1. O documento analisa as raízes da identidade da Geografia Marxista na obra Crítica da Filosofia do Direito de Hegel de Marx, e possíveis aplicações na Epistemologia da Geografia.
2. Marx critica Hegel por subordinar a sociedade civil e família ao Estado, ao contrário do que ocorre na realidade. Isso tem implicações na compreensão do espaço e território.
3. A análise de Marx sobre a relação entre sociedade civil, família e Estado fornece subsídios para entender como o
Unidade 1 a dissolução do poder – sociologia das relaçõesDejalma cremonese
O documento discute as origens da política, desde sociedades primitivas até o
desenvolvimento do Estado-nação. A política surge da desigualdade social e da
necessidade de exercício da força para manter a ordem. Com o crescimento dos grupos,
a autoridade centralizada torna-se inevitável. O Estado moderno serve aos interesses da
classe dominante e à competição entre nações no cenário internacional.
O documento resume as teorias de Robert Michels, Émile Durkheim e Karl Mannheim sobre sociologia e organização social. Robert Michels acreditava na inevitabilidade da oligarquia em organizações. Durkheim via a sociedade como um organismo vivo e o indivíduo como uma abstração. Mannheim defendia uma aplicação não dogmática dos princípios de Marx e que as ciências sociais precisam de métodos interpretativos para compreender os significados dos atos humanos.
1) O documento discute a Filosofia do Direito de Hegel, especificamente sua concepção de Estado moderno e sociedade civil-burguesa.
2) Hegel vê o Estado como um organismo composto por várias esferas, incluindo a família, sociedade civil e governo. Ele argumenta que a liberdade do indivíduo deve estar subordinada à liberdade objetiva do Estado como um todo.
3) Sua análise da sociedade civil enfatiza a tensão entre o universal e o particular. Ele acredita que um Estado é racional
Fichamento analítico do livro cultura e democrácia de Marilena ChauíMarcus Leal
Este documento resume um trabalho sobre o livro "Cultura e Democracia" de Marilena Chauí. Ele discute como Chauí traça a evolução do conceito de cultura ao longo da história e como diferentes grupos usaram a cultura para hierarquizar sociedades. Também analisa como o Estado, mercado e classes dominantes usaram a cultura para fins antidemocráticos no Brasil.
O documento discute a filosofia do Estado de acordo com Hegel. Apresenta as principais ideias de Hegel sobre o Estado, como sendo a realização da liberdade e razão, e critica de Marx a visão hegeliana de que o Estado representa todos e não apenas a classe dominante. Também resume a dialética da eticidade proposta por Hegel e o papel das funções do Estado segundo sua filosofia.
O documento descreve Marx estudando detalhadamente a filosofia do direito de Hegel em 1843, questionando alguns aspectos da esquerda hegeliana. Marx critica Hegel, tornando sua filosofia mais democrática e reforçando a soberania popular contra o poder da monarquia. O manuscrito de Marx sobre este trabalho não foi concluído.
Este documento discute o trabalho do sociólogo alemão Ferdinand Tönnies e seus conceitos de "comunidade" e "sociedade". O autor analisa como Tönnies via essas categorias como modelos teóricos para descrever os arranjos de sociabilidade nas sociedades. A vontade natural levava à comunidade, enquanto a vontade arbitrária levava à sociedade. A comunidade era baseada em laços como parentesco e vizinhança, enquanto a sociedade emergia com a modernização e a vida urbana.
Unidade 1 a dissolução do poder – sociologia das relaçõesDejalma cremonese
O documento discute as origens da política, desde sociedades primitivas até o
desenvolvimento do Estado-nação. A política surge da desigualdade social e da
necessidade de exercício da força para manter a ordem. Com o crescimento dos grupos,
a autoridade centralizada torna-se inevitável. O Estado moderno serve aos interesses da
classe dominante e à competição entre nações no cenário internacional.
O documento resume as teorias de Robert Michels, Émile Durkheim e Karl Mannheim sobre sociologia e organização social. Robert Michels acreditava na inevitabilidade da oligarquia em organizações. Durkheim via a sociedade como um organismo vivo e o indivíduo como uma abstração. Mannheim defendia uma aplicação não dogmática dos princípios de Marx e que as ciências sociais precisam de métodos interpretativos para compreender os significados dos atos humanos.
1) O documento discute a Filosofia do Direito de Hegel, especificamente sua concepção de Estado moderno e sociedade civil-burguesa.
2) Hegel vê o Estado como um organismo composto por várias esferas, incluindo a família, sociedade civil e governo. Ele argumenta que a liberdade do indivíduo deve estar subordinada à liberdade objetiva do Estado como um todo.
3) Sua análise da sociedade civil enfatiza a tensão entre o universal e o particular. Ele acredita que um Estado é racional
Fichamento analítico do livro cultura e democrácia de Marilena ChauíMarcus Leal
Este documento resume um trabalho sobre o livro "Cultura e Democracia" de Marilena Chauí. Ele discute como Chauí traça a evolução do conceito de cultura ao longo da história e como diferentes grupos usaram a cultura para hierarquizar sociedades. Também analisa como o Estado, mercado e classes dominantes usaram a cultura para fins antidemocráticos no Brasil.
O documento discute a filosofia do Estado de acordo com Hegel. Apresenta as principais ideias de Hegel sobre o Estado, como sendo a realização da liberdade e razão, e critica de Marx a visão hegeliana de que o Estado representa todos e não apenas a classe dominante. Também resume a dialética da eticidade proposta por Hegel e o papel das funções do Estado segundo sua filosofia.
O documento descreve Marx estudando detalhadamente a filosofia do direito de Hegel em 1843, questionando alguns aspectos da esquerda hegeliana. Marx critica Hegel, tornando sua filosofia mais democrática e reforçando a soberania popular contra o poder da monarquia. O manuscrito de Marx sobre este trabalho não foi concluído.
Este documento discute o trabalho do sociólogo alemão Ferdinand Tönnies e seus conceitos de "comunidade" e "sociedade". O autor analisa como Tönnies via essas categorias como modelos teóricos para descrever os arranjos de sociabilidade nas sociedades. A vontade natural levava à comunidade, enquanto a vontade arbitrária levava à sociedade. A comunidade era baseada em laços como parentesco e vizinhança, enquanto a sociedade emergia com a modernização e a vida urbana.
Max Weber (1864-1920) foi um sociólogo alemão que estudou as interações sociais e tipos de ação social. Ele definiu a sociologia como o estudo das interações significativas entre indivíduos e desenvolveu conceitos como status social e tipos ideais de ação para analisar a conduta humana. Sua esposa Marianne também foi uma pioneira no campo acadêmico.
