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Seminário Internacional:
Os Desafios
para uma
Assistência
Farmacêutica
Integral
30 de setembro a 2 de outubro de 2002
OPAS/OMS - Brasília/DF, Brasil
                  Agência Nacional
        FIOCRUZ   de Vigilância Sanitária
INTRODUÇÃO

          Os medicamentos essenciais salvam vidas e melhoram a saúde, mas
seu potencial somente pode ser efetivo, se estiverem acessíveis, forem
racionalmente utilizados e forem de boa qualidade. A existência de um bom
sistema de saúde em funcionamento e programas de promoção da saúde e
prevenção de enfermidades, são também fatores críticos para a melhoria do
estado de saúde das populações. O fornecimento de medicamentos essenciais foi
considerado como parte de um sistema nacional de saúde.

           Estima-se que o mercado mundial de medicamentos moveu em 2000
em torno de 400 bilhões de dólares1. Apesar destas cifras, que mostram a
indústria farmacêutica como uma das mais florescentes, existem ainda muita
inequidade. Em 1997 a OMS estimou que 52 milhões de pessoas morreriam, dos
quais 40 milhões em países em desenvolvimento. A maioria destas mortes devido
a doenças como pneumonia, malária, tuberculose e outras enfermidades para as
quais existem medicamentos e vacinas efetivos. Calcula-se que mais de um terço
da população mundial carece de acesso regular aos medicamentos essenciais. A
situação é ainda mais grave em muitos dos países mais pobres da África e da
Ásia onde mais da metade da população não têm acesso aos medicamentos
essenciais. Este resultado se deve, não somente às restrições financeiras, mas
também à pouca organização dos serviços de saúde, à gerência inadequada dos
sistemas de abastecimento e ao uso irracional dos medicamentos por prescritores,
dispensadores e usuários.

           A OPAS/OMS tem contribuído de forma permanente, por meio de apoio
aos países, para a implantação de políticas farmacêuticas nacionais que garantam
o acesso a medicamentos essenciais, de qualidade garantida, bem como seu uso
racional pelos prescritores, dispensadores e usuários.

          Para dar apoio aos países, o Programa Regional de Medicamentos
Essenciais da OPAS/OMS, conta com quatro grandes linhas de ação:
   1. Políticas e Legislação
   2. Regulação e Garantia de Qualidade.
   3. Serviços Farmacêuticos
   4. Educação e Informação

          É importante ressaltar que o Brasil conseguiu grandes avanços ao
aprovar a Portaria no 3.916 de 30 de outubro de 1.998, que estabelece a Política
Nacional de Medicamentos.



1
 Médecins Sans Frontières. Fatal Imbalance. The Crisis in Research and Development for Drugs for Neglected
Diseases (Access to Essential Medicines Campaign and the Drugs for Neglected Diseases Working Group). I September,
2001




                                                                                                                     2
É de fundamental importância o destaque outorgado, na política de
medicamentos, à Assistência Farmacêutica, sendo esta entendida como um
componente da Atenção à Saúde que “... englobará as atividades de seleção,
programação, aquisição, armazenamento e distribuição, controle da qualidade e
utilização - nesta compreendida a prescrição e a dispensação, ou que deverá
favorecer a permanente disponibilidade dos produtos segundo as necessidades da
população, identificadas com base em critérios epidemiológicos”.

