1. O documento apresenta diretrizes sobre o Programa Nacional de Suplementação de Ferro no Brasil, que tem como objetivo prevenir e controlar a anemia por deficiência de ferro.
2. As estratégias propostas incluem a suplementação universal com sais de ferro, a fortificação de alimentos com ferro e ácido fólico, e a promoção de uma alimentação saudável rica em fontes de ferro.
3. Recomenda-se a suplementação de ferro de forma profilática para grupos vulneráveis como crianças menores de 2 anos, gest
A Saúde da Mulher é prioridade, se faz presente e é expressa no contexto da gestão federal do SUS, através da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, e é reafirmada em vários pactos firmados pelos gestores das três esferas governamentais, no pacto pela saúde SUS, cobertura de mamografia, percentual de colpocitologia investigadas são alguns deles. Tal política visa fundamentalmente à implementação dos princípios norteadores do SUS, com ênfase na promoção da saúde, ampliando o espectro de ações até então propostas.
Este "Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais
de Saúde" foi originalmente publicado em 2016 para apresentar a Estratégia Pré-Natal do Parceiro (EPNP), que, em linhas gerais, visa orientar
profissionais e gestores(as) do SUS sobre a importância do envolvimento masculino em todo o ciclo gravídico-puerperal.
Mais recentemente, entre 2021 e 2023, este material passou por processo de revisão/atualização
conduzido pela Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (Cosah/CGACI/DGCI/Saps/MS), com a participação de pesquisadores/as vinculados/
as a instituições públicas de pesquisa e formação acadêmica (Gema/UFPE; UFPA; UFMT e IFF/Fiocruz).
Esse processo contou também com diálogos e a apreciação de gestores(as), das Coordenações
Estaduais e Municipais de Saúde do Homem, das áreas técnicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, além de
trabalhadores(as) da atenção primária à saúde (APS)
e representantes da sociedade civil.
Para ampliarmos a participação dos homens na APS é necessário que trabalhadores(as) e gestores(as) revejam práticas e ideias e estejam mais atentos(as)
às construções socioculturais de gênero e às singularidades das pessoas e dos territórios, a fim
de garantir espaços de reflexão sobre as práticas de cuidado em saúde.
Parabéns ao Ministério da Saúde e parceiros.
Notamos a falta de conteúdo da Amamentação - informações básicas devem ser dadas nessa fase gestacional para que mães e pais se preparem para esse ato de cuidado e proteção da infância.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
A Saúde da Mulher é prioridade, se faz presente e é expressa no contexto da gestão federal do SUS, através da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, e é reafirmada em vários pactos firmados pelos gestores das três esferas governamentais, no pacto pela saúde SUS, cobertura de mamografia, percentual de colpocitologia investigadas são alguns deles. Tal política visa fundamentalmente à implementação dos princípios norteadores do SUS, com ênfase na promoção da saúde, ampliando o espectro de ações até então propostas.
Este "Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais
de Saúde" foi originalmente publicado em 2016 para apresentar a Estratégia Pré-Natal do Parceiro (EPNP), que, em linhas gerais, visa orientar
profissionais e gestores(as) do SUS sobre a importância do envolvimento masculino em todo o ciclo gravídico-puerperal.
Mais recentemente, entre 2021 e 2023, este material passou por processo de revisão/atualização
conduzido pela Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (Cosah/CGACI/DGCI/Saps/MS), com a participação de pesquisadores/as vinculados/
as a instituições públicas de pesquisa e formação acadêmica (Gema/UFPE; UFPA; UFMT e IFF/Fiocruz).
Esse processo contou também com diálogos e a apreciação de gestores(as), das Coordenações
Estaduais e Municipais de Saúde do Homem, das áreas técnicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, além de
trabalhadores(as) da atenção primária à saúde (APS)
e representantes da sociedade civil.
Para ampliarmos a participação dos homens na APS é necessário que trabalhadores(as) e gestores(as) revejam práticas e ideias e estejam mais atentos(as)
às construções socioculturais de gênero e às singularidades das pessoas e dos territórios, a fim
de garantir espaços de reflexão sobre as práticas de cuidado em saúde.
Parabéns ao Ministério da Saúde e parceiros.
Notamos a falta de conteúdo da Amamentação - informações básicas devem ser dadas nessa fase gestacional para que mães e pais se preparem para esse ato de cuidado e proteção da infância.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
No final da década de 1980 e início de 1990 presenciamos, na América Latina, um movimento de maior visibilidade no campo da Saúde Pública, no sentido de implantar ações de saúde voltadas ao adolescente. Para compreender a Saúde Integral do adolescente, é importante entender a adolescência, a partir das políticas públicas de saúde, o que nos permite ter a ideia da complexidade do tema, levando em consideração a juventude como fenômeno existencial, o que afeta a cada um de nós.
O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), tem por objetivo promover a assistência integral à saúde da mulher, com vistas à redução da morbimortalidade deste grupo populacional.
Aleitamento materno - Aula ministrada pela Dr. Devani Ferreira Pires para os membros da Liga de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - LAPED - UFRN - (Natal - Brasil)
Os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), conhecendo as gestantes de sua área de atuação, acompanhando o pré-natal, sabendo de seus fatores de risco, podem organizar e oferecer as atividades da Primeira Semana de Saúde Integral, a visita domiciliar e a consulta de puerpério imediato, na primeira semana após o nascimento. Esse cuidado é fundamental para a prevenção de agravos à saúde do neonato e da puérpera, uma vez que a maioria dos eventos de morbimortalidade materna e infantil acontecem na primeira semana de vida.
Material de 28 de novembro 2020
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
AMAMENTAÇÃO- Aula téorica apresentada pela Profª Vanessa Pache , por ocasião do concurso para professor efetivo do Departamento de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
A anemia por deficiência de ferro é considerada um grave problema de saúde pública no Brasil em virtude das altas prevalências e da estreita relação com o desenvolvimento
das crianças. No mundo, é considerada a carência nutricional de maior magnitude, destacando-se a elevada prevalência em todos os segmentos sociais, acometendo
principalmente crianças menores de dois anos de idade e gestantes (WHO, 2008; BRASIL, 2009a).
