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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
 ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO
  MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
   PROFESSOR EDUARDO CABALEIRO




RELATÓRIO DE PALESTRA


                                VIDRO




          LUDMILA SOUZA

         OUTUBRO DE 2010
RELATÓRIO DE PALESTRA SOBRE VIDRO




1. Introdução
2. Objetivos

3. Desenvolvimento
4. Conclusão




1. Introdução:

     No dia 13 de Outubro, ministrada pela Professora Roberta, os alunos da Disciplina
de Materiais e Técnicas Construtivas tiveram uma palestra sobre vidro.
      Com a explanação da professora conseguimos entender a relação existente entre
esse material e conforto térmico e ambiental e tivemos noções de como essa superfície
altera, ou não, o estado de iluminação dos ambientes.
2. Objetivos




•   Identificar as principais características do material;


•   Entender a importância da compatibilidade de uso do material em determinados
    locais, principalmente em fachadas;


•   Analisar como o emprego do material altera as características de iluminação,
    ventilação e o conforto térmico dos espaços.
3. Desenvolvimento:



Características do vidro:
         Desde a década de 50 podemos constatar grandes edificações acortinadas de
vidro. Atualmente, esse tipo de partido está sendo cada vez mais comum principalmente
nas grandes metrópoles, sendo falso ícone de desenvolvimento tecnológico e
representação de corporações com grande poderio econômico. Como se não bastasse
esse tipo de padrão em prédios comerciais, também conseguimos ver essa estrutura em
prédios residenciais de alto luxo em bairros da região nobre das grandes cidades.
          Quanto ao aspecto estético dessa escolha o conceito torna-se subjetivo. Ao
mesmo tempo em que a arquitetura apresenta-se limpa, com poucos ou nenhum vazado
e estrutura uniforme sobre toda superfície, ela fecha-se sobre forma de um caixote já
que o vidro é pouco trabalhável e sua forma não pode assumir características orgânicas.
        No entanto, o vidro é rápido e fácil de ser instalado e seu custo relativamente
barato. A espessura já vem determinada e não há sujeira na sua fixação. É um material
que não arranha facilmente e não corrói podendo ser utilizado em área externa sob
constante efeito de umidade.
        Sua composição é um material cerâmico transparente geralmente obtido com o
resfriamento de uma massa líquida à base de sílica. Geralmente é frágil podendo ser
quebrado com facilidade, mas há vidros especiais como o temperado que apresentam
maior resistência a choques mecânicos.
         Ao mesmo tempo que é usado para vedação ele apresenta difícil fachamento
hermético mesmo não sendo permeável a fluidos. Por ser transparente deixa passar luz e
calor mas impede a passagem de ar. Já os vidros reflexivos não deixam passar nem luz
nem calor, nem ar.
O vidro e o projeto:


             Ao projetarmos uma edificação é preciso garantir o conforto interno dos
ambientes e se aquela construção não causará impactos ambientais graves no meio
ambiente. Isso quer dizer que é necessária a devida atenção com a ventilação,
iluminação , dentre outros, para assegurar que a relação funcional do espaço não seja
prejudicada.
          Seria insuportável, por exemplo, trabalhar em uma sala mal ventilada ou muito
quente. Esses aspectos físicos ambientais alteram diretamente as atividades do local
bem como a salubridade dele. O mesmo acontece com a iluminção. Um lugar cuja
iluminação é inadequada pode interferir no desempenho das pessoas , causar mal estar
ou gerar grandes gastos energéticos com a adoção de iluminação artificial.
       Desta forma, o vidro é um material que pode tanto melhor a situação do ambiente
como também pode piorá-la, vai depender do tipo de vidro escolhido, da quantidade a
ser utilizada e da forma como ele é empregado.
            Para entendermos melhor essa relação ambígua é necessário entrarmos em
questões físicas. A primeira delas é conceituar calor: calor é a energia térmica em
trânsito que flui em corpos de diferentes temperaturas indo do de maior temperatuda
para o menor.
            A transferência de calor acontece por radiação, condução ou convecção. A
convecção acontece pelo movimento do ar causado pelas diferenças de temperaturas (o
ar quente subindo e o frio descendo). Condução é o processo de transferência de energia
de um material ao outro. A radiação, ou emissividade, ocorre quando o calor (energia)
pode se mover pelo espaço através de ondas eletromagnéticas para um material e então
ser transmitido, refletido ou absorvido.
       Quando uma radiação incide sobre um vidro, uma parte é refletida, outra é
absorvida através da espessura do vidro e uma terceira é transmitida. A relação entre
cada uma destas 3 partes e o fluxo incidente definem o fator de reflexão, o fator de
absorção e o fator de transmissão do vidro e o estado final de conforto térmico do
espaço.
          Pelo material em si e por ter baixa espessura o vidro troca calor mais rápido o
que torna dos edíficios com fachadas de vidro uma verdadeira estufa. O calor entra no
ambiente mas não sai sendo necessária a instalação de sistemas complexos de ar
condicionado para garantir uma temperatura agradável. Essa medida, no entanto, faz
com que o consumo energético seja muito elevado o que gera um custo excessível para
manutenção da edificação.
             Como temos visto, nesses mesmos prédios com fachadas de vidro foram
instalados vidros reflexívos que, em geral, apresentam alta refletividade com alta
redução do ganho de calor resultante da reflexão e absorção.No entanto, ele oferece
menor transmissão de luz visível gerando gastos energéticos com iluminação artificial.
Como se não bastasse, suas esquadrias são fixas não permitindo a abertura das janelas já
que elas abertas diminuiram a eficiência dos ar condicionados.
            Uma medida que dificulta a entrada de calor no ambiente é a instalação de
cortinas externas ao edifício. O uso de duas folhas de vidro com persiana entre elas ou
somente com uma bolsa de ar, também garante melhor conforto térmico mas essa
solução tem um acusto maior. Brise-soleil e recuo de janelas também é uma estratégia
conveniente pois deixa que a luz penetre mas corta a incidência direta do sol no
ambiente.




   4. Conclusão:

     Com a palestra entendemos que não existe um material bom ou ruim, todos eles
apresentam características que pode solucionar algum tipo de incômodo ou ainda, gerar
outros. O importante é notar a compatibilidade de uso dos materiais conforme o efeito
que se quer causar.
            Desta forma, torna-se relevante a participação do arquiteto como agente
modificador do espaço cujas ações implicará em danos ou melhorias para o meio
ambiente e , consequentemente, para as relações sociais.




REFERÊNCIAS:
pt.saint-gobain-glass.com/.../3.1.4_o_vidro_e_a_radia__o_solar.pdf
www.sa.pt.sunguardglass.com/.../GlossaryTerms/

