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ROMANTISMO
CARACTERÍSTICAS
∙ Individualismo
e subjetivismo: o
artista
romântico trata dos assuntos
de
uma forma pessoal, de acordo
com o modo como vê e sente o
mundo; dizemos que sua arte é
subjetiva porque expressa uma
visão particular da realidade. A
ideologia burguesa centrou-se nas
liberdades do homem e nas
infinitas possibilidades de auto-
realização do indivíduo.
Sentimentalismo: a relação
entre o artista romântico e o
mundo é sempre mediada pela
emoção. Qualquer que seja o
tema abordado - amoroso,
político, social -, o tratamento
literário revela grande
envolvimento emocional do
artista. Assim, os sentimentos
tornam-se mais importantes do
que a racionalidade e são,
conseqüentemente, a medida da
interioridade de cada pessoa,
medida de todas as coisas.
ROMANTISMO NO BRASIL
ROMANTISMO NO BRASIL
► LITERATURA COMO MISSÃO:
► Compromisso com a pátria (Nacionalismo Ufanista);
► Contribuição para a grandeza da nação;
► Retrato de sua bela paisagem física e humana;
► Revelar todo o Brasil, de forma positiva, criando uma literatura
autônoma que expressasse a alma da jovem nação.
Nacionalismo romântico
► Valores formais procedentes do universo europeu X Temática
nacional (a cor local):
► INDIANISMO;
► SERTANISMO (OU REGIONALISMO);
► CULTO À NATUREZA;
► NACIONALISMO UFANISTA;
► BUSCA DE UMA LINGUAGEM LITERÁRIA BRASILEIRA.
INDIANISMO
► No bom selvagem francês sedimentou-se o modelo de um herói
que deveria se tornar o passado e a tradição de um país
desprovido de sagas exemplares (Idade Média). O nativo –
ignorada toda a sua cultura – converteu-se no herói exemplar,
feito à imagem e semelhança de um cavaleiro
medieval.Assumiu-se a imagem exótica que as metrópoles
européias tinham dos trópicos, adaptando-a à visão ufanista.
INDIANISMO
► Acima de tudo, o índio representava, na sua condição de
primitivo habitante, o próprio símbolo da nacionalidade. Além
disso, a imagem positiva (idealizada) do indígena permitia às
elites orgulhar-se de uma ascendência nobre que as ajudava
na legitimação de seu próprio poder.
O Regionalismo (ou
Sertanismo)
► O Regionalismo: resultado da “consciência
eufórica de um país novo”, procurou afirmar as
particularidades e a identidade das regiões, na
ânsia de “tornar literário” todo o Brasil. Entretanto,
permanece na superfície como uma moldura, já
que a intriga romanesca é urbana (folhetim).
Além disso, os autores usavam uma linguagem
citadina e culta.
A POESIA
ROMÂNTICA
A DIVISÃO EM GERAÇÕES
O ROMANCE
ROMÂNTICO
ORIGENS
O romance e a
burguesia
► O romance, por relatar acontecimentos da vida
comum e cotidiana, e por dar vazão ao gosto
burguês pela fantasia e pela aventura, veio a ser
o mais legítimo veículo de expressão artística
dessa classe.
► O romance narra o presente, as coisas banais da
vida e do mundo, numa linguagem simples e
direta.
O romance e o
folhetim
►Tanto na Europa quanto no
Brasil, o romance surgiu sob a
forma de folhetim,
publicação diária, em jornais,
de capítulos de determinada
obra literária. Assim, ao
mesmo tempo que ampliava
o público leitor de jornais, o
folhetim ampliava o público
de literatura.
O romance e o
folhetim
► Inicialmente, os folhetins publicados no Brasil
eram traduções de obras estrangeiras de autores
como Victor Hugo, Alexandre Dumas, Walter
Scott e outros.
► O sucesso do folhetim europeu em jornais
brasileiros possibilitou o surgimento de vulgares
adaptações. Até que, em 1844, sai à luz o
romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de
Macedo.
Ideologia dos
folhetins
► Ao escrever um folhetim, o artista submetia-se às
exigências do público e dos diretores de jornais.
Além disso, os folhetins não podiam criticar os
valores da época, reivindicar o verdadeiro
humanismo, pois obrigatoriamente tinham que se
sujeitar aos valores ideológicos do público,
constituindo-se assim numa arte de evasão e
alienação da realidade.
Estrutura do folhetim
► 1º HARMONIA = Felicidade = Ordenação social
burguesa
► 2º DESARMONIA = Conflito = Desordem = Crise da
sociedade burguesa
► 3º HARMONIA FINAL = Estabelecimento da
felicidade definitiva da sociedade burguesa,
com o triunfo de seus valores
Características da
prosa romântica
► Flash-back narrativo: volta no tempo para
explicar, por meio do passado, certas atitudes
das personagens no presente.
► O amor como redenção: oposição entre os
valores da sociedade e o desejo de realização
amorosa dos amantes = o amor é visto como
único meio de o herói ou o vilão romântico se
redimirem e se “purificarem” = solução: em
muitas casos: a morte.
Características da
prosa romântica
► Idealização do herói: ser dotado de honra, de
idealismos e coragem = põe a própria vida em
risco para atender aos apelos do coração ou da
justiça = em algumas obras assume as feições de
“cavaleiro medieval”.
