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Com base no conto “A Sentença Cristã”, do livro Alvorada Cristã, pelo
Espírito Neio Lúcio. (Momentos de Paz Maria da Luz).
Conta-nos assim o autor espiritual:
Um juiz cristão, rigoroso nas aplicações da lei humana, mas fiel no
devotamento ao Evangelho, encontrando-se em meio duma sociedade
corrompida e perversa, orou, implorando a presença de Jesus.
Tantas sentenças condenatórias devia proferir diariamente, que se lhe
endurecera o coração.
Atormentado, porém, entre a confiança que consagrava ao Divino Mestre e
as acusações que se acreditava compelido a formular, rogou, certa noite, ao
Senhor, lhe esclarecesse o espírito angustiado.
Efetivamente, sonhou que Jesus vinha desfazer-lhe as dúvidas aflitivas.
Ajoelhou-se aos pés do Amoroso Amigo e perguntou:
- Mestre, que normas adotar perante um homicida? Não estará
logicamente incurso nas penas legais?
O Cristo sorriu, de leve, e respondeu:
- Sim, o criminoso está condenado a receber remédio corretivo, por doente
da alma.
O juiz considerou estranha a resposta; contudo, prosseguiu indagando:
- Como agir, ante o delinquente rude, Senhor?
- Está condenado a valer-se de nosso auxílio, através da educação pelo amor
paciente e construtivo, explicou Jesus, bondoso e calmo.
- Mestre, e que corrigenda aplicar ao preguiçoso?
- Está condenado a manejar a enxada ou a picareta, conquistando o pão
com o suor.
- Que farei da mulher pervertida? Interrogou o jurista, surpreso.
- Está condenada a beneficiar-se do nosso amparo fraterno, a fim de que
se reerga para a elevação do trabalho e para a dignidade humana.
- Senhor, como julgar o ignorante?
- Está condenado aos bons livros.
- E o fanático?
- Está condenado a ser ouvido e interpretado com tolerância e caridade,
até que aprenda a libertar a própria alma.
- Mestre, e que diretrizes adotar, ante um ladrão?
- Está condenado à oficina e à escola, sob vigilância benéfica.
- E se o ladrão é um assassino?
- Está condenado ao hospício, onde se lhe cure a mente envenenada.
O magistrado passou a meditar gravemente e lembrou-se de que deveria
modificar todas as peças do tribunal, substituindo a discriminação de
castigo diversos por remédio, serviço, fraternidade e educação. Todavia,
não se sentindo bem com a própria consciência, endereçou ao Senhor
suplicante olhar, e perguntou, depois de longos instantes:
- Mestre, e de mim mesmo, que farei?
Jesus sorriu, ainda uma vez, e disse, sereno:
- O cristão está condenado a compreender e ajudar, amar e perdoar, educar
e construir, distribuir tarefas edificantes e bênçãos de luz renovadora
onde estiver
Nesse momento, o juiz acordou em lágrimas e, de posse da sublime lição
que recebera, reconheceu que, dali em diante, seria outro homem.
REFLEXÃO:
Dentro dos problemas da vida cotidiana, das relações da sociedade, o
homem tende a encurtar a sua visão para as reais necessidades de cada um.
Agimos e reagimos conforme nossas conveniências, sem a percepção de
que, a menos que haja evolução nas circunstâncias da vida, os problemas
permanecerão.
Não basta, entretanto, apenas reagirmos diante da ocorrência de fatos
desagradáveis, trabalhando no sentido de remover os seus efeitos
indesejáveis. Pela Lei de Causa e Efeito, tudo o que ocorre provém de uma
causa e, a menos que ela seja removida, forçando a evolução das
contingências atuais, os defeitos nocivos continuarão a ocorrer. Confunde-
se muito reprimir uma ação com corrigir os rumos, para que o efeito
indesejável não torne a ocorrer. É muito comum, por exemplo, ouvirmos as
pessoas dizendo: - “O problema está resolvido. Prendemos o marginal”.
Será que prender pessoas delinquentes; tirar mendigos das ruas; recolher
menores; reprimir a prostituição; realmente resolve nossos problemas
sociais?