Louis Althusser foi um filósofo e sociólogo marxista francês que desenvolveu uma interpretação estruturalista de Marx. O documento resume sua vida e obra, destacando sua releitura crítica de Marx que enfatizou a epistemologia e rompeu com interpretações humanistas e hegelianas. Althusser argumentou que Marx desenvolveu uma abordagem científica após 1845 que concebia a sociedade como uma totalidade estruturalmente determinada. Sua obra teve grande influência no marxismo do século XX.
Marx via o Estado como uma ferramenta para beneficiar grupos dominantes através do uso da força, enquanto Weber enxergava o Estado como uma estrutura burocrática baseada em leis e poderes divididos para representar democraticamente a sociedade.
O documento discute a Ciência Política como: 1) a teoria e prática da política e análise de sistemas políticos e comportamento, 2) o estudo de diversos campos do conhecimento para entender fatos, teorias e sistemas políticos, 3) o uso de metodologias como interpretação, estruturalismo e pesquisas.
Resenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeterJuscislayne Bianca
resenha que fala sobre capitalismo e democracia na america latina na concepção de um consagrado autor. Este arquivo é uma forma de divulgar esse importante trabalho cientifico.
1) Gramsci estudou o conceito de hegemonia como a capacidade de um grupo social dominante obter consentimento dos grupos subordinados através de compromissos econômicos e ideológicos.
2) Ele analisou como a sociedade civil, incluindo instituições como igrejas e escolas, são usadas para manter a hegemonia de uma classe dominante.
3) Gramsci também descreveu como períodos de crise de hegemonia ocorrem quando grandes massas passam da passividade para a atividade política e desafiam
O partido conservador e a educação literária no império brasileiro 1841 1863GilPereira14
O documento discute como o Partido Conservador brasileiro, no século XIX, usou a institucionalização da educação literária para promover seu projeto político centralizador. Os conservadores, liderados por Bernardo Pereira de Vasconcelos, implementaram reformas educacionais que centralizaram o sistema de ensino sob o controle do governo imperial, em contraste com os liberais que defendiam a descentralização. A educação literária foi direcionada para formar a elite intelectual que apoiaria a agenda política conservadora e ocuparia cargos no aparelho bu
Max Weber foi um importante sociólogo alemão que estudou a relação entre religião e capitalismo. Seus principais estudos incluem A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo e Estudos sobre a Sociologia e a Religião. Weber desenvolveu conceitos como ação social e tipos ideais para analisar a sociedade de forma compreensiva ao invés de leis universais.
O documento discute conceitos-chave da ciência política como sociedade, estado e comunidade. Apresenta definições organicistas e mecanicistas de sociedade e explica a distinção entre sociedade e estado. Também resume diferentes abordagens filosóficas, jurídicas e sociológicas para o conceito de estado.
Este documento discute as ideias de Nicos Poulantzas sobre o Estado capitalista e o direito. Poulantzas argumenta que o Estado tem uma estrutura material própria ligada às relações de produção capitalistas e à divisão social do trabalho. Ele também discute como o Estado é ligado às classes sociais e à luta de classes, e como a lei capitalista reflete e reproduz as relações de produção e a individualização dos trabalhadores. Finalmente, o documento aborda a autonomia relativa do Estado em relação às frações de classe no poder.
O documento discute os conceitos de hegemonia em Marx, Lenin e Gramsci. Gramsci desenvolveu o conceito de hegemonia para descrever como a classe dominante mantém o controle através do consentimento das classes subordinadas, usando meios ideológicos como escolas e mídia. Ele também destacou a importância de intelectuais orgânicos e da luta contra-hegemônica para uma classe conquistar o poder.
Antonio Gramsci (1891-1937) foi um filósofo, político e intelectual italiano comunista que se opôs ao fascismo. Passou seus últimos anos preso pelo regime fascista, onde escreveu seus influentes Cadernos do Cárcere.
Resumo panorama histórico da cultura jurídica europeias páginas 31 a 45Ana Silva
1) O documento discute as linhas de força de uma nova história política e institucional, questionando as definições tradicionais de "político" e de objetos da história política.
2) Argumenta-se que o modelo político liberal está em crise e que devemos reconhecer o pluralismo político que existia na Europa pré-moderna, com vários centros de poder autônomos coexistindo.
3) Defende-se uma abordagem historiográfica que evite ver o presente no passado e reconheça a alteridade das estruturas polí
O documento discute a filosofia do direito de Jürgen Habermas e sua teoria da razão comunicativa. Habermas argumenta que (1) a razão comunicativa permite a coordenação da ação social através de pretensões de validade, embora não forneça normas diretas; e (2) o direito atua como uma categoria mediadora entre a facticidade e a validade na sociedade, possibilitando a coesão social através de normas legais.
1) O documento discute a relação entre a sociedade civil e o Estado segundo pensadores clássicos como Hegel, Marx, Lênin e Gramsci.
2) Analisa como esses autores conceituaram a sociedade civil e o Estado, e como seus conceitos influenciaram a compreensão desse tema.
3) Argumenta que esses conceitos clássicos não capturam totalmente a realidade latino-americana, mas fornecem um quadro analítico útil.
Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)Luiza Moreira
Este documento apresenta um resumo de três capítulos do livro "Direito e Democracia" de Jürgen Habermas. O primeiro capítulo critica um modelo empírico de democracia e defende uma abordagem normativa. O segundo capítulo desenvolve um conceito procedimental de democracia. O terceiro capítulo discute como traduzir sociologicamente o conceito normativo de política deliberativa.
1. O documento apresenta informações sobre o livro O Capital de Karl Marx, incluindo o título, volume, livro, capítulos, tradutores e editora.
2. O livro é a primeira parte da obra de Karl Marx sobre economia política e critica o sistema capitalista de produção.
3. O documento fornece detalhes sobre a publicação do livro em 1867 na Alemanha e sobre a importância deste trabalho para Marx e seus companheiros.
1. Louis Althusser foi um filósofo marxista francês que desenvolveu teorias sobre estruturalismo e ideologia, defendendo que indivíduos são determinados por estruturas sociais como a economia e ideologia.
2. Nicos Poulantzas aplicou os conceitos de Althusser para analisar o Estado em relação à luta de classes, vendo o Estado como reproduzindo a estrutura de classes na região política.
3. Ambos rejeitaram visões voluntaristas do sujeito, enfatizando em vez disso
Sociologia - MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. “A ideologia em geral e particula...Jessica Amaral
1) O documento analisa a obra "A Ideologia Alemã" de Marx e Engels, que critica o idealismo filosófico alemão e defende uma abordagem materialista histórica.
2) Marx e Engels argumentam que as ideologias surgem das relações sociais e econômicas, não de representações intelectuais.
3) Eles propõem estudar empiricamente as relações entre indivíduos, classes e nações para entender como as ideologias mistificam a realidade histórica.