► Idealização da mulher: são desprovidas de
opinião própria, são frágeis, dominadas pela
emoção, obedientes às determinações dos pais
e educadas para o casamento.

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Romantismo no Brasil exercicio ensino me

  • 2.
  • 3. ∙ Individualismo e subjetivismo: o artista romântico trata dos assuntos de uma forma pessoal, de acordo com o modo como vê e sente o mundo; dizemos que sua arte é subjetiva porque expressa uma visão particular da realidade. A ideologia burguesa centrou-se nas liberdades do homem e nas infinitas possibilidades de auto- realização do indivíduo.
  • 4. Sentimentalismo: a relação entre o artista romântico e o mundo é sempre mediada pela emoção. Qualquer que seja o tema abordado - amoroso, político, social -, o tratamento literário revela grande envolvimento emocional do artista. Assim, os sentimentos tornam-se mais importantes do que a racionalidade e são, conseqüentemente, a medida da interioridade de cada pessoa, medida de todas as coisas.
  • 5.
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  • 21.
  • 22. ROMANTISMO NO BRASIL ► LITERATURA COMO MISSÃO: ► Compromisso com a pátria (Nacionalismo Ufanista); ► Contribuição para a grandeza da nação; ► Retrato de sua bela paisagem física e humana; ► Revelar todo o Brasil, de forma positiva, criando uma literatura autônoma que expressasse a alma da jovem nação.
  • 23. Nacionalismo romântico ► Valores formais procedentes do universo europeu X Temática nacional (a cor local): ► INDIANISMO; ► SERTANISMO (OU REGIONALISMO); ► CULTO À NATUREZA; ► NACIONALISMO UFANISTA; ► BUSCA DE UMA LINGUAGEM LITERÁRIA BRASILEIRA.
  • 24. INDIANISMO ► No bom selvagem francês sedimentou-se o modelo de um herói que deveria se tornar o passado e a tradição de um país desprovido de sagas exemplares (Idade Média). O nativo – ignorada toda a sua cultura – converteu-se no herói exemplar, feito à imagem e semelhança de um cavaleiro medieval.Assumiu-se a imagem exótica que as metrópoles européias tinham dos trópicos, adaptando-a à visão ufanista.
  • 25. INDIANISMO ► Acima de tudo, o índio representava, na sua condição de primitivo habitante, o próprio símbolo da nacionalidade. Além disso, a imagem positiva (idealizada) do indígena permitia às elites orgulhar-se de uma ascendência nobre que as ajudava na legitimação de seu próprio poder.
  • 26. O Regionalismo (ou Sertanismo) ► O Regionalismo: resultado da “consciência eufórica de um país novo”, procurou afirmar as particularidades e a identidade das regiões, na ânsia de “tornar literário” todo o Brasil. Entretanto, permanece na superfície como uma moldura, já que a intriga romanesca é urbana (folhetim). Além disso, os autores usavam uma linguagem citadina e culta.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 33. O romance e a burguesia ► O romance, por relatar acontecimentos da vida comum e cotidiana, e por dar vazão ao gosto burguês pela fantasia e pela aventura, veio a ser o mais legítimo veículo de expressão artística dessa classe. ► O romance narra o presente, as coisas banais da vida e do mundo, numa linguagem simples e direta.
  • 34. O romance e o folhetim ►Tanto na Europa quanto no Brasil, o romance surgiu sob a forma de folhetim, publicação diária, em jornais, de capítulos de determinada obra literária. Assim, ao mesmo tempo que ampliava o público leitor de jornais, o folhetim ampliava o público de literatura.
  • 35. O romance e o folhetim ► Inicialmente, os folhetins publicados no Brasil eram traduções de obras estrangeiras de autores como Victor Hugo, Alexandre Dumas, Walter Scott e outros. ► O sucesso do folhetim europeu em jornais brasileiros possibilitou o surgimento de vulgares adaptações. Até que, em 1844, sai à luz o romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo.
  • 36. Ideologia dos folhetins ► Ao escrever um folhetim, o artista submetia-se às exigências do público e dos diretores de jornais. Além disso, os folhetins não podiam criticar os valores da época, reivindicar o verdadeiro humanismo, pois obrigatoriamente tinham que se sujeitar aos valores ideológicos do público, constituindo-se assim numa arte de evasão e alienação da realidade.
  • 37. Estrutura do folhetim ► 1º HARMONIA = Felicidade = Ordenação social burguesa ► 2º DESARMONIA = Conflito = Desordem = Crise da sociedade burguesa ► 3º HARMONIA FINAL = Estabelecimento da felicidade definitiva da sociedade burguesa, com o triunfo de seus valores
  • 38. Características da prosa romântica ► Flash-back narrativo: volta no tempo para explicar, por meio do passado, certas atitudes das personagens no presente. ► O amor como redenção: oposição entre os valores da sociedade e o desejo de realização amorosa dos amantes = o amor é visto como único meio de o herói ou o vilão romântico se redimirem e se “purificarem” = solução: em muitas casos: a morte.
  • 39. Características da prosa romântica ► Idealização do herói: ser dotado de honra, de idealismos e coragem = põe a própria vida em risco para atender aos apelos do coração ou da justiça = em algumas obras assume as feições de “cavaleiro medieval”. ► Idealização da mulher: são desprovidas de opinião própria, são frágeis, dominadas pela emoção, obedientes às determinações dos pais e educadas para o casamento.