O documento resume um livro sobre os conflitos socioambientais na Reserva Extrativista de Tauá-Mirim em São Luís, Maranhão. O livro descreve a disputa entre moradores que reivindicam o território e o projeto de um polo siderúrgico na área em 2001. Analisa como diferentes grupos atribuem significados diferentes ao território e como o conflito ambientalizou um conflito social. Discutem-se também o modo de vida tradicional na região e os movimentos sociais em defesa da reserva.
O desenvolvimento geográfico desigual da suzano papel e celulose no maranhãoajr_tyler
Busca-se investigar o desenvolvimento geográfico desigual da Suzano no Maranhão, atentando para a relação com o Estado, os conflitos sociais e os impactos ambientais. Concebe-se, aqui, a Suzano como um agente social e econômico dotado de características particulares cujas ações influenciam e reverberam nas dimensões socioambientais do espaço
geográfico maranhense e além fronteiras. Para isto realizou-se três etapas principais: trabalhos
de campo, a revisão bibliográfica e a produção da dissertação. Além da apresentação, introdução e metodologia, a dissertação está dividida em cinco capítulos. No primeiro capítulo procurou-se entender o debate realizado por alguns geógrafos acerca da discussão desenvolvimento/subdesenvolvimento. São destacados os seguintes autores: 1) Yves Lacoste,
2) Milton Santos 3) Horieste Gomes, 4) Germán Wettstein, 5) Carlos Walter Porto-Gonçalves e 6) Jorge Montenegro Gómez. No segundo capítulo, advogo que a leitura do capitalismo contemporâneo, para além da dicotomia desenvolvido-subdesenvolvido, deve tomar como
base a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do capitalismo, sustentada pelos geógrafos Neil Smith e David Harvey. No capítulo terceiro, trouxe para a discussão reflexões acerca do papel do Estado na evolução histórica do Grupo Suzano, bem como seu
consequente desenvolvimento. Sustento que o apoio do Estado é de fundamental importância para o desenvolvimento da empresa. Apoio esse que se materializa em isenções fiscais, planos de desenvolvimento e apoios financeiros, como no caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No quarto capítulo, que trata sobre os projetos de desenvolvimento, o intuito é ofertar um panorama geral acerca da territorialização da empresa no referido Estado. Procuro, sempre que possível, refletir teoricamente acerca da interconexão dos projetos florestais, plantas industriais, acessos rodoferroviários e terminal portuário. Por fim, apresento uma reflexão na qual pretendo compreender a produção da natureza como estratégia de acumulação analisando a aquisição da empresa de biotecnologia FuturaGene pela Suzano.
Resenha o enigma do capital, de David Harveyajr_tyler
Este documento resume um livro de David Harvey chamado "O enigma do capital" em três parágrafos. A obra analisa as crises do capitalismo e como o capital flui através do espaço e do tempo em busca de acumulação contínua, enfrentando barreiras. O autor também discute como a natureza é afetada pelo capitalismo e como as crises podem ter impactos geograficamente desiguais em diferentes países.
Sobre a evolução do conceito de campesinatoIgor Bulhões
1. O documento discute a evolução do conceito de "campesinato" no pensamento social agrário alternativo.
2. Apresenta as tradições antigas e novas dos estudos camponeses, mostrando uma mudança em direção à agroecologia.
3. Defende que a agroecologia, baseada no "modelo camponês", oferece a única solução sustentável para os problemas socioambientais atuais.
A atualidade do uso do conceito de camponês.Dudetistt
Este artigo defende a utilização do conceito de camponês para analisar a realidade agrária brasileira, argumentando que ele captura melhor a complexidade social e política dos agricultores do que conceitos como agricultura familiar. Apresenta a definição de camponês adotada e discute como o conceito vem sendo usado. Fornece evidências da predominância de valores camponeses entre assentados rurais, mostrando a atualidade do conceito.
Este documento resume um livro sobre a obra do médico e intelectual brasileiro Josué de Castro. A autora faz uma releitura da obra de Castro dividida em duas fases, analisando a evolução de seu pensamento sobre o conceito de fome no Brasil e as influências intelectuais recebidas ao longo de sua trajetória. O documento também resume um seminário sobre globalização, democracia e políticas públicas.
Matriz de objeto_de_avaliação_do_pas_primeira_etapa_subprograma_2013-2015tiago200202
O documento descreve a Matriz de Objetos de Avaliação do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília. A matriz estabelece objetos de conhecimento e competências avaliadas em três etapas do ensino médio. O primeiro objeto de conhecimento é "O ser humano como um ser no mundo" e discute questões filosóficas sobre a existência humana a partir de obras literárias, musicais e artísticas.
1) O documento discute a longevidade do campesinato no capitalismo, contrariando previsões de Marxistas de sua rápida decomposição.
2) É apresentado o modo de produção camponês como um conjunto coerente de forças produtivas e relações de produção que se insere em diferentes formações econômicas.
3) O campesinato continua a se reproduzir com seus próprios princípios de existência mesmo dentro de economias capitalistas e socialistas.
Este artigo discute a democratização das atividades de aventura na natureza no Brasil, levando em consideração as desigualdades socioeconômicas. O projeto "Canoagem Popular" em Piracicaba é apresentado como exemplo de iniciativa para tornar essas atividades acessíveis a mais pessoas. O artigo também destaca a alta desigualdade de renda no Brasil e como isso limita as experiências de lazer para muitos.
O desenvolvimento geográfico desigual da suzano papel e celulose no maranhãoajr_tyler
Busca-se investigar o desenvolvimento geográfico desigual da Suzano no Maranhão, atentando para a relação com o Estado, os conflitos sociais e os impactos ambientais. Concebe-se, aqui, a Suzano como um agente social e econômico dotado de características particulares cujas ações influenciam e reverberam nas dimensões socioambientais do espaço
geográfico maranhense e além fronteiras. Para isto realizou-se três etapas principais: trabalhos
de campo, a revisão bibliográfica e a produção da dissertação. Além da apresentação, introdução e metodologia, a dissertação está dividida em cinco capítulos. No primeiro capítulo procurou-se entender o debate realizado por alguns geógrafos acerca da discussão desenvolvimento/subdesenvolvimento. São destacados os seguintes autores: 1) Yves Lacoste,
2) Milton Santos 3) Horieste Gomes, 4) Germán Wettstein, 5) Carlos Walter Porto-Gonçalves e 6) Jorge Montenegro Gómez. No segundo capítulo, advogo que a leitura do capitalismo contemporâneo, para além da dicotomia desenvolvido-subdesenvolvido, deve tomar como
base a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do capitalismo, sustentada pelos geógrafos Neil Smith e David Harvey. No capítulo terceiro, trouxe para a discussão reflexões acerca do papel do Estado na evolução histórica do Grupo Suzano, bem como seu
consequente desenvolvimento. Sustento que o apoio do Estado é de fundamental importância para o desenvolvimento da empresa. Apoio esse que se materializa em isenções fiscais, planos de desenvolvimento e apoios financeiros, como no caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No quarto capítulo, que trata sobre os projetos de desenvolvimento, o intuito é ofertar um panorama geral acerca da territorialização da empresa no referido Estado. Procuro, sempre que possível, refletir teoricamente acerca da interconexão dos projetos florestais, plantas industriais, acessos rodoferroviários e terminal portuário. Por fim, apresento uma reflexão na qual pretendo compreender a produção da natureza como estratégia de acumulação analisando a aquisição da empresa de biotecnologia FuturaGene pela Suzano.