           Destacam-se como principais avanços na política de medicamentos no
Brasil:
§ A criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mediante a Lei n O 9.782
   de 26 de janeiro de 1999;
§ A aprovação da Lei nO 9.787 de 10 de fevereiro de 1999 que aprova os
   medicamentos genéricos;
§ Decisões para definir as responsabilidades para o financiamento dos
   medicamentos e aumento dos recursos federais destinados à compra de
   medicamentos e hemoderivados para o SUS;
§ A Lei 9.313, de 13 de novembro de 1996, que garante gratuitamente aos
   portadores do HIV, toda a medicação necessária ao seu tratamento;
§ A Portaria GM nO 176 de 1999, que estabelece o incentivo à Assistência
   Farmacêutica Básica e define valores a serem financiados pelos três níveis de
   gestão (R$1,00 per capta para o gestor federal e no mínimo R$ 0,50 per capta
   para os gestores estaduais e também para os gestores municipais);
§ A Portaria GM nO 1.077 de 24 de agosto de 1999, que implanta o Programa
   para a Aquisição de Medicamentos Essenciais para a área de Saúde Mental.
§ A Portaria SAS/MS nO 286 e a portaria 1318 de 24 de julho de 2.002, que
   garante aos usuários do Sistema Único de Saúde o acesso a medicamentos
   considerados excepcionais (alto custo);
§ A Portaria GM nO 343 de 21 de março de 2001, que cria o incentivo à
   Assistência Farmacêutica Básica vinculado ao programa de Saúde da Família,
   destinado aos municípios participantes com cobertura de um elenco com 31
   medicamentos;
§ A Portaria GM nO 371 de 04 de março de 2002, que institui o Programa
   Nacional da Assistência Farmacêutica para Hipertensão Arterial e Diabete
   mellitus e garante a oferta contínua para os portadores dessas doenças dos
   medicamentos pactuados e validados pelo Comitê do Plano Nacional de
   Reorganização da Atenção a Hipertensão Arterial e Diabete mellitus;
§ Os programas estratégicos que garantem o tratamento de Hanseníase e
   Tuberculose;
§ O investimento em capacitação da equipe de saúde (mestrado
   profissionalizante e cursos de especialização em Gestão da Assistência
   Farmacêutica, curso de capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde para
   promoção do uso correto de medicamentos e curso de Formação de
   Prescritores na lógica da prescrição racional);
§ Criação de instrumentos técnico-gerenciais para dar suporte às ações de
   organização e de implementação da Política Nacional de Medicamentos;



                                                                                3
§   Disponibilização de informação em sítio da internet em parceria com a
    OPAS/OMS;
§   Elaboração de uma Proposta de Política Nacional de Plantas Medicinais e
    Medicamentos Fitoterápicos;
§   A Portaria GM nO 507 de 1999, que atualiza a Relação Nacional de
    Medicamentos (RENAME);
§   A criação da Câmara de medicamentos para o controle dos preços;
§   A posição internacional garantindo que as questões sanitárias sejam
    priorizadas em relação aos acordos comerciais (Declaração de Doha/2001);
§   A Portaria GM n° 879 de 23 de maio de 2002, convocando a 1ª Conferência
    Nacional de Políticas de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, com o
    tema “Efetivando o Acesso, a Qualidade e a Humanização da Assistência
    Farmacêutica, com Controle Social”;
§   A Resolução da Diretoria Colegiada RDC 134, de 13 de julho de 2001, que
    atualiza as Boas Práticas de Fabricação em indústrias Farmacêuticas e
    Farmoquímicas;
§   Revisão dos critérios de registros de medicamentos em geral, e em particular
    dos medicamentos similares, com a exigência de ensaios farmacocinéticos;
§   A inclusão do Brasil, em 2001, como um dos 67 centros nacionais participantes
    do Programa Internacional de Monitorização de Medicamentos da OMS;
§   A regulamentação da publicidade e propaganda de medicamentos;
§   A promulgação da Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001, que regulamenta a
    coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue e seus
    hemoderivados e dá outras providencias. Além disso, vale ressaltar também os
    avanços obtidos no controle da qualidade destes produtos.

          Não obstante todos os avanços alcançados até o momento, persistem
dois grandes problemas:
§ A inequidade no acesso a medicamentos, que tem como conseqüência um
   grande setor da população sem nenhum acesso aos medicamentos essenciais;
§ ? uso irracional e discriminado por outra parte, que envolve os prescritores, as
   O
   farmácias e a população.

           A celebração do centenário da OPAS constitui assim uma oportunidade
privilegiada para facilitar uma discussão com todos os atores públicos e privados,
sobre qual é a assistência farmacêutica que temos e qual a assistência
farmacêutica que queremos.




                                                                                 4
OBJETIVO GERAL

          Analisar o estágio atual de implantação da política de medicamentos no
País e, a partir de experiências internacionais, identificar ações orientadas à
prestação de uma assistência farmacêutica universal, integral e de qualidade.


Objetivos específicos

1. Conhecer os modelos de assistência farmacêutica bem sucedidos em outros
    países da América e Europa.
2. Apresentar o estágio atual de implantação da política de medicamentos.
3. Apresentar experiências bem-sucedidas de modelos de assistência
    farmacêutica municipal e estadual.
4. Identificar estratégias para avançar na consolidação de uma assistência
    farmacêutica integral no País, como parte da assistência à saúde.
5. Obter subsídios para a 1ª Conferência Nacional de Políticas de Medicamentos e
    Assistência Farmacêutica.

