O documento discute as desigualdades regionais no Brasil e como o desenvolvimento do Nordeste está subordinado ao Centro-Sul. A industrialização do Nordeste integrada à do Centro-Sul concentra renda na região e favorece padrões de consumo das classes mais altas em detrimento das necessidades básicas da população. Isso mantém o Nordeste em situação de dependência e pobreza.
TEC 2009 12 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de dezembro de 2009
Este documento presenta un resumen y análisis de cuatro experiencias de microcrédito a nivel municipal en América Latina: el Centro de Apoyo a la Microempresa (CAM) en Buenos Aires, Argentina; Blusol en Blumenau, Brasil; el Fondo para el Desarrollo Social de la Ciudad de México (FONDESO) en la Ciudad de México, México; y una comparación de estos modelos. Cada caso describe el contexto socioeconómico, las políticas de desarrollo local, y analiza los servicios y desemp
Este documento lista as publicações de vários alunos. Inclui artigos em revistas, capítulos de livros, apresentações em conferências sobre temas como economia, finanças públicas, saúde pública e educação.
O documento descreve os principais conceitos e indicadores para avaliar o desempenho do mercado de trabalho brasileiro entre 1992 e 2004. Ele explica que o mercado de trabalho brasileiro difere dos países desenvolvidos devido à existência de um grande setor informal e discute três determinantes do desempenho do mercado: instituições, condições macroeconômicas e qualidade/quantidade da força de trabalho.
O documento apresenta os resultados de uma pesquisa nacional sobre a opinião dos brasileiros em relação à saúde e ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os principais problemas percebidos são a falta de médicos e de leitos hospitalares. Há avaliações positivas dos programas de agentes comunitários e saúde da família, mas insatisfação com os tempos de espera por consultas e exames. A maioria conhece e apoia os princípios do SUS, porém há descontentamento com a qualidade dos atendimentos e
1) O sistema previdenciário brasileiro enfrenta graves desequilíbrios financeiros que limitam a capacidade de investimento do Estado e exigem elevada carga tributária.
2) A reforma do sistema é necessária para corrigir distorções, dotando-o de vigor financeiro e atuarial que permita sua sustentabilidade a longo prazo.
3) O livro apresenta análises sobre dinâmica demográfica, experiências internacionais e fatores que justificam a reforma, visando orientar o debate sobre o tema.
O documento discute as mudanças no mercado de trabalho brasileiro devido à abertura econômica e incorporação de novas tecnologias. Os serviços e comércio foram os principais geradores de novos empregos formais nas últimas décadas, enquanto a agricultura tem poucos empregos formais. Empresas exportadoras e inovadoras tendem a demandar trabalhadores mais qualificados.
1. O documento propõe simplificar as relações econômicas entre o governo e o setor privado no Brasil, através da reforma tributária, previdenciária e burocrática.
2. Na tributação, propõe fundir os atuais impostos indiretos em um único Imposto sobre Consumo de 12%, e fundir os impostos de renda em um único Imposto de Renda de 17%.
3. Na previdência, propõe manter os atuais beneficiários e criar uma renda básica para idosos financiada
TEC 2009 12 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
Publicação eletrônica “Tempo em Curso: boletim mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho brasileiro” (ISSN: 2177-3955) do LAESER - edição de dezembro de 2009
Este documento presenta un resumen y análisis de cuatro experiencias de microcrédito a nivel municipal en América Latina: el Centro de Apoyo a la Microempresa (CAM) en Buenos Aires, Argentina; Blusol en Blumenau, Brasil; el Fondo para el Desarrollo Social de la Ciudad de México (FONDESO) en la Ciudad de México, México; y una comparación de estos modelos. Cada caso describe el contexto socioeconómico, las políticas de desarrollo local, y analiza los servicios y desemp
Este documento lista as publicações de vários alunos. Inclui artigos em revistas, capítulos de livros, apresentações em conferências sobre temas como economia, finanças públicas, saúde pública e educação.
O documento descreve os principais conceitos e indicadores para avaliar o desempenho do mercado de trabalho brasileiro entre 1992 e 2004. Ele explica que o mercado de trabalho brasileiro difere dos países desenvolvidos devido à existência de um grande setor informal e discute três determinantes do desempenho do mercado: instituições, condições macroeconômicas e qualidade/quantidade da força de trabalho.
O documento apresenta os resultados de uma pesquisa nacional sobre a opinião dos brasileiros em relação à saúde e ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os principais problemas percebidos são a falta de médicos e de leitos hospitalares. Há avaliações positivas dos programas de agentes comunitários e saúde da família, mas insatisfação com os tempos de espera por consultas e exames. A maioria conhece e apoia os princípios do SUS, porém há descontentamento com a qualidade dos atendimentos e
1) O sistema previdenciário brasileiro enfrenta graves desequilíbrios financeiros que limitam a capacidade de investimento do Estado e exigem elevada carga tributária.
2) A reforma do sistema é necessária para corrigir distorções, dotando-o de vigor financeiro e atuarial que permita sua sustentabilidade a longo prazo.
3) O livro apresenta análises sobre dinâmica demográfica, experiências internacionais e fatores que justificam a reforma, visando orientar o debate sobre o tema.
O documento discute as mudanças no mercado de trabalho brasileiro devido à abertura econômica e incorporação de novas tecnologias. Os serviços e comércio foram os principais geradores de novos empregos formais nas últimas décadas, enquanto a agricultura tem poucos empregos formais. Empresas exportadoras e inovadoras tendem a demandar trabalhadores mais qualificados.
1. O documento propõe simplificar as relações econômicas entre o governo e o setor privado no Brasil, através da reforma tributária, previdenciária e burocrática.
2. Na tributação, propõe fundir os atuais impostos indiretos em um único Imposto sobre Consumo de 12%, e fundir os impostos de renda em um único Imposto de Renda de 17%.
3. Na previdência, propõe manter os atuais beneficiários e criar uma renda básica para idosos financiada
1) O documento apresenta um resumo histórico das políticas públicas de emprego, trabalho e renda no Brasil desde a década de 1960.
2) As primeiras políticas surgiram nessa época para lidar com o crescimento populacional e urbano, mas eram incipientes e descoordenadas.
3) Programas como FGTS, PIS/Pasep e Sine foram criados nas décadas seguintes, mas tiveram pouco impacto devido à falta de financiamento e integração.
1) O artigo analisa a evolução do salário mínimo no Brasil após 1994 e mostra que teve um aumento real acumulado de mais de 100% até 2007, avançando na escala de rendimentos.