Resenha o enigma do capital, de David Harveyajr_tyler
Este documento resume um livro de David Harvey chamado "O enigma do capital" em três parágrafos. A obra analisa as crises do capitalismo e como o capital flui através do espaço e do tempo em busca de acumulação contínua, enfrentando barreiras. O autor também discute como a natureza é afetada pelo capitalismo e como as crises podem ter impactos geograficamente desiguais em diferentes países.
Sobre a evolução do conceito de campesinatoIgor Bulhões
1. O documento discute a evolução do conceito de "campesinato" no pensamento social agrário alternativo.
2. Apresenta as tradições antigas e novas dos estudos camponeses, mostrando uma mudança em direção à agroecologia.
3. Defende que a agroecologia, baseada no "modelo camponês", oferece a única solução sustentável para os problemas socioambientais atuais.
A atualidade do uso do conceito de camponês.Dudetistt
Este artigo defende a utilização do conceito de camponês para analisar a realidade agrária brasileira, argumentando que ele captura melhor a complexidade social e política dos agricultores do que conceitos como agricultura familiar. Apresenta a definição de camponês adotada e discute como o conceito vem sendo usado. Fornece evidências da predominância de valores camponeses entre assentados rurais, mostrando a atualidade do conceito.
Este documento resume um livro sobre a obra do médico e intelectual brasileiro Josué de Castro. A autora faz uma releitura da obra de Castro dividida em duas fases, analisando a evolução de seu pensamento sobre o conceito de fome no Brasil e as influências intelectuais recebidas ao longo de sua trajetória. O documento também resume um seminário sobre globalização, democracia e políticas públicas.
Matriz de objeto_de_avaliação_do_pas_primeira_etapa_subprograma_2013-2015tiago200202
O documento descreve a Matriz de Objetos de Avaliação do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília. A matriz estabelece objetos de conhecimento e competências avaliadas em três etapas do ensino médio. O primeiro objeto de conhecimento é "O ser humano como um ser no mundo" e discute questões filosóficas sobre a existência humana a partir de obras literárias, musicais e artísticas.
1) O documento discute a longevidade do campesinato no capitalismo, contrariando previsões de Marxistas de sua rápida decomposição.
2) É apresentado o modo de produção camponês como um conjunto coerente de forças produtivas e relações de produção que se insere em diferentes formações econômicas.
3) O campesinato continua a se reproduzir com seus próprios princípios de existência mesmo dentro de economias capitalistas e socialistas.
Este artigo discute a democratização das atividades de aventura na natureza no Brasil, levando em consideração as desigualdades socioeconômicas. O projeto "Canoagem Popular" em Piracicaba é apresentado como exemplo de iniciativa para tornar essas atividades acessíveis a mais pessoas. O artigo também destaca a alta desigualdade de renda no Brasil e como isso limita as experiências de lazer para muitos.
O documento discute a juventude no campo brasileiro e como as ciências sociais abordam o tema. Apresenta a evolução histórica da estrutura fundiária e das políticas públicas voltadas para o campo, e como isso impacta os jovens. Também reflete sobre como superar a dicotomia campo-cidade para melhor entender a realidade atual.
O documento resume o livro "Por uma Outra Globalização", escrito por Milton Santos. O autor critica a globalização atual e defende uma globalização mais humana e igualitária. Ele divide a globalização em três facetas: como fábula, como perversidade e como possibilidade de um futuro melhor. O livro é recomendado para estudantes do ensino médio e trata de tópicos complexos de forma acessível.
Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.lucavao2010
O documento discute temas interdisciplinares em ciências humanas como tempo, espaço e representações cartográficas. Aborda também avaliações externas em sites como Prova Brasil e Qedu, além de competências e habilidades esperadas para diferentes ciclos de ensino fundamental e médio.
EDGARD LEUENROTH. Anarquismo - Roteiro de Libertação SocialWesley Guedes
Este livro apresenta os princípios do anarquismo e como eles podem ser aplicados para solucionar problemas sociais. O prefácio escrito por Agustin Souchy destaca a importância de despertar o espírito de liberdade nos movimentos emancipadores e como o anarquismo luta pela liberdade e bem-estar de todas as pessoas. O primeiro capítulo descreve a idéia anarquista como uma força que inspirou revoltas ao longo da história em busca de justiça social.
Este documento discute a questão agrária no pensamento político e social brasileiro através de uma coletânea de artigos sobre o tema. Apresenta uma breve introdução contextualizando o debate sobre a questão agrária no Brasil e a importância do paradigma marxista para o desenvolvimento dos estudos agrários. Resume os principais pontos do debate marxista clássico sobre a questão, destacando autores como Kautsky, Lênin e Chayanov e suas análises sobre o processo de diferenciação do campesinato e a penetração do capitalismo
Este documento discute as transformações no mundo do trabalho e sua relação com a saúde. Apresenta o trabalho como categoria central para entender a sociedade e como as necessidades de saúde são historicamente determinadas pelas transformações no mundo do trabalho. Reflete sobre como o trabalho em saúde visa controlar doenças e recuperar a força de trabalho para a reprodução social.
Este documento resume um trabalho acadêmico sobre a obra "Fronteira" do sociólogo brasileiro José de Souza Martins. O trabalho analisa como Martins conceitua a fronteira como um lugar de conflito e desumanização, onde diferentes concepções de humanidade colidem. Ele argumenta que a fronteira representa o renascimento do capitalismo através da superexploração do trabalho e formas análogas à escravidão. O trabalho também discute a metodologia de Martins, que adota a perspectiva das vítimas e realiza
O artigo discute a relação entre a nova classe média e o consumo no Brasil, criticando abordagens que associam o crescimento da classe média a progresso social de forma linear. A autora propõe uma análise dialética do consumo baseada em Álvaro Vieira Pinto, distinguindo consumidor e não-consumidor e mostrando como o consumo pode significar também o desgaste do indivíduo.
Este documento discute a desigualdade e a pobreza na América Latina no contexto do serviço social. Apresenta o quadro dramático da questão social no Brasil e na América Latina, onde a desigualdade é indissociável do capitalismo e da produção reiterada da pobreza. Contesta a ideia de que o crescimento econômico é suficiente para combater a pobreza. Situa historicamente o estado de bem-estar social e analisa o impacto da ofensiva do capital nos países periféricos, que provocou novas express
Este documento discute as diferenças entre agricultura camponesa e agricultura familiar. Apresenta a Via Campesina e a FETRAF-SUL como organizações que representam esses grupos e defendem a soberania alimentar e a reforma agrária. Critica a visão de que o camponês desaparecerá ao se integrar ao mercado, defendendo que a luta política, e não o mercado, permitiu a recriação do campesinato no Brasil.
Este documento discute as origens do conceito de agricultura familiar no Brasil. Apresenta duas vertentes de pensamento sobre o tema e adota a perspectiva de que as transformações vividas pelo agricultor familiar moderno não representam ruptura com formas anteriores, mantendo traços camponeses. Discute características da produção camponesa e sua influência no funcionamento atual das unidades familiares, destacando cinco grupos na origem da agricultura familiar brasileira: índios, escravos africanos, mestiços, brancos não-herde
O documento discute os estudos sobre o cotidiano na história. Apresenta três objetivos principais destes estudos: 1) Mudar o foco da história das narrativas dos grandes heróis para as narrativas do dia a dia das pessoas comuns; 2) Compreender como padrões, ideias e ideais influenciam as pessoas e são alterados pelos grupos sociais; 3) Reconstituir aspectos do cotidiano como formas de amar, relação com a natureza e padrões de beleza de diferentes civilizações.
Este documento apresenta e analisa aspectos da formação e organização do espaço urbano como um contínuo do espaço rural na região de Campo Mourão no Paraná, Brasil. Aborda a história da região ligada a conflitos pela terra e como o "progresso" agrícola levou a transformações espaciais e sociais, como o êxodo rural e problemas socioambientais. Analisa também como a geografia pode estabelecer conhecimento sobre as relações espaciais construídas pelo homem.
