O documento apresenta conceitos e métodos para mapeamento de áreas de risco, com o objetivo de capacitar alunos a identificar ameaças e vulnerabilidades no território. Aborda objetivos da disciplina, percepção de risco, gerenciamento de risco, movimentos de massa, inundações, legislação e propostas de mapeamento de áreas.
2. OBJETIVO GERAL: Instigar e capacitar os alunos a terem uma visão treinada
para identificar as ameaças e vulnerabilidades presentes no território. Ao final da
disciplina o aluno será capaz de compreender os fenômenos relacionados aos
desastres naturais e também abordar as questões de vulnerabilidade associada
ao uso e ocupação do solo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Oferecer conhecimento técnico e ferramentas para
analisar e representar o risco.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
5. GERENCIAMENTO DE RISCO
IDENTIFICAÇÃO DO CENÁRIO
Crise econômica e social com solução de longo prazo;
Política habitacional para pessoas de baixa renda
historicamente ineficiente;
Ineficácia dos sistemas de controle do uso e ocupação do solo;
Ineficiência da legislação existente para as áreas suscetíveis;
Ineficiência de apoio técnico para as populações.
AUMENTO DO NÚMERO DE ÁREAS DE RISCO
6. GERENCIAMENTO DE RISCO
PERGUNTAS BÁSICAS
1) O que e como ocorre? Identificação da Tipologia dos
Processos.
2) Onde ocorrem os problemas? Mapeamento das áreas
de risco.
3) Quando ocorrem os problemas? Correlação com
condições hidrometeorológicas adversas, Monitoramento
4) Que fazer? Medidas Estruturais e Não-Estruturais
7. GERENCIAMENTO DE RISCO
ALTERNATIVAS TÉCNICAS
Eliminar/Reduzir o Risco
• Agindo sobre o processo
• Agindo sobre a consequência
Evitar a Formação de Áreas de Risco
• Controle efetivo do uso do solo
Conviver com os Problemas
• Planos preventivos de defesa civil
8. CONCEITOS
Mapeamento de Área de Risco:
É a identificação no município dos locais em que há probabilidade significativa
de ocorrência de um desastre, devido ao grau de vulnerabilidade do cenário e a
evolução histórica da região.
Área de Risco:
Áreas de risco são regiões onde é recomendada a não construção de casas ou
instalações, pois são muito expostas a desastres naturais, como deslizamentos
e inundações. Essas regiões vem crescendo constantemente nos últimos 10
anos, principalmente devido à própria ação humana.
10. “Movimento de massa é o movimento do solo, rocha e/ou vegetação ao
longo da vertente sob a ação direta da gravidade”
(Tominaga, 2009).
MOVIMENTOS DE MASSA
11. MOVIMENTOS DE MASSA
De acordo com Augusto Filho (1992), os movimentos de
massa podem ser divididos em quatro grandes grupos:
• Rastejo;
• Escorregamento;
• Quedas;
• Corridas.
27. PROPOSTAS DE SOLUÇÃO
DESMATAMENTO E
ESCORREGAMENTO DE SOLO
PROPOSTA DE SOLUÇÕES
Remoção das bananeiras;
Serviços de limpeza pública e recuperação;
Obras de drenagem e proteção superficial;
Evitar cortes verticais em encostas;
Desmonte de rochas ou construção de
anteparos.
29. ASPECTOS CONCEITUAIS
Em função da Instrução Normativa nº 2 do Ministério da
Integração os eventos hidrológicos são classificados em:
Inundações;
Enxurradas;
Alagamentos.
34. VARIÁVEIS DO PROCESSO
NATURAL
• Relevo;
• Tamanho e forma da bacia;
• Gradiente hidráulico da bacia.
ANTRÓPICO
• Desmatamento;
• Erosões e assoreamento;
• Impermeabilização;
• Ocupação desordenada das margens dos rios.
36. PROPOSTA DE SOLUÇÃO
Não jogar lixo nas encostas, córregos e bocas-de-lobo;
Manter limpos os ralos, esgotos, galerias, valas, etc.;
Incentivar a criação de grupos de cooperação entre os moradores
em locais de risco;
42. LEGISLAÇÃO
• Plano Diretor;
• Lei de uso ocupação do solo;
• Código de posturas;
• Lei orgânica;
• Código de obras;
• Código civil.
43. PARÂMETROS BÁSICOS
• Declividade/ Inclinação;
• Tipologia dos processos;
• Posição da ocupação em relação à encosta;
• Qualidade da ocupação (vulnerabilidade).
44. PROPOSTA DE MÉTODO PARA MAPEAMENTO
R2 - MÉDIO
R4 - MUITO ALTO
R3 - ALTO
R1 - BAIXO
GRAU DE PROBALIDADE
45. MAPEAMENTO
GRAU DE PROBALIDADE BAIXO
O nível de intervenção no setor são de baixa potencialidade para o
desenvolvimento de processos de escorregamentos e solapamentos.
Na há indícios de desenvolvimento de processos de instabilização de
encostas e de margens de drenagens. É a condição menos crítica.
46. MAPEAMENTO
GRAU DE PROBALIDADE MÉDIO
Observa-se a presença de alguma evidência de instabilidade, porém
incipiente. Mantidas as condições existentes, é reduzida a possibilidade
de ocorrência de desastres.
47. MAPEAMENTO
GRAU DE PROBALIDADE ALTO
Observa-se a presença de significativa evidência de instabilidade
(trincas no solo, degraus de abatimento em taludes). Mantidas as
condições existentes, é possível a ocorrência de desastres destrutivos
durante o período de chuvas.
48. MAPEAMENTO
GRAU DE PROBALIDADE MUITO ALTO
A evidências de instabilidade são expressivas e estão presentes em
grande número. É a condição mais crítica.
49. EXEMPLO DE SETORIZAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO, ANÁLISE E
MAPEAMENTO DE RISCO EM
OCUPAÇÕES URBANAS
PRECÁRIAS.
Modelo de Mapeamento de Riscos em Encostas e Margem de Rios usado pelo Ministérios das Cidades.
56. COMO MAPEAR OS RISCOS?
O primeiro passo é catalogar as informações sobre o histórico de desastres
da região, utilizando um levantamento bibliográfico, buscando informações
sobre registros passados de ocorrências.
59. Nesta disciplina aprendemos conteúdos básicos de geologia e
hidrologia para uma melhor compreensão dos fenômenos relacionados
aos desastres naturais e questões de vulnerabilidade associada ao uso
e ocupação do solo.
Para isto o aluno aprende a classificar o risco e representar
cartograficamente os elementos verificados em campo.
CONCLUSÃO
60. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Capacitação Básica em Defesa Civil. Centro Universitário de Estudos
e Pesquisas sobre Desastres. Florianópolis: CAD UFSC, 2012.
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REFERÊNCIA