Este documento descreve as características e o ciclo de vida das taturanas, uma espécie de lagarta encontrada no Brasil. Detalha que as taturanas possuem espinhos coloridos que as protegem e lhes permitem se camuflar na vegetação. Explica também que os acidentes causados por taturanas ocorrem quando os espinhos entram em contato com a pele humana e injetam veneno, causando dor e inchaço. Aconselha que em caso de acidente se aplique compressa fria no local e se

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Taturanas
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2. Taturana significa Tatá = fogo e rana = semelhante, como é mais conhecida no sul do
País, outros nomes utilizados são marandová, mandorová, mondrová, ruga, oruga.
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Taturanas são lagartas que apresentam uma coloração muito variada
com combinações cromáticas que fascinam pela sua beleza, esta
possuem espinhos distribuídos ao longo do corpo. Existem outras
espécies, que tem estes espinhos ocultos sob pêlos longos e sedosos, ou
ainda ligados a tubérculos que se projetam da pele da lagarta formando
vários pequenos "pinheiros" esverdeados.

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São insetos lentos e mansos. Não “pulam”
e não “voam”. Geralmente estão aderidas
às folhas, galhos ou troncos das árvores.
No período larval, de aproximadamente 3
meses, as taturanas aumentam de
tamanho trocando de pele várias vezes,
podendo alcançar até 8 cm de
comprimento.
Depois da última troca de pele, as
taturanas entram na fase de pupa ou
crisálida -o seu casulo, ficando sob as
folhas caídas e restos vegetais no solo da
base das árvores.
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Esta lagarta – a Taturana defende se
atacando com seus espinhos - na verdade
disfarça-se de planta, pois misturada à
vegetação é quase impossível distingui-la.
Estes espinhos (cerdas) são estruturas de
ponta aguda e frágil que ao contato com as
partes descobertas do corpo, liberam o
liquido. Além disso, seu sistema locomotor
é uma verdadeira maravilha, com ventosas
que a seguram em praticamente qualquer
superfície.

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Decorridos aproximadamente 10 dias após a postura dos
ovos nas folhas e troncos de árvores como abacateiro,
pessegueiro, araticum, pereira e outras árvores frutíferas, os
ovos se rompem (eclodem). Surgem as lagartas (período
larval) que passam a se alimentar da planta hospedeira
durante a noite, assim, completando o ciclo evolutivo.
Após este período de empupamento, que pode
durar cerca de 3 meses, elas se transformam no
que serão os futuros adultos alados: as mariposas
machos e fêmeas. As mariposas de coloração cinza
são as fêmeas, e amarelo – alaranjados são os
machos, ambos com uma listra transversal sobre
as asas. Elas vivem em média 15 dias na fase
adulta como mariposa, aparecendo com mais
frequência nos meses de verão (novembro a
março), quando, após o acasalamento, põem os
ovos.
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5. Nos acidentes por taturanas, recomenda-se aplicação de
compressa de água fria no local do contato. Caso a dor seja
insuportável há necessidade da aplicação de anestésico injetável
local. Essa medida deve ser realizada por profissional da área
médica.
Havendo sangramento, o acidentado deverá procurar auxílio
médico para aplicação de soro específico.
O maior número de acidentes por lagartas é do tipo Erucismo, ou seja, causado pela taturana.
Normalmente ocorrem da seguinte forma: manuseando a vegetação, a pessoa toca a lagarta com as
mãos ou a espreme com os dedos. Após a introdução das cerdas, o veneno é injetado. A dor é
imediata e violenta com sensação de queimação, podendo irradiar-se para outras partes do corpo. O
local fica vermelho e inchado podendo ocorrer ínguas.
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6. Para coletá-las basta fazer uso de pinças,
gravetos ou objetos semelhantes. Podem ser
levemente pinçadas e colocadas em frascos
variados de boca larga ou “empurradas” para
dentro de uma caixa através de leves toques,
forçando-as a entrarem no recipiente. Caixas
de sapato são excelentes para a coleta.
E como na Natureza não existem vilões
e apesar das taturanas causarem
acidentes e alguns prejuízos, como
pragas às lavouras, elas são
importantes dentro do equilíbrio da
natureza. Sabe-se, atualmente, que o
surgimento de taturanas em
abundância deveu-se ao desequilíbrio
ambiental, provocados por
desmatamentos, queimadas,
extermínio de predadores por
aplicação de agrotóxicos e por
proliferação de loteamentos em áreas
preservadas. Ao encontrar taturanas,
não as mate. Colete-as e procure um
profissional para a identificação correta
e encaminhamento ao órgão
competente.
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