Este documento apresenta um livro sobre a história da questão agrária no Brasil, com textos de autores dos anos 1960 que analisaram as relações sociais e de produção na agricultura brasileira desde o período colonial até 1960. O livro reúne ensaios de pensadores marxistas agrupados em quatro vertentes: o pensamento do Partido Comunista Brasileiro, Caio Prado Jr., a "escola cepalina" e a esquerda do Partido Trabalhista Brasileiro.
Chacina da Lapa 30 anos - Herois da luta pela democracia e pelo socialismoJuventude Campinense
O documento descreve a Chacina da Lapa, ocorrida em 16 de dezembro de 1976, quando membros da direção do Partido Comunista do Brasil foram assassinados pela ditadura militar. O texto destaca que a juventude teve um papel importante na resistência contra o regime e que a chacina teve como objetivo aniquilar a liderança do PCdoB. Também relata como a direção do partido precisou ser conduzida do exterior após o massacre e como Pomar, Arroyo e Drummond representaram três gerações de lutadores com
Este documento apresenta um livro sobre as dimensões regionais e urbanas do desenvolvimento socioeconômico de São José do Rio Preto em São Paulo. O livro contém oito capítulos que abordam a história econômica da região, a dinâmica regional, a estrutura urbana da cidade, o mercado de trabalho, políticas públicas e a informalidade. A obra fornece uma análise multifacetada do desenvolvimento de São José do Rio Preto ao longo do tempo.
Marx karl.-contribuição-à-crítica-da-economia-políticaMayara Dos Santos
Este documento é a segunda edição da tradução para o português da obra "Contribuição à Crítica da Economia Política", de Karl Marx, feita por Florestan Fernandes. Apresenta o prefácio e o capítulo 1, que discute o conceito de mercadoria, além de anexos com textos introdutórios sobre a obra de Marx.
Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao l...iicabrasil
Apresentamos aos leitores – especialmente aos militantes camponeses, aos interessados e aos estudiosos da questão camponesa no Brasil – uma obra que é o resultado de um fantástico esforço intelectual e coletivo. A elaboração da História Social do Campesinato no Brasil envolveu grande número de estudiosos e pesquisadores dos mais variados pontos do país, num esforço conjunto, planejado e articulado, que resulta agora na publicação de dez volumes retratando parte da história, resistências, lutas, expressões, diversidades, utopias, teorias explicativas, enfi m, as várias faces e a trajetória histórica do campesinato brasileiro. A idéia de organizar uma História Social do Campesinato no Brasil afl orou no fi m de 2003, durante os estudos e os debates para a elaboração de estratégias de desenvolvimento do campesinato no Brasil que vinham sendo realizados desde meados desse ano por iniciativa do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), com envolvimento, em seguida, da Via Campesina Brasil, composta, além de pelo próprio MPA, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), pelo Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), pela Pastoral da Juventude Rural (PJR), pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e pela Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (Feab).
Este dossiê apresenta a obra completa do Inca Garcilaso de la Vega em três volumes editados por Carlos Araníbar. Garcilaso de la Vega foi um dos primeiros autores mestiços a narrar a história da conquista do ponto de vista indígena em suas obras do século XVII, desafiando as versões dos cronistas espanhóis. Sua obra constitui um exemplo importante de texto autoetnográfico que representa os povos originários de forma diferente do discurso colonial e revela uma versão pessoal da história dessas culturas.
A «Floresta» em Portugal Porquê uma Aliança pela Floresta AutóctoneJorge Moreira
1) Em 2016, um grupo de ambientalistas lançou a ideia de uma Aliança para Acabar com os Incêndios Florestais recorrentes em Portugal após os grandes incêndios de 2016. 2) Em 2017, o grupo elaborou um Apelo para uma Aliança pela Floresta Autóctone com o objetivo de promover espécies nativas e prevenir incêndios. 3) Desde então, a Aliança vem organizando debates públicos e aumentando o número de assinantes do Apelo, atualmente com cerca de 1300 membros.
Este artigo analisa o uso dos termos "populações" e "comunidades" tradicionais para descrever grupos na Amazônia. Discute que os autores usam esses termos como preferência semântica, não epistemológica. Leis brasileiras usam ambos os termos sem distinção clara. Na Amazônia, esses termos ajudam a entender categorias sociais que lutam por reconhecimento e modo de vida.
O documento discute a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento sustentável para a América Latina e Caribe, tendo como base a integração regional. O autor argumenta que o desenvolvimento humano sustentável deve ser a perspectiva orientadora e que a integração por meio de iniciativas como a ALBA pode viabilizar tal desenvolvimento.
O documento discute a juventude no campo brasileiro e como as ciências sociais abordam o tema. Apresenta a evolução histórica da estrutura fundiária e das políticas públicas voltadas para o campo, e como isso impacta os jovens. Também reflete sobre como superar a dicotomia campo-cidade para melhor entender a realidade atual.
O documento resume o livro "Por uma Outra Globalização", escrito por Milton Santos. O autor critica a globalização atual e defende uma globalização mais humana e igualitária. Ele divide a globalização em três facetas: como fábula, como perversidade e como possibilidade de um futuro melhor. O livro é recomendado para estudantes do ensino médio e trata de tópicos complexos de forma acessível.
Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.lucavao2010
O documento discute temas interdisciplinares em ciências humanas como tempo, espaço e representações cartográficas. Aborda também avaliações externas em sites como Prova Brasil e Qedu, além de competências e habilidades esperadas para diferentes ciclos de ensino fundamental e médio.
EDGARD LEUENROTH. Anarquismo - Roteiro de Libertação SocialWesley Guedes
Este livro apresenta os princípios do anarquismo e como eles podem ser aplicados para solucionar problemas sociais. O prefácio escrito por Agustin Souchy destaca a importância de despertar o espírito de liberdade nos movimentos emancipadores e como o anarquismo luta pela liberdade e bem-estar de todas as pessoas. O primeiro capítulo descreve a idéia anarquista como uma força que inspirou revoltas ao longo da história em busca de justiça social.
Este documento discute a questão agrária no pensamento político e social brasileiro através de uma coletânea de artigos sobre o tema. Apresenta uma breve introdução contextualizando o debate sobre a questão agrária no Brasil e a importância do paradigma marxista para o desenvolvimento dos estudos agrários. Resume os principais pontos do debate marxista clássico sobre a questão, destacando autores como Kautsky, Lênin e Chayanov e suas análises sobre o processo de diferenciação do campesinato e a penetração do capitalismo
Este documento discute as transformações no mundo do trabalho e sua relação com a saúde. Apresenta o trabalho como categoria central para entender a sociedade e como as necessidades de saúde são historicamente determinadas pelas transformações no mundo do trabalho. Reflete sobre como o trabalho em saúde visa controlar doenças e recuperar a força de trabalho para a reprodução social.
Este documento resume um trabalho acadêmico sobre a obra "Fronteira" do sociólogo brasileiro José de Souza Martins. O trabalho analisa como Martins conceitua a fronteira como um lugar de conflito e desumanização, onde diferentes concepções de humanidade colidem. Ele argumenta que a fronteira representa o renascimento do capitalismo através da superexploração do trabalho e formas análogas à escravidão. O trabalho também discute a metodologia de Martins, que adota a perspectiva das vítimas e realiza
O artigo discute a relação entre a nova classe média e o consumo no Brasil, criticando abordagens que associam o crescimento da classe média a progresso social de forma linear. A autora propõe uma análise dialética do consumo baseada em Álvaro Vieira Pinto, distinguindo consumidor e não-consumidor e mostrando como o consumo pode significar também o desgaste do indivíduo.