2) Argumenta que a política de aumentos reais do salário mínimo vem perdendo eficácia como mecanismo de combate à pobreza extrema, à medida que seu valor alcança parcela cada vez maior da população.
3) Defende que os recursos públicos sejam concentrados em políticas mais bem focalizadas e
O documento apresenta uma introdução sobre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no Brasil e discute como o mercado de trabalho evoluiu rapidamente nas últimas décadas com a globalização e sociedade do conhecimento, trazendo novos desafios. O texto também resume que o documento contém oito capítulos analisando as conexões entre o mercado de trabalho e varios fatores macroeconômicos, demográficos, educacionais e tecnológicos, com o objetivo de fomentar o debate sobre como melhor
O artigo discute os principais programas de transferência de renda no Brasil, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família. Apresenta suas características, público-alvo, debates sobre focalização e custos, e contra-argumentos às críticas sobre incentivos ao trabalho e contribuições previdenciárias. Conclui que os programas cumprem seu papel de reduzir a pobreza e desigualdade de forma sustentável e compatível com as finanças públicas.
1) O Brasil busca o desenvolvimento econômico e a redução das desigualdades sociais desde a Independência, tendo alcançado progressos significativos principalmente no período Vargas, porém sem resolver os problemas estruturais.
2) A partir da década de 1980, o país enfrentou uma crise de balanço de pagamentos e viu suas taxas de crescimento declinarem, enquanto a capacidade de planejamento estratégico do Estado foi enfraquecida.
3) Atualmente, o Brasil precisa reconstru
1) A educação é vista como capital humano que aumenta a produtividade e renda dos indivíduos. Estudos mostram altos retornos dos investimentos em educação no Brasil.
2) No entanto, persistem debates sobre a relação entre educação e crescimento econômico de um país. Embora educação seja necessária, fatores como crises políticas podem impedir o crescimento mesmo em nações com boa educação.
3) A educação brasileira melhorou nas últimas décadas, mas desigualdades educacionais permanecem um des
1. O documento analisa o crescimento econômico do Brasil entre 2004-2005, destacando o forte crescimento do PIB em 2004 impulsionado pela baixa utilização da capacidade industrial, e a desaceleração em 2005.
2. Fatores como a queda dos juros e desvalorização cambial estimularam o crescimento em 2004, porém a elevação dos juros a partir de 2004 e esgotamento da capacidade ocia interromperam o ritmo em 2005.
3. Apesar das oscilações, houve avanços no emprego
1) O documento discute a seguridade social no Brasil e como ela fornece apoio aos cidadãos que não podem se sustentar por meios próprios. 2) A seguridade social evoluiu ao longo do tempo em resposta aos desafios sociais trazidos pela revolução industrial. 3) Mais recentemente, as reformas da década de 1990 buscaram conter gastos e ampliar o papel do mercado, com variações entre países.
O documento discute as tendências e perspectivas da oferta de força de trabalho brasileira entre 2000-2030. Apresenta um cenário prospectivo para a população em idade ativa e oferta de trabalho no período, considerando elementos como fecundidade, mortalidade e migração. Também analisa mudanças na composição populacional por idade, sexo e localidade, assim como as tendências demográficas da população em idade ativa e os movimentos da oferta de trabalho.
Este documento discute como as instituições trabalhistas afetam o desempenho do mercado de trabalho no Brasil. Primeiro, apresenta três determinantes do mercado de trabalho: instituições, condições macroeconômicas e qualidade/quantidade da força de trabalho. Em seguida, analisa como as instituições trabalhistas brasileiras, como salário mínimo e proteção do emprego, podem não ser compatíveis com o aumento de empregos e redução da informalidade. Isso requer ajustes institucionais para maior flexibilidade e proteção
1) O documento discute o período do governo Figueiredo no Brasil e as concessões feitas pelo regime militar à época, incluindo anistia a presos políticos e promessas de abertura democrática.
2) Analisa três áreas críticas que o governo Figueiredo teve que lidar: relacionamento com instituições da sociedade civil, questão dos partidos políticos, e questão social.
3) Comenta que o governo adotou uma política variável nessas áreas, ora fazendo concessões ora repri
O documento descreve como o filme "Os Anos JK" constrói uma imagem positiva de Juscelino Kubitschek através de três mecanismos: 1) criando uma continuidade histórica entre JK e figuras como Getúlio Vargas; 2) organizando a história em ecos positivos e negativos; 3) estabelecendo paralelos entre eventos positivos sob JK e negativos na ditadura militar.
O documento discute o desafio representado pela emergência da China para a indústria na América Latina. A região sempre viu a industrialização como chave para o desenvolvimento, embora sua capacidade de competir globalmente em manufaturados já tenha sido questionada antes. A China, com sua oferta ilimitada de mão-de-obra barata e crescente produtividade, leva esse desafio a novos patamares, colocando em dúvida o futuro da indústria na América Latina.
The document discusses the history and purpose of the CMPF, Brazil's Contribution on Financial Transactions. It began as the IOF in 1993 and was replaced by the CMPF in 1997 through constitutional amendments. The CMPF rate has fluctuated between 0.2-0.38% and revenues are allocated to health, social security, and poverty reduction. Total original and inflation-adjusted collections from the IOF and CMPF exceed R$284 billion.
O documento apresenta dados sobre a demanda e o perfil dos trabalhadores formais no Brasil em 2007. A demanda por trabalhadores qualificados é maior na indústria, enquanto há um excesso de trabalhadores sem qualificação, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste. Os setores com maior carência de mão-de-obra qualificada são a indústria e a construção civil, enquanto os demais setores, como serviços e comércio, têm um excedente de trabalhadores qualificados disponíveis.
1. O documento analisa os possíveis determinantes do "milagre econômico brasileiro" entre 1968-1973, período de altas taxas de crescimento do PIB.
2. Usando regressões de painel, o estudo quantifica a importância do ambiente externo favorável, das variáveis de política econômica e das reformas institucionais de 1964-1966.
3. Os resultados indicam que o ambiente externo e as políticas econômicas explicam apenas uma pequena parte da aceleração do crescimento entre 1962-1967 e 1968-
Este documento resume las deliberaciones de un seminario sobre la búsqueda de la calidad periodística y la transformación del periodismo profesional, organizado por la CAF y la Fundación del Nuevo Periodismo Iberoamericano en Monterrey, México en agosto de 2004. El seminario contó con la participación de editores y periodistas de América Latina y trató temas como las demandas éticas y sociales hacia los medios, los nuevos géneros periodísticos en la era digital, y el reto del poder político para la calidad del periodismo en
Este manual fornece orientações sobre redação para jornalistas e comunicadores da Câmara dos Deputados. Ele aborda tópicos como comunicação pública, estilo para rádio e TV, gramática e terminologia legislativa. O manual tem o objetivo de padronizar as comunicações da Câmara e fornecer diretrizes para a produção de conteúdo claro, preciso e fidedigno.
