencialmente os riscos inerentes à utilização de máquinas e ferramentas, manuseamento de substâncias perigosas, movimentação de cargas, manual ou mecanismos, etc.
  • 21. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 21 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Riscos Ergonómicos Aparecem associados à inadaptação do posto de trabalho ao homem.
  • 22. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 22 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho • CAUSAS DE ACIDENTES • Instalações: - projecto deficiente - má construção e montagem - manutenção inadequada - modificações do equipamento incompatíveis com o projecto
  • 23. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 23 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Segurança dos equipamentos e instalações Triângulo da segurança industrial
  • 24. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 24 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Alguns tópicos para uma politica de SHST:  Promover e assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável  Reconhecer a segurança do trabalho como parte influente do desempenho da organização  Comprometer-se no cumprimento da legislação em SHST  Proteger instalações e equipamentos de modo a assegurar condições de segurança  Incentivar todos os colaboradores a zelarem pela segurança sua e dos colegas
  • 25. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 25 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Alguns tópicos para uma politica de SHST:  Alocar todos os recursos financeiros e humanos necessários à implementação do sistema de gestão de gestão de prevenção  Nenhuma situação de urgência será subscrita se puser em perigo a sua integridade ou a de alguém  Promover acções de formação para que todos possam ser envolvidos e o sistema comprometido  Procurar rever e melhorar sempre o sistema  Minimizar os riscos para pessoas e ambiente que possam advir das suas actividades
  • 26. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 26 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Princípios Gerais de Prevenção:  Eliminação de risco  Avaliação de riscos  Combater os riscos na origem  Adaptação do trabalho ao homem  Atender ao estado de evolução da técnica  Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso  Organização do trabalho  Prioridade da protecção colectiva face à protecção individual  Informação e formação
  • 27. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 27 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Objectivos:  Reduzir os índices de sinistralidade  Reduzir o indíce de frequência em 10% ao ano  Diminuir os custos indirectos dos acidentes  Diminuir os custos indirectos em 5% em dois anos  Eliminar os acidentes de quedas em um ano  Obter ganhos de produtividade com a melhoria das condições de trabalho  Melhorar a imagem da empresa em relação aos acidentes de trabalho
  • 28. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 28 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A Gestão da Prevenção deve ser vista como um investimento e não como um custo Recursos Humanos e recursos Materiais
  • 29. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 29 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A organização mais aconselhável é aquela em que as funções executivas dependem do topo, competindo aos técnicos de SHST, nomeadamente:  Identificação e controlo periódico dos riscos ocupacionais  Ensaios e verificação de equipamento de segurança  Informação técnica aos diversos departamentos  Elaboração e implementação de procedimentos  Fixação de objectivos e metas
  • 30. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 30 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A prevenção de segurança como actividade multidisciplinar resulta da necessidade de correcção de um certo numero de situações de insegurança, bem como dum conjunto de acções preventivas Na tomada de decisão é importante desmistificar o estigma de que os investimentos em segurança não são produtivos 1.- Redução de custos 2.- Função desejável e imprescindível ao bem estar e à produtividade da empresa
  • 31. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 31 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Obrigações Gerais do Empregador O empregador é obrigado tacitamente a estabelecer uma política de prevenção na empresa devidamente programada e planificada, dotada de meios e, permitindo aos trabalhadores dispor de instruções sobre as situações em que devam cessar a sua actividade em caso de perigo grave e eminente.
  • 32. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 32 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Para tais efeitos, o empregador tem que ter em conta os seguintes princípios de prevenção: Identificar os riscos aquando da concepção das instalações, dos locais de trabalho e processos de trabalho, combatê-los, anulá-los ou limitá-los;
  • 33. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 33 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Princípios de Prevenção Avaliar os riscos integrando-os no conjunto das actividades e adoptar medidas de prevenção; Assegurar que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos não constituem um risco para a saúde dos trabalhadores;
  • 34. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 34 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Princípios de Prevenção Planificar a prevenção; Organizar os meios para aplicação das medidas de prevenção tendo em consideração a evolução da técnica
  • 35. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 35 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Princípios de Prevenção Dar prioridade à prevenção colectiva em detrimento da protecção individual; Organizar o trabalho, eliminar os efeitos do trabalho monótono e do trabalho cadenciado;
  • 36. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 36 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Princípios de Prevenção Estabelecer as medidas que devem ser adoptadas em matéria de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos trabalhadores e identificação dos responsáveis pela sua aplicação;
  • 37. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 37 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Princípios de Prevenção Assegurar a vigilância da saúde;
  • 38. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 38 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Princípios de Prevenção Limitar o acesso a zonas de risco grave, apenas permitindo o acesso a trabalhadores com aptidão e formação adequada
  • 39. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 39 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Princípios de Prevenção Cooperarem entre si quando várias entidades desenvolvam simultaneamente actividades no mesmo local.