Se, assim fosse, os grandes males que afligem as sociedades humanas em
todos os tempos, já não mais existiriam. Em o Evangelho Segundo o
Espiritismo, temos a indicação precisa de como agir, na mensagem do
Espírito de Verdade, em que diz: “Amai-vos uns aos outros”. Assim, sem
considerarmos as reais necessidades de cada um, jamais baniremos os males
da face da Terra. Apenas reagindo, reprimindo, prendendo, recolhendo,
jamais seremos capazes de resolver os nossos problemas sociais. Observem
que eu não estou dizendo que as ações reativas não sejam necessárias; é
claro que elas são. Pois não podemos permitir que os males se propaguem e
prejudiquem a quem quer que seja.
O que estou tentando evidenciar é que, elas não são eficientes e, que, se
permanecermos achando que apenas reagindo, contendo, reprimindo,
estaremos resolvendo os nossos problemas, estaremos enganados, e a
sociedade humana continuará a sofrer as consequências de sua
imprevidência. Ao invés de mais penitenciárias, mais prisões, mais escolas;
ao invés de mais repressão, mais amor, mais trabalho; cada ser humano,
como filho de Deus, traz em seu espírito, quando encarna, necessidades de
aprendizado específico, e deverá viver experiências conforme seu livre-
arbítrio, passando pelas provas e expiações que lhe compete viver.
Quando formos capazes de olhar para nosso semelhante, não importando o
seu grau de instrução, sua posição social, seu caráter ou posição moral,
como espírito em burilamento e evolução, trazendo em si necessidade de
crescimento, seremos também capazes de depois de reprimir, buscar
encontrar os rumos para recuperação e para o realinhamento dos caminhos
no sentido do bem, do amor e da fraternidade.
Remédio, serviço, fraternidade e educação, este é o caminho apontado pelo
Cristo, para a correção de todos os males da sociedade humana. Para
melhor entendermos a ideia que queremos registrar, vamos imaginar, por
exemplo, que tenhamos constantemente dor de cabeça e, que, para eliminá-
la, usamos analgésicos.
A dor passa. Mas, volta. Isto porque a utilização de instrumentos que agem
sobre os efeitos indesejáveis não erradicam o mal. Sendo, portanto,
inadequados. Há que se conhecer as causas da doença e atuar sobre elas; há
que se descobrir o remédio. O analgésico não é o remédio adequado, pois,
não erradica o mal, pelo contrário, permite, muitas vezes, mascarar
sintomas e agravar os verdadeiros agentes das doenças. O remédio deve ser
eficaz. Isto é, deve ser capaz de impedir a recorrência dos sintomas. Então,
será que corrigir uma doença será suficiente para que nenhuma outra
doença possa ocorrer? Também não.
A correção de uma doença, a aplicação de um remédio, por mais eficaz que
seja, não será suficiente para impedir o aparecimento de novas doenças ou
de novos sintomas, provenientes de outras causas que, muitas vezes, não
apareciam nas situações anteriores. O aumento da nossa percepção ,
portanto, nos mostra que temos não só que agir reativamente ou
corretivamente, mas também preventivamente. Servindo, tendo a
predisposição de ajudar de forma fraterna, com amor no coração. Mas,
sobretudo, educando, para que os valores do bem sejam interiorizados, para
que a luz se faça, e para que todos os males possam ser erradicados de
nossa sociedade.
Assim, a ação preventiva é também necessária para que esses males possam
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Essa estória nos mostra isto que falei com bastante clareza. Não basta
condenar. É preciso proporcionar e facilitar a mudança de cenários, com
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Só o amor constrói, redime, edifica, e produz a evolução dos cenários da
vida do homem. Enquanto o amor não se fizer sentir nas atitudes das
pessoas, fazendo com que elas se desprendam de seus próprios interesses,
para valorizar os interesses coletivos e sociais; enquanto o homem não
perceber que em sua natureza divina reside o próprio Criador de todas as
coisas, concitando-o a observar a obra da Criação;
Enquanto o homem se mantiver prisioneiro de seus próprios sentimentos
egoístas, achando que não lhe cabe mudar o mundo em que vive; enquanto
o homem aguardar que os outros resolvam seus problemas sociais,
permanecendo como mero expectador das cenas da vida cotidiana, nosso
mundo se manterá no estágio de provas e expiações, onde haverá muito
sofrimento, muita lágrima, e muito ranger de dentes.
Muita Paz!
