Estudo de iniciação científica sobre o impacto da experiência do usuário apresentado na Faculdade Claretiano e publicado na revista acadêmica de divulgação científica.
Em uma era em que o mundo está cada vez mais conectado, os grandes competidores são e serão aqueles que sabem ou aprenderem a trabalhar em rede. Os modelos de negócios colaborativos estão cada vez mais em alta e começam a desbancar o status quo
Social Business (Organizações em Rede + Novas Plataformas Colaborativas)Helder Milheiro
Workshop apresentado na Pós-Graduação em Social Business da Escola de Gestão & Negócios da Universidade Autónoma de Lisboa a 26-06-2012.
Desde o início do sec XXI que se tem vindo a desenvolver uma forte alteração do paradigma comunicacional, sobretudo na última década, fruto de um grande desenvolvimento das tecnologias web e móveis, a chamada web 2.0, que originou um novo tipo de consumidor.
Estas novas ferramentas sociais e os novos hábitos de consumo, lançam grandes desafios e oportunidades que têm levado os modelos de gestão das organizações a serem repensados, quer sejam for profit ou non profit, com um enorme impacto na forma como as empresas fazem negócio, gerem a sua comunicação e o relacionamento com os seus clientes.
Impõe-se agora o conceito de negócio através da criação de valor partilhado, o Social Business, um modelo de gestão que potencia as oportunidades da evolução tecnológica, mas que se foca nos novos consumidores, como uma forma de criação de valor, pois os negócios têm que ver com pessoas e não com tecnología.
Em uma era em que o mundo está cada vez mais conectado, os grandes competidores são e serão aqueles que sabem ou aprenderem a trabalhar em rede. Os modelos de negócios colaborativos estão cada vez mais em alta e começam a desbancar o status quo
Social Business (Organizações em Rede + Novas Plataformas Colaborativas)Helder Milheiro
Workshop apresentado na Pós-Graduação em Social Business da Escola de Gestão & Negócios da Universidade Autónoma de Lisboa a 26-06-2012.
Desde o início do sec XXI que se tem vindo a desenvolver uma forte alteração do paradigma comunicacional, sobretudo na última década, fruto de um grande desenvolvimento das tecnologias web e móveis, a chamada web 2.0, que originou um novo tipo de consumidor.
Estas novas ferramentas sociais e os novos hábitos de consumo, lançam grandes desafios e oportunidades que têm levado os modelos de gestão das organizações a serem repensados, quer sejam for profit ou non profit, com um enorme impacto na forma como as empresas fazem negócio, gerem a sua comunicação e o relacionamento com os seus clientes.
Impõe-se agora o conceito de negócio através da criação de valor partilhado, o Social Business, um modelo de gestão que potencia as oportunidades da evolução tecnológica, mas que se foca nos novos consumidores, como uma forma de criação de valor, pois os negócios têm que ver com pessoas e não com tecnología.
Convergência e participação: construindo e circulando o discurso do consumo n...Tatiana Couto
O objetivo do artigo é estabelecer uma relação entre a criatividade pessoal e empresarial do ciberespaço observando a interação como elemento de comunicação e consumo em rede no ambiente Web 2.0. Facebook, blogs, Twitter, You Tube, Foursquare, ao ganharem audiência e fãs, tornam-se plataformas de modelos de vida a serem adquiridos ou copiados. Considera-se que o discurso de consumo nas redes sociais é construído com o uso de múltiplas plataformas de mídias e a colaboração ativa dos usuários, em uma era da convergência e participação online. Nesta perspectiva, utilizaremos como metodologia a pesquisa bibliográfica abordando o discurso do consumo nas redes sociais e da netnografia com coletas de conversas em rede online por método de observação direta, utilizando colagens, cortes e reproduções dos diálogos (SÁ, 2005).
Comunicação sincronizada: O Poder está no "Ser Digittal" Fullsix Portugal
Filipa Caldeira e Pedro Batalha, Partners da Fullsix Portugal e colaboradores no Curso Geral de Gestão da NOVA Executivos, escreveram em conjunto com a Nova School of Business & Economics um “applied knowledge” sobre a Comunicação sincronizada: O poder está no “ser digital”.
Este artigo tem como propósito apresentar as possibilidades do uso do crowdsourcing para a comunicação no ambiente corporativo. Por este, entende-se que o cenário de mudanças disponibilizado pelos usuários requer uma nova postura por parte das organizações. Será possibilitado de que forma a participação colaborativa pode ser uma estratégia benéfica para ambas as partes envolvidas, uma vez que o usuário mostrará sua necessidade e a empresa poderá oferecer produtos e serviços para um público fiel e interessado naquilo.
Palestra de Leandro Ogalha sobre a revolução social através da inteligência coletiva e o formato de gestão da IdeiaLab Estratégia e Inovação.
Conheça mais em www.ogalha.net e www.ideialab.com
2º Edição Ebook:Smart Digital - Conteúdo SocialBruno de Souza
A 2º Edição do E-book vem recheada de artigos legais e importantes, nela você vai encontrar dicas de como gerir sua reputação online, de como usar o marketing de conteúdo ao seu favor para dialogar com o cliente, dicas de como fazer o seu Marketing Pessoal e um capitulo especial sobre Social Media Optimization que foi escolhido pelos usuários que curtem a página no Facebook.