  • 40. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 40 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Factor humano da segurança Relações Humanas Atitudes Psicológicas perante os acidentes de trabalho Motivação Sensibilização às Causas de Insegurança Formação Profissional
  • 41. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 41 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Segurança Industrial Tecnologia Segurança Desenvolvimento Insegurança Tecnológico Se não for acompanhado por correctas medidas de segurança
  • 42. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 42 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Tipos de Riscos Analisados  Riscos Tecnológicos (libertação de nuvens tóxicas, incêndios e explosões, derrames de hidrocarbonetos)  Riscos Naturais (sismos, inundações)  Riscos Sociais ( intrusão e roubo; ameaça de bomba)
  • 43. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 43 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho GRADUAÇÃO DA OCORRÊNCIA INCIDENTE ACIDENTE A I G
  • 44. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 44 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho SEGURANÇA NA EMPRESA Segurança no projecto Segurança na construção Segurança na operação Organização da segurança Auditorias de segurança Planos de segurança
  • 45. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 45 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho INICIO Sensibilizar os responsáveis pela gestão da empresa Executar o estudo de avaliação dos riscos inerentes da empresa e das instalações Implementar as medidas preconizadas Formação básica do pessoal da empresa Manter equipamentos e dispositivos de segurança Constituição/formação de grupo intervenção da empresa Elaboração de manual segurança da empresa SEGURANÇA GARANTIDA
  • 46. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 46 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Reparação de Acidentes de Trabalho – Prestações Em dinheiro: Indemnizações por incapacidade temporária para o trabalhador; Indemnizações por incapacidade permanente; Pensões aos familiares da vítima; Despesas de funeral no caso de morte.
  • 47. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 47 Segurança e Higiene do trabalho PRIMEIROS SOCORROS
  • 48. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 48 Procedimentos de Emergência Na politica de segurança e saúde do trabalho de empresa evidenciam-se medidas de prevenção e medidas de protecção A lei obriga todas as empresas a dispor de uma organização de recursos que compreenda pessoal qualificado A prestação de socorro a vítimas de sinistros laborais na empresa é uma obrigação laboral, cujo incumprimento é passível de aplicação de coimas
  • 49. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 49 Procedimentos de Emergência O técnico de segurança e também o socorrista deve atender aos seguintes princípios: Prevenir / Proteger Alertar Socorrer
  • 50. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 50 Procedimentos de Emergência Situações de Risco 1.- Alterações Cardio-Respiratórias 2.- Choque 3.- Envenenamento/Intoxicação 4.- Hemorragias 5.- Feridas 6.- Queimaduras 7.- Irritações Cutâneas 8.- Lesões pelo ambiente quente / Frio 9.- Fracturas e Traumatismos 10.- Alterações de Conhecimento
  • 51. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 51 Segurança e Higiene do trabalho Se todos soubessem noções básicas de primeiros socorros muitas vidas poderiam ser salvas. Transporte de Vítimas Paragem Cárdio-Respiratória Fracturas Hemorragias
  • 52. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 52 Segurança e Higiene do trabalho Transporte de vítimas: ► Se houver suspeita de fracturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa; ► Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um casaco ou cobertor; ► Para erguê-la, você e mais duas ou três pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca; ► Apoie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás.
  • 53. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 53 Segurança e Higiene do trabalho Paragem Cárdio-Respiratória: O que acontece! ► Além de apresentar ausência de respiração e pulsação, a vítima também poderá apresentar inconsciência, pele fria e pálida, lábio e unhas azuladas. O que se deve fazer! ► NÃO dê nada à vítima de comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la; ► Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coração não está batendo
  • 54. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 54 Segurança e Higiene do trabalho Procedimentos Preliminares: ► Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fracturas, mova-o rolando o corpo todo de uma vez, colocando-o de costas no chão; ► Faça isso com ajuda de 2/3 pessoas para não virar ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesionar a medula; ► Verifique se há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração e caso positivo retire-a.
  • 55. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 55 Segurança e Higiene do trabalho Ressuscitação Cárdio-Pulmonar: ► Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito; ► Ao mesmo tempo, outra pessoa deve aplicar a respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço;
  • 56. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 56 Segurança e Higiene do trabalho Ressuscitação Cárdio-Pulmonar: ► Enquanto o ajudante enche o pulmão, soprando adequadamente para insuflá-lo, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater; ► Esta sequência deve ser feita da seguinte forma: 1) Se estiver sózinho, faça dois sopros para cada dez pressões no coração; 2) Se houver alguém ajudando, faça um sopro para cada cinco pressões
  • 57. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 57 Segurança e Higiene do trabalho Fracturas: É a quebra de um osso, causada por uma pancada muito forte, uma queda ou esmagamento. Dois Tipos: 1) Fechadas – apesar do choque, deixam a pele intacta; 2) Expostas – quando o osso fere a atravessa a pele. Estas exigem cuidados especiais, cubra o local com um pano limpo ou gaze e procure socorro médico imediato
  • 58. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 58 Segurança e Higiene do trabalho Fractura Fechada – Sinais Indicadores: ● Dor ou grande sensibilidade num osso ou articulação; ● Incapacidade de movimentar a parte afectada, além do adormecimento ou “formigueiro” da região; ● Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro magoado.
  • 59. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 59 Segurança e Higiene do trabalho Fractura Fechada – O que não se deve fazer? ● Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido; ● Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água Fractura Fechada – O que se deve fazer? ● Solicite assistência médica, e mantenha a pessoa calma e aquecida; ● Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sanguínea; ● Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala; ● Mantenha o local afectado em nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas com gelo para diminuir o inchaço, a dor e a progressão do hematoma
  • 60. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 60 Segurança e Higiene do trabalho Hemorragias – dois tipos: 1) Hemorragia Externa: É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou artéria); 1) Hemorragia Interna: É o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos.
  • 61. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 61 Segurança e Higiene do trabalho Hemorragias Externas – o que fazer? ● Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração; ● Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma das mãos; ● Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que permita a circulação sanguínea.
  • 62. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 62 Segurança e Higiene do trabalho Hemorragia. Internas – Como verificar e como agir? ● Os sinais mais evidentes são: pele fria, húmida e pegajosa, palidez, pulso fraco, lábios azulados e tremores; ● Não dê alimentos à vitima e nem a aqueça demais com cobertores; ● Peça auxílio médico imediato
  • 63. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 63 Segurança e Higiene do trabalho Hemorragia Nasal– o que fazer? ● Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja engolido, provocando náuseas; ● Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local; ● Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz; ● Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.