Este documento discute a desigualdade e a pobreza na América Latina no contexto do serviço social. Apresenta o quadro dramático da questão social no Brasil e na América Latina, onde a desigualdade é indissociável do capitalismo e da produção reiterada da pobreza. Contesta a ideia de que o crescimento econômico é suficiente para combater a pobreza. Situa historicamente o estado de bem-estar social e analisa o impacto da ofensiva do capital nos países periféricos, que provocou novas express
Este documento discute as diferenças entre agricultura camponesa e agricultura familiar. Apresenta a Via Campesina e a FETRAF-SUL como organizações que representam esses grupos e defendem a soberania alimentar e a reforma agrária. Critica a visão de que o camponês desaparecerá ao se integrar ao mercado, defendendo que a luta política, e não o mercado, permitiu a recriação do campesinato no Brasil.
Este documento discute as origens do conceito de agricultura familiar no Brasil. Apresenta duas vertentes de pensamento sobre o tema e adota a perspectiva de que as transformações vividas pelo agricultor familiar moderno não representam ruptura com formas anteriores, mantendo traços camponeses. Discute características da produção camponesa e sua influência no funcionamento atual das unidades familiares, destacando cinco grupos na origem da agricultura familiar brasileira: índios, escravos africanos, mestiços, brancos não-herde
O documento discute os estudos sobre o cotidiano na história. Apresenta três objetivos principais destes estudos: 1) Mudar o foco da história das narrativas dos grandes heróis para as narrativas do dia a dia das pessoas comuns; 2) Compreender como padrões, ideias e ideais influenciam as pessoas e são alterados pelos grupos sociais; 3) Reconstituir aspectos do cotidiano como formas de amar, relação com a natureza e padrões de beleza de diferentes civilizações.
Este documento apresenta e analisa aspectos da formação e organização do espaço urbano como um contínuo do espaço rural na região de Campo Mourão no Paraná, Brasil. Aborda a história da região ligada a conflitos pela terra e como o "progresso" agrícola levou a transformações espaciais e sociais, como o êxodo rural e problemas socioambientais. Analisa também como a geografia pode estabelecer conhecimento sobre as relações espaciais construídas pelo homem.
Este documento apresenta um livro sobre a história da questão agrária no Brasil, com textos de autores dos anos 1960 que analisaram as relações sociais e de produção na agricultura brasileira desde o período colonial até 1960. O livro reúne ensaios de pensadores marxistas agrupados em quatro vertentes: o pensamento do Partido Comunista Brasileiro, Caio Prado Jr., a "escola cepalina" e a esquerda do Partido Trabalhista Brasileiro.
Chacina da Lapa 30 anos - Herois da luta pela democracia e pelo socialismoJuventude Campinense
O documento descreve a Chacina da Lapa, ocorrida em 16 de dezembro de 1976, quando membros da direção do Partido Comunista do Brasil foram assassinados pela ditadura militar. O texto destaca que a juventude teve um papel importante na resistência contra o regime e que a chacina teve como objetivo aniquilar a liderança do PCdoB. Também relata como a direção do partido precisou ser conduzida do exterior após o massacre e como Pomar, Arroyo e Drummond representaram três gerações de lutadores com
Este documento apresenta um livro sobre as dimensões regionais e urbanas do desenvolvimento socioeconômico de São José do Rio Preto em São Paulo. O livro contém oito capítulos que abordam a história econômica da região, a dinâmica regional, a estrutura urbana da cidade, o mercado de trabalho, políticas públicas e a informalidade. A obra fornece uma análise multifacetada do desenvolvimento de São José do Rio Preto ao longo do tempo.
Marx karl.-contribuição-à-crítica-da-economia-políticaMayara Dos Santos
Este documento é a segunda edição da tradução para o português da obra "Contribuição à Crítica da Economia Política", de Karl Marx, feita por Florestan Fernandes. Apresenta o prefácio e o capítulo 1, que discute o conceito de mercadoria, além de anexos com textos introdutórios sobre a obra de Marx.
Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao l...iicabrasil
Apresentamos aos leitores – especialmente aos militantes camponeses, aos interessados e aos estudiosos da questão camponesa no Brasil – uma obra que é o resultado de um fantástico esforço intelectual e coletivo. A elaboração da História Social do Campesinato no Brasil envolveu grande número de estudiosos e pesquisadores dos mais variados pontos do país, num esforço conjunto, planejado e articulado, que resulta agora na publicação de dez volumes retratando parte da história, resistências, lutas, expressões, diversidades, utopias, teorias explicativas, enfi m, as várias faces e a trajetória histórica do campesinato brasileiro. A idéia de organizar uma História Social do Campesinato no Brasil afl orou no fi m de 2003, durante os estudos e os debates para a elaboração de estratégias de desenvolvimento do campesinato no Brasil que vinham sendo realizados desde meados desse ano por iniciativa do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), com envolvimento, em seguida, da Via Campesina Brasil, composta, além de pelo próprio MPA, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), pelo Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), pela Pastoral da Juventude Rural (PJR), pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e pela Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (Feab).
Este dossiê apresenta a obra completa do Inca Garcilaso de la Vega em três volumes editados por Carlos Araníbar. Garcilaso de la Vega foi um dos primeiros autores mestiços a narrar a história da conquista do ponto de vista indígena em suas obras do século XVII, desafiando as versões dos cronistas espanhóis. Sua obra constitui um exemplo importante de texto autoetnográfico que representa os povos originários de forma diferente do discurso colonial e revela uma versão pessoal da história dessas culturas.
A «Floresta» em Portugal Porquê uma Aliança pela Floresta AutóctoneJorge Moreira
1) Em 2016, um grupo de ambientalistas lançou a ideia de uma Aliança para Acabar com os Incêndios Florestais recorrentes em Portugal após os grandes incêndios de 2016. 2) Em 2017, o grupo elaborou um Apelo para uma Aliança pela Floresta Autóctone com o objetivo de promover espécies nativas e prevenir incêndios. 3) Desde então, a Aliança vem organizando debates públicos e aumentando o número de assinantes do Apelo, atualmente com cerca de 1300 membros.
Este artigo analisa o uso dos termos "populações" e "comunidades" tradicionais para descrever grupos na Amazônia. Discute que os autores usam esses termos como preferência semântica, não epistemológica. Leis brasileiras usam ambos os termos sem distinção clara. Na Amazônia, esses termos ajudam a entender categorias sociais que lutam por reconhecimento e modo de vida.
O documento discute a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento sustentável para a América Latina e Caribe, tendo como base a integração regional. O autor argumenta que o desenvolvimento humano sustentável deve ser a perspectiva orientadora e que a integração por meio de iniciativas como a ALBA pode viabilizar tal desenvolvimento.
Ii encontro de estudos e pesquisas em questão agrária e educação no campo no ...Tatiana Carvalho
O documento resume o II Encontro de Estudos e Pesquisas em Questão Agrária Educação no Campo no Maranhão realizado entre os dias 7 a 9 de Novembro de 2012 na UFMA. O evento debateu questões agrárias no Brasil e a importância da educação para os movimentos sociais. Palestrantes representando o MST, quilombolas e indígenas defenderam a união destes grupos e o programa PRONERA.
O documento discute as relações entre sociedade, natureza e capitalismo. Apresenta diferentes perspectivas teóricas sobre como o sistema capitalista explora os recursos naturais e gera problemas ambientais. Também analisa como questões ambientais e sociais estão interligadas e como é necessário superar dicotomias entre homem e natureza.
O documento discute a conquista do direito à moradia no meio rural através do Programa Nacional de Habitação Rural no Brasil. Apresenta a concepção de direitos humanos como construção histórica e social e destaca o papel dos movimentos sociais, especialmente o Movimento dos Pequenos Agricultores, na luta pela implementação de políticas públicas que atendam às necessidades da população rural, como o direito à moradia.