1) O documento apresenta um balanço das políticas sociais brasileiras entre 1995 e 2005, discutindo a evolução do sistema de proteção social e do gasto público nesta área.
2) As políticas sociais viveram um embate entre quem reconhece seus avanços desde a Constituição de 1988 e quem atribui a elas problemas econômicos do país.
3) O período em questão foi marcado por desestabilização econômica, com consequências incertas para o desenvolvimento social sustentado.
1) O documento apresenta indicadores sociais sobre a população brasileira em 2007, abordando tópicos como demografia, educação, domicílios e famílias.
2) Inclui dados sobre taxa de analfabetismo, frequência escolar, condições dos domicílios e acesso a serviços.
3) O estudo é produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contém 19 tabelas com estatísticas sobre a situação social no Brasil.
1) O documento apresenta um resumo histórico das políticas públicas de emprego, trabalho e renda no Brasil desde a década de 1960.
2) As primeiras políticas surgiram nessa época para lidar com o crescimento populacional e urbano, mas eram incipientes e descoordenadas.
3) Programas como FGTS, PIS/Pasep e Sine foram criados nas décadas seguintes, mas tiveram pouco impacto devido à falta de financiamento e integração.
1) O artigo analisa a evolução do salário mínimo no Brasil após 1994 e mostra que teve um aumento real acumulado de mais de 100% até 2007, avançando na escala de rendimentos.
2) Argumenta que a política de aumentos reais do salário mínimo vem perdendo eficácia como mecanismo de combate à pobreza extrema, à medida que seu valor alcança parcela cada vez maior da população.
3) Defende que os recursos públicos sejam concentrados em políticas mais bem focalizadas e
O documento apresenta uma introdução sobre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no Brasil e discute como o mercado de trabalho evoluiu rapidamente nas últimas décadas com a globalização e sociedade do conhecimento, trazendo novos desafios. O texto também resume que o documento contém oito capítulos analisando as conexões entre o mercado de trabalho e varios fatores macroeconômicos, demográficos, educacionais e tecnológicos, com o objetivo de fomentar o debate sobre como melhor
O artigo discute os principais programas de transferência de renda no Brasil, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família. Apresenta suas características, público-alvo, debates sobre focalização e custos, e contra-argumentos às críticas sobre incentivos ao trabalho e contribuições previdenciárias. Conclui que os programas cumprem seu papel de reduzir a pobreza e desigualdade de forma sustentável e compatível com as finanças públicas.
1) O Brasil busca o desenvolvimento econômico e a redução das desigualdades sociais desde a Independência, tendo alcançado progressos significativos principalmente no período Vargas, porém sem resolver os problemas estruturais.
2) A partir da década de 1980, o país enfrentou uma crise de balanço de pagamentos e viu suas taxas de crescimento declinarem, enquanto a capacidade de planejamento estratégico do Estado foi enfraquecida.
3) Atualmente, o Brasil precisa reconstru
1) A educação é vista como capital humano que aumenta a produtividade e renda dos indivíduos. Estudos mostram altos retornos dos investimentos em educação no Brasil.
2) No entanto, persistem debates sobre a relação entre educação e crescimento econômico de um país. Embora educação seja necessária, fatores como crises políticas podem impedir o crescimento mesmo em nações com boa educação.
3) A educação brasileira melhorou nas últimas décadas, mas desigualdades educacionais permanecem um des
1. O documento analisa o crescimento econômico do Brasil entre 2004-2005, destacando o forte crescimento do PIB em 2004 impulsionado pela baixa utilização da capacidade industrial, e a desaceleração em 2005.
2. Fatores como a queda dos juros e desvalorização cambial estimularam o crescimento em 2004, porém a elevação dos juros a partir de 2004 e esgotamento da capacidade ocia interromperam o ritmo em 2005.
3. Apesar das oscilações, houve avanços no emprego
1) O documento discute a seguridade social no Brasil e como ela fornece apoio aos cidadãos que não podem se sustentar por meios próprios. 2) A seguridade social evoluiu ao longo do tempo em resposta aos desafios sociais trazidos pela revolução industrial. 3) Mais recentemente, as reformas da década de 1990 buscaram conter gastos e ampliar o papel do mercado, com variações entre países.
O documento discute as tendências e perspectivas da oferta de força de trabalho brasileira entre 2000-2030. Apresenta um cenário prospectivo para a população em idade ativa e oferta de trabalho no período, considerando elementos como fecundidade, mortalidade e migração. Também analisa mudanças na composição populacional por idade, sexo e localidade, assim como as tendências demográficas da população em idade ativa e os movimentos da oferta de trabalho.
Este documento discute como as instituições trabalhistas afetam o desempenho do mercado de trabalho no Brasil. Primeiro, apresenta três determinantes do mercado de trabalho: instituições, condições macroeconômicas e qualidade/quantidade da força de trabalho. Em seguida, analisa como as instituições trabalhistas brasileiras, como salário mínimo e proteção do emprego, podem não ser compatíveis com o aumento de empregos e redução da informalidade. Isso requer ajustes institucionais para maior flexibilidade e proteção
1) O documento discute o período do governo Figueiredo no Brasil e as concessões feitas pelo regime militar à época, incluindo anistia a presos políticos e promessas de abertura democrática.
2) Analisa três áreas críticas que o governo Figueiredo teve que lidar: relacionamento com instituições da sociedade civil, questão dos partidos políticos, e questão social.
3) Comenta que o governo adotou uma política variável nessas áreas, ora fazendo concessões ora repri
O documento descreve como o filme "Os Anos JK" constrói uma imagem positiva de Juscelino Kubitschek através de três mecanismos: 1) criando uma continuidade histórica entre JK e figuras como Getúlio Vargas; 2) organizando a história em ecos positivos e negativos; 3) estabelecendo paralelos entre eventos positivos sob JK e negativos na ditadura militar.
O documento discute o desafio representado pela emergência da China para a indústria na América Latina. A região sempre viu a industrialização como chave para o desenvolvimento, embora sua capacidade de competir globalmente em manufaturados já tenha sido questionada antes. A China, com sua oferta ilimitada de mão-de-obra barata e crescente produtividade, leva esse desafio a novos patamares, colocando em dúvida o futuro da indústria na América Latina.