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A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados de O Livro dos
Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o
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Resolvendo nossos problemas

  • 1.
  • 2. Com base no conto “A Sentença Cristã”, do livro Alvorada Cristã, pelo Espírito Neio Lúcio. (Momentos de Paz Maria da Luz). Conta-nos assim o autor espiritual: Um juiz cristão, rigoroso nas aplicações da lei humana, mas fiel no devotamento ao Evangelho, encontrando-se em meio duma sociedade corrompida e perversa, orou, implorando a presença de Jesus. Tantas sentenças condenatórias devia proferir diariamente, que se lhe endurecera o coração. Atormentado, porém, entre a confiança que consagrava ao Divino Mestre e as acusações que se acreditava compelido a formular, rogou, certa noite, ao Senhor, lhe esclarecesse o espírito angustiado.
  • 3. Efetivamente, sonhou que Jesus vinha desfazer-lhe as dúvidas aflitivas. Ajoelhou-se aos pés do Amoroso Amigo e perguntou: - Mestre, que normas adotar perante um homicida? Não estará logicamente incurso nas penas legais? O Cristo sorriu, de leve, e respondeu: - Sim, o criminoso está condenado a receber remédio corretivo, por doente da alma. O juiz considerou estranha a resposta; contudo, prosseguiu indagando: - Como agir, ante o delinquente rude, Senhor? - Está condenado a valer-se de nosso auxílio, através da educação pelo amor paciente e construtivo, explicou Jesus, bondoso e calmo.
  • 4. - Mestre, e que corrigenda aplicar ao preguiçoso? - Está condenado a manejar a enxada ou a picareta, conquistando o pão com o suor. - Que farei da mulher pervertida? Interrogou o jurista, surpreso. - Está condenada a beneficiar-se do nosso amparo fraterno, a fim de que se reerga para a elevação do trabalho e para a dignidade humana. - Senhor, como julgar o ignorante? - Está condenado aos bons livros. - E o fanático? - Está condenado a ser ouvido e interpretado com tolerância e caridade, até que aprenda a libertar a própria alma.
  • 5. - Mestre, e que diretrizes adotar, ante um ladrão? - Está condenado à oficina e à escola, sob vigilância benéfica. - E se o ladrão é um assassino? - Está condenado ao hospício, onde se lhe cure a mente envenenada. O magistrado passou a meditar gravemente e lembrou-se de que deveria modificar todas as peças do tribunal, substituindo a discriminação de castigo diversos por remédio, serviço, fraternidade e educação. Todavia, não se sentindo bem com a própria consciência, endereçou ao Senhor suplicante olhar, e perguntou, depois de longos instantes: - Mestre, e de mim mesmo, que farei?
  • 6. Jesus sorriu, ainda uma vez, e disse, sereno: - O cristão está condenado a compreender e ajudar, amar e perdoar, educar e construir, distribuir tarefas edificantes e bênçãos de luz renovadora onde estiver Nesse momento, o juiz acordou em lágrimas e, de posse da sublime lição que recebera, reconheceu que, dali em diante, seria outro homem. REFLEXÃO: Dentro dos problemas da vida cotidiana, das relações da sociedade, o homem tende a encurtar a sua visão para as reais necessidades de cada um. Agimos e reagimos conforme nossas conveniências, sem a percepção de que, a menos que haja evolução nas circunstâncias da vida, os problemas permanecerão.
  • 7. Não basta, entretanto, apenas reagirmos diante da ocorrência de fatos desagradáveis, trabalhando no sentido de remover os seus efeitos indesejáveis. Pela Lei de Causa e Efeito, tudo o que ocorre provém de uma causa e, a menos que ela seja removida, forçando a evolução das contingências atuais, os defeitos nocivos continuarão a ocorrer. Confunde- se muito reprimir uma ação com corrigir os rumos, para que o efeito indesejável não torne a ocorrer. É muito comum, por exemplo, ouvirmos as pessoas dizendo: - “O problema está resolvido. Prendemos o marginal”. Será que prender pessoas delinquentes; tirar mendigos das ruas; recolher menores; reprimir a prostituição; realmente resolve nossos problemas sociais?