Este documento discute a concepção de Estado e sociedade civil em Hegel. Segundo Hegel, a sociedade civil surge da dinâmica das necessidades individuais e da propriedade privada, enquanto o Estado representa o interesse geral da coletividade. Hegel também distingue três classes sociais - agricultores, burocratas e industriais - que contribuem de forma complementar para a sociedade. Finalmente, o documento explica que o Estado moderno, para Hegel, é a realização da razão e da liberdade.
O documento discute a Teoria Geral do Estado, incluindo suas definições, objetivos e métodos. Aborda diferentes perspectivas sobre o assunto ao longo da história, de Platão e Aristóteles até autores contemporâneos. Também apresenta contribuições de autores brasileiros para a conceituação da Teoria Geral do Estado.
Max Weber (1864-1920) foi um sociólogo alemão que estudou as interações sociais e tipos de ação social. Ele definiu a sociologia como o estudo das interações significativas entre indivíduos e desenvolveu conceitos como status social e tipos ideais de ação para analisar a conduta humana. Sua esposa Marianne também foi uma pioneira no campo acadêmico.
Louis Althusser foi um filósofo e sociólogo marxista francês que desenvolveu uma interpretação estruturalista de Marx. O documento resume sua vida e obra, destacando sua releitura crítica de Marx que enfatizou a epistemologia e rompeu com interpretações humanistas e hegelianas. Althusser argumentou que Marx desenvolveu uma abordagem científica após 1845 que concebia a sociedade como uma totalidade estruturalmente determinada. Sua obra teve grande influência no marxismo do século XX.
Marx via o Estado como uma ferramenta para beneficiar grupos dominantes através do uso da força, enquanto Weber enxergava o Estado como uma estrutura burocrática baseada em leis e poderes divididos para representar democraticamente a sociedade.
O documento discute a Ciência Política como: 1) a teoria e prática da política e análise de sistemas políticos e comportamento, 2) o estudo de diversos campos do conhecimento para entender fatos, teorias e sistemas políticos, 3) o uso de metodologias como interpretação, estruturalismo e pesquisas.
Resenha sobre capitalismo_socialismo_e_democracia_de_schumpeterJuscislayne Bianca
resenha que fala sobre capitalismo e democracia na america latina na concepção de um consagrado autor. Este arquivo é uma forma de divulgar esse importante trabalho cientifico.
1) Gramsci estudou o conceito de hegemonia como a capacidade de um grupo social dominante obter consentimento dos grupos subordinados através de compromissos econômicos e ideológicos.
2) Ele analisou como a sociedade civil, incluindo instituições como igrejas e escolas, são usadas para manter a hegemonia de uma classe dominante.
3) Gramsci também descreveu como períodos de crise de hegemonia ocorrem quando grandes massas passam da passividade para a atividade política e desafiam
O partido conservador e a educação literária no império brasileiro 1841 1863GilPereira14
O documento discute como o Partido Conservador brasileiro, no século XIX, usou a institucionalização da educação literária para promover seu projeto político centralizador. Os conservadores, liderados por Bernardo Pereira de Vasconcelos, implementaram reformas educacionais que centralizaram o sistema de ensino sob o controle do governo imperial, em contraste com os liberais que defendiam a descentralização. A educação literária foi direcionada para formar a elite intelectual que apoiaria a agenda política conservadora e ocuparia cargos no aparelho bu
Max Weber foi um importante sociólogo alemão que estudou a relação entre religião e capitalismo. Seus principais estudos incluem A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo e Estudos sobre a Sociologia e a Religião. Weber desenvolveu conceitos como ação social e tipos ideais para analisar a sociedade de forma compreensiva ao invés de leis universais.
O documento discute conceitos-chave da ciência política como sociedade, estado e comunidade. Apresenta definições organicistas e mecanicistas de sociedade e explica a distinção entre sociedade e estado. Também resume diferentes abordagens filosóficas, jurídicas e sociológicas para o conceito de estado.
Este documento discute as ideias de Nicos Poulantzas sobre o Estado capitalista e o direito. Poulantzas argumenta que o Estado tem uma estrutura material própria ligada às relações de produção capitalistas e à divisão social do trabalho. Ele também discute como o Estado é ligado às classes sociais e à luta de classes, e como a lei capitalista reflete e reproduz as relações de produção e a individualização dos trabalhadores. Finalmente, o documento aborda a autonomia relativa do Estado em relação às frações de classe no poder.
O documento discute os conceitos de hegemonia em Marx, Lenin e Gramsci. Gramsci desenvolveu o conceito de hegemonia para descrever como a classe dominante mantém o controle através do consentimento das classes subordinadas, usando meios ideológicos como escolas e mídia. Ele também destacou a importância de intelectuais orgânicos e da luta contra-hegemônica para uma classe conquistar o poder.
Antonio Gramsci (1891-1937) foi um filósofo, político e intelectual italiano comunista que se opôs ao fascismo. Passou seus últimos anos preso pelo regime fascista, onde escreveu seus influentes Cadernos do Cárcere.
Resumo panorama histórico da cultura jurídica europeias páginas 31 a 45Ana Silva
1) O documento discute as linhas de força de uma nova história política e institucional, questionando as definições tradicionais de "político" e de objetos da história política.
2) Argumenta-se que o modelo político liberal está em crise e que devemos reconhecer o pluralismo político que existia na Europa pré-moderna, com vários centros de poder autônomos coexistindo.
3) Defende-se uma abordagem historiográfica que evite ver o presente no passado e reconheça a alteridade das estruturas polí
O documento discute a filosofia do direito de Jürgen Habermas e sua teoria da razão comunicativa. Habermas argumenta que (1) a razão comunicativa permite a coordenação da ação social através de pretensões de validade, embora não forneça normas diretas; e (2) o direito atua como uma categoria mediadora entre a facticidade e a validade na sociedade, possibilitando a coesão social através de normas legais.
1) O documento discute a relação entre a sociedade civil e o Estado segundo pensadores clássicos como Hegel, Marx, Lênin e Gramsci.
2) Analisa como esses autores conceituaram a sociedade civil e o Estado, e como seus conceitos influenciaram a compreensão desse tema.
3) Argumenta que esses conceitos clássicos não capturam totalmente a realidade latino-americana, mas fornecem um quadro analítico útil.
Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)Luiza Moreira
Este documento apresenta um resumo de três capítulos do livro "Direito e Democracia" de Jürgen Habermas. O primeiro capítulo critica um modelo empírico de democracia e defende uma abordagem normativa. O segundo capítulo desenvolve um conceito procedimental de democracia. O terceiro capítulo discute como traduzir sociologicamente o conceito normativo de política deliberativa.