Cidadania e dignidade humana no Alto TietêLuci Bonini
Este documento discute os riscos de instalação de um aterro sanitário na região do Alto Tietê. Apresenta um breve histórico do surgimento e evolução dos aterros sanitários e os problemas atuais relacionados a eles. Argumenta que a instalação de um aterro em Mogi das Cruzes poderia prejudicar a economia local, afastar empresas, causar desconforto aos moradores e trabalhadores da região e ferir a dignidade humana, contrariando a Constituição.
O documento discute o ambientalismo no Brasil e no mundo, mencionando:
1) O surgimento do ambientalismo no Rio de Janeiro e São Paulo, com grupos defendendo a natureza desde os anos 1930.
2) O papel de conferências internacionais, como a Rio-92, em colocar questões ambientais no debate político global e em gerar discordâncias entre países ricos e pobres.
3) A dificuldade em conciliar desenvolvimento econômico e sustentabilidade devido aos padrões de consumo dos países ricos.
Este documento descreve:
1) A retomada da Aliança dos Povos da Floresta em 2007 com o objetivo de promover a valorização monetária da floresta conservada e o pagamento por serviços ambientais.
2) O seminário realizado em 2007 pelo governo do Amazonas e organizações sobre os impactos das mudanças climáticas e a importância dos povos da floresta.
3) Como a agenda da Aliança dos Povos da Floresta passou a defender mecanismos de mercado como REDD para mitigar as mudanças climá
O documento apresenta uma matriz de referência para as ciências humanas e suas tecnologias com competências e assuntos relevantes cobrados no ENEM desde 2009, incluindo sociologia, filosofia, história e geografia. Algumas das competências destacadas são compreender elementos culturais, transformações socioeconômicas, produção de instituições e impacto de tecnologias. Temas recorrentes no exame incluem movimentos sociais, cidadania e questões ambientais.
Este artigo discute a questão da mudança climática no estado brasileiro do Amazonas, onde diferentes atores defendem interesses distintos sob um discurso aparente de consenso. A Aliança dos Povos da Floresta surgiu na década de 1980 e luta por direitos indígenas e extrativistas, enquanto o governo estadual e empresas apoiam-se no discurso ambiental para defender seus próprios interesses econômicos. Há também uma análise crítica da racionalidade instrumental que separa fatos e valores na ab
Luto e Memória da ditadura: O Memorial dos Desaparecidos de Vila Formosa, em ...Janaína Teles
Este documento discute o Memorial dos Desaparecidos de Vila Formosa em São Paulo, Brasil. Analisa como o memorial apoia a formação de uma consciência coletiva sobre a repressão da ditadura militar e o status das vítimas, apesar das limitações impostas pela transição para a democracia. Também examina os processos de luto e memória relacionados aos desaparecidos políticos durante a ditadura no Brasil.
1) O documento discute as associações entre pescadores, agricultores e ribeirinhos na Amazônia Oriental e como elas promovem a sustentabilidade. 2) Essas associações diversificam as formas de ação coletiva e democratizam a sociedade, dando voz a grupos historicamente marginalizados. 3) No entanto, existem desafios como a cooptação e dependência dado o foco em projetos para obter financiamento estatal.
Políticas ambientais e as representações sociais cornélio procópioVictor Ha-Kã Azevedo
O documento discute a importância da multidisciplinaridade no ensino universitário brasileiro e a necessidade de novas formas de relação entre as áreas do saber. Também aborda conceitos de política, meio ambiente, direitos humanos e os impactos socioambientais de grandes projetos de infraestrutura como barragens.
O documento discute como a educação para os direitos humanos pode assegurar o respeito à diversidade cultural em um mundo globalizado. Primeiramente, aborda como a globalização ameaça as culturas locais e aumenta as desigualdades sociais. Em seguida, defende que a educação para os direitos humanos pode empoderar os cidadãos e garantir o respeito às diferentes culturas e identidades de forma intercultural. Por fim, utiliza métodos hipotético-dedutivo e bibliográfico para analisar a relação entre globalização, educação e direitos
O documento discute a importância da educação sobre água e como o conhecimento sobre água se fragmentou ao longo do tempo. A sociedade moderna passou a ver a água como um recurso a ser explorado em vez de um bem natural essencial, levando a uma crise hídrica. A educação ambiental e abordagens interdisciplinares são necessárias para integrar os saberes fragmentados e enfrentar problemas complexos relacionados aos recursos hídricos.
1. O documento discute o conceito de comunidade na Educação Ambiental, analisando diferentes abordagens teóricas e o discurso da modernização. 2. A comunidade é vista como um espaço de identidade e pertencimento, não como localidade geográfica. 3. A modernidade levou à destruição das comunidades através do desenraizamento e individualismo, mas a comunidade continua sendo desejada como lugar seguro.
Este documento apresenta a diretoria e o conselho editorial da Associação Brasileira de Antropologia para o biênio 2011-2012, além de fornecer informações sobre a organização do livro "Desenvolvimento, Reconhecimento de Direitos e Conflitos Territoriais".
As macrotendências político pedagógicas da educação ambiental brasileiraLeonardo Kaplan
O documento discute as macrotendências político-pedagógicas da educação ambiental brasileira, identificando três abordagens principais: Conservacionista, Pragmática e Crítica. A abordagem Conservacionista enfatiza a conscientização ecológica e mudança de comportamento individual, enquanto a Pragmática prioriza ações factíveis para um futuro sustentável dentro dos limites do status quo. A abordagem Crítica problematiza as causas sociais e políticas dos problemas ambientais e busca a transformação social.
Artigo revista pedagogia em foco_solange_ribeiroSolange Ribeiro
O documento discute um estudo de caso sobre as representações da cultura e meio ambiente pantaneiro na obra "Caçadas de Pedrinho" de Monteiro Lobato, veiculadas por mídias educacionais em uma escola infantil. Os resultados mostraram que as representações na obra estão associadas à relação natureza-humano e produzem novas percepções sobre a cultura pantaneira e a relação entre homem e meio ambiente. A pesquisa analisou essas representações sob a perspectiva histórico-cultural e da teoria da representação social
Este documento analisa o surgimento de um novo modelo de trabalho comunitário nas favelas do Rio de Janeiro, onde moradores se organizam através de organizações do terceiro setor para promover a cidadania. O documento foca no grupo "Meninas e Mulheres do Morro" da favela da Mangueira, que emergiu como um exemplo deste novo modelo baseado na valorização da cultura local, uso de novas tecnologias e negociação com outros setores da sociedade.
Semelhante a Resenha ecos dos conflitos ambientais (20)
David harvey e a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do capitalismoajr_tyler
Este documento resume a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do geógrafo marxista David Harvey. Harvey argumenta que o desenvolvimento capitalista é desigual no espaço e no tempo devido à produção de escalas espaciais e diferenças geográficas pelo capital. A teoria é aplicada aqui ao caso da empresa Suzano Papel e Celulose e sua influência no estado do Maranhão no Brasil.
O estado brasileiro, a economia da vale na amazônia maranhense e a rede justi...ajr_tyler
O objetivo deste texto é discutir a relação existente entre o Estado Brasileiro e a Economia da
Vale tendo como universo empírico a Amazônia Maranhense, principal área de atuação da Rede Justiça nos
Trilhos. No primeiro momento, é investigado como a Vale foi desenvolvendo suas atividades baseando-se
na política desenvolvimentista do Estado Brasileiro capitaneada pelo BNDES. Em seguida é apresentada
e debatida a formação da referida Rede no espaço geográfico da Amazônia Maranhense. A escolha deste
enfoque metodológico serve para a promoção de uma análise que permita a compreensão das lutas sociais
e políticas que são travadas pela Rede Justiça nos Trilhos em diversas escalas geográficas
Neil smith e o desenvolvimento desigual do capitalismoajr_tyler
1) O documento discute as ideias do geógrafo Neil Smith sobre o desenvolvimento desigual do capitalismo a partir de uma perspectiva marxista.
