O documento discute evidências sugestivas da sobrevivência da consciência após a morte física, como mediunidade, experiências próximas da morte e visões no leito de morte. Também aborda fenômenos como assombrações, comunicação instrumental e fotografias Kirlian de cadáveres, sugerindo que podem indicar vida após a morte. No entanto, reconhece que há explicações alternativas para estes fenômenos e que o assunto permanece complexo.

1. Jornadas de Cultura Espírita
A Vida Continua: Factos Espíritas
Óbidos, 1 e 2 de Maio de 2009
Vida Além da Morte: Dados
Sugestivos, Questões e
Complicações
Prof. Dr.
Vítor Rodrigues

3. A Parapsicologia clássica teve como questão
saber se existe vida para além da Morte
Vamos
retomá-la...

4. EVIDÊNCIAS SUGESTIVAS DA SOBREVIVÊNCIA
Se há vida consciente para além da
morte, é de crer que exista alguma
estrutura energética sobrevivente à
morte física e possuidora de mente
Se a identidade está ligada à memória, então esta deverá ser
preservada
Se há vida para além da morte, então o eu, a mente, a memória
e a consciência não podem resumir-se ao cérebro...

5. DADOS SUGESTIVOS DE
VIDA PARA ALÉM DA
MORTE?
- Mediunidade e
correspondências
cruzadas: Frederick
Myers
No entanto, ao fim de
algum tempo, psicólogos
como William James
mostraram-se claramente
desapontados

6. Mediunidade e comprovação
grafoscópica

7. Um caso actual: o relatório Scole
Refere-se ao “grupo Scole” e aos fenómenos por
ele apresentados. Este grupo inclui pessoas cuja
integridade parece inquestionável, entre eles um
casal de investigadores e um casal de mediuns
Investigadores e autores do
relatório: Montague Keen, David
Fontana, Arthur Ellison,
membros destacados da SPR
britânica

8. Local típico e precauções:
Sótão em casa dos Foy, só acessível por escada com porta de
acesso, trancada durante as sessões. Mobília simples e mesa
decidamente “trancada” para evitar manipulação. Todos os
presentes usaram pulseiras luminosas claramente visíveis na
obscuridade.
O “grupo espiritual” recusou filmagem com infravermelhos ou
equipamento intensificador de imagem
Um prestidigitador profissional altamente experiente, James
Webster, testemunhou que ele ou outro qualquer só poderiam tentar
duplicar os fenómenos após muito extensas preparações e mesmo
assim talvez não conseguisse

9. Fenómenos (após dois anos de
investigação):
Basicamente, pontos luminosos que:
- se deslocavam a velocidade considerável
pelo sótão, entravam no corpo dos
investigadores, pareciam atravessar a mesa,
detinham-se nas palmas das mãos, traçavam
círculos com velocidade e precisão inviáveis
para manipulação humana;
- entravam em cristais, iluminavam-nos ou
atravessavam a respectiva estrutura;
- obedeciam a pedidos;
- fontes luminosas tomando formas
humanóides e tocando por vezes os
investigadores;

10. - Uma luz que entrou num copo seguro por David
Fontana e agitou a água sendo inviável estar presa por
fios ou varas dada a proximidade dos lábios do mesmo
-Uma luz que entrou numa bola de ténis e a iluminou
tendo depois sido projectada por forças desconhecidas
- Uma luz que poisou na mão de um investigador que
depois a fechou impedindo qualquer fraude com fios
ou arames

11. Outros fenómenos
- Vozes directas, diferentes das do grupo e localizadas
em pontos também diferentes;
- Mãos de vários tamanhos que tocavam os
investigadores em muitas ocasiões e lhes colocavam
nas mãos objectos com precisão extrema;
- Mãos com forma perfeitamente definida;
- Vozes impressas num gravador audio sem microfone;
- Aportes, nomeadamente uma cópia do Daily Mail de 1
de Abril de 1944, detalhando o julgamento de uma
medium. A cópia demonstrou ter sido impressa por
uma máquina dos anos 40; contudo as folhas não
mostravam qualquer amarelecimento...