  • 64. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 64 Segurança e Higiene do trabalho Torniquetes – Como Fazer? O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como ultimo recurso quando não há a paragem da hemorragia. ● Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um nó simples; ● Depois, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o bastão até estancar a hemorragia. Firme o bastão com as pontas livres da tira de tecido;
  • 65. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 65 Segurança e Higiene do trabalho Torniquetes – Como Fazer? ● Marque o horário em que foi aplicado o torniquete; ● Procure socorro médico imediato; ● Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do membro afectado.
  • 66. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 66 As Boas Práticas
  • 67. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 67 Ao conjunto de metodologias de higiene e segurança que são aplicadas por uma organização no seu dia-a-dia de trabalho sem seguir qualquer procedimento (ou norma) ou formal (escrito) chamam-se “ Boas Práticas” E estas dividem-se em dois eixos: Organizacionais Individuais
  • 68. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 68 Exemplos: Organizacionais: .- Obrigatoriedade de uso de EPI’s .- Limpeza dos locais de trabalho .- Arrumação dos locais de trabalho .- Rotatividade de empregados expostos a certos riscos .- Permissão de pausas curtas e frequentes em certas tarefas .- Ventilação .- Aquisição de meios auxiliares de elevação .- Registo de acidentes .- Investigação de acidentes
  • 69. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 69 Exemplos: Individuais: .- Utilização correcta do mecanismo corporal na movimentação manual de cargas .- Utilização de EPI em locais não obrigatórios .- Higiene pessoal, após execução de tarefas de manuseamento de produtos químicos .- Arrumação e limpeza do seu posto de trabalho .- Desligar sempre uma máquina antes de executar qualquer tarefa .- Rotatividade e substituição de colegas por iniciativa própria
  • 70. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 70 Minutas de soluções / Checklists Constituem uma técnica expedita de identificação de riscos
  • 71. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 71 Organização dos serviços de prevenção .- Existe definição de política e de objectivos .- A politica está comunicada e difundida .- Programa de identificação, avaliação e controlo de riscos .- identificação da responsabilidade e autoridade para dar cumprimento aos programas .- Informação/sensibilização/formação .- Avaliação dos índices de sinistralidade
  • 72. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 72 Edifício e Locais de Trabalho .- Estado geral .- Área por trabalhador .- Volume por trabalhador .- Vias de acesso .- Arrumação e limpeza .- Espaço confinado . - Trabalho ao ar livre
  • 73. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 73 Iluminação .- Iluminação natural .- Área aproximada das janelas .- Iluminação do local de trabalho .- escadas e corredores devidamente iluminados .- Iluminação de emergência
  • 74. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 74 Qualidade do Ar Ambiente .- Existe alguma contaminação do ar ambiente .- Ventilação artificial .- Temperatura .- Humidade relativa .- Avaliação periódica dos parâmetros
  • 75. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 75 Ruído e Vibrações .- Avaliação do Ruído .- Eliminação de vibrações do ruído na fonte .- Encapsulamento ou isolamento do ruído e vibrações .- Quantos empregados estão expostos .- EPI’s disponíveis e em boas condições .- EPI’s efectivamente utilizados
  • 76. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 76 Radiações .- Existem radiações provenientes de soldadura .- Existe outro tipo de radiações (beta, gama, IF, UV) .- Existe eliminação/redução (barreiras) na origem e propagação .- Quantos empregados estão expostos .- EPI’s adequados
  • 77. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 77 Riscos Eléctricos .- Protecção contra contactos directos .- Ligações à terra .- Protecção de sobrecargas (fusíveis, disjuntores) .- Instalações eléctricas de máquinas e equipamentos em bom estado .- Avisos de locais de acesso limitado
  • 78. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 78 Máquinas e processos .- Todos os elementos com movimento estão protegidos (blindagens) .- Existem sistemas de paragem automática .- Existem células de paragem .- Existem instruções sobre o funcionamento das máquinas .- Existe um plano de manutenção dos elementos de segurança .- Existe prémio de produção .- As máquinas têm arestas, elementos pontiagudos, etc. .- As matérias primas entram automaticamente .- Alguma operação depende da segurança da máquina
  • 79. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 79 Transportes manuais e mecânicos .- O manuseamento das cargas é frequente .- Qual o peso da elevação/transporte de cargas .- Quantos empregados transportam/elevam cargas manualmente .- Quantos têm formação específica .- Transporte com empilhador .- Existe um procedimento escrito no empilhador .- Cargas não volumosas .- A capacidade de carga está afixada e é respeitada .- Quantos aparelhos de elevação existem .- Os operadores recebem formação .- Existem avisos de “carga suspensa”, “zona limitada”, etc.