2) Neil Smith argumenta que o desenvolvimento desigual é espacial, levando à diferenciação e igualização geográficas à medida que o capitalismo incorpora diferenças regionais.
3) O trabalho humano permite o desenvolvimento das forças produtivas e a apropriação da terra e da natureza de forma desigual em diferentes regiões, resultando na produção espacial desigual do capitalismo.
Idealismo e materialismo, geografia crítica e a concepção da abstração espacialajr_tyler
1) O documento discute a dicotomia entre idealismo e materialismo na filosofia, com ênfase no materialismo de Feuerbach e no materialismo marxista.
2) Analisa a obra de Engels "Ludwig Feuerbach e o fim da Filosofia Clássica Alemã" para entender as diferenças entre o materialismo de Feuerbach e o materialismo evoluído de Marx e Engels.
3) Tem como objetivo mostrar que a abstração espacial representa um retorno ao idealismo, especialmente de Kant e Hegel, enquant
Acumulação primitiva, capital fictício e acumulação por espoliaçãoajr_tyler
Este trabalho busca introduzir uma leitura geográfica da economia política contemporânea enfatizando a relação entre a acumulação primitiva, capital fictício e acumulação por espoliação. Primeiro retorna-se ao conceito marxiano de acumulação primitiva. Em seguida,
baseando-se em F. Chesnais, estabelece-se a relação da acumulação primitiva com o capital fictício. Por fim, pontua-se a dialética entre os dois fenômenos e o conceito de acumulação por espoliação de D. Harvey.
A política de desenvolvimento sustentável da vale geografia ensino e pesquisaajr_tyler
Este trabalho, a partir de um ponto de vista crítico, identificado com a ecologia política, visa
contribuir para o estudo da temática dos conflitos socioambientais considerando a necessidade de se
compreender a atuação de determinados agentes particulares que interferem no campo sócioeconômico
e políticoambiental. Como objeto de estudo, selecionouse a Companhia V ale do Rio Doce (CVRD),
atualmente V ale S.A, por sua ação em mais de 30 países que tem gerado vários impactos
socioambientais. Assim, analisamos o documento intitulado “Política de Desenvolvimento Sustentável”,
decompondo os elementos que a constituem e buscando, quando possível, redarguir as afirmações
presentes no documento com casos concretos
A geografia política dos conflitos ambientais no maranhão território, desenvo...ajr_tyler
Este trabalho, a partir de um ponto de vista crítico, identificado com a ecologia política,visa contribuir para o estudo da temática dos conflitos socioambientais, considerando a necessidade de se compreender a atuação de determinados agentes particulares atuantes que interferem no campo sócio-econômico e político-ambiental, possibilitando, destarte, entender conjuntamente como processa-se as diversas espacializações, as relações de forças antagônicas/co-existentes e os conflitos resultantes. Como objeto de estudo, selecionou-se a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), atualmente Vale S.A, devido a sua intensa influência, materializado na sua territorialização, no Estado do Maranhão, que tem ocasionado vários
impactos sociais e injustiças ambientais em virtude do seu planejamento político-econômico que promove inadequadamente transformações de cunho social e ambiental (geográfico), como o deslocamento de populações e a apropriação do território, respectivamente. Dentro desta perspectiva, foi realizado o estudo da distribuição dos conflitos ambientais no Maranhão, através do discurso contido no documento intitulado Relatório de Sustentabilidade 2009 da Vale,
buscando, quando possível, redarguir as afirmações presentes no documento com casos concretos.
A economia política da vale uma leitura para 2012ajr_tyler
Este trabalho busca promover uma leitura geográfica da economia política da Vale uma vez que considera necessária a compreensão determinados agentes particulares que interferem no campo econômico e político. De acordo com a dialética marxista, propõe-se
uma análise multiescalar porque os processos econômicos (produção, distribuição, circulação
e consumo) atravessam várias escalas. Dessa forma, ancorando -se na teoria do desenvolvimento geográfico desigual, sustentada pelo geógrafo marxista David Harvey, selecionou-se como objeto de estudo o Orçamento de Investimentos para 2012 da Vale S.A
Cosmovisão marxista e uma breve crítica da teoria da justiça de john rawlsajr_tyler
Este documento apresenta e resume elementos da cosmovisão marxista e faz uma breve crítica da teoria da justiça de John Rawls a partir dessa perspectiva. Primeiro, define o que é cosmovisão e apresenta os elementos da cosmovisão dialético-materialista da história proposta por Marx. Segundo, utiliza essa cosmovisão marxista para apontar o caráter liberal-burguês nos fundamentos da teoria da justiça de Rawls. Por fim, defende que apenas a cosmovisão dialético-materialista pode servir de base para a
Irracionalismo e antiontologia esboço de uma crítica a richard rortyajr_tyler
Este documento apresenta uma crítica às ideias do filósofo pragmatista Richard Rorty sobre verdade e linguagem. O autor argumenta que Rorty comete equívocos ao afirmar que a verdade depende das frases e linguagens humanas, já que a verdade se refere à realidade objetiva. Além disso, o pensamento de Rorty é associado ao irracionalismo de Nietzsche e Wittgenstein ao negar a existência de uma realidade independente das representações humanas. Por fim, o conceito de progresso em Lukács é contrastado com a visão
O rei enquanto homem de deus breves reflexões sobre “do governo dos príncipes...ajr_tyler
1) O documento discute as ideias de São Tomás de Aquino sobre o governo dos príncipes contidas em sua obra "Do governo dos Príncipes". 2) Apresenta as visões de Leonardo Van Acker nos prefácios da obra, que defendia a monarquia e atacava o comunismo. 3) Argumenta que Acker comete equívocos ao criticar o comunismo, já que este busca a igualdade entre os homens eliminando a propriedade privada e a exploração do homem pelo homem.
1) O documento discute a compreensão metodológica do autor, comparando os métodos dialético de Hegel e Marx.
2) Marx e Engels se opuseram ao entendimento idealista da história de Hegel, propondo em vez disso uma dialética materialista focada nas relações sociais de produção e na luta de classes.
3) O autor defende o uso do materialismo dialético de Marx e Engels para analisar as realidades sociais, considerando as relações sociais concretas e a unidade na diversidade como um processo de síntese.
Comentários contextuais acerca do texto “cultura y culturas desde la colonial...ajr_tyler
O documento resume a obra do antropólogo peruano Rodrigo Montoya Rojas e sua proposta de "socialismo mágico". Segundo a antropóloga Selma Baptista, Rojas busca sintetizar a questão étnica e política no Peru, combinando elementos de esquerda e questões étnicas inspirados por José Mariátegui. Rojas vê a "utopia andina" como resposta ao fragmentador "localismo", propondo uma identidade andina unificada que mantenha a diversidade cultural.
Idealismo e materialismo geografia marxista e os desafios da abstração espacialajr_tyler
Este texto, levemente modificado, foi produzido originalmente como requisito para obtenção de nota na disciplina Modernização e Contradições Espaço-Temporais, ministrada pelo Prof. Dr. Anselmo Alfredo, no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo
Comentários contextuais acerca do livro o colapso da modernização, de robert ...ajr_tyler
Este texto foi produzido originalmente como requisito para obtenção de nota na disciplina Modernização e Contradições Espaço-Temporais, ministrada pelo Prof. Dr. Anselmo Alfredo, no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo. Agradeço ao geógrafo e doutorando em Geografia Humana (FFLCH/USP) Thiago Araújo Santos pelas inúmeras colaborações, críticas e sugestões.