DATA:       30 de setembro a 2 de outubro de 2002.
LOCAL:      OPAS/OMS.
            Setor Embaixadas Norte, Lote 19.
            Brasília/DF


PROGRAMAÇÃO

Dia 30/09

   19h – 20h – Abertura: Mesa do Centenário da OPAS e homenagens
   § Dr. Jacobo Finkelman - representante da OPAS/OMS no Brasil.
   § Dr. Barjas Negri - Ministro da Saúde do Brasil.
   § Dr. Ginés Gonzáles Garcia - Ministro da Saúde da Argentina

   20h – 21h - Conferência inaugural “A Assistência Farmacêutica como
   componente essencial da assistência à saúde”.
   § Coordenador: Dr. Gonzalo Vecina Neto – Diretor Presidente da Agência
      Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA/MS);
   § Conferencista: Dr. Ginés Gonzáles Garcia - Ministro da Saúde da
      Argentina.

   21h – Lançamento oficial da Relação Nacional de Medicamentos (RENAME-
   2002)
   § Dr. Barjas Negri - Ministro da Saúde do Brasil.




                                                                               5
21:30h – Coquetel de abertura


Dia 01/10/02

Manhã
8h30 – 10h30 - Mesa Redonda “As experiências internacionais em Assistência
Farmacêutica”
   • Coordenador: Dr. Jacobo Finkelman - Representante da OPAS/OMS no
      Brasil.
   Expositores:
   • Dr Jim Smith - Chief Pharmacist in The Departament of Health in the
      United Kimdom (Reino Unido);
  • Dr. Erwin G. Friesen – Coordinator – Pharmacoeconomics Regional
     Pharmacy Services Capital Health, Edmonton, Alberta (Canadá);
   • Dr Victor Faife Péres - Dirección Nacional de Farmacia/MSP (Cuba);
   • Dr Miguel Angel Lezama - Jefe de Asesores del Secretario de Salud -
      Secretaria de Salud (México).

10h30 – Intervalo

11h -13h - Mesa Redonda “Acesso a medicamentos e assistência farmacêutica:
O gestor federal e o controle social”.
   • Coordenadora: Dra. Nelly Marin Jaramillo - Coordenadora de
       Medicamentos e Tecnologias da OPAS/OMS - Brasil.
   Expositores:
   • Dr. Renilson R. de Souza - Secretaria de Assistência à Saúde/MS;
   • Dr. Fernando Ernesto Cardenas – Diretor do Departamento de Programas
       Estratégicos do Gabinete do Ministro da Saúde;
   • Dr. Carlos Alberto Pereira Gomes – Gerente Técnico de Assistência
       Farmacêutica/Secretaria de Políticas de Saúde/MS;
   • Dr. Mozart Abreu e Lima - Conselheiro do Conselho Nacional de Saúde
       (CNS).

Tarde

14h30 -16h30 – Mesa Redonda “Experiências em Assistência Farmacêutica
estaduais e municipais”.
   • Coordenador: Dr. Cláudio Duarte da Fonseca - Secretário de Políticas de
      Saúde/MS.
      Expositores:
   • Dra. Harue Ohashi – Coordenadora de Assistência Farmacêutica do
      Estado de São Paulo
   • Dra. Lore Lamb - Coordenadora de Assistência Farmacêutica do Estado
      do Paraná



                                                                           6
•  Dr. Orenzio Soler – Coordenador de Política de Medicamentos –
      Secretaria Municipal de Saúde de Belém (PA)
   • Dra. Vicencina Maria da Costa Val - Coordenadora de Assistência
      Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (MG).
16h30 – Intervalo

17h - 18h - Debate.


Dia 02/10

Manhã

8h30 -9h30 – Conferência “Os direitos de propriedade intelectual. Incentivo à
investigação e ao desenvolvimento de novos produtos versus o impacto no
acesso a medicamentos nos países em desenvolvimento”.
    • Coordenador: Dr. Jorge Z. Bermudez - Diretor da ENSP/FIOCRUZ;
    • Conferencista: Dr. Germán Velasquez, Coordenador do Programa de
       Ação de Medicamentos Essenciais da OMS.