1. O documento apresenta informações sobre o livro O Capital de Karl Marx, incluindo o título, volume, livro, capítulos, tradutores e editora.
2. O livro é a primeira parte da obra de Karl Marx sobre economia política e critica o sistema capitalista de produção.
3. O documento fornece detalhes sobre a publicação do livro em 1867 na Alemanha e sobre a importância deste trabalho para Marx e seus companheiros.
1. Louis Althusser foi um filósofo marxista francês que desenvolveu teorias sobre estruturalismo e ideologia, defendendo que indivíduos são determinados por estruturas sociais como a economia e ideologia.
2. Nicos Poulantzas aplicou os conceitos de Althusser para analisar o Estado em relação à luta de classes, vendo o Estado como reproduzindo a estrutura de classes na região política.
3. Ambos rejeitaram visões voluntaristas do sujeito, enfatizando em vez disso
Sociologia - MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. “A ideologia em geral e particula...Jessica Amaral
1) O documento analisa a obra "A Ideologia Alemã" de Marx e Engels, que critica o idealismo filosófico alemão e defende uma abordagem materialista histórica.
2) Marx e Engels argumentam que as ideologias surgem das relações sociais e econômicas, não de representações intelectuais.
3) Eles propõem estudar empiricamente as relações entre indivíduos, classes e nações para entender como as ideologias mistificam a realidade histórica.
Este documento discute a concepção de Estado e sociedade civil em Hegel. Segundo Hegel, a sociedade civil surge da dinâmica das necessidades individuais e da propriedade privada, enquanto o Estado representa o interesse geral da coletividade. Hegel também distingue três classes sociais - agricultores, burocratas e industriais - que contribuem de forma complementar para a sociedade. Finalmente, o documento explica que o Estado moderno, para Hegel, é a realização da razão e da liberdade.
O documento discute a Teoria Geral do Estado, incluindo suas definições, objetivos e métodos. Aborda diferentes perspectivas sobre o assunto ao longo da história, de Platão e Aristóteles até autores contemporâneos. Também apresenta contribuições de autores brasileiros para a conceituação da Teoria Geral do Estado.
O documento discute a definição e conceito de ciência política, desde seus primórdios na Grécia Antiga com Aristóteles até seu desenvolvimento nos EUA no século 20. Aborda como a ciência política está ligada a outras áreas como história, direito, filosofia e sociologia. Também analisa suas implicações filosóficas, sociológicas e jurídicas no Brasil.
Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um filósofo alemão que desenvolveu uma filosofia idealista baseada na dialética. Ele acreditava que a história é o desdobramento do plano divino e que a liberdade é conquistada através do desenvolvimento do espírito humano. Marx criticou o idealismo de Hegel e desenvolveu um materialismo histórico que enfatiza a luta de classes e as contradições do capitalismo.
O documento discute o método marxista, enfatizando que (1) Marx parte da realidade empírica para identificar as determinações subjacentes por meio de abstrações sucessivas, (2) a ontologia está acima da epistemologia em Marx, com foco no conhecimento do ser social, (3) o método dialético de totalidade é essencial para compreender as partes em sua articulação no todo.
Este documento apresenta as origens e principais referências teóricas da Sociologia, desde a Antiguidade com Platão e Aristóteles até os clássicos Durkheim, Weber e Marx. Aborda também o positivismo de Comte e as utopias sociais dos renascentistas, além de conceitos-chave como alienação, classes sociais e mais-valia.
Karl Marx e Antonio Gramsci tiveram influências significativas no pensamento cultural e político. O documento descreve a vida e obra de Marx, incluindo seus conceitos fundamentais como luta de classes e mais-valia. Também apresenta a trajetória de Gramsci e como ele aplicou o materialismo histórico de Marx para entender a hegemonia cultural e a importância das ideias.
O documento resume a evolução histórica da Teoria Geral do Estado desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Apresenta as principais correntes de pensamento sobre a formação do Estado e da sociedade, como naturalista, contratualista e culturalista realista. Também descreve os principais métodos e elementos da Teoria Geral do Estado como disciplina acadêmica.
1. O documento discute as principais teorias e filósofos políticos desde a Grécia Antiga até o século XX, incluindo Platão, Aristóteles, Maquiavel, Bodin, Montesquieu, Rousseau, Hegel e Marx.
2. As teorias abordam tópicos como a origem do Estado, formas de governo, divisão de poderes e regimes políticos como democracia e ditadura.
3. No final, o documento pergunta qual a melhor filosofia política para a cidade, sugerindo
O documento discute as perspectivas filosóficas do positivismo jurídico e suas ideias. Apresenta três grandes correntes do positivismo: 1) juspositivismo eclético, que busca fundamento exterior ao direito positivo; 2) juspositivismo estrito, defendido por Hans Kelsen, que propõe uma ciência pura do direito isolada de influências externas; 3) juspositivismo ético, que reconhece valores éticos no direito positivo.
O documento resume os principais conceitos da Teoria Geral do Estado, incluindo sua finalidade, métodos de estudo, correntes de pensamento, origem da sociedade e do Estado, elementos essenciais do Estado como povo, território e soberania. Aborda também conceitos como nação, nacionalidade, tipos de governo e sufrágio.
O documento discute conceitos fundamentais de filosofia política como democracia, ditadura e teorias de vários filósofos como Platão, Aristóteles, Maquiavel, Montesquieu, Rousseau, Hegel e Marx. Aborda a origem do estado, funções do estado, tipos de poder e regimes políticos.
O documento discute os principais conceitos e teorias da filosofia política ao longo da história, desde a Grécia Antiga com Platão e Aristóteles até autores modernos como Marx. Aborda temas como o estado, poder, democracia e ditadura.
O documento discute conceitos fundamentais da filosofia política como pólis, poder, Estado e regimes políticos. Aborda pensadores como Platão, Aristóteles e Maquiavel e suas ideias sobre a organização do poder e da sociedade. Explica que a pólis na Grécia Antiga era a cidade-estado e que conceitos como política e poder evoluíram ao longo da história.
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• Relacionar as três formas do poder social;
• Conhecer a origem e a função do Estado;
• Relacionar e distinguir os regimes políticos;
• Conhecer o pensamento político na história.
O documento discute conceitos fundamentais da filosofia política como pólis, poder, Estado, sociedade civil e regimes políticos. Aborda pensadores como Platão, Aristóteles, Maquiavel, Hobbes que contribuíram para o desenvolvimento destes conceitos ao longo da história.
Este documento resume os principais conceitos e obras de pensadores políticos como Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau, Montesquieu e Marx. Discute suas visões sobre o estado de natureza, contrato social, soberania, propriedade e luta de classes.