SOUZA, W. M.; OLIVEIRA, W. A. . CIBERCULTURA E TECNOLOGIAS MÓVEIS: ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES PARA A DOCÊNCIA. In: II CONGRESSO DE INOVAÇÃO E METODOLOGIAS DE ENSINO, 2016, Belo Horizonte. Os Anais do II Congresso de Inovação de Metodologias de Ensino, 2016. v. II. p. 1.
Marcas e Engajamento Digital: algumas consideraçõesTarcízio Silva
Artigo "Marcas e Engajamento Digital: algumas considerações", por Renata Cerqueira e Tarcízio Silva. Publicado no livro "Publicidade Digital - Formatos e Tendências da Nova Fronteira Publicitária".
Convergência e participação: construindo e circulando o discurso do consumo n...Tatiana Couto
O objetivo do artigo é estabelecer uma relação entre a criatividade pessoal e empresarial do ciberespaço observando a interação como elemento de comunicação e consumo em rede no ambiente Web 2.0. Facebook, blogs, Twitter, You Tube, Foursquare, ao ganharem audiência e fãs, tornam-se plataformas de modelos de vida a serem adquiridos ou copiados. Considera-se que o discurso de consumo nas redes sociais é construído com o uso de múltiplas plataformas de mídias e a colaboração ativa dos usuários, em uma era da convergência e participação online. Nesta perspectiva, utilizaremos como metodologia a pesquisa bibliográfica abordando o discurso do consumo nas redes sociais e da netnografia com coletas de conversas em rede online por método de observação direta, utilizando colagens, cortes e reproduções dos diálogos (SÁ, 2005).
Comunicação sincronizada: O Poder está no "Ser Digittal" Fullsix Portugal
Filipa Caldeira e Pedro Batalha, Partners da Fullsix Portugal e colaboradores no Curso Geral de Gestão da NOVA Executivos, escreveram em conjunto com a Nova School of Business & Economics um “applied knowledge” sobre a Comunicação sincronizada: O poder está no “ser digital”.
Este artigo tem como propósito apresentar as possibilidades do uso do crowdsourcing para a comunicação no ambiente corporativo. Por este, entende-se que o cenário de mudanças disponibilizado pelos usuários requer uma nova postura por parte das organizações. Será possibilitado de que forma a participação colaborativa pode ser uma estratégia benéfica para ambas as partes envolvidas, uma vez que o usuário mostrará sua necessidade e a empresa poderá oferecer produtos e serviços para um público fiel e interessado naquilo.
Palestra de Leandro Ogalha sobre a revolução social através da inteligência coletiva e o formato de gestão da IdeiaLab Estratégia e Inovação.
Conheça mais em www.ogalha.net e www.ideialab.com
2º Edição Ebook:Smart Digital - Conteúdo SocialBruno de Souza
A 2º Edição do E-book vem recheada de artigos legais e importantes, nela você vai encontrar dicas de como gerir sua reputação online, de como usar o marketing de conteúdo ao seu favor para dialogar com o cliente, dicas de como fazer o seu Marketing Pessoal e um capitulo especial sobre Social Media Optimization que foi escolhido pelos usuários que curtem a página no Facebook.
SOUZA, W. M.; OLIVEIRA, W. A. . CIBERCULTURA E TECNOLOGIAS MÓVEIS: ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES PARA A DOCÊNCIA. In: II CONGRESSO DE INOVAÇÃO E METODOLOGIAS DE ENSINO, 2016, Belo Horizonte. Os Anais do II Congresso de Inovação de Metodologias de Ensino, 2016. v. II. p. 1.
Marcas e Engajamento Digital: algumas consideraçõesTarcízio Silva
Artigo "Marcas e Engajamento Digital: algumas considerações", por Renata Cerqueira e Tarcízio Silva. Publicado no livro "Publicidade Digital - Formatos e Tendências da Nova Fronteira Publicitária".
A voz dos likes: influenciadores digitais como instrumentos de marketing - Pa...Paulinha Paz
Trabalho apresentado como pré-requisito de conclusão do curso de MBA em Marketing e Branding pela UNIFACS, Universidade Salvador, orientado pela Prof. Ms. Rosimeri Gatelli.
O Consumidor da Era Digital: O crescimento do poder do Consumidor com as Mídi...Henrique Coutinho Teixeira
A criação das mídias digitais interativas, vem mudando a forma como se estabelece a relação entre o consumidor e as empresas, no contato e nas transações comerciais.
Este artigo visa evidenciar tais transformações.
Tecnologias exponencias e os desafios da humanidadeMarcos CAVALCANTI
Sugiro a leitura da entrevista que saiu hoje no Boletim Técnico do Senac com o Professor Marcos Cavalcanti: Tecnologia exponencial e os novos desafios da sociedade contemporânea
Entrevista publicada no Boletim Técnico do Senac falando dos impactos das novas tecnologias. Entrevista dada a Veranise Dubeux, Silvia Borges Corrêa, Daniela Jacques e Simone Terra.