9h30 - 10h10 – Debate

10h10 –10h30 – Intervalo

10h30 – 12: 30h - Mesa Redonda “Os desafios da regulação, a investigação e
o desenvolvimento tecnológico no setor quimio-farmacêutico”.
   • Coordenador: Dr. Mozart Abreu e Lima - Conselheiro do Conselho
      Nacional de Saúde (CNS).
   Expositores
   • Dr. James Love - Director Consumer Project on Technology (CPPTECH);
   • Sr. Nelson Brasil de Oliveira – Presidente da Associação Brasileira de
      Química Fina (ABIFINA);
   • Dr. Nivaldo Pavan – Representante da Associação Brasileira da Indústria
      Farmoquímica (ABIQUIF);
   • Sr. Ciro Mortella – Presidente da Federação Brasileira da Indústria
      Farmacêutica (FEBRAFARMA);
   • Dr Gonzalo Vecina Neto - Diretor Presidente da ANVISA.

12:30 – 13h – Debate

13h – Encerramento
   • Dr. Cláudio Duarte da Fonseca - Secretário de Políticas de Saúde/MS.
   • Dr. Gonzalo Vecina Neto - Diretor Presidente da ANVISA.

13h30 – Almoço de Confraternização



                                                                            7
COMISSÃO ORGANIZADORA

Dr. Jacobo Finkelman - Representante OPAS/OMS no Brasil
Dr. Gonzalo Vecina Neto - Diretor-Presidente da ANVISA
Dr. Cláudio Duarte da Fonseca- Secretário de Políticas de Saúde do MS
Dr. Jorge Bermudez - Diretor da ENSP/FIOCRUZ.


COMISSÃO TÉCNICA

Dr. Gonzalo Vecina Neto – Diretor Presidente da ANVISA
Dra. Nelly Marin Jaramillo - Coordenadora de Medicamentos e Tecnologias
OPAS/OMS no Brasil
Dr. Carlos Alberto Pereira Gomes - Gerente Técnico de Assistência
Farmacêutica/SPS/MS
Dra. Maria Auxiliadora Oliveira - Coordenadora Adjunta NAF/ENSP/FIOCRUZ


COMISSÃO RELATORA

Dr. Geraldo Lucchese - Assessor Parlamentar da Câmara dos Deputados
Dr. Josiano Gomes Chaves - Assessor Técnico da GTAF/DAB/SPS/MS
Dra. Adriana Mitsue Ivama - Profissional Nacional da Coordenação de
Medicamentos e Tecnologias da OPAS/OMS - Brasil
Dr. Nery Cunha Vital - Gerente de Validação de Processos da ANVISA
Dra. Vera Lúcia Luiza - Pesquisadora do Núcleo de Assistência Farmacêutica -
NAF/ENSP/FIOCRUZ