The document discusses the history and purpose of the CMPF, Brazil's Contribution on Financial Transactions. It began as the IOF in 1993 and was replaced by the CMPF in 1997 through constitutional amendments. The CMPF rate has fluctuated between 0.2-0.38% and revenues are allocated to health, social security, and poverty reduction. Total original and inflation-adjusted collections from the IOF and CMPF exceed R$284 billion.
O documento apresenta dados sobre a demanda e o perfil dos trabalhadores formais no Brasil em 2007. A demanda por trabalhadores qualificados é maior na indústria, enquanto há um excesso de trabalhadores sem qualificação, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste. Os setores com maior carência de mão-de-obra qualificada são a indústria e a construção civil, enquanto os demais setores, como serviços e comércio, têm um excedente de trabalhadores qualificados disponíveis.
1. O documento analisa os possíveis determinantes do "milagre econômico brasileiro" entre 1968-1973, período de altas taxas de crescimento do PIB.
2. Usando regressões de painel, o estudo quantifica a importância do ambiente externo favorável, das variáveis de política econômica e das reformas institucionais de 1964-1966.
3. Os resultados indicam que o ambiente externo e as políticas econômicas explicam apenas uma pequena parte da aceleração do crescimento entre 1962-1967 e 1968-
Este documento resume las deliberaciones de un seminario sobre la búsqueda de la calidad periodística y la transformación del periodismo profesional, organizado por la CAF y la Fundación del Nuevo Periodismo Iberoamericano en Monterrey, México en agosto de 2004. El seminario contó con la participación de editores y periodistas de América Latina y trató temas como las demandas éticas y sociales hacia los medios, los nuevos géneros periodísticos en la era digital, y el reto del poder político para la calidad del periodismo en
Este manual fornece orientações sobre redação para jornalistas e comunicadores da Câmara dos Deputados. Ele aborda tópicos como comunicação pública, estilo para rádio e TV, gramática e terminologia legislativa. O manual tem o objetivo de padronizar as comunicações da Câmara e fornecer diretrizes para a produção de conteúdo claro, preciso e fidedigno.
1) O documento apresenta um balanço das políticas sociais brasileiras entre 1995 e 2005, discutindo a evolução do sistema de proteção social e do gasto público nesta área.
2) As políticas sociais viveram um embate entre quem reconhece seus avanços desde a Constituição de 1988 e quem atribui a elas problemas econômicos do país.
3) O período em questão foi marcado por desestabilização econômica, com consequências incertas para o desenvolvimento social sustentado.
1) O documento apresenta indicadores sociais sobre a população brasileira em 2007, abordando tópicos como demografia, educação, domicílios e famílias.
2) Inclui dados sobre taxa de analfabetismo, frequência escolar, condições dos domicílios e acesso a serviços.
3) O estudo é produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contém 19 tabelas com estatísticas sobre a situação social no Brasil.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
Politica Des Nordeste Celso Furtado
1.
2. mais perversos do desenvolvimento de-
pendente aqui se apresentem agravados;
na região mais pobre do País é maior a
O significado real proporção de pessoas relegadas à condição
de miséria.
do Nordeste no atual Por que é tão lenta a ascensão social das
populações de origem africana entre nós
quadro do País — o que pressagia para o futuro deste
País problemas raciais que poderão ser
tanto mais graves quanto nos habituamos
a suprimi-los de nosso horizonte de refle-
Não é possível entender nem o xões? Simplesmente porque as popula-
Nordeste nem o Brasil sem levar ções de origem africana são proporcional-
em conta que o primeiro sintetiza mente mais numerosas nas regiões em
as contradições do segundo, em que se acumula o atraso relativo.
grau elevadamente dramático. É Por que é tão lento o nosso desenvolvi-
esse o panorama que o Autor mento social, a despeito do forte processo
de acumulação e da relativa mobilidade
traça nesta primeira parte do que caracteriza nossa sociedade? Porque
presente artigo. os fluxos migratórios que se originam nas
áreas de atraso relativo operam no sentido
Nordeste não é um simples de frear, ou paralisar, os movimentos so-
problema regional e tam- ciais reivindicatórios nas regiões em que a
pouco um problema nacio- produtividade cresce fortemente.
nal entre outros, cuja abor- Queiramos ou não, os grandes proble-
dagem pudesse ser deixada mas do Brasil somente podem ser diag-
nosticados se se tem do País uma visão
para amanhã, como se a solução dos demais
que leve em conta a fratura fundamental
pudesse avançar enquanto a desse espera. dessa desigualdade regional. Portanto,
O Nordeste é, na verdade, a face do Brasil uma política adequada para o Nordeste
em que transparece com brutal nitidez o significa renunciar à ilusão de que essa re-
sofrimento de seu povo. Aí se mostram sem gião é tão-somente um apêndice, algo
disfarces as malformações maiores de que pode ser relegado a segundo plano,
nosso desenvolvimento. Se não existe que pode esperar um amanhã incerto em
política adequada para o Nordeste, pode-se que quot;o bolo a distribuirquot; seja maior.
dar por certo que os problemas maiores do Pensar que o Nordeste é um problema
País se estão agravando, que nos iludimos entre outros não significa apenas renun-
com miragens quando pensamos legar aos ciar a entender o nosso País; também sig-
nossos filhos uma sociedade mais justa e um nifica condenar uma enorme massa de
país menos dependente. população — que não dispõe de autono-
Com efeito: se continuamos a negli- mia para decidir do próprio destino — à
genciar o fundamental, dificilmente po- frustração e à miséria. Não esqueçamos
derá o Brasil superar o subdesenvolvimen- que aí se reproduz o estilo de desenvolvi-
to, vale dizer, assumir formas superiores mento que prevalece no Centro-Sul do
de organização social em que o conjunto País, caracterizado por elevados padrões
da coletividade se beneficie dos frutos do de consumo das classes de rendas médias
próprio trabalho. Os problemas mais difí- e altas. Sendo a renda por habitante muito
ceis que nos afligem na fase atual, quan- mais baixa na região, a reprodução desses
do completamos um século de esforços padrões de consumo requer maior
pelos caminhos da industrialização, refle- concentração de renda, o que implica em
tem de uma ou de outra forma essa racha- condenar a grande maioria da população
dura criada pelas dessimetrias entre as à condição de pobreza e miséria.
duas regiões que são as matrizes de nossa Concentração de renda é eufemismo que
nacionalidade. usamos para não falar em concentração
Assinalemos alguns pontos. Por que a dos gastos de consumo. Se o estilo de
renda no Brasil aparece como sendo mais desenvolvimento é o mesmo, na região
concentrada do que em qualquer outro onde a penúria é maior também relativa-
país de nível de produtividade similar ao mente maior é o desperdício, a margem
nosso? Simplesmente porque as dispari- de gastos supérfluos ou suntuários.
