Apresentação | Propostas da Indústria para as Eleições 2014
Sondagem Industrial | Setembro/2011
1. SONDAGEM INDUSTRIAL
Informativo da Confederação Nacional da Indústria ISSN 1676-0212
Ano 14 Número 9 setembro de 2011 www.cni.org.br
Produção industrial termina o
trimestre em queda
apesar do efeito sazonal positivo pela proximidade do fim de ano, a produção anÁliSe eCOnÔMiCa
recuou em setembro, sobretudo entre as grandes empresas. O número de aumento da atividade
empregados da indústria manteve-se estável. a utilização da capacidade industrial depende de
instalada situou-se ainda mais abaixo do usual para o mês. redirecionamento da demanda
Pág. 02
O recuo na produção industrial em setembro não foi suficiente para eliminar o
acúmulo indesejado de estoques de produtos finais.
PORteS de eMPReSa
Grandes empresas fecham
O otimismo quanto à demanda futura é cada vez mais restrito, assim como
o trimestre com dificuldades
as expectativas de aumento de compras de matérias-primas. a expectativa é
que o número de empregados se mantenha estável nos próximos seis meses.
para ajustar estoques
Somente as expectativas quanto à quantidade exportada se tornaram mais Pág. 10
favoráveis: o índice voltou a superar 50 pontos, indicando otimismo quanto às
vendas externas. ReGiÕeS
indústrias do norte e
nordeste lideram indicadores
Estoque efetivo em relação ao planejado - Setembro de atividade econômica
Pág. 11
Abaixo 52,9 Acima
SetOReS de atividade
indústria opera com excesso
de estoques
Pág. 12
UCI efetiva em relação ao usual - Setembro
nível de atividade - Pág. 03
Abaixo 45,0 Acima
CaPaCidade inStalada - Pág. 04
eStOQUeS - Pág. 05
PRinCiPaiS PROBleMaS - Pág. 06
SitUaçãO finanCeiRa - Pág. 07
Perfil da amostra: 1.737 empresas, sendo 951 pequenas, 542 médias e 244 grandes. eXPeCtativaS - Pág. 08
Período de coleta: de 3 a 18 de outubro de 2011.
2. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
anÁliSe eCOnÔMiCa
aumento da atividade industrial depende de
redirecionamento da demanda
a atividade industrial continua perdendo força. no terceiro trimestre, apesar do crescimento
em julho e agosto, a produção fechou o mês de setembro com queda. não fosse pela
sazonalidade favorável do fim do ano, provavelmente a indústria estaria vivenciando uma
queda mais significativa na produção.
Os indicadores apurados na Sondagem industrial sugerem queda da atividade industrial para
os próximos meses. a utilização da capacidade instalada manteve-se abaixo do usual pelo
décimo mês consecutivo. Os estoques permanecem elevados e a queda da produção em
setembro não foi o suficiente para trazê-los ao nível planejado.
as expectativas ainda são positivas quanto à demanda prevista para os próximos seis meses,
mas se mostram cada vez menos otimistas. a indústria já não pretende aumentar o emprego.
O baixo crescimento industrial em 2011 é explicado por três fatores: as medidas de contenção
da demanda (as grandes empresas voltaram a reclamar da dificuldade de acesso ao crédito);
a maior competição com produtos importados no mercado doméstico; e a deterioração do
cenário externo.
em particular, o problema da “falta de demanda” continua relevante: recebeu 24,6% de
assinalações entre os principais problemas enfrentados pela indústria no terceiro trimestre
de 2011.
a perda de competitividade dos produtos brasileiros, sobretudo em razão da valorização do
real nos últimos oito anos, faz com que parte da demanda doméstica seja direcionada para
produtos importados. desse modo, as vendas no varejo continuam crescendo, enquanto a
produção industrial fica estagnada.
a partir da edição de janeiro de 2011, as perguntas sobre o nível de utilização da capacidade instalada, evolução de estoques, evolução do número de empregados
e expectativa do número de empregados passaram a ser realizadas mensalmente. além disso, a Sondagem industrial passou a incluir em suas edições trimestrais a
análise de resultados regionais.