  • 8. Se, assim fosse, os grandes males que afligem as sociedades humanas em todos os tempos, já não mais existiriam. Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, temos a indicação precisa de como agir, na mensagem do Espírito de Verdade, em que diz: “Amai-vos uns aos outros”. Assim, sem considerarmos as reais necessidades de cada um, jamais baniremos os males da face da Terra. Apenas reagindo, reprimindo, prendendo, recolhendo, jamais seremos capazes de resolver os nossos problemas sociais. Observem que eu não estou dizendo que as ações reativas não sejam necessárias; é claro que elas são. Pois não podemos permitir que os males se propaguem e prejudiquem a quem quer que seja.
  • 9. O que estou tentando evidenciar é que, elas não são eficientes e, que, se permanecermos achando que apenas reagindo, contendo, reprimindo, estaremos resolvendo os nossos problemas, estaremos enganados, e a sociedade humana continuará a sofrer as consequências de sua imprevidência. Ao invés de mais penitenciárias, mais prisões, mais escolas; ao invés de mais repressão, mais amor, mais trabalho; cada ser humano, como filho de Deus, traz em seu espírito, quando encarna, necessidades de aprendizado específico, e deverá viver experiências conforme seu livre- arbítrio, passando pelas provas e expiações que lhe compete viver.
  • 10. Quando formos capazes de olhar para nosso semelhante, não importando o seu grau de instrução, sua posição social, seu caráter ou posição moral, como espírito em burilamento e evolução, trazendo em si necessidade de crescimento, seremos também capazes de depois de reprimir, buscar encontrar os rumos para recuperação e para o realinhamento dos caminhos no sentido do bem, do amor e da fraternidade. Remédio, serviço, fraternidade e educação, este é o caminho apontado pelo Cristo, para a correção de todos os males da sociedade humana. Para melhor entendermos a ideia que queremos registrar, vamos imaginar, por exemplo, que tenhamos constantemente dor de cabeça e, que, para eliminá- la, usamos analgésicos.
  • 11. A dor passa. Mas, volta. Isto porque a utilização de instrumentos que agem sobre os efeitos indesejáveis não erradicam o mal. Sendo, portanto, inadequados. Há que se conhecer as causas da doença e atuar sobre elas; há que se descobrir o remédio. O analgésico não é o remédio adequado, pois, não erradica o mal, pelo contrário, permite, muitas vezes, mascarar sintomas e agravar os verdadeiros agentes das doenças. O remédio deve ser eficaz. Isto é, deve ser capaz de impedir a recorrência dos sintomas. Então, será que corrigir uma doença será suficiente para que nenhuma outra doença possa ocorrer? Também não.
  • 12. A correção de uma doença, a aplicação de um remédio, por mais eficaz que seja, não será suficiente para impedir o aparecimento de novas doenças ou de novos sintomas, provenientes de outras causas que, muitas vezes, não apareciam nas situações anteriores. O aumento da nossa percepção , portanto, nos mostra que temos não só que agir reativamente ou corretivamente, mas também preventivamente. Servindo, tendo a predisposição de ajudar de forma fraterna, com amor no coração. Mas, sobretudo, educando, para que os valores do bem sejam interiorizados, para que a luz se faça, e para que todos os males possam ser erradicados de nossa sociedade.
  • 13. Assim, a ação preventiva é também necessária para que esses males possam não mais incidir em nossas vidas. Essa estória nos mostra isto que falei com bastante clareza. Não basta condenar. É preciso proporcionar e facilitar a mudança de cenários, com experiências depuradoras, com serviço e com educação. Só o amor constrói, redime, edifica, e produz a evolução dos cenários da vida do homem. Enquanto o amor não se fizer sentir nas atitudes das pessoas, fazendo com que elas se desprendam de seus próprios interesses, para valorizar os interesses coletivos e sociais; enquanto o homem não perceber que em sua natureza divina reside o próprio Criador de todas as coisas, concitando-o a observar a obra da Criação;
  • 14. Enquanto o homem se mantiver prisioneiro de seus próprios sentimentos egoístas, achando que não lhe cabe mudar o mundo em que vive; enquanto o homem aguardar que os outros resolvam seus problemas sociais, permanecendo como mero expectador das cenas da vida cotidiana, nosso mundo se manterá no estágio de provas e expiações, onde haverá muito sofrimento, muita lágrima, e muito ranger de dentes. Muita Paz! Visite meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.