Com relação à magnitude da anemia no País, dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde mostram que a prevalência entre menores de cinco anos é de
20,9%, sendo de 24,1% em crianças menores de dois anos (BRASIL, 2009a). Diversos estudos realizados no País apontam que a mediana da prevalência de anemia em
crianças menores de cinco anos é de 50%, chegando a 52% naquelas que frequentavam escolas/creches e 60,2% nas que frequentavam Unidades Básicas de Saúde (JORDÃO; BERNARDI; BARROS FILHO 2009; VIEIRA; FERREIRA, 2010).
Sobre a estreita relação da anemia com o desenvolvimento das crianças, estudos comprovam que aquelas que apresentaram anemia durante os primeiros anos de
vida, mesmo quando tratadas, possuem maior probabilidade de baixo rendimento escolar em idades posteriores. A anemia na infância também está relacionada com a baixa produtividade em adultos, o que contribui para a transmissão intergeracional da pobreza com sérias implicações para o desenvolvimento de um país (GRANTHAMMCGREGOR et al., 2007; WALKER et al., 2007; ENGLE et al., 2007, 2011).
No final da década de 1980 e início de 1990 presenciamos, na América Latina, um movimento de maior visibilidade no campo da Saúde Pública, no sentido de implantar ações de saúde voltadas ao adolescente. Para compreender a Saúde Integral do adolescente, é importante entender a adolescência, a partir das políticas públicas de saúde, o que nos permite ter a ideia da complexidade do tema, levando em consideração a juventude como fenômeno existencial, o que afeta a cada um de nós.
O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), tem por objetivo promover a assistência integral à saúde da mulher, com vistas à redução da morbimortalidade deste grupo populacional.
Aleitamento materno - Aula ministrada pela Dr. Devani Ferreira Pires para os membros da Liga de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - LAPED - UFRN - (Natal - Brasil)
Os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), conhecendo as gestantes de sua área de atuação, acompanhando o pré-natal, sabendo de seus fatores de risco, podem organizar e oferecer as atividades da Primeira Semana de Saúde Integral, a visita domiciliar e a consulta de puerpério imediato, na primeira semana após o nascimento. Esse cuidado é fundamental para a prevenção de agravos à saúde do neonato e da puérpera, uma vez que a maioria dos eventos de morbimortalidade materna e infantil acontecem na primeira semana de vida.
Material de 28 de novembro 2020
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
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AMAMENTAÇÃO- Aula téorica apresentada pela Profª Vanessa Pache , por ocasião do concurso para professor efetivo do Departamento de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
A anemia por deficiência de ferro é considerada um grave problema de saúde pública no Brasil em virtude das altas prevalências e da estreita relação com o desenvolvimento
das crianças. No mundo, é considerada a carência nutricional de maior magnitude, destacando-se a elevada prevalência em todos os segmentos sociais, acometendo
principalmente crianças menores de dois anos de idade e gestantes (WHO, 2008; BRASIL, 2009a).
Com relação à magnitude da anemia no País, dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde mostram que a prevalência entre menores de cinco anos é de
20,9%, sendo de 24,1% em crianças menores de dois anos (BRASIL, 2009a). Diversos estudos realizados no País apontam que a mediana da prevalência de anemia em
crianças menores de cinco anos é de 50%, chegando a 52% naquelas que frequentavam escolas/creches e 60,2% nas que frequentavam Unidades Básicas de Saúde (JORDÃO; BERNARDI; BARROS FILHO 2009; VIEIRA; FERREIRA, 2010).
Sobre a estreita relação da anemia com o desenvolvimento das crianças, estudos comprovam que aquelas que apresentaram anemia durante os primeiros anos de
vida, mesmo quando tratadas, possuem maior probabilidade de baixo rendimento escolar em idades posteriores. A anemia na infância também está relacionada com a baixa produtividade em adultos, o que contribui para a transmissão intergeracional da pobreza com sérias implicações para o desenvolvimento de um país (GRANTHAMMCGREGOR et al., 2007; WALKER et al., 2007; ENGLE et al., 2007, 2011).
A deficiência de ferro e anemia afeta mais de 3,5 bilhões de pessoas ao redor do mundo (Organização Mundial da Saúde), resultando em problemas de saúde e comprometimento cognitivo em todas as fases da vida.
Adultos e crianças anêmicos custam aos países em desenvolvimento bilhões de dólares em perda de produtividade, de acordo com um estudo recente.
"Um terço da população mundial sofre de anemia e isso tem consequências econômicas graves", disse Sue Horton, professora da Universidade de Toronto em Economia e principal autora do estudo 'A Economia da Deficiência de Ferro '
A deficiência de ferro e anemia afeta mais de 3,5 bilhões de pessoas ao redor do mundo (Organização Mundial da Saúde), resultando em problemas de saúde e comprometimento cognitivo em todas as fases da vida.
Os comprimidos OptiFer® são baseados em ferro heme natural bovino e vão manter as contagens de ferro em um nível ideal com segurança e eficiência.
A suplementação é um bom investimento
Os suplementos alimentares de ferro da série OptiFer® são seguros, eficientes e muito bem tolerados, o que é crucial para o sucesso da terapia.
Eles fornecem uma dose ideal e podem ser utilizados durante períodos longos, sem qualquer alteração na eficácia ou na tolerância.
Produtos OptiFer® competem favoravelmente com os suplementos sintéticos mais comuns.
ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CRATEÚSJosé Ripardo
LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL Nº 665/2018, DE 20 DE
ABRIL DE 2018.
Dispõe sobre o estatuto e regime jurídico único dos
servidores públicos do Município de Crateús/Ceará.
