2. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS
Observações
Leia cuidadosamente os procedimentos antes de
iniciar as atividades práticas.
Estude a teoria e observe bem as figuras nas
aulas teóricas antes de ter as aulas práticas. Se
possível, sempre tenha um livro com figuras dos
assuntos a serem estudados.
Anotar todos os detalhes pertinentes á
atividade prática, desde a explicação do
professor até as observações peculiares de cada
corte.
Esclarecer com o professor todos os pontos
duvidosos.
3. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS
Observações
Utilize o material necessário, evitando desperdícios e
danos.
Deixar a bancada do laboratório perfeitamente limpa.
Deixar os microscópios limpos, cobertos, desligados.
Devolver o material didático a seu devido lugar.
Colocar lâminas e lamínulas sujas em local apropriado —
Elas deverão estar limpas para serem utilizadas nas
próximas aulas.
Deixar todos os vidros com reagentes e corantes
devidamente tampados
Participe ativamente de todas os procedimentos
práticos, para que ao final, você adquira habilidade
prática em anatomia vegetal.
4. Introdução a práticas de Anatomia Vegetal
O estudo interno das estruturas dos vegetais é feito
observando-se os cortes finos de tecido vegetal em
microscópio óptico.
Quanto ao material vegetal,
normalmente utiliza-se o material
vegetal coletado a fresco, com a
possibilidade de utilização de
material herborizado após sua
hidratação
5. Para a conservação do material vegetal são utilizadas
soluções fixadoras, que promovem a morte das células e
sua preservação estrutural em estado próximo do
material fresco.
As principais substâncias fixadoras são:
formol,
o álcool,
iodo,
bicromato de potássio e
os ácidos: acético, pícrico crômico e ósmico.
A escolha do uso de soluções depende dos objetivos do
trabalho a ser realizado. Atenção para evitar o contato
das soluções fixadoras com a pele, pois a maioria das
substâncias citadas é tóxica.
Introdução a práticas de Anatomia Vegetal
6. Para que a luz possa atravessar o tecido a ser estudado, os cortes
feitos devem ser suficientemente finos e transparentes.
Utiliza-se regularmente o micrótomo para obtenção de cortes finos,
mas para realização dos cortes neste equipamento, o material vegetal
deve estar devidamente desidratado e incluído em um suporte (mais
comum: parafina).
Podemos também realizar cortes à mão livre, com auxilio de uma
lâmina de barbear e um suporte (isopor, pecíolo de embaúba, medula do
caule de sabugueiro).
O corte deve ser imediatamente transferido para um recipiente
contendo água destilada.
Os cortes realizados devem ser mais finos o possível, possibilitando a
observação das estruturas vegetais.
Introdução a práticas de Anatomia Vegetal
7. Para visualizarmos as estruturas anatômicas, devermos
fazer e manipular os cortes com cuidado, observando
sempre o plano de corte pode ser:
a.Transversal: Perpendicular ao maior eixo do órgão.
b.Longitudinal: Paralelo ao maior eixo do órgão. Quando o
órgão cilíndrico, o corte longitudinal pode ser tangencial,
tangente ao raio cilindro, ou radial, passando pelo
diâmetro ou raio.
c.Paradérmico: Paralelo à superfície do órgão. Utilizado
principalmente em estudos dos tecidos de revestimento.
Tipos de corte
9. Quanto à duração os cortes podem ser provisórios,
ou permanentes.
Nos provisórios, o liquido de inclusão utilizado é a
água, glicerina ou corante.
Nas montagens permanentes utiliza-se o Bálsamo do
Canadá ou resinas sintéticas.
Em nossas aulas utilizaremos lâminas com cortes
provisórios confeccionados pelos alunos durante o
período da aula prática, portanto os procedimentos
descritos são os adequados à obtenção desse tipo de
material.
Durabilidade dos cortes
10. A célula vegetal contém inúmeras substâncias que possuem cor,
dentre elas os pigmentos. Para facilitar a observação das
estruturas, vários métodos de coloração podem ser empregados,
entretanto para que sejam eficientes, é necessário que os tecidos
estejam livres de outras cores.
O clareamento dos cortes é feio utilizando solução de hipoclorito
de sódio comercial ou cloral hidratado.
O transporte dos cortes para a solução de hipoclorito deve ser
feito com o auxílio de estilete e não com pincel, para não danificar
suas cerdas.
Transferir os cortes em seguida para outro recipiente com água
destilada e enxaguar abundantemente.
Com o objetivo de corrigir o pH para que não haja interferência na
eficácia do corante, passar os cortes em solução de ácido acético
diluído, enxaguando em água em seguida.
Clareamento dos cortes
11. O uso de corantes é necessário para evidenciar as estruturas
celulares, resultando em maior facilidade para observação. Alguns
reagentes são empregados para a definição do tipo de substância
encontrada em alguns tipos de células.
O corante que será mais utilizado em nossas aulas é o safrablau.
Trata-se de uma solução composta por dois tipos de corantes: o
azul de astra, que cora paredes celulósicas em azul, e a safranina,
que cora paredes lignificadas, suberificadas e cutinizadas em
vermelho.
Devido à disponibilidade escassa de recursos para as aulas,
utilizaremos um substituto do azul de astra, o azul de alcião.
Coloração dos cortes
12. 1. Coloque os cortes em vidro de relógio contendo a solução
de hipoclorito de sódio até perderem completamente sua
coloração;
2. Enxágüe os cortes em água durante 1 minuto e repita
este procedimento 2 vezes, trocando a água de enxágüe;
3. Transfira os cortes para um vidro de relógio contendo
ácido acético diluído;
4. Enxágüe novamente durante 1 minuto;
5. Transfira os corte para um vidro de relógio contendo
algumas gotas de safrablau durante 20-30 segundos;
6. Enxágüe abundantemente em água;
7. Transfira os cortes com o pincel para uma lâmina
contendo uma gota de glicerina ou água;
8. Cubra com lamínula, evitando a formação de bolhas.
Roteiro para preparo das lâminas
13. As práticas de Anatomia Vegetal são realizadas
mediante a observação de várias estruturas vegetais em
diversos grupos, portanto é necessária a documentação
das observações através da confecção de desenhos.
Os esquemas feitos durante a aula refletem se o aluno
compreendeu a organização das estruturas de maneira
consistente.
Os desenhos devem ser simples e levar em
consideração a forma do objeto e as proporções dos
componentes dos cortes. Outro aspecto importante é a
inclusão de legendas, para que se possa reconhecer as
estruturas desenhadas.
Desenhos
14. Dois tipos de desenho podem ser empregados nas aulas
práticas:
a. Desenho detalhado: Tem o objetivo de representar a
estrutura da maneira mais próxima ao material observado.
Deve ser incluído o maior número possível de detalhes.
b. Desenho esquemático: Fornece uma idéia global de forma
simplificada do material em estudo. Leva em consideração
a forma e a proporção dos diferentes componentes. Para
este tipo de desenho, emprega-se usualmente a convenção
de Metcalfe & Chalk para a representação de tecidos da
seguinte maneira:
Desenhos