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atualmente V ale S.A, por sua ação em mais de 30 países que tem gerado vários impactos
socioambientais. Assim, analisamos o documento intitulado “Política de Desenvolvimento Sustentável”,
decompondo os elementos que a constituem e buscando, quando possível, redarguir as afirmações
presentes no documento com casos concretos
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impactos sociais e injustiças ambientais em virtude do seu planejamento político-econômico que promove inadequadamente transformações de cunho social e ambiental (geográfico), como o deslocamento de populações e a apropriação do território, respectivamente. Dentro desta perspectiva, foi realizado o estudo da distribuição dos conflitos ambientais no Maranhão, através do discurso contido no documento intitulado Relatório de Sustentabilidade 2009 da Vale,
buscando, quando possível, redarguir as afirmações presentes no documento com casos concretos.
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uma análise multiescalar porque os processos econômicos (produção, distribuição, circulação
e consumo) atravessam várias escalas. Dessa forma, ancorando -se na teoria do desenvolvimento geográfico desigual, sustentada pelo geógrafo marxista David Harvey, selecionou-se como objeto de estudo o Orçamento de Investimentos para 2012 da Vale S.A
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Raízes da identidade da Geografia Marxista na obra Crítica da Filosofia do Direito de Hegel: aplicações na Epistemologia da Geografia
1. 1
Raízes da identidade da Geografia Marxista na obra Crítica da Filosofia do Direito de
Hegel: aplicações na Epistemologia da Geografia
RIBEIRO JUNIOR, José Arnaldo dos Santos
RONDON/NEPS/AGADÁ/GEDMMA/UFMA
aj_ramone@hotmail.com
ALMEIDA, Juscinaldo Góes - NEPS/UFMA
juscinaldogoes@hotmail.com
Orientadores: Prof. Dr. Baltazar Macaíba Sousa (NEPS/DESOC/UFMA)
Prof. Marcelo de Sousa Araújo (PGCULT/NEPS)
Resumo: O presente estudo visa rastrear elementos radiculares da Geografia Marxista na obra
Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, e possíveis aplicações na epistemologia da
Geografia, contribuindo desta forma para o avanço no campo da teoria e método.
Palavras-Chave: Princípios da Filosofia do Direito. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel.
Marx. Geografia Marxista.
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Inicialmente este trabalho representa um duplo desafio: 1) o desafio de se resgatar o
“Marx esquecido”, ou seja, trazer à tona as discussões filosóficas e políticas que o “Jovem
Marx” aborda em sua Tese de Doutorado, na Questão Judaica, nos Manuscritos Econômico-
Filosóficos e, no caso específico, da Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. O segundo
desafio é aplicar as suas ideias filosóficas e políticas estabelecendo um paralelo e, ao mesmo
tempo, um diálogo entre Geografia e Filosofia, mostrando para a primeira (Geografia), que a
Filosofia não é supérflua e muito menos está presa ao campo das ideias, ao passo que para
segunda (Filosofia), a Geografia afirma-se como Ciência Humana e Social, dotada de cabedal
teórico-metodológico e epistemológico, no qual a teoria e a prática materializam-se no
Espaço, objeto de estudo da Geografia.
Dito isto, aborda-se aqui as concepções marxianas da Crítica da Filosofia do Direito
de Hegel, obra do ano de 1843, na qual Marx tece críticas ferozes e contundentes ao
2. 2
“endeusamento” do Estado por parte de Hegel, haja vista este último, subordina àquele a
Sociedade Civil e a Família na obra Princípios da Filosofia do Direito.
Meticulosamente é traçado, simultaneamente à análise das obras citadas, paralelos e
aplicações à Epistemologia, Método e Teoria em Geografia, uma vez que a obra de Marx
apresenta material filosófico e político riquíssimo aplicável nas análises geográficas sobre
Espaço.
2 Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, Marxismo e Geografia 1: Contribuições para a
Epistemologia na Ciência Geográfica
Na obra Princípios da Filosofia do Direito, Hegel (2003: 226) deixa bem evidente o
caráter superior do Estado em detrimento da Família e Sociedade Civil, uma vez que os
interesses particulares, privados, tanto da Família, como da Sociedade Civil são
universalizados no Estado2. Por isso, ele afirma que:
261 - Em face do direito privado e do interesse particular, da família e da sociedade
civil, o Estado é, por um lado, necessidade exterior e poder mais alto; subordinam-
se-lhe as leis e os interesses daqueles domínios mas, por outro lado, é para eles fim
imanente, tendo a sua força na unidade do seu último fim universal e dos interesses
particulares do indivíduo; esta unidade exprime-se em terem aqueles domínios
deveres para com o Estado na medida em que também têm direitos (§ 155º).
Sendo assim, para Hegel, a família e a sociedade civil são esferas ideais do Estado, são
seus pressupostos (fato este que o próprio Marx considera), mas que, contraditoriamente,
estão subordinados ao Estado. No entanto, o próprio Marx (1983: 11-12) aponta: “enquanto a
idéia é subjectivada, os sujeitos reais, a sociedade civil, a família [...] transformam-se aqui em
momentos subjectivos da idéia, não reais, tendo um sentido diferente”. Hegel em sua obra
traça uma oposição sistemática entre a esfera política-econômica, o Estado, e a esfera social, a
Sociedade Civil (LALLEMENT, 2004).
O que Karl Marx pretende demonstrar em sua magnífica obra é a constante
contradição em que Hegel desenvolve as suas idéias. No caso específico citado acima, Marx
aponta que família e a sociedade civil são reais, ou seja, a divisão do Estado em família e
1
QUAINI, Massimo. Marxismo e Geografia. 3ªed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
2
A Família e Sociedade Civil são, em dois momentos respectivos, a resolução das contradições entre o Direito e
a Moral, uma vez que o Direito aparece enquanto regulação das relações entre os proprietários; já a Moral é a
constituição das relações entre os sujeitos. De acordo com CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. 2ªed. São
Paulo: Brasiliense, 2008.
3. 3
sociedade civil é essencial para que o próprio Estado erija-se e tenha em si mesmo essa
consciência. Marx vai refutando contundentemente, na sua obra, a mentalidade hegeliana,
pois não crê que o Estado determine a Família e a Sociedade Civil, muito menos aceita a
mistificação proposta por Hegel para com o Estado prussiano autoritário 3. Como Lallement
(2004: 111-112) aponta “[...] longe de ser a solução para todos os problemas sociais, o Estado
é na realidade - inclusive em regimes democráticos - apenas um fator de alienação. Noutras
palavras ainda, não é tanto o Estado que cria a sociedade, mas o inverso [...]”.