Protocolos da atenção básica saúde das mulheresJosé Ripardo
O presente protocolo é referente ao cuidado da mulher na AB e dialoga com os princípios e diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) ao considerar o gênero, a integralidade e a promoção da saúde como perspectivas privilegiadas, bem como os avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, sob orientação
das diferentes dimensões dos direitos humanos e questões relacionadas à cidadania.
Novo guia de manejo clínico para chikungunyaJosé Ripardo
O Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira (23/12) um guia clínico para o manejo da chinkungunya. O documento traz orientações para casos graves, os cuidados com as gestantes, medicamentos recomendados, exames necessários, bem como o tratamento e as ações de vigilância para a doença. O guia serve de base de consulta para profissionais de saúde para a avaliação dos casos no país e aborda as três fases de evolução da doença: aguda, subaguda e crônica, além da forma de intervenção para cada uma.
Janot recomenda que stf anule nomeação de lula para casa civilJosé Ripardo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Em parecer, o procurador disse ver elementos de "desvio de finalidade" da presidente Dilma Rousseff na escolha do petista para assumir o ministério, que teria a intenção de tumultuar as investigações da Operação Lava Jato.
Comissão de impeachment parecer favorável ao afastamento de dilmaJosé Ripardo
O relator da comissão especial do impeachment da Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (PTB-GO), apresentou nesta quarta-feira (6) parecer favorável à abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. LEIA A ÍNTEGRA.
Pedido de impeachment de dilma formulado pela oabJosé Ripardo
“O clamor público, a passeata dos jovens de nosso
País, as praças públicas tomadas de cidadãos
indignados são a demonstração da perda da
dignidade de Fernando Affonso Collor de Mello para
o exercício do cargo de primeiro mandatário da
Nação”
(Trecho extraído da denúncia por crime de
Responsabilidade contra Fernando Collor p.15)
Plantas medicinais - saiba como usar de forma seguraJosé Ripardo
Os benefícios das chamadas “drogas vegetais” passam de geração em geração. Quase todo mundo já ouviu falar de alguma planta, folha, casca, raiz ou flor que ajuda a aliviar os sintomas de um resfriado ou mal-estar. Unindo ciência e tradição, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer popularizar esse conhecimento, esclarecendo quando e como as drogas vegetais devem ser usadas para se alcançar efeitos benéficos. A medida faz parte da RDC 10, publicada nesta quarta-feira (10).
Inaladas, ingeridas, usadas em gargarejos ou em banhos de assento, as drogas vegetais têm formas específicas de uso e a ação terapêutica é totalmente influenciada pela forma de preparo. Algumas possuem substâncias que se degradam em altas temperaturas e por isso devem ser maceradas. Já as cascas, raízes, caules, sementes e alguns tipos de folhas devem ser preparados em água quente. Frutos, flores e grande parte das folhas devem ser preparadas por meio de infusão, caso em que se joga água fervente sobre o produto, tampando e aguardando um tempo determinado para a ingestão.
Gilmar menes vota pela descriminalização do porte de drogas para consumo próp...José Ripardo
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do Recurso Extraordinário (RE) 635659, com repercussão geral reconhecida, votou pela inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), que define como crime a porte de drogas para uso pessoal. Segundo o entendimento adotado pelo ministro, a criminalização estigmatiza o usuário e compromete medidas de prevenção e redução de danos. Destacou também que se trata de uma punição desproporcional do usuário, ineficaz no combate às drogas, além de infligir o direito constitucional à personalidade.
Em seu voto, o relator declarou a inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas sem redução de texto, de forma a preservar a aplicação na esfera administrativa e cível das sanções previstas para o usuário, como advertência, prestação de serviços à comunidade e comparecimento em curso educativo. Segundo seu entendimento, os efeitos não penais das disposições do artigo 28 devem continuar em vigor como medida de transição, enquanto não se estabelecem novas regras para a prevenção e combate ao uso de drogas.
O ministro ainda estabeleceu que, nos casos de flagrante por tráfico de drogas, a fim de dar validade à prisão preventiva, será necessária a apresentação imediata do autor à presença do juiz. Essa medida seria necessária a fim de evitar que usuários sejam presos preventivamente por tráfico sem provas suficientes, atribuindo ao juiz a função de analisar as circunstâncias do ato e avaliar a configuração da hipótese de uso ou de tráfico.
Em seu voto, o ministro deu provimento ao recurso apresentado pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo e absolveu o réu por atipicidade da conduta. No caso, que deverá servir de parâmetro para os demais processos sobre a matéria, trata-se de um detento flagrado com a posse de três gramas de maconha.
Íntegra da denúncia da pgr contra eduardo cunha no stfJosé Ripardo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta quinta-feira, 20, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ao Supremo Tribunal Federal - STF. Janot acusa Cunha de corrupção e lavagem de dinheiro e pede a devolução de US$ 80 milhões (R$ 277,36 milhões).
Habeas corpus pede salvo-conduto para evitar prisão de lulaJosé Ripardo
Maurício Ramos Thomaz, que mora em Campinas, impetrou na Justiça Federal do Rio Grande do Sul, um habeas corpus preventivo em favor de Lula, pedindo que ele não seja preso pela Operação Lava Jato. O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, determinou o arquivamento do pedido de habeas corpus preventivo em favor do ex-presidente.
Para pgr, homofobia pode ser considerada crime de racismoJosé Ripardo
A homofobia e a transfobia devem ser julgadas como crime de racismo. Esse é entendimento defendido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Janot, deve-se interpretar a Lei 7.716/89/89 (Lei de Racismo) para tipificar como crime de racismo comportamentos discriminatórios e preconceituosos contra a população LGBT.
