O documento discute a evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e o crescimento das redes sociais, definindo as TIC como estruturas que facilitam a troca de informações. Ele diferencia entre mídias sociais e redes sociais, destacando a importância da internet na formação de redes sem hierarquia. O autor conclui que a convergência entre TIC e redes sociais é crucial para o contínuo desenvolvimento e interação, sugerindo que as empresas devem investir nessa integração para se manter competitivas.

1. A evolução da TIC e o crescimento das redes sociais Gabriel de Oliva Bemfica

2. Definição de TIC TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) é o nome dado ao conjunto de estruturas e bens tecnológicos que permitem a troca de informações entre indivíduos, organizações e a sociedade como um todo. O mercado no ramo de TIC é amplo, podendo abranger de designers a programadores, passando por profissionais de marketing digital e mídias sociais. Os eletrônicos de consumo em massa são o ramo mais facilmente identificável da TIC, embora não sejam os únicos. Essa apresentação abrangerá esse ramo, mídias/redes sociais e estrutura corporativa de rede.

3. Diferença: redes e mídias sociais Mídias sociais: conceito que precede a internet. Significa a produção de conteúdo midiático (fotos, vídeos, músicas, peças publicitárias, etc) por empresas pequenas, sem a participação de grandes grupos do ramo; Redes sociais: o conceito independe da internet, embora só tenha sido estudado mais a fundo depois de seu surgimento. Trata de redes de relacionamento sem nível hierárquico, onde cada membro tem plena autonomia para decidir de que fontes recebe conteúdo, sem imposições como ocorre, por exemplo, na televisão (onde oligopólios detêm todas as opções disponíveis); Esses conceitos, embora diferentes, estão intimamente ligados. A manifestação mais recente do fenômeno das redes sociais são as redes sociais virtuais, como orkut, Facebook e Twitter. Ultimamente, as mídias sociais têm usado as redes sociais virtuais como meio de propagação, a concretização da anteriormente julgada utopia dos prosumers (o maior exemplo é o YouTube).

4. Evolução tecnológica e crescimento das redes sociais O conceito de rede social sugere, em si, uma anarquia implícita. A ideia da total falta de hierarquia na produção de conteúdo implica na falta de organização e classificação desse conteúdo. Por esse motivo, esse conceito só poderia ser aplicado a pequenas comunidades, uma vez que o crescimento demográfico requer níveis de controle a fim de evitar o caos. Pode-se aplicar o conceito, por exemplo, a um grupo de amigos ou a um povoado que desenvolva pouco contato com o mundo exterior. A internet acabou com essa limitação, uma vez que possibilitou que redes sociais fossem formadas com membros de pontos distintos do mundo, ainda assim mantendo a anarquia em um nível aceitável e sem a perda de uma organização primordial.

5. A evolução da TIC TI: Computadores: surgiram como encriptadores de mensagens estratégicas e processadores de cálculos complexos (como trajetórias de mísseis), sempre com fins militares; Logo notou-se que seria útil o compartilhamento das informações de computadores em diversos pontos do planeta: estava criado o protótipo da internet. TIC: Meios de comunicação “modernos”: telégrafo, rádio, telefone, televisão, internet; Enquanto rádio e televisão tradicionais são meios de “via única” (o consumidor apenas recebe o conteúdo), os outros meios podem ser considerados de “mão dupla” (ambas as partes estão ativamente envolvidas no ato da comunicação); Antes da internet, tal comunicação de “mão dupla” existia apenas em pequenos grupos. Atualmente, o surgimento dos “prosumers” permite que qualquer pessoa com acesso à rede possa, de qualquer lugar, criar conteúdo que pode ser visto por quaisquer outras pessoas que também tenham acesso à internet.

6. Evolução da comunicação móvel

7. A era dos aparelhos móveis Durante muito tempo, a telefonia foi vista como algo fixo: um orelhão, um call center , um telefone residencial: eram meios de comunicação que estavam “enraizados” em seus locais de utilização, sem mobilidade; Evolução: telefones via satélite -> telefones automotivos -> aparelhos celulares -> smartphones O mesmo paradoxo pode ser traçado para os computadores: mesmo os microcomputadores só funcionavam fixos em determinado local. Atualmente, notebooks e tablets desempenham as mesmas funções de qualquer lugar.

8. As redes sociais virtuais

9. Redes sociais virtuais Com a evolução da internet, pode-se “deturpar positivamente” seu intuito inicial: usuários começaram a usar a rede para troca de informações não relacionadas a trabalhos acadêmicos; Os predecessores de redes sociais virtuais foram as BBSs e a Usenet, redes de troca de informações anteriores à internet comercial, mas que já apresentavam traços de redes sociais virtuais; O que se conhece hoje como redes sociais (orkut, Facebook, Twitter, etc) são as chamadas redes de relacionamento, que abrangem apenas um âmbito do conceito, existindo ainda outros tipos, como redes profissionais (LinkedIn, sindicatos), de compartilhamento (redes P2P, fã-clubes), redes comunitárias (associações de moradores), entre outros. A principal semelhança entre essas redes é o fato de que, em todas, os membros são relacionados por um interesse comum.

10. Convergência: TIC e redes sociais Nesse contexto, podemos considerar a TIC como ferramenta fundamental para a criação e manutenção das redes sociais, virtuais ou não. Para tal, há uma necessidade natural de evolução constante da TIC, que só acontece com apoio governamental e corporativo. Atualmente, há uma crescente demanda da população em manter-se conectada e compartilhar diversos momentos de suas vidas. Esse compartilhamento só é possível graças à convergência entre redes sociais virtuais e a TIC.

11. Envio de e-mails Antigamente Hoje

12. Compartilhamento de fotos Antigamente Hoje

13. Conclusão Redes sociais virtuais são o mais recente fenômeno da internet. Muito embora as redes que conhecemos e usamos hoje provavelmente não durarão por décadas, seu conceito já está instalado na mente dos usuários; Nos últimos anos, a evolução da TIC possibilitou a consolidação desse modelo de interação. Mais ainda, a chamada “era da mobilidade” permite que estejamos conectados em qualquer hora e lugar;

14. Conclusão Para garantir seu diferencial nos próximos anos, as empresas devem investir nessa integração entre TIC e redes sociais: pode-se dizer que as redes sociais são, hoje, o que a internet foi no fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000; Assim sendo, o mercado de telecomunicações tem muito o que crescer, oferecendo a seus clientes novas e melhores maneiras de se conectar e compartilhar.

15. Bibliografia LEMOS, André. “Cidade Digital”. 1ª edição. Editora da UFBA, 2007 - Bahia, Brasil; RECUERO, Raquel. “Redes Sociais na Internet”. 1ª edição. Editora Sulina, 2009 - Rio Grande do Sul, Brasil; CASTELLS, Manuel e CARDOSO, Gustavo. “A Sociedade em Rede - do Conhecimento à Acção Política”. 1ª edição. Imprena nacional, 2005 - Lisboa, Portugal.

16. Sobre o autor Gabriel de Oliva Bemfica Usuário de computadores e internet há mais de 15 anos; Graduando em Sistemas e Mídias Digitais pela Universidade Federal do Ceará; Entusiasta e estudioso das mídias sociais; Ex consultor de Experiência do Usuário para a Lockerz, LLC (EUA); Redator do site de tecnologia NumClique.net; Idealizador do projeto Personal Nerd Ceará; Responsável pelo gerenciamento de mídias sociais da III Feira das Profissões da UFC.

17. Obrigado pela atenção! Essa apresentação (além de outras sobre tecnologia e mídias sociais) está disponível em: SlideShare.net/GabrielBemfica