  • 80. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 80 Sinalização de Segurança .- Sinalização de uso obrigatório de EPI’s .- Zonas limitadas .- Marcação no chão .- Sinalização de incêndios .- Sinalização de emergência .- Existem avisos importantes bem visíveis
  • 81. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 81 Incêndios, resposta a emergências .- Existe detecção automática .- Existe extinção automática tipo sprinkel .- Bocas de incêndio com alimentação autónoma .- Existe plano de manutenção destes sistemas .- Existem extintores em número suficiente .- Os elementos de extinção estão visíveis e assinalados .- Existem trabalhadores formados para combate a incêndios .- Existe equipamento (fatos) em número suficiente .- Existem zonas de risco identificadas .- Existe um plano de emergência
  • 82. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 82 Equipamento de Trabalho .- Peças móveis em rotação, translação, insuficientemente protegidas .- Peças/materiais em movimento livre (cair, rolar, escorregar, etc.) .- Perigo de incêndio ou explosão (devido a fricção ou a recipientes sob pressão) .- Perigo de entalar .- Roupas largas (podem prender-se em órgãos de máquinas)
  • 83. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 83 Práticas de Trabalho e Características do Local .- Superfícies perigosas (arestas, cantos, pontas cortantes, etc.) .- Trabalhos em altura .- Trabalhos que impliquem posturas/movimentos forçados .- Espaço acanhado .- Deslizar e escorregar .- Estabilidade de peso .- Técnicas e métodos de trabalho
  • 84. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 84 Utilização da Electricidade .- Interruptores eléctricos .- Instalações eléctricas .- Equipamento accionado electricamente .- Ferramenta eléctrica .- Cabos eléctricos
  • 85. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 85 Interacção de local de trabalho/factores humanos .- Dependência do sistema de segurança e da percepção e processamento da informação .- Dependência dos conhecimentos e aptidões .- Dependência das normas .- Abandono do posto de trabalho .- EPI’s adequados .- Fraca motivação para trabalhar em segurança .- Factores ergonómicos (altura da bancada, alcances, etc.)
  • 86. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 86 Factores Psicológicos .- Trabalho duro (intenso, monótono) .- Dimensões, isolamento .- Ambiguidade de funções .- Fraco controlo do trabalho .- Reacções a emergências .- Relações Sociais .-Tipo de chefias
  • 87. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 87 Segurança e Higiene no Trabalho
  • 88. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 88 Procedimentos de Emergência É considerável a expressão da Sinistralidade Laboral em Portugal Para 4.250.000 pessoas, temos Um volume de acidentes de: 305.000 < > 215.000 (1990 / 1997) E se houve diminuição de acidentes houve acréscimo de acidentes mortais 294 para 373
  • 89. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 89 Procedimentos de Emergência O Livro Verde dos Serviços de Prevenção (IDICT) refere que os encargos das companhias de seguros e Segurança Social com a reparação de acidentes é > 300 milhões de euros anuais E Se juntarmos os custos directos e indirectos (custo Global) então os valores ascenderiam a 3.000 milhões de euros anuais
  • 90. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 90 Procedimentos de Emergência Custos directos na óptica das empresas são aqueles que estando transferidos para o sistema segurador, são recuperados pelas empresas e os Custos Indirectos, são todos os outros que estando associados aos acidentes de trabalho e às doenças profissionais não são recuperáveis pelas empresas. Custos associados á substituição do trabalhador acidentado Custos administrativos Reparação de equipamento danificado Perda de produção e redução de produtividade Perdas de competitividade Perdas associados á imagem Custos sociais diversos
  • 91. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 91 Procedimentos de Emergência Politica de Segurança na Empresa: 1.- a filosofia de gestão empresarial 2.-as estratégias de desenvolvimento dos recursos humanos 3.-as estratégias de marketing, concepção e colocação dos produtos no mercado 4.- as estratégias económico-financeiras 5.-a organização do trabalho e da produção 6.- a gestão da informação
  • 92. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 92 Procedimentos de Emergência Organização da Segurança e Saúde (OSS) do Trabalho na empresa Organizar a segurança! Isto significa: Quem faz o quê? Fazer o quê e com que resultados? Como e quando fazer?
  • 93. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 93 Procedimentos de Emergência Organização da Segurança e Saúde (OSS) do Trabalho na empresa Qual a Missão da OSS? Estabelecer e manter controlo de gestão dentro da empresa Promover a cooperação entre aqueles que integram a empresa Assegurar a comunicação da informação na organização Desenvolver as competências dos trabalhadores
  • 94. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 94 Procedimentos de Emergência Planificação e Implementação da SHST Planificação visa: identificar os objectivos Estabelecer procedimentos para: desenvolver uma cultura de segurança manter um permanente controlo dos riscos Na Identificação de objectivos deve ter-se em conta: definições da politica de SHST sistema organizativo de SHST normas e procedimentos
  • 95. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 95 Procedimentos de Emergência Planificação e Implementação da SHST No estabelecimento de procedimentos devem evidenciar-se: 1.- normas dirigidas ao sistema de gestão de prevenção 2.-normas direccionadas para identificar e eliminar perigos, avaliação de riscos e seu controlo 3.-normas visando as actividades e áreas de risco elevado e situações não suficientemente controladas 4.-normas enquadradoras da intervenção de terceiros na actividade produtiva, clientes e publico 5.-a forma como tais normas são elaboradas ( objectividade, detalhe, linguagem)
  • 96. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 96 Procedimentos de Emergência Sist. Monitorização e Avaliação do Sist. e Gestão da SHST A monitorização consiste na avaliação da manutenção e melhoria da actividade se segurança e saúde por referência às normas e planos determinados visando introduzir medidas correctivas. E isso configura os seguintes sistemas: Sistema de controlo activo Sistema de controlo reactivo Sistema de notificação sistema de investigação
  • 97. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 97 Procedimentos de Emergência Sist. Monitorização e Avaliação do Sist. e Gestão da SHST Sistemas de controlo activos: para avaliar a consecução dos objectivos, a execução das normas específicas e a actividade desenvolvida em torno das prioridades Sistemas de controlo reactivos: para identificar e analisar a informação relativa às falhas do sistema de segurança e saúde Sistemas de Notificação: para avaliar e operacionalizar a reacção nas situações de perigo grave e iminente Sistemas de Investigação: Para avaliar os relatórios produzidos no âmbito do controlo activo e reactivo, as causas imediatas e as demais causas associadas aos efeitos produzidos, as tendências na informação recolhida e a capacidade de reacção ás disfunções verificadas no sistema de segurança
