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ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS
ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS
Observações
Leia cuidadosamente os procedimentos antes de
iniciar as atividades práticas.
Estude a teoria e observe bem as figuras nas
aulas teóricas antes de ter as aulas práticas. Se
possível, sempre tenha um livro com figuras dos
assuntos a serem estudados.
Anotar todos os detalhes pertinentes á
atividade prática, desde a explicação do
professor até as observações peculiares de cada
corte.
Esclarecer com o professor todos os pontos
duvidosos.
ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS
Observações
Utilize o material necessário, evitando desperdícios e
danos.
Deixar a bancada do laboratório perfeitamente limpa.
Deixar os microscópios limpos, cobertos, desligados.
Devolver o material didático a seu devido lugar.
Colocar lâminas e lamínulas sujas em local apropriado —
Elas deverão estar limpas para serem utilizadas nas
próximas aulas.
Deixar todos os vidros com reagentes e corantes
devidamente tampados
Participe ativamente de todas os procedimentos
práticos, para que ao final, você adquira habilidade
prática em anatomia vegetal.
Introdução a práticas de Anatomia Vegetal
 O estudo interno das estruturas dos vegetais é feito
observando-se os cortes finos de tecido vegetal em
microscópio óptico.
Quanto ao material vegetal,
normalmente utiliza-se o material
vegetal coletado a fresco, com a
possibilidade de utilização de
material herborizado após sua
hidratação
Para a conservação do material vegetal são utilizadas
soluções fixadoras, que promovem a morte das células e
sua preservação estrutural em estado próximo do
material fresco.
As principais substâncias fixadoras são:
 formol,
o álcool,
iodo,
bicromato de potássio e
os ácidos: acético, pícrico crômico e ósmico.
A escolha do uso de soluções depende dos objetivos do
trabalho a ser realizado. Atenção para evitar o contato
das soluções fixadoras com a pele, pois a maioria das
substâncias citadas é tóxica.
Introdução a práticas de Anatomia Vegetal
Para que a luz possa atravessar o tecido a ser estudado, os cortes
feitos devem ser suficientemente finos e transparentes.
Utiliza-se regularmente o micrótomo para obtenção de cortes finos,
mas para realização dos cortes neste equipamento, o material vegetal
deve estar devidamente desidratado e incluído em um suporte (mais
comum: parafina).
Podemos também realizar cortes à mão livre, com auxilio de uma
lâmina de barbear e um suporte (isopor, pecíolo de embaúba, medula do
caule de sabugueiro).
O corte deve ser imediatamente transferido para um recipiente
contendo água destilada.
Os cortes realizados devem ser mais finos o possível, possibilitando a
observação das estruturas vegetais.
Introdução a práticas de Anatomia Vegetal
Para visualizarmos as estruturas anatômicas, devermos
fazer e manipular os cortes com cuidado, observando
sempre o plano de corte pode ser:
a.Transversal: Perpendicular ao maior eixo do órgão.
b.Longitudinal: Paralelo ao maior eixo do órgão. Quando o
órgão cilíndrico, o corte longitudinal pode ser tangencial,
tangente ao raio cilindro, ou radial, passando pelo
diâmetro ou raio.
c.Paradérmico: Paralelo à superfície do órgão. Utilizado
principalmente em estudos dos tecidos de revestimento.
Tipos de corte
Transversal
Longitudinal
radial
Longitudinal
tangencial
Tipos de corte
 Quanto à duração os cortes podem ser provisórios,
ou permanentes.
 Nos provisórios, o liquido de inclusão utilizado é a
água, glicerina ou corante.
 Nas montagens permanentes utiliza-se o Bálsamo do
Canadá ou resinas sintéticas.
 Em nossas aulas utilizaremos lâminas com cortes
provisórios confeccionados pelos alunos durante o
período da aula prática, portanto os procedimentos
descritos são os adequados à obtenção desse tipo de
material.
Durabilidade dos cortes
A célula vegetal contém inúmeras substâncias que possuem cor,
dentre elas os pigmentos. Para facilitar a observação das
estruturas, vários métodos de coloração podem ser empregados,
entretanto para que sejam eficientes, é necessário que os tecidos
estejam livres de outras cores.
O clareamento dos cortes é feio utilizando solução de hipoclorito
de sódio comercial ou cloral hidratado.
O transporte dos cortes para a solução de hipoclorito deve ser
feito com o auxílio de estilete e não com pincel, para não danificar
suas cerdas.
Transferir os cortes em seguida para outro recipiente com água
destilada e enxaguar abundantemente.
Com o objetivo de corrigir o pH para que não haja interferência na
eficácia do corante, passar os cortes em solução de ácido acético
diluído, enxaguando em água em seguida.