dades regionais fazem que os aspectos E não se trata apenas de consumo pri-
DEZEMBRO DE 1981
3. UMA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PARA O NORDESTE
vado. A coletividade também deve arcar no em face das exigências da tecnologia
com formidáveis investimentos infra-es- moderna — na região do Nordeste são
truturais destinados a assegurar esses pa- contornados graças à integração industrial
drões de consumo. Sem embargo de sua com o Centro-Sul.
pobreza, o Nordeste instalou-se na civili-
zação do automóvel, à qual corresponde A autonomia perdida
um estilo de urbanização que por si só ab-
sorve ingente esforço de investimento im-. Em fase anterior do processo de indus-
produtivo. Como pode uma região de trialização de nosso País, a dependência
baixo nível de renda modernizar-se — na do Nordeste com respeito ao Centro-Sul
escala e com a rapidez do ocorrido no manifestava-se principalmente sob a for-
Nordeste nos últimos dois decênios — ma de um saldo positivo nas relações co-
sem esterilizar, em bens duráveis de con- merciais da região com o Exterior, saldo
sumo (com seu suporte infra-estrutural), que era despendido no Centro-Sul a um
grande parte dos magros recursos de que nível de preços relativos tanto mais alto
dispõe para satisfazer as necessidades bá- quanto maior era a proteção que rece-
sicas de seu povo? Ora, a rapidez desse biam as indústrias que então se instala-
processo de modernização não se explica vam no País. Ademais, parte dos capitais
sem ter em conta a integração econômica que se formavam no Nordeste eram dre-
da região com o Centro-Sul do País, que nados para o Centro-Sul, onde as oportu-
já alcançou um grau de acumulação bem nidades de investimento se afiguravam
mais alto e onde veio a prevalecer um esti- mais interessantes. A economia nordesti-
lo de desenvolvimento baseado na con- na comportava-se como um subsistema
centração da renda e na exacerbação do cuja dependência era essencialmente co-
consumo de bens duráveis. mercial; o seu sistema produtivo operava
Dependesse o Nordeste do desenvolvi- com certo grau de autonomia.
mento da própria produção industrial e A forma assumida pela industrialização
de importações do Exterior para abastecer recente, ao favorecer certo tipo de inte-
o mercado local, tudo leva a crer que o gração com o Centro-Sul — as indústrias
processo de modernização teria sido mui- modernas do Nordeste produzem insu-
to mais lento. A civilização do automóvel mos para as do Centro-Sul e destas rece-
e da televisão em cores aí não teria conhe- bem equipamentos e outros insumos —,
cido a explosão que conduziu ao quadro apagou progressivamente a referida auto-
atual de extrema polarização social. A en- nomia. Sempre existe um certo grau de
trada líquida de recursos, que aparece na dependência comercial, pois a região con-
contabilidade social da região, tem como tinua a manter um saldo positivo com o
contrapartida um elevado nível de inves- Exterior e, além disso, os produtos indus-
timentos estéreis destinados a modelar o triais do Centro-Sul são subsidiados
mercado regional às exigências da estrutu- quando exportados para o Exterior mas
ra industrial do Centro-Sul, na qual pre- não quando o são para o Nordeste. Con-
dominam as indústrias de bens duráveis tudo, este já não é o problema principal.
de consumo. Somente assim se explica a Mesmo que se admita que a produção
baixa relação produto-capital, ou seja, o industrial do Centro-Sul seja competitiva
baixo rendimento médio dos investimen- internacionalmente e que a drenagem de
tos que aí se realizam. recursos financeiros para fora da região já
As relações estruturais que vieram a não tenha expressão (o sistema fiscal pode
prevalecer fazem que a industrialização operar como vetor de recursos compensa-
nordestina seja, no essencial, uma prolon- tórios), a dependência permance de for-
gação do desenvolvimento industrial do ma insidiosa. Com efeito, ao transformar-
Centro-Sul, e só secundariamente uma se num espaço em que se localizam ativi-
resposta aos requerimentos da população dades industriais complementares da eco-
local. Por outro lado, a oferta no mercado nomia do Centro-Sul, o mercado de bens
local, alimentada pela indústria do Cen- de consumo nordestino teve de adaptar-se
tro-Sul, alcança um elevado grau de sofis- à estrutura da oferta de produtos indus-
ticação, comparativamente ao nível mé- triais que se origina na região de maior
dio de renda da população. Os obstáculos desenvolvimento relativo. A nova depen-
que em outras partes do mundo limitam dência reside exatamente na subordina-
o processo de modernização — e que se ção à lógica de uma industrialização que
originam na balança de pagamentos e na abarca o conjunto do País e é comandada
insuficiente dimensão do mercado inter- do Centro-Sul, transformando-se o Nor-
NOVOS ESTUDOS N.° 1
4. deste em simples apêndice de um merca- última aparecem ampliadas na região
do dominado por uma clientela de nível mais pobre. O excedente a que a indus-
de renda mais alto e onde se exacerbam as trialização dá origem no Nordeste finan-
tendências consumistas. cia uma modernização dos padrões de
A concentração de renda dentro da consumo de uma minoria privilegiada.
própria região a que deu origem essa for- Ademais, a integração das estruturas
ma de dependência tem projeções no se- industriais gera pressões no sentido de
tor agropecuário, o qual permanece pra- equiparar os salários dos quadros técnicos
ticamente fora do processo de integração e administrativos com os do Centro-Sul,
nacional. Assim, a demanda de produtos não só nas empresas em que é efetivo o
da pecuária é favorecida pela concentra- aumento de produtividade mas também
ção da renda; a necessidade de mobilizar no setor público e no terciário em geral.
recursos para responder com oferta inter- Como os setores dinâmicos da demanda
na repercute negativamente no setor agrí- são os que se ligam aos grupos de rendas
cola produtor de alimentos de consumo médias e altas, as atividades produtivas
geral. Em conseqüência, a capitalização com eles integradas absorvem o essencial
no agro, sob a forma de modernização da do investimento privado local. Desem-
infra-estrutura e de investimentos para a prego e miséria se espraiam em torno a
satisfação dos setores mais dinâmicos da pequenas ilhas do espaço social em que
demanda, repercute negativamente no uma minoria se empenha em ascender a
emprego rural. A população se desloca formas cada vez mais sofisticadas de con-
para as zonas urbanas sem maiores pers- sumo.