                                                                               8

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  • 1. Seminário Internacional: Os Desafios para uma Assistência Farmacêutica Integral 30 de setembro a 2 de outubro de 2002 OPAS/OMS - Brasília/DF, Brasil Agência Nacional FIOCRUZ de Vigilância Sanitária
  • 2. INTRODUÇÃO Os medicamentos essenciais salvam vidas e melhoram a saúde, mas seu potencial somente pode ser efetivo, se estiverem acessíveis, forem racionalmente utilizados e forem de boa qualidade. A existência de um bom sistema de saúde em funcionamento e programas de promoção da saúde e prevenção de enfermidades, são também fatores críticos para a melhoria do estado de saúde das populações. O fornecimento de medicamentos essenciais foi considerado como parte de um sistema nacional de saúde. Estima-se que o mercado mundial de medicamentos moveu em 2000 em torno de 400 bilhões de dólares1. Apesar destas cifras, que mostram a indústria farmacêutica como uma das mais florescentes, existem ainda muita inequidade. Em 1997 a OMS estimou que 52 milhões de pessoas morreriam, dos quais 40 milhões em países em desenvolvimento. A maioria destas mortes devido a doenças como pneumonia, malária, tuberculose e outras enfermidades para as quais existem medicamentos e vacinas efetivos. Calcula-se que mais de um terço da população mundial carece de acesso regular aos medicamentos essenciais. A situação é ainda mais grave em muitos dos países mais pobres da África e da Ásia onde mais da metade da população não têm acesso aos medicamentos essenciais. Este resultado se deve, não somente às restrições financeiras, mas também à pouca organização dos serviços de saúde, à gerência inadequada dos sistemas de abastecimento e ao uso irracional dos medicamentos por prescritores, dispensadores e usuários. A OPAS/OMS tem contribuído de forma permanente, por meio de apoio aos países, para a implantação de políticas farmacêuticas nacionais que garantam o acesso a medicamentos essenciais, de qualidade garantida, bem como seu uso racional pelos prescritores, dispensadores e usuários. Para dar apoio aos países, o Programa Regional de Medicamentos Essenciais da OPAS/OMS, conta com quatro grandes linhas de ação: 1. Políticas e Legislação 2. Regulação e Garantia de Qualidade. 3. Serviços Farmacêuticos 4. Educação e Informação É importante ressaltar que o Brasil conseguiu grandes avanços ao aprovar a Portaria no 3.916 de 30 de outubro de 1.998, que estabelece a Política Nacional de Medicamentos. 1 Médecins Sans Frontières. Fatal Imbalance. The Crisis in Research and Development for Drugs for Neglected Diseases (Access to Essential Medicines Campaign and the Drugs for Neglected Diseases Working Group). I September, 2001 2
  • 3. É de fundamental importância o destaque outorgado, na política de medicamentos, à Assistência Farmacêutica, sendo esta entendida como um componente da Atenção à Saúde que “... englobará as atividades de seleção, programação, aquisição, armazenamento e distribuição, controle da qualidade e utilização - nesta compreendida a prescrição e a dispensação, ou que deverá favorecer a permanente disponibilidade dos produtos segundo as necessidades da população, identificadas com base em critérios epidemiológicos”. Destacam-se como principais avanços na política de medicamentos no Brasil: § A criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mediante a Lei n O 9.782 de 26 de janeiro de 1999; § A aprovação da Lei nO 9.787 de 10 de fevereiro de 1999 que aprova os medicamentos genéricos; § Decisões para definir as responsabilidades para o financiamento dos medicamentos e aumento dos recursos federais destinados à compra de medicamentos e hemoderivados para o SUS; § A Lei 9.313, de 13 de novembro de 1996, que garante gratuitamente aos portadores do HIV, toda a medicação necessária ao seu tratamento; § A Portaria GM nO 176 de 1999, que estabelece o incentivo à Assistência Farmacêutica Básica e define valores a serem financiados pelos três níveis de gestão (R$1,00 per capta para o gestor federal e no mínimo R$ 0,50 per capta para os gestores estaduais e também para os gestores municipais); § A Portaria GM nO 1.077 de 24 de agosto de 1999, que implanta o Programa para a Aquisição de Medicamentos Essenciais para a área de Saúde Mental. § A Portaria SAS/MS nO 286 e a portaria 1318 de 24 de julho de 2.002, que garante aos usuários do Sistema Único de Saúde o acesso a medicamentos considerados excepcionais (alto custo); § A Portaria GM nO 343 de 21 de março de 