Evolução das TICs e o crescimento das mídias sociaisGabriel Bemfica
Slideshow elaborado para uma apresentação à Vivo S/A sobre a conexão entre Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e a popularização das redes e mídias sociais
Entrevista com Walter Longo, evangelista da maior agência de publicidade brasileira e empreendedor digital. Nessa entrevista ele fala sobre o Novo Marketing e como ele deve ser baseado no tripé "Informação, Interatividade e Entretenimento"
O consumo contemporâneo, as novas mídias e a comunicação - Teoria e Técnica d...Julia Travaglini
Trabalho realizado na disciplina de Teoria e Técnica da Publicidade, orientado pelo Prof. Dr. Eneus Trindade, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
O consumo contemporâneo, as novas mídias e a comunicação - Teoria e Técnica d...Julia Travaglini
Trabalho realizado na disciplina de Teoria e Técnica da Publicidade, orientado pelo Prof. Dr. Eneus Trindade, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Estratégias de negocios nas redes sociaisIvone Rocha
Palestra apresentada em agosto de 2016 aos alunos do curso técnico em publicidade do Senac-SP, unidade Lapa Scipião, sob a coordenação da professora Fernanda Idalino.
O Mercado de infoprodutos: Usando metodologia de Marketing Digital 8 Ps - Bru...Empírica Specialists
Palestra realizada no EmpíricaSpecialists II por Bruno Ladeia, responsável pelo portal Desenvolve T.I.
Essa palestra traz luz sobre o cenário ainda nebuloso dos Infoprodutos. Até onde é válido, até onde é prejudicial? Qual o valor do conhecimento e quais formas de distribuição que podem ser aplicadas para a informação?
Bruno Ladeia, profissional experiente na produção e distribuição de Infoprodutos traz nessa palestra conceitos e dicas importantes para o dia a dia do produto de conteúdo educacional digital.
Confira o vídeo da palestra em - http://youtu.be/jlAaMHJ3jG8
Data Driven Development - Analytics para desenvolvimentoIbrahim Cesar
Slides de uma palestra que acabei não realizando apresentando algumas ideias & práticas de empregar analytics no dia a dia do desenvolvimento, em uma cultura guiada por dados
Novos Modelos de Poder: A relação do novo poder e velho poderIbrahim Cesar
Baseado nas análises de novo e velho poder da dicussão iniciada por Jeremy Heimans: https://hbr.org/2014/12/understanding-new-power e https://www.ted.com/talks/jeremy_heimans_what_new_power_looks_like?language=pt-br para contextualizar essa série de mudanças sociais, políticas e comportamentais com uma análise de sua relação com organizações exponenciais.
Slides da minha apresentação, seguindo a tradição iniciada por Rilke em "Cartas ao Jovem Poeta".
Utilizando do meio por excelência de transmissão de pitches e conhecimento, os slides, apresento os meus conselhos a quem inicia no empreendedorismo com foco em cair na real.
Adicionado novos slides, sobre mídia. Apresentado para alunos da FIAP.
Pitch & Storytelling - Innovation & Product Design WorkshopIbrahim Cesar
Esta apresentação foi realizada em um domingo, 22 de março, para estudantes do Pueri Domus que representarão o Brasil no The Masters na Inglaterra. A ideia foi um dia de imersão colocando eles para pensarem no produto e pitch, com foco em storytelling. Uma galera excelente, do ensino médio, que coloca os marmanjos para correr no quesito execução.
Os slides são compostos de GIFs animados, que se perdem no upload da apresentação! Por isso algumas imagens ficam meio descontextualizadas ;)
Profissional Exponencial com Ibrahim Cesar - Summit ProIbrahim Cesar
As organizações exponenciais são um novo tipo de organização que utiliza as tecnologias e uma série de inovações para criar disrupção e inovações exponenciais. Quem são os profissionais para este novo tipo de empresa e contexto? Saiba mais nesta apresentação criada para o Summit Pro.
http://summitproweb.com/
Venha desenvolver startups inovadoras com a GerminadoraIbrahim Cesar
Apresentação sobre o programa de germinação, desenvolvimento de startups inovadoras, da Germinadora em São Paulo.
Aplique-se: http://www.germinadora.strikingly.com
Pecha Kucha na Germinadora: 19 livros essenciais por Ibrahim CesarIbrahim Cesar
Como no Pecha Kucha a ideia é ter 20 slides, 20 segundos cada, eu resolvi falar sobre 19 livros essenciais para mim, gastando os primeiros 20 segundos falando que eu iria falar sobre os livros, como eu leio mais de 50 livros/ano e sou um leitor voraz e os livros sempre foram meus maiores companheiros e moldaram quem eu sou hoje. Uma lista de 19, sem ordem particular.
1. “What Technology Wants”, Kevin Kelly
2. “Do The Work”, Steven Pressfield
3. “Tábula Rasa”, Steven Pinker
4. “Rápido e Devagar”, Daniel Kahneman
5. “O Príncipe”, Maquiavel
6. “Why’s Poignant Guide to Ruby”, Why the lucky stiff
7. “Principia Discordia”, Malaclypse, the Younger
8. “A Tumba”, de H.P. Lovecraft, em especial, “Entre as Paredes de Eryx”
9. “The War of Art”, Steven Pressfield
10. “The Design of Everyday Things”, Donald A. Norman
11. “Cultura Livre”, Lawrence Lessig
12. “Dance Dance Dance”, Haruki Murakami
13. “A Cor da Magia”, Terry Pratchett
14. “Livro do Mestre”, D&D 3.5
15. “Norwegian Wood”, Haruki Murakami
16. “Content Strategy for Web”, Kristina Halvorson
17. “Cultura da Convergencia”, Henry Jenkins
18. “A Guerra dos Tronos”, George R. R. Martin
19. “EQM”, Ibrahim Cesar
Slides da minha apresentação, seguindo a tradição iniciada por Rilke em "Cartas ao Jovem Poeta".