pectivas de melhoria das condições de vi- Em face da escassez de emprego na re-
da, pois a industrialização integrada com gião mantém-se a corrente migratória,
a do Centro-Sul tampouco favorece a cria- principalmente na direção dos grandes
ção de emprego. centros urbanos do Centro-Sul, nos quais
se definiu uma estrutura social que com-
O setor agropecuário porta todo um estrato inferior de nordes-
tinos, subsistema cultural em parte sub-
O setor agrícola produtor de alimentos merso e com precária proteção social. A
para a massa da população tende a acu- hipótese de intensificação desse fluxo mi-
mular atraso, declinando sua produtivi- gratório, que não seria solução para o
dade tanto com respeito ao setor indus- Nordeste, aumentaria a pressão no merca-
trial como relativamente à agricultura de do de trabalho do Centro-Sul, onde os sa-
lários reais tenderiam a crescer ainda mais
exportação e à pecuária. Se se compara o
lentamente e os problemas sociais não po-
Nordeste com o Centro-Sul vê-se que o deriam deixar de agravar-se. Basta obser-
diferencial nos níveis de produtividade var a insuficiência das infra-estruturas ur-
tende a reduzir-se no setor industrial e a banas e a massa de menores abandonados
aumentar na agricultura ligada ao merca- para convencer-se de que nos subúrbios
do interno, particularmente na produção das grandes cidades do Centro-Sul não
de gêneros alimentícios de consumo ge- existe solução para os problemas que afli-
ral. Assim, a reprodução da população gem as massas destituídas do Nordeste.
continua a realizar-se independentemente
do processo de integração industrial com Medidas tímidas não resolvem
o Centro-Sul. Mais precisamente: essa
integração, ao intensificar a concentração Uma situação como a que vimos de es-
da renda, reforça as formas tradicionais de boçar em seus traços mais característicos
dominação social que prevalecem nas dificilmente poderá ser modificada com
zonas rurais. medidas homeopáticas ou tímidas. O
Em síntese, o quadro estrutural das re- problema é similar, e possivelmente mais
lações inter-regionais que emergiu da in- complexo, ao com que se confronta hoje
dustrialização recente opera no sentido de em dia a humanidade, dividida entre paí-
aprofundar a dependência do Nordeste ses ricos e pobres num processo de difícil
(1): o mercado da região é cada vez mais reversibilidade.
um complemento do mercado do Centro- É quase unânime a opinião de que, na
Sul e os investimentos industriais que aí ausência de uma ação internacional deli-
se realizam subordinam-se à lógica da berada e vigorosa, que se desdobre em vá-
economia do Centro-Sul; destarte, as rios planos visando a modificar a estrutura
malformações do desenvolvimento desta do sistema global, tenderão a prevalecer
DEZEMBRO DE 1981
5. UMA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PARA O NORDESTE,
as forças que agravam a polarização atual. grandes massas de população; no Centro-
Se sobram razões para que nas instâncias Sul freia-se o progresso social e cresce a
mais altas haja crescente preocupação com marginalidade urbana.
o problema das desigualdades em escala Se hoje se discute amplamente a ordem
mundial e da ampliação de cinturão de econômica internacional é porque os po-
pobreza em torno aos países ricos, como vos em torno de cujas economias se estru-
admirar-se de que entre nós se denuncie a
turou o sistema de divisão internacional
existência de problema idêntico em âmbi-
to nacional? Certo: no caso do Brasil não do trabalho sentem o seu futuro ameaça-
se trata apenas de uma divisão entre be- do. Felizmente, no nosso caso, algo mais
neficiários e vítimas de um intercâmbio do que medo pode induzir-nos à ação,
desigual, fundado em uma visão dicotô- pois existem bases objetivas de autêntica
mica do valor do trabalho humano. A fra- solidariedade entre forças sociais que no
tura que nos alquebra tem projeções ne- Nordeste e no Centro-Sul lutem para que
gativas num como no outro lado do País. o desenvolvimento beneficie efetivamente
No Nordeste perpetua-se a miséria de a grande maioria da população do País.
As diretrizes para Ator político ativo
uma nova política de Esses três planos de ação se reforçam e
base objetiva completam. Comecemos pelo segundo,
que é, certamente, o de mais difícil reali-
zação. O objetivo central, nesse caso, seria
Nesta segunda parte de seu artigo, incorporar as massas rurais do Nordeste ao
o Autor aponta os três eixos esforço de desenvolvimento, o que so-
mente pode ser alcançado se esse desen-
principais e simultâneos de ação volvimento beneficiar de forma imediata-
transformadora no Nordeste: mente perceptível para eles uma parcela
transferência de cursos, maior importante dos trabalhadores rurais.
participação industrial e No quadro da atual estrutura agrária, a
modificações estruturais visando o penetração dos recursos financeiros e da
E
ser humano. técnica moderna tende a fazer-se de for-
fundado na convicção de ma a aumentar a distância entre uma ínfi-
que existem essas bases ob- ma minoria beneficiada e a imensa maio-
jetivas, sobre as quais fun- ria esquecida.
O atual esforço de capitalização, parti-
dar uma política visando a
cularmente quando favorece a pecuária,
abordar de frente e com os engendra a marginalização de muitos que
meios adequados o que nos parece ser são atirados à beira da estrada. Concomi-
o maior problema do País, que nos tantemente, o minifundismo, de que de-
permitiremos avançar algumas reflexões pende em boa parte a produção de gêne-
sobre o que poderiam ser as diretrizes ros de consumo geral, avança em terras de
básicas dessa política. inferior qualidade contra a barreira dos
A ação teria que ser conduzida simulta- rendimentos decrescentes.
neamente em torno a três eixos princi- O trabalho de reconstrução estrutural a
pais. O primeiro assumiria a forma de realizar é considerável, e somente condu-
transferência maciça de recursos para a re- zirá a bom porto se contar com a efetiva
gião pelo menos por um decênio; o se- participação da população rural. Em uma
gundo teria por objetivo introduzir modi- primeira fase, tratar-se-ia de liberar o pe-
ficações estruturais que produzam melho- queno produtor da exploração escorchan-
ras sensíveis nas condições de vida e na ca- te fundada na parceria ou no pagamento
pacidade de iniciativa da massa trabalha- de foro ou renda da terra. Como justificar
dora rural; e o terceiro visaria a aumentar que o trabalhador pague aluguel pela ter-
de forma substancial a participação do ra que utiliza quando, mobilizando a to-
Nordeste na atividade industrial do País, talidade da força de trabalho da família,
numa forma de complementação com o não consegue tirar dessa terra o correspon-
Centro-Sul que não crie dependência e dente a um salário mínimo? Em uma se-
sim tenha em conta as particularidades gunda fase se criariam as condições, me-
sociais e ecológicas da região mais pobre. diante a liquidação do minifúndio, para
NOVOS ESTUDOS N.° 1
6. que a unidade familiar utilize plenamen- Nordeste na atividade industrial do País.