2001, que cria o incentivo à Assistência Farmacêutica Básica vinculado ao programa de Saúde da Família, destinado aos municípios participantes com cobertura de um elenco com 31 medicamentos; § A Portaria GM nO 371 de 04 de março de 2002, que institui o Programa Nacional da Assistência Farmacêutica para Hipertensão Arterial e Diabete mellitus e garante a oferta contínua para os portadores dessas doenças dos medicamentos pactuados e validados pelo Comitê do Plano Nacional de Reorganização da Atenção a Hipertensão Arterial e Diabete mellitus; § Os programas estratégicos que garantem o tratamento de Hanseníase e Tuberculose; § O investimento em capacitação da equipe de saúde (mestrado profissionalizante e cursos de especialização em Gestão da Assistência Farmacêutica, curso de capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde para promoção do uso correto de medicamentos e curso de Formação de Prescritores na lógica da prescrição racional); § Criação de instrumentos técnico-gerenciais para dar suporte às ações de organização e de implementação da Política Nacional de Medicamentos; 3
  • 4. § Disponibilização de informação em sítio da internet em parceria com a OPAS/OMS; § Elaboração de uma Proposta de Política Nacional de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos; § A Portaria GM nO 507 de 1999, que atualiza a Relação Nacional de Medicamentos (RENAME); § A criação da Câmara de medicamentos para o controle dos preços; § A posição internacional garantindo que as questões sanitárias sejam priorizadas em relação aos acordos comerciais (Declaração de Doha/2001); § A Portaria GM n° 879 de 23 de maio de 2002, convocando a 1ª Conferência Nacional de Políticas de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, com o tema “Efetivando o Acesso, a Qualidade e a Humanização da Assistência Farmacêutica, com Controle Social”; § A Resolução da Diretoria Colegiada RDC 134, de 13 de julho de 2001, que atualiza as Boas Práticas de Fabricação em indústrias Farmacêuticas e Farmoquímicas; § Revisão dos critérios de registros de medicamentos em geral, e em particular dos medicamentos similares, com a exigência de ensaios farmacocinéticos; § A inclusão do Brasil, em 2001, como um dos 67 centros nacionais participantes do Programa Internacional de Monitorização de Medicamentos da OMS; § A regulamentação da publicidade e propaganda de medicamentos; § A promulgação da Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001, que regulamenta a coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue e seus hemoderivados e dá outras providencias. Além disso, vale ressaltar também os avanços obtidos no controle da qualidade destes produtos. Não obstante todos os avanços alcançados até o momento, persistem dois grandes problemas: § A inequidade no acesso a medicamentos, que tem como conseqüência um grande setor da população sem nenhum acesso aos medicamentos essenciais; § ? uso irracional e discriminado por outra parte, que envolve os prescritores, as O farmácias e a população. A celebração do centenário da OPAS constitui assim uma oportunidade privilegiada para facilitar uma discussão com todos os atores públicos e privados, sobre qual é a assistência farmacêutica que temos e qual a assistência farmacêutica que queremos. 4
  • 5. OBJETIVO GERAL Analisar o estágio atual de implantação da política de medicamentos no País e, a partir de experiências internacionais, identificar ações orientadas à prestação de uma assistência farmacêutica universal, integral e de qualidade. Objetivos específicos 1. Conhecer os modelos de assistência farmacêutica bem sucedidos em outros países da América e Europa. 2. Apresentar o estágio atual de implantação da política de medicamentos. 3. Apresentar experiências bem-sucedidas de modelos de assistência farmacêutica municipal e estadual. 4. Identificar estratégias para avançar na consolidação de uma assistência farmacêutica integral no País, como parte da assistência à saúde. 5. Obter subsídios para a 1ª Conferência Nacional de Políticas de Medicamentos e Assistência Farmacêutica. DATA: 30 de setembro a 2 de outubro de 2002. LOCAL: OPAS/OMS. Setor Embaixadas Norte, Lote 19. Brasília/DF PROGRAMAÇÃO Dia 30/09 19h – 20h – Abertura: Mesa do Centenário da OPAS e homenagens § Dr. Jacobo Finkelman - representante da OPAS/OMS no Brasil. § Dr. Barjas Negri - Ministro da Saúde do Brasil. § Dr. Ginés Gonzáles Garcia - Ministro da Saúde da Argentina 20h – 21h - Conferência inaugural “A Assistência Farmacêutica como componente essencial da assistência à saúde”. § Coordenador: Dr. Gonzalo Vecina Neto – Diretor Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA/MS); § Conferencista: Dr. Ginés Gonzáles Garcia - Ministro da Saúde da Argentina. 21h – Lançamento oficial da Relação Nacional de Medicamentos (RENAME- 2002) § Dr. Barjas Negri - Ministro da Saúde do Brasil. 5