Utilizando do meio por excelência de transmissão de pitches e conhecimento, os slides, apresento os meus conselhos a quem inicia no empreendedorismo com foco em cair na real.
Apresentação sobre o contexto dos marketplaces e um pouco sobre o estado emocional em que os clientes estão imersos.
Esta é uma apresentação realizada para o terceiro batch da Bootcamp da Germinadora.
http://www.germinadora.com/
Baseado em uma série de visões e ideias do que são Startups, observa-se alguns padrões da vida nas startups. Esta talk é sobre esses padrões e por que crescimento define tudo o que existe em uma startup.
Apresentado no "Papo de Primeira" de 5 de maio de 2014 na Germ, este deck é sobre a relação entre estratégia, conteúdo e startups e com o próprio Universo e as afinidades entre a vida e conteúdo.
Meetup Meteor São Paulo - Primeiro Meetup Meteor no Brasil | Fevereiro, 2014
Publicidade Como Serviço
1. PUBLICIDADE COMO SERVIÇO:
O Impacto da Publicidade Digital na Experiência do Usuário
Ibrahim Cesar Nogueira de SOUZA1
Prof. Fábio Eduardo DIAS2
Faculdades Integradas Claretianas – Rio Claro-SP
RESUMO
O presente artigo descreve como a partir das recentes transformações na forma como as
pessoas se comunicam, o digital passou a ser parte intrínseco do cotidiano das pessoas
levando a publicidade e propaganda a rever o seu papel e sua utilidade nesse mundo que
alguns pensadores classificam com o rótulo de “pós-digital”. O antigo paradigma de
publicidade impacta negativamente na experiência do usuário, exigindo que para causar
impacto positivo e atinja os resultados propostos, a publicidade deva gerar valor em si
mesma, transformando-se a todo momento e configurando o que se propõe denominar como
“Publicidade como Serviço”, um novo paradigma para uma nova era da comunicação.
PALAVRAS-CHAVE: comunicação digital; publicidade digital; experiência do usuário;
pesquisa qualitativa; pós-digital.
1 INTRODUÇÃO
“Olhamos para o presente pelo espelho retrovisor. Marchamos de ré para o futuro.
Devido à invisibilidade de qualquer tipo de ambiente durante este período de
inovação, o homem só passa a perceber conscientemente o ambiente que veio
anteriormente. Em outras palavras, um ambiente só se torna inteiramente visível
quando é substituído por um novo ambiente. Assim, estamos sempre um passo
atrás de nossa visão do mundo. O presente é sempre invisível porque ele é o
próprio ambiente em que vivemos e assim acaba saturando todo nosso campo de
atenção de forma implacável. É por isso que vivemos no dia de ontem.”
(McLUHAN, 1969)
A fim de entender o impacto que a publicidade digital provoca na experiência do
usuário, faz-se necessário antes de tudo compreender o papel da publicidade em nossa
sociedade. Como um produto da necessidade de comunicação entre indivíduos e
organizações a publicidade se faz necessária para resolver problemas específicos daqueles
que a empregam. Partindo do questionamento “Qual é o problema que a publicidade
resolve?”, encontramos em diversos autores, entre eles, GOMES (2008) e PINHO (2003) de
que a publicidade tal como se configura hoje emergiu nas aglomerações de populações
urbanas para solucionar as necessidades diversas dos anunciantes que entre as mais diversas
objetivos de marketing e comunicação, podemos citar a diferenciação com os produtos
concorrentes, introduzir um novo produto, destacar atributos, entre outros. De forma que da
síntese da leitora dos autores pode-se chegar à conclusão de que o problema a que se
1
2
Autor do artigo e estudante do 8º. Semestre do Curso Publicidade e Propaganda, email: email@ibrahimcesar.com.
Orientador do trabalho. Professor do Curso dePublicidade e Propaganda, email: onz@uol.com.br.
1
2. propõem resolver é o de agregar valor. Agrega-se algum tipo de valor pretendido a um
determinado bem ou serviço, valor este que é subjetivo ao público-alvo e contexto histórico
e material a que pertence. Ocupando espaços na sociedade pelo qual transitam muitos
indivíduos ou ocupando tempo em veículos de comunicação em massa a publicidade é uma
atividade que almeja se comunicar em formatos pré-estabelecidos agregando valor e
objetivando satisfazer as necessidades de seus anunciantes.
A publicidade tem sido forçada, tal como vário
Os problemas que ocupam a atenção dos homens mudam, não de uma forma
arbitrária, mas, geralmente, de acordo com as demandas em mudança da
sociedade e da economia. (LAZARSFELD e MERTON, p.109, 2000)
2 PÓS-DIGITAL
“I think about the dependency we have on this other technlogy, called the
alphabet and writing, we are tottaly dependente, it’s transformed culture. We
cannot imagine ourselves without the alphabet and writing. And so in the same
way we are not going to imagine ourselves without this other machine being
there.” (KELLY, 2010)
A definição de pós-digital está começando a ganhar atenção apenas nos últimos anos
e diversos pensadores da mídia e comunicação contemporânea estão se debruçando sobre o
tema. Nicholas Negroponte, pesquisador do MIT, já em 1998 escreveu um artigo com o
título “Beyond Digital” para a revista de tecnologia Wired onde discutia sobre ultrapassar o
pensamento da chamada “era digital”. Foi articulado como conceito apenas no ano de 2009
pelo inglês Russel Davies, e já foi definido como “o estado pelo qual você passa a assumir
o digital ao invés de apenas admirá-lo”.