te sua capacidade de trabalho e se torne O estilo centralizador da industrialização
apta para incorporar novas técnicas e capi- brasileira, que tudo subordinou ao pólo
talizar. paulista, abriu poucas opções ao. Nordes-
Em outra ordem de providências, ter- te, fora do aproveitamento das matérias-
se-iam de criar facilidades para que o ho- primas locais em conexão com a energia
mem do campo aplique sua capacidade elétrica relativamente barata do sistema da
de trabalho subutilizada, quando esta CHESF. A integração com o Centro-Sul
exista, na melhora de suas condições de fez-se, portanto, com base em indústrias de
habitação. Para que isso ocorra, é necessá- alta capitalização e pouco emprego. Esse
rio que os pequenos produtores se asso- processo é de reversão difícil e, na ausência
ciem em cooperativas, que os defendam de um esforço deliberado para contê-lo,
contra a voracidade dos intermediários co- deverá aprofundar-se.
merciais e financeiros, e que se organizem Mas como ignorar que essa quot;ajudaquot; à
para atuar no plano político. A assistência industrialização levou à destruição de
médica e escolar — tendo em conta que múltiplas atividades produtivas locais e
os adolescentes são no campo uma força inibiu a criação de outras, pois tendeu a
produtiva auxiliar — teria que ser sufi- tudo subordinar à lógica da integração
cientemente eficaz para que em um decê- com o Centro-Sul? O essencial do esforço
nio o homem do campo chegue a ser algo financeiro foi realizado em indústrias que
distinto do semi-enfermo analfabeto que se destinam a economizar divisas, utiliza-
é o rurícola nordestino de hoje. das principalmente pelo Centro-Sul, ou a
O objetivo estratégico seria eliminar si- produzir insumos para serem enviados à
multaneamente o latifúndio predatório e região mais desenvolvida. Esse tipo de in-
o minifúndio asfixiante que, conjugados, dustrialização reproduz as características
formam um sistema brutal de exploração da economia primário-exportadora basea-
do homem. A produção de gêneros ali- da na exploração de recursos minerais.
mentícios destinados à massa da popula- Assim como a industrialização do Cen-
ção faz-se no Nordeste principalmente tro-Sul requereu a ação deliberada do Es-
em pequenas parcelas de exploração indi- tado — supletiva, complementar e corre-
vidual, dentro dos latifúndios ou em ter- tiva das forças do mercado —, a correção
ras marginais. das distorções a que conduziu a excessiva
Se se pretende reconstruir a sociedade concentração geográfica da atividade in-
de forma a liberar a capacidade de inicia- dustrial exige um esforço estatal de consi-
tiva do trabalhador, é pelo desmantela- derável amplitude. Uma planificação
mento dessa estrutura que se deve come- atenta às dimensões continentais do País e
çar. A atual estrutura agrária do Nordeste aos desníveis regionais de desenvolvimen-
é um meio de dominação sem ser um ins- to deveria orientar a localização das ativi-
trumento de progresso econômico. Por- dades industriais.
tanto, economia e sociedade devem ser Independentemente das atividades in-
transformadas conjuntamente. Daí a ne- dustriais que são uma projeção do Cen-
cessidade de considerar o homem do cam- tro-Sul, uma série de outras atividades
po como ator político ativo, e não apenas manufatureiras poderão desenvolver-se
como força de trabalho. na região, sob a forma de pequenas e mé-
O enfoque tecnocrático, que com seu dias empresas, se adequadamente ampa-
misto de medo e desprezo do povo pre- radas. Atividades fronteiriças entre o arte-
tende cobrir-se contra todo risco, é obtuso sanato e a manufatura não somente criam
em face de problemas dessa ordem. Uma emprego mas são a única forma de abaste-
sociedade não ascende a formas mais cer mercados locais de modesto poder de
complexas de organização pela simples compra. A utilização de novas fontes de
graça do Príncipe. Mas desgaste e perda energia, particularmente a biomassa, con-
de tempo podem ser evitados quando a tribuirá para viabilizar essa descentraliza-
ação política é capaz de canalizar e orien- ção das atividades manufatureiras.
tar as forças sociais que a mesma política Se é possível que o Estado, entre nós,
contribui para ativar. tenha ido demasiado longe ao assumir
responsabilidades diretas no investimento
Atividades industriais e na gestão da economia, pouca dúvida
pode haver de que esse mesmo Estado
Passemos agora ao terceiro plano de tem ignorado que o desenvolvimento de-
ação visando a aumentar a participação do ve abranger o conjunto do País, e que é
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7. UMA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PARA O NORDESTE
exatamente no que se refere à localização ráter compensatório ou são absorvidas por
da atividade econômica que mais falham investimentos improdutivos.
as forças do mercado. Um exemplo numérico aproximativo
A localização da atividade produtiva nos permite ter uma idéia do volume dos
deveria ser preocupação maior em um recursos envolvidos. Admitamos que o
País com as dimensões e características produto interno do País seja atualmente
ecológicas do Brasil. A atual concentração de cerca de 200 bilhões de dólares; o
industrial não tem justificativa econômica montante dos recursos a transferir alcan-
clara e são profundas as conseqüências so- çaria no primeiro ano 2 bilhões. Se se
ciais negativas que engendra. mantém a taxa histórica de crescimento
Se nos capacitamos disso, mais facil- do produto (7% ao ano), no final do de-
mente poderá realizar-se o esforço visan- cênio esse produto alcançaria 400 bilhões
do a criar condições no Nordeste para aí de dólares aos preços atuais, devendo a
fixar uma parcela maior dos futuros inves- transferência por essa época ser da ordem
timentos industriais. de 4 bilhões. O montante total transferi-
Um dos objetivos poderia ser o de du- do atingiria, portanto, 30 bilhões.
plicar, até o fim do século, a participação Prosseguindo o exercício com base em
do Nordeste na atividade manufatureira dados aproximativos, admitiremos que o
nacional, a qual se reduz atualmente a produto interno do Nordeste constitui
cerca de 7% . Isso significaria para a região um décimo do nacional e que a taxa de
alcançar uma taxa de crescimento anual investimento (excluídos os ligados a ativi-
da produção manufatureira entre 15 e dades estritamente suntuárias) seja de
20%, admitindo-se que se mantenha a 20% do produto. Nesse caso, a transfe-
taxa histórica para o conjunto do País. rência de recursos permitiria aumentar o
Como por essa época a população nordes- potencial de investimento efetivamente
tina muito provavelmente não será infe- reprodutivo em 50% , ou seja, elevar a ta-
rior a um quarto da nacional, a meta refe- xa a 30%.
