2. Coordenação nervosa nos invertebrados Um sistema nervoso tão simples é suficiente para animais fixos ou com pouca mobilidade. Nos invertebrados mais ativos, é necessária uma maior coordenação nervosa, fornecida por pequenas condensações de corpos de neurônios, os gânglios nervosos. Nessas condensações, há grande número de neurônios de associação, que fazem a ligação entre os neurônios sensitivos (captam os estímulos do ambiente) e os motores (recebem o impulso nervoso de outro neurônio e o enviam a um músculo ou a uma glândula, provocando uma resposta do organismo, como uma contração muscular ou uma secreção glandular). Um sistema nervoso com gânglios é chamado de centralizado. Na maioria dos invertebrados ele é: Duplo :há dois cordões nervosos principais; Ventra l:está situado ventralmente no corpo; Maciço :não possui cavidades em seu interior, como o cérebro e a medula humana.
4. Sistema nervoso dos vertebrados Nos vertebrados, o sistema nervoso surge do tubo neural dorsalmente. A parte anterior desse tubo aumenta, dilata-se e forma o encéfalo;o restante forma a medula nervosa(raquidiana ou espinhal). Essas duas partes são ricas em neurônios de associação e constituem o sistema nervoso central, que está protegido pela coluna vertebral , pelo crânio e por três membranas, as meninges, formadas por tecido conjuntivo propriamente dito.
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6. Encéfalo Durante o desenvolvimento embrionário dos vertebrados, a região do tubo neural que forma o encéfalo produz três dilatações: cérebro anterior ou prosencéfalo; cérebro médio ou mesencéfalo;cérebro posterior ou rombencéfalo. Essas dilatações produzem dobras e sofrem espessamentos em certos locais, constituindo as diversas partes do encéfalo. Assim, ao longo do desenvolvimento, o prosencéfalo divide-se em: Telencéfalo - no adulto formam-se nessa parte duas protuberâncias: os lobos olfatórios ou olfativos, que recebem nervos do nariz; e os hemisférios cerebrais, duas dilatações ligadas entre si por um feixe de fibras nervosas(o corpo caloso), que constituem o cérebro: Diencéfalo - origina o tálamo, o hipotálamo e a neuroipófise. Do mesencéfalo formam se os lobos ópticos. O rombencéfalo divide-se em: Metencéfalo - do qual surgem a ponte ou ponte de Varólio e o cerebelo; Mielencéfalo - origina o bulbo raquidiano(bulbo ou medula oblonga).
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8. Medula espinhal A medula espinhal possui uma substancia cinzenta, interna , e uma substancia branca , externa. Na primeira, ficam concentrados os corpos celulares dos neurônios; na branca estão as fibras nervosas (dendritos e axônios). A mielina dos axônios é responsável pela cor branca dessa região. Pela parte ventral(raiz ventral) da substancia branca saem prolongamentos dos neurônios motores. Na região dorsal (raiz dorsal), há prolongamentos dos neurônios sensitivos , cujos corpos celulares estão n interior de gânglios nervosos .
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10. Sistema nervoso periférico Esse sistema é formado por gânglios nervosos, nervos cranianos (que saem do encéfalo) e nervo espinhais (que saem da medula espinhal). Nos peixes e nos anfíbios há dez pares de nervos cranianos; nos répteis, nas aves e nos mamíferos, doze pares. O numero de nervos espinhais varia para cada grupo de vertebrados; no ser humano, há 31 pares. Cada nervo é formado por dezenas e até centenas de prolongamentos de neurônios, as fibras nervosas ou neurofibras, envolvidos por tecido conjuntivo. Nesse sistema há nervos sensoriais, que recolhem informações dos órgãos dos sentidos e dos órgãos internos, e motores, que levam as mensagens do sistema nervoso central para os músculos e para as glândulas.
11. Sistema nervoso autônomo Uma parte dos nervos motores controla os músculos esqueléticos, comandando as respostas ao ambiente externo quem podem ser controladas conscientemente(respostas voluntarias). Essa parte é chamada de sistema nervoso somático. No entanto, muitas vezes essas respostas ocorrem de modo involuntário, como nos atos reflexos, nos quais elas voltam pela medula antes de irem para o cérebro. Assim, dizemos que o sistema nervoso somático controla a vida de relação com o ambiente. Do sistema nervoso autônomo, autonômico ou vegetativo, fazem parte os nervos que levam impulsos aos músculos lisos, às glândulas e ao músculo cardíaco. Esse sistema controla as atividades involuntárias, que fazem parte da vida vegetativa, ou seja, é responsável, com os hormônios, pelo controlo da homeostase. A maioria dos órgãos controlados por esse sistema recebe dois tipos de nervo: um que estimula (sistema nervoso autônomo simpático) e outro que inibe(sistema nervoso autônomo parassimpático) o seu funcionamento. Os nervos simpáticos originam-se na região mediana da medula; os parassimpáticos saem do bulbo e da extremidade final da medula. O neurotransmissor dos nervos do parassimpático é a acetilcolina. No simpático, há liberação de noradrenalina nos nervos que saem dos gânglios e se dirigem para os órgãos (nervos pós-ganglionares) e de acetilcolina nos nervos quem saem da medula e se dirigem para os gânglios(nervos pré-ganglionares). O coração é estimulado pelo simpático e inibido pelo parassimpático. Na musculatura do tubo digestório ocorre o contrario: o simpático diminui a peristalse e o parassimpático aumenta.