A manifestação refere-se à ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO 26/DF), proposta pelo Partido Popular Socialista (PPS) por inércia do Congresso Nacional em editar uma lei específica para criminalizar todas as formas de homofobia e transfobia. Para o PPS, a criminalização de todas as formas de racismo abrange as condutas de discriminação de de cunho homofóbico e transfóbico.
Os crimes previstos pela Lei 7.716/89, que define os delitos resultantes de preconceito de raça ou de cor, abarcam as condutas homofóbicas. “A homofobia decorre da mesma intolerância que suscitou outros tipos de discriminação, como aqueles em razão de cor, procedência nacional, religião, etnia, classe e gênero”, defende Janot no parecer.
Eis a íntegra da peça do Ministério Público de Contas que atua perante o TCU, na qual o procurador Júlio Marcelo de Oliveira demonstra as fraudes cometidas por Dilma Rousseff. Quem não tiver paciência, pode ler do item 65 ao 83. É um documento histórico.
Pl 4330 2004 que regulamenta as terceirizaçõesJosé Ripardo
PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O PL 4330/2004, QUE FLEXIBILIZA A TERCEIRIZAÇÃO NO BRASIL
a) As rígidas leis trabalhistas brasileiras aumentam demasiadamente o custo do emprego para as empresas? Sim, elas costumam pagar em encargos o mesmo valor do salário do trabalhador ou até mais.
b) Se a flexibilização da terceirização for aprovada, as empresas poderão contratar mais, porque terão menos encargos trabalhistas? Não, necessariamente. Se a saúde da economia está ruim, as empresas deixam de contratar e passam a demitir empregados estáveis ou terceirizados.
c) Os salários diminuirão com a flexibilização da terceirização? Sim. Embora se diga que a tendência é que, com menos encargos, as empresas poderão pagar mais aos trabalhadores, a verdade é que todos acabam ganhando menos, porque a cultura empresarial, em quase todas as latitudes, é tacanha assim como a sindical.
d) A flexibilização da terceirização representa o fim dos sindicatos? O fim, não, mas os enfraquece bastante. Isso é bom do ponto de vista político, visto o que eles viraram sob o PT, mas nos processos de negociação salarial afetará todas as categorias de trabalhadores.
e) Afinal de contas, o que quer o ministro Joaquim Levy? Para variar, apenas garantir que o governo não perderá arrecadação. Ele quer que a empresa contratante faça os pagamentos de impostos e encargos, em vez da pessoa jurídica contratada, mais suscetível a dar calotes. Os empresários são contra porque isso aumenta os seus custos operacionais.
f) Sou contra ou favor a flexibilização da terceirização? A realidade internacional mostra que esse tipo de medida resulta na massificação de empregos precários, de meio período, com quase nenhuma garantia e salários menores. Ao mesmo tempo, as atuais leis trabalhistas brasileiras são tão estapafúrdias que, de fato, dificultam a criação de empregos formais. Acredito que tudo está sendo feito de maneira atabalhoada, num momento político incompatível com a gravidade do assunto, sem levar em conta experiências semelhantes em outros países, como a Alemanha, onde houve um achatamento geral das remunerações e o pleno emprego é composto, na esmagadora maioria, pelos chamados "mini-jobs".
Texto modificado de 'O Antagonista', de Diogo Mainardi
Manual de normas e procedimentos para vacinação 2014José Ripardo
Várias revisões do Manual de Procedimentos para Vacinação ocorreram ao longo dos anos com o
objetivo de aprimorar as ações desenvolvidas pelo Programa, seja pela rápida ampliação do calendário
vacinal, seja porque se considera fundamental a incorporação de um conjunto de notas e informes
técnicos, além das recomendações do Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI), bem como
de documentos técnicos e científicos das diferentes áreas afins do Ministério da Saúde e de instituições
e organizações que lidam com imunizações, resultando nesta 1ª edição do Manual de Normas e
Procedimentos para Vacinação.
O PNI conta hoje com aproximadamente 35 mil salas de vacinação. Neste sentido, espera-se que
este material possa auxiliar os diversos trabalhadores de saúde que atuam nesses serviços, de forma
que possam desempenhar suas funções nas estratégias adotadas, de rotina e de operações massivas,
ampliando assim a oferta de vacinas e demonstrando o alcance da capacidade da rede do SUS nos seus
três níveis de gestão.
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
5. Ministério da Saúde
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
Programa Nacional de Suplementação de Ferro
Manual de Condutas Gerais
Brasília – DF
2013
8. 6LWH GDEVDXGHJRYEU
(PDLO FJDQ#VDXGHJRYEU
(GLWRU *HUDO
Heider Aurélio Pinto
RRUGHQDomR 7pFQLFD *HUDO
Patrícia Constante Jaime
RODERUDomR
Ana Maria Cavalcante de Lima
(OLGD $PRULP 9DOHQWLP
Gisele Ane Bortolini
Karine Oliveira Daud
Karla Lisboa Ramos
Maria Fernanda Moratori Alves
RRUGHQDomR HGLWRULDO
Marco Aurélio Santana da Silva
6KHLOD GH DVWUR 6LOYD
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_____________________________________________________________________________
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
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I. Título.
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___________________________________________________________________________________
DWDORJDomR QD IRQWH ± RRUGHQDomR*HUDO GH 'RFXPHQWDomR H ,QIRUPDomR ± (GLWRUD 06 ± 26
7tWXORV SDUD LQGH[DomR
(P LQJOrV 1DWLRQDO 3URJUDP IRU ,URQ 6XSSOHPHQWDWLRQ PDQXDO RI JHQHUDO FRQGXFW
(P HVSDQKRO 3URJUDPD 1DFLRQDO GH 6XSOHPHQWDFLyQ GH +LHUUR PDQXDO GH FRQGXFWDV JHQHUDOHV
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Marco Aurélio Santana da Silva
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9. Sumário
Apresentação 7
1 ANEMIA 8
1.1 O que é anemia? 8
1.2 Causas da deficiência de ferro e fatores predisponentes para seu
desenvolvimento
8
1.3 Consequências da deficiência de ferro 9
1.4 Alimentos fontes de ferro 9
2 ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA ANEMIA 10
2.1 O Programa Nacional de Suplementação de Ferro 11
2.2 Recomendações especiais para o cuidado de crianças 12
2.3 Recomendações especiais para o cuidado de mulheres 13
2.4 Funcionamento do Programa Nacional de Suplementação de Ferro 14
2.5 Orientações para organização do processo de trabalho no município 15
REFERÊNCIAS 17
ANEXOS 21
Anexo A – Exemplo de dosagem de sulfato ferroso para crianças 22
Anexo B – Orientações para tratamento da anemia 23
Anexo C – Recomendação quanto à suplementação de ferro 24
10.