rida — que poderá parecer ambiciosa — Longe de mim a idéia de fazer proje-
deixaria a região com um grau de indus- ções macroeconômicas no ar, postulando
trialização ainda bem inferior ao da re- que o aumento da acumulação seria causa
gião Centro-Sul. suficiente para intensificar o crescimento
A descentralização industrial poderá econômico. Menos ainda cometeria o pe-
ser o caminho para corrigir a tendência ao cado de imaginar que crescimento econô-
gigantismo, que prevaleceu nos anos re- mico se traduz necessariamente em de-
centes e é tão do gosto das empresas trans- senvolvimento ao nível do conjunto da
nacionais; viria, assim, favorecer as empre- sociedade. Ainda assim, convém lembrar
sas médias e pequenas, devolvendo aos que, na hipótese favorável de que a trans-
empresários nacionais parte da iniciativa ferência de recursos se traduza em intensi-
que perderam nos últimos decênios. ficação proporcional do crescimento e
admitindo que as taxas de crescimento
Transferência maciça de recursos são atualmente idênticas no Nordeste e
no Centro-Sul (7%) e que a renda média
Voltemos agora ao primeiro ponto, cuja do nordestino corresponde a um terço da
realização é condição necessária ao êxito média nacional — no final do século essa
das outras iniciativas teferidas. Tratar-se- renda ainda seria em uma terça parte in-
ia de provocar uma transferência maciça ferior à média.
de recursos financeiros e técnicos para a Esse não é o problema. Desigualdades
região. Somente se nos convencemos de de níveis de renda por habitante existem
que o que está em jogo é o futuro de todo por toda parte. O que se deve buscar não
o País — de nossas aspirações como Nação é tanto eliminar as diferenças de nível de,
— esse esforço poderá ser realizado, pois renda, se bem que isso seja em certa me-
ele depende da mobilização de forças so- dida necessário, e sim transformar a socie-
ciais e políticas de grande magnitude. Al- dade nordestina a fim de que o desenvol-
go como um por cento do produto inter- vimento beneficie efetivamente a massa
no deveria ser transferido para a região, da população.
sob a forma de recursos a serem aplicados Se não se eleva deliberadamente o nível
dentro de programação rigorosa, durante de vida do homem rural nordestino, se es-
um período não inferior a dez anos. Esses te permanece prisioneiro da fome e da
recursos deveriam suplementar as transfe- ignorância, a estrutura social do conjunto
rências que já se realizam e que são de ca- do País tenderá a permanecer semi-imo-
NOVOS ESTUDOS N.° 1
8. bilizada, reproduzindo, agravadas, as ex- assuma a liderança dessa luta, despertan-
tremas desigualdades que a caracterizam do da letargia a que foi reduzido pelo
no momento presente. O objetivo estraté- centralismo autoritário que se implantou
gico deveria ser abrir espaço para que os no País a partir de 1964. A mobilização
que estão realmente embaixo na escala nordestina apressará a restauração de um
social se transfigurem em agentes ativos autêntico federalismo, sem o que a vonta-
do desenvolvimento. Esse primeiro im- de política da região não se poderá mani-
pulso, visando a romper as estruturas que festar no plano nacional.
aprisionam os que estão mais embaixo, Acima de tudo é indispensável não per-
somente virá à luz como fruto de uma de- der de vista que, se temos a pretensão de
cidida vontade política. construir uma Nação que assuma plena-
A transferência de recursos teria como mente o seu destino, a omissão não é al-
objetivo central transformar as estruturas ternativa.
rurais, melhorar as condições de saúde e Se a História nos pedir conta, algum
educação, particularmente nas áreas pro- dia futuro, a todos nós brasileiros, das
dutoras de alimentos de consumo geral, oportunidades que aproveitamos ou per-
criar as condições de acolhimento das no- demos na luta para edificar a pátria com
vas implantações industriais e dar vitali- que sonhamos, será para o Nordeste que
dade às pequenas e médias empresas dire- se voltará nosso pensamento. Lá ter-se-á
tamente ligadas à satisfação das necessida- consumado a nossa derrota, ou vitória.
des da população de renda modesta. Uma
visão a longo prazo é absolutamente ne-
cessária se se pretende romper as velhas NOTAS
estruturas responsáveis pela passividade e O presente artigo consta também do livro de Celso Furta-
pelo fatalismo que imobilizam atualmen- do O Brasil pós-milagre. (N. da R.)
te grande parte da população nordestina.
(1) Constitui hoje em dia um problema de interesse apenas
histórico saber se a industrialização do Nordeste podia haver
As duas condições assumido forma diversa, orientando-se de preferência para o
mercado da região e contribuindo mais amplamente para
criar emprego e elevar o nível de vida da massa da popula-
Um esforço dessa natureza, exaltante co- ção. É fora de dúvida que os incentivos criados pela Sudene
mo pode parecer, somente poderá ser le- estão na origem do surto industrial dos anos 60, durante os
vado adiante com êxito se se dão duas quais a produção manufatureira da região cresceu mais rapi-
damente do que a do Centro-Sul. E também é verdade que
condições. a partir de 1964 esse órgão limitou-se a criar facilidades, fa-
A primeira é uma mobilização de for- vorecendo os grandes grupos e punindo as pequenas empre-
sas. Contudo, não se pode afirmar que, sem a participação
ças sociais em todo o País, o que pressu- da Sudene, a industrialização houvesse tomado outro rumo
põe a tomada de consciência de que, se o na região. O máximo que se pode dizer é que essa agência se
Brasil persiste pelo atual caminho das omitiu em face das tendências perversas que se iam definin-
do, quando sua tarefa precípua era orientar os investimentos
crescentes desigualdades sociais e regio- subsidiados pelo Governo em função dos interesses da po-
nais, o nosso futuro como Nação poderá pulação nordestina. Para uma análise de comportamento da
ser posto em xeque. Somente essa ativa- Sudene nesse período, veja-se Raimundo Moreira, O Nor-
deste Brasileiro, uma política regional de industrialização,
ção de forças sociais amplas poderá gerar a Rio, 1979.
vontade política necessária para romper as
inércias que em nosso País se opõem a to-
da mudança no plano social. Novos Estudos Cebrap, São Paulo,
v. 1, 1, p. 12-19, dez. 81
A segunda condição é que o Nordeste
DEZEMBRO DE 1981