12. Aparições, cuja natureza alucinatória é
contestável nos seguintes casos:
. Aparições colectivas
. Assombrações (a não
confundir com
Poltergeists)
. Visões no leito de morte
. Aparições informativas

13. ASSOMBRAÇÕES
Duram geralmente mais
de um ano; são
sobretudo nocturnas,
centradas num local
específico; surgem sons
imitativos, vozes,
“fantasmas”, efeitos
luminosos, portas que
abrem e fecham

14. ...Mas campos
magnéticos podem
influenciar o
cérebro e ocasionar
alucinações,
sensações de
presença, medo...

15. VISÕES NO LEITO DE MORTE
Osis e Haraldsson conduziram diversos inquéritos por
questionário nesta área, interrogando médicos e
enfermeiros acerca dos testemunhos de pacientes

16. VISÕES NO LEITO DE MORTE
Resultados – Aspectos Médicos
1. Não foi encontrada evidência de que as drogas médicas
induzam tais “alunicações” pois os medicados com
Morfina ou Demerol não têm mais “visões do além”
2. As perturbações cerebrais não parecem ter relação. As
perturbações relacionadas com doença, ferimento ou
envenenamento urémico diminuíam a frequência de visões
3. A presença de historial médicos sugestivo de factores
alucinogéneos não aumenta a frequência das visões
4. Uma pesquisa na literatura em busca de indicações de
relação entre anoxia e alucinações nos pacientes não
encontrou nada

17. Resultados – Aspectos psicológicos
5. Pacientes que gostariam de ver determinadas pessoas
viram por vezes outras; pacientes que esperavam
sobreviver tiveram visões. O stress não parece influenciar
Resultados – Aspectos culturais
6. Os pacientes viram com frequência algo que era inesperado,
surpreendente e que nunca tinham aprendido
7. As visões não correspondiam a crenças religiosas (por
exemplo cristãs ou hindus)
8. As semelhanças ultrapassam largamente as diferenças na
comparação intercultural

18. FANTASMAS GLOBULARES?

19. - PONTOS COMUNS ENTRE
OOBE E NDE, INCLUINDO
ENCONTROS COM FALECIDOS

20. AS NDE (“Near Death Experiences”) SÃO SUGESTIVAS DA SOBREVIVÊNCIA? -
TALVEZ NÃO…
Há pessoas doentes mas livres de perigo que relatam experiências
análogas
Há pessoas saudáveis que relatam experiências análogas (OOBE,
“out of body experiences)
Noutras experiências (por ex. Místicas) surgem relatos de
contactos com “luzes”
Nas experiências de “clarividência viajante” também é referida a
percepção de ocorrências fora do alcance sensório
Em laboratório, a estimulação eléctrica ou magnética dos lobos
temporais do cérebro pode ocasionar fenómenos parecidos...

21. TALVEZ SIM....
Há relatos de actividade mental intensa, rápida, rica e clara
(bem diferente dos sonhos comuns), como nos casos em que
as pessoas “vêem a vida desfilar”, memso perante actividade
fisiológica severamente reduzida, alterada ou mesmo parada...
E este factor parece ser intercultural
Há casos em que a hipótese de algum aspecto da
personalidade ter estado presente fora do corpo noutro local
parece ter algum apoio empírico usando detectores físicos e
biológicos
Há casos de percepções anómalas durante as NDEs, que são
relatadas a testemunhas antes da verificação
Exemplo: casos em que a pessoa relata ter contactado um
falecido recente cuja morte ainda desconhece no “plano
físico”

22. ASSIM, EM RESUMO:
A actividade mental “ampliada”
sugere certa independência da
consciência face ao estado
fisiológico, por vezes bem mau...
A sensação de estar fora do corpo
sugere que a consciência possa
funcionar aparte deste
A captação de informação
anómala mas objectiva e
verificada sugere que as NDEs
não são puramente subjectivas e
alucinatórias