2
3. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
nível de atividade
Produção industrial tem queda acentuada
em setembro
Evolução da produção
Mensal
Queda 48,6 Aumento
Set 2011
em setembro, a produção industrial registrou queda frente ao mês
anterior. O indicador de evolução da produção recuou 6,3 pontos na
54,9
Ago 2011 comparação com o mês anterior, para 48,6 pontos.
50,4
Jul 2011
0 50 100
Evolução do número de empregados
Mensal
Queda 50,3 Aumento
Set 2011 O número de empregados na indústria manteve-se estável em setem-
51,3
bro. O indicador de evolução do número de empregados situa-se em
Ago 2011 50,3 pontos, sobre a linha divisória.
50,1
Jul 2011
0 50 100
Indicadores de evolução da produção
62,9
54,9 55,1 54,9
53,4 53,0 53,6 52,7 53,3
51,8 52,0
Aumento 50,8 51,0 51,0 50,4
Queda 49,2 48,6
47,6 48,1
46,0
44,7
jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 set/11
Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento.
3
4. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
CaPaCidade inStalada
indústria trabalha abaixo do usual
UCI efetiva em relação ao usual
Mensal
Abaixo 45,0 Acima
Set 2011 em setembro o indicador de UCi efetiva em relação ao usual se afastou
ainda mais da linha divisória de 50 pontos. O indicador recuou de 47,5
47,5
Ago 2011
pontos em agosto para 45,0 pontos em setembro. desde dezembro de
2010 que a indústria opera com utilização da capacidade abaixo do usual.
45,1
Jul 2011
0 50 100
Utilização da capacidade instalada
Mensal
Jul 2011 Ago 2011 Set 2011
100% 100% 100%
75% 76% 76% O percentual médio de utilização da capacidade instalada em setem-
bro foi 76%, o mesmo percentual registrado em agosto. esse resultado
aponta a moderação da atividade industrial, uma vez que setembro é um
mês no qual, normalmente, há crescimento da atividade industrial.
0% 0% 0%
Indicador de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual
54,0
51,0
50,3 50,4
50
47,4 47,5
48,9 46,2 46,1
48,3 48,4
44,7 45,1 45,0
45,2
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set
2010 2011
UCI Efetiva-usual Linha divisória
Indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 pontos indicam utilização da capacidade instalada acima do usual para o mês.
4
5. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
eStOQUeS
nível de estoques continua acima do planejado
Evolução do nível de estoques
Mensal
Abaixo 50,9 Acima
Set 2011 O nível de estoques cresceu levemente em setembro, após cinco meses
de crescimento mais intenso. O indicador de evolução de nível de esto-
52,0
Ago 2011
ques ficou em 50,9 pontos. esse indicador está acima da linha divisória
de 50 pontos desde janeiro de 2011.
53,4
Jul 2011
0 50 100
Estoque efetivo em relação ao planejado
Mensal
Abaixo 52,9 Acima
Set 2011 O indicador de estoque efetivo em relação ao planejado recuou de
53,6 pontos em agosto para 52,9 pontos em setembro. Mesmo
Média histórica: 50,7
com a queda do indicador, os estoques continuam muito acima do
53,6
Ago 2011 planejado pelas empresas industriais.
53,9
Jul 2011
0 50 100
Indicadores de estoques de produtos finais
53,9
52,9
51,3 51,0
50,9
50,5
50,2 50,2
49,7 50
48,5 48,7
50,4 50,3 50,5 51,4 51,4 52,3 53,4 52,0 50,9
jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11
Evolução Efetivo planejado Linha divisória
Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam crescimento ou estoque efetivo acima do planejado.
5
6. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
PRinCiPaiS PROBleMaS
Preocupação com falta de demanda
segue elevada
a alta carga tributária continua sendo o principal proble- ração com o segundo trimestre, alcançando 26,2% das
ma para todos os três portes de empresa, enquanto a empresas - 10,3 p.p. acima do registrado no mesmo tri-
competição acirrada no mercado continua sendo o segun- mestre de 2010.
do problema mais assinalado.
entre as grandes, também chama a atenção a alta assina-
O problema de falta de demanda se reduziu para peque- lação de alto custo da matéria prima, que se tornou o ter-
nas e médias empresas na comparação com o último tri- ceiro problema mais assinalado no terceiro trimestre de
mestre, mas a preocupação com esse problema segue 2011. a assinalação alcançou 37,7% das grandes empre-
muito acima do registrado no terceiro trimestre de 2010. sas, 10,8 p.p. a mais que no terceiro trimestre de 2010.