O pós-digital é menos um conceito em si do que uma posição de questionamento.
Não se trata de negar o digital. Pelo contrário, quero aprofundar um pouco a reflexão sobre
a própria ideia de desaparecimento do digital como consequência de sua ubiquidade. A
partir do momento em que o digital está em toda parte, será que ele ainda funciona como
um recorte relevante para entender e interferir na maneira como as redes interconectadas
influem na sociedade? Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas a todo instante.
Podemos querer que elas apontem para um futuro mais aberto, participativo e justo.
Acredito que a melhor maneira de fazer isso seja parar de falar sobre “o digital” como algo
em si.
“O pós-digital era supostamente, se qualquer coisa, para ser um grito contra a
complacência, para fazer as pessoas perceberem que nós não estamos no fim de
uma revolução digital, nós estamos no início de uma. O resultado final não seria
fazer um website para acompanhar um comercial de TV e não se trata de fazer um
jornal de seu website. O pós-digital supostamente seria a próxima fase excitante,
2
3. não um retorno ao velho. É a parte onde as pessoas digitais começariam a se
engajar no mundo além das telas, não onde a velha guarda se reafirma”(DAVIES,
2010)
Desta forma, o que o pós-digital na verdade é o início do fim. Marcando a transição
entre a era onde nós estamos excitados pelos nossos “brinquedos digitais brilhantes” e
começamos a ficar excitados pelas mudanças que esses brinquedos são fazendo na forma
com que vivemos, os objetos ao redor de nós
O discurso do digital foi assimilado por praticamente todos os setores da sociedade.
Isso toma por vezes uma forma equivocada, à medida em que se tenta de maneira fetichista
opor o digital a um supostamente ultrapassado “analógico”. Ao contrário do que se pode
pensar, o analógico está presente em praticamente tudo aquilo que alguns tentam chamar de
“revolução digital”. Exemplos simples de operações analógicas são o movimento do mouse,
as metáforas visuais da interface de usuário dos computadores e celulares contemporâneos,
o modo como as redes sociais simulam e ampliam a maneira como nos comunicamos
pessoalmente. Os scanners, impressoras, microfones e caixas de som são dispositivos que
propiciam a conversão de informação digital em comunicação analógica e vice-versa.
Fenômenos mais recentes como as aplicações móveis, locativas e de realidade
expandida adicionam ainda novas camadas nessa composição. Pode-se dizer que a maior
parte dos usos que as pessoas fazem das tecnologias digitais são usos analógicos. Daí que
boa parte da construção do imaginário do digital já começa equivocada, por apostar em uma
oposição que não existe.
Ainda assim, aquilo que usualmente se define como digital costuma se referir às
implicações de uma série de transformações efetivas: a digitalização de comunicações,
cultura e entretenimento; a emergência de redes auto-organizadas que possibilitam a
coordenação negociada entre pares e grupos, e gradualmente transformam relações de poder
e de criação de valor; e os crescentes barateamento, portabilidade e aumento de poder de
processamento dos dispositivos que dão acesso a essas redes. Pensar o digital como uma
categoria específica proporcionou a potencialização de ativismo online, de projetos e
metodologias colaborativas e de novas ou renovadas maneiras de trabalhar. Ao mesmo
tempo, possibilitou o desenvolvimento de iniciativas afirmativas que buscam equilibrar a
adoção das novas tecnologias de comunicação e das oportunidades que trazem – por
exemplo naquilo que é chamado de inclusão digital.
Por outro lado, o entendimento do digital como um tema em si pode levar a uma
série de distorções. À medida em que se isola o digital como uma nova realidade, os
problemas que ele ocasiona passam a ser entendidos como ocorrências pontuais. E não o
3
4. são. A precarização do trabalho em arranjos cada vez mais instáveis e dependentes; a
profunda alienação a respeito do impacto ambiental da vida contemporânea, em especial
como decorrência da produção e do descarte de eletrônicos; o surgimento de uma economia
“digital” que é excludente, elitista, individualista, consumista e que não respeita a
privacidade explícita ou implícita de seus usuários; as novas disputas sobre direito autoral e
remuneração de criadores – são parte de um complexo sistema político e econômico global,
e não podem ser analisadas de maneira isolada.
Se queremos moldar nossos futuros coletivos, precisamos entender que o acesso não
é o maior problema. Precisamos parar de pensar em ferramentas, e voltar a ousar.
Precisamos que as ideias voltem a ser perigosas. Precisamos investir em assuntos de
fronteira, e experimentar para entender suas implicações éticas, estéticas, políticas e
administrativas. O pensamento pós-digital argumenta que precisamos incorporar o digital
como dimensão indissociável da nossa existência. Por isso pensar o pós-digital,
entremeando o digital em todo o resto e assim esquecendo dele como instância isolada.
