O documento discute os conceitos e princípios de conforto ambiental, abordando o conforto higrotérmico, visual, acústico e qualidade do ar. Apresenta parâmetros ambientais e individuais que influenciam o conforto, além de aspectos construtivos relevantes.
1. CONFORTO AMBIENTAL
NOÇÕES E PRINCÍPIOS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIACIVIL
Prof. José Borba
Técnicas Construtivas
2. CONFORTO AMBIENTAL
Conjunto de condições ambientais que permitem ao ser
humano bem estar térmico (higrotérmico), visual, auditivo,
olfativo e antropométrico.
Esse bem estar influi no desempenho das pessoas.
7. CONFORTO HIGROTÉRMICO
Estuda as relações de umidade relativa e temperatura para o
bem estar humano
MECANISMOSTERMORREGULADORES
Frio: vasoconstrição e arrepio
evitam a perda de calor
(Lamberts et al., 2014)
Calor: vasodilatação e suor
para baixar a temperatura
(Lamberts et al., 2014)
8. CONFORTO HIGROTÉRMICO
Variáveis individuais
Vestimenta
Atividade
Adaptação
Variáveis ambientais
Temperatura
Umidade Relativa do ar
Radiação solar e nebulosidade
Posição geográfica (latitude e altitude)
12. CONFORTO HIGROTÉRMICO
Diagrama bioclimático
Relações entre temperatura e umidade relativa do ar. Define necessidades
de resfriamento ou aquecimento do edifício.
(Fonseca apud Romero, 2000)
13. CONFORTO HIGROTÉRMICO
Índices de conforto térmico
Carta bioclimática
Carta Bioclimática para habitantes de regiões de clima quente, em trabalho leve,
vestindo 1 “clo”.
(Koenigsberger apud Frota e Schiffer, 2001)
18. CONFORTO HIGROTÉRMICO
Carta solar: representa o caminho do sol ao longo do ano.
Carta solar para lat. 20°S (aprox. Ouro Branco)
(Frota e Schiffer, 2001)
19. CONFORTO HIGROTÉRMICO
Carta solar: representa o caminho do sol ao longo do ano.
Carta solar: Fortaleza (lat. 3,8°S)
(Lamberts et al., 2014)
Carta solar: Florianópolis (lat. 27,4 °S)
(Lamberts et al., 2014)
21. CONFORTO HIGROTÉRMICO
Comportamento térmico de elementos construtivos
Coeficiente global de transferência de calor (U): combina os coeficientes
relativos à transferência de calor na superfície (radiação e convecção) e no
interior do material (condução)
(Frota e Schiffer, 2001)
28. CONFORTO AMBIENTAL
Conforto visual
• Iluminância adequada e bem distribuída
• Ausência de ofuscamento
• Contrastes adequados
• Boa distribuição de sombras e luz
42. CONFORTO ACÚSTICO
Absorção sonora (a)
Capacidade de uma superfície de absorver a onda sonora incidente
Reflexão sonora (r)
Capacidade de uma superfície de refletir a onda sonora incidente
Transmissão sonora (t)
É a re-irradiação de parte da onda sonora que foi absorvida para a face
externa do recinto
43. CONFORTO ACÚSTICO
Absorção sonora
Resistência ao escoamento: dissipação da energia sonora por atrito, devido
ao movimento das partículas do ar no interior destes materiais
Materiais
Fibrosos: lãs
Porosos: espumas
44. Absorção sonora
Avaliação
O coeficiente de
absorção sonora (a)
dos materiais são
geralmente obtidos
em câmaras
reverberantes
a varia com a
frequência sonora, a
espessura da
camada, a
densidade do
material, a presença
de camada de ar ou
de tratamento com
tinta.
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50. CRESCIMENTO E DECAIMENTO SONORO
Liga fonte sonora: aumento do nível sonoro até estabilizar
Desligamento: diminuição ao longo do tempo
Esse tempo depende da capacidade de absorção do recinto
Tempo de reverberação: tempo decorrido até a diminuição de 60 dB
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51. CRESCIMENTO E DECAIMENTO SONORO
Tempo de reverberação (T60): fórmula de Sabine
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Tempos de reverberação a 500 Hz em diferentes recintos
52. AMBIENTES SONOROS
Câmara anecóica: todos os sons são absorvidos. Campo livre.
Potência sonora, índice de direcionalidade
Câmara reverberante: todos os sons são refletidos
Absorção e isolação sonora de elementos construtivos
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54. ISOLAMENTO DE PAREDES
Isolar ≠ Absorver
Perda de transmissão sonora
Uma parede pode ter perda sonora por diferentes regiões
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55. ISOLAMENTO DE PAREDES
Região controlada pela massa
Depende da frequência e da massa superficial da parede
Perda aumenta 6 dB por oitava
Região controlada pela ressonância
É a absorção da onda pela parede
Na maioria das situações práticas, a menor freqüência de ressonância está
bem abaixo da menor freqüência de interesse
Região controlada pela rigidez
Perda por transmissão aumenta com a redução da freqüência em 6 dB
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59. BARREIRAS E ENCLAUSURAMENTO ACÚSTICO
Quando se faz necessário criar um meio transmissor entre a fonte e o
receptor.
As alternativas clássicas de controle de ruído na trajetória são:
Inserção de barreiras entre fonte e receptor;
Inserção de biombos acústicos entre bancadas de trabalho;
Inserção de enclausuramentos parciais ou totais ao redor da fonte;
O mesmo, ao redor do operador
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60. BARREIRAS
Barreiras são utilizadas para controlar a propagação de ruído.
Difração das ondas sonoras ao redor da barreira.
Densidade mínima de 20 kg/m²
Mais efetiva para altas e médias frequências
Cuidar da reflexão do teto
Aproximar da fonte
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61. ENCLAUSURAMENTO
Fechamento da fonte sonora em um ambiente
Redução de ruído (RR/ NR): ambiente acústico
Perda de transmissão (PT/TL): materiais constituintes
Todos os materiais utilizados são importantes
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63. ENCLAUSURAMENTO
Condições de projeto
A densidade dos painéis acústicos;
A aplicação interna de revestimento absorvente;
Vedação adequada;
Desacoplamento entre a cabine / equipamento e cabine / piso;
Acessos para entrada e saída de materiais, bem como condição para retirada
do equipamento;
Necessidade de ventilação forçada, caso a máquina libere calor e
silenciosos para os dutos de entrada e saída de ar;
Necessidade de visores
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66. CONFORTO AMBIENTAL
REFERÊNCIAS
EPUSP – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Fundamentos de
controle de ruído industrial. São Paulo: EPUSP, 2001.
FROTA, A. N.; SCHIFFER, S. R. Manual de conforto térmico: arquitetura,
urbanismo. [5. ed.] São Paulo: Studio Nobel, 2001.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.O.R. Eficiência energética na
arquitetura. [3.ed.] Rio de Janeiro: Eletrobrás/ Procel, 2014.
ROMERO, M. A. B. Princípios Bioclimáticos para o Desenho Urbano. Apostila. 200?