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FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS – FAMETRO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Neci Gomes de Souza*
José Raimundo Maia*
S Í N T E S E**
O Planejamento é uma ferramenta gerencial que proporciona a sensibilidade para
identificar, ao longo do tempo, ações necessárias ao enfrentamento de estrangulamentos e
desafios institucionais que devem ser vencidos. Estes desafios não se colocam apenas para
organizações com fins lucrativos, mas também para as organizações não governamentais, sem
fins lucrativos; ou seja, qualquer organização – seja ela pública ou privada, com ou sem fins
lucrativos – necessita ter uma visão clara dos objetivos e estratégias a que se propõe.
Partimos da premissa que o planejamento é basicamente um processo de racionalidade
e, portanto “pressupõem seqüência no tempo, não se manifestando num dado momento, mas
se realizando continuamente ao longo da história. Neste sentido, o Serviço Social também
vem se construindo continuamente ao longo da história. Surge a partir do movimento de
caridade, ligado a Igreja Católica e hoje trabalha com a tensão entre capital e trabalho
expressa pela questão social em suas diferentes formas de manifestação.
As primeiras publicações de Serviço Social apresentavam a expressão “plano de
tratamento”, que correspondia àquilo que se constituiria no resultado da ação de planejar com
o usuário o processo para a solução da questão que ora se apresentava. “Posteriormente, a
palavra planejamento passa a ser usada de maneira generalizada, relacionada a toda ordenação
lógica e racional das ações do Assistente Social.
Justamente pelo Assistente Social desenvolver sua intervenção de forma planejada
conjuntamente com o usuário, o planejamento se apresenta para o Serviço Social como um
novo campo de debates e as discussões giram em torno da participação direta ou não do
usuário nesse processo. Sendo assim, planejar a ação como processo natural de ordenação,
decisão e controle, passa a não suprir as demandas inerentes à profissão. “Surge à necessidade
de utilizarmos o planejamento como processo e como método”. Posteriormente, ou seja, a
partir do movimento de reconceituação é que o planejamento passa a ser visualizado e
adotado também como método e instrumento.
Na ação planejada é a reflexão que garante a dimensão do real e permite ainda o
caminhar por aproximações sucessivas onde a prática amplia os conhecimentos da realidade e,
possibilita que se definam novos cursos de ação. Assim a reflexão parece e segue a prática
social, numa relação dialética em face de prática real e concreta. Atualmente o Planejamento é
um instrumento imperativo na organização das ações desenvolvidas pelos assistentes sociais,
conforme estabelece a Lei de Regulamentação da Profissão em seu artigo 4º, que aponta
dentre outras as competências do Assistente Social. O Serviço Social no seu cotidiano vem ao
longo dos anos tentando elaborar e reelaborar propostas de planejamento que venham a
auxiliar no desenvolvimento do fazer profissional. Como apontamos acima esse movimento é
ainda incipiente e pouco qualificado, sobretudo por não contar com referencial teórico
específico.
O planejamento nada mais é do que o exercício de racionalidade e ordenação das ações,
inerente ao desenvolvimento do ser humano. Sendo assim, cotidianamente o utilizamos como
processo de prospecção do futuro, a partir da nossa realidade. É importante destacar que não
entendemos o planejamento como um processo estanque, e parado no tempo, pelo contrário, o
vemos como um processo dinâmico, de movimento e ativo no cotidiano da profissão.
O planejamento esta além de uma estrutura mínima, criada e reproduzida por alguns
assistentes sociais. O planejamento de que falamos, pressupõem também planificar as ações
das mais diversas ordens.
Finalizando, nossa compreensão é que o assistente social deve estar sempre atento a
questão social e suas múltiplas formas de expressão, para poder compor/elaborar um
planejamento que possa compreender o real, para além do real, que sirva como guia, direção e
caminho, devendo estar aberto para o surgimento de novas demandas, podendo assim, ser
repensado, adequado, corrigido, ou seja, permanentemente avaliado e passível de mudança.
_________________________
 Acadêmica de Serviço Social, 6º período/noturno.