  • 6. 21:30h – Coquetel de abertura Dia 01/10/02 Manhã 8h30 – 10h30 - Mesa Redonda “As experiências internacionais em Assistência Farmacêutica” • Coordenador: Dr. Jacobo Finkelman - Representante da OPAS/OMS no Brasil. Expositores: • Dr Jim Smith - Chief Pharmacist in The Departament of Health in the United Kimdom (Reino Unido); • Dr. Erwin G. Friesen – Coordinator – Pharmacoeconomics Regional Pharmacy Services Capital Health, Edmonton, Alberta (Canadá); • Dr Victor Faife Péres - Dirección Nacional de Farmacia/MSP (Cuba); • Dr Miguel Angel Lezama - Jefe de Asesores del Secretario de Salud - Secretaria de Salud (México). 10h30 – Intervalo 11h -13h - Mesa Redonda “Acesso a medicamentos e assistência farmacêutica: O gestor federal e o controle social”. • Coordenadora: Dra. Nelly Marin Jaramillo - Coordenadora de Medicamentos e Tecnologias da OPAS/OMS - Brasil. Expositores: • Dr. Renilson R. de Souza - Secretaria de Assistência à Saúde/MS; • Dr. Fernando Ernesto Cardenas – Diretor do Departamento de Programas Estratégicos do Gabinete do Ministro da Saúde; • Dr. Carlos Alberto Pereira Gomes – Gerente Técnico de Assistência Farmacêutica/Secretaria de Políticas de Saúde/MS; • Dr. Mozart Abreu e Lima - Conselheiro do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Tarde 14h30 -16h30 – Mesa Redonda “Experiências em Assistência Farmacêutica estaduais e municipais”. • Coordenador: Dr. Cláudio Duarte da Fonseca - Secretário de Políticas de Saúde/MS. Expositores: • Dra. Harue Ohashi – Coordenadora de Assistência Farmacêutica do Estado de São Paulo • Dra. Lore Lamb - Coordenadora de Assistência Farmacêutica do Estado do Paraná 6
  • 7. • Dr. Orenzio Soler – Coordenador de Política de Medicamentos – Secretaria Municipal de Saúde de Belém (PA) • Dra. Vicencina Maria da Costa Val - Coordenadora de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (MG). 16h30 – Intervalo 17h - 18h - Debate. Dia 02/10 Manhã 8h30 -9h30 – Conferência “Os direitos de propriedade intelectual. Incentivo à investigação e ao desenvolvimento de novos produtos versus o impacto no acesso a medicamentos nos países em desenvolvimento”. • Coordenador: Dr. Jorge Z. Bermudez - Diretor da ENSP/FIOCRUZ; • Conferencista: Dr. Germán Velasquez, Coordenador do Programa de Ação de Medicamentos Essenciais da OMS. 9h30 - 10h10 – Debate 10h10 –10h30 – Intervalo 10h30 – 12: 30h - Mesa Redonda “Os desafios da regulação, a investigação e o desenvolvimento tecnológico no setor quimio-farmacêutico”. • Coordenador: Dr. Mozart Abreu e Lima - Conselheiro do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Expositores • Dr. James Love - Director Consumer Project on Technology (CPPTECH); • Sr. Nelson Brasil de Oliveira – Presidente da Associação Brasileira de Química Fina (ABIFINA); • Dr. Nivaldo Pavan – Representante da Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica (ABIQUIF); • Sr. Ciro Mortella – Presidente da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (FEBRAFARMA); • Dr Gonzalo Vecina Neto - Diretor Presidente da ANVISA. 12:30 – 13h – Debate 13h – Encerramento • Dr. Cláudio Duarte da Fonseca - Secretário de Políticas de Saúde/MS. • Dr. Gonzalo Vecina Neto - Diretor Presidente da ANVISA. 13h30 – Almoço de Confraternização 7
  • 8. COMISSÃO ORGANIZADORA Dr. Jacobo Finkelman - Representante OPAS/OMS no Brasil Dr. Gonzalo Vecina Neto - Diretor-Presidente da ANVISA Dr. Cláudio Duarte da Fonseca- Secretário de Políticas de Saúde do MS Dr. Jorge Bermudez - Diretor da ENSP/FIOCRUZ. COMISSÃO TÉCNICA Dr. Gonzalo Vecina Neto – Diretor Presidente da ANVISA Dra. Nelly Marin Jaramillo - Coordenadora de Medicamentos e Tecnologias OPAS/OMS no Brasil Dr. Carlos Alberto Pereira Gomes - Gerente Técnico de Assistência Farmacêutica/SPS/MS Dra. Maria Auxiliadora Oliveira - Coordenadora Adjunta NAF/ENSP/FIOCRUZ COMISSÃO RELATORA Dr. Geraldo Lucchese - Assessor Parlamentar da Câmara dos Deputados Dr. Josiano Gomes Chaves - Assessor Técnico da GTAF/DAB/SPS/MS Dra. Adriana Mitsue Ivama - Profissional Nacional da Coordenação de Medicamentos e Tecnologias da OPAS/OMS - Brasil Dr. Nery Cunha Vital - Gerente de Validação de Processos da ANVISA Dra. Vera Lúcia Luiza - Pesquisadora do Núcleo de Assistência Farmacêutica - NAF/ENSP/FIOCRUZ 8