  • 98. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 98 Procedimentos de Emergência Missão dos Serviços de Prevenção e Protecção: a Directiva Europeia 89/391/CEE, obriga o empregador a organizar as actividades de SHST, Assim o Livro Branco dos Serviços de Prevenção, define a missão dos serviços de prevenção e protecção como consistindo em “desenvolver sistemas e metodologias de prevenção e de protecção no âmbito da gestão da empresa, com vista à obtenção de níveis adequados de segurança e saúde no trabalho, tendo em atenção todos os factores de risco e todos os trabalhadores”
  • 99. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 99 Procedimentos de Emergência Princípios Gerais de Prevenção Visam: Eliminar os Riscos Avaliar os Riscos Combater os riscos na origem Adaptar o trabalho ao homem Atender ao estado de evolução da técnica Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso Integrar a prevenção num todo coerente Protecção colectiva face à protecção individual A formação e a informação
  • 100. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 100 Procedimentos de Emergência Avaliação de Riscos Consiste em: Identificar os riscos Estimar os riscos Valorar o risco
  • 101. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 101 Procedimentos de Emergência Objectivos da Avaliação de Riscos Só a avaliação de riscos permite o conhecimento suficiente das interacções do trabalho, tendo associados os seguintes objectivos: 1.-Identificar trabalhadores expostos 2.-Identificar medidas de prevenção e de protecção adequadas 3.-Priorizar intervenções 4.-Programar actuações 5.-Organizar os meios necessários
  • 102. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 102 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos A concepção do processo produtivo 1.- Caracterização do produto final 2.- Definição do sistema industrial 3.- Definição do Lay-Out
  • 103. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 103 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos A Concepção dos Locais de Trabalho Estabilidade estrutural Dimensionamento Pavimentos Paredes e Tectos Coberturas Janelas Portas e saídas de emergência Vias de circulação Elevadores e monta-cargas Cais e rampas eléctricas
  • 104. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 104 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos A Concepção dos Locais de Trabalho Armazenagem: de materiais secos e a granel de líquidos de gases de outros produtos
  • 105. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 105 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos A Concepção dos Locais de Trabalho Locais Técnicos: Compressores Recipientes sob pressão Fornos e estufas Instalações Frigorificas Locais de carga de baterias e acumuladores soldadura e corte Pintura Outros locais técnicos específicos
  • 106. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 106 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos A Concepção dos Locais de Trabalho Locais Sociais: Instalações sanitárias e vestiários Cozinhas e Refeitórios Locais de descanso Abastecimento de água potável Instalações dos serviços de SHST Áreas administrativas Locais de atendimento ao público
  • 107. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 107 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos Envolvente externa do local de trabalho Localização e implantação dos edifícios: Ambiente, relevo e hidrografia acessibilidades Implantação Exposição solar e ventos dominantes
  • 108. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 108 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos Envolvente externa do local de trabalho Localização e implantação de áreas diversas: Instalações Sociais Parqueamento Depósito de Resíduos
  • 109. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 109 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos Previsão das Fontes de Energia Armazenamento Instalações
  • 110. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 110 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos Outros componentes do sistema industrial Matérias primas Matérias secundárias Máquinas e equipamentos Prevenção integrada Dispositivos de protecção comandos dispositivos de captação e aspiração alimentação energética Ferramentas armazenamento utilização
  • 111. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 111 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos Concepção ergonómica dos postos de trabalho Relação Homem / Máquina Iluminação / Temperatura / Ruído Sinalização Organização do Trabalho
  • 112. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 112 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos Modos operatórios Processos de Trabalho Métodos de trabalho Enquadramento Movimentação de Cargas Movimentação mecânica Movimentação manual Enquadramento
  • 113. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 113 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos Ambiente Físico Iluminação: Natural Artificial Ruído/Vibrações: Acústica do edifício Fontes de ruído Transmissão do ruído Transmissão das vibrações (ar, estruturas) Ventilação/qualidade do ar Ventilação natural e ventilação artificial Poeiras/fibras/fumos/ gases/aerossóis Ambiente Térmico Temperatura Humidade Velocidade do ar
  • 114. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 114 Procedimentos de Emergência Grandes Domínios da Avaliação de Riscos Outros agentes nocivos eventuais agentes químicos agentes biológicos Organização do Trabalho conjugação do Lay-Out /postos de trabalho/vias de circulação/sinalização Serviços de Manutenção
  • 115. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 115 Procedimentos de Emergência A Formação , a Informação e a Participação
  • 116. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 116 Procedimentos de Emergência A Formação, a Informação e a Participação A informação está presente em todos os comandos jurídicos da SHST Principais domínios: > riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores > medidas de prevenção e protecção relativas ao posto de trabalho e função e também referentes às empresas > forma de aplicação daquelas medidas > as medidas e instruções a adoptar em caso de perigo grave e iminente
  • 117. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 117 Procedimentos de Emergência A Formação, a Informação e a Participação A informação está presente em todos os comandos jurídicos da SHST Principais domínios: > medidas de primeiros socorros e o sistema organizativo de combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores em caso de sinistro > alterações associadas à mudança de posto de trabalho ou função ou às tecnologias introduzidas ou substituídas > avaliações de risco > programa e organização da formação
  • 118. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 118 Procedimentos de Emergência A Formação, a Informação e a Participação A informação está presente em todos os comandos jurídicos da SHST Principais domínios: > responsáveis para as actividades de prevenção e protecção e o recurso a consultorias externas > Os equipamentos de protecção > os acidentes de trabalho ocorridos
  • 119. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 119 Procedimentos de Emergência Quanto à informação O empregador deve: > assegurar a formação geral de todos os trabalhadores > assegurar a formação específica dos trabalhadores designados para as acções de emergência e dos que possam ter acesso a zonas de risco grave > Favorecer a formação de técnicos de segurança e saúde e dos representantes dos trabalhadores neste domínio