Para 24,3% das pequenas empresas a falta de demanda
foi um dos principais problemas enfrentados no trimes- no caso das pequenas empresas, o terceiro problema
tre – 7 pontos percentuais (p.p.) acima do registrado no mais assinalado são as taxas de juros elevadas. em um
mesmo período de 2010. Para as grandes empresas, o cenário de queda da Selic, o problema foi menos assina-
percentual de assinalação aumentou 2,2 p.p. na compa- lado que em 2010 (queda de 2,3 p.p.).
Principais problemas enfrentados pela indústria no trimestre (%)
Pequenas Médias Grandes
ii-11 iii-11 ii-11 iii-11 ii-11 iii-11
% % Posição % % Posição % % Posição
elevada carga tributária 65,5 66,7 1 61,5 65,1 1 59,5 50,8 1
Competição acirrada de mercado 40,5 37,7 2 40,2 39,7 2 39,7 40,6 2
Taxas de juros elevadas 24,6 28,0 3 23,9 26,2 3 25,6 25,8 6
Falta de trabalhador qualificado 29,5 27,2 4 25,4 24,4 5 23,6 22,5 7
Falta de demanda 28,3 24,3 5 29,9 24,4 5 24,0 26,2 5
alto custo da matéria prima 22,8 22,8 6 29,2 25,5 4 34,7 37,7 3
inadimplência dos clientes 17,2 17,6 7 11,4 8,5 9 3,3 2,5 14
Falta de capital de giro 16,4 16,8 8 16,1 14,9 8 9,9 8,6 9
Falta de financ. de longo prazo 7,9 9,9 9 8,2 8,5 9 9,1 8,6 9
Falta de matéria prima 7,1 8,0 10 6,2 8,5 9 7,4 5,3 12
Capacidade produtiva 8,5 8,0 10 7,1 7,6 12 9,1 10,7 8
Taxa de câmbio 7,7 7,0 12 20,4 18,8 7 32,6 29,9 4
Outros 5,7 6,2 13 4,4 2,8 14 5,3 7,7 11
distribuição do produto 4,5 5,0 14 3,7 5,9 13 3,7 4,9 13
6
7. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
SitUaçãO finanCeiRa
Condições financeiras desfavoráveis
Margem de lucro operacional
3º trimestre de 2011 O índice de satisfação com a margem de lucro manteve-se praticamente
constante, passando de 45,7 pontos no segundo trimestre para 45,9
Ruim 45,9 Boa
pontos no terceiro. O indicador permanece abaixo dos 50 pontos e re-
0 50 100 gistra insatisfação dos empresários com a margem de lucro operacional
Média histórica: 44,5
de suas empresas.
Situação financeira
3º trimestre de 2011 a satisfação com a situação financeira mostra pouca variação no tri-
mestre. O índice passou de 51,5 pontos no segundo trimestre para 51,9
Ruim 51,9 Boa pontos no terceiro. O índice manteve-se acima dos 50 pontos e mostra
0 50 100 que os empresários, em geral, estão mais que satisfeitos com a situação
Média histórica: 50,8
financeira de suas empresas.
Acesso ao crédito O índice de facilidade de acesso ao crédito interrompeu seqüência de
3º trimestre de 2011
três trimestres de piora. O indicador passou de 43,8 pontos para 44,7
Difícil 44,7 Fácil pontos. Mesmo com o aumento, o índice permanece abaixo da linha
0 50 100
divisória dos 50 pontos, o que denota dificuldade de acesso ao crédito.
Média histórica: 43,8
Indicadores de acesso ao crédito e de satisfação com a margem
de lucro operacional e com a situação financeira
60
55
50
45
40
35
30
III IV I-09 II III IV I-10 II III IV I-11 II-11 III-11
Lucro Operacional Situação Financeira Acesso ao Crédito Linha divisória
Indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 indicam satisfação com o lucro e a situação financeira ou facilidade no acesso ao crédito.