Aqui cabe já estabelecer conexões com a Geografia Política Clássica, que tem no
Estado o grande ator do espaço mundial. Moodie (1965) mostra que o Estado tem três
elementos essenciais: território, povo e organizações. Ora, mas o território nada mais é que
um espaço definido e delimitado por relações poder (SOUZA, 2007). Se pensarmos bem,
quando a Sociedade Civil organiza-se e luta por seu território surge uma estrutura de
ingerência multiescalar denominada Estado, ratificando o que Marx já havia apontado no que
tange à Sociedade Civil e à Família erigindo-se a si mesmas como Estado. De fato, não pode
existir Estado sem território, território sem sociedade civil, sociedade civil sem família,
portanto sem essas instâncias não há Estado. “Significa isto que o Estado político não pode
existir sem a base natural da família e a base artificial da sociedade civil” (MARX, 1983: 13).
Continuando, Marx ao tecer críticas à Hegel pelo endeusamento do Estado em
detrimento da sociedade civil (LALLEMENT, 2004) traz à tona a perspectiva da
transformação social. Como? Na parte dedicada ao poder soberano, Marx ironiza Hegel
escrevendo: “Como se o povo não fosse o Estado real! O Estado é abstracto; só o povo é
concreto” (MARX, 1983: 44). A razão dessa ironia de Marx deve-se ao fato de Hegel
constantemente conceber Estado Político independente do povo. Isso fica bem claro nas
afirmações de Hegel, quando escreve: “a razão do Estado, a consciência do Estado, é uma
personalidade empírica única que exclui todas as outras [...] a personalidade do Estado só se
torna real como pessoa e no monarca (HEGEL apud MARX, 1983: 41)”.
Notadamente, quando Hegel afirma que “o Estado é uma personalidade empírica que
exclui todas as outras”, pode-se ler: o Estado é uma personalidade empírica que exclui a
Sociedade Civil e Família. Por isso, Marx vai ser incisivo ao expressar que o grande objetivo
de Hegel é apresentar o monarca como um ser onipotente e onisciente, uma espécie de
3
Moraes (2005a: 116-117) inculca que as formulações de Ratzel constituem um dos melhores exemplos de
“prussianismo”, sendo um dos veículos da aguerrida política cultural nacionalista e militarista de Bismarck.
Ratzel é o pioneiro formulador da Geografia política e um teórico do apetite “territorial” do Estado.
4. 4
“Homem-Deus”. “A personalidade do Estado só é real como pessoa: o monarca” (HEGEL,
2003: 255-256). Evidentemente Hegel contradiz os próprios pressupostos do Estado, a
Sociedade Civil e a Família.
Não obstante, Marx (1983: 32-33) reitera dizendo que: “os assuntos e actividades do
Estado estão ligados a indivíduos (o Estado só pode actuar através dos indivíduos); não o
indivíduo físico, mas sim o indivíduo político, isto é, tomado na sua condição de membro do
Estado”. Como se pode ver, Marx está contra-argumentando Hegel, pois este toma o poder
soberano, o monarca, enquanto arbítrio, impossibilitando assim a constituição do interesse
geral.
Prosseguindo, Marx rebate Hegel pela definição que este último dá ao monarca:
personalidade do Estado, certeza de si. “O monarca é a soberania personificada, a soberania
encarnada, a consciência objetiva do Estado que exclui a soberania de todas as outras
entidades e as priva da personalidade e da consciência do Estado” (HEGEL apud MARX,
1983: 41).
Hegel parte do Estado e conclui que o homem é o Estado subjectivado; a democracia
parte do homem e conclui que o Estado é o homem objectivado. Assim como a
religião não cria o homem e é o homem que cria a religião, também a constituição
não cria o povo, sendo este que cria a constituição. De um certo ponto de vista, a
democracia está para todas as outras formas políticas como o cristianismo está para
as outras religiões. O cristianismo é a religião por excelência, a essência da religião,
o homem deificado sob a forma de religião particular. [...] a democracia está para
todas as outras formas políticas tal como a religião está para o seu Antigo
Testamento. O homem não existe devido à lei; esta é que existe devido a ele, sendo,
portanto uma existência humana, enquanto que nas outras formas políticas o homem
é a existência legal. Eis a diferença fundamental da democracia (MARX, 1983: 46-
47).
Este trecho acima citado é riquíssimo para se entender a genialidade de Marx em sua
análise. Se repararmos bem, Marx refuta o idealismo hegeliano por meio do seu materialismo
histórico-dialético, no qual afirma que é a matéria, dinamicamente, que cria a idéia, ou seja,
por exemplo, é o homem que cria a religião e não o contrário. Sendo assim, Marx tira a
dialética da subordinação para com o idealismo, fato sumariamente evidenciado na obra
hegeliana (POLITZER, 1981).
No tópico do poder governativo, a idéia central da crítica de Marx é quanto ao fato de
Hegel ter desenvolvido este poder apenas enquanto administração (burocracia), ou seja, o
braço do Estado. Hegel vai construindo a todo o momento a oposição entre poder governativo
e sociedade civil, tal como dois exércitos inimigos como Marx escreve. Para Marx a
burocracia é a corporação do Estado, por isso rebate Hegel (2003: 266-267) quando este
último diz:
5. 5
A conservação do interesse geral do Estado e da legalidade entre os direitos
particulares, a redução destes àqueles exigem uma vigilância por representantes do
poder governamental, por funcionários executivos e também por autoridades mais
elevadas com poder deliberativo, portanto colegialmente organizadas. No seu
conjunto, as autoridades elevam-se à proximidade imediata do monarca.
Equivocadamente Hegel pensara que construiu os representantes do poder
governamental, os funcionários executivos, como representantes da sociedade civil. Todavia
acabou por fixar a oposição entre Estado e Sociedade Civil por meio dos referidos
representantes do poder governamental, os funcionários executivos. Sabiamente Marx (1983:
77) adverte que:
Com estes representantes não é suprimida a oposição; esta é antes transformada em
oposição legal, rígida. O Estado, na medida em que é estranho e exterior ao ser da
Sociedade Civil, é defendido pelos representantes deste ser contra a sociedade civil.
A polícia, os tribunais, a administração, não são representantes da própria sociedade
civil, vigiando em si mesmos e através de si mesmos o seu próprio interesse comum,
mas sim representantes do Estado encarregados de o administrar contra a sociedade
civil.
Não obstante, Hegel aborda em sua obra, um aspecto importante, que é o patriotismo e
que se pode fazer um paralelo com a Geografia.
Assim como a sociedade civil é o campo de batalha dos interesses individuais de
todos contra todos, assim aqui se trava o conflito entre este interesse geral e os
interesses da comunidade particular e, por outro lado, entre as duas espécies de
interesses reunidas e o ponto de vista mais elevado do Estado e suas determinações.