  • 120. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 120 Procedimentos de Emergência Quanto à participação A participação em SHST é fortemente marcada por uma dinâmica de cooperação. Em geral, o direito de participação será, à face da lei, exercido pelos representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde, ou na sua falta directamente pelos trabalhadores
  • 121. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 121
  • 122. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 122 Procedimentos de Emergência As funções e as actividades dos serviços de prevenção e protecção Funções Domínios de actividade Planeamento da SHST Implementação das acções Planificação das acções Programação das actuações Monitorização Avaliação Acções de prevenção . Detecção e eliminação de perigos . Avaliação de riscos .controlo de riscos . Situações de perigo grave e iminente
  • 123. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 123 Procedimentos de Emergência Funções Domínios de Actividade Implementação das acções Acções de protecção . Protecção de trabalhadores . Protecção de trabalhadores vulneráveis . Acções de emergência vigilância na saúde informação formação apoio à participação
  • 124. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 124 Procedimentos de Emergência Funções Domínios de Actividade Coordenação das acções . Sectores e trabalhadores da empresa . Trabalhadores independentes . Outros profissionais presentes na empresa . Intervenção de empresas externas na actividade produtiva . Publico . Clientes . Utilização de recursos externos para as actividades de SHST
  • 125. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 125 Procedimentos de Emergência Funções Domínios de Actividade Relação com o exterior Recolha e Tratamento de dados . Organismos da rede de prevenção . Organizações sectoriais (associações patronais, sindicais, etc.) . Autoridades . Relatórios de avaliação de riscos . Notificações obrigatórias . Lista de medidas de controlo de riscos preconizadas . Relatórios de auditorias . Informação técnica de SHST . Dados dos exames de saúde . Relatórios de acidentes . Relatório anual de actividades
  • 126. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 126 Procedimentos de Emergência Funções Domínios de Actividade Gestão dos Recursos afectos aos Serviços de Prevenção e Protecção . Formação dos profissionais de SHST . Formação dos trabalhadores designados para actividades de protecção . Informação técnica de SHST . Instrumentos de avaliação de riscos . Equipamentos de protecção (colectiva e individual) . Sinalização de segurança . Sistemas de Emergência . Documentação relacionada com a actividade dos serviços de prevenção e protecção
  • 127. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 127 Procedimentos de Emergência Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção Estes serviços devem ser dotados de todos os meios necessários ao desenvolvimento da sua missão com dimensionamento adequado à grandeza da empresa, como sejam: Recursos Humanos Recursos Técnicos Recursos Tecnológicos Outros recursos materiais
  • 128. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 128 Procedimentos de Emergência Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção Recursos Humanos Devem ser dinamizados por profissionais de Segurança e Saúde qualificados, nomeadamente: 1.- Técnicos de Segurança e Higiene do Trabalho 2.- Médicos do Trabalho
  • 129. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 129 Procedimentos de Emergência Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção Recursos Técnicos Instrumentos de avaliação de riscos e equipamentos de protecção (colectiva e individual)
  • 130. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 130 Procedimentos de Emergência Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção Recursos Tecnológicos Ter metodologias adequadas às avaliações de riscos presentes na actividade da empresa, devendo estar referenciadas na legislação e nas normas técnicas reconhecidas pelo Sistema de Qualidade Português:
  • 131. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 131 Procedimentos de Emergência Recursos dos Serviços de Prevenção e Protecção Outros Recursos Materiais Equipamento e instalações com dimensão e configuração adequadas à missão dos serviços de prevenção e protecção e à definição organizacional que a política da empresa estabeleça
  • 132. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 132 Procedimentos de Emergência Relatório Anual de Actividade dos Serviços de SHST Principais Campos dum Relatório de SHST I.- Identificação da entidade empregadora II.- Identificação do estabelecimento III.- Natureza da modalidade adoptada em matéria de organização dos serviços de SHST IV.- Pessoal dos Serviços de SHST V.- Nº de pessoas ao serviço da empresa em 31 de Dezembro VI.- Actividades dos serviços de SHST VII.- Actividades desenvolvidas no domínio de SHST VIII.- Actividades desenvolvidas no âmbito da Saúde no Trabalho IX.- Acidentes de trabalho e doenças profissionais Portaria nº 1184/2002 de 29 de Agosto
  • 133. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 133 Procedimentos de Emergência VI.- Actividades dos serviços de SHST: i) Informação aos trabalhadores sobre os riscos inerentes ao trabalho ii) Formação dos trabalhadores em SHST, nº de acções e pessoal abrangido iii) Formação de pessoal afecto às actividades de SHST iv) Consulta aos trabalhadores em SHST; razões da consulta, destinatários, forma de consulta
  • 134. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 134 Procedimentos de Emergência VII.- Actividades desenvolvidas em SHST: i) Condições de trabalho e avaliação de riscos profissionais ii) Intervenções técnicas de controlo do ambiente de trabalho iii) Intervenções técnicas no controlo de exposição a outros riscos profissionais iv) beneficiações/correcções feitas em máquinas e equipamentos v) Intervenções nas características dos locais de trabalho e suas práticas vi) Medidas de protecção individual e colectiva
  • 135. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 135 Procedimentos de Emergência VIII.- Actividades desenvolvidas em Saúde no Trabalho: i) Exames periódicos, de admissão e ocasionais ii) Exames complementares iii) Acções de imunização iv) Promoção da saúde/educação para a saúde no trabalho – actividades desenvolvidas, nº de trabalhadores abrangidos, nº de sessões de educação, principais temas abordados
  • 136. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 136 Procedimentos de Emergência IX.- Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais: i) Frequência e gravidade dos acidentes de trabalho ii) Doenças profissionais de participação obrigatória iii) Projectos e medidas para a melhoria da situação existente no domínio da SHST
  • 137. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 137 Segurança, Higiene do Trabalho PRINCIPIOS GERAIS DE PREVENÇÃO E CONSTRUÇÃO CIVIL A planificação da prevenção deve ser efectuada com as necessárias precauções, começando desde logo, com a definição do prazo de execução da própria obra Importa considerar prazos de execução adequados, de modo a serem evitadas situações de trabalho simultaneio, exigindo elevadas cargas de mão-de-obra e de equipamento que potenciam a sinistralidade laboral
  • 138. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 138 Segurança, Higiene do Trabalho A planificação da SHST, deve promover a implementação de medidas de prevenção adequadas efectivas e eficazes, para todas as situações de risco e durante toda a duração das obras.
