3. ∙ Individualismo
e subjetivismo: o
artista
romântico trata dos assuntos
de
uma forma pessoal, de acordo
com o modo como vê e sente o
mundo; dizemos que sua arte é
subjetiva porque expressa uma
visão particular da realidade. A
ideologia burguesa centrou-se nas
liberdades do homem e nas
infinitas possibilidades de auto-
realização do indivíduo.
4. Sentimentalismo: a relação
entre o artista romântico e o
mundo é sempre mediada pela
emoção. Qualquer que seja o
tema abordado - amoroso,
político, social -, o tratamento
literário revela grande
envolvimento emocional do
artista. Assim, os sentimentos
tornam-se mais importantes do
que a racionalidade e são,
conseqüentemente, a medida da
interioridade de cada pessoa,
medida de todas as coisas.
22. ROMANTISMO NO BRASIL
► LITERATURA COMO MISSÃO:
► Compromisso com a pátria (Nacionalismo Ufanista);
► Contribuição para a grandeza da nação;
► Retrato de sua bela paisagem física e humana;
► Revelar todo o Brasil, de forma positiva, criando uma literatura
autônoma que expressasse a alma da jovem nação.
23. Nacionalismo romântico
► Valores formais procedentes do universo europeu X Temática
nacional (a cor local):
► INDIANISMO;
► SERTANISMO (OU REGIONALISMO);
► CULTO À NATUREZA;
► NACIONALISMO UFANISTA;
► BUSCA DE UMA LINGUAGEM LITERÁRIA BRASILEIRA.
24. INDIANISMO
► No bom selvagem francês sedimentou-se o modelo de um herói
que deveria se tornar o passado e a tradição de um país
desprovido de sagas exemplares (Idade Média). O nativo –
ignorada toda a sua cultura – converteu-se no herói exemplar,
feito à imagem e semelhança de um cavaleiro
medieval.Assumiu-se a imagem exótica que as metrópoles
européias tinham dos trópicos, adaptando-a à visão ufanista.
25. INDIANISMO
► Acima de tudo, o índio representava, na sua condição de
primitivo habitante, o próprio símbolo da nacionalidade. Além
disso, a imagem positiva (idealizada) do indígena permitia às
elites orgulhar-se de uma ascendência nobre que as ajudava
na legitimação de seu próprio poder.
26. O Regionalismo (ou
Sertanismo)
► O Regionalismo: resultado da “consciência
eufórica de um país novo”, procurou afirmar as
particularidades e a identidade das regiões, na
ânsia de “tornar literário” todo o Brasil. Entretanto,
permanece na superfície como uma moldura, já
que a intriga romanesca é urbana (folhetim).
Além disso, os autores usavam uma linguagem
citadina e culta.
33. O romance e a
burguesia
► O romance, por relatar acontecimentos da vida
comum e cotidiana, e por dar vazão ao gosto
burguês pela fantasia e pela aventura, veio a ser
o mais legítimo veículo de expressão artística
dessa classe.
► O romance narra o presente, as coisas banais da
vida e do mundo, numa linguagem simples e
direta.
34. O romance e o
folhetim
►Tanto na Europa quanto no
Brasil, o romance surgiu sob a
forma de folhetim,
publicação diária, em jornais,
de capítulos de determinada
obra literária. Assim, ao
mesmo tempo que ampliava
o público leitor de jornais, o
folhetim ampliava o público
de literatura.
35. O romance e o
folhetim
► Inicialmente, os folhetins publicados no Brasil
eram traduções de obras estrangeiras de autores
como Victor Hugo, Alexandre Dumas, Walter
Scott e outros.
► O sucesso do folhetim europeu em jornais
brasileiros possibilitou o surgimento de vulgares
adaptações. Até que, em 1844, sai à luz o
romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de
Macedo.
36. Ideologia dos
folhetins
► Ao escrever um folhetim, o artista submetia-se às
exigências do público e dos diretores de jornais.
Além disso, os folhetins não podiam criticar os
valores da época, reivindicar o verdadeiro
humanismo, pois obrigatoriamente tinham que se
sujeitar aos valores ideológicos do público,
constituindo-se assim numa arte de evasão e
alienação da realidade.
37. Estrutura do folhetim
► 1º HARMONIA = Felicidade = Ordenação social
burguesa
► 2º DESARMONIA = Conflito = Desordem = Crise da
sociedade burguesa
► 3º HARMONIA FINAL = Estabelecimento da
felicidade definitiva da sociedade burguesa,
com o triunfo de seus valores
38. Características da
prosa romântica
► Flash-back narrativo: volta no tempo para
explicar, por meio do passado, certas atitudes
das personagens no presente.
► O amor como redenção: oposição entre os
valores da sociedade e o desejo de realização
amorosa dos amantes = o amor é visto como
único meio de o herói ou o vilão romântico se
redimirem e se “purificarem” = solução: em
muitas casos: a morte.
39. Características da
prosa romântica
► Idealização do herói: ser dotado de honra, de
idealismos e coragem = põe a própria vida em
risco para atender aos apelos do coração ou da
justiça = em algumas obras assume as feições de
“cavaleiro medieval”.
► Idealização da mulher: são desprovidas de
opinião própria, são frágeis, dominadas pela
emoção, obedientes às determinações dos pais
e educadas para o casamento.