Comentários contextuais porto gonçalves, carlos walter. a globalização da nat...ajr_tyler
Este documento resume um livro de Carlos Walter Porto-Gonçalves sobre a relação entre globalização e natureza. A segunda parte do livro analisa o desenvolvimento, a tecnociência e o poder, examinando como a ideia de progresso e dominação da natureza levou à atual crise ambiental.
Este documento discute como a economia se tornou fascista ao longo do desenvolvimento do capitalismo. A economia foi paulatinamente deturpada de seu significado original de estudar a reprodução material da sociedade para se tornar uma ciência da produção de pobreza e miséria. O autor argumenta que a economia contemporânea é antidemocrática, antiliberal e anti-social, privando as pessoas de liberdade e participação política em benefício do poder e lucro de poucos capitalistas.
Versão enviada desenvolvimento e sustentabilidade em questão análise do desem...ajr_tyler
Este documento analisa o discurso de desenvolvimento e sustentabilidade contido no relatório de desempenho da Vale no primeiro trimestre de 2011. O documento questiona como a Vale articula desenvolvimento e sustentabilidade em suas atividades de mineração, que são agressivas ao meio ambiente. Além disso, analisa os indicadores financeiros apresentados pela empresa e como eles refletem seu foco no retorno aos acionistas acima de preocupações ambientais e sociais.
O documento analisa o desempenho da mineradora Vale no primeiro trimestre de 2011, destacando seu lucro recorde de R$11 bilhões impulsionado pelas vendas de minério de ferro para a China. No entanto, também discute os impactos socioambientais negativos de suas operações, como conflitos fundiários e desrespeito aos direitos de indígenas e quilombolas.
Este documento discute as bases filosóficas do idealismo e do materialismo, comparando as visões de pensadores como Platão, Aristóteles, Descartes, Marx e Engels. Também aborda a possibilidade de um marxismo ecológico, analisando textos como os Manuscritos Econômico-Filosóficos e A Ideologia Alemã. Por fim, reflete sobre a renovação do marxismo e o ecossocialismo.
Neste livro me dediquei a falar mais sobre o dromedário que é da família dos camelos, também chamado de camelo árabe ou camelo de uma corcunda. O camelo de duas corcundas é comum na Ásia. Como estive em Dubai, Egito e em Israel onde reina absoluto os dromedários e foi com esta espécie que tive bastante contato em maio de 2023. Animal domesticável, forte, resistente, útil para transporte de pessoas e carga, fornece leite para alimentação humana e também carne e pele para confecção de roupas ou tendas. Sem o auxílio destes animais seria muito mais difícil a vida humana nos desertos.
Camelos são maquinas criadas por Deus com todos os equipamentos biológicos completíssimos para as condições do deserto. Suas patas, olhos, pele, estômago, palato e cada detalhe foram pensados por Deus para colocar esta máquina biológica em atividade no deserto.
representações gráficas que apresentam dados climáticos climogramas .pdfEVERALDODEOLIVEIRA2
CLIMOGRAMAS - Os climogramas são representações gráficas que apresentam dados
climáticos, combinando informações sobre temperatura e precipitação
ao longo de um determinado período de tempo. Esses gráficos são
ferramentas valiosas para entender e comparar os padrões climáticos
de diferentes regiões.
Um climograma típico tem duas escalas verticais, uma para a
temperatura e outra para a precipitação, enquanto a escala horizontal
representa os meses do ano. A temperatura é frequentemente
representada por barras ou linhas, enquanto a precipitação é indicada por barras ou colunas.
Jornada da Sustentabilidade - Encontro ESG - SETCESP
Resenha ecos dos conflitos ambientais
1. SANT’ANA JÚNIOR, H. A; PEREIRA, M. J. F; ALVES, E. J. P; PEREIRA, C. R. A (orgs.). Ecos dos conflitos socioambientais: a RESEX de Tauá-Mirim. São Luís: EDUFMA, 2009. 322p.
Maria José da Silva Aquino – UFPA
José Arnaldo dos Santos Ribeiro Junior – UFMA
Na zona rural ludovicense, desde o ano de 1996, vem se discutindo o projeto de constituição da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim. Parte dos habitantes da zona rural de São Luís reivindica a qualificação de populações tradicionais argumentando que as características naturais da área, bem como a existência de um modo de vida construído ancestralmente, justificam a criação desta Reserva.
O ano de 2001, por outro lado, marcou a tentativa de instalação de um polo siderúrgico na capital maranhense, numa ação encampada pelos Governos Federal, Estadual do Maranhão e Municipal de São Luís. Tal pólo seria composto por três grandes usinas siderúrgicas, com capacidade de produção de oito milhões de placas/ano cada, e uma gusaria. As negociações eram lideradas pela Vale, junto a grupos estrangeiros como Baosteel Shanghai Group Corporation (chinês), Arcelor (francês) e ThyssenKrupp (alemão) (AQUINO, SANT’ANA JÚNIOR, 2009) .
Neste horizonte de disputas em virtude das diferentes lógicas de apropriação do território, configurou-se o conflito ambiental (ACSELRAD, 2004) e, sobretudo, a ambientalização de um conflito social (LEITE LOPES, 2004). Nesse sentido, ao território, distintos significados são atribuídos tanto pelas lideranças dos moradores tradicionais, quanto pelos entusiastas do polo siderúrgico, objetivando legitimar seus interesses e garantir o uso e controle territorial.
É imerso nesse quadro político-econômico e socioambiental que o livro “Ecos dos conflitos socioambientais: a RESEX de Tauá-Mirim”, é organizado por pesquisadores do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA): Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior, professor do Departamento de Sociologia e Antropologia (DESOC), do Programa de Pós- Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc); Carla Regina Assunção Pereira, bolsista pós-doc no PPGCSoc; Madian de Jesus Frazão Pereira e Elio de Jesus Pantoja Alves, estes últimos professores do Departamento de Sociologia e Antropologia (DESOC). O livro evidencia, através de vasta pesquisa documental e de campo, bem como com amplo domínio sobre a temática dos conflitos
2. socioambientais, que a querela ambiental no Maranhão e, especificamente, em São Luís, está na ordem do dia do debate público.
A obra divide-se em quatro sessões, a saber: “O território e questões territoriais”; “O modo de vida”; “Agentes individuais e coletivos”; e, por fim, “O desenvolvimento em questão”.
O capítulo que abre a primeira sessão, “Ordenamento territorial e impactos socioambientais no Distrito Industrial de São Luís-MA”, de Fernanda Cunha de Carvalho discute, a partir da Geografia, como o processo legal de tentativa de conversão de áreas rurais em industriais, via modificações na Lei de Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de São Luís, favorece empreendimentos capitalistas ao custo de rupturas no equilíbrio ecológico.
O esforço de compreensão das dinâmicas conflitivas continua nesta parte do livro com o capítulo escrito por Allan de Andrade Sousa, “O ambiente, a política e o espetáculo: a Lei de Zoneamento e o projeto do polo siderúrgico de São Luís”, que nos ajuda a compreender como o processo de modificação da Lei de Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano do Município de São Luís - MA configurou-se como fator fundamental para a tentativa de implantação do polo siderúrgico. Partindo da noção de espetáculo de Guy Debord e dos discursos registrados no acompanhamento das audiências públicas realizadas, mostra como o projeto foi mitificado. Aliás, muito atual para este debate é rever como processos desta natureza foram observados por Celso Furtado, já no início dos anos de 1970 (FURTADO, 1983). Há quase quarenta anos, a realidade do predomínio dos interesses das grandes empresas já animava a reflexão sobre os significados do desenvolvimento em contexto de crise do Welfare State e de influência da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (1972), e, ainda assim, continua espetacularizado como símbolo do desenvolvimento e da modernização, a despeito da concretude crescente da crise ambiental (LEFF, 2004).