O espírito corporativo, que nasce da legitimidade dos domínios particulares, no
interior de si mesmo se transforma em espírito do Estado, pois no Estado encontra o
meio de alcançar os seus fins particulares. Esse é, deste ponto de vista, o segredo do
patriotismo dos cidadãos: reconhecem o Estado como sua substância, pois
conservam os seus interesses particulares, sua legitimidade, sua autoridade e
seu bem-estar. No espírito corporativo, que imediatamente implica a ligação do
particular ao universal, é onde se verifica como o poder e a profundidade do
Estado radicam-se nos sentimentos (HEGEL, 2003: 267, os grifos são nossos).
Fazendo uma comparação com a Geografia, verifica-se que esta disciplina serviu
durante muito tempo (e ainda serve) à louvação da pátria, do Estado-Nação, vide a Escola
Alemã, a Escola Francesa e Escola Anglo-Saxônica4, por exemplo, que se utilizaram do
discurso geográfico para edificar o nacionalismo.
Hoje ainda, em todos os Estados, e sobretudo nos novos Estados recentemente
saídos do domínio colonial, o ensino da geografia é, incontestavelmente, ligado à
ilustração e à edificação do sentimento nacional. Que isso agrade ou não, os
argumentos geográficos pesam muito forte, não somente no discurso político (ou
politizado), mas também na expressão popular da idéia de pátria, quer se trate de
4
Para maiores informações sobre as escolas geográficas vide MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo:
Brasiliense, 2007.
6. 6
reflexos de uma ideologia nacionalista invocada pelos coronéis, uma pequena
oligarquia, uma "burguesia nacional", uma burocracia de grande potência, ou se
refira aos sentimentos do povo vietnamita (LACOSTE, 2007: 57).
Quando Marx inverte a lógica hegeliana que aponta a subordinação da Sociedade
Civil, da Família e, até mesmo da Filosofia, para com o Estado, abriu espaço para que, mais
tarde, em meados do século XX, geógrafos estabelecessem este mesmo paralelo no que tange
à dialética Sociedade-Espaço. Como foi trabalhado/feito este paralelo? A resposta é a
Geografia Crítica ou Marxista.
A influência de Hegel pode ser reconhecida na obra de Ratzel e mesmo nos
trabalhos de Ritter. Marx teria igualmente influenciado em muitos pontos o trabalho
de Ratzel, de Vidal de La Blache, de Jean Brunhes. Todavia, e por múltiplas razões,
foi a herança idealista e positivista que, afinal de contas, acabou por se impor à
geografia, isto é, à geografia oficial: o cartesianismo, o comtismo e o kantismo eram
frequentemente apoiados e misturados aos princípios de Newton e também ao
darwinismo e ao spencerismo (SANTOS, 2002: 48).
Até antes da incursão da doutrina marxiana/marxista na Geografia, esta ciência era
dominada pelo Positivismo 5. E como é do conhecimento dos estudiosos, o positivismo incutiu
na Geografia o indutivismo, a não explicação dos fenômenos e a mera observação dos
mesmos.
Tendo tais exercidos preparatórios mostrado espontaneamente a inanidade radical
das explicações vagas e arbitrárias próprias à filosofia inicial, quer teológica, quer
metafísica, o espírito humano renuncia de ora em diante às pesquisas absolutas, que
só convinham à sua infância, e circunscreve os seus esforços ao domínio desde então
rapidamente progressivo, da verdadeira observação, única base possível dos
conhecimentos realmente acessíveis, criteriosamente adaptados às nossas
necessidades efetivas (COMTE, 2009: 12).
O trecho acima extraído é da obra Discurso Preliminar Sobre O Espírito Positivo, de
autoria de Isidore - Auguste - Marie - François - Xavier Comte, mais conhecido como
Augusto Comte. Neste pequeno trecho têm-se idéia do pensamento comtiano e da sua
influência na Geografia, pois esta ciência adotou como pano de fundo a descrição dos fatos,
dos lugares, das paisagens. A esta vertente da Geografia dá-se o nome de Geografia
Tradicional e era uma vertente puramente fisiográfica, na qual, o homem era apenas um
elemento da paisagem, ou como diria Paul Vidal de La Blache, “a Geografia é uma ciência
dos lugares e não dos Homens” (MORAES, 2005: 79).
5
“Filosofia determinista que professa, de um lado, o experimentalismo sistemático e, de outro, considera
anticientífico todo o estudo das causas finais. Assim, admite que o espírito humano é capaz de atingir verdades
positivas ou da ordem experimental, mas não resolve as questões metafísicas, não verificadas pela observação e
pela experiência” (RIBEIRO JÚNIOR, 2006:15).
7. 7
Sob a matriz do Positivismo, a Geografia serviu para escamotear a vital importância de
se pensar o Espaço, escondendo assim as contradições vigentes no seu processo de produção.
A preocupação social era nula, haja vista não era enfatizada a Sociedade Civil (possível
alusão à Marx), mas sim o Estado (possível alusão à Hegel). O marxismo, só penetrará na
Geografia a partir da crise ambiental e dos modelos quantitativistas presentes.
O marxismo representa uma forma de pensamento enraizada na filosofia de Georg
Wilhelm Hegel (1770-1831). Todavia tenha aí suas raízes, não é um pensamento de
corte romântico e idealista, como o é o pensamento hegeliano, ponto alto da filosofia
clássica alemã. Marx (1818-1883) extrai da filosofia de Hegel o seu sentido de
história e o caráter dialético do real, seja esse real a natureza - campo da história
natural -, seja ele o homem - campo da história social -, uma história se desdobrando
na outra como processo de construção do homem. O sentido da história dá o tom
holista do pensamento marxista: a história social do homem é o salto de qualidade
dialético do desenvolvimento da sua história natural, um processo realizado pelo
trabalho (“desde quando aparece no mundo, história natural e história social do
homem se confundem” como Marx sintetiza em A Ideologia Alemã), por meio do
qual se dá a hominização do homem pelo próprio homem, fundando com isso o
materialismo histórico (MOREIRA, 2006:39-40).
O período de efervescência que foi experimentado na segunda metade do século XX
abalou a Geografia. Geógrafos inquietos com as diretrizes tomadas por esta ciência começam
a questionar a função ideológica da mesma, a serviço principalmente do Estado.
Colocar como ponto de partida que a geografia serve, primeiro, para fazer a guerra
não implica afirmar que ela só serve para conduzir operações militares; ela serve
também para organizar territórios, são somente como previsão das batalhas que é
preciso mover contra este ou aquele adversário, mas também para melhor
controlar os homens sobre os quais o aparelho de Estado exerce sua autoridade
(LACOSTE, 2007: 22-23, os grifos são nossos).