Giorgio Agamben (2002) descreve como paradigmas como coisas que pensamos
com, ao invés vez de coisas que pensamos. Como a era do computador, o pós-dital também
é um paradigma, mas como com pós-humanismo, por exemplo, uma compreensão da pósdigital não pretende descrever uma vida após o digital, mas sim tenta descrever a
oportunidade de hoje em explorar as conseqüências de o. digital e da era do computador.
Enquanto a era do computador tem reforçado a capacidade humana com próteses
convidativos e misteriosos, o pós-digital pode fornecer um paradigma com o qual é possível
analisar e compreender este acessório. E uma vez com entendimento, poder agir
efetivamente neste ambiente.
2 EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO
“Qualquer esforço em experiência do usuário busca melhorar a eficiência. Isto
basicamente se resume de duas formas chaves: ajudando as pessoas a trabalhar
mais rápido e ajuda-las a fazer menos erros. Melhorando a efici6encia das
ferramentas que se utiliza melhora-se a produtividade do negócio como um todo”.
(GARRET, 2010, p. 15)
A Experiência do Usuário (UX) está relacionada a como um indivíduo se sente
enquanto usuário de um produto, sistema ou serviço e ao prazer e a satisfação evocados no
contato com este artefato (PREECE, ROGERS, SHARP, 2011). A Experiência do Usuário
4
5. inclui aspectos subjetivos atribuídos a uma interação humano-computador, mas também
pode envolver a percepção de uma pessoa aos aspectos de usabilidade e facilidade para
alcançar seus objetivos numa determinada interação. A experiência do usuário é vital para
todos os tipos de produtos e serviços e se não for provida de uma maneira positiva, as
pessoas certamente não os usarão mais (GARRETT, 2010). É preciso estar ciente, todavia,
que não se projeta as experiências dos usuários propriamente, mas sim, criam-se as
condições para que elas sejam evocadas (PREECE, ROGERS, SHARP, 2011).
A experiência do usuário foi dividida em cinco elementos mais básicos a fim de ser
objeto de estudo, sendo: superfície, esqueleto, estrutura, escopo e estratégia. Para ilustrar a
forma como a experiência do usuário é concebida para o meio digital, tomemos como
exemplo qualquer site de notícias que seja acessado regularmente.
Na superfície, se vê uma série de páginas da web compostas de imagens e texto.
Certas imagens são clicáveis, executando algum tipo de função no site, por exemplo, entrar
em alguma área específica. Outras são apenas ilustrações, como uma fotografia ou o próprio
logotipo do site. Abaixo dessa superfície está o esqueleto do site: o posicionamento dos
botões, abas, fotos e blocos de texto. O esqueleto é projetado com o objetivo de otimizar o
arranjo desses elementos para alcançar a máxima eficiência – para que seja mais fácil para o
usuário fixar o logotipo do site, por exemplo, ou encontrar o ícone para voltar a acessar
aquela área específica. O esqueleto é a expressão concreta da estrutura mais abstrata do site.
Deve definir a disposição dos elementos da interface das páginas do site, enquanto a
estrutura define como os usuários vão de uma página à outra. Em um site que vende livros,
por exemplo, o esqueleto determina o arranjo dos itens navegáveis permitindo que os
usuários percorram categorias de livros. Neste caso, a estrutura estabelece onde essas
categorias de fato estão.
5
6. Figura 1: Os elementos da experiência do usuário, segundo GARRET (2011, p.22).
A estrutura constitui, então, o modo como as diversas características formais e
funcionais do site se encaixam. Tais características compôem o escopo do site, uma vez que
são definidas a partir dos objetivos pensados para o ele. O escopo é essencialmente
estabelecido pela estratégia delimitada para o projeto, apontando especificações das funções
necessárias e de que tipo de conteúdo será disponibilizado. Essa estratégia incorpora não
apenas o que as pessoas que solicitaram a criação do site desejam conseguir através dele,
mas também o que os usuários buscam conseguir nele. Esses cinco níveis – estratégia,
escopo, estrutura, esqueleto e superfície –, construídos da base ao topo (figura 1), provêem
um quadro conceitual para o estudo dos problemas da ordem da experiência do usuário,
bem como as ferramentas para resolvê-los.
A publicidade é um dos modelos de negócio mais tradicionais do ramo da mídia.
Estas empresas criam conteúdo – entretenimento, notícias e informações importantes, que
as pessoas irão consumir. Os anunciantes pagam por espaço ou tempo a fim de atingir a sua
6
7. mensagem para o público em busca do conteúdo, o que caracteriza o paradigma da
interrupção (JENKINS, 2008). A mídia tradicional interrompe o consumo de conteúdo para
espalhar suas mensagens. O primeiro anúncio em meio digital foi no formato banner,
análogo aos cartazes, o que ilustra bem o pensamento de replicar nos meios digitais os
formatos já estabelecidos na mídia tradicional. Como se trata de uma interrupção e da
adequação de antigos paradigmas ao novo meio, com novas formas de relacionamento,
consumo e apropriação, o meio digital está exigindo que a publicidade repense seu modo de
atuação.
Devido aos seus formatos restritivos, a publicidade tradicional sempre dependeu
profundamente do uso de clichés para o impacto. “A fome da publicidade por impacto
explica o alto uso de clichés e piadas através de sua história” (HIMPE, 2008), já que a razão
segundo o autor, é simples: clichés permitem reconhecimento imediato e chegar ao ponto
de forma mais efetiva, sem a necessidade de criação de contextos e introduções, o que
devido aos restritos formatos de espaço e tempo são forças atuantes sobre o processo
criativo publicitário.