7
8. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
eXPeCtativaS
Perspectivas cada vez menos otimistas
Demanda
Mensal
Queda 56,1 Aumento
Out 2011 O otimismo com relação à demanda nos próximos seis meses é cada
Média histórica: 59,8 vez menos disseminado pela indústria. O índice de expectativa de de-
58,7 manda recuou de 58,7 pontos para 56,1 pontos, o menor valor do ano
Set 2011
de 2011. O índice está 3,7 pontos abaixo do registrado em outubro de
61,3 2010.
Ago 2011
0 50 100
Exportação
Mensal
Queda 51,5 Aumento
Out 2011 as empresas exportadoras voltaram a registrar otimismo com relação às
vendas externas. após manter-se próximo ou mesmo abaixo da linha di-
49,4
visória de 50 pontos desde março, o índice de expectativa de quantidade
Set 2011
exportada alcançou 51,5 pontos em outubro.
49,1
Ago 2011
0 50 100
Indicadores de expectativa da
demanda e das exportações
70
65
60
55
50
45
40
35
jul out jan abr jul out jan abr jul out jan abr jul out
2008 2009 2010 2011
Demanda Exportação Linha divisória
* Os indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa de crescimento nos próximos seis meses.
8
9. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
eXPeCtativaS
Número de empregados
Mensal
Queda 50,1 Aumento
Out 2011 as empresas pretendem manter estável o número de empregados nos
Média histórica: 51,1 próximos seis meses. O índice de expectativa de número de empregados
51,5 recuou para 50,1 pontos, mantendo-se praticamente sobre a linha
Set 2011
divisória.
53,2
Ago 2011
0 50 100
Compras de matérias-primas
Mensal
Queda 52,5 Aumento
Out 2011 as perspectivas de aumento nas compras de matérias-primas nos próxi-
Média histórica: 56,1
mos seis meses estão pouco disseminadas pela indústria. O índice recuou
54,8
Set 2011 de 54,8 pontos para 52,5 pontos, assumindo o menor valor desde abril de
2009.
57,6
Ago 2011
0 50 100
Indicadores de expectativa do número de empregados e
das compras de matérias-primas
65
60
55
50
45
40
35
jul out jan abr jul out jan abr jul out jan abr jul out
2008 2009 2010 2011
Número de empregados Compras de matérias-primas Linha divisória
Os indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 indicam expectativa de crescimento nos próximos seis meses
9
10. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
PORteS de eMPReSa
Grandes empresas fecham o trimestre
com dificuldades para ajustar estoques
desde o primeiro trimestre de 2011 se percebia sinais de de UCi efetiva-usual mergulhasse de 48,5 pontos para 44,1
desaquecimento nas pequenas e grandes empresas, espe- pontos – o menor índice desde junho de 2009.
cialmente entre as primeiras. ao longo do terceiro trimestre
Os estoques das grandes empresas cresceram entre abril e
a atividade industrial das pequenas empresas permaneceu
agosto e não recuaram em setembro, mesmo com o forte
fraca, mantendo o mesmo quadro desfavorável observado
ajuste na produção. Como resultado, terminaram o trimestre
desde o início do ano. as grandes empresas ainda mostra-
em nível muito acima do planejado. esse quadro adverso da
ram algum crescimento no trimestre, mas em setembro re-
atividade do porte fez com que a insatisfação com o lucro au-
gistraram queda mais intensa na atividade.
mentasse e a satisfação com situação financeira se reduzisse.
a despeito da sazonalidade favorável de setembro, a a atividade industrial das grandes empresas deverá permane-
produção das grandes empresas recuou na comparação cer baixa nos próximos meses, a fim de baixar os estoques.
com o mês anterior. O índice de evolução da produção
as pequenas empresas reduziram a produção de forma me-
ficou em 47,8 pontos, abaixo da linha divisória. O número
nos intensa que as grandes (índice de 49,1 pontos), embora
de empregados das grandes empresas continua crescendo,
o crescimento no mês anterior tenha sido mais modesto. O
mas esse índice está bastante próximo da linha divisória
nível de atividade está também abaixo do usual (índice de
de 50 pontos, o que denota que o crescimento é cada vez
45,1 pontos). a queda na produção foi suficiente para que
menos disseminado.
o setor evitasse aumento nos estoques (índice de 50,4 pon-
Com a queda na produção, a utilização da capacidade se tos), que se manteve próximo ao planejado (índice de 49,5
distanciou do usual para o mês, fazendo com que o índice pontos).