11. 7
A
PRESENTAÇÃO
A anemia por deficiência de ferro é considerada um grave problema de saúde pública
no Brasil em virtude das altas prevalências e da estreita relação com o desenvolvimento
das crianças. No mundo, é considerada a carência nutricional de maior magnitude,
destacando-se a elevada prevalência em todos os segmentos sociais, acometendo
principalmente crianças menores de dois anos de idade e gestantes (WHO, 2008;
BRASIL, 2009a).
Com relação à magnitude da anemia no País, dados da Pesquisa Nacional de
Demografia e Saúde mostram que a prevalência entre menores de cinco anos é de
20,9%, sendo de 24,1% em crianças menores de dois anos (BRASIL, 2009a). Diversos
estudos realizados no País apontam que a mediana da prevalência de anemia em
crianças menores de cinco anos é de 50%, chegando a 52% naquelas que frequentavam
escolas/creches e 60,2% nas que frequentavam Unidades Básicas de Saúde (JORDÃO;
BERNARDI; BARROS FILHO 2009; VIEIRA; FERREIRA, 2010).
Sobre a estreita relação da anemia com o desenvolvimento das crianças, estudos
comprovam que aquelas que apresentaram anemia durante os primeiros anos de
vida, mesmo quando tratadas, possuem maior probabilidade de baixo rendimento
escolar em idades posteriores. A anemia na infância também está relacionada com a
baixa produtividade em adultos, o que contribui para a transmissão intergeracional da
pobreza com sérias implicações para o desenvolvimento de um país (GRANTHAM-
MCGREGOR et al., 2007; WALKER et al., 2007; ENGLE et al., 2007, 2011).
Assim, considerando a relevância do problema e o compromisso que a Política
Nacional de Alimentação e Nutrição assume para a melhoria das condições de
alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, são estabelecidas as seguintes
ações de prevenção e controle da anemia por deficiência de ferro no âmbito do SUS: o
Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), que consiste na suplementação
universal com suplementos de ferro em doses profiláticas; a fortificação dos alimentos
preparados para as crianças com micronutrientes em pó; a fortificação obrigatória
das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico; e a promoção da alimentação
adequada e saudável para aumento do consumo de alimentos fontes de ferro.
Com vistas a orientar os profissionais de saúde da atenção básica na implementação
da suplementação profilática universal para a prevenção da anemia, apresentamos este
manual de condutas gerais, que traz as informações necessárias à operacionalização do
programa. Esperamos, com isso, reforçar a agenda de prevenção e controle da anemia,
de forma a fortalecer e aprimorar a ação em todo o País.
12. 8
ANEMIA
1.1 O que é anemia?
A anemia é definida como a condição na qual a concentração de hemoglobina
no sangue está abaixo do normal (WHO, 2001). A anemia pode ser determinada
por diversos fatores. Cerca de 50% dos casos acontecem em função da deficiência de
ferro, determinada pela dieta insuficiente em ferro. As outras causas são relacionadas
às deficiências de folato, vitamina B12 ou vitamina A, inflamação crônica, infecções
parasitárias e doenças hereditárias (WHO, 2012).
Entre os grupos de risco mais vulneráveis para a ocorrência de anemia, estão as
crianças menores de dois anos, as gestantes e as mulheres em idade fértil.
1.2 Causas da deficiência de ferro e fatores predisponentes para seu
desenvolvimento
O esquema abaixo apresenta os principais determinantes da anemia durante a
gestação e os primeiros anos de vida.
Esquema 1 – Determinantes da anemia por deficiência de ferro
Fonte: Ministério da Saúde, 2013.
1
13. 9
1.3 Consequências da deficiência de ferro
As principais consequências da deficiência de ferro são:
Comprometimento do sistema imune, com aumento da predisposição a
infecções;
Aumento do risco de doenças e mortalidade perinatal para mães e
recém-nascidos;
Aumento da mortalidade materna e infantil;
Redução da função cognitiva, do crescimento e desenvolvimento
neuropsicomotor de crianças com repercussões em outros ciclos vitais;
Diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças escolares e menor
produtividade em adultos.
1.4 Alimentos fontes de ferro
O ferro é um micronutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese
de células vermelhas do sangue (hemácias) e no transporte do oxigênio no organismo.
Há dois tipos de ferro nos alimentos: ferro heme (origem animal, sendo mais bem
absorvido) e ferro não heme (encontrado nos vegetais).
São alimentos fontes de ferro heme: carnes vermelhas, principalmente vísceras
(fígado e miúdos), carnes de aves, suínos, peixes e mariscos.
São alimentos fontes de ferro não heme: hortaliças folhosas verde-escuras e
leguminosas, como o feijão e a lentilha.
Como o ferro não heme possui baixa biodisponibilidade, recomenda-se a ingestão
na mesma refeição de alimentos que melhoram a absorção desse tipo de ferro, por
exemplo, os ricos em vitamina C, disponível em frutas cítricas (como: laranja, acerola,
limão e caju), os ricos em vitamina A, disponível em frutas (como: mamão e manga) e as
hortaliças (como: abóbora e cenoura).