Clareamento dos cortes
O uso de corantes é necessário para evidenciar as estruturas
celulares, resultando em maior facilidade para observação. Alguns
reagentes são empregados para a definição do tipo de substância
encontrada em alguns tipos de células.
O corante que será mais utilizado em nossas aulas é o safrablau.
Trata-se de uma solução composta por dois tipos de corantes: o
azul de astra, que cora paredes celulósicas em azul, e a safranina,
que cora paredes lignificadas, suberificadas e cutinizadas em
vermelho.
Devido à disponibilidade escassa de recursos para as aulas,
utilizaremos um substituto do azul de astra, o azul de alcião.
Coloração dos cortes
1. Coloque os cortes em vidro de relógio contendo a solução
de hipoclorito de sódio até perderem completamente sua
coloração;
2. Enxágüe os cortes em água durante 1 minuto e repita
este procedimento 2 vezes, trocando a água de enxágüe;
3. Transfira os cortes para um vidro de relógio contendo
ácido acético diluído;
4. Enxágüe novamente durante 1 minuto;
5. Transfira os corte para um vidro de relógio contendo
algumas gotas de safrablau durante 20-30 segundos;
6. Enxágüe abundantemente em água;
7. Transfira os cortes com o pincel para uma lâmina
contendo uma gota de glicerina ou água;
8. Cubra com lamínula, evitando a formação de bolhas.
Roteiro para preparo das lâminas
As práticas de Anatomia Vegetal são realizadas
mediante a observação de várias estruturas vegetais em
diversos grupos, portanto é necessária a documentação
das observações através da confecção de desenhos.
Os esquemas feitos durante a aula refletem se o aluno
compreendeu a organização das estruturas de maneira
consistente.
Os desenhos devem ser simples e levar em
consideração a forma do objeto e as proporções dos
componentes dos cortes. Outro aspecto importante é a
inclusão de legendas, para que se possa reconhecer as
estruturas desenhadas.
Desenhos
Dois tipos de desenho podem ser empregados nas aulas
práticas:
a. Desenho detalhado: Tem o objetivo de representar a
estrutura da maneira mais próxima ao material observado.
Deve ser incluído o maior número possível de detalhes.
b. Desenho esquemático: Fornece uma idéia global de forma
simplificada do material em estudo. Leva em consideração
a forma e a proporção dos diferentes componentes. Para
este tipo de desenho, emprega-se usualmente a convenção
de Metcalfe & Chalk para a representação de tecidos da
seguinte maneira:
Desenhos
Parênquima
Epiderme
Colênquima
Esclerênquima
Felema ou súber
Xilema
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Desenhos

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  • 1. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS
  • 2. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS Observações Leia cuidadosamente os procedimentos antes de iniciar as atividades práticas. Estude a teoria e observe bem as figuras nas aulas teóricas antes de ter as aulas práticas. Se possível, sempre tenha um livro com figuras dos assuntos a serem estudados. Anotar todos os detalhes pertinentes á atividade prática, desde a explicação do professor até as observações peculiares de cada corte. Esclarecer com o professor todos os pontos duvidosos.
  • 3. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS Observações Utilize o material necessário, evitando desperdícios e danos. Deixar a bancada do laboratório perfeitamente limpa. Deixar os microscópios limpos, cobertos, desligados. Devolver o material didático a seu devido lugar. Colocar lâminas e lamínulas sujas em local apropriado — Elas deverão estar limpas para serem utilizadas nas próximas aulas. Deixar todos os vidros com reagentes e corantes devidamente tampados Participe ativamente de todas os procedimentos práticos, para que ao final, você adquira habilidade prática em anatomia vegetal.