Como Himpe sugere, isso não significa que os publicitários sejam menos originais,
apenas que as forças de promoção devem ser contextualizadas para o seu total
entendimento. Já que a maioria das mensagens publicitárias é forçada em um formato não
definido para estabelecer uma idea e por isso termina seguindo padrões e conjuntos de guias
e regras para atingir tanto quanto possível, do menos que for possível.
Mas online, como defende Helge Tennø, no ambiente digital os formatos não são
ferramentas criativas, mas táticas. O que antes valia para a mídia tradicional e seus diversos
formatos, já não funcionam no digital. As limitações a respeito do digital são
completamente diferente das teorias afetando a publicidade tradicional (TENNØ, 2012). É
possível construir a comunicação da forma que melhor se adequar às ideias que se deseja
transmitir. O digital está, segundo o autor, pedindo que muito mais criatividade seja
colocada na distribuição da comunicação do que na ideia em si.
O cliché, que era quase que uma necessidade com os formatos tradicionais, se
tornou o oposto online. Onde a tecnologia e a distribuição são tanto uma parte da ideia
quanto a história que ela carrega.
3 O IMPACTO DA PUBLICIDADE NA EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO
“O método aqui definido confessa a sensação de que todo conhecimento
verdadeiro é impossível. Só se pode enumerar as aparências e se fazer sentir o
clima” (CAMUS 2008, p. 26).
7
8. Entre as vantagens elencadas por Gil (1999) para a entrevista como metodologia de
pesquisa é que ela possibilita a obtenção de dados referentes aos mais diversos aspectos da
vida social e é muito eficiente para a obtenção de dados em profundidade acerca do
comportamento humano.
A pesquisa qualitativa de focus group ou, na definição de Antônio Carlos Gil,
entrevista focada, é o tipo de pesquisa em que o entrevistador permite ao entrevistado falar
livremente sobre o assunto moderando o rumo da entrevista.
Este tipo de entrevista é bastante empregado em situações experimentais, com o
objetivo de explorar a fundo alguma experiência vivida em condições precisas.
Também é bastante utilizada com grupos de pessoas que passaram por uma
experiência específica [...] Nestes casos, o entrevistador confere ao entrevistado
ampla liberdade para expressar-se sobre o assunto. (GIL, 1999, p. 120)
Na pesquisa qualitativa, através da metodologia de focus group (LAKATOS e
MARCONI, 2009, p. 132) realizada com dez jovens, pode-se obter informações de como a
publicidade é percebida e avaliada por estes. De modo geral, entendem que a publicidade é
necessária, o sentido em que mantém a gratuidade ao serviços que utilizam diariamente tais
como email, mensageiros instantâneos, sites de redes sociais, sites de notícias e outros.
No entanto, mesmo percebendo o imperativo da existência da publicidade, ela foi
avaliada de imediato como negativa, no entendimento que possuem do termo e da prática, o
que nos levou a explorar usos mais específicos e tirar informações a respeito das percepções
destes serviços. Os usuários dizem entender seu papel como financiadora dos sites, blogs e
serviços, sendo vista como um “mal necessário”, atribuindo quase nenhum valor a ela per
se. Julgam diferentes formas de publicidade de forma diferente: os links patrocinados da
Google julgam conferir credibilidade aos anunciantes, enquanto banners animados ignoram
a maioria, apenas prestando atenção quando os julgam “mais criativos”.
Um dos entrevistados relatou que convive pacificamente com a publicidade digital
uma vez que ao utilizar e acessar os sites com os quais está mais familiarizado este disse
pouco notar ou mesmo ignora completamente a existência, uma vez que elas ocupam
sempre a mesma posição na tela e, como leitor assíduo, já se concentra apenas no conteúdo,
somente notando intervenções mais profundas como a mudança do “papel de parede do
site” ou chamadas para compra de produtos acompanhando as postagens comuns do site
que frequenta. Este fato foi documento por Nielsen, que chamou este padrão de “banner
blindness” ou cegueira de banners: usuários frequentes passam a ignorar completamente as
áreas
reservadas
para
a
publicidade
nos
ambientes
digitais
que
frequentam
(NIELSEN,2007).
8
9. A associação de publicidade digital com spam se mostrou extremamente presente,
associam o paradigma de interrupção da experiência, realizado tanto pela publicidade nas
mídias tradicionais com o spam, mensagens indesejadas, quase sempre anunciando
produtos e serviços. Um comportamento interessante notado foi que os entrevistados
adotaram comportamentos pró-ativos para se livrar das mensagens indesejadas: utilizam um
e-mail para fazer compras e assinar sites, os quais eles sabem que receberá uma quantidade
maior de spam e um endereço exclusivamente para a sua comunicação diária e com pares
sendo chamado por uma entrevistada de “e-mail sério”.
A direção tomada para a entrevista foi entender como eles percebiam a presença das
marcas na rede. Consideram normal acompanhar as suas marcas prediletas na rede e
utilizam os meios digitais tanto para reclamar de produtos e serviços, como recomendá-los.
Dizem desconhecer os sites oficias de diversas marcas que apreciam muito, mas mantém
algum vínculo com estas através de perfis em sites de redes sociais e mesmo aplicativos.