Geógrafos como P. George, R. Guglielmo, B. Kayser, Jean Tricart, Jean Dresch e,
principalmente Yves Lacoste6, David Harvey, Edward Soja, Armando Correa da Silva,
Massimo Quaini e Milton Santos, trouxeram para esta ciência a possibilidade de se fazer uma
Geografia Nova, uma Geografia que se preocupe com a transformação da sociedade e não
sirva apenas para legitimar o domínio do aparelho Estado. Eis então o pensamento marxista
sobre a Geografia.
Os geógrafos dos anos 1950 e 1970 descobrem Hegel e Marx, e completam, dois
séculos depois, o circuito da incursão da geografia pelo terreno da filosofia clássica
6
Sobre este autor vide A Geografia - isso serve em primeiro lugar, para fazer a guerra. 13ªed. Trad. Maria
Cecília FRANÇA. Campinas, SP: Papirus, 2007. Nesta obra o autor tece uma crítica ferrenha e contundente à
sua ciência e pelo que fizeram dela, abordando pontos ideológicos (como a ação desta disciplina e sua aliança
com o Estado), a restrição ao saber pensar o espaço que fica nas mãos de poucos, o escamoteamento da
realidade social, carências epistemológicas, geopolítica, dentre outros aspectos.
8. 8
alemã, incorporando ao pensamento geográfico moderno a dialética e i sentido de
história de Hegel, via Marx [...](MOREIRA, 2006:40).
Um dos maiores “marxizantes7” da geografia brasileira, Milton Santos também deu
sua contribuição, no que tange à “dialeticidade” entre Sociedade e Espaço e vice-versa,
mostrando que ambos se influenciam e se determinam e não apenas um em detrimento do
outro. Milton Santos inverte toda lógica da Geografia Tradicional na qual o espaço é apenas
um produto da sociedade determinado por esta. Inverte também a lógica da Geografia
Regional de La Blache na qual o Homem, ou Sociedade, é apenas um elemento da Paisagem,
ou seja, à luz do materialismo dialético demonstra como Homem (Sociedade) e Espaço se
influenciam concomitantemente.
Pode-se pensar numa dialética entre a sociedade e o conjunto de formas espaciais,
entre a sociedade e a paisagem? Ou a dialética se daria exclusivamente entre
sociedade e espaço? É a sociedade, isto é, o homem, que anima as formas espaciais,
atribuindo-lhes um conteúdo, uma vida. Só a vida é passível desse processo infinito
que vai do passado ao futuro, só ela tem o poder de tudo transformar amplamente.
Tudo o que não retira sua significação desse comércio com o homem, é incapaz de
um movimento próprio, não pode participar de nenhum movimento contraditório, de
nenhuma dialética [...] Não existe dialética possível entre formas enquanto formas.
Nem, a rigor, entre paisagem e sociedade. A sociedade se geografiza através dessas
formas, atribuindo-lhes uma função que, ao longo da história, vai mudando. O
espaço é a síntese, sempre provisória, entre o conteúdo social e as formas espaciais.
Mas a contradição principal é entre sociedade e espaço, entre um presente invasor e
ubíquo que nunca se realiza completamente, e um presente localizado, que também é
passado objetivado nas formas sociais e nas formas geográficas encontradas. [...] Em
cada momento, em última análise, a sociedade está agindo sobre ela própria, e
jamais sobre a materialidade exclusivamente. A dialética, pois, não é entre
sociedade e paisagem, mas entre sociedade e espaço. E vice-versa (2006: 70-71,
os grifos são nossos).
Portanto, a Geografia Crítica ou Marxista é a saída da Geografia do estado de
minoridade. É, pois, a Geografia Marxista que estabelece a dialética material entre Sociedade
e Espaço. Se antes, para a Geografia Tradicional, pensava-se que o Espaço era determinado
unilateralmente pela Sociedade (assim como Hegel subordinava a Sociedade Civil para com o
Estado), foi a partir da segunda metade do século XX, com a Geografia Crítica, que o espaço
é evidenciado, ou seja, o Espaço também determina ou influencia a Sociedade, e vice-versa
(tal como Marx pensava e ensinava que a Família, a Sociedade Civil e o Estado se
determinam simultaneamente).
Não há dúvida de que a assimilação do marxismo foi a pedra angular na edificação
da chamada geografia crítica, influenciando de modo intenso todos os seus aspectos
teórico-metodológicos e ideológicos. Houve diferenças significativas nas formas
dessa assimilação, dependendo do país, instituição ou mesmo das interpretações
7
Aqueles “que tiram da obra de Marx o que lhes convém”, de acordo com Netto (2006: 9).
9. 9
particulares de cada geógrafo sobre a obra marxiana, mas é inegável que o marxismo
constituiu a principal fonte da geografia crítica ou radical (DINIZ FILHO, 2004:
77).
Notadamente, não foi somente esta obra marxiana, Crítica da Filosofia do Direito de
Hegel, que influenciou os geógrafos a politizarem as questões e evidenciarem a sociedade no
espaço. Todavia, as observações que Marx pondera ao longo da obra, permitem que, mesmo
indiretamente, o espaço social, o espaço da sociedade seja posto em destaque.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do que foi trabalhado nesta análise, observou-se que é totalmente infrutífero
a indiferença entre Geografia e Filosofia, pois ambas fornecem elementos para a compreensão
de aspectos do mundo moderno, tanto do ponto de vista teórico/conceitual, como da práxis.
Como já fora mencionado, Hegel vê no monarca o “Homem-Deus”, bem como no
autoritarismo do Estado, a universalização e a expressão da razão. Marx, ao contrário, ressalta
frequentemente a importância da Sociedade Civil e da Família, pois ambos influenciam
simultaneamente o Estado, haja vista são seus pressupostos. A louvação que Hegel faz junto
ao Estado, personificados no monarca e nos funcionários executivos, os representantes, mais
tarde será invertida por Marx quando o proletariado assumirá o papel principal na sociedade.
É esta dialética materialista que modificará a maneira de se fazer e pensar Geografia a
partir de meados do século XX. Ao desgarrarem-se paulatinamente da ingerência positivista
representada pela Geografia Tradicional, geógrafos de todo mundo reafirmarão o Espaço na
Teoria Social, bem como expressarão que o mesmo não é somente, reflexo da sociedade, mas
também exerce elevada influência sobre aquela. O salto de qualidade da Geografia não
poderia ser expresso com melhor nome: GEOGRAFIA MARXISTA.
REFERÊNCIAS
COMTE, Augusto. Discurso Preliminar Sobre O Espírito Positivo. Trad. Renato Barboza
Rodrigues PEREIRA. Disponível em:
http://www.4shared.com/file/18694960/a31f46be/Augusto_Comte_-
_Discurso_premilinar_sobre_o_espirito_positivo.html?s=1. Acesso em 19 de janeiro de 2009.
10. 10
HEGEL, G.W.F. Princípios da Filosofia do Direito. 3ª tiragem. Trad. Orlando VITORINO.
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