  Trabalho apresentado à disciplina Oficina da Prática, ministrado pelo prof. Marli Marinho

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  • 1. FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS – FAMETRO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL Neci Gomes de Souza* José Raimundo Maia* S Í N T E S E** O Planejamento é uma ferramenta gerencial que proporciona a sensibilidade para identificar, ao longo do tempo, ações necessárias ao enfrentamento de estrangulamentos e desafios institucionais que devem ser vencidos. Estes desafios não se colocam apenas para organizações com fins lucrativos, mas também para as organizações não governamentais, sem fins lucrativos; ou seja, qualquer organização – seja ela pública ou privada, com ou sem fins lucrativos – necessita ter uma visão clara dos objetivos e estratégias a que se propõe. Partimos da premissa que o planejamento é basicamente um processo de racionalidade e, portanto “pressupõem seqüência no tempo, não se manifestando num dado momento, mas se realizando continuamente ao longo da história. Neste sentido, o Serviço Social também vem se construindo continuamente ao longo da história. Surge a partir do movimento de caridade, ligado a Igreja Católica e hoje trabalha com a tensão entre capital e trabalho expressa pela questão social em suas diferentes formas de manifestação. As primeiras publicações de Serviço Social apresentavam a expressão “plano de tratamento”, que correspondia àquilo que se constituiria no resultado da ação de planejar com o usuário o processo para a solução da questão que ora se apresentava. “Posteriormente, a palavra planejamento passa a ser usada de maneira generalizada, relacionada a toda ordenação lógica e racional das ações do Assistente Social. Justamente pelo Assistente Social desenvolver sua intervenção de forma planejada conjuntamente com o usuário, o planejamento se apresenta para o Serviço Social como um novo campo de debates e as discussões giram em torno da participação direta ou não do usuário nesse processo. Sendo assim, planejar a ação como processo natural de ordenação, decisão e controle, passa a não suprir as demandas inerentes à profissão. “Surge à necessidade de utilizarmos o planejamento como processo e como método”. Posteriormente, ou seja, a
  • 2. partir do movimento de reconceituação é que o planejamento passa a ser visualizado e adotado também como método e instrumento. Na ação planejada é a reflexão que garante a dimensão do real e permite ainda o caminhar por aproximações sucessivas onde a prática amplia os conhecimentos da realidade e, possibilita que se definam novos cursos de ação. Assim a reflexão parece e segue a prática social, numa relação dialética em face de prática real e concreta. Atualmente o Planejamento é um instrumento imperativo na organização das ações desenvolvidas pelos assistentes sociais, conforme estabelece a Lei de Regulamentação da Profissão em seu artigo 4º, que aponta dentre outras as competências do Assistente Social. O Serviço Social no seu cotidiano vem ao longo dos anos tentando elaborar e reelaborar propostas de planejamento que venham a auxiliar no desenvolvimento do fazer profissional. Como apontamos acima esse movimento é ainda incipiente e pouco qualificado, sobretudo por não contar com referencial teórico específico. O planejamento nada mais é do que o exercício de racionalidade e ordenação das ações, inerente ao desenvolvimento do ser humano. Sendo assim, cotidianamente o utilizamos como processo de prospecção do futuro, a partir da nossa realidade. É importante destacar que não entendemos o planejamento como um processo estanque, e parado no tempo, pelo contrário, o vemos como um processo dinâmico, de movimento e ativo no cotidiano da profissão. O planejamento esta além de uma estrutura mínima, criada e reproduzida por alguns assistentes sociais. O planejamento de que falamos, pressupõem também planificar as ações das mais diversas ordens. Finalizando, nossa compreensão é que o assistente social deve estar sempre atento a questão social e suas múltiplas formas de expressão, para poder compor/elaborar um planejamento que possa compreender o real, para além do real, que sirva como guia, direção e caminho, devendo estar aberto para o surgimento de novas demandas, podendo assim, ser repensado, adequado, corrigido, ou seja, permanentemente avaliado e passível de mudança. _________________________  Acadêmica de Serviço Social, 6º período/noturno.   Trabalho apresentado à disciplina Oficina da Prática, ministrado pelo prof. Marli Marinho