Nível de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual, por porte
60
55
50
45
40
jan mar mai jul set nov jan mar mai jul set
2010 2011
Pequenas Grandes
Indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 pontos indicam utilização da capacidade instalada acima do usual para o mês.
10
11. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
ReGiÕeS
indústrias do norte e nordeste lideram
indicadores de atividade econômica
dentre as cinco regiões brasileiras, as indústrias do norte e Sul fechou o mês de setembro com grande acúmulo de
nordeste foram as que mostraram melhor desempenho no úl- estoques indesejados: índice de 56,6 pontos.
timo trimestre. O indicador de produção obteve bom resultado
a região Centro-oeste destacou-se também pelo otimismo
particularmente na região nordeste, alcançando 57,3 pontos
com relação às expectativas de exportação e apresentou
em agosto e fechando o mês de setembro em 54,8 pontos. no
índice de expectativa de 58,1 pontos, muito acima das
norte, esse índice encerrou o mês de setembro com segundo
outras regiões.
melhor desempenho entre as regiões (50,5 pontos).
a região Sudeste se destaca negativamente. a produção
Outro indicador de destaque nas regiões norte e nordeste
dessa região alcançou o pior desempenho entre as regiões:
foi a utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao
47,1 pontos. no emprego não foi diferente. a região ficou
usual. as duas regiões apresentaram índices de UCi efetiva-
abaixo dos 50 pontos, se igualando ao pior resultado do ano:
usual mais próximos a 50 pontos do que as outras regiões
49,2 pontos. O Sudeste foi a região que apresentou o pior
(48,6 pontos para o norte e 47,6 pontos para o nordeste).
índice de UCi efetiva-usual dentre as regiões (43,0 pontos –
apenas as regiões norte e Centro-oeste conseguiram reduzir menor índice de toda a série histórica). O pior desempenho
seus estoques indesejados no fim de setembro, com índices da região Sudeste se refletiu nas condições financeiras e nas
de evolução abaixo dos 50 pontos. as duas regiões também margens de lucro de suas indústrias. Os dois índices são os
não registram estoques em excesso. Por outro lado, a região menores entre as regiões: 50,4 e 44,1, respectivamente.
Nível de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual e
evolução da produção, por região
54,8
48,6 50,5 49,4
47,6 47,4
50
46,0 47,1
45,8
43,0
UCI efetiva-usual Produção
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste
Indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 pontos indicam utilização da capacidade instalada acima do usual para o mês ou aumento da produção.
11
12. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
SetOR de atividade
indústria opera com excesso de estoques
Indicador de nível de estoque efetivo em
relação ao planejado, por setor industrial
Outros equipamentos a menor atividade industrial está disseminada pelos os seto-
de transporte 63,2
res industriais. em setembro, a despeito da sazonalidade favo-
Têxteis 58,5
rável, 14 setores registram queda da produção na comparação
Veiculos automotores 57,3
com agosto. Os setores Borracha e veículos automotores fo-
Máquinas e materiais
56,9
elétricos ram os que mais reduziram a produção (indicadores abaixo de
Metalurgica básica 56,4 40 pontos).
Calçados 55,9
Papel e celulose 54,4 a queda da produção se espelha na maior ociosidade da in-
Móveis 53,6
dústria. dos 26 setores da indústria de transformação consi-
Máquinas e derados, 22 operam com utilização da capacidade instalada
equipamentos 53,6
abaixo do usual. Os setores de Borracha, Madeira e têxtil re-
Vestuário 53,5
gistram indicadores abaixo de 40 pontos.
Couros 53,2
Material eletr. e
de comunicação 52,1 O nível de estoques aumentou em 14 setores industriais. Os
Produtos de metal 51,6 estoques continuam acima do planejado para a maioria da in-
Borracha 51,2 dústria de transformação: em 18 setores, o indicador de esto-
Madeira 50,9 que efetivo em relação ao planejado ficou acima de 50 pontos.
Química 50,5
Minerais não
Chama a atenção o fato de sete setores terem reduzido sua pro-
50,4
metálicos
dução, registrando nível de UCi abaixo do usual e que, mesmo
Alimentos 50,4
assim, acumularam estoques de forma não planejada no mês
Farmacêuticos 50,0 de setembro. São os setores: Máquinas e equipamentos, ves-
Plástico 48,4 tuários e acessórios, Máquinas e materiais elétricos, Metalurgia
Indústrias Diversas 48,3 básica, veículos automotores, Calçados e têxteis.