14. 10
ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO
E CONTROLE DA ANEMIA
As necessidades de ferro durante os primeiros anos de vida e durante a gestação são
muitoelevadas,porissorecomenda-seaadoçãodemedidascomplementaresaoestímulo
à alimentação saudável, com o intuito de oferecer ferro adicional de forma preventiva.
Dessa forma, a prevenção da anemia por deficiência de ferro deve ser planejada com
a priorização da suplementação de ferro medicamentosa em doses profiláticas; com
ações de educação alimentar e nutricional para alimentação adequada e saudável; com
a fortificação de alimentos; com o controle de infecções e parasitoses; e com o acesso à
água e esgoto sanitariamente adequado.
As ações de prevenção da anemia devem priorizar intervenções que contribuam
para o enfrentamento dos seus principais determinantes. O esquema abaixo apresenta
as janelas de oportunidades de prevenção e controle da anemia nos diferentes ciclos de
vida.
Quadro 1 – Estratégias de prevenção e controle da anemia
Gestação
1. Suplementação profilática com ferro e
ácido fólico.
2. Ingestão de alimentos que contenham
farinhas enriquecidas com ferro e ácido
fólico.
3. Alimentação adequada e saudável com
ingestão de ferro de alta biodisponibilidade.
Parto e nascimento
1. Clampeamento tardio do cordão umbilical.
2. Amamentação na primeira hora de vida.
Primeiros seis meses de vida
1. Aleitamento materno exclusivo até os seis
meses de vida.
2. Suplementação profilática de ferro para
crianças prematuras e que nasceram com
baixo peso.
A partir dos seis meses até dois
anos de idade
1. Alimentação complementar saudável
e adequada em frequência, quantidade e
biodisponibilidade de ferro.
2. Suplementação de ferro profilática.
3. Fortificação dos alimentos preparados para
as crianças com micronutrientes em pó.
Fonte: Ministério da Saúde, 2013.
2
15. 11
As ações de educação alimentar e nutricional para a promoção da alimentação
adequada e saudável preveem o estímulo ao consumo de alimentos que contenham ferro
de alta biodisponibilidade na fase de introdução da alimentação complementar e em
fases de maior vulnerabilidade para essa deficiência.
A utilização de suplementação medicamentosa com sais de ferro para prevenir e
tratar a anemia é um recurso tradicional e amplamente utilizado, sendo a forma oral
de administração a preferencial. Ela deve ser usada como ação curativa em indivíduos
deficientes ou, profilaticamente, em grupos com risco de desenvolver anemia.
A fortificação de alimentos refere-se à fortificação de farinhas de trigo e milho com
ferro e ácido fólico – Resolução RDC nº 344, de 13 de dezembro de 2002, da Anvisa.
Mais recentemente, tem-se proposto a utilização de múltiplos micronutrientes para
a prevenção da anemia – ação conhecida como fortificação dos alimentos preparados
para as crianças com micronutrientes em pó. Essa ação prevê a adição direta de múltiplos
nutrientes em pó aos alimentos já prontos para o consumo e tem se mostrado bastante
eficaz e efetiva, sendo inclusive reconhecida pela Organização Mundial da Saúde
(ENGLE et al., 2007; BHUTTA et. al., 2008; DEWEY, 2009; WHO, 2011).
Recomenda-sequeasaçõesdeeducaçãoalimentarenutricionalsejamacompanhadas
pela suplementação de ferro para crianças e gestantes ou pela fortificação dos alimentos
preparados para as crianças com micronutrientes em pó.
2.1 O Programa Nacional de Suplementação de Ferro
A suplementação profilática com sulfato ferroso é uma medida com boa relação
de custo efetividade para a prevenção da anemia. No Brasil, são desenvolvidas ações
de suplementação profilática com sulfato ferroso desde 2005 – Programa Nacional de
Suplementação de Ferro (PNSF).
O PNSF consiste na suplementação profilática de ferro para todas as crianças de seis
a 24 meses de idade, gestantes ao iniciarem o pré-natal, independentemente da idade
gestacional até o terceiro mês pós-parto, e na suplementação de gestantes com ácido
fólico.
A suplementação de ferro e ácido fólico durante a gestação é recomendada como
parte do cuidado no pré-natal para reduzir o risco de baixo peso ao nascer da criança,
anemia e deficiência de ferro na gestante (WHO, 2012). Ressalta-se que a suplementação
com ácido fólico deve ser iniciada pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja
engravidar para a prevenção da ocorrência de defeitos do tubo neural e deve ser mantida
durante toda a gestação para a prevenção da anemia (FEBRASGO, 2012; WHO, 2012).
16. 12
Os suplementos de ferro e ácido fólico deverão estar gratuitamente disponíveis nas
farmácias das Unidades Básicas de Saúde, em todos os municípios brasileiros.
O esquema de administração da suplementação profilática de sulfato ferroso
encontra-se abaixo.
Quadro 2 - administração da suplementação profilática de sulfato ferroso
Público Conduta* Periodicidade
Crianças de seis a 24 meses 1 mg de ferro elementar/kg
Diariamente até completar 24
meses
Gestantes
40 mg de ferro elementar e
400 μg de ácido fólico
Diariamente até o final da
gestação
Mulheres no pós-parto e
pós-aborto
40 mg de ferro elementar
Diariamente até o terceiro mês
pós-parto e até o terceiro mês
pós-aborto
Fonte: Ministério da Saúde, 2013.
*Essas condutas estão de acordo com as recomendações oficiais da Organização Mundial da Saúde (WHO,
2001; 2012); da Sociedade Brasileira de Pediatria (2013), para prevenção e controle da deficiência de ferro, e
da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (2012), para prevenção da ocorrência de
defeitos do tubo neural.
No Anexo A deste Manual, está disponível a tabela com exemplo de dosagens de
sulfato ferroso para crianças.