  • 4. Introdução a práticas de Anatomia Vegetal  O estudo interno das estruturas dos vegetais é feito observando-se os cortes finos de tecido vegetal em microscópio óptico. Quanto ao material vegetal, normalmente utiliza-se o material vegetal coletado a fresco, com a possibilidade de utilização de material herborizado após sua hidratação
  • 5. Para a conservação do material vegetal são utilizadas soluções fixadoras, que promovem a morte das células e sua preservação estrutural em estado próximo do material fresco. As principais substâncias fixadoras são:  formol, o álcool, iodo, bicromato de potássio e os ácidos: acético, pícrico crômico e ósmico. A escolha do uso de soluções depende dos objetivos do trabalho a ser realizado. Atenção para evitar o contato das soluções fixadoras com a pele, pois a maioria das substâncias citadas é tóxica. Introdução a práticas de Anatomia Vegetal
  • 6. Para que a luz possa atravessar o tecido a ser estudado, os cortes feitos devem ser suficientemente finos e transparentes. Utiliza-se regularmente o micrótomo para obtenção de cortes finos, mas para realização dos cortes neste equipamento, o material vegetal deve estar devidamente desidratado e incluído em um suporte (mais comum: parafina). Podemos também realizar cortes à mão livre, com auxilio de uma lâmina de barbear e um suporte (isopor, pecíolo de embaúba, medula do caule de sabugueiro). O corte deve ser imediatamente transferido para um recipiente contendo água destilada. Os cortes realizados devem ser mais finos o possível, possibilitando a observação das estruturas vegetais. Introdução a práticas de Anatomia Vegetal
  • 7. Para visualizarmos as estruturas anatômicas, devermos fazer e manipular os cortes com cuidado, observando sempre o plano de corte pode ser: a.Transversal: Perpendicular ao maior eixo do órgão. b.Longitudinal: Paralelo ao maior eixo do órgão. Quando o órgão cilíndrico, o corte longitudinal pode ser tangencial, tangente ao raio cilindro, ou radial, passando pelo diâmetro ou raio. c.Paradérmico: Paralelo à superfície do órgão. Utilizado principalmente em estudos dos tecidos de revestimento. Tipos de corte
  • 9.  Quanto à duração os cortes podem ser provisórios, ou permanentes.  Nos provisórios, o liquido de inclusão utilizado é a água, glicerina ou corante.  Nas montagens permanentes utiliza-se o Bálsamo do Canadá ou resinas sintéticas.  Em nossas aulas utilizaremos lâminas com cortes provisórios confeccionados pelos alunos durante o período da aula prática, portanto os procedimentos descritos são os adequados à obtenção desse tipo de material. Durabilidade dos cortes
  • 10. A célula vegetal contém inúmeras substâncias que possuem cor, dentre elas os pigmentos. Para facilitar a observação das estruturas, vários métodos de coloração podem ser empregados, entretanto para que sejam eficientes, é necessário que os tecidos estejam livres de outras cores. O clareamento dos cortes é feio utilizando solução de hipoclorito de sódio comercial ou cloral hidratado. O transporte dos cortes para a solução de hipoclorito deve ser feito com o auxílio de estilete e não com pincel, para não danificar suas cerdas. Transferir os cortes em seguida para outro recipiente com água destilada e enxaguar abundantemente. Com o objetivo de corrigir o pH para que não haja interferência na eficácia do corante, passar os cortes em solução de ácido acético diluído, enxaguando em água em seguida. Clareamento dos cortes
  • 11. O uso de corantes é necessário para evidenciar as estruturas celulares, resultando em maior facilidade para observação. Alguns reagentes são empregados para a definição do tipo de substância encontrada em alguns tipos de células. O corante que será mais utilizado em nossas aulas é o safrablau. Trata-se de uma solução composta por dois tipos de corantes: o azul de astra, que cora paredes celulósicas em azul, e a safranina, que cora paredes lignificadas, suberificadas e cutinizadas em vermelho. Devido à disponibilidade escassa de recursos para as aulas, utilizaremos um substituto do azul de astra, o azul de alcião. Coloração dos cortes
  • 12. 1. Coloque os cortes em vidro de relógio contendo a solução de hipoclorito de sódio até perderem completamente sua coloração; 2. Enxágüe os cortes em água durante 1 minuto e repita este procedimento 2 vezes, trocando a água de enxágüe; 3. Transfira os cortes para um vidro de relógio contendo ácido acético diluído; 4. Enxágüe novamente durante 1 minuto; 5. Transfira os corte para um vidro de relógio contendo algumas gotas de safrablau durante 20-30 segundos; 6. Enxágüe abundantemente em água; 7. Transfira os cortes com o pincel para uma lâmina contendo uma gota de glicerina ou água; 8. Cubra com lamínula, evitando a formação de bolhas. Roteiro para preparo das lâminas
  • 13. As práticas de Anatomia Vegetal são realizadas mediante a observação de várias estruturas vegetais em diversos grupos, portanto é necessária a documentação das observações através da confecção de desenhos. Os esquemas feitos durante a aula refletem se o aluno compreendeu a organização das estruturas de maneira consistente. Os desenhos devem ser simples e levar em consideração a forma do objeto e as proporções dos componentes dos cortes. Outro aspecto importante é a inclusão de legendas, para que se possa reconhecer as estruturas desenhadas. Desenhos
  • 14. Dois tipos de desenho podem ser empregados nas aulas práticas: a. Desenho detalhado: Tem o objetivo de representar a estrutura da maneira mais próxima ao material observado. Deve ser incluído o maior número possível de detalhes. b. Desenho esquemático: Fornece uma idéia global de forma simplificada do material em estudo. Leva em consideração a forma e a proporção dos diferentes componentes. Para este tipo de desenho, emprega-se usualmente a convenção de Metcalfe & Chalk para a representação de tecidos da seguinte maneira: Desenhos