Equip. hospitalarese
de precisão 47,7
Ediçao e impressão
O cenário de moderação da atividade industrial afeta as ex-
46,3
pectativas dos empresários para os próximos seis meses. O
Indústria extrativa 46,0
indicador de expectativas de demanda, que após a crise ficou
Limpeza e perfumaria 45,8
constantemente acima de 50 pontos, mostra uma tendência
Refino de petróleo 44,6
de queda. Há setores com expectativa pessimista quanto à
Bebidas 42,1 demanda futura: veículos automotores (45,8 pontos), Meta-
Os indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 indicam estoque efetivo acima lurgia básica (48,5) e Máquinas e materiais elétricos (48,8).
do planejado.
12
13. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
SetOR de atividade
Setor veículos automotores: Setor Borracha:
estoques indesejados levam à Maior queda da atividade industrial
queda da produção de setembro
O setor veículos automotores diminuiu intensamente a esse setor foi o que mais reduziu a produção em setembro
produção em setembro após um mês de elevado crescimento. (indicador de evolução da produção situou-se em 36,3
O indicador de evolução da produção passou de 56,1 em pontos). Possivelmente, como o setor fornece insumos para
agosto para 39,5 pontos no mês seguinte. a montagem de veículos, o desaquecimento do setor veículos
automotores também afetou o setor Borracha.
a inversão do quadro se deu pelo elevado nível de estoques
indesejados. em setembro, o indicador de nível de estoques Com a queda da produção, o setor reduziu o nível de estoques
situa-se em 53,6 pontos e o indicador de estoque efetivo em em setembro. Porém, esse movimento foi insuficiente para
relação ao planejado encontra-se em 57,3 pontos. que os estoques ficassem de acordo com o planejado. esse
indicador situou-se em 51,2 pontos.
nesse cenário, o setor trabalha com mais ociosidade: o
indicador de utilização da capacidade instalada em relação ao a queda da produção também gera maior ociosidade do
usual para o mês de setembro encontra-se em 40,5 pontos, parque industrial. em setembro, o indicador de utilização da
bastante abaixo da linha divisória de 50 pontos. capacidade instalada em relação ao usual para o mês ficou em
38,3 pontos.
O emprego do setor também recuou em setembro. O
indicador de evolução do número de empregados passou de O indicador de expectativas quanto à demanda para os
relativa estabilidade em agosto (50,4 pontos) para redução próximos seis meses passou a ficar abaixo de 50 pontos em
em setembro (47,7 pontos). setembro.
Indicadores do setor Veículos Automotores Indicadores do setor Borracha
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
Evolução UCI Estoque Evolução UCI Estoque
da produção efetiva-usual efetivo-planejado da produção efetiva-usual efetivo-planejado
jul/11 ago/11 set/11 jul/11 ago/11 set/11
Os indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 indicam crescimento Os indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 indicam crescimento
da produção, UCI acima do usual ou estoque efetivo acima do planejado. da produção, UCI acima do usual ou estoque efetivo acima do planejado.