No campo da legislação ambiental, o capítulo de Ana Caroline Pires Miranda, “Unidades de conservação da natureza x indústrias potencialmente poluidoras: o caso da implantação da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim”, leva-nos a refletir sobre a regulação de Unidades de Conservação tendo como campo empírico a RESEX de Tauá-Mirim. Passando por documentos como a Constituição Federal de 1988, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, a autora
3. advoga a importância da legislação ambiental como instrumento de luta territorial das populações que habitam a área pleiteada para aquela Unidade de Conservação.
Abrindo a segunda sessão, “O modo de vida”, o capítulo de Rafael Bezerra Gaspar, “População tradicional: notas sobre a invenção de uma categoria no contexto de criação da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim, São Luís - MA”, promove um verdadeiro escrutínio acerca da categoria populações tradicionais. O diálogo que o autor faz entre identidade e diferença a partir de referenciais empíricos (os habitantes da RESEX), socioantropológicos (como Stuart Hall) e institucionais (Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais) permite compreender como a invenção da categoria populações tradicionais reflete a perspectiva de identidades coletivas que são construídas e afirmadas, principalmente em momentos de conflito e de crise.
Em “O homem e o manguezal: percepções ambientais e expectativa de efetivação da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim, São Luís - MA”, Elena Steinhorst Damasceno e Elizângela Maria Barboza reforçam a importância dos manguezais para as comunidades imersas no contexto da RESEX; as autoras buscam mostrar os benefícios oriundos de sua efetivação, que vão desde a garantia do uso e controle do território à manutenção do modo de vida.
Sislene Costa da Silva mostra, a partir do conceito de sociabilidade, que as relações, sejam intracomunitárias ou intercomunitárias, incorporam relações com o espaço. Eis então uma razão para pensar o espaço: ele ganha sentido enquanto dimensão social (MASSEY, 2008). Objetivamente, “Formas de apropriação dos espaços e recursos naturais e relações de sociabilidade na Comunidade Taim, São Luís - MA”, constitui-se em um trabalho etnográfico de grande valia, de quem, partindo do método descritivo, questiona e aborda teses referentes às imbricações existentes entre espaço, sociabilidade e recursos naturais.
Inaugurando a terceira sessão, “Agentes individuais e coletivos”, tem-se uma entrevista realizada por Ana Caroline Pires Miranda, Maiâna Roque da Silva Maia e Rafael Bezerra Gaspar. Alberto Cantanhede, o entrevistado, conhecido popularmente como “Beto do Taim”, apresenta, de seu lugar de liderança, como a Reserva Extrativista de Tauá-Mirim foi historicamente constituída na luta e no aprendizado de movimento social pela superação de questões de ordem socioambiental decorrentes de empreendimentos públicos e privados instalados nos na Zona Rural de São Luís.
4. No sentido de desinvisibilizar os sujeitos, segue-se, nessa seção, com Ana Maria Pereira dos Santos e Elizângela Maria Barboza entrevistando Maria Máxima Pires, conhecida como “Dona Máxima”, liderança comunitária do povoado Rio dos Cachorros e integrante do Movimento Reage São Luís. Trata-se aqui de demonstrar como a compreensão do modo de vida de populações tradicionais conflita com os empreendimentos econômicos, signos da modernização e do desenvolvimento.
Encerrando a terceira sessão, Raphael Jonathas da Costa Lima reflete sobre os conflitos ambientais na Zona Rural de São Luís sob o prisma dos Movimentos Sociais. Nesse sentido, “Movimentos sociais, desenvolvimento e capital social: a experiência do Reage São Luís”, constitui-se tanto em memória sistematizada, quanto em oportunidade de exercício de imaginação sociológica sobre a organização da sociedade civil em seu caráter político, transclassista e fiscalizador no debate público sobre o Pólo Siderúrgico de São Luís.
Na quarta sessão, “O desenvolvimento em questão”, o capítulo “Desenvolvimento sustentável: uma discussão crítica sobre a proposta de busca da sustentabilidade global”, de Lenir Moraes Muniz e Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior, nos remete a como historicamente se configura a crise socioambiental, conseqüência da racionalidade desenvolvimentista capitalista. Partindo do pressuposto de que o desenvolvimento sustentável reflete a busca de se conciliar teórica e praticamente crescimento econômico e proteção ambiental, os autores, dialogando com grandes nomes da temática ambiental mundial e brasileira procuram mostrar as impossibilidades da realização de tal projeto.
Na sequência, encontramo-nos com leitura leve e incisiva proporcionada por Bartolomeu Rodrigues Mendonça ao abordar sociologicamente o encontro e o confronto de referências temporais na espacialização da atividade industrial na Amazônia brasileira. Utilizando as categorias “Tempo da Natureza” e “Tempo do Aço”, o autor aborda como os diferentes tempos coexistem de maneira conflitiva na Amazônia.
E para finalizar o painel de desafios, o livro traz um artigo de Antonio Marcos Gomes e Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior: “A Questão Ambiental numa indústria de Alumínio”. Os autores tomam como referência empírica estratégias de legitimação da indústria do alumínio no Maranhão, representada pelo Consórcio Alumar. Chamam a atenção para estratégias atinentes a: 1) significados da preocupação ambiental de grandes empreendimentos como resultado da chamada
5. cultura de negócios e tecnologias gerenciais e 2) significados da transformação de experiências de conflito em comunidades de aprendizado: o que pode permitir certo anestesiamento do conflito e a utilização disso como demonstrativo da eficácia de ações empresariais pela Responsabilidade Socioambiental.
A contribuição dos estudos reunidos na obra é indubitável. Uma contribuição que antes de tudo enfrenta o mito da produção de conhecimento asséptico, com relação a valores e posição política, sendo ao mesmo tempo exemplar no que tange à responsabilidade e à competência na utilização de ferramentas de análise sociológica numa relação dialógica com as pessoas, os sujeitos, os contextos que produzem situações socialmente e ambientalmente significativas.
O livro apresentado pelo Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), tratando da sidero-metalurgia e abordando a crise ambiental, materializada na oposição RESEX Tauá-Mirim e Polo-Siderúrgico, em linguagem clara que não nega a complexidade dos temas e questões considerados, torna-se atraente aos públicos especializado, ou não. É instrumento de conhecimento acadêmico e, também, de defesa dos que participam da realização do desenvolvimento e da modernidade ocupando posições em nada vantajosas.
REFERÊNCIAS
ACSELRAD, Henri (Org.). Conflitos ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Fundação Heinrich Böll, 2004a.
AQUINO, Maria J. S. e SANT’ANA JÚNIOR, Horácio A. Ferro, “Canga”, Mangue: conservação ambiental e exploração mineral na Amazônia brasileira. In: FERRETTI, S. F. e RAMALHO, J. R. Amazônia: desenvolvimento, meio ambiente e diversidade sociocultural. São Luís: EDUFMA, 2009.
FURTADO, Celso. O Mito do Desenvolvimento Econômico. 6ªed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 1983.
LEFF, Enrique. Aventuras da epistemologia ambiental: da articulação das ciências ao diálogo de saberes. Trad. Glória Maria VARGAS. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
LEITE LOPES, José Sérgio (Coord.). A “ambientalização” dos conflitos sociais; participação e controle público da poluição industrial. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Núcleo de Antropologia Política/UFRJ, 2004.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Trad. Hilda Pareto MACIEL e Rogério HAESBAERT. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.