  • 139. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 139 Segurança, Higiene do Trabalho Dar prioridade às medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual
  • 140. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 140 Segurança, Higiene do Trabalho • O objectivo consiste no estabelecimento de uma protecção de considerável eficácia, para qualquer pessoa que esteja exposta àquele risco, quer seja ou não trabalhador da obra
  • 141. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 141 Segurança, Higiene do Trabalho A protecção individual pode ser entendida como não tendo sido possível a prevenção no sentido de adaptar o trabalho ao homem, recorrendo-se à adaptação do homem ao trabalho Assim a protecção individual é de natureza complementar e pode ser um reforço da prevenção
  • 142. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 142 Segurança, Higiene do Trabalho A correcta aplicação deste principio geral de prevenção depende: Quanto à protecção colectiva: Estabilidade dos seus elementos Resistência dos materiais Permanência no espaço e no tempo Quanto à protecção individual: Adequação do equipamento ao homem Adequação do equipamento ao risco Adequação do equipamento ao trabalho
  • 143. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 143 Segurança, Higiene do Trabalho Dar instruções adequadas aos trabalhadores Permitir conhecimento dos componentes do processo produtivo, identificando os riscos associados Integrar o conhecimento de forma a prevenir esses riscos Informação de forma acessível e ser facilmente apreendida pelos utilizadores
  • 144. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 144 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS DA COMBUSTÃO
  • 145. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 145 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Será desnecessário salientar a importância da combustão no mundo actual: produção de energia eléctrica em centrais térmicas metalurgia, cimento, vidros, etc aquecimento de edifícios transportes Existe no entanto o reverso: poluição do ambiente ocorrência de fogos explosões (combustão não controlada)
  • 146. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 146 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Reacção química: transformação que partindo de certas substancias a que chamaremos reagentes, produz outras substancias chamadas produtos da reacção Pirólise: transformação química que consiste na decomposição térmica do material ao abrigo do ar
  • 147. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 147 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho . FOGO Energia de activação
  • 148. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 148 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho TRANSMISSÃO DE CALOR Condução: Consiste no transporte de energia térmica principalmente através da vibração das moléculas Radiação: Mecanismo de transmissão de calor onde não é necessário qualquer suporte material Num incêndio a radiação pode ser emitida por superfícies quentes ou incandescentes (em brasa) ou pelas chamas
  • 149. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 149 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A radiação proveniente das chamas pode ter origem em: 1.- pelos gases quentes 2.- partículas de carbono em suspensão (fuligem) tornadas incandescentes pela elevada temperatura Convecção: A camada de ar adjacente ao aquecedor é aquecida por condução; as moléculas dum fluido estão livres. Assim o ar junto ao aquecedor, cuja temperatura aumenta, fica menos denso que o ar à volta e sujeito a força de impulsão ascendente; o ar frio vai ocupar o espaço deixado livre
  • 150. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 150 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Quando o movimento do fluido é resultante da diferença de densidades falamos em Convecção natural ou livre Quando o escoamento do fluido é imposto, como o movimento do ar, sobre a resistência eléctrica, arrastando os gases quentes resultantes da combustão, chamamos convecção forçada
  • 151. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 151 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Os combustíveis podem apresentar três estados de agregação da matéria:  Sólido: madeira; carvão; outros materiais orgânicos, metais  Líquido: gasolina, petróleo, álcoois, óleos  Gasoso: metano, gás natural, acetileno, propano, butano, hidrogénio Note-se que certos combustíveis gasosos podem apresentar-se na fase líquida quando armazenados (metano e gás natural – liquefeitos por baixa temperatura; propano, butano – liquefacção por pressurização)
  • 152. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 152 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A NP 1553/78 classificou os fogos em 4 classes, que têm a ver tanto com o estado físico do combustível como com as características particulares da forma como entra em combustão:  Classe A – fogos resultantes da combustão de materiais sólidos, geralmente de natureza orgânica (madeira, carvão, papel…)  Classe B – fogos resultantes da combustão de líquidos ou sólidos liquidificáveis (gasolina, éteres, álcoois, ceras, vernizes…)  Classe C – fogos resultantes da combustão de gases (propano, butano, acetileno…)  Classe D – fogos resultantes da combustão de metais (sódio, potássio, magnésio, alumínio…)
  • 153. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 153 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho COIMBUSTÃO DE GASES – CLASSE C As condições mais favoráveis à ocorrência duma reacção de combustão surgem, quando o combustível é um gás. As moléculas do combustível gasoso, com mais liberdade de movimento que as de um sólido ou liquido, podem mais facilmente encontrar as moléculas de oxigénio com as quais vão reagir. A combustão com chama é sempre uma reacção em fase gasosa. Classificam-se as chamas em pré-mistura e de difusão.