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14. Sondagem InduStrIal
Ano 14, n.9, setembro de 2011
NívEL DE ATIvIDADE CAPACIDADE INSTALADA
Produção nº de empregados uCi (%) uCi efetiva-usual
Resultados por
Mensal Mensal Mensal Mensal
região, porte e setor
set/10 ago/11 set/11 set/10 ago/11 set/11 set/10 ago/11 set/11 set/10 ago/11 set/11
INDÚSTRIA GERAL 53,0 54,9 48,6 - 51,3 50,3 - 76 76 50,4 47,5 45,0
POR REGIÃO
nOrTe 49,6 50,5 50,5 - 48,4 55,1 - 70 71 n.d 44,6 48,6
nOrdesTe 55,9 57,3 54,8 - 53,7 53,8 - 75 78 51,2 48,9 47,6
sudesTe 53,0 54,2 47,1 - 50,9 49,2 - 76 75 50,4 47,5 43,0
sul 52,3 54,8 47,4 - 50,6 49,7 - 76 77 49,6 46,6 45,8
CenTrO OesTe 53,1 54,5 49,4 - 51,4 50,8 - 76 76 53,0 48,2 46,0
POR PORTE
Pequena 52,5 51,2 49,1 - 49,0 49,1 - 70 70 49,4 46,3 45,1
Média 52,7 54,1 49,3 - 49,9 50,1 - 75 75 50,6 47,1 46,1
Grande 53,6 58,0 47,8 - 53,7 51,3 - 81 81 51,0 48,5 44,1
POR SETOR
indÚsTria eXTraTiVa 50,5 56,6 52,1 - 52,5 53,5 - 76 78 47,6 50,3 50,6
indÚsTria de TransFOrMaÇÃO 52,8 53,0 48,8 - 49,8 49,5 - 73 73 50,0 46,7 45,0
alimentos 53,6 54,7 49,8 - 52,0 50,0 - 74 73 51,1 48,4 47,5
Bebidas 60,6 55,3 58,0 - 53,6 55,7 - 70 67 52,5 50,0 51,1
Têxteis 51,4 50,8 45,6 - 46,1 48,8 - 72 73 47,3 41,6 39,0
Vestuário 54,5 52,7 49,5 - 48,5 51,8 - 76 75 50,3 46,7 45,1
Couros 49,3 51,8 52,5 - 45,8 49,4 - 71 73 44,4 45,1 41,9
Calçados 60,7 55,3 46,2 - 55,1 52,8 - 77 75 47,9 45,3 40,4
Madeira 49,1 46,8 45,3 - 41,7 44,5 - 63 64 44,2 38,0 38,4
Papel e Celulose 51,3 53,9 52,4 - 50,4 52,8 - 75 77 50,0 46,0 52,4
edição e impressão 58,7 51,9 47,2 - 45,8 44,9 - 66 64 55,4 42,9 42,0
refino de Petróleo 41,3 57,8 44,6 - 54,7 57,1 - 78 83 46,1 51,7 46,4
química 53,7 56,8 51,6 - 51,7 50,8 - 74 75 49,5 53,7 47,2
Farmacêuticos 48,1 58,3 56,1 - 53,8 49,2 - 70 69 50,9 54,5 51,5
limpeza e Perfumaria 60,6 53,3 54,6 - 47,5 51,9 - 66 65 52,9 46,7 47,2
Borracha 57,1 52,8 36,3 - 46,3 47,7 - 72 71 47,3 45,4 38,3
Plástico 59,2 56,0 50,3 - 50,3 50,0 - 75 71 56,6 45,5 43,1
Minerais não-metálicos 51,6 52,8 52,0 - 50,5 49,5 - 78 78 52,0 48,9 47,7
Metalurgia Básica 47,3 50,9 44,9 - 50,0 46,4 - 77 74 47,3 45,2 41,3
Produtos de Metal 53,1 50,4 50,0 - 50,0 49,7 - 69 72 47,1 46,1 46,4
Máquinas e equipamentos 52,1 50,9 46,7 - 50,9 48,4 - 73 73 49,7 47,4 45,6
Maq. e Materiais elétricos 50,0 46,2 41,9 - 45,8 46,9 - 73 74 48,9 44,3 43,1
Material eletrônico e de
46,2 50,9 47,3 - 53,4 48,2 - 73 72 47,1 44,0 45,5
Comunicação
equip. Hospitalares e de Precisão 51,0 54,5 54,3 - 51,1 47,8 - 75 75 56,3 42,0 42,4
Veículos automotores 49,5 56,1 39,5 - 50,4 47,7 - 78 73 51,9 52,2 40,5
Outros equip. de Transporte 51,3 58,3 54,5 - 53,6 53,6 - 74 75 48,8 52,4 51,8
Móveis 55,0 55,5 50,0 - 51,4 49,6 - 72 73 51,5 49,1 45,1
indústrias diversas 55,2 52,4 48,6 - 52,3 50,0 - 72 70 50,0 46,6 45,8
Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam evolução ou expectativa positiva, estoque acima do planejado, situação financeira ou margem de lucro mais do que satisfatórios
ou fácil acesso ao crédito. As demais não são divulgadas por não terem atingido o limite mínimo de empresas estabelecidados para a amostra (Álcool, Fumo, Máquinas para Escritório e Informática
e Reciclagem).
n.d.: não disponível
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