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS PROFESSOR EDUARDO CABALEIRO RELATÓRIO DE PALESTRA VIDRO LUDMILA SOUZA OUTUBRO DE 2010
  • 2. RELATÓRIO DE PALESTRA SOBRE VIDRO 1. Introdução 2. Objetivos 3. Desenvolvimento 4. Conclusão 1. Introdução: No dia 13 de Outubro, ministrada pela Professora Roberta, os alunos da Disciplina de Materiais e Técnicas Construtivas tiveram uma palestra sobre vidro. Com a explanação da professora conseguimos entender a relação existente entre esse material e conforto térmico e ambiental e tivemos noções de como essa superfície altera, ou não, o estado de iluminação dos ambientes.
  • 3. 2. Objetivos • Identificar as principais características do material; • Entender a importância da compatibilidade de uso do material em determinados locais, principalmente em fachadas; • Analisar como o emprego do material altera as características de iluminação, ventilação e o conforto térmico dos espaços.
  • 4. 3. Desenvolvimento: Características do vidro: Desde a década de 50 podemos constatar grandes edificações acortinadas de vidro. Atualmente, esse tipo de partido está sendo cada vez mais comum principalmente nas grandes metrópoles, sendo falso ícone de desenvolvimento tecnológico e representação de corporações com grande poderio econômico. Como se não bastasse esse tipo de padrão em prédios comerciais, também conseguimos ver essa estrutura em prédios residenciais de alto luxo em bairros da região nobre das grandes cidades. Quanto ao aspecto estético dessa escolha o conceito torna-se subjetivo. Ao mesmo tempo em que a arquitetura apresenta-se limpa, com poucos ou nenhum vazado e estrutura uniforme sobre toda superfície, ela fecha-se sobre forma de um caixote já que o vidro é pouco trabalhável e sua forma não pode assumir características orgânicas. No entanto, o vidro é rápido e fácil de ser instalado e seu custo relativamente barato. A espessura já vem determinada e não há sujeira na sua fixação. É um material que não arranha facilmente e não corrói podendo ser utilizado em área externa sob constante efeito de umidade. Sua composição é um material cerâmico transparente geralmente obtido com o resfriamento de uma massa líquida à base de sílica. Geralmente é frágil podendo ser quebrado com facilidade, mas há vidros especiais como o temperado que apresentam maior resistência a choques mecânicos. Ao mesmo tempo que é usado para vedação ele apresenta difícil fachamento hermético mesmo não sendo permeável a fluidos. Por ser transparente deixa passar luz e calor mas impede a passagem de ar. Já os vidros reflexivos não deixam passar nem luz nem calor, nem ar.
  • 5. O vidro e o projeto: Ao projetarmos uma edificação é preciso garantir o conforto interno dos ambientes e se aquela construção não causará impactos ambientais graves no meio ambiente. Isso quer dizer que é necessária a devida atenção com a ventilação, iluminação , dentre outros, para assegurar que a relação funcional do espaço não seja prejudicada. Seria insuportável, por exemplo, trabalhar em uma sala mal ventilada ou muito quente. Esses aspectos físicos ambientais alteram diretamente as atividades do local bem como a salubridade dele. O mesmo acontece com a iluminção. Um lugar cuja iluminação é inadequada pode interferir no desempenho das pessoas , causar mal estar ou gerar grandes gastos energéticos com a adoção de iluminação artificial. Desta forma, o vidro é um material que pode tanto melhor a situação do ambiente como também pode piorá-la, vai depender do tipo de vidro escolhido, da quantidade a ser utilizada e da forma como ele é empregado. Para entendermos melhor essa relação ambígua é necessário entrarmos em questões físicas. A primeira delas é conceituar calor: calor é a energia térmica em trânsito que flui em corpos de diferentes temperaturas indo do de maior temperatuda para o menor. A transferência de calor acontece por radiação, condução ou convecção. A convecção acontece pelo movimento do ar causado pelas diferenças de temperaturas (o ar quente subindo e o frio descendo). Condução é o processo de transferência de energia de um material ao outro. A radiação, ou emissividade, ocorre quando o calor (energia) pode se mover pelo espaço através de ondas eletromagnéticas para um material e então ser transmitido, refletido ou absorvido. Quando uma radiação incide sobre um vidro, uma parte é refletida, outra é absorvida através da espessura do vidro e uma terceira é transmitida. A relação entre cada uma destas 3 partes e o fluxo incidente definem o fator de reflexão, o fator de absorção e o fator de transmissão do vidro e o estado final de conforto térmico do espaço. Pelo material em si e por ter baixa espessura o vidro troca calor mais rápido o que torna dos edíficios com fachadas de vidro uma verdadeira estufa. O calor entra no ambiente mas não sai sendo necessária a instalação de sistemas complexos de ar condicionado para garantir uma temperatura agradável. Essa medida, no entanto, faz
  • 6. com que o consumo energético seja muito elevado o que gera um custo excessível para manutenção da edificação. Como temos visto, nesses mesmos prédios com fachadas de vidro foram instalados vidros reflexívos que, em geral, apresentam alta refletividade com alta redução do ganho de calor resultante da reflexão e absorção.No entanto, ele oferece menor transmissão de luz visível gerando gastos energéticos com iluminação artificial. Como se não bastasse, suas esquadrias são fixas não permitindo a abertura das janelas já que elas abertas diminuiram a eficiência dos ar condicionados. Uma medida que dificulta a entrada de calor no ambiente é a instalação de cortinas externas ao edifício. O uso de duas folhas de vidro com persiana entre elas ou somente com uma bolsa de ar, também garante melhor conforto térmico mas essa solução tem um acusto maior. Brise-soleil e recuo de janelas também é uma estratégia conveniente pois deixa que a luz penetre mas corta a incidência direta do sol no ambiente. 4. Conclusão: Com a palestra entendemos que não existe um material bom ou ruim, todos eles apresentam características que pode solucionar algum tipo de incômodo ou ainda, gerar outros. O importante é notar a compatibilidade de uso dos materiais conforme o efeito que se quer causar. Desta forma, torna-se relevante a participação do arquiteto como agente modificador do espaço cujas ações implicará em danos ou melhorias para o meio ambiente e , consequentemente, para as relações sociais. REFERÊNCIAS: pt.saint-gobain-glass.com/.../3.1.4_o_vidro_e_a_radia__o_solar.pdf www.sa.pt.sunguardglass.com/.../GlossaryTerms/