  • 154. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 154 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Na Pré-mistura, os reagentes sofrem um a mistura prévia ao inicio da reacção (combustão da gasolina); Na Difusão, o combustível e o oxidante estão separados antes da ignição (isqueiro) A maior parte das aplicações industriais, estão por razões de segurança nesta categoria
  • 155. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 155 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho LIMITES DE INFLAMABILIDADE Uma mistura de combustível e ar em proporções tais que o ar é o necessário e suficiente para queimar todo o combustível presente chama-se Mistura estequiométrica Uma mistura cuja proporção de combustível é menor do que a estequiométrica, chama-se Mistura Pobre, se for maior chama- se Mistura Rica A ignição duma mistura só se consegue se a proporção combustível/ar estiver dentro de certos limites – os limites de inflamabilidade
  • 156. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 156 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A maior ou menor concentração de combustível que permitem a propagação de uma chama designam-se por Limite Inferior de Inflamabilidade (LII) e limite Superior de Inflamabilidade (LSI). Estes limites são diferentes para cada combustível Factores que influenciam o domínio de inflamabilidade: 1.- aumentos de temperatura e pressão 2.- percentagem de oxigénio no comburente
  • 157. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 157 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho COMBUSTÃO DOS LÍQUIDOS – CLASSE B Não se pode falar propriamente da combustão de um liquido, pois o que arde é o vapor libertado pelo liquido. Para que a combustão tenha lugar é preciso que a quantidade de vapor libertada pelo liquido seja tal que a mistura resultante de vapor e ar estejam dentro do domínio de inflamabilidade
  • 158. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 158 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A taxa de vaporização dum líquido é função da temperatura, o que nos leva a definir para combustíveis líquidos as seguintes temperaturas características: 1.- temperatura de inflamação: temperatura mínima à qual os vapores emitidos pelo liquido se inflamam por acção duma chama piloto, mas cessando a combustão se a chama for retirada 2.- temperatura de combustão: temperatura mínima à qual os vapores emitidos pelo liquido se inflamam por acção de uma chama piloto, mantendo-se a combustão mesmo retirando a chama piloto 3.- temperatura de auto-inflamação: temperatura mínima à qual os vapores emitidos pelo liquido se inflamam espontaneamente, sem necessidade de qualquer chama piloto
  • 159. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 159 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho . Temperaturas de inflamação, de combustão e de auto- inflamação para alguns combustíveis líquidos temperatura de inflamação temperatura de combustão temperatura de auto-inflamação Gasolina - 40 -20 227 Fuel oil 66 93 230 Óleo de lubrificação 157 177 230 gasóleo 90 104 330
  • 160. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 160 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho COMBUSTÃO DOS SÓLIDOS – CLASSE A Muitos materiais sólidos (particularmente orgânicos) podem apresentar dois tipos de combustão, com e sem chama. A ocorrência destes dois tipos resulta da existência de dois mecanismos competitivos da pirólise do sólido
  • 161. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 161 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho COMBUSTÃO DOS METAIS – CLASSE D Na natureza os metais aparecem não sob o estado puro mas sob a forma de óxidos. Este é portanto o seu estado mais estável, o que quer dizer que dadas condições favoráveis os metais tenderão a reagir com o oxigénio São considerados numa classe à parte, dos restantes combustíveis sólidos, porque em fogos envolvendo metais é PROIBIDO o uso de água como agente extintor Um metal só poderá normalmente entrar em combustão se for finamente pulverizado
  • 162. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 162 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Propagação e Extinção Através do triangulo do fogo podemos visualizar a propagação como sendo o acrescentar um lado do triangulo a dois já existentes:  Acrescentar combustível a oxigénio + energia: combustível liquido sobre chapa quente  Acrescentar oxigénio a combustível + energia: mistura súbita de ar com produtos de combustão incompleta (monóxido de carbono) a temperatura elevada  Acrescentar energia a oxigénio + combustível: faísca eléctrica, chama piloto, transmissão de calor
  • 163. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 163 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Propagação e Extinção  Projecção: poderia ser incluído no item anterior mas que assume características particulares é a projecção do material em combustão: Incêndios Florestais: ramos de arvores, tufos de erva/musgo a arder que são transportados pelas correntes de convecção ascendentes e pelo vento Incêndios Urbanos: matérias polimérico utilizados no revestimento de paredes e tectos que fundindo com o calor produzem gotas que caem a arder sobre material ainda não inflamado
  • 164. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 164 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Extinção Podemos utilizar de novo o triangulo do fogo para visualizar os diferentes processos de extinção: 1.- retirar o combustível: através da dispersão 2.- retirar o oxigénio: (asfixia ou abafamento): Pôr uma tampa na frigideira que pegou fogo lançar areia ou terra sobre um material em combustão projecção de gases inertes, como C02 ou azoto a própria água cuja principal função é o arrefecimento
  • 165. Jorge Manuel Lopes Cruz Pombo 2006 165 Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Extinção Podemos utilizar de novo o triangulo do fogo para visualizar os diferentes processos de extinção: 1.- retirar a energia de activação Geralmente efectuando arrefecimento da zona em combustão 1.- utilização de água 2.- projecção de C02, que sai do extintor a temperatura muito baixa