2.2 Recomendações especiais para o cuidado de crianças
a) Casos de anemia já diagnosticados: o tratamento deve ser prescrito de acordo
com a conduta clínica para anemia definida pelo profissional de saúde responsável
(Anexo B).
b) Para crianças pré-termo ( 37 semanas) ou nascidas com baixo peso ( 2.500
g), a conduta de suplementação segue as recomendações da Sociedade Brasileira de
Pediatria (Anexo C).
c) Crianças em aleitamento materno exclusivo só devem receber suplementos a
partir do sexto mês de idade. Se a criança não estiver em aleitamento materno exclusivo,
a suplementação poderá ser realizada a partir dos quatro meses de idade, juntamente
com a introdução dos alimentos complementares.
d) As parasitoses intestinais não são causas diretas da anemia, mas podem piorar
as condições de saúde das crianças anêmicas. Por isso, para o melhor controle da anemia,
17. 13
faz-se necessário que, além da suplementação de ferro, sejam implementadas ações para
o controle de doenças parasitárias como a ancilostomíase e a esquistossomose1
.
e) As crianças e/ou gestantes que apresentarem doenças que cursam por
acúmulo de ferro, como doença falciforme, talassemia e hemocromatose, devem
ser acompanhadas individualmente para que seja avaliada a viabilidade do uso do
suplemento de sulfato ferroso. Ressalta-se que a complementação de ferro oral a essas
crianças deve ser considerada, por apresentarem igual chance de desenvolverem anemia
por deficiência de ferro na fase de crescimento. O diagnóstico das doenças que cursam
por acúmulo de ferro está previsto no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN)
fase II, que inclui o diagnóstico da doença falciforme e hemoglobinopatias.
f) A suplementação profilática com ferro pode ocasionar o surgimento de efeitos
colaterais em função do uso prolongado. Os principais efeitos são: vômitos, diarreia
e constipação intestinal. É fundamental que as famílias sejam orientadas quanto
à importância da suplementação, bem como sejam informadas sobre a dosagem,
periodicidade, efeitos, tempo de intervenção e formas de conservação, para que a adesão
seja efetiva, garantindo a continuidade e o impacto positivo na diminuição do risco da
deficiência em ferro e de anemia entre crianças.
2.3 Recomendações especiais para o cuidado de mulheres
a) As gestantes devem ser suplementadas com ácido fólico no período pré-
concepção para prevenção de DTN e durante toda a gestação para a prevenção da
anemia. A recomendação de ingestão é de 400 μg de ácido fólico, todos os dias. Essa
quantidade deve ser consumida pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja
engravidar até o final da gestação.
b) Com o objetivo de repor as reservas corporais maternas, todas as mulheres até
o terceiro mês pós-parto devem ser suplementadas apenas com ferro, mesmo que por
algum motivo estejam impossibilitadas de amamentar.
c) A suplementação também é recomendada nos casos de abortos (40 mg ferro
elementar/dia até o terceiro mês pós-aborto).
d) Casos de anemia já diagnosticados: o tratamento deve ser prescrito de acordo
com a conduta clínica para anemia definida pelo profissional de saúde responsável (vide
Anexo B).
e) Apesar de normalmente ser o medicamento de escolha, o sulfato ferroso possui
como limitantes as intercorrências gastrointestinais (vômitos, diarreia, constipação
1 Para mais informações, acesse: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças infecciosas e
parasitárias: guia de bolso. 6. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/10001021559.pdf. Acesso em: 29 maio 2013
18. 14
intestinal, fezes escuras e cólicas). As gestantes devem ser orientadas quanto aos possíveis
efeitos e a necessidade de se manter a suplementação até o final do esquema.
2.4 Funcionamento do Programa Nacional de Suplementação de Ferro
A compra dos suplementos de ferro destinados ao Programa Nacional de
Suplementação de Ferro deve ser feita junto ao planejamento do componente básico da
assistência farmacêutica. Dessa forma, os municípios, o Distrito Federal e os Estados
(onde couber) serão responsáveis pela seleção, programação, aquisição, armazenamento,
controle de estoque e prazos de validade, distribuição e dispensação dos suplementos de
sulfato ferroso e ácido fólico do Programa Nacional de Suplementação de Ferro (Portaria
nº 1.555 de 30 de julho de 2013).
Na gestão do Programa Nacional de Suplementação de Ferro, cabe ao Ministério da
Saúde:
I - o estímulo e o apoio aos estados e municípios para a implantação,
implementação e a avaliação do desempenho e impacto do Programa em nível
nacional;
II - a elaboração de materiais e a divulgação das normas operacionais do
Programa aos estados;
III - o acompanhamento e o monitoramento da situação dos estados e
municípios quanto ao nível de implantação e operacionalização do Programa e
cobertura populacional;
IV - a realização, por intermédio do Departamento Nacional de Auditoria
do SUS - DENASUS, de auditorias em municípios alvo de denúncias e
irregularidades na condução do Programa;
V - o estabelecimento de parcerias com outras instâncias, órgãos e instituições,
governamentais e não governamentais para o fomento de atividades
complementares, com o objetivo de promover a alimentação saudável; e
VI - a avaliação do desempenho e do impacto do Programa em nível nacional e
do apoio das ações da mesma natureza nos estados e municípios.
Na gestão estadual do Programa Nacional de Suplementação de Ferro, cabe às
Secretarias Estaduais de Saúde:
I - a definição de área técnica responsável para coordenar, em âmbito estadual,
o Programa, de preferência aquela já responsável pelas ações de alimentação e
nutrição no estado;
II - o estímulo e apoio aos municípios para a implantação, a implementação e a
avaliação do Programa;
III - a divulgação das normas operacionais do Programa e a supervisão dos
municípios quanto à sua implantação e operacionalização;
19. 15
IV - o acompanhamento e o monitoramento da situação dos municípios quanto
ao nível de implantação do Programa e à cobertura populacional;
V- a capacitação dos coordenadores municipais para a operacionalização do
Programa de acordo com as orientações descritas no Manual Operacional
definido pela Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição;
VI - a avaliação do desempenho e o impacto do Programa em nível estadual; e
VII - a apuração das denúncias de irregularidades na condução do Programa,
mediante a realização de visitas técnicas e auditorias.