Abordamos então outra forma de publicidade, um pouco mais sutil e que se utiliza
dos dados dos usuários para entregar mensagens contextuais para os usuário, uma prática de
segmentação comportamental (BELCHIOR et al, 2012). Com toda a discussão a respeito da
privacidade dos usuários e uso dos dados, os entrevistados se mostraram extremamente
favoráveis a este tipo de publicidade. Eles na verdade a querem. Quando a publicidade é
pró-ativa em lhe mostrar descontos, oportunidades e informações que lhes são úteis, eles
sentem uma conexão com a marca e enxergam isso como uma ótima prática, que eles
desejam que aconteçam. A publicidade perde o caráter de interrupção e funciona como um
serviço para os usuários.
4 PUBLICIDADE COMO SERVIÇO
O que se apresenta é que os usuários percebem a presença da publicidade digital de
forma muito negativa em sua experiência na internet quando estes seguem os paradigmas da
mídia tradicional de interrupção ou quando frustram suas expectativas ao se apresentarem
como um conteúdo que buscavam e revelam não possuir valor algum. No entanto, atribuem
elevado valor à um novo tipo de mensagem publicitária que possui valor intrínseco,
inclusive assinando pró-ativamente ou baixando aplicativos destas marcas.
Na comunicação efetiva, o elo mais importante do processo de comunicação é o
receptor (Berlo, 1997). O objetivo da comunicação sendo visto como o de influenciar no
contexto social é por isso, muitas vezes modificar o comportamento do consumidor:
9
10. Quando a fonte escolhe um código para a mensagem, deve escolher um que seja
conhecido do receptor. Quando a fonte seleciona o conteúdo, a fim de refletir seu
objetivo seleciona um conteúdo que tenha significação para o receptor. Quando
trata a mensagem de alguma forma, parte desse tratamento é determinado pela sua
análise das habilidades de comunicação (decodificação) do receptor, de suas
atitudes, conhecimentos e posição no contexto sociocultural. (BERLO, 1997).
Somente a partir da década de 80 se iniciou a atenção conceitualização de serviço,
uma vez que até este momento a maioria dos esforços de comunicação e marketing era
focada exclusivamente em bens de consumo. Com a expansão do termo, levou-se a
maiores desenvolvimentos levando atualmente a uma questão ainda não bem resolvida.
Como SCHNEIDER e STICKDORN (2011) ilustram, ou (a) tudo é um serviço, na
articulação de uma lógica dominante por serviços, propondo que uma distinção
convencional entre bens e serviços não importa; ou (b) novas formas precisam ser
encontradas de entender as qualidades específicas de se organizar e consumir serviços,
como o destaque à propriedade e acesso aos recursos.
Entender
a
publicidade
como
serviço
pressupõe
compreender
que
ela
intrinsicamente está gerando valor ao consumidor. Isso representa uma enorme ruptura
com a forma com que a publicidade era realizada antes da emergência do fenômeno da
cauda longa e de novas formas de conexão como a internet.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Once you had data, you could build theories. Once you had theories, you have
predictive power, you could test and then the whole thing fitted itself.”
(BARABÁSI, 2012)
Entender o impacto da publicidade digital na experiência do usuário significa prestar
atenção a como todos os nossos esforços comunicacionais estão sendo percebidos e
recebidos pelo receptor, o que significa entender se nossos esforços estão atingindo seus
objetivos: podemos entender nossas falhas, pontos de melhoria e entender os casos de
sucesso. Através da metodologia de entrevista focal se descobriu que os usuários de forma
geral detestam a publicidade que replica nos ambientes digitais os paradigmas da
publicidade tradicional, mas que percebe como úteis e agradáveis aquelas comunicações
publicitárias que possuem valor em si mesmas.
Ao invés de interromper espaços, estas geralmente criam outros, não é invasiva e
utiliza os dados dos usuários para conferir uma experiência personalizada. O que fica claro
que a publicidade, ao enfrentar o desafio de continuar relevante em um ecossistema
10
11. midiático superpopuloso, deve começar a utilizar o paradigma do pós-digital e a utilizar
mais criativamente as possibilidades de atuação.
O futuro da publicidade não se trata de anúncios de exibição, mas sim em utilizar as
dinâmicas e mecânicas das conversações online a fim de criar atenção, interesse e demanda
em arenas nas quais os anunciantes não estão interrompendo os fluxos conversacionais
como na publicidade tradicional, mas contagiosamente. Se trata de agregar valor à
experiência, tornando a experiência presente do usuário melhor, a expandindo, ganhando
valor intrinsecamente, a publicidade dá um pivô de agregar valor, a pró-ativamente possuir
valor e isso exige novas habilidades tanto criativas como táticas dos publicitários.
E deve fazer isso ao explorar situações e atividades onde a companhia, a marca,
produtos ou serviços façam sentido, e realmente adicione valor ao seu contexto, tratando a
publicidade como um serviço, respondendo como possuem valor na vida dos consumidores,
e como eles podem deliberadamente criar valor em áreas da vida diária onde possuem
pontos de contato com as pessoas, tendo ação para a sinergia cada vez maior entre as
esferas do digital e do real. O mundo físico é onde está a vida das pessoas, por mais
conectadas que estejam. Este é um dos caminhos de atuação que se apresentam para o
publicitário no contexto em que hoje vivemos, o pós-digital.
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