23. CASOS DE TIPO
REENCARNATIVO COM
MARCAS DE
NASCIMENTO
(Stevenson, 1993-97)

24. Regressões de memória

25. TRANSCOMUNICAÇÃO INSTRUMENTAL:
. VOZES PARANORMAIS EM FITAS
SONORAS
. VOZES PARANORMAIS EM ALTO-
FALANTES DE
RÁDIOS E TELEVISORES
. VOZES PARANORMAIS EM
LIGAÇÕES TELEFÓNICAS
. IMAGENS FIXAS E TAMBÉM
IMAGENS MÓVEIS EM
TELEVISORES
. TEXTOS EM COMPUTADORES

26. GDV E AS PESQUISAS DE KOROTKOV
“Em torno de um objecto colocado num sistema especial
de eléctrodos que produz um campo eléctrico de alta
intensidade aparece uma descarga de gases cujo brilho
pode ser visto e fotografado”
modernamente pode designar-se a fotografia Kirlian como
Visualização de Descarga de Gases” (GDV)

27. A GDV permite estudar processos biológicos de modo
antes inviável. Permite, por exemplo:
Estudar as reacções das plantas a agentes poluentes à
medida que as mesmas ocorrem
Estudar e diagnosticar precocemente doenças antes de
estas se tornarem manifestas (graças nomeadamente ao
trabalho de Peter Mandel)
Obter informação com relevância Psicológica e também
Parapsicológica acerca dos sujeitos
Estudar as alterações relevantes ocorridas em cadáveres
nos dias após a morte…

28. Os parâmetros pelos quais se avaliam
as modificações fisiológicas da morte
mudam lenta e monotonamente
Porém...
As fotos de GDV acusam
oscilações bruscas
A priori não se distinguem as fotos
de um cadáver das de um ser humano
vivo; a irradiação vai diminuindo
progressivamente até ao terceiro
dia… As emissões energéticas dos
cadáveres variam sobretudo nos dois
primeiros dias

29. A natureza específica das emissões parece variar
com a natureza da morte ocorrida:
. Morte calma – emissões com oscilações
fracas
. Morte dolorosa/violenta – emissões com
oscilações fracas mas com um pico inicial
prolongado
. Morte inesperada e/ou evitável – emissões
com grandes flutuações de intensidade
Em todos estes casos, a GDV indica “más”
condições energéticas…

30. PESQUISA COM O “PSICHOMANTEUM”

31. A própria existência da PES e da PK
Porquê? Porque parecem assinalar a
possibilidade da transcendência em
relação ao nível material

32. Comecemos a complicar...

33. QuickTime™ and a
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No Instituto de Neurologia de Kharkov, foram mortas ratazanas com
drogas sendo os seus cérebros preservados em soluções. Essas
ratazanas foram monitorizadas com eléctrodos enquanto sujeitos
“psíquicos” tentavam comunicar com eles. E os cérebros reagiam...

34. Ainda se discute se existem mesmo faculdades anómalas
como a ESP ou a PK; contudo a grande desilusão passada,
por parte de investigadores Psi, reside na possibilidade de
as faculdades de ESP explicarem todos os casos de
mediunidade

35. É muito fácil, como bem sabem os Psicólogos, projectarmos o
que desejamos ou tememos em estímulos ambíguos; ora
muitas das situações “anómalas” são relativamente
ambíguas...
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36. Nos meios teosóficos, tal como na
tradição védica, diz-se que na maioria
dos casos a comunicação com os
espíritos é falsa porque:
- trata-se de “cascões astrais” sem
alma que ainda transportam alguma
informação;
- Alguns desses cascões astrais são
usados por entidades não humanas e
pouco inteligentes;
- Existem entidades humanas e não
humanas enganadoras

37. Porém também é dito, por ex. Na tradição
budista e noutras, que a personalidade
humana não sobrevive a longo prazo e que o
Ser Reencarnante ou Alma é outra coisa...
Além disso, sobreviver algum tempo é
diferente de sobreviver para sempre

38. Sobrevivência, apesar de tudo,
é muito diferente de
Eternidade; a primeira já cria
complicações; a segunda
talvez só seja directamente
investigável pela Consciência
em estado modificado...