Na gestão municipal do Programa Nacional de Suplementação de Ferro, cabe às
Secretarias Municipais de Saúde:
I - a indicação de um profissional técnico devidamente capacitado para
coordenar o Programa, de preferência aquele já responsável pelas ações de
alimentação e nutrição do município;
II - selecionar, programar, adquirir, armazenar, controlar os estoques e prazos
de validade, distribuir e dispensar os suplementos de sulfato ferroso e ácido
fólico previstos no Componente Básico da Assistência Farmacêutica;
III - organizar ações de promoção da alimentação adequada e saudável;
IV - a identificação das famílias e o fornecimento do suplemento àquelas que
tenham crianças de 6 (seis) a 24 (vinte e quatro) meses, gestantes e mulheres
até o 3º mês pós-parto e pós aborto, de acordo com a conduta e a periodicidade
recomendada para cada um desses grupos, segundo as normas estabelecidas
no Manual Operacional do Programa definido pela Coordenação-Geral de
Alimentação e Nutrição;
V - o monitoramento do programa deverá ser realizado por meio dos sistemas
da Atenção Básica e Assistência Farmacêutica; e
VI - a avaliação do desempenho do Programa em nível municipal.
2.5Orientaçõesparaorganizaçãodoprocessodetrabalhonomunicípio
1 – Constituir equipe integrada com representantes das áreas de alimentação e
nutrição, saúde da criança, saúde da mulher, atenção básica, assistência farmacêutica
e outras para planejamento, implementação e monitoramento da ação no município.
2 – Identificar o público a ser atendido e definir as metas do programa. O
estabelecimento das metas de cobertura do programa deve ser feito com base no
quantitativo da população a ser atendida: crianças na faixa etária de seis a 24 meses,
gestantes e mulheres até três meses do pós-parto ou pós-aborto.
Para início do planejamento da aquisição dos suplementos de ferro para o
Programa Nacional de Suplementação de Ferro, o município pode priorizar o
público a ser atendido, levando em consideração:
- População mais vulnerável;
20. 16
- Crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família e/ou outros programas de
transferência de renda;
- Dados locais que revelem a magnitude do problema;
- Existência de outras medidas para prevenção e controle da anemia.
3 – Diante do reconhecimento do público a ser atendido, deve-se estimar a
quantidade de insumos necessários e os custos mensal e anual do programa.
4 – Mobilizar e orientar os profissionais de saúde para a captação do público
beneficiário da ação e acompanhamento da distribuição dos insumos.
5 – Monitorar a execução do programa nas Unidades Básicas de Saúde.
6 – Com vistas a apoiar a qualificação da gestão da assistência farmacêutica na
atenção básica, o Ministério da Saúde disponibiliza aos municípios, aos Estados e ao
Distrito Federal o Hórus (Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica –
a ser utilizado para monitoramento do programa) e o e-SUS Atenção Básica (sistema
de informações da atenção básica). Ambos os sistemas apoiarão os municípios na
implementação e monitoramento do programa.
Atenção: o Programa Nacional de Suplementação de Ferro compõe o PMAQ
(Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica),
que tem como objetivo promover a melhoria do acesso e da qualidade da atenção
à saúde.
Acompanhe os compromissos e indicadores firmados entre as equipes de saúde
do seu município!
21. 17
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26. 22
Anexo A – Exemplo de dosagem de sulfato ferroso para crianças
Tabela 1 – Dosagem de sulfato ferroso para crianças
Idade em meses Mediana de peso (kg) Média dosagem de
ferro (mg)
6 7,600 7
7 7,950 8
8 8,250 8
9 8,550 8
10 8,850 9
11 9,050 9
12 9,250 9
13 9,550 9
14 9,750 9
15 9,950 9
16 10,150 10
17 10,350 10
18 10,550 10
19 10,750 10
20 10,950 10
21 11,200 11
22 11,450 11
23 11,650 11
24 11,850 11
Fonte: Ministério da Saúde, 2013.
27. 23
Anexo B – Orientações para tratamento da anemia
A recomendação (WHO, 2001) de suplementação de ferro para o tratamento da
anemia ferropriva é:
1 - Adultos: 120 mg de ferro elementar/dia por três meses;
2 - Crianças menores de dois anos: 3 mg de ferro/kg/dia, não superior a 60 mg
por dia.
28. 24
Anexo C – Recomendação quanto à suplementação de ferro
Todo prematuro e recém-nascido com baixo peso, mesmo em aleitamento materno
exclusivo, devem receber, a partir do 30º dia após o nascimento, suplementação de ferro,
conforme tabela abaixo:
Tabela 2 – Recomendações quanto à suplementação de ferro
Situação Recomendação
Recém-nascido a termo, de peso
adequado para idade gestacional em
aleitamento materno
1 mg/kg peso/dia a partir do sexto mês
(ou da introdução de outros alimentos)
até o 24º mês de vida.
Recém-nascido pré-termo e recém-
nascido de baixo peso até 1.500 g
2 mg/kg peso/dia durante um ano. Após
este prazo, 1 mg/kg peso/dia por mais um
ano.
Recém-nascido pré-termo com peso
entre 1.500 e 1.000 g
3 mg/kg peso/dia durante um ano.
Posteriormente, 1 mg/kg peso/dia por
mais um ano.
Recém-nascido pré-termo com peso
menor que 1.000 g
4 mg/kg peso/dia durante um ano.
Recém-nascido pré-termo com peso
entre 1.500 e 1.000 g
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2012.
29.
30.
31. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/bvs
ISBN 978-85-334-2042-7